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Programas e campanhas
de promoção da ativi d a de física

Programs and campaigns


to promote physical activity

Ma rcos Santos Ferreira 1


Alberto Lopes Na jar 2

Ab s tract In centive for regular physical activity Resumo O incen tivo à pr á tica regular da ativi-
has been co n s i d ered an important line of action dade física vem sendo apontado como importante
in public health, stimulating initiatives with wide ação na área da saúde pública, o que vem ense-
population reach su ch as programs and cam- jando iniciativas de larga abrangência populacio-
paigns aimed at promoting active lifestyles. On nal, na forma de programas e campanhas em prol
the present pa per, we make some co n s i d erations de estilos de vida ativo s . Ne s te artigo, f a zemos re-
a b out the pro cess of adheren ce to regular phys i c a l f l exões sob re o pro ce s so de adesão à prática reg u-
a ctivi ty and the lines of action usu a lly adopted in lar de atividades físicas e sobre as ações costumei-
p hysical activity pro m otion pro grams (espe ci a lly ra m en te adotadas nesse sen tido em pro gramas de
Agita São Paulo and Programa de Educação e promoção da atividade física (espe cialmen te Agi-
Saúde através do Exercício Físico e do Es porte). ta São Paulo e Programa de Educação e Saúde
We found that these progra m s’ obje ctives, stra te- através do Ex erc í cio Físico e do Es po rte ) . Id en ti f i-
gies and eva l u a tion are fo c u sed on the increm ent camos que os objetivo s , estra t é gias e ava l i a ç õ e s
of popu l a tion physical activity and knowl ed ge of dos programas en focam o aumen to do nível de
p hysical activi ty ben ef i t s . Given the complexi ty of atividade física da população e a ampliação de
p hysical activity adheren ce, we bel i eve that it is seus co n h e cimentos sob re os ben efícios da ativi-
necessary to incre a se the nu m ber of vari a bles on dade física. Tendo em vista a complexidade da
wh i ch actions and eva l u a tion of pro grams shou l d adesão à pr á tica de atividades físicas, apontamos
be based. In our opinion, besides the number of a necessidade de se ampliar o número de variá-
physically active individuals, variables such as fa- veis sobre as quais devem repousar as ações e a
ci l i ties availabi l i ty, accessibility and quality shou l d avaliação dos pro gra m a s . A nosso ver, além do
be co n s i d ered in ord er to demonstra te the effe c- quanti t a tivo de pe s soas fisicamen te ativa s , é pre-
tiveness of lines of action adopted , i m proving the ciso co n s i d erar va riáveis como oferta, ace s s i bi l i-
1 Laboratório de Atividade design and evaluation of physical activity promo- dade e qualidade de espaços para traduzir melhor
Física e Promoção da tion programs with wide population reach. o desempenho das ações adotadas, tornando mais
Sa ú de (LA B S AU), U er j. Key word s Physical exercise, Public policies, Ad- consistentes a elaboração e a avaliação desses pro-
Rua São Fra n c i s co Xavi er,
524, sala 8.133 bl oco F, herence gramas de promoção da atividade física de larga
Ma rac a n ã , 20550-900, abrangência populacional.
Rio de Ja n ei ro RJ. Palavra s - ch ave Ex erc ício físico, Pol í ticas públ i-
msantos@uer j. br
2 E s cola Nac i onal de Sa ú de cas, Adesão
Pública.
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In trodução i m port a n teação na área de saúde pública (Sa l-


lis & Mckenzie, 1991). Essa possibilidade en-
A nece s s i d ade de se com preen derem os con d i- contra suporte teóri co na influência benéfica
cionantes e as conseqüências da adesão ao exer- da atividade física no s t atus de saúde (Oguma
cício físico esten de-se de s de o con tex to de pro- et al., 2002; An ders en et al. , 2000) qu e , por su a
gramas médicos supervision ados até o domí- ve z , se fundamenta na difundida associação en-
nio da saúde pública. Esse campo de estudo, tre exercício e indicadores de morbimortalida-
cujo ac ú mulo de conhecimen tos ainda é pe- de qu e , há anos, vem sen do inve s ti gada por di-
qu eno diante de sua importância (principal- feren tes autores, conforme re sumido no qua-
m en te no Brasil), não pode ser visto como do- d ro 1.
mínio exclu s ivo de uma área de con h ec i m en to Contudo, apesar da associação feita entre
espec í f i c a . pr á tica regular de exercícios e saúde , é impor-
De fato, profissionais das mais diversas t a n te apontar que essa relação vem sen do qu e s-
áreas como psico l ogia, educação física, m ed i c i- tionada. Há quem argumente, por exemplo,
na, entre outras, vêm se dedicando cada dia que ela pode ser lida de outro modo : as pe s s oa s
mais ao estudo dessa temática. Apesar disso e praticam exercícios porque gozam de mel h or
da rel a tiva consolidação da adesão ao exerc í c i o s a ú de , e não o invers o, o que caracteri z a ria um
como área de estu do s , não há mu i to o que co- probl ema de “en dogen ei d ade”.
memorar no que diz re s peito à sua difusão. Wi lliams (2003), por exem p l o, a ponta limi-
Com efei to, já em meados da década de 1990, tações metodológicas nos estudos que co s tu-
Dishman (1994) apon t ava não ter havi do ava n- mam propor tal rel a ç ã o. O autor dem on s trou
ços sign i f i c a tivos no nível de pr á tica de exerc í- que as conclusões obtidas por Blair et al.
cios em nações industri a l i z ad a s . Essa situação (1995) poderiam ser atri buídas a erro de med i-
p a rece perdu ra r, h a ja vista que mais de 60% da da na determinação dos níveis de aptidão física
população adulta em quase todos os países de- nas diferentes categorias. Seg u n do o autor, tal
senvo lvi dos e nas áreas urbanas do mu n do me- a rtef a to estatísti co poderia ser aplicado em ou-
nos de s envo lvi do apre s enta níveis insu f i c i en te s tros estu dos com del i n e a m en to metodológi co
de atividade física (CDC, 2000). similar.
A com preensão e a even tual alteração de s s e Solomon (1991), por sua ve z , alerta sobre
qu ad ro requ erem ações de larga abrangência, os peri gos da “febre” de exercícios como form a
envolvendo profissionais de várias áre a s , que de se obter saúde e cita vários estu dos cujos re-
tenham em comum o interesse em difundir a sultados fragilizam a idéia de que o exerc í c i o
ativi d ade física na pers pectiva da promoção da aumenta a longevidade. Boa parte de suas argu-
s a ú de . Nesse con tex to, i n tervenções na área de m entações é corroborada por Ca rvalho (1995),
po l í ticas públicas são particularmen te impor- autora que cri tica o discurso da ativi d ade física
tantes. como sinônimo de saúde, o con sumismo em
Tendo essas questões presen te s , reflete-se, geral a ele assoc i ado e a ac riti c i d ade das discus-
neste artigo, sobre o processo de adesão à ativi- sões a respei to da tem á ti c a .
d ade física, como empreendimen to na área da Sobral (1990) também adverte que a asso-
s a ú de , e sobre as ações co s tumeira m en te ado- ciação sem re s ervas en tre exercício físico e saú-
t adas nesse sen ti do. A partir do recon h ecimen- de , numa relação de causalidade, pode levar ao
to da mu l ti d i m ensionalidade e complex i d ade c a m po do “otimismo ingênu o”, uma vez que os
do fenômeno da adesão, sugerimos que mais benefícios do exercício depen dem fundamen-
vari á veis sejam consideradas na avaliação de t a l m en te da forma como é praticado. De fato,
ações em prol da prática regular de atividades v á rios autores argumentam que ao de s envo lvi-
físicas. mento da aptidão física não corresponde ne-
ce s s a ri a m en te uma mel h oria do status de saú-
de (Ha s kell et al. , 1985) e que nem todas as re-
Atividade física e saúde percussões do exercício físico e do de s porto são
benéficas à saúde (Meinberg, 1989). Há estu-
Q u em nunca ouviu dizer que “atividade física do s , por exem p l o, que dem on s tram que o trei-
faz bem à saúde”? Embora expressa pelo dito namen to ao qual os atletas do de s porto de ren-
popular, essa afirmação extrapola sua dimen- dimen to são su bm etidos pode levar, anos mais
são de senso comum. De fato, h oj e , a pr á tica re- tarde, a seqüelas no organismo (Meeusen &
gular de exercícios vem sen do apon t ada como Borm s , 1992).
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Quadro 1
Resumo dos principais estu dos que apontam associação en tre pr á tica regular de exercícios físicos e indicadores de morbi m ortalidade.

