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J a n i n e P o g g i a l i G a s p a r o n i e O l i v e i r a , C P F : 0 3 6 3 5 5 3 3 6 3 7

Ponto dos Concursos


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Atenção.

O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo


nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por
quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição.

7
É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais

63
33
inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da

55
matrícula.

63
03
F:
O descumprimento dessas vedações implicará o imediato

CP
cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de
,
ra
valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do
ei

infrator.
iv
Ol

Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e


e
i

CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material,


on
ar

recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora.


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Ga
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Po
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ni
Ja

O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Janine Poggiali Gasparoni e Oliveira, CPF:03635533637, vedada,
por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os
infratores à responsabilização civil e criminal.
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PACOTE DE EXERCÍCIOS MPU – ANALISTA PROCESSUAL 
AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
PROFª FLÁVIA BOZZI  
 
Olá, Pessoal!
É um prazer integrar a equipe de professores do Pacote de Exercícios para o concurso
do Ministério Público da União, voltado ao cargo de analista processual, principalmente na
disciplina Direito Processual Civil, que é uma grande paixão minha.
Primeiro, vamos a uma breve apresentação: sou Flávia Bozzi Costa, advogada
formada pela UFRJ com dignidade acadêmica Cum Laude, pós-graduada em Direito Público
e mestranda em Sociologia e Direito pela UFF.
Atuo desde 2005 na edição, revisão, análise e
preparação de livros e apostilas para concursos públicos, já

7
63
tendo publicado os seguintes títulos: “Estatuto dos
Servidores do Estado do Rio de Janeiro” (em coautoria com

33
Cláudio José Silva) e “Direito Processual Civil – Provas

55
Comentadas do Cespe/UnB”, pela Ed. Ferreira. Além

63
desses, em breve publicarei meu terceiro livro: “Direito

03
Processual Civil – Provas Comentadas da FCC”. Exerço

F:
tutoria na Faculdade Direito Rio da Fundação Getulio

CP
Vargas, ministro aulas em cursos preparatórios para
,
concursos online e presenciais e sou coordenadora editorial ra
do segmento de concursos públicos do Selo
ei

GEN/Forense/Método/Vicente Paulo & Marcelo


iv

Alexandrino.
Ol
e

Como nosso curso é desenvolvido?


i
on

Nosso conteúdo programático está delimitado pelo Edital n. 1 – PGR/MPU, de


ar

30/06/2010, organizado pelo Cespe/UnB. As questões de sua prova serão formatadas no


sp

estilo Certo e Errado. Neste sistema, peculiar à banca do Cespe/UnB, é imprescindível que o
Ga

candidato marque tão somente os itens de que tenha conhecimento, pois um item respondido
de forma incorreta implica perda de pontos correspondentes a um acertado.
i
al

Em nossas aulas, 99% das questões serão extraídas de provas oficiais aplicadas pelo
gi

Cespe/UnB. Eventualmente recorreremos a questões de outras bancas e proporemos


g
Po

exercícios inéditos, visando a uma abordagem mais completa do edital.


ne
ni

1. Da jurisdição e da ação: conceito, natureza e características; das condições da ação.


Ja

2. Das partes e procuradores: da capacidade processual e postulatória; dos deveres e da


substituição das partes e procuradores.
3. Do litisconsórcio e da assistência.
4. Da intervenção de terceiros: oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide e
chamamento ao processo.
5. Do Ministério Público.
6. Da competência: em razão do valor e da matéria; competência funcional e territorial;
modificações de competência e declaração de incompetência.

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7. Do Juiz.
8. Dos atos processuais: da forma dos atos; dos prazos; da comunicação dos atos; das
nulidades.
9. Da formação, suspensão e extinção do processo.
10. Do processo e do procedimento; dos procedimentos ordinário e sumário.
11. Do procedimento ordinário: da petição inicial: requisitos, pedido e indeferimento.
12. Da resposta do réu: contestação, exceções e reconvenção.
13. Da revelia.

7
63
14. Do julgamento conforme o estado do processo.

33
55
15. Das provas: ônus da prova; depoimento pessoal; confissão; provas documental e

63
testemunhal.

03
16. Da audiência: da conciliação e da instrução e julgamento.

F:
17. Da sentença e da coisa julgada.

CP
18. Da liquidação e do cumprimento da sentença.
,
ra
19. Dos recursos: das disposições gerais.
ei
iv

20. Do processo de execução: da execução em geral; das diversas espécies de execução –


Ol

execução para entrega de coisa, execução das obrigações de fazer e de não fazer.
e

21. Da execução de ações coletivas.


i

22. Do processo cautelar; das medidas cautelares: das disposições gerais; dos procedimentos
on

cautelares específicos: arresto, sequestro, busca e apreensão, exibição e produção antecipada


ar

de provas.
sp
Ga

23. Dos procedimentos especiais: Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil
Pública. Ação de Improbidade Administrativa.
i
al
g gi

Ufa! É tema pra caramba, não? Com certeza vocês devem estar com muitas dúvidas:
Po

“Todo o conteúdo programático será abordado?”; “Cinco aulas serão suficientes?”; “Será
ne

que conseguiremos aprender isso tudo para a dia da prova?”.


ni

Queridos alunos, antes de responder essas perguntas, vamos a alguns esclarecimentos:


Ja

Primeiro: Nosso curso é de exercícios, portanto pressupõe-se do candidato um pré-


conhecimento mínimo acerca da teoria explicitada no edital. E por que não abordar a teoria
em nosso material? Embora fundamental, a teoria não deve ser objeto deste curso, pois como
anunciado, o curso é de EXERCÍCIOS, como o próprio nome do curso propõe.

Segundo: em nossos comentários, sempre que possível, tentamos mostrar não só o


erro ou o acerto das assertivas, mas também apresentar uma breve teoria sobre o instituto
mencionado na questão. Com essa didática, acreditamos que nosso curso será útil tanto ao
estudante que deseje apenas fixar o conteúdo por meio da prática de exercícios quanto àquele
que pretenda revisar seus conhecimentos por meio de questões anteriores. Mas vale a pena
repetir: nosso curso não substitui a teoria nem a tem como prioridade!

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Terceiro: as questões são selecionadas com base no perfil da instituição organizadora
do concurso (em nosso caso, a banca será o Cespe/UnB) e na radiografia de provas anteriores
(sendo inclusos exercícios que contemplem os temas mais reincidentes nos certames). Quais
os prós e os contras dessa estratégia? Os prós são que você fica fera na resolução das
questões mais comuns e “não perde tempo” com temas pouco prováveis de serem abordados;
o contra é que você não verá aqui (ou verá muito pouco) as questões menos reincidentes nos
concursos.
Quarto: O Direito Processual Civil é tido como uma das matérias mais desafiadoras
para os profissionais do direito, seja em virtude da tecnicidade de seus dispositivos, seja em
função do raciocínio abstrato acurado derivado de suas normas.  Nesse sentido, para facilitar

7
a compreensão da matéria, utilizamos uma linguagem direta e objetiva e, sempre que

63
possível, valemo-nos de quadros, esquemas e organogramas para ilustrar os comentários.

33
Contudo, como vamos estudar uma disciplina bastante técnica, há situações em que não dá

55
para fugir: você terá de compreender os termos e institutos jurídicos (e ponto final).

63
Quinto: Se vocês acharem que eu estou sendo muito técnica, basta me avisarem. Mas

03
gostaria de ressaltar que o cargo de analista processual exige do candidato a graduação em

F:
direito, portanto temos um vocabulário jurídico comum, diferentemente de candidatos de

CP
nível médio e de candidatos da área fiscal, certo?
,
ra
Estou sendo transparente com você concurseiro: o sucesso de nossa proposta
ei

dependerá não só de mim, mas principalmente de você, do seu empenho e da sua dedicação.
iv
Ol

Agora, vamos às respostas das perguntas hipotéticas apresentadas acima:


e
i
on

1. Todo o conteúdo programático será abordado?


ar
sp

Sim, mas daremos enfoque aos temas mais reincidentes nas provas.
Ga
i

2. Cinco aulas serão suficientes?


al

Temos um número reduzido de aulas, o que dificulta um pouco o nosso trabalho. Mas
gi

seguindo o ditado “o que não tem remédio remediado está”, disponibilizaremos em


g
Po

cada aula entre 45 e 60 questões, de modo a abraçar todo o conteúdo sem deixar a
ne

aula demasiadamente extensa e cansativa.


ni
Ja

3. Será que conseguiremos aprender isso tudo?


Os exercícios não têm a finalidade de proporcionar o aprendizado da matéria, mas de
promover a fixação do conteúdo já apreendido. Desse modo, nosso curso permitirá a fixação
do conteúdo e servirá como um norte para lhe demonstrar os temas que devem ser melhor
estudados ou revisados.

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Uma última dúvida, agora sobre o edital: “serão objeto de questão os tópicos
‘recursos em espécie’ e ‘ação rescisória’”?

Atenção: a princípio, tudo indica que não serão objeto de questão tópicos referentes a
recursos em espécie e ação rescisória, visto que tais institutos não foram expressamente
mencionados no edital. Contudo, não se assuste caso eles sejam abordados na sua prova.
Como assim? É que nas provas da AGU e DPU, o Cespe/UnB inseriu, de forma abusiva e
absurda, itens não explicitados no conteúdo programático. Mesmo sob protestos, de 5

7
63
questões impugnadas apenas uma foi anulada. O argumento utilizado pela banca tem sido o
seguinte: “embora não mencionados expressamente no edital, os institutos podem ser

33
cobrados pois dizem respeito à análise global dos respectivos tópicos inclusos no edital”.

55
63
Não quero sugerir que você estude tais tópicos da mesma forma que estudará aqueles

03
expressos no edital, mas se for o caso, se sobrar um tempinho, não deixe de dar uma olhada

F:
nos recursos em espécie mais cobrados nas provas do Cespe/UnB.

CP
Por cautela, incluirei, com essa ressalva, algumas questões referentes a recursos em

,
espécie e ação rescisória em nossa aula. Se você quiser estudar esses institutos apenas pelas ra
questões de nossa aula, acredito que já estará de bom tamanho.
ei
iv
Ol

Quais são os prazos?


e

Aula 1 – 13 de julho (terça-feira)


i

Aula 2 – 20 de julho (terça-feira)


on
ar

Aula 3 – 27 de julho (terça-feira)


sp

Aula 4 – 03 de agosto (terça-feira)


Ga

Aula 5 – 31 de agosto (terça-feira)


i
al
g gi
Po

Em nossas aulas, apresentamos inicialmente apenas o enunciado das questões, para


ne

que o aluno tente resolvê-las como se estivesse no dia da prova; depois, há o gabarito seco,
ni

para o aluno confrontar sua resposta com o resultado oficial; em seguida, apresentamos o
Ja

enunciado da questão e os nossos comentários, para que o aluno possa confrontar o texto da
questão e a resolução proposta por nós para se chegar ao gabarito correto.
Sugestão: faça a questão antes de olhar nossos comentários. Isso é muito
importante para você simular o dia da prova e verificar como está o seu aprendizado na
matéria.

Agora, vamos à aula 1!!!

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PRIMEIRA PARTE – QUESTÕES

PONTO 1. DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO: CONCEITO, NATUREZA E


CARACTERÍSTICAS; DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO.

1.1 DA JURISDIÇÃO

7
63
33
A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos

55
de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes.

63
03
F:
01. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição, como função soberana do

CP
Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo das disciplinas que
,
ra
constituem o denominado direito privado.
ei
iv
Ol

02. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição pode ser dividida em


e

ordinária e extraordinária.
i
on
ar

03. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição pode ser classificada em


sp
Ga

comum ou especial.
i
al

04. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Considerando-se a sistemática federativa


g gi

vigente no Brasil, a justiça comum é dividida em federal e estadual.


Po
ne
ni

05. (Inédita) A jurisdição civil abrange a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária.


Ja

06. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Por seu inegável alcance social, a justiça
trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum.

07. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) A jurisdição contenciosa tem por objeto assegurar a


ordem jurídica e a paz social e, independentemente da existência de discussão judicial e
de pendência ou litígio, promover a composição dos conflitos de interesses por meio da
homologação formal do acordo de vontades.

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08. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Cabe ao proponente a escolha do procedimento a ser


adotado no julgamento do litígio por ele ajuizado. No entanto, se a escolha for pelo
procedimento de jurisdição voluntária, o qual exige acordo de vontade entre as partes,
esse procedimento deve seguir até a sentença final.

09. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) A jurisdição civil é a função estatal, exercida no

7
processo, por órgão do poder judiciário, mediante propositura de ação, visando compor

63
33
um litígio não-penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio.

55
63
03
10. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Ao Poder Judiciário, com exclusividade, é atribuída

F:
a função jurisdicional. No exercício dessa função, ao compor os conflitos, seja de

CP
jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes por uma
,
ra
sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e fazem coisa
ei

julgada material.
iv
Ol
e

11. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Constituem princípios


i
on

da jurisdição contenciosa o juiz natural, a improrrogabilidade e a indeclinabilidade.


ar
sp
Ga

12. (Inédita) São algumas das características da jurisdição contenciosa a unidade, a


secundariedade, a parcialidade, a tutela assistencial de interesses privados e a
i
al

instrumentalidade.
g gi
Po

13. (Serpro/Advogado/2008) Entre os princípios constitucionais do processo civil,


ne
ni

encontram-se o da eventualidade ou preclusão, o da publicidade e o da oralidade.


Ja

14. (TRT da 5ª Região/Analista Judiciário/Área Administrativa/2008) O contraditório, a


eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à
jurisdição.

15. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O CPC abriga três espécies de


processos: ordinário, sumário e sumaríssimo.

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1.2 ACERCA DA AÇÃO, JULGUE OS ITENS A SEGUIR:

16. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Segundo os


postulados da teoria eclética (Liebman), adotada pelo CPC brasileiro, o direito de ação
não está vinculado a uma sentença favorável, mas também não está completamente
independente do direito material.

7
63
17. (Defensor Público do Estado de São Paulo/2008) Segundo Liebman, “somente

33
poderemos falar em ação quando o processo terminar com um provimento sobre o caso

55
63
concreto, ainda que desfavorável ao autor”. Essa asserção prende-se à qual teoria

03
conceitual do direito de ação?

F:
CP
(A) Concretista relativa.
(B) Instrumental da ação.
,
ra
(C) Abstrata pura.
ei
iv

(D) Concretista do direito de ação.


Ol

(E)Privatista do direito de ação.


e
i
on

18. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) A teoria eclética da ação – que não


ar
sp

é adotada pelo CPC – proclama que a jurisdição só pode ser acionada se houver o direito
Ga

material postulado.
i
al
gi

19. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Conforme raciocínio possível a


g
Po

partir da teoria eclética da ação, adotada pelo CPC, no caso de ação de conhecimento
ne

ajuizada com o fim de obter a condenação de alguém ao pagamento de quantia já


ni

expressa em título executivo extrajudicial válido e vencido, existe carência de ação por
Ja

ausência do interesse de agir, e não improcedência do pedido por falta de direito à tutela
requerida.

20. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O meio de se provocar a jurisdição


é a exceção processual, direito público subjetivo a um pronunciamento estatal que
solucione o litígio.

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Em relação às condições da ação, julgue os próximos itens.
21. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Para propor
determinada ação judicial, é necessário que a parte autora detenha legitimidade e
interesse de agir e que o pedido deduzido seja juridicamente possível.

