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Livro Eletrônico

Aula 00

Legislação p/ AGEPEN-MG (Agente Penitenciário) Com videoaulas

Paulo Guimarães

63057590730 - LUIZ CARLOS GOMES PEREIRA


LEGISLA‚ÌO Ð AGEPEN-MG
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00
LEI FEDERAL N. 9.455 DE 07 DE ABRIL DE
1997 (LEI DA TORTURA) E ALTERAC!ÍES
POSTERIORES.

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2
2 - Crimes de Tortura (Lei n¼ 9.455/1997) .................................................. 4
3 - Quest›es ..........................................................................................11
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................11
3.2 - Gabarito .....................................................................................17
3.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................18
4 - Resumo da Aula ................................................................................28
5 - Considera•›es Finais ..........................................................................29

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Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00 - LEI FEDERAL N. 9.455 DE 07 DE


ABRIL DE 1997 (LEI DA TORTURA) E
ALTERACÍ! ES POSTERIORES.
1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, amigo concurseiro! O edital para o concurso de Agente Penitenci‡rio do
Estado de Minas Gerais est‡ no forno! N‹o temos tempo a perder n‹o Ž mesmo?
Meu nome Ž Paulo Guimar‹es, e estarei junto com voc• na sua jornada rumo ˆ
aprova•‹o. Vamos estudar em detalhes o conteœdo da Legisla•‹o Espec’fica.
Teremos quest›es comentadas e trataremos desses temas de forma exaustiva.
Antes de colocarmos a Òm‹o na massaÓ, permita-me uma pequena apresenta•‹o.
Nasci em Recife e sou graduado em Direito pela Universidade Federal de
Pernambuco, com especializa•‹o em Direito Constitucional. Minha vida de
concurseiro come•ou ainda antes da vida acad•mica, quando concorri e fui
aprovado para uma vaga no ColŽgio Militar do Recife, aos 10 anos de idade.
Em 2003, aos 17 anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os
dedos para n‹o ser convocado antes de fazer anivers‡rio. Tomei posse em 2004
e trabalhei como escritur‡rio, caixa executivo e assistente em diversas ‡reas do
BB, incluindo atendimento a governo e comŽrcio exterior. Fui tambŽm aprovado
no concurso da Caixa Econ™mica Federal em 2004, mas n‹o cheguei a tomar
posse.
Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no cargo de tŽcnico do
Banco Central, e l‡ trabalhei no Departamento de Liquida•›es Extrajudiciais e na
Secretaria da Diretoria e do Conselho Monet‡rio Nacional.
Em 2012, tive o privilŽgio de ser aprovado no concurso para o cargo de Auditor
Federal de Finan•as e Controle da Controladoria-Geral da Uni‹o, em 2¡ lugar na
‡rea de Preven•‹o da Corrup•‹o e Ouvidoria. Atualmente, desempenho minhas
fun•›es na Ouvidoria-Geral da Uni‹o, que Ž um dos —rg‹os componentes da CGU.
Minha experi•ncia prŽvia como professor em cursos preparat—rios engloba as
‡reas de Direito Constitucional e legisla•‹o espec’fica.
Ao longo do nosso curso estudaremos os dispositivos legais, as abordagens
doutrin‡rias e tambŽm a jurisprud•ncia dos tribunais superiores. Tentarei deixar
tudo muito claro, mas se ainda ficarem dœvidas n‹o deixe de me procurar no
nosso f—rum ou nas redes sociais, ok!?
Acredito que nossa matŽria seja uma daquelas que constituir‹o o verdadeiro
diferencial dos aprovados. Muitos candidatos deixam o estudo de legisla•‹o
espec’fica para a œltima hora, mas isso n‹o vai acontecer com voc•!
Garanto que todos os meus esfor•os ser‹o concentrados na tarefa de obter a SUA
aprova•‹o. Esse comprometimento, tanto da minha parte quanto da sua,

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resultar‡, sem dœvida, numa prepara•‹o consistente, que vai permitir que voc•
esteja pronto no dia da prova, e tenha motivos para comemorar quando o
resultado for publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um sonho distante,
mas, acredite em mim, se voc• se esfor•ar ao m‡ximo, ser‡ apenas uma quest‹o
de tempo. E digo mais, quando voc• for aprovado, ficar‡ surpreso em como foi
mais r‡pido do que voc• imaginava.
Nosso cronograma nos permitir‡ cobrir todo o conteœdo de Legisla•‹o Penal atŽ
a prova, com as aulas em PDF sendo liberadas nas datas a seguir:

Lei Federal n. 9.455 de 07 de abril de 1997 (Lei da


Aula 00
Tortura) e alteraç›es posteriores;

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 01 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 13/12
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 1

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 02 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 1/1
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 2

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 03 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 23/1
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 3

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 04 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 30/1
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 4

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 05 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 6/2
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 5

Lei Estadual n. 869, de 05 de julho de 1952 e suas


Aula 06 alteraç›es posteriores - Estatuto dos Funcion‡rios 13/2
Pœblicos Civis do Estado de Minas Gerais Ð Parte 6

Lei Estadual n. 14.695, de 30 de julho de 2003, que


Aula 07 instituiu a carreira de Agente de Segurança 20/2
Penitenci‡rio;

Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema


Aula 08 27/2
Prisional de Minas Gerais - Regulamento Disciplinar

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Encerrada a apresenta•‹o, vamos ˆ matŽria. Lembro a voc• que essa aula


demonstrativa serve para mostrar como o curso funcionar‡, mas isso n‹o quer
dizer que a matŽria explorada nas p‡ginas a seguir n‹o seja importante ou n‹o
fa•a parte do programa.
Analise o material com carinho, fa•a seus esquemas de memoriza•‹o e prepare-
se para a revis‹o final. Se voc• seguir esta f—rmula, o curso ser‡ o suficiente para
que voc• atinja um excelente resultado. Espero que voc• e goste e opte por se
preparar conosco.
Agora vamos ao que interessa. M‹os ˆ obra!

2 - Crimes de Tortura (Lei n¼ 9.455/1997)


A Lei dos Crimes de Tortura Ž pequena, mas muito importante. A Constitui•‹o
Federal traz como princ’pio o repœdio ˆ tortura e ˆs penas degradantes,
desumanas e cruŽis. Vejamos o que diz a nossa Constitui•‹o sobre o assunto.

Art. 5¡, III - ninguŽm ser‡ submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
[...]
XLIII - a lei considerar‡ crimes inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a ou anistia a
pr‡tica da tortura , o tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evit‡-los, se omitirem.

A tortura, portanto, Ž um crime inafian•‡vel e insuscet’vel de gra•a ou


anistia. ATEN‚ÌO! O crime de tortura n‹o Ž imprescrit’vel! Essa caracter’stica
Ž aplic‡vel apenas aos crimes de racismo e ˆs a•›es de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o estado democr‡tico.
J‡ houve decis‹o do STF no sentido de negar tambŽm a aplica•‹o do indulto a
condenado por crime de tortura.

A Constitui•‹o determina que o crime de tortura Ž


inafian•‡vel e insuscet’vel de gra•a ou anistia, mas
n‹o Ž imprescrit’vel.

O STF tambŽm j‡ decidiu que o condenado por crime de tortura tambŽm n‹o
pode ser beneficiado com indulto.
A defini•‹o de tortura deve ser buscada na Conven•‹o Internacional contra a
Tortura e Outras Penas ou Tratamentos CruŽis, Desumanos e Degradantes,
aprovada pelas Na•›es Unidas em 1984 e ratificada e promulgada pelo Brasil em
1991.

