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O Sistema S começou a ser estruturado no país em 1942 para oferecer uma rede de
ensino que melhorasse a produtividade da mão-de-obra e serviços culturais e de lazer
com financiamento garantido, mas sem depender da gestão pública. Ele é composto por
nove entidades:
TRANSPARÊNCIA
Por lidarem com recursos arrecadados pelo governo, as entidades do Sistema S são
pressionadas a comprovarem a destinação das verbas e o atendimento do interesse
público. Apenas a partir de 2013, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estipula
anualmente regras para o uso do dinheiro público, passou a obrigar essas entidades a
divulgarem na internet o quanto receberam de contribuições, o destino dos recursos, a
estrutura remuneratória dos funcionários e o nome dos dirigentes e membros do corpo
técnico. Em 2016, o TCU (Tribunal de Contas da União) alertou que nem todas essas
entidades tinham sistema de auditoria (que confere a veracidade e qualidade das
informações) interna e externa e que faltavam, em algumas delas, informações sobre o
oferecimento de cursos gratuitos e detalhes sobre licitações.
GRATUIDADE
Outro ponto que desperta críticas é o percentual de cursos gratuitos oferecidos pelas
entidades. A cobrança de mensalidades afasta pessoas sem recursos que precisam se
capacitar e coloca em xeque o interesse público que justifica o repasse de verbas ao
sistema. Em 2009, após pressão do Ministério da Educação e embates com os
empresários, o governo e as entidades firmaram um acordo estipulando percentuais
mínimos de oferecimento de cursos gratuitos. Além disso, eles passaram a ter que
obedecer a uma carga horária mínima, para impedir que fossem contabilizadas
capacitações de curtíssima duração em temas como reúso doméstico de cascas de frutas
ou embalagem de presentes.
No site do mec:
Março 2009:
“Haddad destacou a evolução do orçamento da educação nos últimos seis anos, passando de R$
18 bilhões para os atuais R$ 42 bilhões. O ministro ainda citou algumas ações em andamento que
Maio de 2011
A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) terá participação ativa no controle social e
Mantidas com recursos públicos, as entidades que compões o Sistema S (Sesc, Senai, Sesi e Senac)
gestão e governança é feita por entidades privadas. Como terão grande participação no Pronatec,
Haddad defendeu a presença de representantes da Ubes nos conselhos gestores das entidades.
Abril 2011
nesta quinta-feira, 28, no Palácio do Planalto, em Brasília, o projeto de lei que cria o Programa
Naacional de Acesso ao Ensino Téécnico e Emprego (Pronatec). O texto segue para o Congresso
Naacional, onde tramitará em regime de urgência. Pelo projeto, R$ 1 bilhão serão investidos, ainda
este ano, para concessão de bolsas e para o fnanciamento de cursos de educação profssional. A
previsão é de que 8 milhões de pessoas sejam benefciadas pelo programa no prazo de 4 anos.
precisamos de mão de obra qualifcada para manter esse crescimento sustentável”, destacou a
profssional. O programa traz novo fôlego à expansão da Rede Federal de Educação Profssional e
Téecnológica, com a entrega de 81 novas escolas ainda este ano, com previsão de funcionamento
já no primeiro semestre de 2012. Outras 120 novas escolas técnicas federais serão entregues nos
Pelo projeto, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) passará a atender também a estudantes
O projeto prevê ainda a concessão de 3,5 milhões de bolsas de estudos até o fnal de 2014, que
poderão benefciar tanto estudantes de nível médio quanto trabalhadores. Os recursos para as
bolsas são de R$ 700 milhões e vão diretamente para as instituições de ensino. Outros R$ 300
milhões serão destinados à concessão de fnanciamento estudantil, por meio do Fies, com os
“Téemos 7 milhões de estudantes cursando nível médio hoje no país. A concessão de 3,5 milhões
de bolsas para cursos técnicos dá a idéia do impacto desse programa”, afrmou Haddad.
Novidades – O Pronatec modifca ações que já estão em curso e agrupa novas iniciativas ao
fomento da educação profssional. O Fies, por exemplo, além de ser estendido a alunos de cursos
técnicos, também poderá ser utilizado por empresas que desejem qualifcar seus trabalhadores.
Os empresários que desejem oferecer capacitação aos seus empregados terão, portanto, acesso
Uma das novas iniciativas trazidas pelo Pronatec, a concessão de bolsas de estudos para cursos
trabalhador, sendo que esta última também poderá ser concedida para benefciários do
O Pronatec pretende ainda aumentar a rede de escolas estaduais, por meio do programa Brasil
Brasil Profssionalizado quanto para as entidades do Sistema S haverá maior aporte de recursos,
Pesquisas - Dados da Pesquisa Naacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 demonstram
que apenas 25,5% da população de jovens de 18 a 24 anos alcançam o ensino superior. Os cursos
estudo A educação profssional e você no mercado de trabalho também constatou que os salários
daqueles que têm um curso profssionalizante são até 12,94% mais altos e é de 38% a
A pesquisa da FGV reforça um estudo anterior, feito pelo MEC, com estudantes egressos da rede
empregabilidade de 72% dos técnicos de nível médio formados de 2003 a 2007 pelos institutos
federais.