22. (TRT da 9ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2007) As condições da ação


tornam possível o surgimento de uma relação jurídica e válido e regular seu

7
desenvolvimento. A ausência de qualquer uma dessas condições acarreta a nulidade do

63
33
processo no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferimento liminar da petição inicial.

55
63
03
23. (TRT da 9ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2007) O interesse de agir surge da

F:
necessidade de obter, por meio do processo, a proteção ou reparação de um interesse

CP
substancial, o que impõe a quem o alega a demonstração de uma lesão a esse interesse e a
,
ra
utilidade do provimento jurisdicional pretendido. O interesse que autoriza a propositura
ei

ou a contestação de uma ação é o interesse legítimo de natureza econômica ou moral.


iv
Ol
e

24. (Estagiário de Direito da Defensoria Pública de São Paulo / 2008) A Defensoria Pública
i
on

do Estado de São Paulo, por meio de seu Núcleo Especializado de Habitação e


ar

Urbanismo, ajuizou uma ação civil pública contra a remoção de determinada comunidade
sp
Ga

de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) da cidade de São Paulo. Essa
comunidade estava instalada no local havia 35 anos. Ao despachar a petição inicial, o juiz
i
al

a indeferiu, extinguindo o processo sem resolução do mérito, ao fundamento de que não


g gi

haveria possibilidade jurídica do pedido, uma vez que não há nenhuma lei que assegure
Po

expressamente a pretensão do autor em não remover uma comunidade.Nessa situação


ne
ni

hipotética, o juiz
Ja

(A) agiu corretamente, já que a possibilidade jurídica do pedido, segundo a doutrina


majoritária, é aferida somente se houver previsão expressa do pedido postulado
na ação.
(B) não agiu corretamente, pois, em caso de impossibilidade jurídica do pedido,
sempre é necessário determinar ao autor a emenda da petição inicial.
(C) não agiu corretamente, pois, segundo a doutrina majoritária, a possibilidade
jurídica do pedido afere-se a contrario sensu, ou seja, é juridicamente possível
tudo aquilo que a lei não vede expressamente.

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(D) agiu corretamente, porque, como se trata de ação civil pública, não é observada a
oportunização da emenda da inicial antes de se extinguir o processo.

Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito processual civil, julgue o item
abaixo.
25. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/STJ/2008) O ato do presidente de um tribunal que
designa um juiz substituto para atuar em determinado feito, após o juiz titular e seu

7
substituto legal terem afirmado sua suspeição para atuar na ação, não viola o princípio do

63
33
juiz natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes para o julgamento

55
se deu com base em motivo legal (art. 135 do CPC), e não, por ato de exceção.

63
03
F:
CP
PONTO 2. DAS PARTES E PROCURADORES: DA CAPACIDADE
,
ra
PROCESSUAL E POSTULATÓRIA; DOS DEVERES E DA
ei
iv

SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES E PROCURADORES.


Ol

26. (TJ-SE/Agente notarial/2006) São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer
e

forma participam do processo submeter-se às ordens contidas nos provimentos judiciais


i
on

de natureza mandamental e assegurar exequibilidade dos provimentos judiciais.


ar
sp

Ressalvados os advogados, e nos atos restritos à sua atividade profissional, o


Ga

desatendimento desse dever constitui ato atentatório ao exercício de jurisdição.


i
al
gi

27. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


g
Po

Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade jurídica do pedido


ne

formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações acerca do mérito, pedindo a
ni

improcedência do pedido.
Ja

28. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) No


caso de embaraço criado pela parte à efetivação de um provimento judicial final, estará
configurado o descumprimento de um dever da parte, o mesmo não ocorrendo se o
provimento for meramente antecipatório.

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29. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A penalidade para aquele que praticar um ato
atentatório ao exercício da jurisdição é de multa de até 20% sobre o valor da causa,
ressalvados os advogados.

30. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) A


parte ré que alega a decadência de um dos direitos pleiteados na ação em momento
posterior à contestação comete ato atentatório ao exercício da jurisdição, sujeitando-se a

7
multa de até 20% do valor da causa.

63
33
55
31. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) A

63
03
formulação de pretensão destituída de fundamento não é descumprimento de dever da

F:
parte, mas regular exercício do direito de defesa em sua total amplitude.

CP
,
ra
32. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) O
ei

dever de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais atinge não só as partes,


iv
Ol

como também todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo, ressalvando-
e

se aos advogados sua sujeição exclusiva aos estatutos da OAB.


i
on
ar

2.2 DA CAPACIDADE DE SER PARTE E DA CAPACIDADE


sp
Ga

PROCESSUAL
i

33. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A capacidade de ser parte em um


al
gi

negócio jurídico não se confunde com a capacidade processual de estar em juízo.


g
Po
ne

34. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A capacidade de ser parte relaciona-se com a


ni

capacidade processual, ou seja, a aptidão de participar da relação processual, em nome


Ja

próprio ou alheio. Têm capacidade de ser parte as pessoas naturais, as jurídicas e os entes
despersonalizados.

35. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Os incapazes não têm capacidade de ser


parte por faltar-lhes a capacidade de estar em juízo.

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36. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O nascituro não detém capacidade
de ser parte processual.

37. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Supre-se a


incapacidade processual relativa da parte por meio da intervenção do representante legal
do incapaz.

7
38. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Tem legitimidade ativa

63
33
para agir o titular da pretensão formulada em face de quem é o sujeito passivo dessa

55
mesma pretensão. Essa legitimidade, seja ativa ou passiva, corresponde à capacidade

63
03
processual de ser parte.

F:
CP
39. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) As pessoas casadas não têm capacidade processual, pois
,
ra
elas dependem do consentimento do outro cônjuge para agirem judicialmente em defesa
ei

de seus direitos ou para se defenderem em juízo, salvo quando litigarem entre si.
iv
Ol
e

40. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Em ação que


i
on

verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode integrar o polo ativo da
ar

lide sem o consentimento do outro, sob pena de configurar-se a sua incapacidade


sp
Ga

processual, e não a sua ilegitimidade ad causam.


i
al

41. (TJ-SE/Agente notarial/2006) Em regra, a titularidade da ação vincula-se à titularidade


g gi

do pretendido direito material subjetivo envolvido na lide. Por exceção e nos casos
Po

expressamente autorizados em lei, admite-se a substituição processual, que consiste em


ne
ni

demandar a parte, em nome próprio e seu interesse, em defesa de pretensão alheia.


Ja

PONTO 3. DO LITISCONSÓRCIO E DA ASSISTÊNCIA.

3.1 LITISCONSÓRCIO

42. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRT da 5ª Região/2008) Mesmo ocorrendo


litisconsórcio multitudinário, o juiz não poderá limitar o número de litigantes, pois,

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agindo assim, estará cerceando o livre acesso ao Poder Judiciário, já que toda pessoa que
se acha no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

43. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Há litisconsórcio


necessário, segundo o CPC, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes.

7
44. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRT da 5ª Região/2008) A assistência litisconsorcial

63
33
ocorre quando um terceiro vem a juízo afirmando ter interesse imediato na causa, pois a

55
decisão poderá afetar seu patrimônio jurídico, haja vista se relacionar juridicamente com

63
03
a parte que litiga contra aquela a quem deseja assistir.

F:
CP
45. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio necessário simples,
,
ra
sua formação é obrigatória, mas a decisão não será uniforme para todos os litisconsortes.
ei
iv
Ol

46. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio necessário, é


e

indispensável a participação de todos os consortes, porque a decisão do litígio, apesar de


i
on

não ser uniforme para todos, como regra, vincula aqueles que estão integrados naquela
ar

relação processual.
sp
Ga

47. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) O litisconsórcio unitário e facultativo é


i
al

aquele que se estabelece por vontade das partes e o litígio pode ser decidido de maneira
g gi

diferente para cada um deles.


Po
ne
ni

48. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio simples e necessário,


Ja

a prova produzida por um dos litisconsortes não poderá aproveitar ou prejudicar os


demais.

49. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Existindo o pressuposto legal para a


formação do litisconsórcio facultativo, e formado este, os litisconsórcios serão
considerados, em suas relações com a parte contrária, como litigantes distintos, e os atos
e omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

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50. (TRE-MT/Analista Judiciário – Área Administrativa/2010) O litisconsórcio
multitudinário pode ser limitado pelo juiz.

51. (TRE-MT/Analista Judiciário – Área Administrativa/2010) Para causas que versem


acerca de direitos reais imobiliários, os cônjuges são litisconsortes necessários se autores.

52. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Sendo o

7
litisconsórcio necessário aquele em que, por disposição legal ou pela natureza da relação

63
33
jurídica, o juiz tem de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, é

55
imprescindível que todos os acionistas interessados na anulação da assembleia societária

63
03
participem no polo ativo da ação movida com esse fim.

F:
CP
3.2 ASSISTÊNCIA
,
ra
ei
iv

53. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Na assistência simples, o terceiro


Ol

interessado ingressa no processo como parte passiva, alegando ser o titular da relação
e

jurídica disputada e requerendo a improcedência da ação.


i
on
ar
sp

54. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) O assistente


Ga

simples diferencia-se do chamado assistente litisconsorcial porque o julgamento do feito


i

não influi na relação jurídica que mantém com o adversário do assistido, porém, mesmo
al
gi

diante dessa constatação, sua admissão no feito só é inviabilizada pela oposição


g
Po

fundamentada de uma das partes, devidamente acolhida pelo juiz.


ne
ni

55. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Caso uma pessoa adquira
Ja

um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litígio entre o alienante e terceira pessoa,
o adquirente não poderá substituir o alienante no feito, caso a outra parte não consinta,
porém será possível ao adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, até
porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem
adquire a coisa litigiosa.

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56. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Havendo interesse jurídico em que a sentença proferida seja favorável a uma das partes,
pode o assistente simples aditar a inicial deficiente.

57. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


Admite-se que instituição religiosa notoriamente engajada em campanhas contrárias ao
aborto requeira sua admissão como assistente simples em ação na qual se requeira

7
autorização para tanto.

63
33
55
58. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)

63
03
Intimado do pedido de assistência realizado ao mesmo tempo em que a contestação, o

F:
autor poderá, nos dez dias de que dispõe para apresentar réplica, impugnar esse pedido.

CP
,
ra
59. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) Na
ei

hipótese de alguém adquirir um veículo de pessoa contra a qual tramite ação de


iv
Ol

interdição, o adquirente será admitido como assistente litisconsorcial do réu.


e
i
on

60. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009) Em


ar

ação reivindicatória movida por um dos condôminos de um imóvel, os demais


sp
Ga

condôminos poderão ingressar no feito como assistentes litisconsorciais, já que a


discussão poderá influir na relação jurídica deles com o adversário do assistido.
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja

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GABARITO

01. E 21. C 41. C


02. E 22. E 42. E
03. C 23. C 43. C
04. C 24. (C) 44. C

7
05. C 25. C 45. C

63
33
06. E 26. C 46. E

55
07. E 27. E 47. E

63
03
08. E 28. E 48. E

F:
09. C 29. C 49. C

CP
10. E 30. E 50. C
,
ra
ei

11. C 31. E 51. E


iv

12. E 32. C 52. E


Ol

13. E 33. C 53. E


e
i

14. E 34. E 54. C


on
ar

15. E 35. E 55. C


sp

16. C 36. E 56. E


Ga

17. (B) 37. E 57. E


i
al

18. E 38. E 58. E


g gi

19. C 39. E 59. E


Po

20. E 40. C 60. C


ne
ni
Ja

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SEGUNDA PARTE – QUESTÕES COMENTADAS

PONTO 1. DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO: CONCEITO, NATUREZA E


CARACTERÍSTICAS; DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO.

1.1 DA JURISDIÇÃO

7
63
33
55
A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos

63
03
conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens

F:
seguintes.

CP
01. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição, como função
,
ra
soberana do Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo
ei
iv

das disciplinas que constituem o denominado direito privado.


Ol
e
i

O Direito Processual Civil pertence ao grupo das disciplinas que constituem o


on

denominado direito público, e não direito privado, visto que suas normas dizem respeito à
ar
sp

administração da justiça, sendo de observância obrigatória entre as partes. São de direito


Ga

público as normas que regulam a organização e a atividade de caráter público do Estado e


i
al

dos entes políticos menores ou que disciplinam as relações entre os cidadãs e estas
gi

organizações políticas.
g
Po

São exemplos de normas de direito público: direito constitucional, direito


ne

administrativo, leis que estabelecem o vínculo entre servidor público e unidade federativa
ni
Ja

(p.ex. Lei 8.112/90 no âmbito federal), direito penal e processual penal, direito tributário,
direito processual civil etc..
São exemplos de normas de direito privado: direito civil, direito
comercial/empresarial, direito do trabalho (segundo doutrina majoritária) etc.
O Direito Processual Civil é um ramo do Direito Processual que regula a solução de
conflitos de interesses por parte dos órgãos judiciários, quando não há processo especial
previsto para a espécie (por exemplo: processo do trabalho) e à mesma não se aplica o
Direito Processual Penal. Temos então:

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• Jurisdição especial (direito
processual militar e direito
processual eleitoral)
Direito Processual Penal
• Jurisdição comum (todas as
demais causas da seara
Direito
criminal)
Processual

7
Jurisdição especial (direito

63
33
processual do trabalho e

55
Direito Processual Civil direito processual eleitoral)

63
03
• Jurisdição comum (todas as

F:
demais causas da seara cível)

CP
,
ra
ei

Gabarito: Errado
iv
Ol
e

02. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição pode ser dividida em


i
on

ordinária e extraordinária.
ar
sp

No Brasil, a jurisdição é una, não podendo ser dividida. O judiciário uno julga
Ga

causas entre particulares e também causas entre particulares e o Estado, embora a União
i
al

tenha a sua justiça especializada (que é a Justiça Federal). A jurisdição abrange todos os
g gi

litígios que se possam instaurar em torno de quaisquer assuntos de direito, contudo a


Po

diferença de matéria jurídica a ser manipulada pelos juízes, na composição dos litígios,
ne
ni

conduz à necessidade prática de especialização não só dos julgadores, como das próprias
Ja

leis que regulam a atividade jurisdicional. Por esse motivo, temos:


• a jurisdição civil (em que se aplica prioritariamente o Direito Processual Civil);
• a jurisdição penal (em que se aplica prioritariamente o Direito Processual Penal);
• a jurisdição trabalhista (em que se aplica prioritariamente o Direito Processual do
Trabalho).
• a jurisdição eleitoral (em que se aplica prioritariamente o Direito Processual
Eleitoral).

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Essa ramificação não representa a divisão da jurisdição, mas a sua especialização em
áreas-fim.
Qual a diferença entre jurisdição una e jurisdição dual?
Na jurisdição una (modelo americano aplicado no Brasil), as causas que envolvem o
Estado são julgados pelo Poder Judiciário. Na jurisdição dual (modelo aplicado na França,
Itália, Espanha, Portugal), as causas que envolvem o Poder Público são julgadas por tribunais
administrativos, nos quais os juízes não têm formação jurídica nem qualquer vínculo com o

7
63
Poder Judiciário. Portanto, no modelo dual, existem dentro da própria administração órgãos

33
para a solução de causas ou litígios entre particulares e a administração.

