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CURITIBA
2010
Verenice Moteleski Olchel
CURITIBA
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Especialista em Psicologia
Clínica no Curso de Pós Graduação em Psicologia Clínica da Faculdade de Ciências Biológicas e da
Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná,
__________________________________
Banca examinadora: Denise de Camargo
____________________________________
Orientadora: Profª Dra. Maria Cristina Antunes
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
1.1 Teoria de Papéis e Matriz de Identidade ...............................................................1
1.2 Educação e limites ................................................................................................4
2 OBJETIVOS .............................................................................................................9
3 MÉTODO ..................................................................................................................9
3.1 Participantes ........................................................................................................10
3.2 Procedimentos .....................................................................................................10
3.3 Instrumentos ........................................................................................................11
3.4 Análise dos resultados ........................................................................................12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................12
Quadro 1. Dados sócio demográficos de um grupo de mães da Cidade de Curitiba
P/R .............................................................................................................................13
4.1 Educação e limites...............................................................................................13
4.2 Educação recebida ..............................................................................................15
4.3 Educação recebida x educação dos filhos ..........................................................18
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................21
REFERENCIAS ........................................................................................................25
ANEXOS....................................................................................................................27
1- INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como tema o papel da mãe na educação dos filhos e teve
extensões da vida, associam papel como algo que integra a representação teatral,
vez que as denominações vagas impediam que fosse conectado aos fatos que
Não existe papel se não houver outro para complementar. Como não existe papel de
mãe se não houver papel de filho e vice-versa. Estão integrados com ações que são
papel, acaba, por domínio da sua parcialidade onde situa-se, e regressa ainda como
papel. O indivíduo estará sempre em envolvimento com algum papel e cogita uma
maneira de envolvimento dele com o mundo que o faz uma pessoa necessariamente
O papel pode ser definido como uma pessoa imaginária criada por um
autor dramático, pode ser definido como uma parte ou um caráter
assumido por um autor para a realidade. O papel ainda pode ser definido
como uma personagem ou função assumida na realidade social, por
exemplo, um policial, um juiz, um médico, um deputado. Finalmente, o
papel pode ser definido como as formas reais e tangíveis que o eu adota.
Eu, ego, personalidade, personagem etc. são efeitos acumulados,
hipóteses heurísticas, postulados meta psicológicos, “logóides”. O papel é
uma cristalização final de todas as situações numa área especial de
operações porque o individuo passou (por exemplo, o comedor, o pai, o
piloto de avião) (MORENO, 1993, p. 206).
criança, o contato dela com a mãe, o mundo que essa mãe passa a esse filho, o
relacionamento da criança com seus pais, tudo isso é denominado pela linha
ações combinatórias.
para desempenhar os papéis. Moreno utilizou nomes para as três principais fases da
matriz de identidade:
papéis o de dar e receber papéis, como podemos exemplificar com o ato da mãe
que atua como ego auxiliar ao alimentar seu filho e este recebe o alimento.
"A mãe é um ego auxiliar ideal do bebê de quem está grávida. Ainda o é
depois de nascer a criança a quem ela alimenta e de quem cuida, mas o
distanciamento orgânico e psicológico manifesta-se cada vez mais, depois
que o bebê nasceu. A mãe é um exemplo de um ego auxiliar instintivo".
(Cukier ,2010, p.4).
1.2 – Educação e limites
Conforme Áries (1981), na idade média a educação das crianças ocorria com
os adultos aos sete anos conviviam com outra família, porém a partir desta data em
diante a educação passou a ser comandada mais pela instituição escolar. Com isso,
ocorreu também a preocupação dos pais em vigiar seus filhos mais de perto, ficar
mais perto deles e de não ficar distante deles. A família se voltou para a criança.
tratado de como fazer para corrigir as crianças, com que idade deveriam ser
seria lavada e acariciada, se não se comportasse bem seria agredida com uma
vara, à noite a criança teria de desejar boa noite aos pais e mestres, depois de fazer
por “querida mamãe”, o marido se dirigia à esposa pelo mesmo nome pelo qual as
ficava ciente de todos os detalhes da vida e era levado muito a sério. Cuidava–se
muito bem da educação das crianças. A saúde e a educação eram motivos para
econômica.
Para Cerveng e Berthoud (1997), os pais que têm crianças pequenas devem
limites a fim de que a criança possa criar uma imagem do mundo que a cerca e de si
Conforme o autor, a primeira diz respeito aos antecedentes culturais dos pais, que
influenciam no modo como pensam sobre a educação infantil. Outra seria a
seja, o tipo de indivíduos que são está relacionado com o que pensam sobre o
desenvolvimento da criança.
