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HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE

DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO

Guia de Utilização de Anti-infecciosos


e
Recomendações para a Prevenção de
Infecções Hospitalares

Elaboração

Grupo e Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar


do Hospital das Clínicas - FMUSP

Manual aprovado em reunião da


Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

São Paulo
2009 - 2011
4ª edição

SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

FICHA CATALOGRÁFICA

Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para a prevenção de


infecções hospitalares / coordenadores: Anna Sara S. Levin, M. Beatriz Souza
Dias, Maura S. Oliveira, Renata Desordi Lobo. – São Paulo: Hospital das Clínicas
FMUSP, 2009-2010.
222 p.

1. Agentes anti-infecciosos. 2.Infecção Hospitalar / quimioterapia. 3. Infecção


Hospitalar / prevenção e controle. 4.Antibióticos / uso terapêutico. 5.
Antibióticos / administração e dosagem. I. Título. II. Levin, Anna Sara S. III.
Souza Dias, M. Beatriz. IV Oliveira, Maura S. V. Lobo, Renata Desordi.

ISBN 978-85-62664-00-7 - 4ª edição

2 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador
Dr. José Serra

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Secretário
Dr. Luiz Roberto Barradas Barata

Chefe de Gabinete
Reinaldo Noboni Sato

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Presidente do Conselho Deliberativo


Prof. Dr. Marcos Boulos

Diretor Clínico
Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Jr.

Superintendente
Dr. José Manoel Camargo Teixeira

Chefe de Gabinete
Dr. Haino Burmester

SUMÁRIO 3
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Gestão 2007 - 2010


Prof. Dr. Antonio Alci Barone
Presidente
Dr. Alfio Rossi Junior
Dra. Ana Lucia L. M. Lima
Prof. Dra. Anna Sara Shafferman Levin
Dr. Cornelius Mitteldorf
Dr. David de Souza Gómez
Dra. Denise Schout
Enf. Edmilson Cunha Almeida
Dra. Flávia Rossi
Dr. Haino Burmester
Dr. José Ulysses Amigo Filho
Enfa. Leda Maria D. Pavani
Profa. Dra. Maria Aparecida Shikanai Yasuda
Enfa. Maria Ivone Afonso Amaral
Dra. Maria Paula Siqueira de Melo Peres
Dra. Maristela Pinheiro Freire
Dr. Pedro Takanori Sakane
Dra. Priscila Rosalba Domingos de Oliveira
Dra. Silvia Silva de Oliveira
Dra. Sônia Lucena Cipriano
Dra. Sueli Fátima de Bastos
Dra. Tânia Mara V. Strabelli
Dra. Thaís Guimarães
Dr. Wladimir Alves Pereira

SUMÁRIO
EQUIPE TÉCNICA DE TRABALHO

Coordenação
Profa. Dra. Anna Sara S. Levin Dra. Maura Salaroli de Oliveira
Dra. M. Beatriz G. Souza Dias Enfa. Renata Desordi Lobo