55
63
03
Gabarito: Errado

F:
CP
,
ra
03. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A jurisdição pode ser classificada
ei

em comum ou especial.
iv
Ol
e

A jurisdição pode ser nacional ou internacional. Sendo nacional, ela classifica-se em


i

jurisdição comum e jurisdição especial. Correta a questão. Vejamos:


on
ar

• Jurisdição • Jurisdição
sp
Ga

Jurisdição federal civil


i

Jurisdição comum • Jurisdição • Jurisdição


al
gi

nacional estadual penal


g
Po

(UNA)
ne

JURISDIÇÃO Jurisdição • Jurisdição trabalhista


ni
Ja

especial • Jurisdição militar

• Jurisdição eleitoral

Jurisdição
internacional

A jurisdição, do latim jurisdictio (juris = direito + dictio = dizer, logo, dizer o direito)
é, em sentido amplo, o poder de julgar e de aplicar o direito ao caso concreto; é a função

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da soberania do Estado, exercida pelos juízes, consistente em dirimir litígios entre
particulares ou entre o Estado e particulares. Ao dirimir os litígios, o Estado não só aplica
a vontade da lei ao caso concreto, como executa a decisão, ou seja, a jurisdição abrange a
cognição (conhecimento da causa e seus dados) e a execução (fazer cumprir o
determinado pelo juiz ainda que mediante coerção).

Gabarito: Certo

7
63
33
55
04. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Considerando-se a sistemática

63
federativa vigente no Brasil, a justiça comum é dividida em federal e estadual.

03
F:
CP
Correto: a justiça comum é dividida em federal e estadual.
No modelo federativo, há o efetivo implemento de um processo constitucional de
,
ra
ei

partilha de competências , ordenado com base no princípio da relevância do interesse. No


iv

tocante à ordem jurisdicional, temos que ela é una, mas passível de especialização para
Ol

fins de determinação de competência. Nesse sentido, a justiça ou jurisdição pode ser


e
i

comum ou especial. A jurisdição comum abrange a justiça federal e a justiça estadual; a


on

jurisdição especial abrange a justiça do trabalho, a justiça militar, a justiça eleitoral. Vale
ar
sp

ressaltar que não existe órgão jurisdicional no âmbito de municípios.


Ga

Enquanto a jurisdição comum é a que se exerce por meio de tribunais ordinários


i
al

previstos pela Constituição Federal para apreciação da generalidade dos casos de


gi

natureza cível e criminal, a jurisdição especial é a exercida por órgãos judiciários com
g
Po

atribuições limitadas a certas matérias (p.ex. direito do trabalho) ou a certas pessoas


ne

(p.ex. presidente da República).


ni
Ja

Gabarito: Certo

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05. (Inédita) A jurisdição civil abrange a jurisdição contenciosa e a jurisdição


voluntária.

Conforme o art. 1º do CPC, a jurisdição civil, que é o que interessa a nosso estudo,
compreende (abrange) a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária. Correta a
questão.

7
A jurisdição contenciosa é a jurisdição propriamente dita, por meio da qual se chega

63
33
à solução de lides e de conflitos entre as partes. Ela pressupõe controvérsia entre as partes

55
a ser solucionada pelo juiz. Aqui, a relação processual se faz em triângulo (autor-juiz-réu)

63
03
e as partes (autor e réu) apresentam interesses opostos.

F:
A jurisdição voluntária, também chamada de graciosa, é aquela em que não há

CP
propriamente lide ou litígio (pretensão de uma parte resistida por outrem), e sim pedido,
,
ra
requerimento, acordo a ser homologado etc. Aqui, a relação processual não se faz em
ei
iv

triângulo (autor-juiz-réu), mas em linha simples (requerentes-juiz).


Ol
e

Gabarito: Certo
i
on
ar
sp

06. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Por seu inegável alcance social, a


Ga

justiça trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum.


i
al
gi

Constatamos que a Justiça Trabalhista (Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais


g
Po

Regionais do Trabalho e Justiça do Trabalho) é um exemplo claro de justiça


ne

especializada (ou jurisdição especializada) dentro do âmbito da Justiça Federal, pois a


ni
Ja

atividade é exercida somente quando se tratar de julgamento de matéria pertinente a


relação de trabalho. Portanto, incorreta a questão ao afirmar que a justiça trabalhista é
exemplo de jurisdição comum.

Gabarito: Errado

07. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) A jurisdição contenciosa tem por objeto


assegurar a ordem jurídica e a paz social e, independentemente da existência de

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discussão judicial e de pendência ou litígio, promover a composição dos conflitos de
interesses por meio da homologação formal do acordo de vontades.

A questão está incorreta porque a jurisdição contenciosa pressupõe a existência de


discussão judicial e de pendência ou litígio. Caso contrário, estaríamos diante da
jurisdição graciosa ou voluntária. Na jurisdição contenciosa, há a presença de lide
(pretensão resistida), motivo pelo qual as partes não entram em acordo. Por esse motivo,

7
é o juiz quem irá compor (solucionar) o litígio, não se limitando a homologar eventual

63
33
acordo firmado entre as partes.

55
63
03
Vejamos algumas características importantes da JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

F:
(deixarei de fora aspectos que fogem ao conteúdo programático do concurso):

CP
01. Visa à composição de litígios;
,
ra
02. Pressupõe a existência de lide a ser resolvida;
ei

03. Há a presença de partes com interesses opostos;


iv
Ol

04. A jurisdição atua compondo/solucionando o litígio.


e
i
on

Exemplos: ação de ressarcimento; ação de danos morais; ações de investigação de


ar

paternidade; ação de prestação de alimentos etc.


sp
Ga

Vejamos algumas características importantes da JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA


i
al

(deixarei de fora aspectos que fogem ao conteúdo programático do concurso):


g gi

01. Visa à integração do Estado para dar validade ao negócio jurídico;


Po

02. Pressupõe a existência de negócio jurídico cuja validade requer a integração do


ne
ni

Estado;
Ja

03. Há a presença de interessados ou requerentes com interesses comuns (e não


partes com interesses opostos);
04. A jurisdição atua para integrar o negócio jurídico e lhe dar validade.

Exemplos: homologação judicial de divórcio amigável; decisões sobre pedidos de


retificação de nome; nomeação e destituição de tutores e curadores. ; cumprimento de
testamento etc.

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Gabarito: Errada

08. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Cabe ao proponente a escolha do procedimento


a ser adotado no julgamento do litígio por ele ajuizado. No entanto, se a escolha for
pelo procedimento de jurisdição voluntária, o qual exige acordo de vontade entre as
partes, esse procedimento deve seguir até a sentença final.

7
63
Se durante o procedimento de jurisdição voluntária demonstrar-se a existência de lide,

33
tal procedimento será convertido em contencioso. Oportuno mencionar que a simples

55
63
oposição do interessado ao requerimento não transforma o processo em contencioso,

03
devendo para tanto haver pedido formulado por uma parte em detrimento de outra que

F:
será apreciado pelo juiz e imposto na sentença sobre a vontade do vencido.

CP
De tal modo, existe, nos procedimentos voluntários, a possibilidade de existirem
,
ra
dissensos a respeito de controvérsias secundárias, ainda que haja consenso acerca do
ei
iv

pedido principal da demanda. Assim, pode-se assentar que nos procedimentos de


Ol

jurisdição voluntária pode haver consenso ou dissenso entre os interessados, mas, jamais,
e

litígio.
i
on

Havendo litígio, é reconhecida a possibilidade de conversão do procedimento


ar

voluntário em contencioso, motivo pelo qual a questão está errada.


sp
Ga
i
al

Gabarito: Errada
g gi
Po

09. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) A jurisdição civil é a função estatal, exercida no


ne

processo, por órgão do poder judiciário, mediante propositura de ação, visando


ni
Ja

compor um litígio não-penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio.

Este é o conceito de jurisdição civil adotado pela doutrina majoritária. Contudo,


poderíamos argumentar que a definição está incompleta, pois deixa de fora a finalidade
da jurisdição voluntária. Como vimos, a jurisdição civil é exercida de forma soberana
pelo Estado, por meio do Poder Judiciário (unicidade da jurisdição), visado compor um
litígio (jurisdição contenciosa) ou tutelar assistencialmente interesses privados (jurisdição
voluntária).

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Então, se a questão está incompleta, por que ela não foi anulada? Ela não foi
anulada porque, em razão do vínculo entre o conceito de jurisdição e a função de
solucionar litígios, a doutrina tradicionalmente define jurisdição como uma função estatal
na solução das lides ocorrentes, deixando de lado a abordagem da jurisdição voluntária.

Gabarito: Correta

7
63
33
55
10. (TJ-RR/Assistente Judiciário/2006) Ao Poder Judiciário, com exclusividade, é

63
atribuída a função jurisdicional. No exercício dessa função, ao compor os conflitos,

03
seja de jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes

F:
CP
por uma sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e
fazem coisa julgada material.
,
ra
ei
iv

A questão apresenta três erros conceituais:


Ol
e
i

Primeiro: o Poder Judiciário compõe litígios apenas na jurisdição contenciosa. Na


on

jurisdição voluntária, o magistrado tutela assistencialmente interesses particulares,


ar
sp

concorrendo com a sua vontade para o nascimento, a validade ou a eficácia de um ato da


Ga

vida privada, para a formação, o desenvolvimento ou a extinção de uma situação fática


i
al

ou jurídica.
g gi
Po

Segundo: a sentença substitui a vontade das partes litigantes apenas na jurisdição


ne

contenciosa. Como assim “a sentença substitui a vontade das partes”? Para entender,
ni
Ja

vamos a um exemplo: Se João causa um dano no carro de Pedro, o normal é que eles
acertem consensualmente sobre o custeio das despesas. Se João quer pagar 100 e Pedro
quer receber 1.000, é sinal de que eles não conseguem autocompor o litígio e chegar a um
consenso. Nesse caso, eles podem recorrer ao Poder Judiciário, cuja sentença irá
substituir essa “vontade” das partes. Na jurisdição contenciosa, como não há dissenso
entre as partes, a sentença apenas valida ou homologa a vontade das partes.

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Terceiro: as decisões proferidas na jurisdição contenciosa fazem coisa julgada formal
e material; as decisões proferidas na jurisdição voluntária fazem apenas coisa julgada
formal. Vejamos: coisa julgada formal significa que, dentro do mesmo processo, a
questão não pode ser reaberta após o término do prazo para recurso; coisa julgada
material significa que a mesma questão objeto de decisão não pode ser submetida
novamente a apreciação do Poder Judiciário num novo processo envolvendo as mesmas
partes ou seus sucessores, ou seja, a decisão que resolve a lide torna-se imutável e

7
indiscutível seja no processo em que foi prolatada, seja em qualquer outro que venha a

63
33
ser instaurado.

55
63
03
Gabarito: Errada

F:
CP
,
11. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Constituem ra
ei

princípios da jurisdição contenciosa o juiz natural, a improrrogabilidade e a


iv

indeclinabilidade.
Ol
e
i

Seguindo a doutrina majoritária, os princípios da jurisdição contenciosa são o


on
ar

princípio do juiz natural (ou da investidura), o princípio da improrrogabilidade e o


sp

princípio da indeclinabilidade (ou da inafastabilidade). Portanto, a questão está


Ga

correta.
i
al
g gi

Dá-se o nome de jurisdição (do latim juris dictio) à função de compor os litígios, de
Po

declarar o Direito e realizá-lo. A jurisdição civil, aquela que é regulada pelo direito
ne
ni

processual civil, compreende, segundo o art. 1º do CPC, a jurisdição contenciosa e a


Ja

jurisdição voluntária.
Jurisdição contenciosa é aquela em que o Estado atua na pacificação ou composição
dos litígios; pressupõe controvérsia entre as partes (lide) a ser solucionada pelo juiz. Na
chamada jurisdição voluntária, predomina o caráter administrativo, e o juiz realiza
gestão pública em torno de interesses privados, como nas nomeações de tutores, nas
alienações de bens de incapazes, na extinção do usufruto etc.
Os princípios da jurisdição contenciosa são:

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◆ Princípio do juiz natural (ou da investidura): a jurisdição só pode ser exercida por
juízes ou órgãos colegiados previstos na Constituição Federal, estando proibida a
criação de tribunais de exceção. O juiz natural é aquele regularmente investido e a
quem a causa foi distribuída. Nem mesmo os órgãos hierárquicos superiores podem,
em princípio, suprimir a competência do juiz natural.

◆ Princípio da improrrogabilidade: os limites do poder jurisdicional são os traçados


pela Constituição, não sendo permitido ao legislador ordinário alterá-los, nem para

7
63
ampliá-los, nem para reduzi-los.

33
◆ Princípio da indeclinabilidade (ou da inafastabilidade): o órgão investido no poder

55
63
de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional, e não a mera faculdade;

03
F:
não pode recusar-se a ela, quando legitimamente provocado, nem pode delegar a

CP
outros órgãos o seu exercício.

,
ra
ei

Gabarito: Certo
iv
Ol
e

12. (Inédita) São algumas das características da jurisdição contenciosa a unidade, a


i
on

secundariedade, a parcialidade, a tutela assistencial de interesses privados e a


ar

instrumentalidade.
sp
Ga
i
al

A questão está errada porque a parcialidade e a tutela assistencial de interesses


gi

privados não são características da jurisdição contenciosa. Vejamos as principais


g
Po

características mencionadas pela doutrina:


ne

◆ Unidade: a jurisdição é una, pois é função exclusiva do Poder Judiciário, por


ni
Ja

intermédio de seus juízes, os quais decidem monocraticamente ou em órgãos


colegiados. A diferença de matéria jurídica a ser manipulada pelos juízes, na
composição dos litígios, conduz à necessidade prática de especialização dos
julgadores (juiz do trabalho, juiz estadual, juiz federal), dos tribunais (TRT, TJ, TRF,
TRE) e das próprias leis que regulam a atividade jurisdicional (direito civil, direito
penal, direito do trabalho, direito eleitoral, direito previdenciário etc.).

◆ Secundariedade: a jurisdição é secundária, pois ela somente vai atuar quando as


partes não conseguirem, por si mesmas, realizar o Direito. Então, o Poder Judiciário

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será provocado por uma das partes para a composição de um litígio (conflito de
interesses qualificado por uma pretensão resistida) que poderia ter sido primariamente
sanado pelos próprios sujeitos da relação jurídica.

◆ Imparcialidade: a jurisdição é atividade equidistante e desinteressada do conflito,


visto que põe em prática vontades concretas da lei que não se dirigem ao órgão
jurisdicional, mas aos sujeitos da relação jurídica submetida ao juízo.

◆ Substitutividade: a jurisdição tem caráter substitutivo, ou seja, substitui a atuação

7
63
das partes quando estas não conseguem solucionar o litígio por outras maneiras

33
55
(transação, conciliação, juízo arbitral).

63
◆ Instrumentalidade: a jurisdição é um instrumento de que o direito dispõe para

03
F:
impor-se à obediência dos cidadãos. Ela não é fonte do direito nem um fim em si

CP
mesma, pois apenas se presta à entrega da tutela jurídica ao jurisdicionado, quer

,
ra
declarando qual seja a regra do caso concreto, quer aplicando as ulteriores medidas de
ei

reparação ou de sanção previstas pelo direito.


iv
Ol
e

Gabarito: Errado
i
on
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja

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13. (Serpro/Advogado/2008) Entre os princípios constitucionais do processo civil,


encontram-se o da eventualidade ou preclusão, o da publicidade e o da oralidade.

