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TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

AULA 1 - TEÓRICA: (25/09/2012)

Tópico 1 A Especificidade do discurso sociológico: discurso


científico e discurso filosófico
Tópico 2 A emergência da Sociologia: origens intelectuais.

Tópico 3 A emergência da sociologia: contexto histórico.


Sumário:

1) Discurso científico, filosófico e normativo

2) Antecedentes de carácter cultural: o desenvolvimento das ciências,


o individualismo moderno, o surgimento da esfera pública, o
retraimento da religião do campo político.

3) Antecedentes históricos de carácter socioeconómico: a Revolução


Industrial e suas consequências

4) Antecedentes históricos de carácter político: construção do Estado


liberal e a Revolução Francesa.
TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

BILBLIOGRAFIA:

Textos de introdução ao tema:


-Bottomore, Tom, e Robert Nisbet (orgs.) (1980; edição original de
1978), História da Análise Sociológica, Rio de Janeiro, Zahar, pp. 7-
18

-Bottomore; Tom (1971), “O estudo da sociedade”, in Introdução à


Sociologia, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, pp 15-24.

- Turner, Jonathan et all (2003), The Structure of Sociological Theory


(7ª edição), Belmonte: Thompson, pp 1-5.

Texto de aprofundamento:
-Robert, Nisbet (1969), “Las dos revoluciones”, in La Formation del
Pensamiento Sociológico, Buenos Aires, Amorrortu, pp 37-67.
TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

1. A Especificidade do discurso sociológico: discurso científico e


discurso filosófico
Duas questões:
1.Origens: quando começou a sociologia?
• Distinção entre filosofia social e sociologia; entre pensamento
filosófico e ciência social:
“ O estabelecimento das bases de um estatuto científico, e não puramente filosófico
das realidades sociais, data apenas do séc. passado, quando se afirma a
necessidade de o dotar de uma base experimental e de um estatuto científico
idêntico ao das ciências da natureza, e de superar, pela observação, a visão até aí
dominantemente filosófica ou moral dos fenómenos sociais” (Cruz, M.B., 1989, Prefácio
a Teorias Sociológicas, os Fundadores e os Clássicos, Fundação Calouste Gulbenkian, p. VIII)

2. Natureza da Sociologia: o que é?


• Necessidade de ruptura com a filosofia: a afirmação da autonomia da
sociologia:
- A criação de um objecto próprio: a “ciência da sociedade”
- Um estatuto de cientificidade: um método apoiado no método das
ciências experimentais
TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

2. Antecedentes de carácter cultural: o desenvolvimento das ciências, o


individualismo moderno, o surgimento da esfera pública, o retraimento
da religião do campo político.
1. A formação de uma noção de sociedade como ordem laica (a partir do
Renascimento até ao Iluminismo: Maquiavel, Rousseau, Montesquieu,Thomas
Hobbes):
- o individualismo
- o racionalismo
- o estado originário da natureza e a ideia de contrato social (como fonte de
regulação e de poder)

2. O impacto do saber lógico-matemático , físico e biológico: saber especializado,


assente na reflexão teórica e na observação empírica;
3. Constituição das ciências sociais relacionada com a possibilidade histórica de
afirmação da autonomia do social: ordem social laica e colectiva não
determinada pela vontade divina e irredutível à acção individual;
4. Os acontecimentos económicos, sociais e políticos do séc. XVIII que alteram
profundamente as estruturas económicas, sociais e políticas: industrialização,
urbanização e crescimento populacional, revoluções liberais, eclosão dos
movimentos operários e socialistas.
Mostra a relação íntima entre as ciências e as condições socio-institucionais
que em cada momento e em cada país as determinam
TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

3. Antecedentes históricos de carácter socioeconómico: a Revolução


Industrial e suas consequências

Revolução Industrial

Colapso da velha ordem na Europa, apoiada no parentesco, na terra, no


estatuto social, religião, comunidade local, monarquia :