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O termo tortura designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos


agudos, f’sicos ou mentais, s‹o infligidos intencionalmente a uma pessoa a
fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informa•›es ou confiss›es; de
castig‡-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja
suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras
pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discrimina•‹o de qualquer
natureza, quando tais dores ou sofrimentos s‹o infligidos por um
funcion‡rios pœblico ou outra pessoa no exerc’cio de fun•›es pœblicas, ou
por sua instiga•‹o, ou com o seu consentimento ou aquiesc•ncia.

Podemos ver, portanto, que a tortura n‹o resume ˆ imposi•‹o de dor f’sica, mas
tambŽm est‡ relacionada ao sofrimento mental e emocional. Essa agonia
mental muitas vezes Ž chamada de tortura limpa, pois n‹o deixa marcas
percept’veis facilmente.
Antes da Lei n¡ 9.455/1997 n‹o havia qualquer defini•‹o legal acerca do crime
de tortura. O termo era mencionado em algumas leis, mas de forma genŽrica e
esparsa, de modo que a Doutrina nunca aceitou que houvesse a tipifica•‹o do
crime de tortura antes da referida lei.
A Lei da Tortura Ž muito criticada pela imprecis‹o na tipifica•‹o do crimes. A lei
foi votada ˆs pressas e sem muita discuss‹o no Poder Legislativo, sob o impacto
emocional no que aconteceu na Favela Naval, em Diadema.
Esse caso se refere a uma sŽrie de reportagens investigativas conduzidas em
1997 acerca de condutas praticadas por policiais militares na Favela Naval. Esses
policiais foram filmados extorquindo dinheiro, humilhando, espancando e
executando pessoas numa blitz.
O fervor das discuss›es ent‹o levou ˆ apresenta•‹o de um projeto de lei que foi
rapidamente aprovado pelo Poder Legislativo, sem as discuss›es que seriam
necess‡rias ˆ elabora•‹o de uma lei tecnicamente bem feita.
Esse Ž o pano da fundo da hist—ria, mas isso obviamente n‹o interessa para a
nossa prova, n‹o Ž mesmo!? Vamos ao que realmente interessa, que Ž a an‡lise
do texto legal.

Art. 1¼ Constitui crime de tortura:


I - constranger alguŽm com emprego de viol•ncia ou grave amea•a, causando-lhe
sofrimento f’sico ou mental:
a) com o fim de obter informa•‹o, declara•‹o ou confiss‹o da v’tima ou de terceira pessoa;
b) para provocar a•‹o ou omiss‹o de natureza criminosa;
c) em raz‹o de discrimina•‹o racial ou religiosa;
II - submeter alguŽm, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de viol•ncia
ou grave amea•a, a intenso sofrimento f’sico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de car‡ter preventivo.

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Pena - reclus‹o, de dois a oito anos.

A tortura, em qualquer de suas modalidades, Ž crime material, pois s— ha


consuma•‹o com o pr—prio resultado: o sofrimento da v’tima. Pela mesma raz‹o,
podemos dizer que Ž poss’vel a tentativa e a desist•ncia volunt‡ria.
AlŽm disso, n‹o se admite o arrependimento eficaz e nem o
arrependimento posterior. O crime de tortura Ž de a•‹o penal pœblica
incondicionada.

CRIME DE TORTURA
CARACTERêSTICAS COMUNS A TODAS AS MODALIDADES

ƒ um crime material

ƒ poss’vel a tentativa e a desist•ncia volunt‡ria

N‹o se admite arrependimento eficaz e nem arrependimento posterior

A•‹o penal pœblica incondicionada

Pelo texto do art. 1¡, podemos concluir que h‡ diferentes modalidades de


tortura, a depender da inten•‹o do agente criminoso. Vejamos quais s‹o essas
modalidades, de acordo com a pr—pria lei e a Doutrina.

MODALIDADES DE TORTURA

Infligida com a finalidade de obter


TORTURA-PROVA ou TORTURA informa•‹o, declara•‹o ou
PERSECUTîRIA confiss‹o da v’tima ou de terceira
pessoa (inciso I, al’nea ÒaÓ).

TORTURA PARA A PRçTICA DE Infligida para provocar a•‹o ou


CRIME ou TORTURA-CRIME omiss‹o de natureza criminosa.

TORTURA DISCRIMINATîRIA ou Infligida em raz‹o de


TORTURA-RACISMO discrimina•‹o racial ou religiosa

Infligida como forma de aplicar


TORTURA-CASTIGO castigo pessoal ou medida de
car‡ter preventivo.

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Marquei de cor diferente a TORTURA-CASTIGO para que voc• memorize uma


caracter’stica diferente. O inciso II do art. 1¡ tipifica a conduta daquele que inflige
sofrimento a pessoa que esteja sob sua guarda, poder ou autoridade, com
finalidade de castigar.
Podemos concluir, portanto que a TORTURA-CASTIGO Ž um crime pr—prio,
pois somente pode ser praticado por quem tenha o dever de guarda ou exer•a
poder ou autoridade sobre a v’tima. Ao mesmo tempo exige-se tambŽm uma
condi•‹o especial do sujeito passivo, que precisa estar sob a autoridade do
torturador.
O exemplo de TORTURA-CASTIGO mais comum Ž o do agente penitenci‡rio que
tortura presos, ou do pai que tortura os pr—prios filhos.
As demais modalidades de tortura s‹o crimes comuns, pois n‹o se exige
nenhuma qualidade especial do agente ou da v’tima.

¤ 1¼ Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de


seguran•a a sofrimento f’sico ou mental, por intermŽdio da pr‡tica de ato n‹o previsto em
lei ou n‹o resultante de medida legal.

Esta Ž a TORTURA DA PRESO OU DE PESSOA SUJEITA A MEDIDA DE


SEGURAN‚A. A tipifica•‹o espec’fica de crime cometido contra essas pessoas
refor•a o que determina a Lei do Abuso de Autoridade e a pr—pria Constitui•‹o
Federal, que assegura Òaos presos o respeito ˆ integridade f’sica e moralÓ.
Perceba que esta conduta Ž a œnica que n‹o exige dolo espec’fico do agente.
Basta que a pessoa presa ou sujeita a medida de seguran•a seja submetida a
sofrimento, n‹o sendo exigida nenhuma finalidade especial por parte do
torturador.

¤ 2¼ Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evit‡-las
ou apur‡-las, incorre na pena de deten•‹o de um a quatro anos.

Esta Ž a OMISSÌO PERANTE A TORTURA. J‡ sabemos que, de acordo com o


pr—prio C—digo Penal, a omiss‹o s— Ž penalmente relevante Òquando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultadoÓ.
A Doutrina critica duramente este dispositivo, pois ele apenas criminaliza a
omiss‹o daquele que tinha o dever de agir para evitar a tortura, e n‹o inclui
aquele que, apesar de n‹o ter o dever, tinha a possibilidade de impedir o ato de
tortura e n‹o o fez.

Apenas responde por OMISSÌO PERANTE A TORTURA


aquele que tinha o dever de agir para evitar o ato de tortura
e n‹o o faz.

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¤ 3¼ Se resulta les‹o corporal de natureza grave ou grav’ssima, a pena Ž de reclus‹o


de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclus‹o Ž de oito a dezesseis anos.

Estas s‹o as hip—teses de TORTURA QUALIFICADA. Apenas chamo sua aten•‹o


para as qualificadoras, que s‹o o resultado les‹o corporal grave ou grav’ssima,
ou morte. A les‹o corporal leve n‹o Ž qualificadora do crime de tortura.

