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Atenção.
7
É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais
63
33
inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da
55
matrícula.
63
03
F:
O descumprimento dessas vedações implicará o imediato
CP
cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de
,
ra
valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do
ei
infrator.
iv
Ol
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Janine Poggiali Gasparoni e Oliveira, CPF:03635533637, vedada,
por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os
infratores à responsabilização civil e criminal.
J a n i n e P o g g i a l i G a s p a r o n i e O l i v e i r a , C P F : 0 3 6 3 5 5 3 3 6 3 7
PACOTE DE EXERCÍCIOS MPU – ANALISTA PROCESSUAL
AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROFª FLÁVIA BOZZI
Olá, Pessoal!
É um prazer integrar a equipe de professores do Pacote de Exercícios para o concurso
do Ministério Público da União, voltado ao cargo de analista processual, principalmente na
disciplina Direito Processual Civil, que é uma grande paixão minha.
Primeiro, vamos a uma breve apresentação: sou Flávia Bozzi Costa, advogada
formada pela UFRJ com dignidade acadêmica Cum Laude, pós-graduada em Direito Público
e mestranda em Sociologia e Direito pela UFF.
Atuo desde 2005 na edição, revisão, análise e
preparação de livros e apostilas para concursos públicos, já
7
63
tendo publicado os seguintes títulos: “Estatuto dos
Servidores do Estado do Rio de Janeiro” (em coautoria com
33
Cláudio José Silva) e “Direito Processual Civil – Provas
55
Comentadas do Cespe/UnB”, pela Ed. Ferreira. Além
63
desses, em breve publicarei meu terceiro livro: “Direito
03
Processual Civil – Provas Comentadas da FCC”. Exerço
F:
tutoria na Faculdade Direito Rio da Fundação Getulio
CP
Vargas, ministro aulas em cursos preparatórios para
,
concursos online e presenciais e sou coordenadora editorial ra
do segmento de concursos públicos do Selo
ei
Alexandrino.
Ol
e
estilo Certo e Errado. Neste sistema, peculiar à banca do Cespe/UnB, é imprescindível que o
Ga
candidato marque tão somente os itens de que tenha conhecimento, pois um item respondido
de forma incorreta implica perda de pontos correspondentes a um acertado.
i
al
Em nossas aulas, 99% das questões serão extraídas de provas oficiais aplicadas pelo
gi
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7. Do Juiz.
8. Dos atos processuais: da forma dos atos; dos prazos; da comunicação dos atos; das
nulidades.
9. Da formação, suspensão e extinção do processo.
10. Do processo e do procedimento; dos procedimentos ordinário e sumário.
11. Do procedimento ordinário: da petição inicial: requisitos, pedido e indeferimento.
12. Da resposta do réu: contestação, exceções e reconvenção.
13. Da revelia.
7
63
14. Do julgamento conforme o estado do processo.
33
55
15. Das provas: ônus da prova; depoimento pessoal; confissão; provas documental e
63
testemunhal.
03
16. Da audiência: da conciliação e da instrução e julgamento.
F:
17. Da sentença e da coisa julgada.
CP
18. Da liquidação e do cumprimento da sentença.
,
ra
19. Dos recursos: das disposições gerais.
ei
iv
execução para entrega de coisa, execução das obrigações de fazer e de não fazer.
e
22. Do processo cautelar; das medidas cautelares: das disposições gerais; dos procedimentos
on
de provas.
sp
Ga
23. Dos procedimentos especiais: Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil
Pública. Ação de Improbidade Administrativa.
i
al
g gi
Ufa! É tema pra caramba, não? Com certeza vocês devem estar com muitas dúvidas:
Po
“Todo o conteúdo programático será abordado?”; “Cinco aulas serão suficientes?”; “Será
ne
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Terceiro: as questões são selecionadas com base no perfil da instituição organizadora
do concurso (em nosso caso, a banca será o Cespe/UnB) e na radiografia de provas anteriores
(sendo inclusos exercícios que contemplem os temas mais reincidentes nos certames). Quais
os prós e os contras dessa estratégia? Os prós são que você fica fera na resolução das
questões mais comuns e “não perde tempo” com temas pouco prováveis de serem abordados;
o contra é que você não verá aqui (ou verá muito pouco) as questões menos reincidentes nos
concursos.
Quarto: O Direito Processual Civil é tido como uma das matérias mais desafiadoras
para os profissionais do direito, seja em virtude da tecnicidade de seus dispositivos, seja em
função do raciocínio abstrato acurado derivado de suas normas. Nesse sentido, para facilitar
7
a compreensão da matéria, utilizamos uma linguagem direta e objetiva e, sempre que
63
possível, valemo-nos de quadros, esquemas e organogramas para ilustrar os comentários.
33
Contudo, como vamos estudar uma disciplina bastante técnica, há situações em que não dá
55
para fugir: você terá de compreender os termos e institutos jurídicos (e ponto final).
63
Quinto: Se vocês acharem que eu estou sendo muito técnica, basta me avisarem. Mas
03
gostaria de ressaltar que o cargo de analista processual exige do candidato a graduação em
F:
direito, portanto temos um vocabulário jurídico comum, diferentemente de candidatos de
CP
nível médio e de candidatos da área fiscal, certo?
,
ra
Estou sendo transparente com você concurseiro: o sucesso de nossa proposta
ei
dependerá não só de mim, mas principalmente de você, do seu empenho e da sua dedicação.
iv
Ol
Sim, mas daremos enfoque aos temas mais reincidentes nas provas.
Ga
i
Temos um número reduzido de aulas, o que dificulta um pouco o nosso trabalho. Mas
gi
cada aula entre 45 e 60 questões, de modo a abraçar todo o conteúdo sem deixar a
ne
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Uma última dúvida, agora sobre o edital: “serão objeto de questão os tópicos
‘recursos em espécie’ e ‘ação rescisória’”?
Atenção: a princípio, tudo indica que não serão objeto de questão tópicos referentes a
recursos em espécie e ação rescisória, visto que tais institutos não foram expressamente
mencionados no edital. Contudo, não se assuste caso eles sejam abordados na sua prova.
Como assim? É que nas provas da AGU e DPU, o Cespe/UnB inseriu, de forma abusiva e
absurda, itens não explicitados no conteúdo programático. Mesmo sob protestos, de 5
7
63
questões impugnadas apenas uma foi anulada. O argumento utilizado pela banca tem sido o
seguinte: “embora não mencionados expressamente no edital, os institutos podem ser
33
cobrados pois dizem respeito à análise global dos respectivos tópicos inclusos no edital”.
55
63
Não quero sugerir que você estude tais tópicos da mesma forma que estudará aqueles
03
expressos no edital, mas se for o caso, se sobrar um tempinho, não deixe de dar uma olhada
F:
nos recursos em espécie mais cobrados nas provas do Cespe/UnB.
CP
Por cautela, incluirei, com essa ressalva, algumas questões referentes a recursos em
,
espécie e ação rescisória em nossa aula. Se você quiser estudar esses institutos apenas pelas ra
questões de nossa aula, acredito que já estará de bom tamanho.
ei
iv
Ol
que o aluno tente resolvê-las como se estivesse no dia da prova; depois, há o gabarito seco,
ni
para o aluno confrontar sua resposta com o resultado oficial; em seguida, apresentamos o
Ja
enunciado da questão e os nossos comentários, para que o aluno possa confrontar o texto da
questão e a resolução proposta por nós para se chegar ao gabarito correto.
Sugestão: faça a questão antes de olhar nossos comentários. Isso é muito
importante para você simular o dia da prova e verificar como está o seu aprendizado na
matéria.
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PRIMEIRA PARTE – QUESTÕES
1.1 DA JURISDIÇÃO
7
63
33
A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos
55
de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes.
63
03
F:
01. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição, como função soberana do
CP
Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo das disciplinas que
,
ra
constituem o denominado direito privado.
ei
iv
Ol
ordinária e extraordinária.
i
on
ar
comum ou especial.
i
al
06. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Por seu inegável alcance social, a justiça
trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum.
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processo, por órgão do poder judiciário, mediante propositura de ação, visando compor
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33
um litígio não-penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio.
55
63
03
10. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Ao Poder Judiciário, com exclusividade, é atribuída
F:
a função jurisdicional. No exercício dessa função, ao compor os conflitos, seja de
CP
jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes por uma
,
ra
sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e fazem coisa
ei
julgada material.
iv
Ol
e
instrumentalidade.
g gi
Po
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1.2 ACERCA DA AÇÃO, JULGUE OS ITENS A SEGUIR:
7
63
17. (Defensor Público do Estado de São Paulo/2008) Segundo Liebman, “somente
33
poderemos falar em ação quando o processo terminar com um provimento sobre o caso
55
63
concreto, ainda que desfavorável ao autor”. Essa asserção prende-se à qual teoria
03
conceitual do direito de ação?