Estudos D el i n ea m en to s Con clusões

Morris, JN et al. E s tu do que analisou os registros de saúde de 31.000 A ativi d ade física mais intensa da ativi d ade do s
(1953). funcionários do tra n s porte rodoviário (motoristas cobradores foi o motivo en con trado para explicar
e cobradores) de Lon d re s , com idades entre 35 e 64 a men or incidência e mortalidade relac i on adas
anos, p a ra buscar relações en tre o tipo de trabalho a coron a ri op a tias nesse gru po.
exec ut ado e a incidência de doenças coron a ri a n a s .

Pa f fenbarger, RS E s tu do lon gi tudinal que acompanhou 3.263 A ativi d ade física pode ter maior influência
et al. (1970). e s tivadores da baía de São Fra n c i s co, com o obj etivo no infarto do mioc á rdio do que na atero s cl erose.
de iden tificar associações entre nível de atividade
física, fatores de ri s co e mort a l i d ade.

Pa f fenbarger, Em seqüência ao estu do anteri or, 6.351 estivadores Hom ens cuja atividade laboral ex i gia ga s to s
RS & Hale, AB (1975). foram acom p a n h ados por 22 anos, até morrerem calóri cos el evados apre s en t a ram men or ri s co
ou até com p l et a rem 75 anos, no que diz re s pei to para de s envo lver doença coron a riana.
ao nível de ativi d ade física e mortes por doen ç a s
coron a ri a n a s .

Pa f fenbarger, E s tu do que examinou a pr á tica regular de exerc í c i o s O estu do su gere uma associação po s i tiva en tre
RS et al. (1986). f í s i cos e outros hábi tos de vida de 16.936 alunos a pr á tica regular de exercícios físicos e as taxas
e ex - a lunos de Ha rva rd, de 35 a 74 anos de idade, de morbi d ade e mortalidade do gru po estu d ado.
por um per í odo de 16 anos.

Bl a i r, SN et al. E s tu do lon gi tudinal em que 10.224 hom ens e 3.120 Ap a ren tem en te , n í veis mais altos de atividade física
(1989). mu l h ere s , a grupados em cinco categorias, de s de po s ter gam todo ti po de mortalidade pri n c i p a l m en te
seden t á rios até mu i to ativo s , foram acom p a n h ado s devi do a taxas mais baixas de doença card i ova s c u l a r
por mais de oi to anos, com vistas a iden tificar e câncer.
os níveis de aptidão física ao risco de mortalidade.

Morris, JN et al. E s tu do lon gi tudinal em que 9.376 hom en s , entre 45 O exercício físico vi goroso pode ser um fator
(1990). e 64 anos e sem históri co clínico de doenças de prevenção da doença coron a ri a n a .
cardiova s c u l a res, foram acom p a n h ados du rante
9 anos no toc a n te aos hábi tos de vida e
i n tercorrências médicas.

Bl a i r, SN et al. E s tu do lon gi tudinal (po u co mais de 5 anos) em Hom ens que mantiveram ou mel h oraram aptidão
(1995). que 9.777 hom ens en tre 20 e 82 tiveram a apti d ã o física adequada apresentaram men or prob a bi l i d ade
física ava l i ad a , com vistas a iden tificar a assoc i a ç ã o de morte por todas as causas e doen ç a
dos re su l t ados ao ri s co de mortalidade. c a rd i ovascular du ra n te o acom p a n h a m en to
do que hom ens pers i s tentem en te seden t á rios.

An dersen, LB et al. E s tu do que acompanhou 13.375 mu l h eres e 17.265 A ativi d ade física praticada no lazer esteve
(2000). h om ens, de 20 a 93 anos, du rante 14,5 anos invers a m en te assoc i ada à mortalidade por todas
em média, com o obj etivo de relac i onar taxas as causas tanto em hom ens qu a n to em mu l h eres
de mortalidade (e os ri s cos rel a tivos) com o nível em todos os grupos et á rios.
de ativi d ade física no lazer e no tra b a l h o.

