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Paciente n° 1:
Paciente nº 2:
Paciente nº 3:
Uma dona de casa (será a da Luz Vermelha?) de 60 anos foi levada por sua irmã ao
psiquiatra, que explicou que, nos últimos anos, a paciente estava ficando cada vez
mais irritável e que sua personalidade havia mudado. Ela fazia comentários impróprios
em reuniões sociais e estava ficando descuidada com sua aparência. Estava esquecida
e não era mais capaz de fazer tarefas simples como controlar o talão de cheque. Às
vezes ela parecia deprimida, mas outras vezes era extremamente expansiva, gabando-
se de planos grandiosos. A irmã declarou que a saúde da paciente sempre foi boa e
que ela raramente consultava médicos. Quando perguntada especificamente, ela se
lembrou de um tipo de tratamento para doença venérea que havia feito cerca de 40
anos.
T.M, um aluno de 19 anos, saiu do dormitório da faculdade para passar fim de semana em casa
e estudar para as provas finais.
Ele passou a manhã de sábado estudando, mas no inicio da tarde começou a se comportar de
maneira estranha, andava pela casa de cueca, xingando e resmungando.
Quando seus pais perguntaram o que estava errado. Ele ficou agitado e hostil. Finalmente, seu
pai, com a ajuda de um vizinho, forçou-o a entrar no carro e o levou para um hospital perto
dali.
T. M. não estava nem um pouco cooperativo com o pessoal da emergência. O inicio súbito
desse comportamento não característico sugeria que T. M. havia sofrido algum dano no
sistema nervoso central. A lista de causas possíveis era longa. Os sintomas de T. M. podiam ser
os primeiros sinais de doença mental, do uso de drogas ou de um trauma na cabeça.
T. M. foi contido e seus sinais vitais examinados. Sua temperatura, de 40°C sugeria uma
infecção.
Infecções do sistema nervoso central são diagnosticadas pelo exame de amostras do L.C.R que
foi colhido de T. M., por punção lombar com sedação. Enquanto sedado, amostras de sangue e
urina também foram colhidas. O médico atendente solicitou Gram de uma amostra do L.C.R.
Dentro de minutos fez o diagnóstico presuntivo.
T. M. poderia ter evitado essa enfermidade se tivesse sido vacinado. A maioria dos alunos que
moram em dormitórios de faculdades podem ser imunizados para prevenir essas infecções,
mas T. M., não foi vacinado.
As infecções por Neisseria meningitidís causam doença letal, e aqueles que sobrevive a esta
infecção podem sofrer danos permanentes (sequelas) como a perda do movimento dos dedos
da mão ou do pé, surdez, convulsões etc.
No caso de T. M., porém, a observação precoce de seus pais quanto aos seus sintomas e a ação
imediata, com seu rápido diagnóstico, auxiliado pela técnica de Gram no L.C.R, permitiu o
tratamento precoce que levou à completa recuperação.
FICHA CLÍNICA: Infecções do sistema respiratório.
J.G, um menino de 1O anos, tinha tido uma gripe leve que durou alguns dias quando sua
temperatura se elevou repentinamente para 39,5°C e ele começou a ter calafrios. No dia
seguinte, ele disse que o lado direito do peito doía. Tossir ou respirar fundo causava dor
aguda.
A respiração era rápida e curta e ele parecia ansioso, muito mais doente que antes. A mãe de J.
G percebeu que o menino precisava de cuidados imediatamente e o levou ao pronto-socorro.
J. G estava tão fraco e desconfortável que teve de ser levado à sala de exames em uma cadeira
de rodas. Sua temperatura era de 40°C. Mesmo com a respiração rápida e curta tinha
dificuldade para respirar. A médica que o examinou deu tapinhas no peito e, em vez de um
som oco normal, ela ouviu som carregado parte superior direita do peito. O som sugeria que a
área não estava cheia de ar e então ela usou um estetoscópio para examiná-lo melhor. Em vez
de ouvir o suave fluxo de ar normal entrando e saindo dos pulmões, ela não ouvia sons de
respiração em alguns lugares e ouvia sons crepitantes chamados roncos em outros.
Um exame de raio X do peito de J.G. mostrou que o pulmão direito estava preto. Essa é a
aparência normal, indicando que os raios X estavam atravessando o ar, porém, o lóbulo
inferior do pulmão direito estava claro, aparência característica que indica que os raios X
estavam atravessando fluidos.
J. G continuava a reclamar de muita dor no peito. Ele não conseguia expelir catarro para
exames microbiológicos. Então foi feita coleta de sangue com criteriosa antissepsia para evitar
contaminação por bactérias da pele e o sangue foi enviado ao laboratório de Microbiologia
para cultura. Uma segunda coleta foi enviada para realizar um hemograma.
Em dois dias, J. G estava respirando confortavelmente e não tinha mais febre, sendo liberado
para continuar a recuperação em casa e com uma receita de amoxacilina 1 grama via oral de
8/8 horas durante 10 dias.
Um terapeuta respiratório ensinou a mãe a fazer a percussão (bater gentilmente no peito com
as mãos em concha) e a drenagem postural (posicionar o paciente para que os líquidos sejam
drenados mais rapidamente). Estes procedimentos ajudaram J. G a expelir o fluido existente
no pulmão infectado.
J. G. voltou à escola na semana seguinte e não teve mais problemas decorrentes da doença
breve, porem grave.
O bebê W. é filho de uma mulher saudável de 25 anos que já tem uma criança, de 2 anos de
idade. A paciente consultou o medico frequentemente durante a gravidez por causa de
problemas no útero e na placenta, mas ela e o obstetra ficaram contentes quando a mesma
entrou em trabalho de parto normalmente alguns dias depois da data prevista.
A mãe parecia bem e não tinha febre. Não havia nenhuma razão para suspeitar que o bebê W.
estaria sob alto risco de qualquer doença.
Depois do nascimento, o bebê W. foi amamentado e parecia estar com sono, como todos
bebês recém-nascidos normalmente fazem. Naquela noite, sua mãe pediu ajuda a uma das
enfermeiras porque não conseguia acordar o bebê para amamentá-lo. Isso ainda não parecia
muito preocupante em um bebê tão jovem. No entanto, na manhã seguinte não havia dúvida
de que algo estava errado com o bebê. Ele estava com febre. A mãe quase não conseguiu
despertá-lo e estava pálido e gelado. Quando o medico veio vê-lo, notou que o bebê estava
fazendo movimentos irregulares que pareciam ataques.
Porem, um ano mais tarde, quando bebê W. começou a caminhar, ficou evidente que ele teria
paralisia cerebral leve, uma complicação permanente, mas relativamente pequena causada
pela infecção que poderia ter matado a criança.
FICHA CLÍNICA. Síndrome do choque toxico.
Estava perfeitamente bem até que, algumas horas mais cedo, começou a
achar que estava pegando uma gripe porque todo o corpo doía e parecia
febril.
Sua mãe preocupada com a mudança súbita, insistia para que fosse ao
médico. Como parte do histórico, o médico que a examinou observou que
L. L. ficou menstruada dias antes e esteve usando absorventes internos.
Dentro de duas horas ela não respondia mais e sua pressão sanguínea
estava muito baixa para ser medida com um manguito-padrão de pressão
sanguínea.