História do pensamento social regista os esforços teóricos para incorporar


e reflectir sobre estas mudanças que despoletam:
- Novos temas de reflexão produto das transformações ocorridas pela
Revolução Industrial (e Revolução Francesa)
- A sociologia como resposta ao derrube do velho regime pela
industrialização e a democracia revolucionária do séc. XIX: forçou
tensões que delinearam o Liberalismo, o Conservadorismo e o
radicalismo modernos.
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3. Antecedentes históricos de carácter socioeconómico: a Revolução


Industrial e suas consequências

Robert Nisbet lista 5 pontos a partir dos quais a industrialização


influenciou a produção do pensamento sociológico:

1. As condições de vida e de trabalho dos trabalhadores: degradação


das condições de vida, más condições de trabalho, empobrecimento, perda das
estruturas tradicionais de enquadramento (grémio, corporação, família,
comunidade aldeã)
2. A mudança na natureza da propriedade: propriedade como direito
extensível a todos os grupos sociais; passagem da propriedade terra a
propriedade industrial e financeira
3. O surgimento das cidades industriais: êxodo rural, crescimento
demográfico concentrado nas cidades, desorganização, alienação, perda de
identidade, valor da comunidade
4. As descobertas tecnológicas: alterações profundas nas formas de
produzir, mecanização, fim da produção artesanal
5. A nova organização do trabalho: mudanças nas formas e na organização
do trabalho: do espaço doméstico ao espaço fabril, a divisão mecânica do
trabalho, destruição dos sistemas de produção baseados na terra e na
produção artesanal, a proletarização, a alienação do trabalho
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4. Antecedentes históricos de carácter político: construção do Estado


liberal e a Revolução Francesa.

1ª grande revolução liberal da história do Ocidente:

- Declaração dos Direitos do Homem (1789)


- Produção de leis que afectavam toda a estrutura social e política francesa:
centralização, igualitarismo, colectivismo nacionalista, secularização,
burocracia

Todas as ciências sociais se viram obrigadas a tratar as questões


suscitadas pela Revolução Francesa: trata-se de uma reconstrução
social, política e moral que abarca a Igreja, a família, a propriedade, o
Estado e outras instituições.
TEORIAS SOCIOLÓGICAS: FUNDADORES E CLÁSSICOS

4. Antecedentes históricos de carácter político: construção do Estado


liberal e a Revolução Francesa.

1. A oposição tradição/razão e direito : fonte de toda a soberania é a Nação, o


poder nasce do povo e é exercido pelo povo, a lei é a expressão da vontade geral,
todos os cidadãos têm o direito de participar na sua criação.

2. A relação Igreja/Estado: consagra-se a separação entre poder temporal e poder


espiritual; secularização, a soberania deriva da nação e não do poder divino; o
Estado toma conta da educação, procede-se à confiscação de propriedades

3. A natureza da propriedade: consagração da propriedade individual


independentemente das classes.
4. Os temas políticos da administração, da centralização, do nacionalismo;

5. A problemática geral do igualitarismo e do individualismo: não existem


outras realidades que não os indivíduos que têm direitos fixados por lei ( todos
os indivíduos nascem iguais e são iguais perante a lei): Tocqueville : “ o
igualitarismo é o ethos moral da nova ordem social”; separação dos indivíduos
das estruturas comunais e corporativas: grémios, comunidades aldeãs, igreja,
casta ou estados.
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Características da sociologia nas suas origens:

1. Enciclopédica : ocupava-se da totalidade da vida social e da totalidade da


história; o objecto era a Sociedade
2. Evolucionista: procura identificar e explorar as principais fases da evolução
social
3. Era concebida como ciência positiva de carácter idêntico ao das Ciências
sociais, no sec XVIII seguindo o modelo da física e no sec. XIX o da
biologia pela concepção da sociedade como um organismo e pelas
tentativas de formular leis gerais de evolução social;
4. É uma ciência da nova sociedade industrial, já que lidava com os
problemas sociais provenientes das revoluções económicas e políticas do
sec. XVIII;
5. Tinha um carácter ideológico e um carácter científico: ideias
conservadoras e radicais entraram na sua formação dando origem a
teorias opostas.

Fonte: Tom, Bottomore (1971), “O estudo da sociedade” in Introdução à Sociologia, Rio de


Janeiro, Editora Guanabara, pp 15-24.

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