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ELABORAÇÃO DE UM VOCABULÁRIO BILÍNGUE SOBRE ENSINO E

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM AMBIENTES


VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: ESTUDOS PRELIMINARES1

Lauro Luiz Pereira Silva2

Resumo: No que diz respeito à Linguística de Corpus e o ensino-aprendizagem de


línguas, podemos encontrar na literatura específica diversos estudos que abordam a
contribuição de corpora na aquisição de uma segunda língua e ensino-aprendizagem
de língua estrangeira. O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de um
vocabulário bilíngue sobre ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira em
ambientes virtuais de aprendizagem. O corpus a ser compilado partiu da experiência
vivida como professores-tutores a distância em um curso de Licenciatura Letras-
Inglês semipresencial de uma universidade pública federal de uma cidade de grande
porte do estado do Ceará. O objetivo geral é construir um vocabulário bilíngue na área
de EAD, dentro da subárea de formação de professores de inglês (EFL) que seja
manuseado diretamente como material de ensino-aprendizagem pelos envolvidos com
EaD. Como objetivos específicos que orientariam nossa investigação estabelecemos:
i) compilar o corpus bilíngue, português-inglês, de cunho científico (artigos, resenhas,
dissertações e teses) cujo tema seja o ensino-aprendizagem de línguas em ambientes
virtuais; ii) selecionar candidatos a termos iii) identificar termos específicos dessa
área; iv) descrever semasiologicamente os termos; iv) elaborar as definições dos
verbetes selecionados, e v) disponibilizar os resultados no VoTec
<www.votec.ileel.ufu.br> e <www.pos.votec.ileel.ufu.br>, plataforma de
gerenciamento terminológico.

Palavras-chave: Linguística de Corpus; Educação a Distância; Ensino e


Aprendizagem de Línguas a distância; Vocabulário.

INTRODUÇÃO
Os estudos específicos a respeito da Linguística de Corpus 3 têm crescido
bastante nos últimos anos no Brasil (LÉON, 2006; SILVA; FROMM, 2012;