Essa questão está errada porque confunde os princípios do processo civil com os
princípios informativos do procedimento.
Segundo Humberto Theodoro Júnior:

7
I. São informativos do processo:

63
33
1. o princípio do devido processo legal (sede constitucional);

55
2. o princípio inquisitivo e o dispositivo;

63
03
3. o princípio do contraditório (sede constitucional);

F:
4. o princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição;

CP
5. o princípio da boa-fé e da lealdade processual;
,
ra
6. o princípio da verdade real.
ei
iv
Ol

II. São informativos do procedimento:


e

1. o princípio da oralidade;
i
on

2. o princípio da publicidade (sede constitucional);


ar

3. o princípio da economia processual;


sp
Ga

4. o princípio da eventualidade ou da preclusão.


i
al
gi

Vejamos cada um desses princípios:


g
Po

• princípio do devido processo legal (sede constitucional): a Constituição


ne

assegura aos cidadãos o direito ao processo como uma das garantias individuais.
ni

A justa composição da lide só pode ser alcançada quando prestada a tutela


Ja

jurisdicional dentro das normas processuais traçadas pelo Direito Processual


Civil, das quais o Estado não pode declinar.

• princípio inquisitivo e o dispositivo: pelo princípio inquisitivo, o julgador é livre


para tentar descobrir a verdade por todos os meios disponíveis,
independentemente da iniciativa ou colaboração das partes. Pelo princípio
dispositivo, as provas só podem ser produzidas pelas próprias partes, limitando-se

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o juiz à função de mero espectador. Modernamente, as legislações (assim como
nosso CPS) são mistas. Exemplo: embora a iniciativa da abertura do processo seja
da parte, o seu impulso é oficial.

• princípio do contraditório (sede constitucional): consiste na necessidade de


ouvir a pessoa perante a qual será proferida a decisão, garantindo-lhe o pleno
direito de defesa e de pronunciamento durante todo o curso do processo.

7
63
33

55
princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição: todo ato do juiz

63
que possa prejudicar um direito ou um interesse da parte deve ser recorrível,

03
F:
como meio de evitar ou emendar os erros e falhas que são inerentes aos

CP
julgamentos humanos.

,
ra
ei

• princípio da boa-fé e da lealdade processual: o Estado e a sociedade, de


iv

maneira geral, apresentam-se empenhados em que o processo seja eficaz, reto, útil
Ol

à sua finalidade. Por esse motivo, a lei fornece ao magistrado poderes para atuar
e
i

de ofício contra a fraude processual e a má-fé das partes.


on
ar
sp

• princípio da verdade real: não existem provas de valor hierarquizado no direito


Ga

processual moderno, por isso o juiz, ao sentenciar, deve formar seu


i
al

convencimento livremente, valorando os elementos da prova segundo critérios


gi

lógicos e dando a fundamentação de seu decisório.


g
Po
ne

• princípio da oralidade: a discussão oral da causa em audiência é fator


ni
Ja

importantíssimo para diminuir o número de atos processuais e diligências.

• princípio da publicidade (sede constitucional): na prestação jurisdicional há um


interesse público maior que o privado defendido pelas partes. É a garantia da paz
e harmonia social, procurada por meio da manutenção da ordem jurídica. Todos, e
não apenas os litigantes, têm direito de conhecer o que se passa durante o
processo. Esse princípio, porém, não impede que existam processos em segredo
de justiça, mas o sigilo será sempre exceção.

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• princípio da economia processual: o processo civil deve inspirar-se no ideal de


propiciar às partes uma Justiça barata e célere.Segundo o art. 5º, LXXVIII, da CF,
“a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração
do processo, e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.

• princípio da eventualidade ou da preclusão: cada faculdade processual deve ser

7
exercitada dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade de

63
33
praticar o ato respectivo.

55
63
03
Gabarito: Errado

F:
CP
14. (TRT da 5ª Região/Analista Judiciário/Área Administrativa/2008) O contraditório,
,
ra
ei

a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes


iv

à jurisdição.
Ol
e
i
on

A questão está errada pois o contraditório é princípio informador do processo, e a


ar

eventualidade e a oralidade são princípios informadores do procedimento.


sp
Ga

Como vimos, são princípios informadores e fundamentais da jurisdição: princípio do


i

juiz natural (ou da investidura); princípio da improrrogabilidade; princípio da


al
gi

indeclinabilidade (ou da inafastabilidade).


g
Po

◆ Princípio do juiz natural (ou da investidura): a jurisdição só pode ser exercida por
ne

juízes ou órgãos colegiados previstos na Constituição Federal, estando proibida a


ni

criação de tribunais de exceção.


Ja

◆ Princípio da improrrogabilidade: os limites do poder jurisdicional são os traçados


pela Constituição, não sendo permitido ao legislador ordinário alterá-los, nem para
ampliá-los, nem para reduzi-los.

◆ Princípio da indeclinabilidade (ou da inafastabilidade): o órgão investido no poder


de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional; não pode recusar-se a
ela, quando legitimamente provocado.

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Gabarito: Errado

15. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O CPC abriga três espécies de


processos: ordinário, sumário e sumaríssimo.
O CPC abriga três espécies de processos: de conhecimento, de execução e cautelar. O
que os distingue são os diferentes provimentos judiciais com que o juízo responde ao
exercício do direito de ação.

7
63
Se a lide é de pretensão resistida por outrem e há necessidade de definir a vontade

33
55
concreta da lei para solucioná-la, o processo a ser aplicado é do de conhecimento (Livro I

63
do Código).

03
F:
Se a lide é de pretensão apenas insatisfeita, em virtude de o direito líquido, certo e

CP
exigível do autor não estar realizado, sua solução será pelo processo de execução (Livro
II do Código). ,
ra
ei

Se a lide decorre da necessidade de se afastar perigo de dano a direito, antes da


iv
Ol

solução do processo principal, devido ao risco de se alterar o estado de fato e de direito


e

das coisas, a solução é pelo processo cautelar (Livro III do Código).


i
on

Enquanto o processo é uma relação encadeada de atos em busca da prestação


ar

jurisdicional, o procedimento é a exteriorização dessa relação por meio do


sp
Ga

estabelecimento de uma forma específica para a movimentação desses atos (rito


processual). Temos em nosso Código o procedimento comum (que se subdivide no
i
al

procedimento ordinário e no procedimento sumário) e os procedimentos especiais (dos


g gi

Juizados Especiais, da jurisdição voluntária, das ações possessórias, da ação de despejo


Po

etc.).
ne
ni
Ja

Gabarito: Errado

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infratores à responsabilização civil e criminal.
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AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
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1.2 ACERCA DA AÇÃO, JULGUE OS ITENS A SEGUIR:

16. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Segundo os


postulados da teoria eclética (Liebman), adotada pelo CPC brasileiro, o direito de
ação não está vinculado a uma sentença favorável, mas também não está
completamente independente do direito material.

7
Pela teoria eclética da ação, de Liebman, o direito de ação não está vinculado a uma

63
33
sentença favorável, mas é conexo a uma situação jurídica concreta, pois sua finalidade é

55
dar solução a uma pretensão de direito material. Portanto, a questão está correta. Liebman

63
03
afirma que “trata-se de direito ao provimento jurisdicional, qualquer que seja a natureza

F:
deste – favorável ou desfavorável, justo ou injusto – e, portanto, direito de natureza

CP
abstrata. É, ainda, um direito autônomo (que independe da existência do direito subjetivo
,
ra
material) e instrumental, porque sua finalidade é dar solução a uma pretensão de direito
ei

material. Nesse sentido, é conexo a uma situação jurídica concreta”.


iv
Ol

A conceituação do direito de ação nem sempre foi a mesma ao longo da história do


e

direito processual.
i
on

Desde o direito romano até o séc. XIX, considerava-se a ação à luz da teoria civilista,
ar

imanentista ou clássica, pela qual a ação é simples aspecto do direito material da parte,
sp
Ga

ou seja, a ação seria o direito de pedir em juízo o que nos é devido (ius quod sibi
i

debeatur in iudicio persequendi). Deste conceito resultavam, segundo Ada Pellegrini


al
gi

Grinover, Cândido Dinamarco e Antonio Carlos de Araújo Cintra, três consequências


g
Po

inevitáveis: não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza do
ne

direito. Desta forma, a ação seria o próprio direito reagindo a uma violação. Esta teoria
ni

teve como expoentes Savigny e, entre nós, Clóvis Beviláqua.


Ja

Em meados do séc. XIX, ganhou espaço na doutrina europeia a teoria concreta do


direito de ação, pela qual a ação é um direito autônomo do direito subjetivo material
violado ou ameaçado. Ela dirige-se contra o Estado, porque configura o direito de exigir
a proteção jurídica, e também contra o adversário, do qual se exige a sujeição. Contudo,
segundo essa corrente, a ação é o direito público de se obter do Estado uma decisão
favorável, ou seja, ela só existe quando também exista o próprio direito material a tutelar.
Um de seus grandes defensores foi Chiovenda.

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Em 1877, foi criada na Alemanha a teoria abstrata do direito de ação, pela qual a
ação é o direito à composição do litígio pelo Estado, mesmo que a decisão final negue a
procedência do pedido do autor. Como bem define o respeitável Ovídio Baptista, “este é
um direito público subjetivo conferido a todos indistintamente, sendo irrelevante para sua
existência que o autor tenha ou não razão, seja ou não titular do direito posto em causa
perante o magistrado. Tanto aquele que tiver sua demanda declarada procedente quanto o
outro que propusera ação julgada improcedente eram igualmente titulares de um idêntico

7
direito subjetivo público, através do qual impunham ao Estado o cumprimento de sua

63
33
obrigação de prestar jurisdição”.

55
Constitui a teoria eclética do direito de ação, elaborada por Liebman, uma posição

63
03
intermediária entre os dois extremos representados pelas correntes abstratista e

F:
concretista da ação. Essa teoria dá especial destaque às condições da ação – possibilidade

CP
jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade ad causam –, colocadas como
,
ra
verdadeiro ponto de contato entre a ação e a situação de direito material. A falta de uma
ei
iv

das condições mencionadas leva à carência de ação e o juiz deve refutar-se de prover o
Ol

mérito da demanda, quando, então, não há um verdadeiro exercício da prestação


e

jurisdicional, mas, apenas, o uso das formas para fazer aquela avaliação preliminar, pois
i
on

entre a ação e a jurisdição existe uma exata correlação, não pode haver uma sem a outra.
ar

Neste sentido, afirma Liebman que, só haverá jurisdição quando, ultrapassada essa
sp
Ga

fase de averiguação prévia, constatar o juiz que a causa posta em julgamento está
i

constituída, no processo, de forma regular.


al
g gi
Po

Gabarito: Certo
ne
ni
Ja

17. (Defensor Público do Estado de São Paulo/2008) Segundo Liebman, “somente


poderemos falar em ação quando o processo terminar com um provimento sobre o
caso concreto, ainda que desfavorável ao autor”. Essa asserção prende-se à qual
teoria conceitual do direito de ação?
(F)Concretista relativa.
(G) Instrumental da ação.
(H) Abstrata pura.

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(I) Concretista do direito de ação.
(J) Privatista do direito de ação.

O conceito do direito de ação nem sempre foi o mesmo. Ao longo da história ele sofreu
modificações.
1ª teoria – Teoria privatista do direito de ação: desde o direito romano até o séc.
XIX, considerava-se a ação à luz da teoria civilista, imanentista ou clássica, pela qual

7
63
a ação é simples aspecto do direito material da parte, ou seja, a ação seria o direito de

33
55
pedir em juízo o que nos é devido. Deste conceito resultavam três consequências

63
inevitáveis: não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza

03
do direito. Desta forma, a ação seria o próprio direito reagindo a uma violação. Esta

F:
CP
teoria teve como expoentes Savigny e, entre nós, Clóvis Beviláqua.

,
ra
ei

2ª teoria – Teoria concretista relativa: Adolfo Wach proclamou a independência do


iv
Ol

direito de agir do direito subjetivo material. Nas palavras do jurista alemão referido,
e

aquele é um "direito relativamente independente, que serve à manutenção da ordem


i

concreta dos direitos privados, em relação aos quais é um direito secundário e


on
ar

independente quanto aos seus requisitos" ( Arruda Alvim, Manual de Direito


sp

Processual Civil, V. 1, p. 214). Essa independência do direito de ação do direito


Ga

material, para Wach era relativa, uma vez que este definia o direito de ação como um
i
al

direito subjetivo público e concreto, isto é, era necessário a existência de um direito


g gi

correspondente para provocar a jurisdição. O "jus actionis" era um direito destinado a


Po

tornar efetivo o direito subjetivo material.


ne
ni
Ja

3ª teoria – Teoria concretista do direito de ação: Em meados do séc. XIX, ganhou


espaço na doutrina europeia a teoria concreta do direito de ação, pela qual a ação é
um direito autônomo do direito subjetivo material violado ou ameaçado. Ela dirige-se
contra o Estado, porque configura o direito de exigir a proteção jurídica, e também
contra o adversário, do qual se exige a sujeição. Contudo, segundo essa corrente, a
ação é o direito público de se obter do Estado uma decisão favorável, ou seja, ela só
existe quando também exista o próprio direito material a tutelar. Um de seus grandes
defensores foi Chiovenda.

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4ª teoria – Teoria abstrata pura: Em 1877, foi criada na Alemanha a teoria abstrata
do direito de ação, pela qual a ação é o direito à composição do litígio pelo Estado,
mesmo que a decisão final negue a procedência do pedido do autor. Como bem define
o respeitável Ovídio Baptista, “este é um direito público subjetivo conferido a todos
indistintamente, sendo irrelevante para sua existência que o autor tenha ou não razão,
seja ou não titular do direito posto em causa perante o magistrado. Tanto aquele que

7
tiver sua demanda declarada procedente quanto o outro que propusera ação julgada

63
33
improcedente eram igualmente titulares de um idêntico direito subjetivo público,

55
através do qual impunham ao Estado o cumprimento de sua obrigação de prestar

63
03
jurisdição”.

F:
CP
,
5ª teoria – Teoria instrumental da ação: Levando em conta essas premissas e ra
ei

tentando superar essas posições extremas, o eminente processualista italiano Enrico


iv

Tulio Liebman concebeu uma teoria do direito de ação digna de destaque e que
Ol

influenciou deveras o direito processual civil brasileiro. Constitui a teoria eclética do


e

direito de ação (ou teoria instrumental da ação) uma posição intermediária entre os
i
on

dois extremos representados pelas correntes abstratista e concretista da ação. Essa


ar
sp

teoria dá especial destaque às condições da ação – possibilidade jurídica do pedido,


Ga

interesse de agir e legitimidade ad causam –, colocadas como verdadeiro ponto de


i
al

contato entre a ação e a situação de direito material. A falta de uma das condições
gi

mencionadas leva à carência de ação e o juiz deve refutar-se de prover o mérito da


g
Po

demanda, quando, então, não há um verdadeiro exercício da prestação jurisdicional,


ne

mas, apenas, o uso das formas para fazer aquela avaliação preliminar, pois entre a
ni

ação e a jurisdição existe uma exata correlação, não pode haver uma sem a outra.
Ja

Neste sentido, afirma Liebman que, só haverá jurisdição quando, ultrapassada essa
fase de averiguação prévia, constatar o juiz que a causa posta em julgamento está
constituída, no processo, de forma regular e capaz de ensejar uma decisão de mérito
sobre a demanda, mesmo que esta decisão seja contrária ao autor.
Como se percebe, a teoria instrumental é a teoria defendida por Liebman, o que torna
correta a letra (B).

