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1. ORIGEM: o controle difuso ou incidental teve origem no direito estadunidense, no célebre Caso
Marbury x Madison, julgado pela Suprema Corte em 1803, sob a presidência do Juiz John Marshall.
É também chamado de controle incidental, pois o pedido posto à apreciação do Judiciário não é a
declaração de inconstitucionalidade, que figura como causa de pedir ou fundamento do pedido. O que
se pede é a tutela de um bem da vida, por exemplo, a liberdade, o patrimônio etc.; a causa de pedir,
o fundamento do pedido, é a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo.
EXEMPLO: o Sr. José se insurgiu contra uma lei municipal que instituiu um tributo que ele considera
inconstitucional. O que ele pedirá na ação ajuizada para discutir esta questão é que cesse a cobrança
do tributo inconstitucional e que os valores que ele já pagou lhes sejam devolvidos; porém, o
fundamento do seu pedido, a causa de pedir é a inconstitucionalidade da lei que instituiu o tributo.
Assim, antes de o juiz dizer se o pedido do Sr. José é ou não procedente, terá de enfrentar a questão
incidentalmente posta: a lei é ou não inconstitucional? Por isto a nomenclatura controle incidental.
Atualmente o Brasil adota um controle misto ou combinado de constitucionalidade das leis ou atos
normativos, que contempla tanto o controle difuso quanto o concentrado.
Vale ressaltar que o STF também faz controle difuso, principalmente quando julga recursos
extraordinários, mandados de segurança, habeas corpus, mandado de injunção etc.
(ii) por via de exceção: a declaração de inconstitucionalidade é uma exceção processual que deve ser
enfrentada pelo juiz antes do julgamento de mérito.
(iii) por via de defesa: era assim chamado em razão de ser comumente usado como matéria de defesa;
atualmente, porém, é utilizado tanto pela defesa quanto pela acusação, indistintamente.
(iv) subjetivo: pois há partes em litígio; diferentemente do concentrado, que é objetivo, não havendo
partes.
6. EFEITOS DAS DECISÕES NO CONTROLE DIFUSO: no controle difuso as decisões são inter
partes, isto é, vinculam apenas as partes que litigaram em juízo. Vale salientar que com a repercussão
geral, súmulas vinculantes e outras mudanças recentes cada vez mais as decisões no controle difuso
têm se aproximado das do controle concentrado (erga omnes). Este fenômeno vem sendo chamado
pela doutrina de abstrativização do controle difuso. Ressalta-se que como a lei declarada
inconstitucional é nula, em regra, as decisões serão retroativas (ex tunc).
[1] O STF reconhece também a possibilidade de controle de constitucionalidade feito pelo Tribunal de
Contas a União, TCU. Eis o teor da Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.”.
[2] ADI: ação direta de inconstitucionalidade; ADC: ação declaratória de constitucionalidade; ADO:
ação direta de inconstitucionalidade por omissão; ADPF: arguição de descumprimento de preceito
fundamental.
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O que é o Controle difuso? É o controle que ocorre incidentalmente, em regra, em casos concretos.
Por isso, pode ser chamado de incider tantum, controle concreto, via de exceção. Teve origem no
famoso caso Marbury X Madson, em 1803, nos Estados Unidos. No Brasil, por sua vez, surgiu com a
CF de 1891.
Qualquer juiz pode declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo público. No âmbito dos
tribunais, entretanto, deve-se observar a cláusula de reserva do plenário (artigo 97, CF), ou seja, a
princípio somente o plenário (ou órgão especial) de um tribunal poderia exercer esse controle.
Em regra, não! Caso queiram, deverão remeter a questão ao plenário, sob pena de violação da súmula
vinculante nº 10, STF. Observem que os órgãos fracionários somente podem declarar a
CONSTITUCIONALIDADE de uma lei ou ato normativo. A sua INCONSTITUCIONALIDADE não.
Pessoal, se isso acontecer (órgão fracionário violar a reserva de plenário), vale lembrar que cabe
RECLAMAÇÃO, ok?! Os órgãos fracionários só estarão dispensados de suscitar ao plenário esse
controle, se e quando, o plenário do tribunal ou o STF já houver se pronunciado sobre a questão (art.