1Este artigo foi produzido, em 2016, sob orientação do Profº. Drº Guilherme Fromm, na disciplina
Tópicos em Estudos Analíticos-Descritivos 2: Terminologia e Terminografia, como parte do processo
de qualificação ao doutorado em Estudos Linguísticos no Programa de Pós-Graduação em Estudos
Linguísticos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e aprovado pela banca examinadora em
xxxxxxx de xxxx.
2
Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL),
do Instituto de Letras e Linguística (ILEEL), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Bolsista
da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), orientando de trabalho de área
complementar do Prof. Dr. Guilherme Fromm (UFU-ILEEL-PPGEL).
TAGNIN; BEVILACQUA, 2013; IBANOS et al, 2015, dentre outros). Segundo
Mottin e Sarmento (2015), esse crescimento tem impactado diversas áreas da pesquisa
em linguística produzindo evidências inéditas sobre a língua.
No que diz respeito à Linguística de Corpus e o ensino-aprendizagem de
línguas, podemos encontrar na literatura específica diversos estudos que abordam a
contribuição de corpora na aquisição de uma segunda língua e ensino-aprendizagem
de língua estrangeira, o que podemos comprovar em trabalhos de Granger (2015) e
Acunzo (2015), que apresentam resultados sobre o uso de corpora no ensino-
aprendizagem de línguas.
Esses estudos, entre outros, abordam aspectos diversos sobre a Linguística de
Corpus, mas acredito que ainda exista lacunas a serem preenchidas, e uma delas, que
me proponho a estudar, é a interface entre a Linguística de Corpus e a Terminologia
na área de EAD, dentro da subárea de formação de professores de inglês, English as a
Foreing Language (doravante EFL).
Nosso interesse se apoia no fato de que, nos últimos anos, houve um aumento
significativo de cursos superiores na modalidade a distância; além disso, tem crescido
também o número de pesquisas que enfocam a formação de professores e o processo
de ensino-aprendizagem de EFL em contextos virtuais (BRITO, HASHIGUTI, 2014;
BOHNEN, 2014; BARRETO; MICCOLI, 2013; MACHADO, 2011, dentre outros).
Visando apresentar uma contribuição para a área de EaD, mais
especificamente para a formação de professores-tutores, a partir do objetivo geral,
construir um vocabulário bilíngue na área de EAD, dentro da subárea de formação de
professores de inglês - EFL, que seja manuseado diretamente como material de
ensino-aprendizagem pelos envolvidos com EaD. Como objetivos específicos que
orientariam nossa investigação estabelecemos: i) compilar o corpus bilíngue,
português-inglês, de cunho científico (artigos, resenhas, dissertações e teses) cujo
tema seja o ensino-aprendizagem de línguas em ambientes virtuais; ii) selecionar
candidatos a termos iii) identificar termos específicos dessa área; iv) descrever
semasiologicamente os termos; iv) elaborar as definições dos verbetes selecionados,
e v) disponibilizar os resultados no VoTec, plataforma de gerenciamento
terminológico.
O vocabulário bilíngue elaborado será disponibilizado gratuitamente na
plataforma VoTec (disponível em: <www.votec.ileel.ufu.br> e
<www.pos.votec.ileel.ufu.br>) ferramenta que “se vale de corpora técnicos para a
construção de seus verbetes e de um banco de dados (ambos exaustivamente
descritos) para o seu funcionamento” (FROMM, 2007, p. 8).
A elaboração de um vocabulário bilíngue sobre a área de EaD, na subárea de
formação de professores de inglês EFL, iniciou a partir da minha experiência como
professor de inglês, a qual me propus à investigar o processo de ensino e
aprendizagem de inglês por meio da abordagem b-learning, que é um modelo misto
de ensino, em um contexto mediado por tecnologias digitais.
A partir dessa experiência, desenvolvi um estudo com as turmas de Língua
Inglesa de nível básico e intermediário de um centro idiomas de uma escola pública
federal da cidade de Uberlândia no estado de Minas Gerais.
Para essas turmas, as aulas foram desenvolvidas por meio das ferramentas
Google. Para a interação entre os alunos, foi criada uma comunidade de aprendizagem
no Google+4. Nessa comunidade, além do estímulo à interação, os alunos deveriam
compartilhar as experiências de aprendizagem em inglês por meio do uso de
ferramentas computacionais e, assim, ampliarem as possibilidades para
desenvolverem habilidades na aprendizagem de EFL.
A estrutura deste artigo consiste em, primeiramente, descrever a metodologia
da Linguística de Corpus utilizada no desenvolvimento da pesquisa, apresentar a
sequência de compilação do corpus e o banco de dados.

Escolhendo a Área
Minha experiência como professor de inglês no curso de idiomas teve como
objetivo analisar a interação do ensino face-to-face, tendo como contraponto as
ferramentas virtuais Google no que concerne ao processo de ensino-aprendizagem de
EFL.
A partir dela, e, juntamente com a proposta de um trabalho terminográfico,
considerei a necessidade de acesso às informações sobre a subárea de formação de
professore de inglês – ESF na área de EaD e a possibilidade de construir um

4
É uma rede social e serviço de identidade mantido pelo Google Inc.
vocabulário bilíngue voltado também para linguistas, docentes e discentes da área da
Pedagogia, Letras, EaD e outros que se interessem pela área.
Nesta subseção, apresento e discuto o conceito de b-learning, apresento as
diferentes definições do termo utilizadas por estudiosos em relação a esta abordagem
de ensino eaprendizagem.
Segundo Whittaker (2013), a definição de b-learning não é específica da área
de ensino de LE; a abordagem iniciou-se com os treinamentos empresariais
corporativos e, atualmente, está sendo difundida na educação superior e no ensino de
ESF. A autora afirma que o termo é de difícil definição e isso se deve ao fato de que
ainda não há um consenso entre os estudiosos da área, ademais, podemos encontrar
outros termos que fazem referência a essa abordagem, dentre elas Hybrid Learning
(STRACKE, 2007), Mixed Learning (STRACKE, 2007), E-learning (SHEPARD,
2005) e B-learning (BANADOS, 2005).
A partir disso, Smith e Kurthen (2007) apresentam (na Figura 1) a taxonomia
dos termos com o intuito de os diferenciar percentualmente: Web-enhanced, Blended,
Hybrid, Fully online (SMITH; KURTHEN, 2007).