Colaboradores
Dr. Adriano Rotger Armelin Aux.Enf. Cleide Roque dos Santos
Enf. Adriana Pereira Paula Dr. Cleyton Gregory
Ft. Adriana Sayuri Hirota Dra. Cilmara Polido Garcia
Dra. Aléia Faustina Campos Dr. Cornelius Mitteldorf
Dra. Alessandra Carvalho Goulart Dr. Cristiano Melo Gamba
Dra. Alessandra Saito Regatieri Dra Daniela Mayumi Matsuoka
Dr. Alexandre Suzuki Horie Enf. Daiane Cais
Dr. Alfio Rossi Júnior Dr. Daniel L. Bartmann
Dra. Alice Tung Wan Song Dr. Danilo Duarte
Enfa. Amanda Maciel Prof. Dr. David Everson Uip
Dra. Ana Carolina Posada Enfa. Doris Aoshima
Dra. Ana Cristina Garcia Ferreira Dr. Edison Manrique
Dra. Ana Lúcia Munhoz Dr. Edson Abdalla
Dra. Ana Luiza Gibertoni Dr. Edson Carvalho de Melo
Dra. Ana Marli Christovan Sartori Prof. Dr. Eduardo Alexandrino S. de Medeiros
Dra. Ana Paola Castagnari Dr. Eduardo Moreira
Dra. Ana Paula Volpato Dra. Eliana Battaggia Gutierrez
Dra. Ana Paula Matos Porto Dra. Emy Akiyama Gouvea
Dra. Ana Silvia de Andrade Dra. Érika Ferrari
Dra. Ana Paula da Silva Herbella Prof. Dr. Evandro Baldacci
Dr. André M. Siqueira Dra. Evelyne Santana Girão
Dr. André Machado Luiz Dr. Everton Alvarez Ferreira
Dr. André Oliveira Paggiaro Dr. Fabiano R. Maximino
Dra. Andréa Remígio Oliveira Leite Enfa. Fernanda de Souza Spadão
Dra. Ângela Carvalho Freitas Dra. Fernanda Maffei
Dra. Atalanta Ruiz Dr. Fernando Campos Gomes Pinto
Dra. Bernadete de Lourdes Liphaus Dr. Fernando de Paula Machado
Dra. Bianca Grassi de Miranda Souza Dr. Francisco Torgller Filho
Dr. Brenno A. A. Falção Dr. Frederico Leon Fernandes
Prof. Dr. Bruno Zilberstein Dra. Gisele Duboc
Dra. Camila de Almeida Silva Dra. Gladys Villas-Boas de Prado
Dra. Candida Paris Dra. Gláucia F. Varkulja
Enfa. Carla Renata Couto Dr. Gustavo L. Guimarães
Dr. Carlos Alberto Maganha Dra. Heloise M. Camilotti Codo
Dr. Carlos Diêgoli Dr. Hugo Abensur
Dr. Carlos Gustavo Moraes Dr. Ícaro Bszczowski
Dr. Celso Ricardo B. Neves Enfa. Isabel Cristina V. S. Oshiro
Dra. Christiane Takeda Dra. Jéssica Fernandes Ramos
Dra Christina T. Gallafrio Dr. João Carlos Pereira Gomes
Dra. Cinthia Yukie Kuga Dr. João Nóbrega de Almeida Jr.
Dra. Claudia Mangini Prof. Dr. José Eduardo Monteiro da Cunha

SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Dr. José Jukemura Dr. Paulo Afonso Martins Abati


Dr. José Mauro Vieira Júnior Prof. Dr. Paulo Rossi Menezes
Dra. Josefina Eugênia Xavier de Lucena Dr. Pedro Paulo Pereira
Dr. Julio Croda Dr. Pedro Takanori
Enfa. Karina M. Peron Dra. Priscila R. D. Oliveira
Dra. Karina T. Miyagi Dra. Rachel Russo Leite
Dr. Karim Yakub Ibrahim Dr. Rafael Said dos Reis
Dra. Lara Gurgel Távora Dr. Rafael da Silva
Enfa. Laura Maria B. Gomes Dr. Raphael Abegão
Dra. Ligia Pierrotti Dra. Regina C.R.M. Abdulkader
Dra. Luciana Miyamoto Dra. Renata Maronna Praça
Dr. Luciano Bello Costa Dra. Renata Puzzo Bortoleto
Dra. Luciana Moura Gori Dr. Ricardo K. M. Albernaz
Dr. Luiz Carlos Neves de Oliveira Dr. Ricardo Vasconcelos
Dr. Marcelo Magri Dr. Ronaldo C. B. Gryschek
Dr. Marcos Cyrilo de Brito Prof. Dr. Roberto Eduardo Bittar
Dra. Maria Aparecida S. Teixeira Dr. Rogério Zeigler
Dra. Maria Esther Graf Dra. Rosana Richtmann
Dra. Maria Ivete Boulos Dra. Rosilene de Mata Elios
Enfa. Maria Rosa Cursino Dr. Rubens Antonio Aissar Sallum
Dra. Maria Silvia Biagioni Santos Enfa. Satiko Gobara
Dra. Mariana Garcia Croda Dra. Sílvia Figueiredo Costa
Enfa. Marion Elke S. Araya Dra. Silvia Pereira Goulart
Dra. Marília Miranda Franco Dra. Sílvia Vidal Campos
Dra. Marisol M. M. Santos Farm. Suzana Zaba Walczak
Enfa. Mariusa Basso Dra. Tânia Mara V. Strabelli
Enfa. Marlene Seiko I. Oshiro Dr. Tálib M. Moussallem
Profa. Dra. Marta Heloisa Lopes Dra. Tatiana S. Goldbaum
Dra. Maysa Yano Dra. Teresa Ganido
Dra. Melissa Mascheretti Dra. Thais Guimarães
Dra. Mirian de Freitas Dalben Dr. Thiago Zinsly Sampaio Camargo
Dra. Mônica Velhote Dra. Valéria Paes Lima
Dra. Nelmy Angela Saad Profa. Dra. Vera Krebs
Dra. Nilza Martins Ravazoli Brito Dra. Vivian I. A. Silva
Dra. Olivia Mari Matsuo Dra. Viviane R. Figueiredo
Dra. Patrícia B. Martino Enfa. Viviane Resende
Dra. Patrícia Bonazi Dra. Viviani Rossi
Dra. Paula Resende Marques da Silva Enfa. Walquíria Barcelos de Figueiredo