F:
CP
(A) Concretista relativa.
(B) Instrumental da ação.
,
ra
(C) Abstrata pura.
ei
iv
é adotada pelo CPC – proclama que a jurisdição só pode ser acionada se houver o direito
Ga
material postulado.
i
al
gi
partir da teoria eclética da ação, adotada pelo CPC, no caso de ação de conhecimento
ne
expressa em título executivo extrajudicial válido e vencido, existe carência de ação por
Ja
ausência do interesse de agir, e não improcedência do pedido por falta de direito à tutela
requerida.
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Em relação às condições da ação, julgue os próximos itens.
21. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Para propor
determinada ação judicial, é necessário que a parte autora detenha legitimidade e
interesse de agir e que o pedido deduzido seja juridicamente possível.
7
desenvolvimento. A ausência de qualquer uma dessas condições acarreta a nulidade do
63
33
processo no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferimento liminar da petição inicial.
55
63
03
23. (TRT da 9ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2007) O interesse de agir surge da
F:
necessidade de obter, por meio do processo, a proteção ou reparação de um interesse
CP
substancial, o que impõe a quem o alega a demonstração de uma lesão a esse interesse e a
,
ra
utilidade do provimento jurisdicional pretendido. O interesse que autoriza a propositura
ei
24. (Estagiário de Direito da Defensoria Pública de São Paulo / 2008) A Defensoria Pública
i
on
Urbanismo, ajuizou uma ação civil pública contra a remoção de determinada comunidade
sp
Ga
de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) da cidade de São Paulo. Essa
comunidade estava instalada no local havia 35 anos. Ao despachar a petição inicial, o juiz
i
al
haveria possibilidade jurídica do pedido, uma vez que não há nenhuma lei que assegure
Po
hipotética, o juiz
Ja
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(D) agiu corretamente, porque, como se trata de ação civil pública, não é observada a
oportunização da emenda da inicial antes de se extinguir o processo.
Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito processual civil, julgue o item
abaixo.
25. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/STJ/2008) O ato do presidente de um tribunal que
designa um juiz substituto para atuar em determinado feito, após o juiz titular e seu
7
substituto legal terem afirmado sua suspeição para atuar na ação, não viola o princípio do
63
33
juiz natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes para o julgamento
55
se deu com base em motivo legal (art. 135 do CPC), e não, por ato de exceção.
63
03
F:
CP
PONTO 2. DAS PARTES E PROCURADORES: DA CAPACIDADE
,
ra
PROCESSUAL E POSTULATÓRIA; DOS DEVERES E DA
ei
iv
26. (TJ-SE/Agente notarial/2006) São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer
e
formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações acerca do mérito, pedindo a
ni
improcedência do pedido.
Ja
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29. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A penalidade para aquele que praticar um ato
atentatório ao exercício da jurisdição é de multa de até 20% sobre o valor da causa,
ressalvados os advogados.
7
multa de até 20% do valor da causa.
63
33
55
31. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) A
63
03
formulação de pretensão destituída de fundamento não é descumprimento de dever da
F:
parte, mas regular exercício do direito de defesa em sua total amplitude.
CP
,
ra
32. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) O
ei
como também todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo, ressalvando-
e
PROCESSUAL
i
próprio ou alheio. Têm capacidade de ser parte as pessoas naturais, as jurídicas e os entes
despersonalizados.
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36. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O nascituro não detém capacidade
de ser parte processual.
7
38. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Tem legitimidade ativa
63
33
para agir o titular da pretensão formulada em face de quem é o sujeito passivo dessa
55
mesma pretensão. Essa legitimidade, seja ativa ou passiva, corresponde à capacidade
63
03
processual de ser parte.
F:
CP
39. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) As pessoas casadas não têm capacidade processual, pois
,
ra
elas dependem do consentimento do outro cônjuge para agirem judicialmente em defesa
ei
de seus direitos ou para se defenderem em juízo, salvo quando litigarem entre si.
iv
Ol
e
verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode integrar o polo ativo da
ar
do pretendido direito material subjetivo envolvido na lide. Por exceção e nos casos
Po
3.1 LITISCONSÓRCIO
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agindo assim, estará cerceando o livre acesso ao Poder Judiciário, já que toda pessoa que
se acha no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
7
44. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRT da 5ª Região/2008) A assistência litisconsorcial
63
33
ocorre quando um terceiro vem a juízo afirmando ter interesse imediato na causa, pois a
55
decisão poderá afetar seu patrimônio jurídico, haja vista se relacionar juridicamente com
63
03
a parte que litiga contra aquela a quem deseja assistir.
F:
CP
45. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio necessário simples,
,
ra
sua formação é obrigatória, mas a decisão não será uniforme para todos os litisconsortes.
ei
iv
Ol
não ser uniforme para todos, como regra, vincula aqueles que estão integrados naquela
ar
relação processual.
sp
Ga
aquele que se estabelece por vontade das partes e o litígio pode ser decidido de maneira
g gi
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50. (TRE-MT/Analista Judiciário – Área Administrativa/2010) O litisconsórcio
multitudinário pode ser limitado pelo juiz.
7
litisconsórcio necessário aquele em que, por disposição legal ou pela natureza da relação
63
33
jurídica, o juiz tem de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, é
55
imprescindível que todos os acionistas interessados na anulação da assembleia societária
63
03
participem no polo ativo da ação movida com esse fim.
F:
CP
3.2 ASSISTÊNCIA
,
ra
ei
iv
interessado ingressa no processo como parte passiva, alegando ser o titular da relação
e
não influi na relação jurídica que mantém com o adversário do assistido, porém, mesmo
al
gi
55. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Caso uma pessoa adquira
Ja
um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litígio entre o alienante e terceira pessoa,
o adquirente não poderá substituir o alienante no feito, caso a outra parte não consinta,
porém será possível ao adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, até
porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem
adquire a coisa litigiosa.
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56. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Havendo interesse jurídico em que a sentença proferida seja favorável a uma das partes,
pode o assistente simples aditar a inicial deficiente.
7
autorização para tanto.
63
33
55
58. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
63
03
Intimado do pedido de assistência realizado ao mesmo tempo em que a contestação, o
F:
autor poderá, nos dez dias de que dispõe para apresentar réplica, impugnar esse pedido.
CP
,
ra
59. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) Na
ei
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GABARITO
7
05. C 25. C 45. C
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33
06. E 26. C 46. E
55
07. E 27. E 47. E
63
03
08. E 28. E 48. E
F:
09. C 29. C 49. C
CP
10. E 30. E 50. C
,
ra
ei
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PACOTE DE EXERCÍCIOS MPU – ANALISTA PROCESSUAL
AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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1.1 DA JURISDIÇÃO
7
63
33
55
A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos
63
03
conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens
F:
seguintes.
CP
01. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição, como função
,
ra
soberana do Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo
ei
iv
denominado direito público, e não direito privado, visto que suas normas dizem respeito à
ar
sp
dos entes políticos menores ou que disciplinam as relações entre os cidadãs e estas
gi
organizações políticas.
g
Po
administrativo, leis que estabelecem o vínculo entre servidor público e unidade federativa
ni
Ja
(p.ex. Lei 8.112/90 no âmbito federal), direito penal e processual penal, direito tributário,
direito processual civil etc..
São exemplos de normas de direito privado: direito civil, direito
comercial/empresarial, direito do trabalho (segundo doutrina majoritária) etc.
O Direito Processual Civil é um ramo do Direito Processual que regula a solução de
conflitos de interesses por parte dos órgãos judiciários, quando não há processo especial
previsto para a espécie (por exemplo: processo do trabalho) e à mesma não se aplica o
Direito Processual Penal. Temos então:
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• Jurisdição especial (direito
processual militar e direito
processual eleitoral)
Direito Processual Penal
• Jurisdição comum (todas as
demais causas da seara
Direito
criminal)
Processual
•
7
Jurisdição especial (direito
63
33
processual do trabalho e
55
Direito Processual Civil direito processual eleitoral)
63
03
• Jurisdição comum (todas as
F:
demais causas da seara cível)
CP
,
ra
ei
Gabarito: Errado
iv
Ol
e
ordinária e extraordinária.
ar
sp
No Brasil, a jurisdição é una, não podendo ser dividida. O judiciário uno julga
Ga
causas entre particulares e também causas entre particulares e o Estado, embora a União
i
al
tenha a sua justiça especializada (que é a Justiça Federal). A jurisdição abrange todos os
g gi
diferença de matéria jurídica a ser manipulada pelos juízes, na composição dos litígios,
ne
ni
conduz à necessidade prática de especialização não só dos julgadores, como das próprias
Ja
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Essa ramificação não representa a divisão da jurisdição, mas a sua especialização em
áreas-fim.
Qual a diferença entre jurisdição una e jurisdição dual?