A les‹o corporal leve n‹o Ž qualificadora do crime de


tortura. A TORTURA QUALIFICADA somente ocorre quando
houver como resultado les‹o corporal grave ou
grav’ssima ou, ainda, o resultado morte.

Para esclarecer as quest›es acerca da natureza da les‹o corporal, Ž interessante


que voc• relembre o teor do art. 129 do C—digo Penal, que trata do tema. As
hip—teses de les‹o corporal grave est‹o previstas no ¤1¡, enquanto o ¤2¡ traz os
casos de les‹o corporal grav’ssima.

CP, Art. 129.


[...]
¤ 1¼ Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupa•›es habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou fun•‹o;
IV - acelera•‹o de parto:
[...]
¤ 2¡ Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incur‡vel;
III - perda ou inutiliza•‹o do membro, sentido ou fun•‹o;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:

Agora voltaremos ˆ Lei n¡ 9.455/1997 para analisar as causas de aumento de


pena para o crime de tortura.

¤ 4¼ Aumenta-se a pena de um sexto atŽ um ter•o:


I - se o crime Ž cometido por agente pœblico;
II Ð se o crime Ž cometido contra crian•a, gestante, portador de defici•ncia,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

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III - se o crime Ž cometido mediante sequestro.

A defini•‹o de agente pœblico deve ser tomada de forma ampla, nos termos do
C—digo Penal, que estabelece que, para efeito penais, deve ser considerado
funcion‡rio pœblico Òaquele que, embora transitoriamente ou sem remunera•‹o,
exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblicaÓ.
Voc• j‡ sabe que, nos casos em que a condi•‹o de agente pœblico Ž elementar
do crime, n‹o pode se aplicada esta agravante. N‹o faria sentido, por exemplo,
aplicar agravante ˆ TORTURA-CASTIGO infligida por agente penitenci‡rio contra
presos, pois, se o agente n‹o fosse funcion‡rio pœblico, n‹o poderia haver o
crime.
Segundo o Estatuto da Crian•a e do Adolescente, s‹o consideradas crian•as as
pessoas que tenham menos de 12 anos, enquanto adolescentes s‹o aqueles
que t•m mais de 12 e menos de 18.
Por fim, a agravante relacionada ao sequestro Ž aplic‡vel quando a v’tima Ž
sequestrada e, durante o sequestro, o agente comete crime de tortura. Caso o
agente cerceie a liberdade da v’tima com a finalidade œnica de infligir a tortura,
n‹o h‡ que se falar em sequestro.

¤ 5¼ A condena•‹o acarretar‡ a perda do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico e a


interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Este Ž um efeito extrapenal administrativo da condena•‹o. Caso o agente


do crime de tortura seja funcion‡rio pœblico, perder‡ seu cargo, fun•‹o ou
emprego e ficar‡ interditado para seu exerc’cio pelo per’odo equivalente ao dobro
da pena.
O STF e o STJ j‡ decidiram que esse efeito decore automaticamente da
condena•‹o.

¤ 7¼ O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hip—tese do ¤ 2¼, iniciar‡ o
cumprimento da pena em regime fechado.

Para responder as quest›es de prova com precis‹o, Ž importante conhecer, ao


menos em parte, o conteœdo da Lei n¡ 8.072/1990, que trata dos crimes
hediondos e equiparados, entre eles a tortura.
A mencionada lei estabelecia o cumprimento das penas relativas aos crimes
hediondos e equiparados em regime integralmente fechado. Quando a Lei de
Tortura foi promulgada, considerou-se que houve derroga•‹o parcial do
dispositivo da Lei dos Crimes Hediondos.

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Em 2007 a Lei dos Crimes Hediondos foi alterada, e hoje todos os crimes
hediondos e equiparados devem ter suas penas cumpridas inicialmente em
regime fechado, mas Ž poss’vel a progress‹o de regime.
A pol•mica, porŽm, n‹o acabou. O STJ tem afirmado, em julgados recentes, que
n‹o Ž obrigat—rio que o condenado por crime de tortura inicie o
cumprimento da pena em regime fechado. Esse entendimento decorre do
posicionamento do STF relacionado aos crimes hediondos e equiparados, e entre
os equiparados est‡ o crime de tortura.

DIREITO PENAL. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA NO CRIME DE


TORTURA.
N‹o Ž obrigat—rio que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no
regime prisional fechado. Disp›e o art. 1¼, ¤ 7¼, da Lei 9.455/1997 Ð lei que define os
crimes de tortura e d‡ outras provid•ncias Ð que ÒO condenado por crime previsto nesta
Lei, salvo a hip—tese do ¤ 2¼, iniciar‡ o cumprimento da pena em regime fechadoÓ.
Entretanto, cumpre ressaltar que o Plen‡rio do STF, ao julgar o HC 111.840-ES (DJe
17.12.2013), afastou a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por
crimes hediondos e equiparados, devendo-se observar, para a fixa•‹o do regime inicial de
cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP. Assim, por ser
equiparado a crime hediondo, nos termos do art. 2¼, caput e ¤ 1¼, da Lei 8.072/1990, Ž
evidente que essa interpreta•‹o tambŽm deve ser aplicada ao crime de tortura, sendo o
caso de se desconsiderar a regra disposta no art. 1¼, ¤ 7¼, da Lei 9.455/1997, que possui
a mesma disposi•‹o da norma declarada inconstitucional. Cabe esclarecer que, ao adotar
essa posi•‹o, n‹o se est‡ a violar a Sœmula Vinculante n.¼ 10, do STF, que assim disp›e:
"Viola a cl‡usula de reserva de plen‡rio (CF, art. 97) a decis‹o de —rg‹o fracion‡rio de
tribunal que, embora n‹o declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder pœblico, afasta sua incid•ncia, no todo ou em parte". De fato, o
entendimento adotado vai ao encontro daquele proferido pelo Plen‡rio do STF, tornando-se
desnecess‡rio submeter tal quest‹o ao îrg‹o Especial desta Corte, nos termos do art. 481,
par‡grafo œnico, do CPC: "Os —rg‹os fracion‡rios dos tribunais n‹o submeter‹o ao plen‡rio,
ou ao —rg‹o especial, a argui•‹o de inconstitucionalidade, quando j‡ houver pronunciamento
destes ou do plen‡rio do Supremo Tribunal Federal sobre a quest‹o". Portanto, seguindo a
orienta•‹o adotada pela Suprema Corte, deve-se utilizar, para a fixa•‹o do regime inicial
de cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP e as Sœmulas
440 do STJ e 719 do STF. Confiram-se, a prop—sito, os mencionados verbetes sumulares:
"Fixada a pena-base no m’nimo legal, Ž vedado o estabelecimento de regime prisional mais
gravoso do que o cab’vel em raz‹o da san•‹o imposta, com base apenas na gravidade
abstrata do delito." (Sœmula 440 do STJ) e "A imposi•‹o do regime de cumprimento mais
severo do que a pena aplicada permitir exige motiva•‹o id™nea." (Sœmula 719 do STF).
Precedente citado: REsp 1.299.787-PR, Quinta Turma, DJe 3/2/2014. HC 286.925-RR, Rel.
Min. Laurita Vaz, julgado em 13/5/2014.

Art. 2¼ O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime n‹o tenha sido cometido em
territ—rio nacional, sendo a v’tima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdi•‹o brasileira.

Em algumas situa•›es, a Lei de Tortura pode ser aplicada mesmo fora do


territ—rio nacional:

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- Quando a v’tima do crime for brasileira;


- Quando o agente se encontre em local em que a lei brasileira seja, em geral,
aplic‡vel.