Agradecimento
Aos professores da FMUSP, aos médicos do HC e a todos aqueles que contribuiram
para as discussões das condutas, nos emprestando seu tempo e seu conhecimento.

Em especial, agradecemos ao Grupo de Interconsulta do Departamento de Moléstias Infecciosas


e Parasitárias da FMUSP

Apoio administrativo
Sueli Ferreira Sena - e-mail: gcih@hcnet.usp.br - Fone/Fax:(11) 3069-7066

6 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Apresentação

Nova Edição do Guia

Os antimicrobianos e antinfecciosos em geral são medicamentos de evolução


muito dinâmica, em virtude do comportamento dos microrganismos em relação
a essas drogas.

O desenvolvimento de resistência, especialmente se os medicamentos são usados


de maneira inadequada, é rápido e inevitável, fazendo com que a droga se torne
de utilidade cada vez menor.

Desta sorte, a atualização periódica dos conhecimentos nessa área é mandatória


e deve ser realizada com uma freqüência que atenda a esse fenômeno.

Da mesma sorte, o comportamento dos profissionais da área da saúde em relação


ao controle da infecção hospitalar também deve acompanhar a evolução rápida
que vem ocorrendo nessa área em todo o mundo.

Já se fala em “infecção zero”, um conceito que no passado próximo era


considerado inatingível.

Por todas essas razões, recebemos com muita satisfação a nova edição do nosso
“Guia de Utilização de Anti-Infecciosos e Recomendações para a
Prevenção de Infecções Hospitalares”.

Como sempre, ele traduz um esforço conjunto de um grande número de


colaboradores que militam na área de controle de infecção hospitalar ou de
atividades afins.

Certamente, ele terá a habitual repercussão e será cada vez mais útil não apenas
em nosso Complexo Hospitalar HC-FMUSP, como em todo Estado de São Paulo
e mesmo no nosso imenso país.

Antonio Alci Barone


Presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC-FMUSP
Professor Titular - Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da
Faculdade de Medicina da USP

SUMÁRIO 7
Tratamento de Infecções

Introdução

A resistência bacteriana decorre principalmente do uso de antimicrobianos.


Estes agentes são muito importantes, têm contribuído para salvar vidas,
porém tem seu preço “ecológico”. Assim, devem ser utilizados somente
quando necessário e de modo adequado em termos de posologia e
duração de tratamento.

O Complexo Hospital das Clínicas alberga pacientes com condições clínicas


diversas, frequentemente muito graves. O uso de antimicrobianos pode
ser fundamental para a sobrevida desses pacientes.

Através do Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para


a Prevenção de Infecções Hospitalares esperamos orientar a escolha do
tratamento e a profilaxia em diversas situações clínicas e cirúrgicas. A
elaboração deste manual envolveu um grande número de profissionais
das diversas especialidades médicas, o que contribui para melhorar a
qualidade das informações aqui reunidas. As condutas foram discutidas
com as diferentes especialidades e lastreadas em evidências da literatura
da melhor qualidade disponível. Em algumas situações, sobre as quais não
há registro de estudo, a discussão entre a CCIH e a especialidade envolvida,
com respaldo dos princípios gerais de uso adequado de antimicrobianos,
orientou a conduta aqui sugerida

A primeira parte do manual contém as recomendações para tratamento


anti-infeccioso, seguida das orientações para profilaxia antimicrobiana em
situações clínicas e cirúrgicas. A última parte apresenta recomendações
para a prevenção de infecções hospitalares, que são de interesse
médico geral. Ao final encontram-se as orientações de doses e de como
encaminhar propostas de inserção ou modificação das condutas.