949, parágrafo único, CPC/15). Veja:
Por lógica, os efeitos da decisão nesse controle, em regra, são:
Inter partes (já que é em um caso concreto, só se aplicará, a princípio, entre as partes da ação)
Ex tunc (retroage, anulando as consequências jurídicas da lei ou ato inconstitucional)
Não vinculante (não vincula os demais órgãos, como ocorre no controle concentrado)
Mas atenção, há exceção ao efeito inter partes, quando, por meio de RESOLUÇÃO SENATORIAL, o
Senado Federal suspender a execução de lei ou ato normativo declarado inconstitucional, permitindo
efeitos erga omnes às decisões proferidas pelo STF. Essa suspensão é facultativa, ou seja, o Senado
Federal não é obrigado a realizá-la. Por isso, surgiu a Teoria da Transcêdencia dos Motivos
determinantes ou abstrativização do controle difuso, que é mera tendência do STF em poder, por si
próprio, atribuir efeito erga omnes às suas decisões, não dependendo mais do Senado Federal, a
quem caberia, nesse caso, apenas dar publicidade à decisão.
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Se caracteriza pela permissão a qualquer juiz ou tribunal de mediante um caso concreto, manifestar-
se acerca de eventual incompatibilidade de lei ou ato normativo com a Constituição Federal. A
inconstitucionalidade nestes casos é decidida de forma incidental, como questão prejudicial,
indispensável ao julgamento do mérito.
Em razão da análise da constitucionalidade ser procedida incidenter tantun e ter por objeto uma
situação jurídica concreta, diferentemente do que ocorre no controle concentrado onde a decisão do
tribunal produz efeitos erga omnes e vinculantes, na via difusa esses efeitos só se operam “inter
partes”, de modo que a lei ou ato permanecem válidos e obrigatórios em relação a terceiros.
Assim, a finalidade do controle difuso, a priori, não é a de retirar a norma eivada de vício do
ordenamento jurídico, mas antes disso, a de possibilitar a defesa de direitos subjetivos prejudicados
em face de normativo inconstitucional.
Pelo sistema brasileiro, a via de defesa pode ser utilizada tanto por meio de ações ordinárias, quanto
por intermédio de ações constitucionais, como o hábeas corpus e o mandado de segurança. O controle
pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, e pelo Supremo Tribunal Federal via recurso
extraordinário, hipótese em que há a possibilidade de ampliação dos efeitos da decisão.
Com o fito de garantir maior segurança jurídica e estabilidade às questões decididas em sede de
controle de constitucionalidade, desde a Carta de 1934, exige-se quorum especial para a declaração
de inconstitucionalidade realizada pelos tribunais.
Na Constituição de 1988 essa regra vem prevista no artigo 97, in verbis: “Somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial, poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”.
Trata-se da chamada “cláusula de reserva de plenário”, que uma vez inobservada implica em nulidade
absoluta da decisão judicial colegiada.
Contudo deve ser observado, que ainda que num primeiro momento a regra do artigo 97 possa dar a
entender que a declaração de inconstitucionalidade é de competência exclusiva dos tribunais, não é
esta a correta exegese do dispositivo. Como bem adverte Ronaldo Poletti, a exigência de quorum
especial representa condição de eficácia jurídica da declaração, portanto, constitui regra instrumental,
não regra de competência, de modo que em nada influi na competência do juiz singular, que continua
normalmente investido do poder de reconhecer (logicamente em via incidental) a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo submetido a sua apreciação.
5.2.2 Efeitos
Os efeitos da decisão, quando a inconstitucionalidade é declarada em via difusa, são ex tunc, ou seja,
retroativos, e inter partes, visto que só aproveitam as partes entre as quais é dada, não prejudicando
nem beneficiando terceiros. Para estes, a lei ou ato normativo continua valendo, com força vinculante
e obrigatória.
Todavia, se a causa chegar até o Supremo Tribunal Federal por meio de recurso extraordinário, e este
declarar a inconstitucionalidade de determinada lei ou ato normativo por maioria absoluta de seus
membros, essa decisão poderá ter seus efeitos ampliados, conforme previsão do art. 52, inciso X, da
Constituição Federal. Nestes casos, o Pretório Excelso após o trânsito em julgado da decisão, deve
oficiar o Senado Federal para que suspenda a execução da lei ou ato normativo declarado
inconstitucional por decisão definitiva daquela Corte. A suspensão é feita mediante resolução, a partir
da qual os efeitos se operam erga omnes e ex nunc, valendo para todos os que não participaram do
processo, mas somente a partir da publicação.
As hipóteses de cabimento do recurso extraordinário estão elencadas no artigo 102, inciso III, da
Constituição Federal, in verbis:
Art. 102 – Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe: [...]
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando
a decisão recorrida:
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Sendo o recurso admitido relativamente às causas decididas em única ou última instância, tem
cabimento tanto contra decisões definitivas, como terminativas e interlocutórias, desde que
observados os requisitos constitucionais. Requer o prévio esgotamento das vias recursais ordinárias,
contudo a decisão recorrida não precisa ser necessariamente proveniente de órgão colegiado, tendo
cabimento o seja também por juiz singular (na hipótese de inexistir recurso ordinário).