Na jurisdição una (modelo americano aplicado no Brasil), as causas que envolvem o
Estado são julgados pelo Poder Judiciário. Na jurisdição dual (modelo aplicado na França,
Itália, Espanha, Portugal), as causas que envolvem o Poder Público são julgadas por tribunais
administrativos, nos quais os juízes não têm formação jurídica nem qualquer vínculo com o
7
63
Poder Judiciário. Portanto, no modelo dual, existem dentro da própria administração órgãos
33
para a solução de causas ou litígios entre particulares e a administração.
55
63
03
Gabarito: Errado
F:
CP
,
ra
03. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição pode ser classificada
ei
em comum ou especial.
iv
Ol
e
• Jurisdição • Jurisdição
sp
Ga
(UNA)
ne
• Jurisdição eleitoral
Jurisdição
internacional
A jurisdição, do latim jurisdictio (juris = direito + dictio = dizer, logo, dizer o direito)
é, em sentido amplo, o poder de julgar e de aplicar o direito ao caso concreto; é a função
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da soberania do Estado, exercida pelos juízes, consistente em dirimir litígios entre
particulares ou entre o Estado e particulares. Ao dirimir os litígios, o Estado não só aplica
a vontade da lei ao caso concreto, como executa a decisão, ou seja, a jurisdição abrange a
cognição (conhecimento da causa e seus dados) e a execução (fazer cumprir o
determinado pelo juiz ainda que mediante coerção).
Gabarito: Certo
7
63
33
55
04. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Considerando-se a sistemática
63
federativa vigente no Brasil, a justiça comum é dividida em federal e estadual.
03
F:
CP
Correto: a justiça comum é dividida em federal e estadual.
No modelo federativo, há o efetivo implemento de um processo constitucional de
,
ra
ei
tocante à ordem jurisdicional, temos que ela é una, mas passível de especialização para
Ol
jurisdição especial abrange a justiça do trabalho, a justiça militar, a justiça eleitoral. Vale
ar
sp
natureza cível e criminal, a jurisdição especial é a exercida por órgãos judiciários com
g
Po
Gabarito: Certo
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Conforme o art. 1º do CPC, a jurisdição civil, que é o que interessa a nosso estudo,
compreende (abrange) a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária. Correta a
questão.
7
A jurisdição contenciosa é a jurisdição propriamente dita, por meio da qual se chega
63
33
à solução de lides e de conflitos entre as partes. Ela pressupõe controvérsia entre as partes
55
a ser solucionada pelo juiz. Aqui, a relação processual se faz em triângulo (autor-juiz-réu)
63
03
e as partes (autor e réu) apresentam interesses opostos.
F:
A jurisdição voluntária, também chamada de graciosa, é aquela em que não há
CP
propriamente lide ou litígio (pretensão de uma parte resistida por outrem), e sim pedido,
,
ra
requerimento, acordo a ser homologado etc. Aqui, a relação processual não se faz em
ei
iv
Gabarito: Certo
i
on
ar
sp
Gabarito: Errado
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discussão judicial e de pendência ou litígio, promover a composição dos conflitos de
interesses por meio da homologação formal do acordo de vontades.
7
é o juiz quem irá compor (solucionar) o litígio, não se limitando a homologar eventual
63
33
acordo firmado entre as partes.
55
63
03
Vejamos algumas características importantes da JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
F:
(deixarei de fora aspectos que fogem ao conteúdo programático do concurso):
CP
01. Visa à composição de litígios;
,
ra
02. Pressupõe a existência de lide a ser resolvida;
ei
Estado;
Ja
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Gabarito: Errada
7
63
Se durante o procedimento de jurisdição voluntária demonstrar-se a existência de lide,
33
tal procedimento será convertido em contencioso. Oportuno mencionar que a simples
55
63
oposição do interessado ao requerimento não transforma o processo em contencioso,
03
devendo para tanto haver pedido formulado por uma parte em detrimento de outra que
F:
será apreciado pelo juiz e imposto na sentença sobre a vontade do vencido.
CP
De tal modo, existe, nos procedimentos voluntários, a possibilidade de existirem
,
ra
dissensos a respeito de controvérsias secundárias, ainda que haja consenso acerca do
ei
iv
jurisdição voluntária pode haver consenso ou dissenso entre os interessados, mas, jamais,
e
litígio.
i
on
Gabarito: Errada
g gi
Po
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Então, se a questão está incompleta, por que ela não foi anulada? Ela não foi
anulada porque, em razão do vínculo entre o conceito de jurisdição e a função de
solucionar litígios, a doutrina tradicionalmente define jurisdição como uma função estatal
na solução das lides ocorrentes, deixando de lado a abordagem da jurisdição voluntária.
Gabarito: Correta
7
63
33
55
10. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Ao Poder Judiciário, com exclusividade, é
63
atribuída a função jurisdicional. No exercício dessa função, ao compor os conflitos,
03
seja de jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes
F:
CP
por uma sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e
fazem coisa julgada material.
,
ra
ei
iv
ou jurídica.
g gi
Po
contenciosa. Como assim “a sentença substitui a vontade das partes”? Para entender,
ni
Ja
vamos a um exemplo: Se João causa um dano no carro de Pedro, o normal é que eles
acertem consensualmente sobre o custeio das despesas. Se João quer pagar 100 e Pedro
quer receber 1.000, é sinal de que eles não conseguem autocompor o litígio e chegar a um
consenso. Nesse caso, eles podem recorrer ao Poder Judiciário, cuja sentença irá
substituir essa “vontade” das partes. Na jurisdição contenciosa, como não há dissenso
entre as partes, a sentença apenas valida ou homologa a vontade das partes.
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Terceiro: as decisões proferidas na jurisdição contenciosa fazem coisa julgada formal
e material; as decisões proferidas na jurisdição voluntária fazem apenas coisa julgada
formal. Vejamos: coisa julgada formal significa que, dentro do mesmo processo, a
questão não pode ser reaberta após o término do prazo para recurso; coisa julgada
material significa que a mesma questão objeto de decisão não pode ser submetida
novamente a apreciação do Poder Judiciário num novo processo envolvendo as mesmas
partes ou seus sucessores, ou seja, a decisão que resolve a lide torna-se imutável e
7
indiscutível seja no processo em que foi prolatada, seja em qualquer outro que venha a
63
33
ser instaurado.
55
63
03
Gabarito: Errada
F:
CP
,
11. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Constituem ra
ei
indeclinabilidade.
Ol
e
i
correta.
i
al
g gi
Dá-se o nome de jurisdição (do latim juris dictio) à função de compor os litígios, de
Po
declarar o Direito e realizá-lo. A jurisdição civil, aquela que é regulada pelo direito
ne
ni
jurisdição voluntária.
Jurisdição contenciosa é aquela em que o Estado atua na pacificação ou composição
dos litígios; pressupõe controvérsia entre as partes (lide) a ser solucionada pelo juiz. Na
chamada jurisdição voluntária, predomina o caráter administrativo, e o juiz realiza
gestão pública em torno de interesses privados, como nas nomeações de tutores, nas
alienações de bens de incapazes, na extinção do usufruto etc.
Os princípios da jurisdição contenciosa são:
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◆ Princípio do juiz natural (ou da investidura): a jurisdição só pode ser exercida por
juízes ou órgãos colegiados previstos na Constituição Federal, estando proibida a
criação de tribunais de exceção. O juiz natural é aquele regularmente investido e a
quem a causa foi distribuída. Nem mesmo os órgãos hierárquicos superiores podem,
em princípio, suprimir a competência do juiz natural.
7
63
ampliá-los, nem para reduzi-los.
33
◆ Princípio da indeclinabilidade (ou da inafastabilidade): o órgão investido no poder
55
63
de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional, e não a mera faculdade;
03
F:
não pode recusar-se a ela, quando legitimamente provocado, nem pode delegar a
CP
outros órgãos o seu exercício.
,
ra
ei
Gabarito: Certo
iv
Ol
e
instrumentalidade.
sp
Ga
i
al
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será provocado por uma das partes para a composição de um litígio (conflito de
interesses qualificado por uma pretensão resistida) que poderia ter sido primariamente
sanado pelos próprios sujeitos da relação jurídica.
7
63
das partes quando estas não conseguem solucionar o litígio por outras maneiras
33
55
(transação, conciliação, juízo arbitral).
63
◆ Instrumentalidade: a jurisdição é um instrumento de que o direito dispõe para
03
F:
impor-se à obediência dos cidadãos. Ela não é fonte do direito nem um fim em si
CP
mesma, pois apenas se presta à entrega da tutela jurídica ao jurisdicionado, quer
,
ra
declarando qual seja a regra do caso concreto, quer aplicando as ulteriores medidas de
ei
Gabarito: Errado
i
on
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja
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Essa questão está errada porque confunde os princípios do processo civil com os
princípios informativos do procedimento.