3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 01 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2015 Ð Cespe.
SITUA‚ÌO HIPOTƒTICA: Um servidor pœblico federal, no exerc’cio de
atividade carcer‡ria, colocou em perigo a saœde f’sica de preso em virtude
de excesso na imposi•‹o da disciplina, com a mera inten•‹o de aplicar
medida educativa, sem lhe causar sofrimento.
ASSERTIVA: Nessa situa•‹o, o referido agente responder‡ pelo crime de
tortura

QUESTÌO 02 - DPU Ð Defensor Pœblico Federal Ð 2015 Ð Cespe.


Caracteriza uma das espŽcies do crime de tortura a conduta consistente em,
com emprego de grave amea•a, constranger outrem em raz‹o de
discrimina•‹o racial, causando-lhe sofrimento mental.

QUESTÌO 03 - SEAP-DF Ð Agente de Atividades Penitenci‡rias


Ð 2015 Ð Universa.
A condena•‹o por crime de tortura acarretar‡ a perda do cargo, da fun•‹o
ou do emprego pœblico e a interdi•‹o, para seu exerc’cio, pelo triplo do prazo
da pena aplicada.

QUESTÌO 04 - PC-CE Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2015 Ð VUNESP.


O crime de tortura (Lei no 9.455/97) tem pena aumentada de um sexto atŽ
um ter•o se for praticado
a) ininterruptamente, por per’odo superior a 24 h.
b) em concurso de pessoas
c) por motivos pol’ticos.
d) contra mulher
e) por agente pœblico.

QUESTÌO 05 - DPE-RS Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Sobre a Lei n¼ 9.455/97 (Crimes de Tortura), Ž correto afirmar que

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a) se a v’tima da tortura for crian•a, a Lei n¼ 9.455/97 deve ser afastada


para incid•ncia do tipo penal espec’fico de tortura previsto no Estatuto da
Crian•a e do Adolescente (art. 233 do ECA).
b) h‡ previs‹o legal de crime por omiss‹o.
c) Ž invi‡vel a suspens‹o condicional do processo para qualquer das
modalidades t’picas previstas na lei.
d) o regramento imp›e, para todos os tipos penais que prev•, que o
condenado inicie o cumprimento da pena em regime fechado.
e) h‡ veda•‹o expressa, no corpo da lei, de aplica•‹o do sursis para os
condenados por tortura.

QUESTÌO 06 - DPE-PB Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Com rela•‹o ˆ tortura, cabe afirmar:
a) Genericamente trata-se de crime pr—prio.
b) N‹o est‡ tipificada distintamente a conduta cometida com finalidade
puramente discriminat—ria.
c) Na vers‹o especificamente omissiva, trata-se de crime comum.
d) Trata-se de crime insuscet’vel de gra•a, porŽm n‹o de anistia.
e) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime praticado por brasileiro no
estrangeiro.

QUESTÌO 07 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


Joaquim, agente penitenci‡rio federal, foi condenado, definitivamente, a
uma pena de tr•s anos de reclus‹o, por crime disposto na Lei n.¼
9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficar‡ impedido de exercer
a referida fun•‹o pelo prazo de seis anos.

QUESTÌO 08 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


Um agente penitenci‡rio federal determinou que JosŽ, preso sob sua
cust—dia, permanecesse de pŽ por dez horas ininterruptas, sem que pudesse
beber ‡gua ou alimentar-se, como forma de castigo, j‡ que JosŽ havia
cometido, comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situa•‹o, esse
agente cometeu crime de tortura, ainda que n‹o tenha utilizado de viol•ncia
ou grave amea•a contra JosŽ.

QUESTÌO 09 - PRF Ð Agente Ð 2013 Ð Cespe.


Para que um cidad‹o seja processado e julgado por crime de tortura, Ž
prescind’vel que esse crime deixe vest’gios de ordem f’sica.

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QUESTÌO 10 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Determinado policial militar efetuou a pris‹o em flagrante de Luciano e o
conduziu ˆ delegacia de pol’cia. L‡, com o objetivo de fazer Luciano
confessar a pr‡tica dos atos que ensejaram sua pris‹o, o policial respons‡vel
por seu interrogat—rio cobriu sua cabe•a com um saco pl‡stico e amarrou-o
no seu pesco•o, asfixiando-o. Como Luciano n‹o confessou, o policial deixou-
o trancado na sala de interrogat—rio durante v‡rias horas, pendurado de
cabe•a para baixo, no escuro, per’odo em que lhe dizia que, se ele n‹o
confessasse, seria morto. O delegado de pol’cia, ciente do que ocorria na
sala de interrogat—rio, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano
afirmou que a conduta do policial lhe provocara intenso sofrimento f’sico e
mental.
Considerando a situa•‹o hipotŽtica acima e o disposto na Lei Federal
n.¼ 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.
Para a comprova•‹o da materialidade da conduta do policial, Ž
imprescind’vel a realiza•‹o de exame de corpo de delito que confirme as
agress›es sofridas por Luciano.

QUESTÌO 11 - MPU Ð TŽcnico Ð 2010 Ð Cespe.


O crime de tortura Ž inafian•‡vel e insuscet’vel de gra•a ou anistia.

QUESTÌO 12 - MPU Ð TŽcnico Ð 2010 Ð Cespe.


ƒ considerado crime de tortura submeter alguŽm, com emprego de viol•ncia
ou grave amea•a, a intenso sofrimento f’sico ou mental, como forma de
aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de car‡ter preventivo.

QUESTÌO 13 - TJ-RO Ð Analista Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe


(adaptada).
A perda da fun•‹o pœblica e a interdi•‹o de seu exerc’cio pelo dobro do prazo
da condena•‹o decorrente da pr‡tica de crime de tortura previsto em lei
especial s‹o de imposi•‹o facultativa do julgador, tratando-se de efeito
genŽrico da condena•‹o.

QUESTÌO 14 - TJ-AC Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Jo‹o, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta
Sebasti‹o, com emprego de viol•ncia, a cont’nuo e intenso sofrimento f’sico,
provocando-lhe les‹o corporal de natureza grav’ssima. Nessa situa•‹o, Jo‹o
dever‡ responder pelo crime de tortura e, se condenado, dever‡ cumprir a
pena em regime inicial fechado.

QUESTÌO 15 - DPF Ð Agende da Pol’cia Federal Ð 2012 Ð Cespe.


O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas
depend•ncias do distrito policial, um acusado de tr‡fico de drogas a

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confessar a pr‡tica do crime perder‡ automaticamente o seu cargo, sendo


desnecess‡rio, nessa situa•‹o, que o juiz sentenciante motive a perda do
cargo.

QUESTÌO 16 - DPU Ð Defensor Pœblico Ð 2007 Ð Cespe.


N‹o se estende ao crime de tortura a admissibilidade de progress‹o no
regime de execu•‹o da pena aplicada aos demais crimes hediondos.

QUESTÌO 17 - PC-RN Ð Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2009 Ð Cespe


(adaptada).
Um delegado da pol’cia civil que perceba que um dos custodiados do distrito
onde Ž chefe est‡ sendo fisicamente torturado pelos colegas de cela,
permanecendo indiferente ao fato, n‹o ser‡ responsabilizado criminalmente,
pois os delitos previstos na Lei n.¼ 9.455/1997 n‹o podem ser praticados
por omiss‹o.

QUESTÌO 18 - PC-RN Ð Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2009 Ð Cespe


(adaptada).
Se um membro da Defensoria Pœblica do Estado do Rio Grande do Norte,
integrante da Comiss‹o Nacional de Direitos Humanos, for passar uma
temporada de trabalho no Haiti Ñ pa’s que n‹o pune o crime de tortura Ñ e
l‡ for v’tima de tortura, n‹o haver‡ como aplicar a Lei n.¼ 9.455/1997.