Assim, não basta o simples fato da sucumbência, sendo necessário que a parte sofra gravame em
virtude de uma decisão que lhe seja adversa em razão de uma “questão constitucional”, sendo esta o
fundamento exclusivo do julgado.
Com efeito, pressupõe ainda o prequestionamento da matéria, sem o qual o recurso extraordinário
não é admitido. Conforme entendimento sumulado do STF (súmula 282), é insuficiente a questão
tenha sido suscitada e debatida em causa, sobre ela é necessário ter havido julgamento expresso por
ocasião da decisão recorrida.
Importa também ressaltar que o recurso extraordinário é desprovido de efeito suspensivo, de modo
que não impede que a decisão impugnada produza efeitos desde logo, motivo pelo qual regra geral
não comporta concessão de liminares, cujo deferimento só se dá em caráter excepcional e requer
além dos requisitos comuns a toda cautelar - fumus boni iuris e periculum in mora, que o RE tenha
sido efetivamente recebido por juízo de admissibilidade positivo no tribunal a quo.
Quanto aos demais aspectos procedimentais do recurso extraordinário, estão previstos no Código de
Processo Civil, artigo 541 e seguintes.
Como visto, para que a declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Supremo na via de exceção
adquira uma eficácia abrangente, faz-se necessário a edição de resolução pelo Senado suspendendo
a executividade da norma. É o que dispõe a Constituição Federal, em seu artigo 52, inciso X, verbis:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva
do Supremo Tribunal Federal;
Discute-se, entretanto, a natureza dessa atribuição cometida ao Senado. Seria ela vinculada ou
discricionária? Poderia o Senado Federal não determinar a suspensão do ato declarado
inconstitucional por critérios de conveniência ou oportunidade?
Aqueles que entendem a atividade senatorial como de natureza discricionária, sustentam basicamente
que a única interpretação possível do dispositivo em apreço seria no sentido de conferir ao Senado
discricionariedade para decidir sobre a conveniência em suspender ou não a executoriedade da lei
declarada inconstitucional pelo STF, pois de outra forma, seria conceber o Senado como um mero
“chancelador” das decisões do Supremo. Já aqueles que defendem a natureza vinculada dessa
atribuição afirmam competir ao Senado apenas a verificação dos aspectos formais da decisão daquela
Corte: quorum, Plenário, etc., que uma vez observados, devem implicar, necessariamente, na
suspensão da lei eivada de vício.
Sem embargo das respeitáveis vozes em contrário, o argumento da primeira corrente se revela
bastante frágil, conquanto embasado, ao que tudo indica, em mera vaidade do Legislativo. Em
verdade, o ângulo de visão é que é equivocado, pois não se trata de minimizar a importância do
Senado, mas apenas de reconhecer competências diferenciadas: ao Supremo cabe dar a última
palavra sobre a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo contrário à Constituição; e ao Senado
verificar os aspectos formais da decisão e conferir publicidade ao ato – e não há nisso ofensa ou
submissão alguma.
No Brasil, com exceção dos efeitos da decisão, o controle difuso quando exercido pelo Supremo e o
controle concentrado, diferenciam-se em última análise, somente quanto à iniciativa e legitimação.
Enquanto o primeiro é confiado a qualquer cidadão, o segundo apenas aos entes elencados no artigo
103 da Constituição. Isto porque o recurso extraordinário em sua razão de ser intrínseca, não se presta
a proporcionar o acesso a uma terceira instância, mas a levar a conhecimento do Supremo provável
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. A competência do STF para apreciação do recurso
extraordinário se justifica assim, pela sua posição de guardião máximo da Constituição, não de mero
revisor de julgados, conquanto tem em mira resguardar o próprio direito objetivo.
Com efeito, ainda que na via difusa a questão constitucional seja inicialmente decidida incidenter
tantum, quando ela chega ao Supremo é apreciada mediante ampla análise valorativa, pois mais do
que o caso concreto, o Tribunal está comprometido com a unidade jurídica do ordenamento e,
sobretudo, com a Constituição Federal. Portanto, o exame da constitucionalidade seja por ocasião de
controle in concreto seja por ocasião de controle abstrato, desde que procedida pelo Supremo, envolve
uma análise ampla da matéria constitucional, não havendo motivos para que a decisão que propugne
pela inconstitucionalidade de determinada lei produza efeitos diferenciados num e noutro caso.