Para esta quarta edição, foram revisados e atualizados alguns tópicos,


devido às mudanças no conhecimento médico. Novas seções, como
tratamento de bactérias multi-resistentes, da infecção associada a
derivação ventrículo-peritoneal, profilaxia da doença meningocóccica e da
varicela-zoster pós exposição, entre outros, foram adicionadas.

No interesse do pequeno espaço disponível as fontes de informação e a


bibliografia não foram citadas no texto, mas estão à disposição no GCIH.

8 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Sumário

Tratamento de Infecções
Abdome Agudo Inflamatório...................................................................................... 12
Aspergilose Invasiva.................................................................................................... 13
Bactérias multirresistentes........................................................................................... 16
Candida spp. - Infecções Invasivas e Candidemia......................................................... 17
- Infecções Cutâneo-mucosas................................................................. 18
Cateter Venoso Central - Óstio ................................................................................... 21
Túnel.................................................................................... 22
Bacteremia primária.............................................................. 23
Coleta de Hemocultura......................................................... 25
Clostridium difficile..................................................................................................... 27
Criptococose............................................................................................................... 28
Diarréia Aguda............................................................................................................ 31
Endocardite em valva protética................................................................................... 33
Endocardite em valva nativa........................................................................................ 34
Ginecologia (DIP)....................................................................................................... 38
Grande Queimado...................................................................................................... 39
Hemodiálise................................................................................................................ 42
Herpes simples............................................................................................................ 45
Infecções associadas à Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP)....................................... 46
Meningites em Pediatria.............................................................................................. 48
Meningites em Adultos............................................................................................... 51
Neutropenia Febril em Adulto..................................................................................... 52
Neutropenia Febril em Pediatria................................................................................... 54
Obstetrícia - Infecção do Sítio Cirúrgico..................................................................... 58
M. ovular............................................................................................... 59
I. Puerperal............................................................................................ 59
Abortamento......................................................................................... 59
Mastite.................................................................................................. 60
Ortopedia................................................................................................................... 61
Otorrinolaringologia (Amigdalite, Otite, Sinusite)........................................................ 62
Parasitoses Intestinais.................................................................................................. 63
Pâncreas e Vias Biliares................................................................................................ 69
Partes moles: Infecções de Pele................................................................................... 70
Infecções Necrotizantes......................................................................... 71
Pé diabético.......................................................................................... 74
Peritonite associada a diálise peritoneal....................................................................... 77
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)........................................................................ 78
Pneumonia Comunitária do Adulto............................................................................. 79

SUMÁRIO 9
Tratamento de Infecções

Pneumonia Comunitária em Pediatria.......................................................................... 83


Pneumonia relacionada à assistência à sonda (inclui PAV)............................................ 85
Coleta de secreção traqueal em pacientes traqueostomizados ou entubados............... 86
Pneumopatia por Aspiração (adulto)........................................................................... 87
Trato Urinário:............................................................................................................. 88
Candidúria........................................................................................... 92
Urologia..................................................................................................................... 93
Vírus Sincicial Respiratório........................................................................................... 94

Profilaxia
Cirúrgica
Antibioticoprofilaxia - Princípios Gerais........................................................................ 95
C. Cabeça e Pescoço.................................................................................................... 96
C. Cardiovascular........................................................................................................ 97
C. Gastrointestinal...................................................................................................... 98
C. Ginecológica........................................................................................................... 101
C. Neurológica............................................................................................................ 102
C. Obstétrica . ............................................................................................................ 103
C. Oftalmológicas....................................................................................................... 104
C. Ortopédica............................................................................................................. 105
C. Otorrinolaringológica.............................................................................................. 106
C. Plástica................................................................................................................... 107
C. de Tórax................................................................................................................. 108
C. em Urologia e procedimentos................................................................................. 109
C. Vascular.................................................................................................................. 112
Cirurgias por vídeo...................................................................................................... 113
Transplante de Órgãos Sólidos..................................................................................... 114
Trauma....................................................................................................................... 115

Profilaxia
Não Cirúrgica
Acidente Ocupacional com Risco Biológico (Infecção por HIV/HBV).............................. 117
Doença Meningocócica............................................................................................... 121
Endocardite Infecciosa................................................................................................ 123
Estreptococcus Grupo B em RN................................................................................... 125
Mordedura Humana e de Animais............................................................................... 127
Peritonite Bacteriana Espontânea................................................................................ 128
Pacientes cirróticos com hemorragia digestiva alta....................................................... 128
Procedimentos Endoscópicos...................................................................................... 129
Profilaxia de Fungos em Pacientes Neutropênicos........................................................ 130
Profilaxia de Fungos em Pacientes Críticos................................................................... 130
Tétano........................................................................................................................ 131
10 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Varicela-Zoster no Hospital.......................................................................................... 132