QUESTÌO 19 - PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Excetuando-se o caso em que o agente se omite diante das condutas
configuradoras dos crimes de tortura, quando tinha o dever de evit‡-las ou
apur‡-las, iniciar‡ o agente condenado pela pr‡tica do crime de tortura o
cumprimento da pena em regime fechado.

QUESTÌO 20 - PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


No crime de tortura em que a pessoa presa ou sujeita a medida de seguran•a
Ž submetida a sofrimento f’sico ou mental, por intermŽdio da pr‡tica de ato
n‹o previsto em lei ou n‹o resultante de medida legal, n‹o Ž exigido, para
seu aperfei•oamento, especial fim de agir por parte do agente, bastando,
portanto, para a configura•‹o do crime, o dolo de praticar a conduta descrita
no tipo objetivo.

QUESTÌO 21 - PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica. Rui, que Ž policial militar, mediante
viol•ncia e grave amea•a, infligiu intenso sofrimento f’sico e mental a um
civil, utilizando para isso as instala•›es do quartel de sua corpora•‹o. A
inten•‹o do policial era obter a confiss‹o da v’tima em rela•‹o a um suposto
caso extraconjugal havido com sua esposa.

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Nessa situa•‹o hipotŽtica, a conduta de Rui, independentemente de sua


condi•‹o de militar e de o fato ter ocorrido em ‡rea militar, caracteriza o
crime de tortura na forma tipificada em lei espec’fica.

QUESTÌO 22 - MPE-RR Ð Promotor de Justi•a Ð 2008 Ð Cespe.


Daniel, delegado de pol’cia, estava em sua sala, quando percebeu a chegada
dos agentes de pol’cia Irineu e Osvaldo, acompanhados por uma pessoa que
havia sido detida, sob a acusa•‹o de porte de arma e de entorpecentes. O
delegado permaneceu em sua sala, elaborando um relat—rio, antes de lavrar
o auto de pris‹o em flagrante. Durante esse per’odo, ouviu ru’dos de tapas,
bem como de gritos, vindos da sala onde se encontravam os agentes e a
pessoa detida, percebendo que os agentes determinavam ao detido que ele
confessasse quem era o verdadeiro propriet‡rio da droga. Quando foi lavrar
a pris‹o em flagrante, o delegado notou que o detido apresentava equimoses
avermelhadas no rosto, tendo declinado que havia guardado a droga para
um conhecido traficante da regi‹o. O delegado, contudo, mesmo
constatando as les›es, resolveu nada fazer em rela•‹o aos seus agentes,
uma vez que os considerava excelentes policiais. Nessa situa•‹o, o delegado
praticou o crime de tortura, de forma que, sendo proferida senten•a
condenat—ria, ocorrer‡, automaticamente, a perda do cargo.

QUESTÌO 23 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


O condenado pela pr‡tica de crime de tortura, por expressa previs‹o legal,
n‹o poder‡ ser beneficiado por livramento condicional, se for reincidente
espec’fico em crimes dessa natureza.

QUESTÌO 24 - DPF Ð Delegado de Pol’cia Federal Ð 2009 Ð


Cespe.
A pr‡tica do crime de tortura torna-se at’pica se ocorrer em raz‹o de
discrimina•‹o religiosa, pois, sendo laico o Estado, este n‹o pode se imiscuir
em assuntos religiosos dos cidad‹os.

QUESTÌO 25 - PC-PE - Agente de Pol’cia Ð 2016 Ð Cespe.


Rui e Jair s‹o policiais militares e realizam constantemente abordagens de
adolescentes e homens jovens nos espa•os pœblicos, para verifica•‹o de
ocorr•ncias de situa•›es de uso e tr‡fico de drogas e de porte de armas. Em
uma das abordagens realizadas, eles encontraram JosŽ, conhecido por
efetuar pequenos furtos, e, durante a abordagem, verificaram que JosŽ
portava um celular caro. Jair come•ou a questionar a quem pertencia o
celular e, ˆ medida que JosŽ negava que o celular lhe pertencia, alegando
n‹o saber como havia ido parar em sua mochila, come•ou a receber
empurr›es do policial e, persistindo na negativa, foi derrubado no ch‹o e
come•ou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada para si. Como
n‹o respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular, JosŽ foi
colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram

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rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do


celular, mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente
levando-o para a delegacia no dia seguinte.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, ˆ luz das leis que tratam dos crimes de tortura e
de abuso de autoridade e dos crimes hediondos,
a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime
de les‹o corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e les‹o
corporal.
c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminui•‹o
de pena.
d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.
e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poder‹o ser soltos
mediante o pagamento de fian•a.

QUESTÌO 26 - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto Ð 2016 -


VUNESP
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, agente pœblico, foi
processado e, ao final, condenado ˆ pena de reclus‹o, por dezenove anos,
iniciada em regime fechado, pela pr‡tica do crime de tortura, com resultado
morte, contra Raimundo. Nos termos da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997,
essa condena•‹o acarretar‡ a perda do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico
a) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro do prazo da pena aplicada.
b) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo triplo do prazo da pena aplicada.
c) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo tempo da pena aplicada.
d) desde que o juiz proceda ˆ fundamenta•‹o espec’fica.
e) como efeito necess‡rio, mas n‹o autom‡tico.

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3.2 - Gabarito
1. E 14. E

2. C 15. C

3. E 16. E

4. E 17. E

5. B 18. E

6. E 19. C

7. C 20. C

8. C 21. C

9. C 22. C

10. E 23. C

11. C 24. E

12. C 25. A

13. E 26. A

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3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 01 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2015 Ð Cespe.
SITUA‚ÌO HIPOTƒTICA: Um servidor pœblico federal, no exerc’cio de
atividade carcer‡ria, colocou em perigo a saœde f’sica de preso em virtude
de excesso na imposi•‹o da disciplina, com a mera inten•‹o de aplicar
medida educativa, sem lhe causar sofrimento.
ASSERTIVA: Nessa situa•‹o, o referido agente responder‡ pelo crime de
tortura.

Coment‡rios
Neste caso n‹o podemos dizer que houve tortura, pois n‹o houve dolo e nem
sofrimento. Na realidade o caso trazido pela quest‹o Ž de crime de maus tratos,
tipificado no art. 136 do C—digo Penal.
GABARITO: E

QUESTÌO 02 - DPU Ð Defensor Pœblico Federal Ð 2015 Ð Cespe.


Caracteriza uma das espŽcies do crime de tortura a conduta consistente em,
com emprego de grave amea•a, constranger outrem em raz‹o de
discrimina•‹o racial, causando-lhe sofrimento mental.

Coment‡rios
Perfeito! Este Ž um bom exemplo de tortura fundada em discrimina•‹o racial ou
religiosa. Perceba que aparece o elemento do sofrimento, neste caso mental,
infligido mediante grave amea•a, com o componente discriminat—rio.
GABARITO: C

QUESTÌO 03 - SEAP-DF Ð Agente de Atividades Penitenci‡rias


Ð 2015 Ð Universa.
A condena•‹o por crime de tortura acarretar‡ a perda do cargo, da fun•‹o
ou do emprego pœblico e a interdi•‹o, para seu exerc’cio, pelo triplo do prazo
da pena aplicada.

Coment‡rios
Opa! Olha a pegadinha!!! Na realidade a interdi•‹o deve perdurar pelo dobro do
prazo da pena, e n‹o pelo triplo!
GABARITO: E

QUESTÌO 04 - PC-CE Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2015 Ð VUNESP.