Schaffer (1996) diz, que as características dos pais são decorrente do seu
passado, onde viveram, e contribui para a relação com seus filhos que adquirem
este modelo, com isso, o modelo de educação se repete onde os pais passam a
seus filhos e seus filhos passam para seus futuros filhos e assim por diante.
Gonçalves (1988), diz que os papéis de pai e de mãe estão sofrendo várias
Rosset (2007), diz que a geração antiga viveu temendo a autoridade, hoje em
dia vive diante da crítica da autoridade, isso faz com que os pais exerçam o
incompetentes.
educação dos filhos tendem a ser permissivos, por acreditarem estar com dívidas
com os filhos e fazem todas as suas vontades. Esse sentimento de culpa pode ser
derivado do fato de os pais trabalharem fora o dia inteiro e estarem dando pouca
Outro ponto importante vem a ser a ausência dos pais na vida da criança,
em virtude da carga horária dedicada ao trabalho, deixando a convivência
educacional aos cuidados da escola, desde os primeiros momentos, nas
creches e nas instituições educacionais, do governo ou particulares. Esta
necessidade familiar gerou um sentimento de culpa nos pais, que, para
compensar tais circunstâncias, acabam sendo permissivos em demasia
com os seus filhos, impedindo, por conseguinte, momentos de se educar e
proporcionar os valores que devem ser seguidos. (NETO, 2004, p. 1).
limites necessários para as crianças, dar ordens e proibi–las de algumas coisas para
que aprendam a conviver no meio social, também para que aprendam a ter o
sociedade, mas muitas vezes sentem–se culpados em deixar os filhos sozinhos, não
a mãe deixava sua vida profissional para cuidar dos filhos, hoje a participação na
o desenvolvimento do filho, de uma forma mais benéfica também para a mãe. Muitas
vezes a mãe tem dificuldades neste momento, pois algumas acreditam que com o
pela criação dos filhos e pela culpa quando algo dá errado” (CAETER, 1995, p.44).
2. OBJETIVOS
O objetivo geral desta pesquisa foi analisar como um grupo de mães lida com os
3.1. Participantes
3.2. Procedimentos
estruturado. A pesquisa qualitativa visa uma relação ativa entre o sujeito e o seu
foram analisados em conjunto de forma que não será possível identificar a mãe e a
. Esta pesquisa pode trazer vários benefícios, pois é um tema que precisa ser
deparam com a difícil tarefa de educar e dar limites aos seus filhos. Elas ficam
divididas, sem saber como proceder ou se estão corretas no modo de agir. Estudar
3.3. Instrumentos
análise de conteúdo pode ser também conjunto de técnicas das comunicações que
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados coletados são referentes às entrevistas realizadas com dez mães entre
casadas. A maioria teve um ou dois filhos, com exceção de duas que tiveram quatro
e três filhos. Todas as entrevistadas eram provenientes da classe média. Cinco das
com suas mães. Todas as mães entrevistadas têm emprego e passam boa parte do
uma certa angústia e medo em relação à educação de seus filhos. Elas relataram
que tinham dificuldade de impor limites e que não queriam cometer o mesmo erro de
suas mães. Diante da pergunta “como a sua mãe colocava limites em você quando
“Brigando e apanhando, porque foi a maneira que ela foi criada, sabe, quando
eu peguei uma idade eu falei que não queria ser igual a ela, porque eu ouvia
dizer que a gente sempre puxava a mãe e eu me cobrava para não ser igual
a ela, acho que eu consegui desviar esse comportamento, hoje eu consegui
ser diferente dela.” (S.D, 37 anos)
Todas as mães acharam que são boas mães porque cuidam de seus filhos.
A noção de o que é educação para as mães, o que é próprio de seu papel de mãe
seria: colocar horários, alimentação, ser rígida, se controlar para não agredir a
criança, ter calma, ter responsabilidade, ser o espelho para seu filho, dar boa
formação na educação escolar, orientação para ser uma boa mãe e esposa, cobrar,
Apenas cinco das mães deram importância ao papel dos pais na educação
dos filhos. As outras cinco entrevistadas disseram que o papel de pai não tem
importância alguma na educação dos filhos. Dentre estas mães, três delas
atualmente estão separadas e os filhos não conhecem ou não tem contato com o
pai, duas delas são casadas e o pai mora com eles, estão todos os dias em casa,
mas não ajudam na educação dos filhos. Porém a maioria das mães diante da
entrevista acharam o pai de seus filhos presentes, inclusive algumas das cinco mães
que disseram que os pais não têm importância na educação de seus filhos.