Ainda que o deb a te acerca da relação entre mesmo tem po, recusar a relação de causalidade
exercício físico e saúde esteja lon ge de findar, entre eles. O fato é que a possibilidade de o
com base no expo s to até o mom en to, p a rece- exercício físico con tri buir po s i tiva m en te para a
nos razo á vel aceitar o exercício como um dos saúde vem dando suporte a iniciativas que vi-
fatores que podem contri buir positivamen te sam engajar populações em uma vida fisica-
p a ra a saúde de indiv í duos e comu n i d ades e, ao m en te ativa.
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A relação adesão/acesso al., 1995), é po s s í vel afirmar que o ambien te


influ encia a prática da atividade física (Welk,
A maioria dessas iniciativas tem por objetivo 1999). Porém, como a literatura sobre adesão
ampliar o con h ec i m en to da população sobre a em prega o termo “ambiente” de forma abran-
prática e os benefícios dos exercícios. No en- gen te para se referir à influência de fatores ex-
t a n to, se isso fosse su f i c i en te , e s pera r-se-ia qu e ternos à pessoa, a produção científica nessa
países que já vêm se debruçando sobre a pro- área específica acaba se torn a n do um po u co di-
bl em á tica do seden t a rismo há alguns anos, co- fusa no tocante à influência dos fatores am-
mo Estados Un i dos, Ca n ad á , Grã-Bretanha e bientais. Pa ra se ter uma idéia, estu dos que tra-
Austrália, a pre s en t a s s em taxas mais animado- tam da influência do ambi en te na adesão abor-
ras de adesão ao exercício físico. Seg u n do Ki n g dam fatores bem diversos que vão de s de a in-
et al. (1995), a pesar das evidências dos ben ef í- f luência da família (pais, c ô n ju ge s ) , de co l egas
cios da pr á tica regular de exercícios para a saú- e de profissionais de saúde até a influência do
de , a maioria dos americanos perm a n ece inati- clima e do acesso a instalações, passando ainda
va . Esse qu ad ro parece ser o mesmo em mu i to s pela dispon i bi l i d ade de tem po e de rec u rsos fi-
países indu s tri a l i z ados, nos quais o nível de ati- nanceiros.
vi d adefísica dos adu l tos perm a n ece bem aqu é m No que con cerne ao ambi en te físico, há es-
do recom en d ado (CDC, 2000; Dishman, 1994). tudos que apontam uma associação entre a
Com efeito, parece não haver evidências que prox i m i d ade de instalações privadas e a fre-
su s ten tem o fato de que apenas o maior con h e- qüência na pr á tica de exercícios vigorosos (Sa l-
cimento sobre exercício leve as pessoas a uma lis et al. , 1990). À con clusão sem el h a n te chega-
vida fisicamen te ativa. Seg u n do Dishman et al. ram Brownell et al. (1980), que iden ti f i c a ram
(1985), menos de 5% da população acredita que modestas alterações no ambi en te físico são
que um maior con h ecimento sobre os ben ef í- capazes de influ enciar a atividade física re a l i z a-
cios do exercício con tri bu i ria para um aumen- da no co ti d i a n o. No estu do em qu e s t ã o, o uso
to de sua prática. de um cartaz que encorajava o uso da escada
A questão da motivação e adesão ao exerc í- em locais públ i cos, estrategi c a m en te posicio-
cio é, portanto, multidimen s i onal (Welk, 1999; n ado en tre ela e uma escada ro l a n te , re sultou
Sa llis et al., 1989; Bi d dle, 1987; Dishman et al., no aumento do número de pessoas que opta-
1985), o que torna com p l exo o estu do e estabe- vam pela escada dura n te o per í odo de ex posi-
l ec i m en to de diretrizes que vi s em à ade s ã o. De ção do cartaz. L i n en ger et al. (1991) prom ove-
fato, a literatura revela que a adesão à prática ram alterações no ambiente físico e social de
de atividades físicas e desportivas sof re a in- uma base naval americana. Dentre as adequa-
f luência de mu i tos fatore s , com o : ex periências ções do ambi en te físico estavam a construção
a n teri ores na pr á tica de s portiva e de exercícios de uma ciclovia e a com pra de novos equipa-
f í s i co s ; apoio do cônju ge e de familiares (King men tos para o exerc í c i o. Após um ano, os auto-
et al., 1992); acon s elhamen to médico (Bull & res iden ti f i c a ram uma mel h ora significativa no
Ja m roz i k , 1998); conveniência do local de exer- tem po do te s te de uma milha e meia.
citação (An d rew et al. , 1981); aspectos bi o l ó gi- Em que pesem os poucos estudos sobre a
cos/fisiológi cos (Klon of f et al. , 1994; Dishman, influência do ambi ente físico na adesão ao
1981; Dishman & Gettman, 1980); gênero exerc í c i o, o exame da literatura indica que o
( G a rcia et al. , 1995); automotivação para a pr á- acesso a instalações é, provavelmente, uma va-
tica do exercício (Fa ri n a t ti , 1998); dispon i bi l i- riável ambiental que interfere na escolha da
d ade de tem po (Johnson et al. , 1990); con d i ç ã o pessoa em se exercitar (Sallis et al., 1990). Se-
soc i oeconômica (Mon tei ro et al., 1998; Raud- g u n doesses autore s , a ri queza na oferta de ins-
s epp & Viira, 2000); con h ec i m en to sobre exer- talações para a pr á tica do exercício além de ser-
cício físico e acesso a instalações e espaços ade- vir de estímulo visual, ch a m a n do a atenção das
qu ados à prática de exercício físicos (Sallis et pessoas para a questão da pr á tica do exerc í c i o,
al., 2000; Welk, 1999). É import a n te assinalar reduz barrei ras físicas e psico l ó gicas assoc i ad a s
que a importância relativa de cada um desses ao exerc í c i o, uma vez que a prox i m i d ade do lo-