De qualquer forma, em face do disposto no art. 52, inciso X, da CF/88, por enquanto os efeitos da
declaração de inconstitucionalidade pronunciada em via difusa pelo STF, continuam dependendo de
confirmação do Senado para adquirirem eficácia erga omnes e vinculante. Entretanto, tal atribuição
não tem natureza discricionária, mas vinculativa, de modo que compete ao Senado avaliar apenas os
aspectos formais da decisão do Supremo, mas não a conveniência da suspensão. Esse
posicionamento certamente reflete a melhor interpretação do dispositivo.
Cumpre, todavia, ressaltar, que o STF tem se posicionado em sentido diverso, tendo entendido que o
Senado não está vinculado à sua decisão, disso resultando a não obrigatoriedade em sustar a lei ou
o ato normativo conflitante. Nessa mesma linha tem se posicionado o Senado Federal.
Outra questão bastante debatida pela doutrina, mas por sua vez ainda não pacificada também pelos
tribunais, diz respeito à possível inadequação da Ação Civil Pública como instrumento de controle de
constitucionalidade realizado por via de exceção.
A controvérsia tem por fundamento principal a eficácia das decisões em sede de Ação Civil Pública,
que por tutelar direitos de natureza diferenciada (titularidade plúrima, pulverizada, e objeto em regra
indivisível), comporta efeitos abrangentes, fazendo coisa julgada ultra partes e erga omnes.
[...] tem-se de admitir a inidoneidade completa da ação civil pública como instrumento de controle de
constitucionalidade, seja porque ela acabaria por instaurar um controle direto e abstrato no plano da
jurisdição de primeiro grau, seja porque a decisão haveria de ter, necessariamente, eficácia
transcendente das partes formais.
De fato, é inegável que a eficácia da decisão proferida em ACP não se refere precisamente às partes
formais do processo, mas às partes substanciais da relação jurídica, visto que os titulares do direito
discutido em juízo, nestes casos, geralmente não figuram expressamente do pólo ativo da demanda,
senão por representação de um dos entes legitimados à propositura das ações coletivas. Por essa
razão, obviamente, os efeitos da decisão devem transcender às partes formais do processo, mas não
por isso tais efeitos se confundem com os efeitos produzidos por ocasião do controle abstrato de
normas.
No controle abstrato, a decisão declaratória de inconstitucionalidade produz coisa julgada com efeitos
erga omnes e vinculantes, valendo para todos indistintamente, de modo que a lei ou ato normativo em
desacordo com a Lei Maior não pode mais ser aplicada em nenhum caso. Já o reconhecimento da
inconstitucionalidade discutida incidentalmente em ACP, gera efeitos erga omnes, mas apenas com
relação àqueles subsumidos ao caso concreto, ou seja, vale para todos, mas todos os titulares do
direito reconhecido diante da apreciação daquele caso concreto, e não contra todos
indiscriminadamente. Como se pode verificar, a expressão “erga omnes” tem significação distinta em
cada uma das hipóteses.
Com efeito, nada impede que a mesma lei considerada inconstitucional em face de uma determinada
situação jurídica debatida em sede de ACP receba interpretação diversa perante um outro caso
concreto. Assim, mais do que diferenças técnico-jurídicas entre a ACP e o controle concentrado, ao
contrário do que afirmam alguns doutrinadores, há também dessemelhanças quanto aos efeitos
práticos produzidos pelos respectivos institutos.
Também deve ser considerado que na Ação Civil Pública, a inconstitucionalidade é invocada como
fundamento da demanda, como causa de pedir, de modo que a questão constitucional não constitui o
objeto principal da ação, senão uma prejudicial de mérito, e como tal, não faz coisa julgada, como
prevê expressamente a regra do artigo 469, inciso III do Código de Processo Civil.
De qualquer forma, tendo em vista que a decisão do Supremo em qualquer hipótese prevalece, não
se vislumbra nenhum prejuízo, incompatibilidade, ou usurpação, especialmente porque as demandas
coletivas em geral têm por objeto interesses de grande monta, ao menos se consideradas em aspectos
coletivos, de forma que quando discutem incidentalmente questão constitucional normalmente as
partes acabam esgotando as vias recursais ordinárias chegando até o Supremo por recurso
extraordinário, o que possibilita a revisão da matéria constitucional pelo órgão de cúpula do Judiciário.
Ademais, em se considerando que a ACP tem por finalidade a tutela de direitos coletivos e difusos,
muitos deles somente exercitáveis por intermédio de ações coletivas, não seria demais afirmar que a
não admissão do controle incidental nessas espécies de ação implicaria em violação do princípio do
direito de ação, com injustificada negativa de acesso à justiça.
Assim, por qualquer ângulo que se olhe a questão, a utilização da Ação Civil Pública como instrumento
de controle difuso de constitucionalidade é legítima, e como tal, deve ser preservada.