Figura 1 - Taxonomia dos termos relacionados ao b-learning de acordo com a carga horária.

Web-enhanced Blended Hybrid Fully online

2%
20%

48%

30%

Fonte: o próprio autor, 2016.

Pode se perceber, de acordo com o quadro taxinômico de Smith e Kurthen


(2007), que os cursos Web-enhanced possuem uma carga horária online bastante
reduzida e as disciplinas usam uma reduzida quantidade de material online. Nessa
modalidade de curso, os alunos desenvolvem mais atividades virtuais, como por
exemplo, executam tarefas no ambiente virtual, respondem questionários e/ou
assistem a palestras sobre o assunto ou tópico especifico da aula.
Já os cursos na modalidade Blended, as disciplinas utilizam um material
online significativo. Cursos preparados nessa perspectiva possuem de 20% a 45% do
total da carga horária do curso dedicada ao cumprimento de atividades online, isto é,
o professor mescla o ensino presencial com o virtual.
No curso Hybrid a carga horária de atividades online é em torno de 40%,
assim, os alunos fazem consideráveis tarefas online. As atividades presenciais são
mínimas ou bastante significantes, mas as atividades online desempenham um papel
importante nesses cursos.
Já os cursos Fully Online, como o próprio nome indica, são totalmente
virtuais. Os materiais são digitalizados e podem ter um ou dois encontros face-to-face
por semestre. Esses cursos exigem do aluno uma motivação pessoal e uma certa
familiaridade com a tecnologia.
Apesar dessas diferenças, entendemos que os termos em si são sinônimos e na
área de ensino de LE, o termo mais comumente utilizado para se referir a qualquer
combinação de ensino face-to-face e TICs5 é b-learning.
No entanto, conforme Kose (2010), b-learning pode ser definido como uma
abordagem educacional que combina diferentes modelos de educação, face-to-face e a
distância combinado com o uso de tecnologias que pertencem à área dos estudos
educacionais. Procter (2003) o define como uma combinação efetiva de diferentes
técnicas educacionais, tecnológicas e modelos que atendem às necessidades dos
alunos. Singh e Reed (2001) definem b-learning como um programa de
aprendizagem, esses estudiosos o consideram-no como sendo mais do que um modelo
elaborado para oportunizar a aprendizagem.
Por outro lado, Valiathan (2002) define b-learning como uma proposta que
combina diferentes métodos, dentre eles: software de colaboração, cursos baseados na
web com as práticas de gestão de conhecimento. Banados (2006) define b-learning
como sendo uma combinação tecnológica e instruções em sala de aula em uma
abordagem flexível proporcionando a aprendizagem.

5
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são “os meios eletrônicos que incluem as
tecnologias mais tradicionais, como rádio, televisão, gravação de áudio e vídeo, além de
sistemas multimídias, redes telemáticas, robótica e outros" (RODRIGUES, 2009).
Por outro lado, Sharma (2010) argumenta que são diversas as definições e
posições para o b-learning; no entanto, o termo tem sido usado para se referir ao
misto de modelos de ensino com combinações de tecnologias, metodologias e
provavelmente, no futuro, mundos reais e virtuais (neste último a autora cita o
exemplo do ambiente virtual Second Life).
A partir dessas diversas definições encontradas para b-learning, elaborei um
diagrama conceitual em que apresentoo que entendi por essa abordagem.

Figura 2 - Diagrama conceitual do b-learning.