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Gabarito: (B)

18. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) A teoria eclética da ação –


que não é adotada pelo CPC – proclama que a jurisdição só pode ser acionada se
houver o direito material postulado.

Pela teoria eclética da ação – adotada pelo CPC –, a ação é um direito abstrato (direito

7
63
à composição do litígio) que atua autônoma e independentemente do direito material

33
55
pleiteado pela parte. Esta teoria considera a ação como direito:

63
– autônomo: o direito de ação não se confunde com o direito subjetivo material nem

03
F:
depende deste para ser exercitado;

CP
– abstrato: o direito de ação existe independentemente da própria existência do direito
,
ra
material controvertido. Ele é exercitável pela parte para exigir do Estado a obrigação da
ei

prestação jurisdicional, pouco importando seja esta de amparo ou desamparo à pretensão


iv
Ol

de quem o exerce; e
e

– instrumental: o direito de ação não é um fim em si mesmo, ele refere-se sempre à


i
on

pretensão de realização do direito material controvertido.


ar
sp
Ga

Gabarito: Errado
i
al
gi

19. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Conforme raciocínio possível


g
Po

a partir da teoria eclética da ação, adotada pelo CPC, no caso de ação de


ne

conhecimento ajuizada com o fim de obter a condenação de alguém ao pagamento


ni
Ja

de quantia já expressa em título executivo extrajudicial válido e vencido, existe


carência de ação por ausência do interesse de agir, e não improcedência do pedido
por falta de direito à tutela requerida.

Nosso Código de Processo Civil adotou, quanto às categorias do processo, o trinômio


“pressupostos processuais-condições da ação-mérito da causa”. Ao receber o processo o
juiz verificará, preliminarmente, se o mesmo preenche os pressupostos processuais e as

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condições da ação. Somente após essa análise ele adentrará no exame do mérito da causa,
que poderá resultar na sentença de procedência ou improcedência do pedido.
O reconhecimento da ausência dos pressupostos processuais leva ao impedimento da
instauração da relação processual ou à nulidade processual.
O reconhecimento da ausência das condições da ação (possibilidade jurídica do
pedido, interesse de agir e legitimidade de parte) leva à declaração de carência da ação.
Por fim, o reconhecimento da ausência do direito material subjetivo leva à declaração

7
63
de improcedência do pedido (e não improcedência da ação, como erroneamente se fala na

33
praxe forense). Esquematicamente, temos:

55
63
03
F:
CP
,
ra
ei
iv
Ol
e
i
on
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po
ne
ni
Ja

A questão nos informa que o autor possui um título executivo extrajudicial válido e
vencido, logo, ele deveria ingressar diretamente com uma ação executiva para forçar o

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devedor a quitar o débito, e não com uma ação de conhecimento. A ação de
conhecimento caberia somente se o autor não possuísse um título executivo e, portanto,
quisesse provar a existência de um débito em favor seu. Deste modo, como a prestação
jurisdicional não lhe é útil nem necessária para o alcance do bem pretendido (quitação
do débito), não há interesse de agir nem, consequentemente, as condições da ação.
Segundo Ada Pellegrini Grinover, “o fenômeno da carência da ação nada tem a ver
com a existência do direito subjetivo afirmado pelo autor, nem com a possível

7
inexistência dos requisitos, ou pressupostos, da constituição da relação processual

63
33
válida. É situação que diz respeito apenas ao exercício do direito de ação e que

55
pressupõe a autonomia desse direito. Por isso mesmo, incumbe ao juiz, antes de entra

63
03
no exame do mérito, verificar se a relação processual que se instaurou desenvolveu-se

F:
regularmente (pressupostos processuais) e se o direito de ação pode ser validamente

CP
exercido, no caso concreto (condições da ação)”.
,
ra
ei
iv

Pressupostos processuais Condições da ação


Ol
e

Âmbito da validade: são requisitos Âmbito da eficácia: são requisitos


i
on

jurídicos para a validade da relação jurídicos para a eficácia da relação


ar

processual. processual.
sp
Ga

Constituem exigências legais sem cujo Constituem requisitos a observar, depois


i

atendimento o processo, como relação de estabelecida regularmente a relação


al
gi

jurídica, não se estabelece ou não se processual, para que o juiz possa


g
Po

desenvolve validamente. E, em conse- solucionar a lide (mérito).


ne

quência, não atinge a sentença que de-


ni

veria apreciar o mérito da causa.


Ja

São dados para a análise de viabilidade Importam o cotejo do direito de ação con-
do exercício do direito de ação sob o cretamente exercido com a viabilidade
ponto de vista estritamente processual. abstrata da pretensão de direito material.

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Os pressupostos processuais costumam As condições da ação são três:
ser classificados em: 1. possibilidade jurídica do pedido: o
A) Pressupostos de existência: pedido deduzido deve ser viável em face
a) subjetivos: do direito positivo em vigor.

1) competência do juiz para a causa; a) pedido imediato: refere-se à tutela

2) capacidade civil das partes; jurisdicional requerida ao Estado;


b) pedido mediato: refere-se à providência

7
3) representação por advogado.

63
de direito material requerida contra o réu.

33
b) objetivos:

55
2. interesse de agir: refere-se à
1) observância de forma processual

63
necessidade e utilidade da concessão do

03
adequada à pretensão;

F:
provimento jurisdicional para o alcance
2) existência nos autos de mandato con-

CP
do bem da vida pretendido pela parte.
ferido ao advogado;
,
ra
3. legitimidade de parte (legitimatio ad
ei

3) inexistência de litispendência, coisa


causam): refere-se à legitimação dos
iv

julgada, compromisso, ou de inépcia da


Ol

sujeitos, de acordo com a lei, para


petição inicial;
e

atuarem no processo como partes. A


i

4) inexistência de qualquer das nulida- legitimação ativa caberá ao titular do


on
ar

des previstas na legislação processual. interesse afirmado na pretensão (petição


sp

B) Pressupostos de desenvolvimento: inicial), e a passiva ao titular do interesse


Ga

são aqueles que devem ser atendidos no que se opõe ou resiste à pretensão, sendo
i
al

decorrer do processo. que, excepcionalmente, admite-se a


g gi

substituição processual da parte.


Po
ne
ni

Gabarito: Certo
Ja

20. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O meio de se provocar a


jurisdição é a exceção processual, direito público subjetivo a um pronunciamento
estatal que solucione o litígio.

O meio de se provocar a jurisdição é a ação processual. Segundo Humberto Theodoro


Jr., “a ação é o direito a um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo

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desaparecer a incerteza gerada pelo conflito de interesses, pouco importanto qual seja
a solução a ser dada pelo juiz”.

Gabarito: Errado

Em relação às condições da ação, julgue os próximos itens.


21. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Para propor

7
63
determinada ação judicial, é necessário que a parte autora detenha legitimidade e

33
55
interesse de agir e que o pedido deduzido seja juridicamente possível.

63
03
F:
Conforme o art. 267, VI, do CPC, temos em nosso ordenamento jurídico as seguintes

CP
condições da ação: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir, e legitimidade
,
ra
de parte. Portanto, a questão está correta.
ei
iv

Condições da ação são requisitos de ordem processual, intrinsicamente instrumentais,


Ol

que existem para verificar se a ação deverá ser admitida ou não; são requisitos-meio
e

para que, admitida a ação, seja julgado o mérito. Partindo-se do pressuposto que o
i
on

direito de ação é o poder jurídico de obter em juízo uma sentença de mérito, isto é,
ar

sentença que componha definitivamente o conflito de interesses de pretensão resistida


sp
Ga

(lide), identificamos as seguintes condições da ação (art. 267, VI, CPC):


i

1ª Possibilidade jurídica do pedido: permissão do direito positivo a que se instaure a


al
gi

relação processual em torno da pretensão do autor.


g
Po

2ª Interesse de agir: localiza-se o interesse processual no trinômio necessidade-


ne

utilidade-adequação. Se a parte sofre um prejuízo não propondo a demanda, daí


ni

resulta que, para evitar esse prejuízo, necessita da intervenção dos órgãos
Ja

jurisdicionais. Ademais, o processo jamais será utilizável como simples instrumento


de indagação ou consulta, mas como meio de afastar lesão ou perigo de dano
representado pela efetiva existência de uma lide. Por fim, a provocação da tutela
jurisdicional deve ser adequada a produzir a correção arguida na inicial.
3ª Legitimidade de parte: consiste na titularidade ativa e passiva da ação; é a
pertinência subjetiva da ação. A titularidade ativa caberá ao titular do interesse

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afirmado na pretensão; a passiva, ao titular do interesse que se opõe ou resiste à
pretensão.

Gabarito: Certo

22. (TRT da 9ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2007) As condições da ação


tornam possível o surgimento de uma relação jurídica e válido e regular seu

7
63
desenvolvimento. A ausência de qualquer uma dessas condições acarreta a nulidade

33
55
do processo no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferimento liminar da petição

63
inicial.

03
F:
CP
A questão apresenta dois erros conceituais:
Primeiro: os pressupostos processuais, e não as condições da ação, tornam possível o
,
ra
ei

surgimento de uma relação jurídica e válido e regular seu desenvolvimento. As condições


iv

da ação constituem requisitos a observar, depois de estabelecida regularmente a relação


Ol

processual, para que o juiz possa solucionar a lide (mérito).


e
i

Segundo: o reconhecimento da ausência das condições da ação (possibilidade jurídica


on

do pedido, interesse de agir e legitimidade de parte) leva à declaração de carência da


ar
sp

ação, com a extinção do processo sem a resolução do mérito, e não à nulidade do


Ga

processo ou ainda o indeferimento liminar da petição inicial.


i
al

Ensina Ada Pellegrini Grinover que “o fenômeno da carência da ação nada tem a ver
gi

com a existência do direito subjetivo afirmado pelo autor, nem com a possível
g
Po

inexistência dos requisitos, ou pressupostos, da constituição da relação processual


ne

válida. É situação que diz respeito apenas ao exercício do direito de ação e que
ni
Ja

pressupõe a autonomia desse direito. Por isso mesmo, incumbe ao juiz, antes de entra no
exame do mérito, verificar se a relação processual que se instaurou desenvolveu-se
regularmente (pressupostos processuais) e se o direito de ação pode ser validamente
exercido, no caso concreto (condições da ação)”.

São três as condições da ação:

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PACOTE DE EXERCÍCIOS MPU – ANALISTA PROCESSUAL 
AULA 1 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
PROFª FLÁVIA BOZZI  
 
1. possibilidade jurídica do pedido: o pedido deduzido deve ser viável em face do
direito positivo em vigor.
a) pedido imediato: refere-se à tutela jurisdicional requerida ao Estado;
b) pedido mediato: refere-se à providência de direito material requerida contra o réu.
2. interesse de agir: refere-se à necessidade e utilidade da concessão do provimento
jurisdicional para o alcance do bem da vida pretendido pela parte.
3. legitimidade de parte (legitimatio ad causam): refere-se à legitimação dos sujeitos,

7
63
de acordo com a lei, para atuarem no processo como partes. A legitimação ativa caberá

33
55
ao titular do interesse afirmado na pretensão (petição inicial), e a passiva ao titular do in-

63
teresse que se opõe ou resiste à pretensão, sendo que, excepcionalmente, admite-se a

03
substituição processual da parte.

F:
CP
,
ra
Gabarito: Errado
ei
iv
Ol

23. (TRT da 9ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2007) O interesse de agir


e

surge da necessidade de obter, por meio do processo, a proteção ou reparação de um


i
on

interesse substancial, o que impõe a quem o alega a demonstração de uma lesão a


ar

esse interesse e a utilidade do provimento jurisdicional pretendido. O interesse que


sp
Ga

autoriza a propositura ou a contestação de uma ação é o interesse legítimo de


i

natureza econômica ou moral.


al
g gi
Po

Correto. O interesse de agir refere-se à necessidade e utilidade da concessão do


ne

provimento jurisdicional para o alcance do bem da vida pretendido pela parte.


ni
Ja

Gabarito: Certo

24. (Estagiário de Direito da Defensoria Pública de São Paulo / 2008) A Defensoria


Pública do Estado de São Paulo, por meio de seu Núcleo Especializado de Habitação
e Urbanismo, ajuizou uma ação civil pública contra a remoção de determinada
comunidade de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) da cidade de São
Paulo. Essa comunidade estava instalada no local havia 35 anos. Ao despachar a

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petição inicial, o juiz a indeferiu, extinguindo o processo sem resolução do mérito,
ao fundamento de que não haveria possibilidade jurídica do pedido, uma vez que
não há nenhuma lei que assegure expressamente a pretensão do autor em não
remover uma comunidade.Nessa situação hipotética, o juiz
(E) agiu corretamente, já que a possibilidade jurídica do pedido, segundo a
doutrina majoritária, é aferida somente se houver previsão expressa do
pedido postulado na ação.

7
63
(F)não agiu corretamente, pois, em caso de impossibilidade jurídica do pedido,

33
sempre é necessário determinar ao autor a emenda da petição inicial.

55
(G) não agiu corretamente, pois, segundo a doutrina majoritária, a possibilidade

63
03
jurídica do pedido afere-se a contrario sensu, ou seja, é juridicamente

F:
possível tudo aquilo que a lei não vede expressamente.

CP
(H) agiu corretamente, porque, como se trata de ação civil pública, não é
,
ra
observada a oportunização da emenda da inicial antes de se extinguir o
ei
iv

processo.
Ol
e

A possibilidade jurídica do pedido é instituto processual pelo qual ninguém pode


i
on

intentar uma ação pedindo uma providência que não esteja, em tese ou abstratamente,
ar
sp

expressa ou implicitamente, prevista no ordenamento jurídico.


Ga

Parte da doutrina afirma que se houver previsão da providência requerida, então


i
al

sempre haverá possibilidade jurídica do pedido. Por outro lado, há quem defenda que se
gi

não existir vedação expressa quanto àquilo que se está pedindo em juízo então haverá
g
Po

possibilidade jurídica do pedido. Esse segundo posicionamento foi o adotado pela banca
ne

do Cespe/UnB.
ni
Ja

Humberto Theodoro assim se pronuncia sobre a possibilidade jurídica do pedido


“exigência de que deve existir, abstratamente, dentro do ordenamento jurídico, um tipo
de providência como a que se pede através da ação”.
Sobre a impossibilidade jurídica do pedido, é exemplo clássico a cobrança de dívida
de jogo. Não se pode requerer a proteção jurisdicional para cobrar tal dívida, já que o
jogo de azar é proibido pelo ordenamento jurídico.
Gabarito: (C)

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Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito processual civil, julgue o item
abaixo.
25. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/STJ/2008) O ato do presidente de um tribunal
que designa um juiz substituto para atuar em determinado feito, após o juiz titular e
seu substituto legal terem afirmado sua suspeição para atuar na ação, não viola o
princípio do juiz natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes
para o julgamento se deu com base em motivo legal (art. 135 do CPC), e não, por

7
63
ato de exceção.