fatores na adesão à prática do exercício pode cal de exercitação diminui o tem po de de s l oc a-
va riar de acordo com o loc a l , a população ou o men to da pe s s oa .
per í odo de tem po estudado. A importância das condições ambi entais
No que se refere aos fatores ambientais, para a prática de atividades físicas também é
em bora não sejam mu i tos os estudos (King et com p a rtilhada por mais autore s . Para Hunter
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(1994), os espaços ao ar livre obvi a m en te co n tri- prática desportiva e de atividades físicas pela
buem de modo potencial pa ra uma vida ativa , pop u l a ç ã o, conscientizando-a sobre a impor-
além de co n s ti tuírem pa rte sign i f i c a tiva da iden- tância da atividade física como fator de saúde e
tidade co munitária. Iverson et al. (1985) afir- estimulando o desenvolvimen to de hábitos
mam que mud a nças no ambiente co munitário mais saudáveis de vida.
perm i tem ampliar as opo rtunidades pa ra as pe s- Em 1987/1988, o Programa foi implantado
soas se engaja rem na pr á tica de atividades físi- em 14 Estados através de convênios com uni-
c a s. Hunter (1994) segue o mesmo rac i ocínio vers i d ades públicas e a Sec ret a ria de Educação
ao defen der a nece s s i d ade de as pessoas terem Física e Esportes do MEC. A Política Nac i onal
uma maior independência em relação à pr á tica do Programa foi implementada por uma Co-
de atividades físicas, no que tange ao uso de re- missão In term i n i s terial – Mi n i s t é rios da Sa ú de
c u rsos pr ó prios, da vizinhança e de agências de e da Educação – e por um Comitê Assessor,
l a zer e de aptidão física na adoção do estilo de sempre objetivando a discussão do binômio
vida pr ó pri o. De acordo com King (1994), da- exercício físico - s a ú de . Mais recen tem en te, em
das a abrangência e a com p l ex i d ade do probl e- 1998, foi insti tu í do o Comitê Técnico Cien t í f i-
ma da inativi d ade física, a alteração desse qu a- co de assessoramen to das ações do Programa
dro requer a suplementação e a expansão de através da portaria nº 3.711/1998 do Mi n i s t é-
ações nos níveis ambiental, or ganizacional, i n s- rio da Sa ú de (Brasil, 1998).
titucional, social e legislativo. Nesse contex to, A coordenação geral do Progra m a , que ho-
i n tervenções ambi entais e na área de po l í ti c a s je é uma re a l i d ade em 27 Estados bra s i l ei ro s ,
públicas são particularmen te importantes para está sed i ada na Un ivers i d ade Estadual de Ca m-
a promoção da atividade física, porque ambas pinas (Un i c a m p ) . Por conta disso, é na Fac u l-
são el a boradas para influ enciar gra n des gru pos dade de Educação Física da Unicamp que está
pop u l ac i on a i s . o Núcleo de Educação à Distância em Exerc í-
Considerando toda essa complexidade, as cio Físico e Sa ú de que tem a função de ori en t a r
ações adotadas por muitos países em prol da e divulgar as ações do programa. Dentre as
prática regular da atividade física devem ser ações implem en t adas por esse programa estão
amplas o su f i c i en te para dar conta do fen ô m e- a edição de materiais de educação à distância
no da adesão. Porém, é po s s í vel afirmar qu e sobre Atividade Física e Saúde, publ i c ados em
programas e campanhas de promoção de esti- 1986 (1a edição) e 1996 (2 a ed i ç ã o, revista e
los ativos de vida são as ações que vêm se des- atualizada, com ti ra gem de 2.000 exem p l a re s ) .
t ac a n doden tre as estra t é gias ado t adas pelo po- Além desse su porte e da coordenação gera l ,
der públ i co. há coorden adores em cada Estado da federação
form a n do, assim, uma rede nac i onal de infor-
mações sobre o de s envo lvi m en to das ações vo l-
Programas de promoção da ativi d a de tadas à promoção da prática de ativi d ades físi-
física: a experiência bra s i l ei ra cas. O último en con tro do Programa – III En-
con tro Nac i onal do Programa de Educação e
No Bra s i l , os programas parecem assumir posi- Saúde através do Exercício Físico e do Esporte –
ção de de s t a qu e , ainda que possa haver diferen- re a l i zou-se de 6 a 10 de novembro de 2001 na
ças no mon t a n te de rec u rsos públ i cos destina- cidade de Sa lvador. Nesse III Encon tro reitera-
dos à promoção da atividade física, às pe s qu i- ram-se os objetivos do programa, den tre os
sas e ao estabelecimen to de políticas públicas quais está a implementação, em parceria com as
na área. De fato, nos últimos anos, essa preoc u- universidades federais e estaduais, de estratégias
pação com a saúde pode ser sentida em algu- e de equ i pes locais para o fomen to de progra-
mas iniciativas que vêm sendo adotadas pelo mas de atividade física e saúde à população.
poder públ i co. Em de zembro de 1996, foi lançado o Pro-
Em 1986, por exem p l o, foi cri ado o Progra- grama Agita São Paulo pelo Cen tro de Estu do s
ma Nacional de Educação e Saúde através do do Labora t ó rio de Aptidão Física de São Caet a-
Exercício Físico e do Esporte, pelos Mi n i s t é rios no do Sul (Celafiscs), a tendendo à solicitação
da Sa ú de e da Educação e do Desporto, envo l- da Sec ret a ria de Sa ú de do Estado de São Paulo
ven do, respectivamen te , suas Coordenadoria de criar um programa para promover saúde
de Doenças Cr ô n i co - Degenera tivas e Sec reta- por meio da ativi d ade física. Os objetivos pri n-
ria de Educação Física. O programa su r giu com cipais do Agita São Paulo são (a) increm entar o
o objetivo de contri buir para o aumento da conhecimento da população sobre os benefí-
212

