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Conceito:
A percepção social, um dos processos que mais interfere nas relações humanas,
obteve grandes benefícios ao incorporar diversos conceitos da Gestalt. Foi
possível descobrir que essa percepção de pessoas é baseada em princípios
semelhantes aos da percepção de objetos e obedece, portanto, as leis da boa
forma (RODRIGUES, 1996). Entretanto, ao contrário da percepção de objetos, a
percepção social da ênfase para a atribuição de intenções. Outra diferença crucial
é que nela, além de perceber, também é possível ser percebido (RODRIGUES,
ASSMAR & JABLONSKI, 2002).
A percepção em si é um processo que segue uma trajetória que parte de uma
estimulação sensorial e vai até a tomada de consciência. É algo extremamente
complexo, pois no caminho está sujeito a uma série de importantes interferências
cognitivas que serão determinantes para o resultado perceptivo final
(RODRIGUES, 1996).
Para a percepção social, todas estas interferências são de extrema relevância, uma
vez que permitem compreender como um indivíduo muitas vezes coloca
significado nas ações de outras pessoas. Pode-se dizer que a maneira como a
ação do outro é percebida, independente do seu significado real e dependente das
interferências cognitivas, vai determinar o tipo de resposta que será dada. Neste
processo, a atribuição de causas aos fatos observados ou vivenciados assume
importante papel, destacado inicialmente por Fritz Heider (1970) (SÁ, 2009).
a) Psicologia da Propaganda
b) Psicologia do Boato
Uma vez rotulada, é difícil para a pessoa, alvo da rotulação, mudar sua imagem.
A tendência à rotulação decorre da necessidade que temos de simplificar nossas
relações interpessoais, fazendo com que certos comportamentos sejam
antecipados; nós tendemos a perceber a pessoa à luz do rótulo que lhe foi
imputado. Embora comum, tal tendência à rotulação é perigosa e leva a injustiças
e erros de julgamento.
Nossas percepções são distorcidas pela rotulação, pois nos predispõe a antecipar
comportamentos compatíveis com o rótulo. Isso acarreta duas consequências: a)
comportamentos que não se harmonizam com o rótulo imposto tendem a passar
desapercebidos ou são deturpados para adequar-se ao rótulo;
b) as expectativas ditadas pelo rótulo fazem com que sejam salientados os
comportamentos com eles compatíveis e o nosso próprio comportamento frente à
pessoa rotulada pode a induzir a comportamentos coerentes com os que
antecipamos.