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Christiano Leonardo Gonzaga Gomes
Apresentação
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Prof. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes
DIREITO PENAL
Divisão do Código Penal: Parte Geral (artigo 1º a 120 do CP) – prevê todas
as leis não incriminadoras, que podem ser
explicativas ou permissivas, aquelas que
tornam lícitas determinadas condutas
tipificadas em leis incriminadoras. Ex.: legitima
defesa.
Sumário
A primeira análise que deve ser feita é quanto à diferença entre princípio,
regra e norma.
Normas. Algo bem mais genérico que princípios e regras, que são espécies
daquelas.
PRINCIPIO DA LEGALIDADE
Art. 1º- Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Fundamenta-se politicamente na função de garantia da liberdade do cidadão
frente a intervenção estatal arbitrária. Dele derivam quatro conseqüências:
CONCEITOS
CRIME
PENA
DIREITO PENAL
Se é o Direito Penal que define o crime, também é ele que diz quando um
fato aparentemente criminoso é, entretanto, permitido, ou quando, mesmo
proibido, não ensejará a aplicação da sanção penal.
O Direito Penal deve ser estudado com o auxílio das demais ciências, para
que ocorra uma melhor aplicação da lei penal.
O Direito nasce com a sociedade. Dizem que o primeiro Direito foi o penal, na
medida que se compreende o Direito como as primeiras manifestações de
vingança, a pena, do homem contra o homem.
Período Humanitário
Foi no século XVIII que pensadores europeus constituíram, com suas ideias,
um dos mais importantes movimentos da história da humanidade: o
iluminismo.
As ideias iluministas vão se refletir, a partir da publicação, em Milão, no ano
de 1764, da obra “Dos Delitos e das Penas”, escrita por Cesare Beccaria, na
qual combate com vigor o uso da tortura, a pena de morte, a atrocidade das
penas e aponta para que a pena seja aplicada apenas para que o
delinqüente não volte a delinqüir. O importante não é a brandura da pena,
mas sim a certeza de sua aplicação.
Exige a prevalência do princípio da legalidade.
Em 1789, a Revolução Francesa vai culminar com a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão, que consagra os fundamentais direitos humanos,
ainda hoje atuais.
Período Científico
Prof. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes
As ideias iluministas fortaleceram-se e inspiram a necessidade de se tratar o
direito como ciência, surgem as Escolas Penais.
Escola Clássica
Escola Positiva
Esta escola surgiu na Alemanha, em 1882, com Von Liszt, rejeita a tese do
criminoso nato, afirmando estarem nas relações sociais as mais profundas
raízes do crime. Ademais, tal escola negava a ideia do livre arbítrio,
apregoada pelos clássicos, ressaltando a substituição da pena retributiva
pela defensiva, orientada conforme a personalidade do criminoso, na qual
preponderava a ideia de prevenção especial. Transformou-se, ao longo do
tempo, em uma corrente eclética, também conhecida como Escola da Política
Criminal.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
O poder punitivo do estado não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade
da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos
condenados.
Desta forma, a proibição constitucional (artigo 5º, inciso XLVII, CF) das penas
de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX,
de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e cruéis, autoriza a
conclusão de que a ordem constitucional pátria acolheu o referido princípio,
que veda a degradação e a dessocialização dos condenados, por não
coadunar com o estágio atual de desenvolvimento de nossa sociedade, vez
que ferem a dignidade da pessoa humana.
Logo, nenhuma pena privativa de liberdade pode ter uma finalidade que
atente contra a incolumidade da pessoa como ser social.
Previsto no artigo 5º, inciso LXII, CF, foi uma da maiores conquistas
constitucionais do cidadão brasileiro. Ninguém enquanto está sendo
processado, mesmo que preso provisoriamente, pode ser considerado
culpado.
Cunhado por Hans Welzel, significa que as ações executadas com o cuidado
exigido e admitidas completamente no âmbito da vida social conforme
condicionamentos históricos, não podem ser tipificadas, nem sequer quando
ensejem perigos para bens jurídicos penalmente protegidos (por exemplo, o
funcionamento de um reator nuclear, a participação no trânsito viário, a
fabricação de armas e materiais explosivos etc.)
Prof. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes
A vida em sociedade nos impõe riscos que não podem ser punidos pelo
Direito Penal, uma vez que esta mesma sociedade com eles precisa conviver
da forma mais harmônica possível.
Apesar de uma conduta estar descrita no tipo penal, não quer dizer que ela
será punida, pois o dinamismo da sociedade afasta tipos penais aceitos por
todos. Não revoga tipos penais (Art. 2º, LICC). Orienta o legislador ao fazer
os tipos penais e também a fazer a revogação de tipos penais. Jogo do
Bicho e revogação. STF entende que não aplica a adequação social,
mantendo-se o princípio da legalidade (RE 608425 / MG, STF). Casa de
Prostituição. Ainda nao mesma linha, o STF entende que é impossível
falar-se em adequação social no caso de venda de CDs ou DVDs piratas,
na forma do Informativo 505/STJ.
Criado por Claus Roxin na década de 60, por este princípio não estão
alcançadas pelo tipo penal as ações insignificantes e socialmente toleradas
de modo geral. É dizer, as lesões realmente mínimas do bem jurídico
penalmente protegido não preenchem materialmente o tipo de uma norma
penal.
A irrelevância de determinada ação não se confunde com a menor
potencialidade ofensiva, caso em que existe lesão significativa ao bem
jurídico, ainda que menos importante que outras. Segundo Roxin, a
insignificância não deve ser aferida apenas no tocante à relevância do bem
jurídico atingido, mas também em relação ao grau de sua intensidade, isto é,
pela extensão da lesão produzida.
O princípio da insignificância, como critério geral de correção típica, afasta a
tipicidade penal, logo os danos de pouca monta devem ser considerados
como fatos atípicos.
Não cabe a aplicação de tal princípio seara castrense, pois o uso de droga é
incompatível com as atribuições militares. HC 107096 / PR – PARANÁ, STF.
Prof. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes
Novidade: Também não cabe a aplicação do aludido princípio quando o
agente tiver registros criminais pretéritos. Veja-se que não é necessária a
reincidência, bastando registros na folha de antecedentes criminais.
Informativo 685/STF.