cios da ativi d ade física e (b) aumentar o envo l- A questão do sedentarismo en d ê m i co


vimen to da população com a atividade física.
Para isso, o Programa el ege como alvos pri n c i- Em que pesem iniciativas de promoção do
pais os esco l a res (crianças e adolescen te s ) , os exercício em âmbi to educacional, t a lvez a mais
trabalhadores (co l a rinho bra n co e azul) e os difundida na soc i ed ade brasileira (seja em con-
i dosos (Cel a f i s c s , 1998). gressos cien t í f i cos, pela mídia ou por meio de
Para tanto, o Agita São Paulo conta com o ações govern a m entais) esteja mesmo nos pro-
a poio do poder públ i co (na figura do governo gramas em prol de estilos ativos de vida. No
do Estado de São Paulo e de suas Sec ret a rias de entanto, o esforço desses programas em pro-
Sa ú de e da Juven tude, Esporte e Lazer), de vá- m over a prática regular da atividade física pa-
rias instituições, u n ivers i d ades, além de nu m e- rece não estar surti n do os efeitos esperados,
rosos assessores cien t í f i co s . Em sua estrutura uma vez que gra n de parte da população bra s i-
or ganizacional, o programa po s sui um colegi a- leira permanece fisicamente inativa. Embora
do, com po s to de várias instituições (governa- não sejam mu i tos os dados sobre seden t a ri s m o
mentais e não-govern a m en t a i s ) , que se reúne e ainda haja uma certa dificuldade em obt ê - l o s ,
periodicamen te para definir as ações e estra t é- há pesquisas que nos perm i tem ter um panora-
gias a serem implem en t adas no ano, que se tra- ma da situação bra s i l ei ra .
du zem notad a m en te na el a boração de materi a l Estu do re a l i z ado no final da década de 1980,
edu c a tivo (cartazes, f ô l dere s , m a nu a i s , slides e en com endado pelo Mi n i s t é rio da Saúde, reve-
v í deos) e na or ganização de inúmeros even to s , lou números bastante escl a recedores acerca da
dentre os quais destacam-se o Dia do Escolar prevalência do seden t a rismo na população bra-
Ativo (30 de ago s to ) , o Dia do Trabalhador Ati- silei ra . Das 2.003 pessoas en trevistadas, 33%
vo (1o de maio) e o Dia do Idoso Ativo (28 de declararam pra ticar exercícios regularmente e
setem bro) (Celafiscs, 1998). Desde a sua cria- s om en te 10% ad m i ti ram fazê-lo com freq ü ê n-
ç ã o, o Agita São Paulo vem prom ovendo a ca- cia superior a duas ve zes semanais (Brasil,
p acitação de agen tes de promoção da ativi d ade 1988). O principal motivo alegado para a pr á ti-
física (os ‘a gen tes Agita’) e multi p l i c a n do seus ca do exercício foi a manutenção da saúde e da
programas em várias cidades bra s i l ei ra s . resistência física.
A difusão do Programa Agita São Paulo se Em fins da década de 1990, o Insti tuto Bra-
deu de forma tão ex pre s s iva que, em 2001, o s i l ei ro de Geografia e Estatística (IBGE) em
poder públ i co federal o escolheu para pautar convênio com o Banco Mundial con du z iu a
suas ações estratégicas de promoção da ativi- Pe s quisa sobre Padrões de Vida (PPV), na qu a l
d ade física em nível nac i on a l . Con h ec i do com o cerca de 5.000 domicílios em 554 setores nas
Agita Brasil, o Programa Nacional de Promo- regiões Nordeste e Su de s te do país foram pes-
ção da Atividade Física foi ado t ado pelo Mi n i s- qu i s ados com o obj etivo de forn ecer informa-
tério da Saúde (Brasil, 2001) como forma de ções adequadas para o planeja m en to, acom p a-
increm entar o co n h e ci m en to da população sob re n h a m en to e análises de po l í ticas econômicas e
os benefícios da atividade física, chamando a programas sociais em relação aos seus impac-
a tenção pa ra a sua import â n cia como fator pre- tos nas condições de vida domiciliar (Brasil,
dominante de proteção à saúde, no intuito de en- 1999). No que se refere ao exercício físico, o es-
volvê-la na prática de tais atividades (Brasil, tu do identi f i cou que 19,2% das pessoas decl a-
2002). Pa ra tanto, além das crianças, adolescen- ra ram pra ticá-lo sem a n a l m en te . Por é m , qu a n-
tes, trabalhadores e idosos, o Agita Brasil in- do con s i derada freqüência igual ou superior a
cluiu os portadores de doenças crônico - dege- três ve zes por semana e du ração igual ou maior
n era tivas como um de seus gru pos focais. que 30 minutos, a proporção de decl a ra n tes fi-
A mensagem utilizada pelos Programas s i c a m en te ativos redu z iu-se para 7,9%. Di fe-
“Agita” p a ra a promoção de estilos ativos de vi- ren temen te do estudo anterior, qu a n do inda-
da apóia-se na recom endação ado t ada por pro- gadas sobre os principais motivos para a pr á ti-
gramas dos EUA e, na prática, a s sume o seg u i n- ca do exercício físico, cerca de 74,5% das pes-
te enunciado : Ativid ade física é saúde: acumule soas que declararam praticar exercício sema-
30 minu tos por dia (...) na maioria dos dias da n a l m en te apon t a ram o lazer, a diversão e a es-
sem a n a , se po s s í vel todos, de fo rma co n t í nua (...) tética. Nesse gru po, a penas 10,4% apon t a ram a
ou em sessões acumuladas de 10, 15 ou 20 minu- s a ú de , a fisioterapia e o acon s el h a m en to médi-
to s (Cel a f i s c s , 1998). co como motivos para a prática de exerc í c i o s
físicos.
213

