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O Arcadismo tem como características: a busca por uma vida simples, pastoril, a
valorização da natureza e do viver o presente (pensamentos causados por inspiração a
frases de Horácio “fugere urbem” – fugir da cidade e “carpe diem”- aproveite o dia).
Os principais autores árcades são: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga,
Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Frei José de Santa Rita Durão.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz
respeito. Por essa razão muitos poetas do arcadismo adotaram pseudônimos de pastores
de Tetões gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais
graciosos.
Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos da nobreza e
do clero praticados no Antigo Regime.
Adicionalmente os burgueses cultuam o mito do homem natural em oposição ao homem
corrompido pela sociedade, conceito originalmente expresso por Jean-Jacques Rousseau,
na figura do “bom selvagem”.
(ENEM-2008)
(ENEM – 2016)
Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo a gora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.go v.br. Acesso em: 7 jul.
2012.
(UFRS – 2005)
Com base nos fragmentos a seguir, extraídos da Lira II, da obra “Marília de Dirceu”, de
Tomás Antônio Gonzaga, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações que
seguem.
“Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão.”
[…]
“Tu, Marília, agora vendo
De Amor o lindo retrato,
Contigo estarás dizendo
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto,
Que ele foi quem me venceu.”
( ) Na primeira estrofe, o poeta descreve uma figura representativa do amor na mitologia
clássica.
( ) Na primeira estrofe, a amada Marília é alertada sobre a violência que se esconde por
detrás da superfície do amor.
( ) Na segunda estrofe, o poeta transfere o retrato de Cupido para o rosto vencedor de
Marília.
( ) Na segunda estrofe, o poeta confessa à amada a sua rendição em relação aos poderes
do amor.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – V – F – F.
b) V – F – V – V.
c) F – F – V – V.
d) V – F – F – V.
e) F – V – F – F.
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado
ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas
podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são
respectivamente:
a) barroco – arcadismo – romantismo.
b) barroco – romantismo – parnasianismo.
c) romantismo – parnasianismo – simbolismo.
d) romantismo – simbolismo – modernismo.
e) parnasianismo – simbolismo – modernismo.
10) (Ffsc) – Os autores árcades brasileiros apresentam uma obra divorciada das
necessidades brasileiras, na segunda metade do século XVIII. Como processo de defesa
à liderança do público, tais letrados criam:
a) poemas de profundo subjetivismo;
b) os contos regionais de mineração;
c) a dialética;
d) as academias;
e) a literatura romântica.
Um coração …. e basta,
Onde tu mesma cabes.
(TAG, MD, Parte II, Lira II)
Sobre o fragmento de texto de Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu, assinale a
alternativa FALSA:
a) a interferência do mito na tessitura dos poemas, mantendo o poeta dentro dos padrões
poéticos clássicos, impede-o de abordar problemas pessoais.
b) a interpelação feita a Marília muitas vezes é pretexto para o poeta celebrar sua
inocência e seu destemor diante das acusações feitas contra ele.
c) a revelação sincera de si próprio e a confissão do padecimento que o inquieta levam o
poeta a romper com o decálogo arcádico, prenunciando a poética romântica.
d) a desesperança, o abatimento e a solidão, presentes nas liras escritas depois da prisão
do autor, revelam contraste com as primeiras, concentradas na conquista galante da
mulher amada.
e) embora tenha a estrutura de um diálogo, o texto é um monólogo – só Gonzaga fala e
raciocina.
Casa No Campo
Elis Regina
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais.
Como é o estilo de vida apresentado na canção? Como é a relação com a natureza?