Segundo Humberto Theodoro Júnior:
7
I. São informativos do processo:
63
33
1. o princípio do devido processo legal (sede constitucional);
55
2. o princípio inquisitivo e o dispositivo;
63
03
3. o princípio do contraditório (sede constitucional);
F:
4. o princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição;
CP
5. o princípio da boa-fé e da lealdade processual;
,
ra
6. o princípio da verdade real.
ei
iv
Ol
1. o princípio da oralidade;
i
on
assegura aos cidadãos o direito ao processo como uma das garantias individuais.
ni
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o juiz à função de mero espectador. Modernamente, as legislações (assim como
nosso CPS) são mistas. Exemplo: embora a iniciativa da abertura do processo seja
da parte, o seu impulso é oficial.
7
63
33
•
55
princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição: todo ato do juiz
63
que possa prejudicar um direito ou um interesse da parte deve ser recorrível,
03
F:
como meio de evitar ou emendar os erros e falhas que são inerentes aos
CP
julgamentos humanos.
,
ra
ei
maneira geral, apresentam-se empenhados em que o processo seja eficaz, reto, útil
Ol
à sua finalidade. Por esse motivo, a lei fornece ao magistrado poderes para atuar
e
i
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7
exercitada dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade de
63
33
praticar o ato respectivo.
55
63
03
Gabarito: Errado
F:
CP
14. (TRT da 5ª Região/Analista Judiciário/Área Administrativa/2008) O contraditório,
,
ra
ei
à jurisdição.
Ol
e
i
on
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ne
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Gabarito: Errado
7
63
Se a lide é de pretensão resistida por outrem e há necessidade de definir a vontade
33
55
concreta da lei para solucioná-la, o processo a ser aplicado é do de conhecimento (Livro I
63
do Código).
03
F:
Se a lide é de pretensão apenas insatisfeita, em virtude de o direito líquido, certo e
CP
exigível do autor não estar realizado, sua solução será pelo processo de execução (Livro
II do Código). ,
ra
ei
etc.).
ne
ni
Ja
Gabarito: Errado
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1.2 ACERCA DA AÇÃO, JULGUE OS ITENS A SEGUIR:
7
Pela teoria eclética da ação, de Liebman, o direito de ação não está vinculado a uma
63
33
sentença favorável, mas é conexo a uma situação jurídica concreta, pois sua finalidade é
55
dar solução a uma pretensão de direito material. Portanto, a questão está correta. Liebman
63
03
afirma que “trata-se de direito ao provimento jurisdicional, qualquer que seja a natureza
F:
deste – favorável ou desfavorável, justo ou injusto – e, portanto, direito de natureza
CP
abstrata. É, ainda, um direito autônomo (que independe da existência do direito subjetivo
,
ra
material) e instrumental, porque sua finalidade é dar solução a uma pretensão de direito
ei
direito processual.
i
on
Desde o direito romano até o séc. XIX, considerava-se a ação à luz da teoria civilista,
ar
imanentista ou clássica, pela qual a ação é simples aspecto do direito material da parte,
sp
Ga
ou seja, a ação seria o direito de pedir em juízo o que nos é devido (ius quod sibi
i
inevitáveis: não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza do
ne
direito. Desta forma, a ação seria o próprio direito reagindo a uma violação. Esta teoria
ni
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Em 1877, foi criada na Alemanha a teoria abstrata do direito de ação, pela qual a
ação é o direito à composição do litígio pelo Estado, mesmo que a decisão final negue a
procedência do pedido do autor. Como bem define o respeitável Ovídio Baptista, “este é
um direito público subjetivo conferido a todos indistintamente, sendo irrelevante para sua
existência que o autor tenha ou não razão, seja ou não titular do direito posto em causa
perante o magistrado. Tanto aquele que tiver sua demanda declarada procedente quanto o
outro que propusera ação julgada improcedente eram igualmente titulares de um idêntico
7
direito subjetivo público, através do qual impunham ao Estado o cumprimento de sua
63
33
obrigação de prestar jurisdição”.
55
Constitui a teoria eclética do direito de ação, elaborada por Liebman, uma posição
63
03
intermediária entre os dois extremos representados pelas correntes abstratista e
F:
concretista da ação. Essa teoria dá especial destaque às condições da ação – possibilidade
CP
jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade ad causam –, colocadas como
,
ra
verdadeiro ponto de contato entre a ação e a situação de direito material. A falta de uma
ei
iv
das condições mencionadas leva à carência de ação e o juiz deve refutar-se de prover o
Ol
jurisdicional, mas, apenas, o uso das formas para fazer aquela avaliação preliminar, pois
i
on
entre a ação e a jurisdição existe uma exata correlação, não pode haver uma sem a outra.
ar
Neste sentido, afirma Liebman que, só haverá jurisdição quando, ultrapassada essa
sp
Ga
fase de averiguação prévia, constatar o juiz que a causa posta em julgamento está
i
Gabarito: Certo
ne
ni
Ja
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infratores à responsabilização civil e criminal.
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AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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(I) Concretista do direito de ação.
(J) Privatista do direito de ação.
O conceito do direito de ação nem sempre foi o mesmo. Ao longo da história ele sofreu
modificações.
1ª teoria – Teoria privatista do direito de ação: desde o direito romano até o séc.
XIX, considerava-se a ação à luz da teoria civilista, imanentista ou clássica, pela qual
7
63
a ação é simples aspecto do direito material da parte, ou seja, a ação seria o direito de
33
55
pedir em juízo o que nos é devido. Deste conceito resultavam três consequências
63
inevitáveis: não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza
03
do direito. Desta forma, a ação seria o próprio direito reagindo a uma violação. Esta
F:
CP
teoria teve como expoentes Savigny e, entre nós, Clóvis Beviláqua.
,
ra
ei
direito de agir do direito subjetivo material. Nas palavras do jurista alemão referido,
e
material, para Wach era relativa, uma vez que este definia o direito de ação como um
i
al
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4ª teoria – Teoria abstrata pura: Em 1877, foi criada na Alemanha a teoria abstrata
do direito de ação, pela qual a ação é o direito à composição do litígio pelo Estado,
mesmo que a decisão final negue a procedência do pedido do autor. Como bem define
o respeitável Ovídio Baptista, “este é um direito público subjetivo conferido a todos
indistintamente, sendo irrelevante para sua existência que o autor tenha ou não razão,
seja ou não titular do direito posto em causa perante o magistrado. Tanto aquele que
7
tiver sua demanda declarada procedente quanto o outro que propusera ação julgada
63
33
improcedente eram igualmente titulares de um idêntico direito subjetivo público,
55
através do qual impunham ao Estado o cumprimento de sua obrigação de prestar
63
03
jurisdição”.
F:
CP
,
5ª teoria – Teoria instrumental da ação: Levando em conta essas premissas e ra
ei
Tulio Liebman concebeu uma teoria do direito de ação digna de destaque e que
Ol
direito de ação (ou teoria instrumental da ação) uma posição intermediária entre os
i
on
contato entre a ação e a situação de direito material. A falta de uma das condições
gi
mas, apenas, o uso das formas para fazer aquela avaliação preliminar, pois entre a
ni
ação e a jurisdição existe uma exata correlação, não pode haver uma sem a outra.
Ja
Neste sentido, afirma Liebman que, só haverá jurisdição quando, ultrapassada essa
fase de averiguação prévia, constatar o juiz que a causa posta em julgamento está
constituída, no processo, de forma regular e capaz de ensejar uma decisão de mérito
sobre a demanda, mesmo que esta decisão seja contrária ao autor.
Como se percebe, a teoria instrumental é a teoria defendida por Liebman, o que torna
correta a letra (B).
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Gabarito: (B)
Pela teoria eclética da ação – adotada pelo CPC –, a ação é um direito abstrato (direito
7
63
à composição do litígio) que atua autônoma e independentemente do direito material
33
55
pleiteado pela parte. Esta teoria considera a ação como direito:
63
– autônomo: o direito de ação não se confunde com o direito subjetivo material nem
03
F:
depende deste para ser exercitado;
CP
– abstrato: o direito de ação existe independentemente da própria existência do direito
,
ra
material controvertido. Ele é exercitável pela parte para exigir do Estado a obrigação da
ei
de quem o exerce; e
e
Gabarito: Errado
i
al
gi
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condições da ação. Somente após essa análise ele adentrará no exame do mérito da causa,
que poderá resultar na sentença de procedência ou improcedência do pedido.
O reconhecimento da ausência dos pressupostos processuais leva ao impedimento da
instauração da relação processual ou à nulidade processual.
O reconhecimento da ausência das condições da ação (possibilidade jurídica do
pedido, interesse de agir e legitimidade de parte) leva à declaração de carência da ação.