33
55
63
Caso o juiz titular e seu substituto legal afastem-se do julgamento da lide por motivo

03
de suspeição, caberá ao presidente do tribunal a que eles estão subordinados designar um

F:
CP
juiz substituto para atuar em determinado feito. Tal atitude não viola o princípio do juiz

,
natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes para o julgamento se ra
ei

deu com base em motivo legal, e não, por ato de exceção.


iv

Pelo princípio do juiz natural, só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que a
Ol

Constituição atribui o poder jurisdicional. Segundo Humberto Theodoro Jr., “toda


e
i

origem, expressa ou implícita, do poder jurisdicional só pode emanar da Constituição, de


on

modo que não é dado ao legislador ordinário criar juízes ou tribunais de exceção, para
ar
sp

julgamento de certas causas, nem tampouco dar aos organismos judiciários estruturação
Ga

diversa daquela prevista na Lei Magna”.


i
al

Com fulcro no princípio da imparcialidade, pelo qual deve o juiz manter-se


gi

equidistante das partes em litígio e desinteressado da solução do conflito, é que o Código


g
Po

de Processo Civil prevê as hipóteses de suspeição e impedimento. Por meio dessas


ne

exceções o juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, ser afastado do


ni
Ja

julgamento da lide sem que haja violação ao princípio do juiz natural.


Segundo o art. 312 do CPC, a parte oferecerá a exceção de impedimento ou de
suspeição, especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição será dirigida ao
juiz da causa e conterá os fundamentos da alegação e o rol de testemunhas. Despachando
a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos
autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 dias, dará as suas razões,
acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa
dos autos ao tribunal (art. 313 do CPC).

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Gabarito: Certo

PONTO 2. DAS PARTES E PROCURADORES: DA CAPACIDADE


PROCESSUAL E POSTULATÓRIA; DOS DEVERES E DA
SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES E PROCURADORES.

26. (TJ-SE/Agente notarial/2006) São deveres das partes e de todos aqueles que de

7
qualquer forma participam do processo submeter-se às ordens contidas nos

63
33
provimentos judiciais de natureza mandamental e assegurar exequibilidade dos

55
provimentos judiciais. Ressalvados os advogados, e nos atos restritos à sua atividade

63
03
profissional, o desatendimento desse dever constitui ato atentatório ao exercício de

F:
jurisdição.

CP
,
ra
As partes e todos aqueles que participam do processo (terceiro interessado,
ei
iv

litisconsorte, oponente, assistente técnico, por exemplo) têm o dever de colaborar para
Ol

a fiel execução dos provimentos mandamentais. A violação a esse dispositivo


e

constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição. A exceção é quanto aos


i
on

advogados, que se submetem exclusivamente ao Estatuto da OAB – Lei nº 8.906/1994


ar

(art. 14, parágrafo único, do CPC).


sp
Ga
i
al

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma
gi

participam do processo:
g
Po

I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;


ne

II – proceder com lealdade e boa-fé;


ni
Ja

III – não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são
destituídas de fundamento;
IV – não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à decla-
ração ou defesa do direito;
V – cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou
final.

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Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente
aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui
ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das
sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa
em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo
estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a

7
multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.

63
33
55
63
Gabarito: Certo

03
F:
CP
27. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade jurídica do
,
ra
ei

pedido formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações acerca do mérito,
iv

pedindo a improcedência do pedido.


Ol
e
i

Pelo princípio da eventualidade, no momento de sua defesa, o réu deve alegar


on
ar

toda a matéria de direito e de fato para afastar o pedido pleiteado pelo autor na inicial.
sp

Então, antes de impugnar o mérito do pedido, ele deve alegar, se for o caso, as
Ga

preliminares da contestação, como inépcia da petição inicial; perempção;


i
al

litispendência; coisa julgada; conexão; convenção de arbitragem; carência de ação


g gi

(possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade das partes e o interesse processual).


Po

Por esse motivo, é da praxe jurídica o réu apontar, na contestação, em sede preliminar,
ne

a impossibilidade jurídica do pedido formulado pelo autor (carência da ação) e, após,


ni
Ja

na mesma peça, tecer considerações acerca do mérito, pedindo a improcedência do


pedido. Tal conduta não caracteriza descumprimento a um dever de lealdade.

Gabarito: Errada

28. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


No caso de embaraço criado pela parte à efetivação de um provimento judicial final,

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estará configurado o descumprimento de um dever da parte, o mesmo não
ocorrendo se o provimento for meramente antecipatório.
Ficará configurado o descumprimento de um dever da parte se esta criar
embaraço tanto à efetivação de um provimento judicial final como a um provimento
de natureza antecipatória (art. 14, V, CPC).
Gabarito: Errado

7
63
29. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A penalidade para aquele que praticar um ato

33
55
atentatório ao exercício da jurisdição é de multa de até 20% sobre o valor da causa,

63
ressalvados os advogados.

03
F:
Constituem ato atentatório ao exercício da jurisdição descumprir os provimentos

CP
mandamentais e criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza
antecipatória ou final. Cabe ao juiz reprimir atos que atentem contra a dignidade da ,
ra
ei

Justiça, podendo aplicar sobre os infratores multa de até 20% do valor da causa.
iv
Ol

Gabarito: Certo
e
i
on

30. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


ar

A parte ré que alega a decadência de um dos direitos pleiteados na ação em


sp
Ga

momento posterior à contestação comete ato atentatório ao exercício da jurisdição,


i

sujeitando-se a multa de até 20% do valor da causa.


al
g gi
Po
ne
ni

A alegação de decadência em momento posterior à contestação não caracteriza


Ja

ofensa ao exercício jurisdicional, portanto, incabível a incidência da multa de até


20%. Constituem ato atentatório ao exercício da jurisdição descumprir os
provimentos mandamentais e criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais,
de natureza antecipatória ou final.

Gabarito: Errado

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31. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
A formulação de pretensão destituída de fundamento não é descumprimento de
dever da parte, mas regular exercício do direito de defesa em sua total amplitude.

São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do
processo não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento (art. 14, III, do CPC).

7
63
33
55
Gabarito: Errado

63
03
F:
32. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)

CP
O dever de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais atinge não só as
,
ra
partes, como também todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo,
ei

ressalvando-se aos advogados sua sujeição exclusiva aos estatutos da OAB.


iv
Ol
e

Certa. As partes e todos aqueles que participam do processo (terceiro


i
on

interessado, litisconsorte, oponente, assistente técnico, por exemplo) têm o dever de


ar

colaborar para a fiel execução dos provimentos mandamentais. A exceção é quanto


sp
Ga

aos advogados, que se submetem exclusivamente ao Estatuto da OAB – Lei nº


i

8.906/1994 (art. 14, parágrafo único, do CPC).


al
gi

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma
g
Po

participam do processo:
ne

I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;


ni
Ja

II – proceder com lealdade e boa-fé;


III – não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são
destituídas de fundamento;
IV – não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à decla-
ração ou defesa do direito;
V – cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou
final.

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Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente
aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui
ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das
sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa
em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo
estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a

7
multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.

63
33
55
63
Gabarito: Certa

03
F:
CP
2.2 DA CAPACIDADE DE SER PARTE E DA CAPACIDADE
,
ra
PROCESSUAL
ei
iv
Ol

33. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) A capacidade de ser parte em um


e

negócio jurídico não se confunde com a capacidade processual de estar em juízo.


i
on
ar
sp

A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade processual,


Ga

motivo pelo qual a questão está correta.


i
al

A capacidade para ser parte é um elemento genérico, relacionando-se com a


gi

capacidade de gozo ou de direito. Tem capacidade de ser parte quem é sujeito de


g
Po

direitos e obrigações na órbita civil, a saber: as pessoas naturais e as pessoas


ne

jurídicas, de direito público ou privado, e os entes despersonalizados (massa falida,


ni

espólio, herança vacante ou jacente, massa do insolvente civil, as sociedades sem


Ja

personalidade jurídica e o condomínio). Segundo a doutrina e a jurisprudência, os


entes despersonalizados são pessoas formais ou morais, dotadas de personalidade
judiciária.
Já a capacidade processual guarda relação com a capacidade de fato ou de
exercício; consiste na aptidão de participar de uma relação processual específica, em
nome próprio ou alheio.

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Gabarito: Certo

34. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) A capacidade de ser parte relaciona-se com a


capacidade processual, ou seja, a aptidão de participar da relação processual, em
nome próprio ou alheio. Têm capacidade de ser parte as pessoas naturais, as
jurídicas e os entes despersonalizados.

7
63
A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade processual,

33
motivo pelo qual a questão está errada.

55
63
A capacidade para ser parte é um elemento genérico, relacionando-se com a

03
capacidade de gozo ou de direito. Tem capacidade de ser parte quem é sujeito de

F:
direitos e obrigações na órbita civil, a saber: as pessoas naturais e as pessoas

CP
jurídicas, de direito público ou privado, e os entes despersonalizados (massa falida,
,
ra
espólio, herança vacante ou jacente, massa do insolvente civil, as sociedades sem
ei
iv

personalidade jurídica e o condomínio). Segundo a doutrina e a jurisprudência, os


Ol

entes despersonalizados são pessoas formais ou morais, dotadas de personalidade


e

judiciária.
i
on

Já a capacidade processual guarda relação com a capacidade de fato ou de


ar

exercício; consiste na aptidão de participar de uma relação processual específica, em


sp
Ga

nome próprio ou alheio.


i

Não tem capacidade processual quem não dispõe de aptidão para praticar os
al
gi

atos da vida civil, como os menores e os alienados mentais, por esse motivo, eles
g
Po

serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei
ne

civil (art. 8º do CPC c/c arts. 5º e 40 do Código Civil).


ni
Ja

Para distinguir capacidade de ser parte de capacidade processual, lembre-se de


que:
Os menores têm capacidade de ser parte, mas não tem capacidade
processual ou capacidade para estar em juízo, razão pela qual precisam
ser representados ou assistidos pelos pais ou representantes legais.

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Exemplo: o recém-nascido é parte na ação de investigação de paternidade,
mas, por não ter capacidade processual, é representado pela mãe.

Art. 7º do CPC. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem
capacidade para estar em juízo.
Art. 8º do CPC. Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,
tutores ou curadores, na forma da lei civil.

7
63
Art. 3º do CC. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos

33
55
da vida civil:

63
I – os menores de dezesseis anos;

03
F:
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário

CP
discernimento para a prática desses atos;
,
ra
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
ei
iv

Art. 4º do CC. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os


Ol

exercer:
e

I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;


i
on

II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência


ar
sp

mental, tenham o discernimento reduzido;


Ga

III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;


i
al

IV – os pródigos.
g gi

Gabarito: Errado
Po
ne
ni

35. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Os incapazes não têm capacidade


Ja

de ser parte por faltar-lhes a capacidade de estar em juízo.

Como vimos, a capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade de


estar em juízo (capacidade processual), motivo pelo qual a questão está errada.
Os incapazes têm capacidade para ser parte, mas não têm capacidade para estar
em juízo ou capacidade processual porque não dispõem de aptidão para praticar os
atos da vida civil. Por esse motivo, os incapazes (por exemplo, menores e alienados

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mentais) serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na
forma da lei civil (art. 8º do CPC c/c arts. 5º e 40 do Código Civil).

Atenção: quem tem capacidade para estar em juízo tem necessariamente


capacidade para ser parte, mas a recíproca não é verdadeira. Exemplo: o recém-
nascido tem capacidade de ser parte, mas não para estar em juízo. Já a mãe tem
capacidade para estar em juízo, logo, tem capacidade para ser parte.

7
63
33
55
Art. 7º do CPC. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem

63
capacidade para estar em juízo.

03
F:
Art. 8º do CPC. Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,

CP
tutores ou curadores, na forma da lei civil.

,
ra
ei

Gabarito: Errado
iv
Ol
e

36. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) O nascituro não detém


i
on

capacidade de ser parte processual.


ar
sp
Ga

Ao nascituro assiste, no plano do direito processual, capacidade para ser parte,


i

como autor ou como réu. Representando o nascituro, pode a mãe propor a ação, e
al
gi

nascendo ele com vida, será investido na titularidade da pretensão de direito material.
g
Po

Exemplos: ação investigatória de paternidade, habilitação na partilha e inventário do


ne

de cujus. Segundo o art. 7º do CPC, toda pessoa que se acha no exercício dos seus
ni

direitos tem capacidade para estar em juízo. Sabemos que, de acordo com a lei civil, a
Ja

personalidade da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde
a concepção, os direitos do nascituro (art. 2º do CC).
Desse modo, embora o nascituro não tenha personalidade civil, ele poderá,
representado pela mãe (ou até mesmo pelo Ministério Público), ser parte no processo,
assumindo, após o nascimento com vida, a titularidade do direito material.

Gabarito: Errado

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37. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Supre-se a


incapacidade processual relativa da parte por meio da intervenção do representante
legal do incapaz.

Se no processo uma das partes for absolutamente incapaz, ela deverá ser
regularmente representada; se for relativamente incapaz, deverá ser assistida. Em

7
ambos os casos haverá, ainda assim, a necessidade de intervenção do Ministério

63
33
Público, sob pena de nulidade do processo (arts. 82, I, e 84 do CPC). Por esse motivo,

55
a questão está errada.

63
03
Não se pode confundir os termos intervenção e representação. O primeiro

F:
significa o ato pelo qual uma pessoa (interventor) interfere num processo entre duas

CP
outras pessoas; o segundo significa o ato pelo qual uma pessoa (mandatário) atua em
,
ra
nome de outra. São exemplos de intervenção de terceiros: a assistência (arts. 50 a 55),
ei
iv

a oposição (arts. 56 a 61), a nomeação à autoria (arts. 62 a 69), a denunciação da lide


Ol

(arts. 70 a 76) e o chamamento ao processo (arts. 77 a 80). Como exemplos de


e

representação, temos as voluntárias, derivadas de negócio jurídico (procuração


i
on

concedida por um particular a outro, ou por uma empresa a um preposto), e as legais,


ar

oriundas diretamente da lei (como a do titular do pátrio poder em relação aos filhos
sp
Ga

menores).
i
al
gi

Gabarito: Errado
g
Po
ne

38. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Tem legitimidade


ni
Ja

ativa para agir o titular da pretensão formulada em face de quem é o sujeito passivo
dessa mesma pretensão. Essa legitimidade, seja ativa ou passiva, corresponde à
capacidade processual de ser parte.

A legitimidade ativa (condição da ação) não se confunde com a capacidade processual


de ser parte (pressuposto processual), motivo pelo qual a questão está errada.
A legitimidade ativa ou legitimidade para ser parte (legitimatio ad causam) é uma
condição da ação e refere-se à legitimação dos sujeitos, de acordo com a lei, para atuarem no

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processo como partes. A legitimação ativa caberá ao titular do interesse afirmado na
pretensão (petição inicial), e a passiva ao titular do interesse que se opõe ou resiste à
pretensão, sendo que, excepcionalmente, admite-se a substituição processual da parte.
Já a capacidade processual ou legitimidade para o processo ou capacidade para estar
em juízo é um pressuposto processual e consiste na aptidão de participar de uma relação
processual específica, em nome próprio ou alheio.
Por exemplo: o recém-nascido tem legitimidade para a causa (condição da ação), mas

7
63
não legitimidade para o processo ou capacidade para estar em juízo (pressuposto processual).

33
55
63
Gabarito: Errada

03
F:
CP
39. (TJ-RJ/Analista Judiciário/2008) As pessoas casadas não têm capacidade
,
ra
processual, pois elas dependem do consentimento do outro cônjuge para agirem
ei

judicialmente em defesa de seus direitos ou para se defenderem em juízo, salvo


iv
Ol

quando litigarem entre si.


e
i
on

As pessoas casadas têm capacidade processual plena, motivo pelo qual a


ar

questão está errada. Elas geralmente independem de outorga do outro cônjuge para
sp
Ga

agirem judicialmente em defesa de seus direitos ou para se defenderem em juízo. As


i

exceções estão no art. 10 do CPC.


al
g gi
Po

Art. 10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para


ne

propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários.


ni
Ja

§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:


I - que versem sobre direitos reais imobiliários;
II - resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos
praticados por eles;
III - fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja
execução tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus
bens reservados;

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IV - que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de
ônus sobre imóveis de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos
praticados.