Vítimas de violência sexual.......................................................................................... 135

Recomendações para Prevenção de InfecçÃO Hospitalar


Microrganismos Multirresistentes:
Critérios para início e retirada de isolamento de contato e investigação de contactantes.............. 136
Precaução para Clostridium difficile............................................................................. 144
Precaução para isolamento
Precaução padrão.................................................................................................... 145
Precaução de contato.............................................................................................. 147
Precaução respiratória com aerossóis....................................................................... 148
Precaução respiratória com gotícula......................................................................... 149
Tabela de infecções/microrganismos e tipo de isolamento......................................... 150
Prevenção de Infecções do Trato Urinário associado a
Cateter Vesical de Demora....................................................................................... 159
Cateterismo Vesical Intermitente Hospitalar.............................................................. 161
Cateterismo Vesical Intermitente Domiciliar.............................................................. 162
Prevenção de infecção associada a cateteres intravasculares........................................ 163
Prevenção de infecção respiratória.............................................................................. 169
Cuidados com equipamentos de assistência respiratória........................................... 171
Prevenção de infecção do sítio cirúrgico...................................................................... 175
Uso de antissépticos................................................................................................... 179
Tuberculose - Biossegurança e Precaução Respiratória.................................................. 181
Vacinação de profissionais de saúde............................................................................ 183

doses de Antimicrobianos
Função Renal Normal (Adultos e Pediatria).................................................................. 187
Função Renal Alterada................................................................................................ 189
Função Hepática Alterada........................................................................................... 194
Uso de Anti-infecciosos na gestação........................................................................... 195
Tabela de Diluição de Antimicrobianos........................................................................ 202

Proposta de modificação / Inserção de condutaS................................... 217

ÍNDICE REMISSIVO................................................................................................... 218

SUMÁRIO 11
Tratamento de Infecções

Tratamento de Infecções

Abdome Agudo Inflamatório

DOSE AO
TIPO ANTIMICROBIANO INTERVALO DURAÇÃO
DIAGNÓSTICO

Cefoxitina ou 2 g 1 g 6/6h
Apendicite
edematosa ou Cloranfenicol ou 2 g 1 g 6/6h
úlcero - 24h
flegmonosa Metronidazol + 0,5g + 0,5 g 8/8 h +
Gentamicina* 240 mg 3-5 mg/Kg IV
d.u. diária

Apendicite Metronidazol ou 0,5 g 0,5 g 8/8h


perfurada,
Cloranfenicol 2 g 1 g 6/6h > 5 dias e 72h
abscesso local ou
+ sem sinais de
peritonite
Gentamicina* 240 mg 3-5 mg/Kg infecção ∗∗
Diverticulite IV d.u. diária

Fazer cobertura
para
Enterococcus se
houver:
• Gram da coleção
ou bacteremia
por cocos Gram Até o
positivos esclarecimento
Ampicilina 2 g 2 g IV 6/6h
do diagnóstico
• Má resposta ao
tratamento clínico microbiológico
de diverticulite
• Desenvolvimento
de coleção intra-
abdominal
• Peritonite
terciária

* Usar ceftriaxone (2 g seguido de 1 g 12/12h) se insuficiência renal ou alto risco de insuficiência renal
∗∗ para suspensão do antimicrobiano: leucograma normal e apirexia > 72h
d.u. - dose única

12 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Aspergilose Invasiva
A abordagem diagnóstica e terapêutica da aspergilose é complexa e deverá ser
acompanhada por um infectologista experiente.

Critérios Clínico-Radiológicos
 Trato Respiratório Inferior
Maiores → qualquer dos seguintes sinais na tomografia de tórax: sinal do halo, sinal
do ar crescente, cavitação
Menores → sintomas de infecção do trato respiratório inferior (tosse, dor torácica,
hemoptise, dispneia), atrito pleural, derrame pleural, infiltrado pulmonar que não
preencha critérios maiores.