Por fim, o reconhecimento da ausência do direito material subjetivo leva à declaração
7
63
de improcedência do pedido (e não improcedência da ação, como erroneamente se fala na
33
praxe forense). Esquematicamente, temos:
55
63
03
F:
CP
,
ra
ei
iv
Ol
e
i
on
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja
A questão nos informa que o autor possui um título executivo extrajudicial válido e
vencido, logo, ele deveria ingressar diretamente com uma ação executiva para forçar o
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devedor a quitar o débito, e não com uma ação de conhecimento. A ação de
conhecimento caberia somente se o autor não possuísse um título executivo e, portanto,
quisesse provar a existência de um débito em favor seu. Deste modo, como a prestação
jurisdicional não lhe é útil nem necessária para o alcance do bem pretendido (quitação
do débito), não há interesse de agir nem, consequentemente, as condições da ação.
Segundo Ada Pellegrini Grinover, “o fenômeno da carência da ação nada tem a ver
com a existência do direito subjetivo afirmado pelo autor, nem com a possível
7
inexistência dos requisitos, ou pressupostos, da constituição da relação processual
63
33
válida. É situação que diz respeito apenas ao exercício do direito de ação e que
55
pressupõe a autonomia desse direito. Por isso mesmo, incumbe ao juiz, antes de entra
63
03
no exame do mérito, verificar se a relação processual que se instaurou desenvolveu-se
F:
regularmente (pressupostos processuais) e se o direito de ação pode ser validamente
CP
exercido, no caso concreto (condições da ação)”.
,
ra
ei
iv
processual. processual.
sp
Ga
São dados para a análise de viabilidade Importam o cotejo do direito de ação con-
do exercício do direito de ação sob o cretamente exercido com a viabilidade
ponto de vista estritamente processual. abstrata da pretensão de direito material.
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Os pressupostos processuais costumam As condições da ação são três:
ser classificados em: 1. possibilidade jurídica do pedido: o
A) Pressupostos de existência: pedido deduzido deve ser viável em face
a) subjetivos: do direito positivo em vigor.
7
3) representação por advogado.
63
de direito material requerida contra o réu.
33
b) objetivos:
55
2. interesse de agir: refere-se à
1) observância de forma processual
63
necessidade e utilidade da concessão do
03
adequada à pretensão;
F:
provimento jurisdicional para o alcance
2) existência nos autos de mandato con-
CP
do bem da vida pretendido pela parte.
ferido ao advogado;
,
ra
3. legitimidade de parte (legitimatio ad
ei
são aqueles que devem ser atendidos no que se opõe ou resiste à pretensão, sendo
i
al
Gabarito: Certo
Ja
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desaparecer a incerteza gerada pelo conflito de interesses, pouco importanto qual seja
a solução a ser dada pelo juiz”.
Gabarito: Errado
7
63
determinada ação judicial, é necessário que a parte autora detenha legitimidade e
33
55
interesse de agir e que o pedido deduzido seja juridicamente possível.
63
03
F:
Conforme o art. 267, VI, do CPC, temos em nosso ordenamento jurídico as seguintes
CP
condições da ação: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir, e legitimidade
,
ra
de parte. Portanto, a questão está correta.
ei
iv
que existem para verificar se a ação deverá ser admitida ou não; são requisitos-meio
e
para que, admitida a ação, seja julgado o mérito. Partindo-se do pressuposto que o
i
on
direito de ação é o poder jurídico de obter em juízo uma sentença de mérito, isto é,
ar
resulta que, para evitar esse prejuízo, necessita da intervenção dos órgãos
Ja
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afirmado na pretensão; a passiva, ao titular do interesse que se opõe ou resiste à
pretensão.
Gabarito: Certo
7
63
desenvolvimento. A ausência de qualquer uma dessas condições acarreta a nulidade
33
55
do processo no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferimento liminar da petição
63
inicial.
03
F:
CP
A questão apresenta dois erros conceituais:
Primeiro: os pressupostos processuais, e não as condições da ação, tornam possível o
,
ra
ei
Ensina Ada Pellegrini Grinover que “o fenômeno da carência da ação nada tem a ver
gi
com a existência do direito subjetivo afirmado pelo autor, nem com a possível
g
Po
válida. É situação que diz respeito apenas ao exercício do direito de ação e que
ni
Ja
pressupõe a autonomia desse direito. Por isso mesmo, incumbe ao juiz, antes de entra no
exame do mérito, verificar se a relação processual que se instaurou desenvolveu-se
regularmente (pressupostos processuais) e se o direito de ação pode ser validamente
exercido, no caso concreto (condições da ação)”.
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1. possibilidade jurídica do pedido: o pedido deduzido deve ser viável em face do
direito positivo em vigor.
a) pedido imediato: refere-se à tutela jurisdicional requerida ao Estado;
b) pedido mediato: refere-se à providência de direito material requerida contra o réu.
2. interesse de agir: refere-se à necessidade e utilidade da concessão do provimento
jurisdicional para o alcance do bem da vida pretendido pela parte.
3. legitimidade de parte (legitimatio ad causam): refere-se à legitimação dos sujeitos,
7
63
de acordo com a lei, para atuarem no processo como partes. A legitimação ativa caberá
33
55
ao titular do interesse afirmado na pretensão (petição inicial), e a passiva ao titular do in-
63
teresse que se opõe ou resiste à pretensão, sendo que, excepcionalmente, admite-se a
03
substituição processual da parte.
F:
CP
,
ra
Gabarito: Errado
ei
iv
Ol
Gabarito: Certo
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petição inicial, o juiz a indeferiu, extinguindo o processo sem resolução do mérito,
ao fundamento de que não haveria possibilidade jurídica do pedido, uma vez que
não há nenhuma lei que assegure expressamente a pretensão do autor em não
remover uma comunidade.Nessa situação hipotética, o juiz
(E) agiu corretamente, já que a possibilidade jurídica do pedido, segundo a
doutrina majoritária, é aferida somente se houver previsão expressa do
pedido postulado na ação.
7
63
(F)não agiu corretamente, pois, em caso de impossibilidade jurídica do pedido,
33
sempre é necessário determinar ao autor a emenda da petição inicial.
55
(G) não agiu corretamente, pois, segundo a doutrina majoritária, a possibilidade
63
03
jurídica do pedido afere-se a contrario sensu, ou seja, é juridicamente
F:
possível tudo aquilo que a lei não vede expressamente.
CP
(H) agiu corretamente, porque, como se trata de ação civil pública, não é
,
ra
observada a oportunização da emenda da inicial antes de se extinguir o
ei
iv
processo.
Ol
e
intentar uma ação pedindo uma providência que não esteja, em tese ou abstratamente,
ar
sp
sempre haverá possibilidade jurídica do pedido. Por outro lado, há quem defenda que se
gi
não existir vedação expressa quanto àquilo que se está pedindo em juízo então haverá
g
Po
possibilidade jurídica do pedido. Esse segundo posicionamento foi o adotado pela banca
ne
do Cespe/UnB.
ni
Ja
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Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito processual civil, julgue o item
abaixo.
25. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/STJ/2008) O ato do presidente de um tribunal
que designa um juiz substituto para atuar em determinado feito, após o juiz titular e
seu substituto legal terem afirmado sua suspeição para atuar na ação, não viola o
princípio do juiz natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes
para o julgamento se deu com base em motivo legal (art. 135 do CPC), e não, por
7
63
ato de exceção.
33
55
63
Caso o juiz titular e seu substituto legal afastem-se do julgamento da lide por motivo
03
de suspeição, caberá ao presidente do tribunal a que eles estão subordinados designar um
F:
CP
juiz substituto para atuar em determinado feito. Tal atitude não viola o princípio do juiz
,
natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes para o julgamento se ra
ei
Pelo princípio do juiz natural, só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que a
Ol
modo que não é dado ao legislador ordinário criar juízes ou tribunais de exceção, para
ar
sp
julgamento de certas causas, nem tampouco dar aos organismos judiciários estruturação
Ga
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Gabarito: Certo
26. (TJ-SE/Agente notarial/2006) São deveres das partes e de todos aqueles que de
7
qualquer forma participam do processo submeter-se às ordens contidas nos
63
33
provimentos judiciais de natureza mandamental e assegurar exequibilidade dos
55
provimentos judiciais. Ressalvados os advogados, e nos atos restritos à sua atividade
63
03
profissional, o desatendimento desse dever constitui ato atentatório ao exercício de
F:
jurisdição.
CP
,
ra
As partes e todos aqueles que participam do processo (terceiro interessado,
ei
iv
litisconsorte, oponente, assistente técnico, por exemplo) têm o dever de colaborar para
Ol
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma
gi
participam do processo:
g
Po
III – não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são
destituídas de fundamento;
IV – não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à decla-
ração ou defesa do direito;
V – cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou
final.
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Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente
aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui
ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das
sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa
em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo
estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a
7
multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.