Costa (2009) diz que embora o papel de mãe ainda predominar sobre o
papel do pai, entende-se que o valor da figura de pai é muito importante para o
social da criança.
Desde que a criança é concebida, o mundo lhe é transmitido pela mãe que,
nessa fase de vida e nas subsequentes, desempenha o papel de ego-
auxiliar da criança, pois ela decodifica e oferece os meios diretos de
satisfação de suas necessidades. A criança estabelece seu primeiro vínculo
com essa pessoa-auxiliar-mãe; enquanto esse vínculo se desenvolve, o pai
pode estar presente, mas sua presença não se configura imediatamente na
estrutura afetivo-emocional da criança; por isso, o desempenho do papel do
pai, inicialmente, se dá de forma indireta. Se o pai atua diretamente com a
criança, também está exercendo o papel de seu ego-auxiliar. (
GONÇALVES, apud, TURBIANI, SENATRO, 1988, p. 55).
entrevistadas relataram que eles são mais presentes com relação à ajuda financeira
e não na educação propriamente dita, dizendo que eles deveriam ter mais diálogo,
brincar mais e ser mais autoritário. Como disseram algumas mães diante da questão
sobre o que elas achavam que o pai de suas crianças precisavam melhorar em
“Ele precisa ser mais ativo, ele fica bastante neutro.” (N.R, 36 anos)
“Ter mais paciência com criança, ele quer que a criança fique sentada o dia
todo, não quer que faça arte, não pode correr” (R.M, 35 anos)
“Precisa ouvir mais e falar mais porque ele é muito grosso.”(B.E, 37 anos)
“Ser mais presente, brincar mais.” (D.O, 26 anos)
“Não é nem na educação, ele tinha que se sentir um pai responsável, pois às
vezes ele tem umas atitudes que na minha cabeça pai não faria para um
filho, ele não brinca com ela, não responde as perguntas dela.” (J.S, 36
anos).
seus filhos, as mães revelaram que tentam conversar no primeiro momento, mas
adquirem este modelo, com isso, cria–se um círculo vicioso, sendo transmitido de
Diante da entrevista aplicada, a maioria das mães, com exceção de duas, não
tiveram uma imagem positiva de mãe, e este fato mexe no papel de mãe delas. Não
mãe que tiveram, relataram que não queriam ser como suas mães, muitas não
tiveram modelo de mãe apropriado. Portanto é possível analisar que estas mães não
mães, por não saberem como agir. A maioria segue instruções de livros ou segue à
momento, depois não conseguem dar continuidade, sendo vencidas pelo cansaço.
onde parece que os filhos sempre ganham. Continuam tentando não copiar o
modelo negativo de mãe que tiveram na infância, mas confessam que o método,
embora inadequado que as mães utilizavam que era a agressão, funcionava mais. A
todas com exceção de duas falaram que não tiveram infância. Estas mães têm
“olha até eu ter minha filha eu achava que sim (suspiro) Engraçado né; isso
é muito engraçado, eu era revoltada com meu pai até eu ter uma filha porque
ele me batia, e eu tinha pena de minha mãe, agora essa revolta se transferiu
para minha mãe, porque eu como mãe jamais permitiria abusos que eu sofri
para minha filha, jamais iria ficar assistindo o pai dela bater nela, ficar dando
cintada deixando ela cheia de vergões e não fazer nada, só ir cuidar depois
que ele a abandonasse, no chão, sabe? Eu como mãe, eu comecei a
perceber que ela não era tão boa mãe assim, não era tão coitadinha (choro)”
(I.T, 33 anos)
“foi uma mãe mais ou menos pra mim, por causa das surras” (A.C, 35 anos)
“Não, porque ela nunca estava presente, bebia, me levava para lugares em
que eu não podia ir por causa da idade” (R.M, 35 anos)
“Ela não me deu conselhos, só me bateu, o dinheiro que eu ganhava era
tudo pra ela e até hoje ela não reconhece isso (choro) quando eu casei eu
não tive nada, comecei do zero, eu queria casamento, ela mandou no meu
casamento, então ela estragou tudo, meu casamento foi horrível, foi mal
falado na cidade inteira, não tinha comida, bolo de noiva, nada, mas minha
mãe não vê isso, não é uma mãe que eu gostaria de ter” (B.E, 37 anos).