O crime de tortura (Lei no 9.455/97) tem pena aumentada de um sexto atŽ
um ter•o se for praticado

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a) ininterruptamente, por per’odo superior a 24 h.


b) em concurso de pessoas
c) por motivos pol’ticos.
d) contra mulher
e) por agente pœblico.

Coment‡rios
Aumenta-se a pena de um sexto atŽ um ter•o nas seguintes circunst‰ncias:
I - se o crime Ž cometido por agente pœblico;
II - se o crime Ž cometido contra crian•a, gestante, portador de defici•ncia,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
f
III - se o crime Ž cometido mediante sequestro.
GABARITO: E

QUESTÌO 05 - DPE-RS Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Sobre a Lei n¼ 9.455/97 (Crimes de Tortura), Ž correto afirmar que
a) se a v’tima da tortura for crian•a, a Lei n¼ 9.455/97 deve ser afastada
para incid•ncia do tipo penal espec’fico de tortura previsto no Estatuto da
Crian•a e do Adolescente (art. 233 do ECA).
b) h‡ previs‹o legal de crime por omiss‹o.
c) Ž invi‡vel a suspens‹o condicional do processo para qualquer das
modalidades t’picas previstas na lei.
d) o regramento imp›e, para todos os tipos penais que prev•, que o
condenado inicie o cumprimento da pena em regime fechado.
e) h‡ veda•‹o expressa, no corpo da lei, de aplica•‹o do sursis para os
condenados por tortura.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque o tipo penal do ECA que tratava de tortura
contra crian•a ou adolescente foi revogado pela Lei de Tortura. Hoje a tortura
praticada contra crian•a, gestante, portador de defici•ncia, adolescente ou maior
de 60 anos sujeita o infrator a aumento de pena de um sexto atŽ um ter•o. A
alternativa B est‡ correta, pois a lei traz a previs‹o da tortura por omiss‹o em
seu art. 1o, ¤2o. As alternativas C e E est‹o incorretas porque na tortura por
omiss‹o cabe a suspens‹o condicional do processo, uma vez que a pena deste
delito Ž de 1 a 4 anos de deten•‹o. A alternativa D est‡ incorreta porque a tortura
omiss‹o, prevista ¤2o, n‹o possui tal obrigatoriedade.
GABARITO: B

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QUESTÌO 06 - DPE-PB Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Com rela•‹o ˆ tortura, cabe afirmar:
a) Genericamente trata-se de crime pr—prio.
b) N‹o est‡ tipificada distintamente a conduta cometida com finalidade
puramente discriminat—ria.
c) Na vers‹o especificamente omissiva, trata-se de crime comum.
d) Trata-se de crime insuscet’vel de gra•a, porŽm n‹o de anistia.
e) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime praticado por brasileiro no
estrangeiro.

Coment‡rios
e
A alternativa A est‡ incorreta porque, apesar de o crime ser considerado comum
na maior parte das suas modalidades, o art. 1o, II traz uma modalidade pr—pria
do crime de tortura, assim como a tortura por omiss‹o. Isso tambŽm torna a
alternativa C incorreta. A alternativa B est‡ incorreta por causa da previs‹o da
tortura racismo (art. 1o, I, ÒcÓ). A alternativa D est‡ incorreta porque a tortura Ž
crime inafian•‡vel e insuscet’vel de gra•a e anistia, nos termos da Constitui•‹o
Federal.
GABARITO: E

QUESTÌO 07 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


Joaquim, agente penitenci‡rio federal, foi condenado, definitivamente, a
uma pena de tr•s anos de reclus‹o, por crime disposto na Lei n.¼
9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficar‡ impedido de exercer
a referida fun•‹o pelo prazo de seis anos.

Coment‡rios
A condena•‹o por crime de tortura acarreta a perda do cargo, fun•‹o ou emprego
pœblico e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro do prazo da pena aplicada,
nos termos do art. 1o, ¤5o da Lei no 9.455/1997.
GABARITO: C

QUESTÌO 08 - DEPEN Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


Um agente penitenci‡rio federal determinou que JosŽ, preso sob sua
cust—dia, permanecesse de pŽ por dez horas ininterruptas, sem que pudesse
beber ‡gua ou alimentar-se, como forma de castigo, j‡ que JosŽ havia
cometido, comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situa•‹o, esse
agente cometeu crime de tortura, ainda que n‹o tenha utilizado de viol•ncia
ou grave amea•a contra JosŽ.

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Coment‡rios
Para responder corretamente a quest‹o voc• precisa conhecer o conteœdo do ¤1o
do art. 1o da Lei de Tortura: ÒNa mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de seguran•a a sofrimento f’sico ou mental, por
intermŽdio da pr‡tica de ato n‹o previsto em lei ou n‹o resultante de medida
legalÓ.
GABARITO: C

QUESTÌO 09 - PRF Ð Agente Ð 2013 Ð Cespe.


Para que um cidad‹o seja processado e julgado por crime de tortura, Ž
prescind’vel que esse crime deixe vest’gios de ordem f’sica.

Coment‡rios 7
A palavra Òprescind’velÓ significa Òdispens‡velÓ. A assertiva, portanto, est‡
dizendo que n‹o Ž necess‡rio que o crime de tortura deixe vest’gios de ordem
f’sica. Nada impede que a prova do crime seja produzida de outras maneiras.
GABARITO: C

QUESTÌO 10 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Determinado policial militar efetuou a pris‹o em flagrante de Luciano e o
conduziu ˆ delegacia de pol’cia. L‡, com o objetivo de fazer Luciano
confessar a pr‡tica dos atos que ensejaram sua pris‹o, o policial respons‡vel
por seu interrogat—rio cobriu sua cabe•a com um saco pl‡stico e amarrou-o
no seu pesco•o, asfixiando-o. Como Luciano n‹o confessou, o policial deixou-
o trancado na sala de interrogat—rio durante v‡rias horas, pendurado de
cabe•a para baixo, no escuro, per’odo em que lhe dizia que, se ele n‹o
confessasse, seria morto. O delegado de pol’cia, ciente do que ocorria na
sala de interrogat—rio, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano
afirmou que a conduta do policial lhe provocara intenso sofrimento f’sico e
mental.
Considerando a situa•‹o hipotŽtica acima e o disposto na Lei Federal
n.¼ 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.
Para a comprova•‹o da materialidade da conduta do policial, Ž
imprescind’vel a realiza•‹o de exame de corpo de delito que confirme as
agress›es sofridas por Luciano.

Coment‡rios
A Lei da Tortura n‹o menciona em nenhum de seus dispositivos a necessidade
de exame de corpo de delito para que se comprove que houve o crime. No
exemplo dado na quest‹o houve inclusive tortura de natureza mental/emocional.
GABARITO: E

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QUESTÌO 11 - MPU Ð TŽcnico Ð 2010 Ð Cespe.


O crime de tortura Ž inafian•‡vel e insuscet’vel de gra•a ou anistia.

Coment‡rios
Esta Ž a letra da Constitui•‹o Federal, em seu art. 5¼, XLIII. O STF j‡ decidiu que
o indulto tambŽm n‹o Ž aplic‡vel no caso de crime de tortura. Lembre-se tambŽm
de que o crime de tortura n‹o Ž imprescrit’vel!
GABARITO: C

QUESTÌO 12 - MPU Ð TŽcnico Ð 2010 Ð Cespe.


ƒ considerado crime de tortura submeter alguŽm, com emprego de viol•ncia
ou grave amea•a, a intenso sofrimento f’sico ou mental, como forma de
3
aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de car‡ter preventivo.