 Sinusite
Maiores → sinais radiológicos de infecção invasiva nos seios (p. ex. erosões da parede
dos seios, extensão da infecção para estruturas vizinhas, destruição da base do crânio).
 Menores → sinais de infecção do trato respiratório superior (coriza), úlcera da mucosa

nasal, epistaxe, edema periorbital, lesões necróticas ou perfuração do palato duro.

 Sistema Nervoso Central


Maiores → evidência radiológica de infecção do sistema nervoso central (mastoidite
ou outro foco parameníngeo, empiema extradural, lesão de massa no parênquima
cerebral ou na medula espinhal).
Menores → sintomas e sinais neurológicos focais (p. ex. convulsões, hemiparesia,
paralisia dos pares cranianos), alteração do nível de consciência, alterações liquóricas.

Critérios do Hospedeiro
 Neutropenia (N<500) por tempo >10 dias.
 Febre persistente por >96h em paciente de alto risco (transplante de medula óssea,
indução de leucemia mieloide aguda, mieloma múltiplo, transplante de órgãos sólidos)
com ATM de largo espectro.
 Temperatura >38 ou <36 e uma destas condições predisponentes: neutropenia

prolongada (>10 dias) nos 60 dias prévios, uso atual ou nos 30 dias anteriores
de imunossupressores, infecção provável ou comprovada em episódio anterior de
neutropenia, Aids.
 Doença do enxerto versus hospedeiro.

 Uso de corticoides por >3 semanas nos 60 dias prévios.

SUMÁRIO 13
Tratamento de Infecções

Iniciar terapêutica na:


 Aspergilose possível: pelo menos 1 critério do hospedeiro +

- Cultura ou micológico direto positivo, ou um critério clínico-radiológico maior ou


2 critérios menores.

 Aspergilose provável: pelo menos 1 critério do hospedeiro + cultura ou micológico


direto positivo +
- Um critério clínico-radiológico maior ou 2 critérios clínicos menores.

 Aspergilose confirmada: evidência histológica de dano tecidual, com ou sem

cultura positiva.

Tratamento de eleição
1. Aspergilose provável/confirmada:
DROGAS PREFERENCIAIS:
Anfotericina B lipossomal* (Ambisome ®) 3 mg/kg/dia IV (não há eficácia de doses
maiores)
ou
Anfotericina B complexo lipídico* (Abelcet ®) 5 mg/kg/dia IV
ou
Voriconazol 6 mg/kg 12/12h IV no primeiro dia, seguido de 4 mg/kg 12/12h. Após
reconstituição a solução é estável por 24h. Na insuficiência renal (Cl Cr < 50 ml/min),
a formulação IV do voriconazol é contra-indicada.

2. Aspergilose provável/confirmada resgate:


Substituir por outra droga preferencial ou adicionar outra droga para tratamento
combinado (consultar infectologista).

3. Aspergilose possível
Anfotericina B deoxicolato* 1-1,5 mg/Kg/dia.
Em caso de toxicidade incontornável, o caso deverá ser discutido com o infectologista.

A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de


pré-medicação para minimizar os efeitos colaterais;
 Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;

 SF 0,9% 500 mL 1h antes e 1h após o término da infusão (se condições clínicas

permitirem);
 Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);

 Se os tremores não forem controlados, utilizar solução decimal de dolantina IV.

14 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Duração do tratamento
Manter terapêutica IV até estabilização da doença. Após este período, manter
voriconazol VO 200 mg 12/12h. A duração total do tratamento não está estabelecida
- consultar infectologista.

Conduta diante de nova quimioterapia ou Transplante de Medula Óssea


Deve-se considerar continuação do tratamento ou reinício do mesmo para pacientes
cuja infecção esteja aparentemente resolvida.