Face-to-face
TICs
(FtF)

B-Learning

Abordagens
Metodologias
Pedagógicas
Fonte: o próprio autor, 2016

Em meio aos termos e definições para a abordagem blended apresentados e


discutidos por Kose (2010), Aguilar (2012) e Whittaker (2013), dentre outros, adotei
o termo b-learning por entendermos que essa metodologia de ensino abarca um
conjunto de procedimentos formados pelas TICs, ensino face-to-face, flexibilidade e
materiais que, em cursos a distância, são acionados para favorecerem o ensino de
línguas.
Essa apresentação das abordagens de ensino e aprendizagem na educação a
distância auxiliará a compreender sobre os cursos nessa modalidade. Essa matriz foi
fonte e serviu de base para elaborar a proposta de árvore de domínio.
Este estudo pode contribuir tanto para a área de Linguística Aplicada quanto
para a da Educação a Distância, especificamente ao processo de ensino e
aprendizagem de ESF na modalidade distância, que como subárea não se encontra
relacionada na atual tabela de áreas de conhecimento organizada pela CAPES,
conforme apresento na seção a seguir.
Metodologia
A metodologia deste estudo foi desenvolvida a partir das seguintes etapas:
escolha da área, criação de uma árvore de domínio sobre subárea de ensino e
aprendizagem de ESF a distância na área de EaD, a compilação de um corpus de
estudo, a escolha e uso do programa de análise-lexical e a definição da microestrutura.

Elaborando a Árvore de Domínio


Fromm (2014) nos explica que para a elaboração de uma árvore própria, o
primeiro passo é pesquisar por árvores de domínios já existentes e, a partir delas,
elaborar um esboço baseado em textos, artigos, dissertações e teses da área para se ter
uma visão geral de como essa área se subdivide.
Para o início deste trabalho, parti da Árvore de Domínio (ou mapa conceitual)
da Linguística proposta por Fromm (2008); no entanto, essa árvore carece de estudos
aprofundados na área de EaD.

Figura 3. Árvore do Campo da Linguística

Fonte: Fromm (2007, 2013)


É pertinente explicar que a classificação das áreas do conhecimento tem por
objetivo oportunizar, às Instituições de Ensino, uma maneira funcional e sistemática
de fornecer informações concernentes a projetos de pesquisa e recursos humanos aos
órgãos gestores da área de ciência e tecnologia.
De acordo com a CAPES 6 , a organização das Áreas do Conhecimento
apresenta uma hierarquização em quatro níveis, do mais geral ao mais específico,
abrangendo nove grandes áreas nas quais se distribuem as 48 áreas de avaliação da
CAPES.
A seguir, apresento uma árvore de domínio em que identifico as subáreas da
Linguística, Letras e Artes.

Figura 4. Áreas de Conhecimento da CAPES

Fonte: Disponível em: http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-


apoio/tabela-de-areas-do-conhecimento-avaliacao

Nessa versão do projeto de 2015 da CAPES, a Subárea de Educação está


relacionada a grande área de Ciências Humanas e a subárea de Linguística Aplicada
está relacionada a grande área Letras, Linguística e Artes.
De acordo com Fromm (2013), houve uma tentativa da Capes e do CNPQ de
abarcarem mais áreas do conhecimento; para tanto, há uma versão preliminar de

6 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma fundação vinculada


ao Ministério da Educação do Brasil que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto
sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados do país.
proposta do ano de 2005, na qual as agências de fomento pretendiam atualizar as
árvores de domínio.

Figura 5. Área de Conhecimento CAPES e CNPQ –


proposta 2005

Fonte: Disponível em:


http://www.ppg.uema.br/uploads/files/cee-
areas_do_conhecimento.pdf

Essa nova proposta, de acordo com Fromm (2013), não foi consolidada e
atualmente a tabela em uso é a primeira apresentada (Figura 4) neste estudo.
Ao se pesquisar por estudos sobre compilação de corpus específicos de uma
área e elaboração de árvores de domínio, encontro uma pesquisa em progresso
coordenada por Fromm, na qual o pesquisador apresenta proposta de Árvore de
Domínio da Linguística. Nessa proposta, Fromm (2013) apresenta uma árvore
elaborada em três níveis: Linguística > Linguística/Linguística Aplicada> Subáreas,
conforme Figura 6.
Figura 6. Proposta para uma Árvore de Domínio da Linguística de acordo com Fromm
(2013)

Fonte: Fromm (2013)