63
33
55
63
Gabarito: Certo
03
F:
CP
27. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade jurídica do
,
ra
ei
pedido formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações acerca do mérito,
iv
toda a matéria de direito e de fato para afastar o pedido pleiteado pelo autor na inicial.
sp
Então, antes de impugnar o mérito do pedido, ele deve alegar, se for o caso, as
Ga
Por esse motivo, é da praxe jurídica o réu apontar, na contestação, em sede preliminar,
ne
Gabarito: Errada
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estará configurado o descumprimento de um dever da parte, o mesmo não
ocorrendo se o provimento for meramente antecipatório.
Ficará configurado o descumprimento de um dever da parte se esta criar
embaraço tanto à efetivação de um provimento judicial final como a um provimento
de natureza antecipatória (art. 14, V, CPC).
Gabarito: Errado
7
63
29. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A penalidade para aquele que praticar um ato
33
55
atentatório ao exercício da jurisdição é de multa de até 20% sobre o valor da causa,
63
ressalvados os advogados.
03
F:
Constituem ato atentatório ao exercício da jurisdição descumprir os provimentos
CP
mandamentais e criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza
antecipatória ou final. Cabe ao juiz reprimir atos que atentem contra a dignidade da ,
ra
ei
Justiça, podendo aplicar sobre os infratores multa de até 20% do valor da causa.
iv
Ol
Gabarito: Certo
e
i
on
Gabarito: Errado
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31. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
A formulação de pretensão destituída de fundamento não é descumprimento de
dever da parte, mas regular exercício do direito de defesa em sua total amplitude.
São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do
processo não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento (art. 14, III, do CPC).
7
63
33
55
Gabarito: Errado
63
03
F:
32. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
CP
O dever de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais atinge não só as
,
ra
partes, como também todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo,
ei
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma
g
Po
participam do processo:
ne
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Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente
aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui
ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das
sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa
em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo
estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a
7
multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.
63
33
55
63
Gabarito: Certa
03
F:
CP
2.2 DA CAPACIDADE DE SER PARTE E DA CAPACIDADE
,
ra
PROCESSUAL
ei
iv
Ol
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Gabarito: Certo
7
63
A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade processual,
33
motivo pelo qual a questão está errada.
55
63
A capacidade para ser parte é um elemento genérico, relacionando-se com a
03
capacidade de gozo ou de direito. Tem capacidade de ser parte quem é sujeito de
F:
direitos e obrigações na órbita civil, a saber: as pessoas naturais e as pessoas
CP
jurídicas, de direito público ou privado, e os entes despersonalizados (massa falida,
,
ra
espólio, herança vacante ou jacente, massa do insolvente civil, as sociedades sem
ei
iv
judiciária.
i
on
Não tem capacidade processual quem não dispõe de aptidão para praticar os
al
gi
atos da vida civil, como os menores e os alienados mentais, por esse motivo, eles
g
Po
serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei
ne
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Exemplo: o recém-nascido é parte na ação de investigação de paternidade,
mas, por não ter capacidade processual, é representado pela mãe.
Art. 7º do CPC. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem
capacidade para estar em juízo.
Art. 8º do CPC. Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,
tutores ou curadores, na forma da lei civil.
7
63
Art. 3º do CC. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
33
55
da vida civil:
63
I – os menores de dezesseis anos;
03
F:
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
CP
discernimento para a prática desses atos;
,
ra
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
ei
iv
exercer:
e
IV – os pródigos.
g gi
Gabarito: Errado
Po
ne
ni
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mentais) serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na
forma da lei civil (art. 8º do CPC c/c arts. 5º e 40 do Código Civil).
7
63
33
55
Art. 7º do CPC. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem
63
capacidade para estar em juízo.
03
F:
Art. 8º do CPC. Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,
CP
tutores ou curadores, na forma da lei civil.
,
ra
ei
Gabarito: Errado
iv
Ol
e
como autor ou como réu. Representando o nascituro, pode a mãe propor a ação, e
al
gi
nascendo ele com vida, será investido na titularidade da pretensão de direito material.
g
Po
de cujus. Segundo o art. 7º do CPC, toda pessoa que se acha no exercício dos seus
ni
direitos tem capacidade para estar em juízo. Sabemos que, de acordo com a lei civil, a
Ja
personalidade da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde
a concepção, os direitos do nascituro (art. 2º do CC).
Desse modo, embora o nascituro não tenha personalidade civil, ele poderá,
representado pela mãe (ou até mesmo pelo Ministério Público), ser parte no processo,
assumindo, após o nascimento com vida, a titularidade do direito material.
Gabarito: Errado
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Se no processo uma das partes for absolutamente incapaz, ela deverá ser
regularmente representada; se for relativamente incapaz, deverá ser assistida. Em
7
ambos os casos haverá, ainda assim, a necessidade de intervenção do Ministério
63
33
Público, sob pena de nulidade do processo (arts. 82, I, e 84 do CPC). Por esse motivo,
55
a questão está errada.
63
03
Não se pode confundir os termos intervenção e representação. O primeiro
F:
significa o ato pelo qual uma pessoa (interventor) interfere num processo entre duas
CP
outras pessoas; o segundo significa o ato pelo qual uma pessoa (mandatário) atua em
,
ra
nome de outra. São exemplos de intervenção de terceiros: a assistência (arts. 50 a 55),
ei
iv
oriundas diretamente da lei (como a do titular do pátrio poder em relação aos filhos
sp
Ga
menores).
i
al
gi
Gabarito: Errado
g
Po
ne
ativa para agir o titular da pretensão formulada em face de quem é o sujeito passivo
dessa mesma pretensão. Essa legitimidade, seja ativa ou passiva, corresponde à
capacidade processual de ser parte.
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processo como partes. A legitimação ativa caberá ao titular do interesse afirmado na
pretensão (petição inicial), e a passiva ao titular do interesse que se opõe ou resiste à
pretensão, sendo que, excepcionalmente, admite-se a substituição processual da parte.
Já a capacidade processual ou legitimidade para o processo ou capacidade para estar
em juízo é um pressuposto processual e consiste na aptidão de participar de uma relação
processual específica, em nome próprio ou alheio.
Por exemplo: o recém-nascido tem legitimidade para a causa (condição da ação), mas
7
63
não legitimidade para o processo ou capacidade para estar em juízo (pressuposto processual).
33
55
63
Gabarito: Errada
03
F:
CP
39. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) As pessoas casadas não têm capacidade
,
ra
processual, pois elas dependem do consentimento do outro cônjuge para agirem
ei
questão está errada. Elas geralmente independem de outorga do outro cônjuge para
sp
Ga
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IV - que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de
ônus sobre imóveis de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos
praticados.
Gabarito: Errado
7
63
33
55
40. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Em ação que
63
verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode integrar o polo
03
F:
ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de configurar-se a sua
CP
incapacidade processual, e não a sua ilegitimidade ad causam.
,
ra
ei
Temos aqui uma boa questão que distingue corretamente legitimidade para a
iv
Ol
(petição inicial). Tem legitimidade para propor ação quem for o detentor do direito
ar
material controvertido.
sp
Ga
Para a propositura de ações que versem sobre direitos reais imobiliários, terá
i
usucapião). Caso o interessado seja casado, para que ele detenha capacidade para estar
ne
em juízo, ele deverá obter o consentimento do outro cônjuge (art. 10, caput, do CPC).
ni
para a legitimidade ativa), pois ele se refere a uma aptidão para participar de uma
relação processual específica, que são as causas que versem sobre direitos reais
imobiliários.
Gabarito: Certo
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41. (TJ-SE/Agente notarial/2006) Em regra, a titularidade da ação vincula-se à
titularidade do pretendido direito material subjetivo envolvido na lide. Por exceção
e nos casos expressamente autorizados em lei, admite-se a substituição processual,
que consiste em demandar a parte, em nome próprio e seu interesse, em defesa de
pretensão alheia.
A questão está correta. A regra e que ninguém pode pleitear, em nome próprio,
7
63
direito alheio, ou seja, em princípio, tem legitimidade para propor ação quem for o
33
detentor do direito material controvertido. Entretanto, a lei, em casos excepcionais,
55
63
autoriza a propositura da ação por pessoa estranha à relação jurídica. Nesse caso, diz-
03
se que ocorre a substituição processual ou legitimação extraordinária. Exemplo: na
F:
ação de investigação de paternidade, o Ministério Público tem legitimidade para a
CP
propositura da ação; na ação civil pública, o Ministério Público e outras pessoas
,
ra
elencadas na Lei 7.347/85 têm legitimidade para propor, em nome próprio, ação
ei
iv
Gabarito: Certo
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
3.1 LITISCONSÓRCIO
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Consiste o litisconsórcio multitudinário numa espécie de litisconsórcio
facultativo recusável, ou seja, a formação do litisconsórcio não é obrigatória nem
necessária, por isso o juiz poderá limitar o número de litigantes, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa (art. 46, parágrafo
único). Portanto, a questão está errada.