Gabarito: Errado

7
63
33
55
40. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Em ação que

63
verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode integrar o polo

03
F:
ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de configurar-se a sua

CP
incapacidade processual, e não a sua ilegitimidade ad causam.

,
ra
ei

Temos aqui uma boa questão que distingue corretamente legitimidade para a
iv
Ol

causa de legitimidade para o processo.


e

A legitimatio ad causam caberá ao titular do interesse afirmado na pretensão


i
on

(petição inicial). Tem legitimidade para propor ação quem for o detentor do direito
ar

material controvertido.
sp
Ga

Para a propositura de ações que versem sobre direitos reais imobiliários, terá
i

legitimatio ad causam, da mesma forma, quem for o detentor do direito material


al
gi

controvertido (por exemplo, o interessado na ação reivindicatória, na ação de


g
Po

usucapião). Caso o interessado seja casado, para que ele detenha capacidade para estar
ne

em juízo, ele deverá obter o consentimento do outro cônjuge (art. 10, caput, do CPC).
ni

Tal consentimento caracteriza um pré-requisito para a capacidade processual (e não


Ja

para a legitimidade ativa), pois ele se refere a uma aptidão para participar de uma
relação processual específica, que são as causas que versem sobre direitos reais
imobiliários.

Gabarito: Certo

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41. (TJ-SE/Agente notarial/2006) Em regra, a titularidade da ação vincula-se à
titularidade do pretendido direito material subjetivo envolvido na lide. Por exceção
e nos casos expressamente autorizados em lei, admite-se a substituição processual,
que consiste em demandar a parte, em nome próprio e seu interesse, em defesa de
pretensão alheia.

A questão está correta. A regra e que ninguém pode pleitear, em nome próprio,

7
63
direito alheio, ou seja, em princípio, tem legitimidade para propor ação quem for o

33
detentor do direito material controvertido. Entretanto, a lei, em casos excepcionais,

55
63
autoriza a propositura da ação por pessoa estranha à relação jurídica. Nesse caso, diz-

03
se que ocorre a substituição processual ou legitimação extraordinária. Exemplo: na

F:
ação de investigação de paternidade, o Ministério Público tem legitimidade para a

CP
propositura da ação; na ação civil pública, o Ministério Público e outras pessoas
,
ra
elencadas na Lei 7.347/85 têm legitimidade para propor, em nome próprio, ação
ei
iv

visando à tutela de direitos relativos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens de


Ol

valor artístico etc.


e
i
on

Gabarito: Certo
ar
sp
Ga
i
al
g gi
Po

PONTO 3. DO LITISCONSÓRCIO E DA ASSISTÊNCIA.


ne
ni
Ja

3.1 LITISCONSÓRCIO

42. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRT da 5ª Região/2008) Mesmo ocorrendo


litisconsórcio multitudinário, o juiz não poderá limitar o número de litigantes, pois,
agindo assim, estará cerceando o livre acesso ao Poder Judiciário, já que toda
pessoa que se acha no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

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Consiste o litisconsórcio multitudinário numa espécie de litisconsórcio
facultativo recusável, ou seja, a formação do litisconsórcio não é obrigatória nem
necessária, por isso o juiz poderá limitar o número de litigantes, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa (art. 46, parágrafo
único). Portanto, a questão está errada.
Litisconsórcio é a designação dada ao fenômeno processual de pluralidade de
partes em uma lide. Diz-se ativo quando a pluralidade for de autores, passivo quando

7
for de réus e misto quando for de autores e réus. A figura do litisconsórcio se apoia na

63
33
necessidade de evitar julgamentos contraditórios e, ainda, no princípio da economia

55
processual.

63
03
Costumavam-se distinguir três tipos de litisconsórcios: necessário ou in-

F:
dispensável, facultativo próprio e facultativo impróprio. Atualmente, o CPC prevê

CP
apenas dois: o facultativo (art. 46) e o necessário (art. 47).
,
ra
ei

O litisconsórcio facultativo fica, a princípio, a critério do autor, desde que


iv

preenchidos os requisitos legais: quando entre os litisconsortes houver comunhão de


Ol

direitos ou obrigações; quando os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo


e

fundamento de fato ou de direito; quando houver conexão entre as causas pelo objeto
i
on

ou pela causa de pedir; quando houver afinidade de questões por um ponto comum de
ar
sp

fato ou de direito (art. 46 do CPC).


Ga

O litisconsórcio facultativo pode ser irrecusável ou recusável. Regra geral,


i
al

preenchidos os requisitos legais, nem o juiz nem a parte oposta podem recusar o
gi

litisconsórcio pretendido. Todavia, em certos casos, para evitar o comprometimento


g
Po

da rápida solução do litígio, pode o juiz limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao


ne

número de litigantes (art. 46, parágrafo único, do CPC). No litisconsórcio


ni
Ja

multitudinário, por exemplo, o elevado número de integrantes num dos pólos pode
acarretar dificuldades de ordem prática ao andamento do processo, sendo
recomendado o desmembramento da ação ou a limitação do número de litisconsortes.
O litisconsórcio necessário é aquele que decorre de expressa determinação
legal (lides relativas a dívida solidária; obrigação indivisível; condomínio; composse;
usucapião etc.) ou da própria natureza da relação jurídica controvertida (ação
pauliana, que deve ser proposta contra ambas as partes do contrato; ação de dissolução
de sociedade, que deve ser exercida contra todos os sócios etc.). Não se admite a

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figura do litisconsórcio necessário ativo, pois pelo princípio do direito de ação não se
pode constranger alguém a litigar num processo como autor.
Quanto à uniformidade da decisão, pode-se classificar o litisconsórcio em
simples e unitário. O litisconsórcio é simples quando a decisão, embora proferida no
mesmo processo, não tiver de ser uniforme para todos os que figuram no mesmo pólo
da relação processual. O litisconsórcio é unitário quando a demanda tiver de ser
decidida de forma idêntica para todos os litisconsortes.

7
63
33
Do Litisconsórcio e da Assistência

55
63
Do Litisconsórcio

03
F:
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em

CP
conjunto, ativa ou passivamente, quando:

,
ra
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à
ei

lide;
iv
Ol

II – os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou


e

de direito;
i
on

III – entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
ar
sp

IV – ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.


Ga

Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao


i
al

número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou


gi

dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta,


g
Po

que recomeça da intimação da decisão.


ne

Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela


ni
Ja

natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme


para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da
citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os
litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar
extinto o processo.

Em síntese, temos:

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Litisconsórcio
Quanto à Facultativo Necessário ou obrigatório
obrigatorie- a) Recusável: O juiz poderá Decorre de expressa
dade da limitar o número de litigantes, determinação legal ou da
formação quando este comprometer a própria natureza da relação
rápida solução do litígio ou jurídica controvertida (art. 47).
dificultar a defesa (art. 46, Não se admite a figura do
parágrafo único). Ex.: litisconsórcio necessário ativo.
litisconsórcio multitudinário.
b) Irrecusável: Preenchidos os

7
63
requisitos legais, nem o juiz nem

33
a parte oposta podem recusar o

55
litisconsórcio (art. 46, caput).

63
Quanto à Simples Unitário Simples Unitário

03
uniformida A formação do A formação A formação A formação do

F:
de da litisconsórcio não do do litisconsórcio é

CP
decisão é obrigatória e a litisconsórci litisconsórci obrigatória e a
,
decisão não é uni- o não é o
ra é decisão é
forme para todos obrigatória, obrigatória, uniforme para
ei

os litisconsortes. mas a mas a todos os


iv

decisão é decisão não litisconsortes.


Ol

uniforme é uniforme
e

para todos os para todos os


i

litisconsortes litisconsortes
on

. .
ar

Exemplos Na ação de inde- Na ação Nas ações de Na ação de anu-


sp

nização proposta proposta por divisão e lação de casa-


Ga

conjuntamente mais de um demarcação, mento proposta


i

pelos passageiros condômino as pretensões pelo MP, a


al

feridos num aci- para de cada um decisão


gi

dente de ônibus reivindicar o dos de- (casamento


g
Po

contra a empresa, bem comum, mandantes nulo ou não)


com fundamento a decisão podem ser será a mesma
ne

no contrato de será decididas de para ambos os


ni

transporte, a de- uniforme modo cônjuges.


Ja

cisão não tem de para todos os diverso.


ser uniforme para litisconsortes
todos os litiscon- .
sortes.
Quanto à A eficácia da sentença não Para a sentença ter eficácia, o
eficácia da dependerá da citação dos autor deverá promover a
sentença eventuais litisconsortes, pois se citação de todos os
trata de uma faculdade das partes. litisconsortes necessários, sob
Contudo, havendo litisconsortes, pena de extinção ou nulidade
cada um terá o direito de do processo.
promover o andamento do

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processo e todos deverão ser
intimados dos respectivos atos.

Gabarito: Errado

43. (Técnico Judiciário/Área: Administrativa/TRT da 5ª Região/2008) Há litisconsórcio


necessário, segundo o CPC, quando, por disposição de lei ou pela natureza da

7
63
relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as

33
55
partes.

63
A questão reproduz o disposto no art. 47 do CPC:

03
F:
Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza

CP
da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas
,
ra
as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos
ei

os litisconsortes no processo.
iv
Ol

Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os


e

litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar


i
on

extinto o processo.
ar

Humberto Theodoro Jr. conceitua litisconsórcio necessário como “aquele sem


sp
Ga

cuja observância não será eficaz a sentença, seja por exigência da própria lei, seja pela
i

natureza da relação jurídica litigiosa”. Ele ocorre em duas situações:


al
gi

1ª quando a lei determina, podendo ser ativo ou passivo;


g
Po

2ª quando, pela natureza da relação jurídica, a lide tiver de ser decidida de


ne

modo uniforme para todas as partes, hipótese que só ocorre com o litisconsórcio
ni

passivo.
Ja

Gabarito: Certo

44. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRT da 5ª Região/2008) A assistência


litisconsorcial ocorre quando um terceiro vem a juízo afirmando ter interesse
imediato na causa, pois a decisão poderá afetar seu patrimônio jurídico, haja vista

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se relacionar juridicamente com a parte que litiga contra aquela a quem deseja
assistir.
Assistente litisconsorcial é aquele que vem a juízo alegando ter interesse
imediato na causa em virtude de a decisão poder influir na relação jurídica entre ele e
o adversário do assistido. Portanto, a questão está correta.
Segundo Humberto Theodoro Jr., embora o Código de Processo Civil tenha
optado por tratar da assistência junto ao litisconsórcio e fora do capítulo “Intervenção

7
63
de Terceiros”, esse instituto é caso típico de intervenção voluntária de terceiro, mesmo

33
quando este é considerado litisconsorte da parte principal. O assistente não é parte da

55
63
relação processual tão só age como coadjuvante, auxiliando uma das partes a obter

03
vitória no processo, sem defender direito próprio, embora tenha interesse indireto a

F:
proteger. São pressupostos da assistência: a existência de uma relação jurídica entre

CP
uma das partes e o terceiro (assistente); e a possibilidade de vir a sentença a influir na
,
ra
referida relação.
ei
iv

A assistência classifica-se em adesiva (ou simples) e litisconsorcial. A assis-


Ol

tência é adesiva ou simples (art. 50) quando o terceiro intervém para auxiliar uma das
e

partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio. É o caso do


i
on

sublocatário que intervém no processo de ação de despejo proposta pelo locador


ar
sp

contra o locatário para prestar auxílio a este. A assistência é litisconsorcial (art. 54)
Ga

quando o terceiro atua na defesa de direito próprio, e não como mero assistente, pois
i
al

mantém relação jurídica própria com o adversário da parte assistida. Segundo o art. 54
gi

do CPC, “considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a


g
Po

sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido”.


ne

É o caso, por exemplo, do herdeiro que intervém na ação em que o espólio é parte
ni

representada pelo inventariante. A sentença a ser proferida perante o espólio não terá
Ja

apenas efeito reflexo para o herdeiro, mas efeito direto sobre seu direito na herança
litigiosa, motivo pelo qual ele atua na condição de assistente litisconsorcial do espólio.
Portanto, nas palavras do desembargador do Tribunal de Justiça de Minas
Gerias Edésio Fernandes, “sem que se demonstre, por parte do terceiro, interesse
jurídico na vitória da parte assistida; sem que se mostre que a sentença poderá
influir, direta ou indiretamente, na relação jurídica do terceiro com uma das partes,

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não há que se falar em assistência, quer como intervenção simplesmente adesiva,
quer como intervenção autônoma, litisconsorcial”.

Da Assistência
Assistente simples
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver
interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá

7
63
intervir no processo para assisti-la.

33
55
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de

63
procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o

03
F:
processo no estado em que se encontra.

CP
Assistente litisconsorcial
,
ra
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez
ei

que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário


iv
Ol

do assistido.
e

Parágrafo único. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de


i
on

intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.


ar
sp

Gabarito: Certo
Ga
i
al

45. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio necessário


gi

simples, sua formação é obrigatória, mas a decisão não será uniforme para todos os
g
Po

litisconsortes.
ne
ni
Ja

Correta. Litisconsórcio é a designação dada ao fenômeno processual de


pluralidade de partes em uma lide. O litisconsórcio necessário é aquele que decorre de
expressa determinação legal (lides relativas a dívida solidária; obrigação indivisível;
condomínio; composse; usucapião etc.) ou da própria natureza da relação jurídica
controvertida (ação pauliana, que deve ser proposta contra ambas as partes do
contrato; ação de dissolução de sociedade, que deve ser exercida contra todos os
sócios etc.). O litisconsórcio é simples quando a decisão, embora proferida no mesmo

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processo, não tiver de ser uniforme para todos os que figuram no mesmo pólo da
relação processual. Portanto, correta a questão.

Gabarito: Certo

46. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio necessário, é


indispensável a participação de todos os consortes, porque a decisão do litígio,

7
63
apesar de não ser uniforme para todos, como regra, vincula aqueles que estão

33
55
integrados naquela relação processual.

63
03
No litisconsórcio necessário, é indispensável a participação de todos os consortes. A

F:
CP
questão está errada ao afirmar que a decisão do litígio não é uniforme para todos.
Como vimos, a decisão pode não ser uniforme para todos (litisconsórcio necessário
,
ra
ei

simples), ou a decisão pode ser uniforme para todos (litisconsórcio necessário


iv

unitário). Embora possa ser uniforme ou não para todos, a decisão vincula aqueles
Ol

que estão integrados na relação processual. Para a sentença ter eficácia, o autor
e
i

deverá promover a citação de todos os litisconsortes necessários, sob pena de


on

extinção ou nulidade do processo.


ar
sp

Gabarito: Errado
Ga
i
al

47. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) O litisconsórcio unitário e


g gi

facultativo é aquele que se estabelece por vontade das partes e o litígio pode ser
Po

decidido de maneira diferente para cada um deles.


ne
ni
Ja

O litisconsórcio facultativo é aquele que se estabelece por vontade das partes, não
sendo obrigatório. O litígio pode ser decidido de maneira diferente para cada uma
delas (sendo denominado litisconsórcio simples) ou deve ser decidido de maneira
idêntica/uniforme para todas as partes (sendo denominado litisconsórcio unitário).
Portanto, a questão está errada.