E m bora de men or abrangência pop u l ac i o- nen hum tipo de atividade física é de 11% na
nal e envo lvendo grupos diferentes, há outro s população total, atingi n do o patamar de 20%
estudos que de certo modo corroboram os en tre os indiv í duos mais idosos e de men or ní-
achados sobre seden t a rismo na população bra- vel soc i oecon ô m i co.
s i l ei ra . Pe s quisa re a l i z ada no final da década de Ainda que alguns desses dados não sejam
1980 apon tou uma prevalência de sedentaris- tão recentes e alguns deles não possam ser
mo de 69,3% para a população do município comparados diret a m en te, ten do em vista a di-
de São Paulo (Rego et al., 1990). Mais recen te- ferença de metodo l ogias utilizadas, parece-nos
men te , Gomes et al. (2001) identificaram que razoável ad m i tir que a maioria da população
59,8% dos hom ens e 77,8% das mu l h eres re s i- bra s i l ei ra não pratica ativi d ade física reg u l a r-
den tes no município do Rio de Ja n ei ro com 12 m en te , o que inclu s ive é con f i rm ado por vários
anos ou mais de idade rel a t a ram nunca ter pra- a utores (Mon tei ro et al. , 2003; Bra s i l , 2002; Le-
ticado atividade física de lazer. N í veis seme- mos, 2001; Ma t su do et al. , 2001). No que se re-
l h a n tes de sedentarismo foram identificados fere à motivação para essa prática, porém, os
em estudantes. Tom a n do por base amostra de re su l t ados dos estu dos em nível nac i onal (Bra-
325 alu n o s , Si lva & Malina (2000) en con tra ra m sil, 1999; 1988) são con f l i t a n te s , co l oc a n do em
alta prevalência de seden t a rismo em adolescen- dúvida a idéia, ra zoavel m en te aceita pelo sen s o
tes da rede pública de ensino do município de comum, de que a saúde é o principal motivo
Ni terói (RJ), uma vez que 85% dos meninos e que leva as pe s s oas à pr á tica de exerc í c i o s .
94% das meninas foram con s i derados seden t á-
ri o s . Va l ores mu i to próximos a esses foram en-
contrados por Gu edes et al. (2001) em alunos Discutindo alguns el em en tos
do ensino médio do município de Lon d rina para a avaliação de programas
(PR). Cerca de 94% das moças e 74% dos ra p a-
zes foram con s i derados inativos ou moderad a- Pelo ex po s to até o mom en to, é possível afirm a r
mente ativos, o qu e , segundo os autore s , não que programas e campanhas se apre s entam co-
aten de às recomendações quanto à prática de mo o que há de mais con s i s ten te no que se re-
a tivi d ade física que possa alcançar impacto sa- fere a ações para a promoção da ativi d ade físi-
tisfatório à saúde. ca em nível nac i on a l . Embora haja estudos e
Por outro lado, há estudos que apon t a m propostas para que a Educação Física esco l a r
prevalências de seden t a rismo um po u co men o- a s suma como uma de suas funções a prom o ç ã o
re s . Pesquisa re a l i z ada no início da década de de estilos ativos de vida como forma de com-
1990, com 1.157 indiv í duos en tre 15 e 64 anos bater o seden t a rismo da população bra s i l ei ra e,
de idade, re s i dentes no município de Porto por conseguinte, reduzir o índice de doenças
Al egre , i denti f i cou uma prevalência de seden- crônicas não-tra n s m i s s í veis (Nahas & Corbi n ,
tarismo geral de 47% (Duncan et al., 1993). 1992; Guedes & Gu edes, 1992; 1993a; 1993b;
Mais recen tem en te, O eh l s ch l aeger et al. (2004) 1994), elas não ch egam a consti tuir um movi-
verificaram prevalência de sedentarismo de men to de escopo nac i onal e de caráter gover-
39% no município de Pelotas (RS), mas com namental. Um dos doc u m en tos que poderiam
base numa amostra de 960 adolescen tes com sugerir esse direc i on a m en to para a Educação
i d ades en tre 15 e 18 anos, comu m en te mais ati- Física escolar brasilei ra seria o que estabelece
vos que adu l to s . os Parâmetros Curri c u l a res Nacionais (PCN),
Para em b a raçar ainda mais a situação, vale publicado em 1998 pelo Mi n i s t é rio da Edu c a-
citar a pesquisa con duzida pela Fundação Os- ç ã o. Os PCN, de fato, m a rcam a íntima relação
w a l do Cruz (Fioc ru z ) / O r ganização Mundial da que os con te ú dos da Educação Física (jogo, e s-
Sa ú de (OMS) (Szwarc w a l d , 2004), cujos re su l- porte , dança, ginástica e luta) podem ter com o
tados prel i m i n a res apontam uma prevalência tema transversal “s a ú de”, no entanto, não pare-
de sedentarismo inferior à en contrada nos es- cem su gerir que a essa disciplina escolar cabe-
tu dos anteri ores. No que diz respei to à ativida- ria o papel pri m ei ro de con tri buir para a redu-
de física (no lazer ou rel ac i on ada ao trabalho), ção dos índices de seden t a rismo da pop u l a ç ã o
seja vigoro s a , moderada ou caminhada, 24% brasileira.
dos entrevistados relataram praticar menos Não ob s t a n te , a Educação Física escolar não
que 150 minutos por sem a n a , o que é con s i de- fica imune a interferências dos programas pr ó -
rado insu f i c i en tede acordo com os cri t é rios da atividade física. O Programa Agita São Paulo,
OMS. O percen tual de pessoas que não re a l i z a por exem p l o, também visa influ enciar a Educa-
214

ção Física escolar a prom over estilos ativos de vida com vistas à redução de doenças crônicas
vida e a melhorar a qualidade das aulas, au- não tra n s m i s s í veis na pop u l a ç ã o. Senão veja-
m en t a n do o tem po real de ativi d ade física nas mos: (a) divulgar informações relativas aos bene-
mesmas (Cel a f i s c s , 1998). Além disso, são re a- fícios da atividade física e pro m over o envolvi-
lizados eventos reunindo escolas estaduais, m en to da população nestas práticas, en f a tizando
municipais e boa parte das escolas particulares a sua impo rtância como fator essen cial de prote-
do Estado de São Paulo para discutir com alu- ção à saúde, em espe cial no caso de po rt a d o res de
nos, professores, pais e dirigen tes esco l a res a d oenças crônicas não-tra n s m i s s í veis; (b) pro m o-
atividade física como forma de promoção da ver ações e atividades que induzam as pessoas a
s a ú de (Agita Galera) e distribuídos materiais a d ot a r, de fo rma reg u l a r, a pr á tica de atividades
instru c i onais (cartazes, cartilhas etc.) pela Se- físicas como um hábi to de vida; (c) co n s ti tuir-se
c retaria de Estado de Educação de São Paulo e instrumen to de su s tentabilidade e efetividade às
pelo pr ó prio progra m a . ações de prevenção e co n trole de doenças crônicas
Essas con s i derações apenas vêm con f i rmar n ã o - transmissíveis; e (d) desenvolver estudos e fo r-
a preponderância que, ousamos afirmar, os mular metodologias nacionais capazes de com-
programas têm em relação à totalidade das provar benefícios e avaliar impactos da promoção
ações em prol da pr á tica sistem á tica de ativida- da atividade física na alteração de hábi tos de vi-
des físicas implementada pelo poder público da e no controle e prevenção das doenças crônicas
bra s i l ei ro. Ora, con s i derando que esses progra- não-transmissíveis (Brasil, 2001).
mas são subsidiados em boa parte com recur- Sendo assim, a avaliação do de s em penho
sos públ i cos (Ma t su do et al. , 2003), sua perm a- desses programas deve paut a r-se em indicado-
nen te avaliação é fundamental não só para se res que ex pre s s em o alcance dos obj etivos ante-
analisar a pertinência do inve s timen to públ i co, riormen te formulados. Nesse sentido, espe-
mas também das ações e estratégias ado t adas, ram-se estu dos qu e , tom a n do como referência
tom a n do-se como referência os obj etivos pro- determ i n ada região atendida por programas de
postos e a corre s pondência com os re su l t ados promoção de atividades físicas e re s pei t a n do
obtidos. Em linhas gera i s , pode-se dizer que os tempo mínimo nece s s á rio para se ob s erva rem
programas visam ampliar o con h ec i m en to da mudanças, apon tem, por exemplo, o percen-
população acerca da importância da pr á tica re- tual da população fisicamen te ativa, o nível de
gular de atividades físicas para a saúde e au- con h ecimen to acerca da importância e da pr á-
m entar a parcela da população fisicamen te ati- tica regular de atividades físicas propri a m en te
va de modo a con tri buir para a prevenção das dita e a prevalência de doenças crônicas não-
doenças crônicas não-transmissíveis. Isso se transmissívei s .
expressa, por exem p l o, nos objetivos do Pro- Nesse particular, apesar da escassez de estu-
grama de Educação e Sa ú de através do Exerc í- dos de âmbi to nac i onal (ou de larga abra n g ê n-
cio Físico e do Esporte: (a) capa citar profissio- cia populacional) que avaliam iniciativas de
nais das áreas de Edu c a ç ã o, através de metodolo- promoção da atividade física, p a rece haver uma
gia de ensino à distância, em Exercício Físico e certa convergência desses po u cos em apontar
Saúde; (b) impl em entar (...) equipes locais pa ra que programas e campanhas são efetivos em
o fo m en to de pro gramas de atividade física e saú- m el h orar o nível de con h ec i m en to da pop u l a-
de junto à população; (c) produzir material pa ra ção e suas ati tu des em relação à prática de ati-
a população em geral e pa ra os profissionais das vi d ades físicas, por é m , limitados em ampliar o
áreas de Educação e Saúde sobre a impo rtância n í vel de adesão a essa prática (Simpson et al.,
da pr á tica da atividade física como fator de pro- 2003; Wardle et al. , 2001; Cavill, 1998; Hill s don
moção de saúde; e (d) impl ementar o Pro grama et al., 2001). Um dos motivos apre s en t ados está
junto às Secretarias Estaduais e Mu n i cipais de na dificuldade que programas teriam para alte-
Saúde e ou tros (...) como instru m en to de pro m o- rar o qu ad ro social de s f avor á vel à pr á tica reg u-
ção e recuperação da saúde, de prevenção das lar de ativi d ades físicas (Cavill, 1998).
doenças, de melhoria do bem-estar social e da Por outro lado, há estudos que apontam
qualidade de vi d a (Unicamp, 2001). progressos no hábito de a população praticar
Objetivos semel h a n tes também podem ser ativi d ades físicas regularmente. Na Finlândia,
ob s ervados no Agita Brasil, principalmen te no por exem p l o, em 25 anos de um programa na-
que se refere à preocupação com a difusão de cional para redução de fatores de risco para
con h ec i m en tos sobre a pr á tica de atividades fí- doenças card i ova s c u l a res [North Ka relia Pro-
sicas e o fom ento da adesão a estilos ativos de j ect ] , i den ti f i cou-se um aumen to no tem po de-
215