Coment‡rios
Esta Ž a Tortura-Castigo. Lembre-se de que esta modalidade Ž crime pr—prio,
pois somente pode ser praticado por quem tenha o dever de guarda ou exer•a
poder ou autoridade sobre a v’tima. Ao mesmo tempo exige-se tambŽm uma
condi•‹o especial do sujeito passivo, que precisa estar sob a autoridade do
torturador.
GABARITO: C

QUESTÌO 13 - TJ-RO Ð Analista Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe


(adaptada).
A perda da fun•‹o pœblica e a interdi•‹o de seu exerc’cio pelo dobro do prazo
da condena•‹o decorrente da pr‡tica de crime de tortura previsto em lei
especial s‹o de imposi•‹o facultativa do julgador, tratando-se de efeito
genŽrico da condena•‹o.

Coment‡rios
A perda da fun•‹o pœblica e a interdi•‹o de seu exerc’cio s‹o imediatas e
obrigat—rias, nos termos do ¤5¡ do art. 1¡ da Lei n¡ 9.455/1997.
GABARITO: E

QUESTÌO 14 - TJ-AC Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Jo‹o, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta
Sebasti‹o, com emprego de viol•ncia, a cont’nuo e intenso sofrimento f’sico,
provocando-lhe les‹o corporal de natureza grav’ssima. Nessa situa•‹o, Jo‹o
dever‡ responder pelo crime de tortura e, se condenado, dever‡ cumprir a
pena em regime inicial fechado.

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Coment‡rios
O crime de tortura exige um elemento subjetivo espec’fico: Òobter informa•‹o,
declara•‹o ou confiss‹o da v’tima ou de terceira pessoaÓ; Òprovocar a•‹o ou
omiss‹o de natureza criminosaÓ; Òpor motivo de discrimina•‹o racial ou
religiosaÓ. O agente que inflige sofrimento em outra pessoa por sadismo n‹o
comete crime de tortura, mas sim de les‹o corporal ou, a depender do caso, de
homic’dio tentado.
GABARITO: E

QUESTÌO 15 - DPF Ð Agende da Pol’cia Federal Ð 2012 Ð Cespe.


O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas
depend•ncias do distrito policial, um acusado de tr‡fico de drogas a
confessar a pr‡tica do crime perder‡
f automaticamente o seu cargo, sendo
desnecess‡rio, nessa situa•‹o, que o juiz sentenciante motive a perda do
cargo.

Coment‡rios
A perda do cargo, emprego ou fun•‹o pœblica Ž efeito extrapenal administrativo
da condena•‹o, e n‹o precisa ser declarado pelo juiz.
GABARITO: C

QUESTÌO 16 - DPU Ð Defensor Pœblico Ð 2007 Ð Cespe.


N‹o se estende ao crime de tortura a admissibilidade de progress‹o no
regime de execu•‹o da pena aplicada aos demais crimes hediondos.

Coment‡rios
Para responder as quest›es de prova com precis‹o, Ž importante conhecer, ao
menos em parte, o conteœdo da Lei n¡ 8.072/1990, que trata dos crimes
hediondos e equiparados, entre eles a tortura. Essa lei estabelecia o cumprimento
das penas relativas aos crimes hediondos e equiparados em regime integralmente
fechado. Quando a Lei de Tortura foi promulgada, considerou-se que houve
derroga•‹o parcial do dispositivo da Lei dos Crimes Hediondos. Em 2007 a Lei
dos Crimes Hediondos foi alterada, e hoje todos os crimes hediondos e
equiparados devem ter suas penas cumpridas inicialmente em regime fechado,
mas Ž poss’vel a progress‹o de regime.
GABARITO: E

QUESTÌO 17 - PC-RN Ð Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2009 Ð Cespe


(adaptada).
Um delegado da pol’cia civil que perceba que um dos custodiados do distrito
onde Ž chefe est‡ sendo fisicamente torturado pelos colegas de cela,
permanecendo indiferente ao fato, n‹o ser‡ responsabilizado criminalmente,

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pois os delitos previstos na Lei n.¼ 9.455/1997 n‹o podem ser praticados
por omiss‹o.

Coment‡rios
O crime de tortura conta com uma modalidade omissiva, prevista no ¤2¡ do art.
1¡. Entretanto, apenas Ž criminalizada a omiss‹o daquele que tinha o dever de
agir para evitar ou apurar a ocorr•ncia de atos de tortura.
¤ 2¼ Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evit‡-las
ou apur‡-las, incorre na pena de deten•‹o de um a quatro anos.

GABARITO: E

QUESTÌO 18 - PC-RN Ð Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2009 Ð Cespe


(adaptada).
Se um membro da Defensoria Pœblica do Estado do Rio Grande do Norte,
integrante da Comiss‹o Nacional de Direitos Humanos, for passar uma
temporada de trabalho no Haiti Ñ pa’s que n‹o pune o crime de tortura Ñ e
l‡ for v’tima de tortura, n‹o haver‡ como aplicar a Lei n.¼ 9.455/1997.

Coment‡rios
O art. 2¡ da Lei da Tortura determina que ela se aplica ainda quando o crime n‹o
tenha sido cometido em territ—rio nacional, sendo a v’tima brasileira ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdi•‹o brasileira.
GABARITO: E

QUESTÌO 19 - PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Excetuando-se o caso em que o agente se omite diante das condutas
configuradoras dos crimes de tortura, quando tinha o dever de evit‡-las ou
apur‡-las, iniciar‡ o agente condenado pela pr‡tica do crime de tortura o
cumprimento da pena em regime fechado.

Coment‡rios
J‡ deu para perceber quais s‹o os assuntos preferidos do Cespe no que se refere
ˆ Lei de Tortura, n‹o Ž mesmo? A assertiva est‡ correta em fun•‹o do teor do
¤7¡ do art. 1¡. Lembre-se da exce•‹o!
GABARITO: C

QUESTÌO 20 - PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


No crime de tortura em que a pessoa presa ou sujeita a medida de seguran•a
Ž submetida a sofrimento f’sico ou mental, por intermŽdio da pr‡tica de ato
n‹o previsto em lei ou n‹o resultante de medida legal, n‹o Ž exigido, para
seu aperfei•oamento, especial fim de agir por parte do agente, bastando,
portanto, para a configura•‹o do crime, o dolo de praticar a conduta descrita
no tipo objetivo.

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Coment‡rios
A conduta do ¤1¡ do art. 1¡ Ž a œnica que n‹o exige dolo espec’fico por parte do
agente do crime de tortura.
¤ 1¼ Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de seguran•a
a sofrimento f’sico ou mental, por intermŽdio da pr‡tica de ato n‹o previsto em lei ou n‹o
resultante de medida legal.

GABARITO: C

QUESTÌO 21 - PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica. Rui, que Ž policial militar, mediante
viol•ncia e grave amea•a, infligiu intenso sofrimento f’sico e mental a um
civil, utilizando para isso as instala•›es do quartel de sua corpora•‹o. A
inten•‹o do policial era obter a confiss‹o da v’tima em rela•‹o a um suposto
caso extraconjugal havido com sua esposa.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, a conduta de Rui, independentemente de sua
condi•‹o de militar e de o fato ter ocorrido em ‡rea militar, caracteriza o
crime de tortura na forma tipificada em lei espec’fica.

Coment‡rios
Aqui estamos diante da Tortura-Prova ou Tortura Persecut—ria: a tortura foi
infligida com a finalidade de obter informa•‹o, declara•‹o ou confiss‹o da v’tima.
GABARITO: C

QUESTÌO 22 - MPE-RR Ð Promotor de Justi•a Ð 2008 Ð Cespe.


