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I – Inicio a coluna desse mês esclarecendo que tenho profundo respeito pela liberdade
religiosa. Dito isso, informo que não é a minha intenção criar polêmica sobre a
pertinência das religiões, tampouco pretendo sustentar o argumento de que as
bibliotecas e os museus são habitados por deuses em forma de livros e obras de arte. O
objetivo é bem mais modesto. Utilizo a expressão “igreja” justamente porque quero
mobilizar o seu significado de espaço sagrado, pois entendo que esse valor deveria ser
atribuído às bibliotecas e aos museus, por tudo que representam em termos da nossa
capacidade de produzir, armazenar e disseminar a ciência, as letras e as artes.
II – Nas últimas semanas, enquanto não vagava uma mesa na sala que abriga os
investigadores visitantes no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra,
tive a oportunidade de trabalhar nas instalações de uma das biblioteca da instituição, a
Biblioteca Norte/Sul, cercado de livros, periódicos científicos e pessoas. Vivenciar o dia
a dia dessa biblioteca tão emblemática para as Ciências Sociais foi uma experiência
fascinante. A proximidade dos livros, o ambiente silencioso e a vista de Coimbra pelas
janelas transformaram meus primeiros dias na cidade inesquecíveis. A Biblioteca
Norte/Sul já faz parte das minhas memórias afetivas e tem contribuído para as minhas
reflexões sobre o papel das bibliotecas nas universidades e na sociedade.
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