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LEITE, Yonne & CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros.

Rio de Janeiro: Jorge


Zahar Editor, Série Descobrindo o Brasil, 2002.

RESENHA DO LIVRO “COMO FALAM OS BRASILEIROS”

Resenhado por
Tatiany Cristine Fernandes da Silva
(Graduando em Letras Inglês – UFERSA

A obra “Como falam os brasileiros” de Yonne Leite e Dinah Callou, versa sobre
a diversidade linguística brasileira e tenta, de uma forma clara e simplificada abordar
todos os aspectos linguísticos do Brasil. Apesar da enorme dificuldade apresentada
pela expansão do território brasileiro e sua variedade, Yonne e Dinah conseguiram
abranger todas as principais características de cada região do país. A começar da
introdução do livro, podemos perceber alguns aspectos essenciais para a compreensão
do que é a língua portuguesa e sua complexidade. Observamos que a língua não é
apenas uma forma de comunicação, mas um complexo instigador da situação
econômica, do nível de escolaridade, da região do falante bem como de sua faixa etária.
Através do estudo aprofundado do uso da linguagem é possível perceber diferenças
significativas entre o modo de vida e a posição social de cada micro região brasileira.

As autoras citam Antenor Nascentes que, em 1953, juntamente com Serafim da


Silva Neto, apresentou um atlas linguístico do Brasil e dividiu o falar brasileiro em
seis subniveis de linguagem: o amazônico, o nordestino, o baiano, o fluminense, o
mineiro e o sulista. Elas abordam a diversidade da língua, os porquês
das variações linguísticas ao longo do país, a padronização da norma culta brasileira e
suas razões pelo falar carioca, além das normas e dos sotaques. Ou seja, através da
fala, podemos definir a que grupo, região ou país, grau de
letramento, sexo e faixa etária um falante pertence.
Devido a estes aspectos, a fala, segundo as autoras, também pode ser
instrumento de discriminação por algum grupo predominante de locutores.
Em “Uma visão geral do Brasil: o mito da homogeneidade”, as autoras
comentam acerca da posição entre a variante brasileira com a europeia da língua
portuguesa, argumentos pertinentes no tocante ao quadro linguístico não ser
homogêneo no Brasil, além de apresentarem dados sobre as línguas indígenas faladas
no Brasil antes e depois da colonização.
Em um território tão vasto quanto o Brasil, não haveria como impedir que realizações
individuais da língua tornassem-se comuns a um grupo de indivíduos, variando quanto
a língua de origem, em cada região de uma determinada forma. Porém, a
intercomunicação entre falantes de qualquer localidade brasileira, por exemplo, se dá
devido a existência de uma representação abstrata
que é compartilhada por um grupo maior de pessoas a nível nacional. Esse tópico é
finalizado frisando a importância de reconhecermos a heterogeneidade e como
trabalhar com ela.

No tópico “Assumindo a diversidade”, percebemos o enfoque ao Atlas


Linguístico do Brasil (ALIB), que tem por objetivo promover um retrato do Brasil
Como um todo, quer seja, nas palavras das autoras “dar conta da diversidade existente,
ou melhor, da dialetação do Português, a fim de tornar viável a tão complexa
delimitação de áreas próprias a cada fenômeno linguístico” (P. 17)

O tópico "O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros" tem por intuito
apresentar as pesquisas realizadas acerca do dialeto dos cariocas, por meio do qual faz
uma monografia com base no seu próprio falar. Acrescenta as autoras que este tópico
foi incluído por força de o Rio de Janeiro ser uma área cuja linguagem culta tende a
apresentar um menor número de marcas locais e regionais, com uma tendência
universalista, dentro do país (P. 10).

O tópico seguinte “Sexo, idade e variação linguística”, apresenta fatores que


proporcionam a fala de homens e mulheres, de faixas etárias distintas bem como
diferentes contextos. Enfatiza-se, no presente texto, o quesito de que a identidade
homem/mulher sob nenhuma hipótese poderá ser analisada em separado, mas em
conjunto com outros fatores como faixa etária, tipo de trabalho, ou outras identidades
culturais.
Nos tópicos seguintes “para uma caracterização dos falares brasileiros”, “a
fonética da fala culta”, “os sotaques sintáticos da fala culta” normas, pluralismo, e
traçando linhas imaginárias falam e descrevem exemplos de como é realizada a
variação linguística e citam: O artigo definido diante de nomes próprios e possessivos;
Alternância nós/ a gente. Procurando assim fazer uma análise de todas as informações
a respeito desses itens e as que são feitas com base nestes mesmos corpus nas cidades
de: São Paulo, Porto alegre, Rio de Janeiro, Salvados e Recife as quais fazem parte do
projeto NURC Projeto de estudo da Norma linguística Urbana Culta.

Em “Voltando ao começo” A obra segue nos remetendo ao passado para nos


fazer compreender como chegamos a uma diversidade cultural e linguística tão grande.
Tal fato pode ser explicado através da colonização do Brasil, já que temos portugueses,
espanhóis, holandeses e outras nacionalidades presentes em nosso país. Por esse
motivo, é explicada a dificuldade de padronização da língua devido a pluralidade
cultural instalada no Brasil. È possível associar à fase da descoberta do Brasil por
Cabral, deparando-se com os nativos, modos e línguas diversas. Abordam as autoras,
a chagada dos jesuítas com “a missão de transformar os indígenas em cristãos” (P. 60),
além de versar sobre as diversas línguas pré-existentes no Brasil. Toda essa colação
de fatos tem por objetivo a demonstração da diversidade linguística no Brasil.

Finalizando a obra, as autoras, analisam alguns dos fatos abordados no livro,


enfrentando-os, além de destacarem as fontes bibliográficas da pesquisa.

O livro convida o leitor a desvendar os mistérios e sutilezas da diversidade e


unidade dos fatores brasileiros, apresentando um retrato sociolinguístico do falar culto
carioca, gaúcho, paulistano, baiano e pernambucano. Desse modo, a obra em
observação será de grande valia tanto para os que principiam no estudo sobre a
linguística bem como interessados em geral e que tenham conhecimento médio ou
avançado na área mencionada.

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