d i c ado à prática de atividades físicas no lazer cais de estímulo à atividade física e a q u a ntif icar e
(Puska, 2002). No Ca n ad á , a pr á tica de ativida- analisar a inco rpo ração do conhecimen to da po-
des físicas aumen tou nas décadas de 1980 e pulação sob re os benef í cios da pr á tica de ativi d a d e
1990 (Craig et al., 2004). Nos EUA, estudo leva- física, que residem nas cidades onde o Pro gra m a
do a cabo pelo CDC apon tou que o seden t a ri s- foi impl a n t a d o (Bra s i l , 2001). O ra , se um dos ob-
mo no lazer sof reu redução, embora modesta, jetivos finais do programa é levar as pessoas a
no per í odo de 1988 a 2002, e s pec i a l m en teapós adotar a prática de atividades físicas como um
1996. No Brasil, o programa Agita São Paulo hábi to de vida, há que se ter indicadores que
também vem iden ti f i c a n do reduções nos nívei s permitam avaliar até que pon to esse obj etivo foi
de seden t a rismo da população de São Paulo a l c a n ç ado. Sem dúvida que a men su ração do ní-
pri n c i p a l m ente qu a n do rel ac i on ados ao con h e- vel de atividade física da população deve ser um
cimen to da men s a gem principal do programa dos indicadores a serem con s i derados na avalia-
( Ma t sudo et al., 2003; Ma t sudo et al., 2002a; ção de programas cujos obj etivos são ampliar a
Matsudo et al. , 2002b). Como vimos, esses resu l- adesão à ativi d ade física.
t ados são, de certo modo, d iver gentes aos iden-
tificados em outros países (Simpson et al., 2003;
Wardle et al. , 2001; Cavill, 1998; Hi ll s don et al, Con s i derações finais
2001).
Entretanto, a par da inconsistência desses Queremos trazer para o debate, entret a n to, a
achados, é grande o reclamo para os elevados po s s i bi l i d ade de se con s i dera rem outros indi-
níveis de seden t a rismo das populações de dife- cadores para a avaliação desses programas, qu e
ren tes países e a nece s s i d ade de mudanças nes- expre s s em outras vari á veis intervenientes no
se qu ad ro (CDC, 2004; Craig et al., 2004; Pat- processo de adesão à pr á tica de atividades físi-
terson et al., 2004; Brasil, 2002; Lemos, 2001; ca. Tal con s i deração é perti n en te uma vez qu e ,
Brasil, 2001; WHO/CDC, 2000; Bern s tein et al. , como foi vi s to, também é objetivo desses pro-
1999). Esse cenário nos leva a su por que cam- gramas criar condições favor á veis e promover
panhas e programas em prol da pr á tica reg u l a r ações (...) que induzam as pessoas a adotar, de
de atividades físicas tenham re sultados tími- forma reg u l a r, a pr á tica de atividades físicas co-
dos. Há, portanto, nece s s i d ade de se avaliar mo um hábi to de vida (Bra s i l , 2001).
mais prof u n d a m en te tais iniciativas e revê-las, Con s i dera n do que a adesão é um fen ô m e-
se for o caso, em ben efício de ações mais prof í- no complexo, e que deve ser enten d i do como
cuas, consisten tes e duradouras de promoção um proce s s o, o hábi to de pra ticar ativi d ades fí-
da ativi d ade física na pop u l a ç ã o. Cavi ll (1998) sicas ex pressa, a ri gor, o comport a m en to final
ch ega a pon to de argumentar que não se pode almejado. Assim sen do, ter em conta esse com-
esperar que campanhas sejam re s ponsáveis pela port a m en to como o único indicador da efetivi-
reversão de co m port a m en tos social e ambien t a l- dade de programas e de iniciativas de prom o-
m en te co n s truídos. ção de atividades físicas seria enfatizar o pro-
Em outras palavras, programas e campa- duto e de s considerar o proce s s o, o qu e , a nosso
nhas não teriam condições de alterar o qu ad ro ver, não seria justo. Isso significa dizer que é
de seden t a rismo da população se re s tritas a ini- possível que a maioria de determ i n ada pop u l a-
c i a tivas de ampliação do con h ec i m en to da po- ção não pra tique atividades físicas regularmen-
pulação sobre atividades físicas. Com efeito, há te, mas, ao mesmo tem po, condições favor á vei s
a utores que argumentam que a inform a ç ã o, à sua prática tenham sido criadas por progra-
por si só, é insu f i c i en tepara induzir mudanças mas ou outras iniciativas do poder públ i co. Em
ou incorporação de hábi tos de vida (Dishman outras palavras, seria plausível afirmar qu e ,
et al., 1985; Sieden top, 1996). Sen do assim, apesar de não ter ocorri do uma redução sign i-
ações que se con cen trem em modificar os fato- ficativa na prevalência de seden t a rismo da po-
res de ri s co em indiv í du o s , sem levar em con s i- pulação de determ i n ada região, pode ter havi-
deração o con texto social em que vivem , difi- do uma mel h oria na po s s i bi l i d adede seus mem-
c i l m en te prom overiam mel h oras sign i f i c a tiv as bros aderi rem à prática de atividades físicas,
( Si eden top, 1996). expre s s a , por exem p l o, numa maior oferta de
Nesse sen ti do, é probl em á ti co ad m i tir que a espaços públ i cos de s ti n ados ao lazer ativo. Por-
avaliação de progra m a s , como o Agita Brasil por tanto, a identificação e avaliação dessas con d i-
exemplo, possa se limitar a q u a ntif icar e analisar ções (leiam-se va ri á veis) aju d a riam a ex pre s s a r,
as atividades e ações desenvolvidas nos níveis lo- por exem p l o, o potencial de adesão à pr á tica de
216