Litisconsórcio é a designação dada ao fenômeno processual de pluralidade de
partes em uma lide. Diz-se ativo quando a pluralidade for de autores, passivo quando
7
for de réus e misto quando for de autores e réus. A figura do litisconsórcio se apoia na
63
33
necessidade de evitar julgamentos contraditórios e, ainda, no princípio da economia
55
processual.
63
03
Costumavam-se distinguir três tipos de litisconsórcios: necessário ou in-
F:
dispensável, facultativo próprio e facultativo impróprio. Atualmente, o CPC prevê
CP
apenas dois: o facultativo (art. 46) e o necessário (art. 47).
,
ra
ei
fundamento de fato ou de direito; quando houver conexão entre as causas pelo objeto
i
on
ou pela causa de pedir; quando houver afinidade de questões por um ponto comum de
ar
sp
preenchidos os requisitos legais, nem o juiz nem a parte oposta podem recusar o
gi
multitudinário, por exemplo, o elevado número de integrantes num dos pólos pode
acarretar dificuldades de ordem prática ao andamento do processo, sendo
recomendado o desmembramento da ação ou a limitação do número de litisconsortes.
O litisconsórcio necessário é aquele que decorre de expressa determinação
legal (lides relativas a dívida solidária; obrigação indivisível; condomínio; composse;
usucapião etc.) ou da própria natureza da relação jurídica controvertida (ação
pauliana, que deve ser proposta contra ambas as partes do contrato; ação de dissolução
de sociedade, que deve ser exercida contra todos os sócios etc.). Não se admite a
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figura do litisconsórcio necessário ativo, pois pelo princípio do direito de ação não se
pode constranger alguém a litigar num processo como autor.
Quanto à uniformidade da decisão, pode-se classificar o litisconsórcio em
simples e unitário. O litisconsórcio é simples quando a decisão, embora proferida no
mesmo processo, não tiver de ser uniforme para todos os que figuram no mesmo pólo
da relação processual. O litisconsórcio é unitário quando a demanda tiver de ser
decidida de forma idêntica para todos os litisconsortes.
7
63
33
Do Litisconsórcio e da Assistência
55
63
Do Litisconsórcio
03
F:
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em
CP
conjunto, ativa ou passivamente, quando:
,
ra
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à
ei
lide;
iv
Ol
de direito;
i
on
III – entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
ar
sp
Em síntese, temos:
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Litisconsórcio
Quanto à Facultativo Necessário ou obrigatório
obrigatorie- a) Recusável: O juiz poderá Decorre de expressa
dade da limitar o número de litigantes, determinação legal ou da
formação quando este comprometer a própria natureza da relação
rápida solução do litígio ou jurídica controvertida (art. 47).
dificultar a defesa (art. 46, Não se admite a figura do
parágrafo único). Ex.: litisconsórcio necessário ativo.
litisconsórcio multitudinário.
b) Irrecusável: Preenchidos os
7
63
requisitos legais, nem o juiz nem
33
a parte oposta podem recusar o
55
litisconsórcio (art. 46, caput).
63
Quanto à Simples Unitário Simples Unitário
03
uniformida A formação do A formação A formação A formação do
F:
de da litisconsórcio não do do litisconsórcio é
CP
decisão é obrigatória e a litisconsórci litisconsórci obrigatória e a
,
decisão não é uni- o não é o
ra é decisão é
forme para todos obrigatória, obrigatória, uniforme para
ei
uniforme é uniforme
e
litisconsortes litisconsortes
on
. .
ar
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processo e todos deverão ser
intimados dos respectivos atos.
Gabarito: Errado
7
63
relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as
33
55
partes.
63
A questão reproduz o disposto no art. 47 do CPC:
03
F:
Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza
CP
da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas
,
ra
as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos
ei
os litisconsortes no processo.
iv
Ol
extinto o processo.
ar
cuja observância não será eficaz a sentença, seja por exigência da própria lei, seja pela
i
modo uniforme para todas as partes, hipótese que só ocorre com o litisconsórcio
ni
passivo.
Ja
Gabarito: Certo
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se relacionar juridicamente com a parte que litiga contra aquela a quem deseja
assistir.
Assistente litisconsorcial é aquele que vem a juízo alegando ter interesse
imediato na causa em virtude de a decisão poder influir na relação jurídica entre ele e
o adversário do assistido. Portanto, a questão está correta.
Segundo Humberto Theodoro Jr., embora o Código de Processo Civil tenha
optado por tratar da assistência junto ao litisconsórcio e fora do capítulo “Intervenção
7
63
de Terceiros”, esse instituto é caso típico de intervenção voluntária de terceiro, mesmo
33
quando este é considerado litisconsorte da parte principal. O assistente não é parte da
55
63
relação processual tão só age como coadjuvante, auxiliando uma das partes a obter
03
vitória no processo, sem defender direito próprio, embora tenha interesse indireto a
F:
proteger. São pressupostos da assistência: a existência de uma relação jurídica entre
CP
uma das partes e o terceiro (assistente); e a possibilidade de vir a sentença a influir na
,
ra
referida relação.
ei
iv
tência é adesiva ou simples (art. 50) quando o terceiro intervém para auxiliar uma das
e
contra o locatário para prestar auxílio a este. A assistência é litisconsorcial (art. 54)
Ga
quando o terceiro atua na defesa de direito próprio, e não como mero assistente, pois
i
al
mantém relação jurídica própria com o adversário da parte assistida. Segundo o art. 54
gi
É o caso, por exemplo, do herdeiro que intervém na ação em que o espólio é parte
ni
representada pelo inventariante. A sentença a ser proferida perante o espólio não terá
Ja
apenas efeito reflexo para o herdeiro, mas efeito direto sobre seu direito na herança
litigiosa, motivo pelo qual ele atua na condição de assistente litisconsorcial do espólio.
Portanto, nas palavras do desembargador do Tribunal de Justiça de Minas
Gerias Edésio Fernandes, “sem que se demonstre, por parte do terceiro, interesse
jurídico na vitória da parte assistida; sem que se mostre que a sentença poderá
influir, direta ou indiretamente, na relação jurídica do terceiro com uma das partes,
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não há que se falar em assistência, quer como intervenção simplesmente adesiva,
quer como intervenção autônoma, litisconsorcial”.
Da Assistência
Assistente simples
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver
interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá
7
63
intervir no processo para assisti-la.
33
55
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de
63
procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o
03
F:
processo no estado em que se encontra.
CP
Assistente litisconsorcial
,
ra
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez
ei
do assistido.
e
Gabarito: Certo
Ga
i
al
simples, sua formação é obrigatória, mas a decisão não será uniforme para todos os
g
Po
litisconsortes.
ne
ni
Ja
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processo, não tiver de ser uniforme para todos os que figuram no mesmo pólo da
relação processual. Portanto, correta a questão.
Gabarito: Certo
7
63
apesar de não ser uniforme para todos, como regra, vincula aqueles que estão
33
55
integrados naquela relação processual.
63
03
No litisconsórcio necessário, é indispensável a participação de todos os consortes. A
F:
CP
questão está errada ao afirmar que a decisão do litígio não é uniforme para todos.
Como vimos, a decisão pode não ser uniforme para todos (litisconsórcio necessário
,
ra
ei
unitário). Embora possa ser uniforme ou não para todos, a decisão vincula aqueles
Ol
que estão integrados na relação processual. Para a sentença ter eficácia, o autor
e
i
Gabarito: Errado
Ga
i
al
facultativo é aquele que se estabelece por vontade das partes e o litígio pode ser
Po
O litisconsórcio facultativo é aquele que se estabelece por vontade das partes, não
sendo obrigatório. O litígio pode ser decidido de maneira diferente para cada uma
delas (sendo denominado litisconsórcio simples) ou deve ser decidido de maneira
idêntica/uniforme para todas as partes (sendo denominado litisconsórcio unitário).
Portanto, a questão está errada.
Gabarito: Errado
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7
bens imóveis, a confissão de um cônjuge não valerá sem a confissão do outro).
63
33
No litisconsórcio simples, os litisconsortes são considerados em suas relações
55
com a parte adversa como litigantes distintos. Dessa forma, os atos e as omissões de
63
03
um não prejudicarão nem beneficiarão os outros, uma vez que o desfecho da ação
F:
não é necessariamente uniforme para todos.
CP
No litisconsórcio necessário, teremos de analisar se ele é simples ou unitário.
,
ra
Se for simples, aplica-se a regra acima; se for unitário, a regra é diferente: como no
ei
iv
Gabarito: Errado
ne
ni
Ja
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Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados,
em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as
omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.