SUMÁRIO 15
Tratamento de Infecções

Tratamento de Bactérias Multirresistentes


BACTÉRIA / INFECÇÃO 1ª OPÇÃO OUTRAS OPÇÕES
Enterococo resistente a vancomicina
Sensível a ampicilina e Ampicilina+ Linezolida
aminoglicosídeos aminoglicosídeo Tigeciclina*
Sensível a ampicilina e alto nível Ampicilina Linezolida
de resistência para aminoglicosídeos Tigeciclina*
Resistente a ampicilina Linezolida Tigeciclina*
Resistente a ampicilina - Nitrofurantoína Quinolona
Infecção do trato urinário baixo 100mg VO 6/6h
MRSA
MRSA R a outras classes de ATM Vancomicina Teicoplanina
Linezolida (para casos de
farmacodermia com glicopeptideos)
MRSA adquirido na comunidade
S. aureus resistente a oxacilina, sensível a outras classes de ATM
• Infecção pele-partes moles Sulfametoxazol-trimetropim Doxiciclina
leves/moderadas ou Clindamicina
• Pneumonia Sulfametoxazol-trimetropim Vancomicina (para infecções graves)
• Infecções pele-partes moles Teicoplanina
graves com bacteremia Vancomicina Linezolida (para casos de
• Infecção de Corrente Sangüínea farmacodermia com glicopeptideos)
Acinetobacter spp resistente a carbapenem
Sensível a ampicilina-sulbactam Ampicilina-sulbactam Polimixina
Tigeciclina*
Resistente a ampicilina-sulbactam Polimixina Tigeciclina*
Pseudomonas resistente a carbapenem
Sensível a piperacilina-tazobactam Polimixina Piperacilina-tazobactam
Resistente a piperacilina-tazobactam Polimixina -
Bactérias produtoras de b-lactamase de espectro estendido (ESBL)
ITU Ciprofloxacina ou Piperacilina-tazobactam ou
Aminoglicosídeo Ertapenem ou
Imipenem ou
Meropenem
Pneumonia Imipenem ou Ciprofloxacina ou
Bacteremia Meropenem Ertapenem
Meningite Meropenem -
Infecções intra-abdominais Ciprofloxacina ou Piperacilina-tazobactam ou
Aminoglicosídeo Ertapenem ou
+ droga anerobicida Imipenem ou
Meropenem
*Tigeciclina - uso clínico aprovado apenas para inf. pele + partes moles e inf. intra-abdominal.
A concentração sérica e urinária não atinge níveis terapêuticos.
16 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Candida spp. - Infecções Invasivas e Candidemia

Situação Opções
Sem uso prévio de azólico Fluconazol
(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol) Anfotericina B*
Uso prévio de azólico nos últimos 30 dias Anfotericina B*
(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol) Caspofungina ou formulações lipídicas de
anfotericina B, se insuficiência renal (clearance de
creatinina < 50 mL/min) ou reação incontrolável à
infusão de anfotericina

Tempo mínimo de tratamento: 14 dias


Atenção: remover todos os cateteres venosos centrais

Droga Comentários
Anfotericina B* • Dose: 0,7 - 1 mg/kg/dia
• Diluir em 500 mL SG 5% e infundir em 6 a 24h
• Não utilizar em C. guilhermondi e C. lusitaniae
Formulações lipídicas de anfotericina B* • Custo elevado
• Amphocyl® – 3mg/kg/dia • Indicações de uso:
• Abelcet® – 5 mg/kg/dia - Reação incontrolável à infusão de anfotericina B
(esgotadas as medidas de controle*);
- Insuficiência renal (clearance de creatinina < 50 mL/min)
Fluconazol • Dose: 800 mg no 1º dia, seguido de 400 mg/dia
(6 mg/kg/dia)
• Não utilizar em C. krusei
• Experiência limitada em neutropênicos
Caspofungina • 70mg IV no 1º dia, seguido de 50 mg/dia
• Experiência limitada em neutropênicos
• Custo elevado

* A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de pré-medicação, para


minimizar efeitos colaterais:
• Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;
• SF 0,9% 500 mL IV 1h antes da infusão e 1h após seu término (se condições clínicas permitirem);
• Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);
• Se os tremores não forem controlados, utilizar 2 mL de solução decimal de dolantina IV.

SUMÁRIO 17
Tratamento de Infecções

Candida spp. - Infecções cutâneo-mucosas


1. Candidíase oral
1.1. Pacientes com infecção por HIV ou com outras patologias (exceto neutropênicos)

Nistatina (pastilhas) ou 1 a 4 ml
4x/dia por 14 dias
tempo contato >2 minutos

Recidiva Sem resposta

Repetir tratamento Fluconazol 200 mg no D1 e


se recuperação 100 mg/dia por 7-14 dias ou
imunológica prevista Itraconazol 200 mg/dia por 14 dias ou
Cetoconazol 200 mg/dia por 14 dias

1.2. Quadro extenso de candidíase oral:


• Fluconazol 200 mg no primeiro dia seguido de 100 mg/dia 7-14 dias (após melhora
clínica)
• Itraconazol 200 mg/dia (14 dias) ou
• Refratária ou intolerância ao fluconazol:
- Anfotericina B IV 0,3 - 0,5 mg/kg por 7-14 dias
- Caspofungina 50 mg/dia IV por 14 dias