Daniel, delegado de pol’cia, estava em sua sala, quando percebeu a chegada
dos agentes de pol’cia Irineu e Osvaldo, acompanhados por uma pessoa que
havia sido detida, sob a acusa•‹o de porte de arma e de entorpecentes. O
delegado permaneceu em sua sala, elaborando um relat—rio, antes de lavrar
o auto de pris‹o em flagrante. Durante esse per’odo, ouviu ru’dos de tapas,
bem como de gritos, vindos da sala onde se encontravam os agentes e a
pessoa detida, percebendo que os agentes determinavam ao detido que ele
confessasse quem era o verdadeiro propriet‡rio da droga. Quando foi lavrar
a pris‹o em flagrante, o delegado notou que o detido apresentava equimoses
avermelhadas no rosto, tendo declinado que havia guardado a droga para
um conhecido traficante da regi‹o. O delegado, contudo, mesmo
constatando as les›es, resolveu nada fazer em rela•‹o aos seus agentes,
uma vez que os considerava excelentes policiais. Nessa situa•‹o, o delegado
praticou o crime de tortura, de forma que, sendo proferida senten•a
condenat—ria, ocorrer‡, automaticamente, a perda do cargo.

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Coment‡rios
Nesta hip—tese foi praticada a tortura em sua modalidade omissiva. Lembre-se
de que este crime apenas pode ser praticado por aquele que tinha o dever de
evitar ou apurar o ato de tortura e n‹o o fez.
GABARITO: C

QUESTÌO 23 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


O condenado pela pr‡tica de crime de tortura, por expressa previs‹o legal,
n‹o poder‡ ser beneficiado por livramento condicional, se for reincidente
espec’fico em crimes dessa natureza.

Coment‡rios
Esta quest‹o n‹o diz respeito ˆ Lei da Tortura, mas achei interessante coloca-la
aqui. O livramento condicional n‹o pode ser concedido nesse caso em fun•‹o do
art. 83 do C—digo Penal:
Art. 83 - O juiz poder‡ conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que
[...]
V - cumprido mais de dois ter•os da pena, nos casos de condena•‹o por crime hediondo,
pr‡tica da tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
apenado n‹o for reincidente espec’fico em crimes dessa natureza.
GABARITO: C

QUESTÌO 24 - DPF Ð Delegado de Pol’cia Federal Ð 2009 Ð


Cespe.
A pr‡tica do crime de tortura torna-se at’pica se ocorrer em raz‹o de
discrimina•‹o religiosa, pois, sendo laico o Estado, este n‹o pode se imiscuir
em assuntos religiosos dos cidad‹os.

Coment‡rios
Esta modalidade Ž chamada de Tortura Discriminat—ria ou Tortura-Racismo, e Ž
praticada em raz‹o de discrimina•‹o religiosa ou racial.
GABARITO: E

QUESTÌO 25 - PC-PE - Agente de Pol’cia Ð 2016 Ð Cespe.


Rui e Jair s‹o policiais militares e realizam constantemente abordagens de
adolescentes e homens jovens nos espa•os pœblicos, para verifica•‹o de
ocorr•ncias de situa•›es de uso e tr‡fico de drogas e de porte de armas. Em
uma das abordagens realizadas, eles encontraram JosŽ, conhecido por
efetuar pequenos furtos, e, durante a abordagem, verificaram que JosŽ
portava um celular caro. Jair come•ou a questionar a quem pertencia o
celular e, ˆ medida que JosŽ negava que o celular lhe pertencia, alegando

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n‹o saber como havia ido parar em sua mochila, come•ou a receber
empurr›es do policial e, persistindo na negativa, foi derrubado no ch‹o e
come•ou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada para si. Como
n‹o respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular, JosŽ foi
colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram
rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do
celular, mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente
levando-o para a delegacia no dia seguinte.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, ˆ luz das leis que tratam dos crimes de tortura e
de abuso de autoridade e dos crimes hediondos,
a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime
de les‹o corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e les‹o
corporal.
c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminui•‹o
de pena.
d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.
e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poder‹o ser soltos
mediante o pagamento de fian•a.

Coment‡rios
Diante da situa•‹o descrita na quest‹o, os policiais militares cometeram o crime
de tortura-prova. Como se trata de um crime mais espec’fico, a tortura absorve
a les‹o corporal e nossa reposta, portanto, Ž a alternativa A. O fato de Rui e Jair
serem policiais militares configura causa de aumento de pena, e n‹o de
diminui•‹o. Diante de uma eventual pris‹o cautelar, Rui e Jair n‹o podem ser
soltos mediante o pagamento de fian•a. O crime de tortura Ž inafian•‡vel!
GABARITO: A

QUESTÌO 26 - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto Ð 2016 -


VUNESP
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, agente pœblico, foi
processado e, ao final, condenado ˆ pena de reclus‹o, por dezenove anos,
iniciada em regime fechado, pela pr‡tica do crime de tortura, com resultado
morte, contra Raimundo. Nos termos da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997,
essa condena•‹o acarretar‡ a perda do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico
a) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro do prazo da pena aplicada.
b) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo triplo do prazo da pena aplicada.
c) e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo tempo da pena aplicada.
d) desde que o juiz proceda ˆ fundamenta•‹o espec’fica.
e) como efeito necess‡rio, mas n‹o autom‡tico.

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Coment‡rios
Segundo o ¤5¼ do art. 1¼, a condena•‹o pelo crime de tortura acarretar‡ a perda
do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro
do prazo da pena aplicada.
GABARITO: A

4 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
==fe73f==

ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o


de estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos.

A Constitui•‹o determina que o crime de tortura Ž inafian•‡vel e insuscet’vel


de gra•a ou anistia, mas n‹o Ž imprescrit’vel.
O STF tambŽm j‡ decidiu que o condenado por crime de tortura tambŽm n‹o
pode ser beneficiado com indulto.

CRIME DE TORTURA
CARACTERêSTICAS COMUNS A TODAS AS MODALIDADES

ƒ um crime material

ƒ poss’vel a tentativa e a desist•ncia volunt‡ria

N‹o se admite arrependimento eficaz e nem arrependimento posterior

A•‹o penal pœblica incondicionada

MODALIDADES DE TORTURA
Infligida com a finalidade de obter
TORTURA-PROVA ou TORTURA informa•‹o, declara•‹o ou
PERSECUTîRIA confiss‹o da v’tima ou de terceira
pessoa (inciso I, al’nea ÒaÓ).
TORTURA PARA A PRçTICA DE Infligida para provocar a•‹o ou
CRIME ou TORTURA-CRIME omiss‹o de natureza criminosa.

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TORTURA DISCRIMINATîRIA ou Infligida em raz‹o de


TORTURA-RACISMO discrimina•‹o racial ou religiosa
Infligida como forma de aplicar
TORTURA-CASTIGO castigo pessoal ou medida de
car‡ter preventivo.

Apenas responde por OMISSÌO PERANTE A TORTURA aquele que tinha o


dever de agir para evitar o ato de tortura e n‹o o faz.

A les‹o corporal leve n‹o Ž qualificadora do crime de tortura. A TORTURA


QUALIFICADA somente ocorre quando houver como resultado les‹o corporal
grave ou grav’ssima ou, ainda, o resultado morte.

5 - Considera•›es Finais
Conclu’mos aqui nossa aula demonstrativa. Espero que voc• tenha gostado e
opte por preparar-se com o EstratŽgia. Se tiver dœvidas, utilize nosso f—rum.
Estou sempre ˆ disposi•‹o tambŽm no e-mail e nas redes sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

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(61) 99607-4477

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