7
63
do artigo 48 do CPC. Sendo unitário, como a decisão tem de ser uniforme para todos
33
os litisconsortes, os atos benéficos praticados por um dos litisconsortes beneficiam a
55
63
todos os demais.
03
F:
CP
Gabarito: Certo
,
ra
ei
necessária, por isso o juiz poderá limitar o número de litigantes, quando este
i
Gabarito: Certo
ni
Ja
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Primeiro: quanto à capacidade processual dos cônjuges
As pessoas casadas têm capacidade processual plena, não dependendo de
outorga do outro cônjuge para agirem judicialmente em defesa de seus direitos ou
para se defenderem em juízo. Entretanto, o art. 10 do CPC elenca algumas exceções:
1. Para a propositura de ações que versem sobre direitos reais imobiliários, o
cônjuge necessita do consentimento do outro. Não se trata de litisconsórcio
necessário ativo, uma vez que não se pode constranger alguém a demandar
7
63
como autor, mas tão só de consentimento, que pode ser suprido pelo juiz
33
em caso de recusa injustificada pelo outro cônjuge (art. 11 do CPC).
55
63
2. Para assumirem a posição de réus em determinadas ações (que versem
03
sobre direitos reais imobiliários; sobre fatos que digam respeito a ambos os
F:
cônjuges etc.), ambos os cônjuges deverão ser citados, sob pena de
CP
nulidade do processo. Essas hipóteses caracterizam litisconsórcio
,
ra
necessário passivo.
ei
iv
Ol
III - fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja
execução tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus
ne
ni
bens reservados;
Ja
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Basta conhecer – e entender – esse dispositivo (art. 10 do CPC) para
identificarmos que a questão está errada. Mas vamos comentar o segundo ponto, que é
o instituto do litisconsórcio necessário, mencionado no enunciado.
Segundo: quanto ao litisconsórcio necessário
O litisconsórcio necessário ou obrigatório decorre de expressa determinação
legal ou da própria natureza da relação jurídica controvertida (art. 47). Não se admite,
em nenhuma hipótese, a figura do litisconsórcio necessário ativo, pois pelo princípio
7
63
da demanda não se pode constranger alguém a figurar como autor em um processo.
33
Gabarito: Errado
55
63
03
F:
52. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Sendo o
CP
litisconsórcio necessário aquele em que, por disposição legal ou pela natureza da
,
ra
relação jurídica, o juiz tem de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes,
ei
necessário ativo. A justificativa está no princípio do direito de ação, pelo qual não se
on
ar
Gabarito: Errado
al
g gi
Po
3.2 ASSISTÊNCIA
ne
ni
Ja
A questão está errada porque na assistência simples o terceiro não alega ser o
titular da relação jurídica disputada nem requer a improcedência da ação. O assistente
simples visa à vitória do assistido, tendo em vista o reflexo que a decisão pode ter em
relação jurídica existente entre eles.
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Na assistência simples, o terceiro ingressa no feito afirmando-se titular de
relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida. O interesse jurídico do
terceiro reflete-se na circunstância de manter este, com o assistido, relação jurídica
que poderá ser afetada a depender do julgamento da causa. O terceiro intervém apenas
para ser auxiliar, não requerendo qualquer vínculo jurídico com o adversário da parte.
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que
7
63
tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá
33
intervir no processo para assisti-la.
55
63
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de
03
procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o
F:
CP
processo no estado em que se encontra.
,
ra
ei
Gabarito: Errado
iv
Ol
e
feito não influi na relação jurídica que mantém com o adversário do assistido,
sp
Ga
dá quando, numa causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro que tiver interesse
ni
jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas intervém no processo para
Ja
prestar-lhe colaboração.
Na assistência simples (art. 50 do CPC), o terceiro intervém tão somente para
coadjuvar uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio; por
exemplo, numa ação de despejo movida contra o locatário, em razão do fato de a
sentença poder influir na sublocação, pode o sublocatário ingressar como assistente do
réu.
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Na assistência litisconsorcial (art. 54 do CPC), o terceiro intervém na defesa
direta de direito próprio contra o adversário do assistido, pois a sentença proferida terá
efeito imediato sobre seu direito; por exemplo, numa ação em que o espólio é parte
representada pelo inventariante, pode o herdeiro intervir como litisconsorte, pois a
sentença proferida perante o espólio não terá apenas reflexos para o herdeiro, mas
efeito direto sobre seu direito na herança litigiosa.
Intimado do pedido de assistência, o autor deverá impugnar esta pretensão
7
dentro de 5 dias (art. 51 do CPC), podendo apenas alegar a falta de interesse jurídico
63
33
do terceiro para intervir a favor do assistido.
55
63
03
Gabarito: Certo
F:
CP
,
ra
55. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Caso uma pessoa
ei
adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litígio entre o alienante e
iv
terceira pessoa, o adquirente não poderá substituir o alienante no feito, caso a outra
Ol
parte não consinta, porém será possível ao adquirente ingressar no feito como
e
i
assistente do alienante, até porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus
on
ar
A questão está correta. Vimos que caso uma pessoa adquira um bem cuja
i
al
adquirente poderá substituir o alienante no feito caso a outra parte consinta, ocorrendo
Po
(simples) do alienante, porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites
usuais para atingir, de forma indireta, quem adquire a coisa litigiosa (art. 42, § 2º, do
CPC).
Gabarito: Certo
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56. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Havendo interesse jurídico em que a sentença proferida seja favorável a uma das
partes, pode o assistente simples aditar a inicial deficiente.
A assistência é uma modalidade de intervenção que se dá quando, numa causa
entre duas ou mais pessoas, o terceiro que tiver interesse jurídico em que a sentença
seja favorável a uma delas intervém no processo para prestar-lhe colaboração. São
dois os pressupostos de admissibilidade:
7
63
1º existência de relação jurídica entre uma das partes e o terceiro assistente;
33
2º possibilidade de a sentença influir na relação existente entre a parte e o
55
63
terceiro.
03
Vale destacar que não cabe assistência nos Juizados Especiais nem no pro-
F:
CP
cesso de execução, salvo se houver, neste último, embargos de terceiro.
Segundo Humberto Theodoro Jr., tem-se a assistência simples (art. 50 do ,
ra
ei
CPC) quando o terceiro intervém tão somente para coadjuvar uma das partes a obter
iv
sentença favorável, sem defender direito próprio; por exemplo, numa ação de despejo
Ol
defesa direta de direito próprio contra uma das partes, tem-se a assistência
sp
litisconsorcial (art. 54 do CPC); por exemplo, numa ação em que o espólio é parte
Ga
sentença proferida perante o espólio não terá apenas reflexos para o herdeiro, mas
gi
Gabarito: Errada
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contrárias ao aborto requeira sua admissão como assistente simples em ação na qual
se requeira autorização para tanto.
Para que se admita a intervenção de terceiro como assistente (simples ou
litisconsorcial), devem estar presentes os pressupostos de admissibilidade, a saber: (1)
existência de relação jurídica entre uma das partes e o terceiro assistente; e (2)
possibilidade de a sentença influir na relação existente entre as partes e o terceiro.
Portanto, deve ficar demonstrado o interesse jurídico do terceiro para interferir no
7
processo como coadjuvante do assistido, o que não ocorre com a instituição religiosa.
63
33
O interesse meramente moral, afetivo, ideológico não justifica a intervenção do
55
terceiro como assistente.
63
03
F:
CP
Gabarito: Errada
,
ra
ei
o autor poderá, nos dez dias de que dispõe para apresentar réplica, impugnar esse
e
i
pedido.
on
ar
dentro de 5 dias (art. 51 do CPC), podendo apenas alegar a falta de interesse jurídico
Ga
Gabarito: Errada
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direito próprio (litisconsórcio), mas apenas se prevenindo contra reflexos indiretos da
sentença em seu patrimônio.
Gabarito: Errada
7
63
condôminos poderão ingressar no feito como assistentes litisconsorciais, já que a
33
55
discussão poderá influir na relação jurídica deles com o adversário do assistido.
63
Certa. Na ação reivindicatória promovida por um dos condôminos de um
03
F:
imóvel, podem os demais ingressar na demanda como litisconsortes do autor, uma vez
CP
que a sentença poderá influir na relação jurídica existente entre eles e o adversário do
assistido e terá influência direta sobre o direito material dos assistentes (art. 1.314 do,
ra
ei
CC).
iv
Ol
e
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver
i
on
assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece
ni
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Parágrafo único. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de
intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.
Gabarito: Certa
7
Muito bem, pessoal, por hoje é só! Estarei disponível no fórum do Ponto dos Concursos
63
para sanar dúvidas no entendimento das questões. Até a próxima aula.
33
55
63
03
Professora Flávia Bozzi
F:
CP
flaviabozzi@pontodosconcursos.com.br
,
ra
ei
iv
Ol
e
i
on
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja
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