Segundo Cukier (2010), o infante sabe que o adulto está tendo uma atitude
injusta ou sendo abusivo, tem sentimento de cólera, porém não pode fazer nada e
Foi possível perceber no tom de voz de todas uma certa vergonha em falar o que
pensam realmente de suas mães, como se fosse um pecado mortal falar mal de
suas mães.
A liberdade para essas mães era controlada, tendo mais obrigações do que
direito de brincar. As entrevistadas disseram que tudo era permitido em casa, não
tendo regras claramente impostas. Se fizessem algo de que suas mães não
aprovavam eram agredidas pela própria mãe ou por outra pessoa da família à qual a
As duas mães que têm lembranças positivas das suas mães tiveram mães mais
receberam de suas mães e a educação que estão oferecendo a seus filhos, como
por exemplo, algumas mães tentam evitar que a situação que era vergonhosa para
elas, ou coisas que aconteciam para elas na infância aconteçam para os filhos,
como relata uma das mães ao ser perguntado se ela alguma vez deixou passar
“Não, nunca deixei passar, o que eu evito é chamar a atenção dela na frete
de outras pessoas, mas só pelo olhar ela sabe que fez coisa errada, eu evito
chamar a atenção na frente dos outros porque eu sofri muito com isso, acho
que não é necessário ela passar vergonha com isso.” (I.T, 33 anos)
As situações que tentam evitar são aquelas que elas vivenciaram na infância
Foi possível perceber que poucas vezes a história se repete entre a educação
que elas receberam na infância e a educação que estão dando a seus filhos.
ausente, e estar devendo com relação à educação de seus filhos, como podemos
“(Pausa) Ela todo dia indo trabalhar de manhã e vindo bem tarde da noite’’
(D.O, 26).
Esta mãe hoje também trabalha e não vê muito o filho, assim como a mãe dela
fazia, diz também em outros momentos que sente muito por não poder se dedicar
mais ao filho como uma mãe deveria. "A forma como uma criança percorre sua
(FONSECA,1995, p.22)
momentos na vida para seus filhos, algumas em terapia relataram que depois de
ficar o dia inteiro fora de casa, ao chegar não querem se incomodar com os filhos.
quebrando as regras da casa, porém, sentem uma certa culpa, por não estarem com
eles a maior parte do dia, e não querem se expor como sendo a “bruxa má” da casa,
dando as ordens e impondo castigos. Por este motivo, além de não terem um
modelo adequado de como impor limites, a maioria das mães vez ou outra não
reagem diante da falta de limites de seus filhos, quando a situação está fugindo do
Segundo Badinter (1980 citado por Cukier, 2010, p. 3) atualmente temos ciência de
que a natureza não supre as mães de calma, e nem todas têm uma tendência
natural de como proporcionar uma ocasião de dependência positiva para seus filhos.
Ao oposto disso, o que localizamos são mães com pouca paciência, cansadas, e
vários fatores, que incluem, como foi sua vivência quando era pequena e como ela
momento com seu marido, assim como também a situação econômica, cultura da
família e de como seu papel de mãe é estimado na sociedade, entre outros fatores.
sentido de suas vidas e de sua identidade. Ao perguntar o que mudou em suas vidas
“Tantas coisas, que por mais que a gente mude eu acho que eu só não
consegui administrar por vários fatores de apoio, mas é muito bom ter filho.”
(J.S, 36 anos)
“Tudo, principalmente a vida, tive filho na adolescência, eu era muito criança,
fui crescendo, mudei a minha vida, hoje eu penso que valeu a pena.” (E.A, 31
anos)
“Mudou tudo, hoje eu me sinto realizada como mãe. Muitas das vezes eu
desisti das coisas por ter ela, se eu não tivesse ela eu já teria “chutado o pau
da barraca” (I.T, 33 anos)
“Acho que eu amadureci mais, fiquei mais sentimental porque eu não tinha
muito sentimento pelas pessoas, pelo fato de eu ter sido criada muito sozinha.”