Gabarito: Errado

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48. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) No litisconsórcio simples e


necessário, a prova produzida por um dos litisconsortes não poderá aproveitar ou
prejudicar os demais.

Em qualquer que seja a modalidade do litisconsórcio, os atos prejudiciais de


um dos litisconsortes não prejudica os demais (ex.: nas ações que versarem sobre

7
bens imóveis, a confissão de um cônjuge não valerá sem a confissão do outro).

63
33
No litisconsórcio simples, os litisconsortes são considerados em suas relações

55
com a parte adversa como litigantes distintos. Dessa forma, os atos e as omissões de

63
03
um não prejudicarão nem beneficiarão os outros, uma vez que o desfecho da ação

F:
não é necessariamente uniforme para todos.

CP
No litisconsórcio necessário, teremos de analisar se ele é simples ou unitário.
,
ra
Se for simples, aplica-se a regra acima; se for unitário, a regra é diferente: como no
ei
iv

litisconsórcio unitário a decisão deve ser uniforme para todos os litisconsortes, os


Ol

atos benéficos praticados por um dos litisconsortes beneficiam a todos os demais.


e

Esse é o motivo de a questão estar errada.


i
on

A nosso ver, a questão deveria ter sido anulada, pois o litisconsórcio


ar

necessário pode ser simples ou unitário. Somente na primeira hipótese a prova


sp
Ga

produzida por um dos litisconsortes não poderá aproveitar os demais; na segunda


i

hipótese, de litisconsórcio unitário, a prova pode beneficiar a todos.


al
g gi
Po

Gabarito: Errado
ne
ni
Ja

49. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Existindo o pressuposto legal


para a formação do litisconsórcio facultativo, e formado este, os litisconsórcios serão
considerados, em suas relações com a parte contrária, como litigantes distintos, e os
atos e omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

A questão reproduz o disposto no art. 48 do CPC, motivo pelo qual a banca


considerou-a correta:

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Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados,
em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as
omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

A nosso ver, a questão deveria ter sido anulada, pois o litisconsórcio


facultativo pode ser simples ou unitário. Sendo simples, os atos e omissões de um
litisconsorte não prejudicarão nem beneficiarão os outros, estando perfeito o preceito

7
63
do artigo 48 do CPC. Sendo unitário, como a decisão tem de ser uniforme para todos

33
os litisconsortes, os atos benéficos praticados por um dos litisconsortes beneficiam a

55
63
todos os demais.

03
F:
CP
Gabarito: Certo

,
ra
ei

50. (TRE-MT/Analista Judiciário – Área Administrativa/2010) O litisconsórcio


iv
Ol

multitudinário pode ser limitado pelo juiz.


e
i
on

Consiste o litisconsórcio multitudinário numa espécie de litisconsórcio


ar

facultativo recusável, ou seja, a formação do litisconsórcio não é obrigatória nem


sp
Ga

necessária, por isso o juiz poderá limitar o número de litigantes, quando este
i

comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa (art. 46, parágrafo


al
gi

único). Portanto, a questão está correta.


g
Po
ne

Gabarito: Certo
ni
Ja

51. (TRE-MT/Analista Judiciário – Área Administrativa/2010) Para causas que versem


acerca de direitos reais imobiliários, os cônjuges são litisconsortes necessários se
autores.

A questão envolve dois temas muito interessantes: a capacidade processual dos


cônjuges e o instituto do litisconsórcio. Vamos então comentar a questão tendo em
vista esses dois aspectos.

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Primeiro: quanto à capacidade processual dos cônjuges
As pessoas casadas têm capacidade processual plena, não dependendo de
outorga do outro cônjuge para agirem judicialmente em defesa de seus direitos ou
para se defenderem em juízo. Entretanto, o art. 10 do CPC elenca algumas exceções:
1. Para a propositura de ações que versem sobre direitos reais imobiliários, o
cônjuge necessita do consentimento do outro. Não se trata de litisconsórcio
necessário ativo, uma vez que não se pode constranger alguém a demandar

7
63
como autor, mas tão só de consentimento, que pode ser suprido pelo juiz

33
em caso de recusa injustificada pelo outro cônjuge (art. 11 do CPC).

55
63
2. Para assumirem a posição de réus em determinadas ações (que versem

03
sobre direitos reais imobiliários; sobre fatos que digam respeito a ambos os

F:
cônjuges etc.), ambos os cônjuges deverão ser citados, sob pena de

CP
nulidade do processo. Essas hipóteses caracterizam litisconsórcio
,
ra
necessário passivo.
ei
iv
Ol

Art. 10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para


e
i

propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários.


on
ar

§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:


sp

I - que versem sobre direitos reais imobiliários;


Ga

II - resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos


i
al

praticados por eles;


g gi
Po

III - fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja
execução tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus
ne
ni

bens reservados;
Ja

IV - que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de


ônus sobre imóveis de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos
praticados.

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Basta conhecer – e entender – esse dispositivo (art. 10 do CPC) para
identificarmos que a questão está errada. Mas vamos comentar o segundo ponto, que é
o instituto do litisconsórcio necessário, mencionado no enunciado.
Segundo: quanto ao litisconsórcio necessário
O litisconsórcio necessário ou obrigatório decorre de expressa determinação
legal ou da própria natureza da relação jurídica controvertida (art. 47). Não se admite,
em nenhuma hipótese, a figura do litisconsórcio necessário ativo, pois pelo princípio

7
63
da demanda não se pode constranger alguém a figurar como autor em um processo.

33
Gabarito: Errado

55
63
03
F:
52. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) Sendo o

CP
litisconsórcio necessário aquele em que, por disposição legal ou pela natureza da

,
ra
relação jurídica, o juiz tem de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes,
ei

é imprescindível que todos os acionistas interessados na anulação da assembleia


iv

societária participem no polo ativo da ação movida com esse fim.


Ol
e

A questão está errada porque não se admite a figura do litisconsórcio


i

necessário ativo. A justificativa está no princípio do direito de ação, pelo qual não se
on
ar

pode constranger alguém a litigar num processo como autor.


sp
Ga
i

Gabarito: Errado
al
g gi
Po

3.2 ASSISTÊNCIA
ne
ni
Ja

53. (TJ-CE/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008) Na assistência simples, o terceiro


interessado ingressa no processo como parte passiva, alegando ser o titular da
relação jurídica disputada e requerendo a improcedência da ação.

A questão está errada porque na assistência simples o terceiro não alega ser o
titular da relação jurídica disputada nem requer a improcedência da ação. O assistente
simples visa à vitória do assistido, tendo em vista o reflexo que a decisão pode ter em
relação jurídica existente entre eles.

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Na assistência simples, o terceiro ingressa no feito afirmando-se titular de
relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida. O interesse jurídico do
terceiro reflete-se na circunstância de manter este, com o assistido, relação jurídica
que poderá ser afetada a depender do julgamento da causa. O terceiro intervém apenas
para ser auxiliar, não requerendo qualquer vínculo jurídico com o adversário da parte.

Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que

7
63
tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá

33
intervir no processo para assisti-la.

55
63
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de

03
procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o

F:
CP
processo no estado em que se encontra.

,
ra
ei

Gabarito: Errado
iv
Ol
e

54. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2009) O assistente


i
on

simples diferencia-se do chamado assistente litisconsorcial porque o julgamento do


ar

feito não influi na relação jurídica que mantém com o adversário do assistido,
sp
Ga

porém, mesmo diante dessa constatação, sua admissão no feito só é inviabilizada


pela oposição fundamentada de uma das partes, devidamente acolhida pelo juiz.
i
al
g gi
Po

A questão está correta. A assistência é uma modalidade de intervenção que se


ne

dá quando, numa causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro que tiver interesse
ni

jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas intervém no processo para
Ja

prestar-lhe colaboração.
Na assistência simples (art. 50 do CPC), o terceiro intervém tão somente para
coadjuvar uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio; por
exemplo, numa ação de despejo movida contra o locatário, em razão do fato de a
sentença poder influir na sublocação, pode o sublocatário ingressar como assistente do
réu.

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Na assistência litisconsorcial (art. 54 do CPC), o terceiro intervém na defesa
direta de direito próprio contra o adversário do assistido, pois a sentença proferida terá
efeito imediato sobre seu direito; por exemplo, numa ação em que o espólio é parte
representada pelo inventariante, pode o herdeiro intervir como litisconsorte, pois a
sentença proferida perante o espólio não terá apenas reflexos para o herdeiro, mas
efeito direto sobre seu direito na herança litigiosa.
Intimado do pedido de assistência, o autor deverá impugnar esta pretensão

7
dentro de 5 dias (art. 51 do CPC), podendo apenas alegar a falta de interesse jurídico

63
33
do terceiro para intervir a favor do assistido.

55
63
03
Gabarito: Certo

F:
CP
,
ra
55. (TRT da 17ª Região/Analista Judiciário/Área Judiciária/2009) Caso uma pessoa
ei

adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litígio entre o alienante e
iv

terceira pessoa, o adquirente não poderá substituir o alienante no feito, caso a outra
Ol

parte não consinta, porém será possível ao adquirente ingressar no feito como
e
i

assistente do alienante, até porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus
on
ar

limites usuais para atingir quem adquire a coisa litigiosa.


sp
Ga

A questão está correta. Vimos que caso uma pessoa adquira um bem cuja
i
al

propriedade esteja sendo objeto de litígio entre o alienante e terceira pessoa, o


g gi

adquirente poderá substituir o alienante no feito caso a outra parte consinta, ocorrendo
Po

então o fenômeno de substituição de parte. Contudo, caso a parte contrária não


ne
ni

concorde com a substituição, o adquirente poderá ingressar no feito como assistente


Ja

(simples) do alienante, porque, nessa hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites
usuais para atingir, de forma indireta, quem adquire a coisa litigiosa (art. 42, § 2º, do
CPC).

Gabarito: Certo

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56. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)
Havendo interesse jurídico em que a sentença proferida seja favorável a uma das
partes, pode o assistente simples aditar a inicial deficiente.
A assistência é uma modalidade de intervenção que se dá quando, numa causa
entre duas ou mais pessoas, o terceiro que tiver interesse jurídico em que a sentença
seja favorável a uma delas intervém no processo para prestar-lhe colaboração. São
dois os pressupostos de admissibilidade:

7
63
1º existência de relação jurídica entre uma das partes e o terceiro assistente;

33
2º possibilidade de a sentença influir na relação existente entre a parte e o

55
63
terceiro.

03
Vale destacar que não cabe assistência nos Juizados Especiais nem no pro-

F:
CP
cesso de execução, salvo se houver, neste último, embargos de terceiro.
Segundo Humberto Theodoro Jr., tem-se a assistência simples (art. 50 do ,
ra
ei

CPC) quando o terceiro intervém tão somente para coadjuvar uma das partes a obter
iv

sentença favorável, sem defender direito próprio; por exemplo, numa ação de despejo
Ol

movida contra o locatário, em razão do fato de a sentença poder influir na sublocação,


e
i

pode o sublocatário ingressar como assistente do réu. Quando o terceiro intervém na


on
ar

defesa direta de direito próprio contra uma das partes, tem-se a assistência
sp

litisconsorcial (art. 54 do CPC); por exemplo, numa ação em que o espólio é parte
Ga

representada pelo inventariante, pode o herdeiro intervir como litisconsorte, pois a


i
al

sentença proferida perante o espólio não terá apenas reflexos para o herdeiro, mas
gi

efeito direito e imediato sobre seu direito na herança litigiosa.


g
Po

O assistente simples tem atuação meramente complementar, não podendo ir de


ne

encontro aos atos processuais praticados pelo assistido. Portanto, na hipótese de


ni
Ja

confecção de petição inicial deficiente, o assistente não poderá promover o


aditamento.

Gabarito: Errada

57. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


Admite-se que instituição religiosa notoriamente engajada em campanhas

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contrárias ao aborto requeira sua admissão como assistente simples em ação na qual
se requeira autorização para tanto.
Para que se admita a intervenção de terceiro como assistente (simples ou
litisconsorcial), devem estar presentes os pressupostos de admissibilidade, a saber: (1)
existência de relação jurídica entre uma das partes e o terceiro assistente; e (2)
possibilidade de a sentença influir na relação existente entre as partes e o terceiro.
Portanto, deve ficar demonstrado o interesse jurídico do terceiro para interferir no

7
processo como coadjuvante do assistido, o que não ocorre com a instituição religiosa.

63
33
O interesse meramente moral, afetivo, ideológico não justifica a intervenção do

55
terceiro como assistente.

63
03
F:
CP
Gabarito: Errada

,
ra
ei

58. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


iv

Intimado do pedido de assistência realizado ao mesmo tempo em que a contestação,


Ol

o autor poderá, nos dez dias de que dispõe para apresentar réplica, impugnar esse
e
i

pedido.
on
ar

Intimado do pedido de assistência, o autor deverá impugnar esta pretensão


sp

dentro de 5 dias (art. 51 do CPC), podendo apenas alegar a falta de interesse jurídico
Ga

do terceiro para intervir a favor do assistido.


i
al
g gi
Po

Gabarito: Errada
ne
ni

59. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


Ja

Na hipótese de alguém adquirir um veículo de pessoa contra a qual tramite ação de


interdição, o adquirente será admitido como assistente litisconsorcial do réu.
Na hipótese de alguém adquirir um veículo de pessoa contra a qual tramite
ação de interdição, o adquirente será admitido como assistente simples do réu, pois o
interesse do assistente é indireto, não vinculado diretamente ao litígio. A assistência é
denominada litisconsorcial somente se a sentença tiver influência direta sobre o
direito material do assistente. Desse modo, aqui o assistente não está defendendo

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infratores à responsabilização civil e criminal.
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direito próprio (litisconsórcio), mas apenas se prevenindo contra reflexos indiretos da
sentença em seu patrimônio.

Gabarito: Errada

60. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de Alagoas/2009)


Em ação reivindicatória movida por um dos condôminos de um imóvel, os demais

7
63
condôminos poderão ingressar no feito como assistentes litisconsorciais, já que a

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55
discussão poderá influir na relação jurídica deles com o adversário do assistido.

63
Certa. Na ação reivindicatória promovida por um dos condôminos de um

03
F:
imóvel, podem os demais ingressar na demanda como litisconsortes do autor, uma vez

CP
que a sentença poderá influir na relação jurídica existente entre eles e o adversário do
assistido e terá influência direta sobre o direito material dos assistentes (art. 1.314 do,
ra
ei

CC).
iv
Ol
e

Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver
i
on

interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá


ar

intervir no processo para assisti-la.


sp
Ga

Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de


i

procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o


al
gi

processo no estado em que se encontra.


g
Po

Art. 51. Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do


ne

assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece
ni

ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz:


Ja

I – determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e


da impugnação, a fim de serem autuadas em apenso;
II – autorizará a produção de provas;
III – decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez
que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário
do assistido.

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Parágrafo único. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de
intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.

Gabarito: Certa

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Muito bem, pessoal, por hoje é só! Estarei disponível no fórum do Ponto dos Concursos

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para sanar dúvidas no entendimento das questões. Até a próxima aula.

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Professora Flávia Bozzi

F:
CP
flaviabozzi@pontodosconcursos.com.br

,
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Ol
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ar
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Ga
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Po
ne
ni
Ja

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