ativi d ades físicas em determinado contex to e, mento com p l exo (bem diferente do uso habi-
em última análise, a eficácia (em sen tido lato) tual do cinto de segurança, por exemplo). Em
de programas e de iniciativas em prol da ativi- mu i tos casos, a adesão é ef ê m era; há aumen to
d ade física. na pr á tica de ativi d ades físicas qu a n do há estí-
In i c i a tiva nesse sen ti do foi con duzida pela mulos para tal sen do con s t a n tem en te veicula-
Prefei tu ra da cidade de Belo Hori zon te . Com o do s . Uma vez retirado s , a adesão ten de a vo l t a r
obj etivo de mon i torar os impactos das ações e aos níveis iniciais (Brownell et al. , 1980). Sen-
i n tervenções públicas para o cidadão e perm i- do assim, a alteração da prevalência do seden-
tir uma distribuição mais ef i c i en te e justa dos tarismo requ er ações nos níveis ambi en t a l , or-
rec u rsos públicos municipais, criou-se um ga n i z acional, institucional, social e legislativo.
Í n d i ce para a Qualidade de Vida do Lu gar Ur- Essas con clusões poderiam ser estendidas a
bano (IQVU) com base no acesso à oferta de todo e qualqu er com pon en te dos modos de vi-
bens e serviços (Prefei tura de Belo Hori zon te, da. As influências ambi entais, portanto, devem
2001). Para tanto, def i n i ram-se on ze variáveis ser analisadas sob uma pers pectiva que ex tra po-
(Abastec i m en to; Assistência Social; Educação; le a dimensão da estrutura física, depen den do
Esportes; Cultura; Habitação; In f ra-estrutura também do en torno social. A prob a bi l i d ade de
Urbana; Meio Ambien te ; Saúde; Serviços Ur- que a ativi d ade física passe a fazer parte da roti-
banos; Seg u rança Urbana) que foram divididas na de um grupo, por exem p l o, parece-nos au-
em componentes qu e , por sua vez, produziram m en t ada se forem re a l i z adas mudanças no en-
indicadores para expressar numericamen te a torno social, de s de o de s envo lvimen to de uma
qu a n tidade e a qu a l i d ade da oferta dos serviços consciência coletiva no que toca ao recon h ec i-
pe s qu i s ados em cada região. m en to de sua importância até alterações nas re-
Uma dessas vari á veis, definida como “Es- lações en tre tempo de trabalho e lazer, o que im-
portes”, teve como com pon en tes “Equ i p a m en- plica repensar fatores como jorn ada de tra b a l h o,
tos Esportivo s”, ava l i ados pela “ á rea por habi- ren d i m en to s , sistema de transporte públ i co,
t a n te de quadras, piscinas, campos, clubes e oferta, d i s tri buição e ace s s i bi l i d ade de equ i p a-
con g ê n eres”, e “ Promoções Esportiva s”, analisa- m en tos desportivos e espaços públ i cos para a
das com base no “número de eventos esportivos pr á tica de ativi d ades físicas, den tre outros.
e freqüência de públ i co” ( Q u ad ro2). E m bora a A nosso ver, a avaliação de programas pró-
definição dessa va ri á vel tivesse por trás a inten- atividade física poderia ser feita com base na
ção de avaliar ações do poder público na área de análise de um número maior de va ri á vei s , con-
esportes e lazer sem uma preocupação imediata tem p l a n do melhor o fenômeno da adesão. A
de inferir o po tencial de determ i n ada região de definição de outras variáveis, emanadas de
favorecer a prática de atividades físicas, esse é uma ex a u s tiva revisão de literatu ra e da reali-
um bom exemplo de como outras va ri á veis po- zação de estudos em p í ricos, se apresenta com o
dem ser incluídas na avaliação de programas e um passo importante para uma avaliação mais
campanhas em prol da atividade física. consisten te e fidedigna de programas de pro-
Ac re s cen te-se a isso o fato de a prática re- moção da ativi d ade física de larga abrangência
gular de atividades físicas ser um comporta- pop u l ac i on a l .

Quadro 2
Com pon en tes e indicadores da va ri á vel Esporte s .
Vari á vel Com pon en te s Indicadore s

E s porte s Equ i p a m en tos esportivo s Á rea por habi t a n te de qu ad ra s , piscinas,


campos, clu bes e con g ê n ere s

Promoções esportiva s N ú m ero de even tos esportivos e freqüência


de públ i co
217

Co l a bora dore s

MS Ferrei ra trabalhou na con cepção te ó ri c a , el a boração e


redação final do tex to e AL Najar parti c i pou da discussão
teórica e trabalhou na revisão e organização do texto.

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Arti go apre s en t ado em 22/12/2004


Aprovado em 4/03/2005
Versão final apre s en t ada em 3/06/2005

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