(D.O, 26 anos)
“A gente cresce mais como ser humano, tem outro valor, é o que eu digo para
eles; educação não se compra, ou tem ou não tem, é igual amor. Você pode
comprar sexo, mas não o amor, então como mãe você cresce muito, fica mais
equilibrada, é fazer parte da vida dele, e ter um corpo fora do seu corpo, uma
vez eu falei para minha mãe que eu tinha escolhido ser filha dela, ela disse que
o azar era meu, mas ela é uma escola para mim, foi ela que me ensinou como
lidar, ser mãe é muito satisfatório”. (S.D, 37 anos)
“As drogas e o álcool diminuiram na minha vida, amizades ruins que não
aceitaram minha gravidez, aprendi a ser mãe e a entender a minha mãe” (R.M,
35 anos)
“Acho que tudo, mas de bom nada” (B.E, 37 anos)
“Eu me tornei mais (pausa) eu deixei de ser rancorosa, fiquei mais boazinha,
mais compreensiva, eu comecei a entender as dificuldades de meus pais.”
(N.R, 36 anos)
5. Conclusão
bem como também analisou como as mães lidam com os limites na educação dos
educação recebida pela mãe e na forma de como desempenha seu papel de educar,
educação de seus filhos. Oito das mães entrevistadas eram casadas, todas
possuíam emprego, ficando boa parte do dia fora de casa, Exceto as duas mães
Através da análise das entrevistas foi possível verificar uma certa angústia e
que tinham dificuldade de impor limites, e que não queriam cometer o mesmo erro
mães porque cuidam de seus filhos, esta foi a noção de cuidados aos filhos que as
mães tiveram como também serem rígidas, impor horários, dar alimentação dar
formação escolar, carinho, amor e também se controlar para não agredir a criança.
seus filhos, as mães entrevistadas relataram que são mais presentes em relação a
mães revelaram que tentam conversar com as crianças, mas todas já usaram de
A maioria das mães não tiveram uma imagem positiva de suas mães este fato
influencia no papel de mãe delas. Não querendo seguir o exemplo que tiveram na
negativas que relataram de suas mães, podemos dizer que estas mães não tiveram
filhos, não sabendo como fazer tal tarefa. Diante da situação sentem-se perdidas e
desesperadas por não saberem como agir. Fica assim evidenciada a importância da
Com a análise dos resultados obtidos nesta pesquisa foi possível refletir sobre
de colocar limites nos filhos, desviando assim a mãe de repetir o modelo de mãe
OLIVEIRA, ANA CLAUDIA FEEREIRA DE. A delicada relação entre pais e filhos.
Disponível em:
http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_opiniao.php?codigo=AOP0092, 2007.
ROSSET, SOLANGE MARIA. Pais e filhos: uma relação delicada. 3. ed. Curitiba:
Sol, 2007.
2- É casada?
3- A quanto tempo?
(a)?
11- Dentre os seus filhos, qual você sente mais dificuldades para educar e
colocar limites?
16- Quantas horas por dia você fica com seu filho (a)?
17- Você deixa a criança aos cuidados de outra pessoa? Quem? ( se não, vá
18- O que esta pessoa faz que você desaprova na educação de seu filho (a)?
19- O que esta pessoa faz que você aprova na educação de seu filho (a)?
20- Que importância você dá ao papel do pai na educação de seu filho (a)?
21- Você considera o pai de seu filho (a) presente ou ausente?
22- O que você acha que o pai de seu filho (a) precisa melhorar na educação de
23- Que importância você dá ao seu papel de mãe na educação de seu filho (a)?
25- Em que você acha que precisa melhorar na educação de seu filho (a)?
29- você teve que abrir mão de alguma coisa na sua vida após a maternidade?
30- O que você faz para seu filho (a) que ele (a) não gosta?
40- Você acha que seu filho (a) é mal educado (a)?
41- Em relação a educação de seu filho (a), o que a deixa mais irritada?
43- Você tem alguma estratégia para a educação de seu filho (a)?
44- Você já usou de agressão como por exemplo: palmadinhas, puxões de
48- Você já se sentiu descontrolada diante a uma situação com seu filho (a)?
52- Você já deixou passar situações não toleráveis por não saber o que fazer?
53- Com que freqüência você é permissiva? Ou seja deixou que as regras
fossem quebradas, permitiu seu filho (a) fazer coisas que geralmente não
deixaria?
56- O que você lembra de sua mãe quando você era criança?
58- Quando você era criança, quais eram as suas liberdades; o que era
permitido?
59- O que não era permitido na sua casa, quando você era criança?
66- Em relação a sua infância, você considera sua mãe e seu pai ausente ou
presente?
67- Você acha que sua mãe foi uma boa mãe?