Essa proposta de Árvore de Domínio de Fromm (2013) pode ser um ponto de


referência para analisar a árvore de domínio apresentada neste estudo. Seguindo
orientações proposta por Fromm (2013, 2014) e a necessidade de estabelecer
parâmetros mais amplos para a compilação de um corpus de especialidade, a seguir
apresento a proposta de uma árvore.
Para a criação dessa área de domínio, parti de estudos, artigos, dissertações e
teses sobre ensino e aprendizagem na área de EaD e EFL. EaDP
Figura 7. Proposta para uma subárea da Linguística Aplicada

Linguística
Aplicada

Ensino e
EaD Ensino e
Aprendizagem de
Aprendizagem de
Línguas em
Línguas a Distância
Contexto Presencial

Blended
Face-to-Face Web-enhanced
Learning

Hybrid Learning Fully Online

Fonte: Elaborada pelo próprio autor, 2016

Para a sequência do trabalho, cumprirei as seguintes etapas: i) escolha de uma


subárea de Linguística Aplicada; ii) compilação de corpus em cada área; iii) escolha
dos candidatos a termos, via programa de análise lexical (WordSmith Tools) usando
três ferramentas principais: lista de palavras, palavras-chave e concordanciador); iv)
inserção de termos no banco de dados do VoTec.

Compilação dos corpora


Os corpora utilizados para este artigo terminográfico foram compilados da
área da Linguística, subáreas Linguística Aplicada, EaD , Ensino e Aprendizagem de
Línguas Estrangeiras (EFL). O corpus português compõe-se de teses, dissertações,
artigos e periódicos científicos, bem como livros digitalizados proveniente de sites de
Educação e Ensino a Distância, de acesso público. Dentre eles, cito os sites das
revistas Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, disponível em
http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD, e EaD EmRede Revista de Educação a
Distância, disponível em http://aunirede.org.br/revista/index.php/emrede, para os
corpora de língua portuguesa. Quanto às teses e dissertações, usei a ferramenta de
busca do Google, digitando a grande área, asterisco, teses ou dissertações, dois
pontos, pdf.
O corpus de inglês é formado por teses, dissertações, artigos e periódicos
científicos e livros digitalizados proveniente de sites de Educação e Ensino a
Distância, de acesso público. No caso da língua inglesa, usamos a base da revista
International Journal of E-Learning & Distance Education, disponível em
http://www.ijede.ca/index.php/jde/index , e para teses e dissertações, usei as
ferramentas de busca do Google, digitando a grande área, asterisco, teses ou
dissertações, dois pontos, pdf; ERIC Institute of Education Science, disponível em <
https://eric.ed.gov/?> e a Science Direct, disponível em <
http://www.sciencedirect.com/>.
Dessa forma, foquei minha busca em arquivos de cunho científico. Coletei o
corpus em formato PDF copiável, ou seja, a partir dos quais era possível selecionar e
copiar seu conteúdo escrito, posteriormente, foram salvos em extensão doc
(documento de texto com formatação), depois identificados por meio de cabeçalhos e,
em seguida, foram salvos em formato txt (plain text – texto plano). os em formato de
texto (.txt), para serem lidos pelo WordSmith Tools® (WST). O formato PDF permite
pré-selecionar arquivos de cunho científico, já que esse formato impede a alteração de
dados e o bloqueio do arquivo, caso seja opção do autor.
De acordo com a classificação proposta por Teixeira (2008), esse corpus
classifica-se como: bilíngue, escrito, sincrônico, estático, especializado, de falantes
nativos, de autoria individual/coletiva, comparável, de estudo (uso na pesquisa) e com
cabeçalhos.
Abaixo, no Quadro XX, mostro o dimensionamento dos corpora e suas
especificações.
Língua Número de Palavras Número de Textos
Português
Inglês

Organização dos corpora: codificação e nomenclatura dos arquivos


Descrevo, nesta seção, os procedimentos aplicados para organizar, identificar
e armazenar os corpora compilados.
Segui o padrão de nomenclatura que identificasse os arquivos, bem como nos
orientasse em relação ao conteúdo de cada arquivo em relação ao tipo de fonte,
origem de Beilke (2016). A partir da sugestão da autora, defini uma sequência alfabética e
nomeei cada arquivo com códigos, de acordo com os critérios: (i) três primeiras letras das
palavras do título da pesquisa; (ii) grande área; (iii) subárea 2 e (iv) subárea 3. A partir disso,
convencionei, por meio de quadros descritivos, a nomenclatura do conjunto de corpora.
No Quadro XX, a seguir, descrevo o significado de cada sílaba alfabética que foi
utilizada para cada tipo de arquivo.
Legendas para identificação dos corpora
(i) Três primeiras letras das palavras título da pesquisa
FAC: Factors affecting creative problem solving in the blended learning
(ii) Grande área
LA: Linguística Aplicada
(iii) subárea 2
EaD: Educação a Distância
ECP: Ensino em Contexto Presencial
(iv) subárea 3
BD: Blended Learning
HB: Hybrid Learning
WED: Web-Enhanced Learning
FO: Fully Online
FTF: Face to Face
PRE: Presencial

No Quadro XX, a seguir, estabeleci uma ordem para as sequências descritas


no quadro anterior, pois, para fins de organização e clareza na leitura dos dados, foi
preciso determinar uma posição para cada sílaba, de acordo com o tipo de informação
que cada sílaba contém.

Codificação para nomenclatura dos arquivos dos corpora


1ª Posição 2ª Posição 3ª Posição 4ª Posição
Letras das Palavras do Grande Área Subárea 2 Subárea 3
Título
FAC LA EaD BD

A sequência dos códigos que conferem nomes aos arquivos e os códigos


podem ser visualizados por meio das Figuras XX e XX, inseridas abaixo, que
mostram, respectivamente, os arquivos dos corpora escritos nomeados e armazenados
no computador:
Figuras XX e XX

Além da identificação externa de cada arquivo de texto do conjunto dos


corpora, conforme foi detalhado nos dois quadros mencionados (Quadro xx), também
fiz a identificação interna dos textos, inserindo cabeçalhos, onde foram informados: a
origem de cada texto, que poderia ou não coincidir com o local da coleta; a autoria
(quando havia); e também, a data da coleta do texto.

Recurso
Chamo de recurso o software que serviu de ferramenta de trabalho, para a
compilação, organização e estudo dos dados. O recurso adotado nesta pesquisa foi o
WordSmith Tools® (WST).
Como recurso para a Linguística de Corpus (LC), utilizei o WST (2015,
versão 6.0), criado por Scott em 1996, publicado pela Oxford University Press. O
WST é um conjunto integrado de programas que desempenha várias funções, dentre
elas, geração de listas de palavras, concordanciador, etc. É definido por seu criador
como um software de análise lexical. O WST é muito popular entre os linguistas de
corpus. Atualmente, já está na sua versão 7.0 e completa 20 anos em 2016.
Neste trabalho de área complementar, o WST foi utilizado para testar se os
corpora eram legíveis pelo software durante o processo de compilação e transcrição.

Considerações Finais
O objetivo deste texto foi mostrar a proposta inicial de um processo de
planejamento de um corpus para área de EaD e ESF. Fromm (2013) explica que
quando se pretende trabalhar com uma descrição terminológica ou terminográfica de
uma área de especialidade, é relevante a elaboração de uma árvore de domínio desta
área. A construção de um corpus especifico da área de EaD e ESF poderá servir de
fonte para outros trabalhos terminológicos ou terminográficos. Uma das vantagens de
se considerar a perspectiva da Linguística de Corpora é a compilação de um corpus
baseado em materiais autênticos da área que servirá de consulta para professores,
professores-tutores e demais professores que utilizam umas das abordagens de EaD.
Em nosso ponto de vista, trata-se de um conhecimento autêntico o qual
permite aos envolvidos na área da EaD que lide com a complexidade da língua.

Referências
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inglesa: a prática reflexive na educação a distância. V Seminário Internacional de
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Molina; José Mondéjar; José Luis Rivarola. Madrid: Alcalá, 1970.

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