2. Candidíase vaginal

2.1. Gestante → tratamento tópico

2.2. Mulheres não-gestantes


Tratamento Tópico:
• Clotrimazol - 500 mg 1x/dia em dose única ou
- 200 mg 1x/dia por 3 dias ou
- 100 mg 1x/dia por 6 a 14 dias
ou

18 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

• Miconazol - 5 g creme 1x/dia por 7 dias ou


- 200 mg em susp. vaginal por 3 dias
ou
• Tioconazol creme 6,5% aplicação única

Tratamento Oral:
• Fluconazol 150 mg 2 doses com intervalo de 3 dias (casos graves) ou
• Cetoconazol 200 mg 12/12h por 5 dias ou
• Itraconazol 200 mg 1x/dia por 3 dias
Obs.: • A nistatina não deve ser utilizada no tratamento da candidíase vaginal.
• Não é necessário tratar o marido assintomático.

2.3. Candidíase vaginal grave e recorrente


• Clotrimazol tópico 1 vez por semana ou
• Cetoconazol 100 mg/dia VO ou
• Cetoconazol 400 mg/dia VO nos 5 primeiros dias do ciclo menstrual (se menstruação
for fator de risco).
• Fluconazol 150 mg VO 1x/semana por 6 meses

3. Candidíase Esofágica

Diagnóstico clínico - realizar tratamento empírico. Se não houver melhora clínica


em 72 horas ou suspeita de candidíase refratária, realizar endoscopia digestiva alta.
Cultura e teste de sensibilidade devem ser realizados em caso de candidíase refratária.
• Fluconazol 200 mg/dia VO por 21 dias ou
• Itraconazol 200 – 400 mg VO por 14 dias
• Anfotericina B 0,3 - 0,5 mg/kg/dia por 14 - 21 dias
• Caspofungina 50 mg/dia por 14 - 21 dias

Obs: • Pacientes com Aids antes do uso de antirretrovirais apresentam 90%


de recidiva.
• A profilaxia é controversa e não deve ser indicada como rotina.
• O uso de itraconazol em solução oral diminui os problemas de absorção
com hipocloridria e ingestão de alimentos (não-disponível no Brasil).

SUMÁRIO 19
Tratamento de Infecções

4. Onicomicose

• Terbinafina 250mg/dia, uso contínuo por 4 a 6 meses


ou
• Itraconazol 400mg/dia durante 1 semana a cada 4 semanas (pulsoterapia)
ou
• Itraconazol 200mg/dia, uso contínuo - Pés: até 6 meses
- Mãos: até 4 meses

5. Dermatofitoses

Utilizar preferencialmente o tratamento tópico.


Indicações de tratamento sistêmico:
 Doença extensa

 Falha da terapia tópica


 Intolerância ao uso tópico

 Tinea capitis

 Comprometimento palmar ou plantar extenso

 Imunossupressão

5.1. Tinea pedis


• Itraconazol − 400 mg/dia por 7 dias
• Fluconazol − 150 mg/semana por 4 semanas
• Cetoconazol − 200 mg/dia por 2 a 6 semanas alternadas
• Terbinafina − 250 mg/dia por 3 semanas

5.2. Tinea capitis


• Griseofulvina − 500 mg/dia por 6-12 semanas
• Itraconazol − 100 mg/dia por 6 semanas
• Terbinafina − Peso<20Kg - 125 mg/dia
Peso 20-40Kg - 250 mg/dia
Peso>40Kg - 500 mg/dia
Até cura clínica e micológica

5.3. Tinea corporis


• Itraconazol − 100 mg/dia por 14 dias
• Terbinafina − 250 mg/dia por 3 semanas
• Fluconazol − 150 mg/semana por 4 a 6 semanas

20 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Cateter Venoso Central (CVC)


As complicações infecciosas relacionadas a CVC podem ser tanto locais (infecções do
óstio ou do túnel) como sistêmicas (bacteremias).

1. Infecção do óstio do CVC:


1.1. CVC de curta permanência:
a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: retirar o CVC, mandar ponta para cultura e providenciar dois pares
de hemoculturas de sangue periférico. Caso o paciente ainda necessite de acesso
venoso, instalar novo CVC em outro local.
c) Interpretação dos resultados:
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas negativas em paciente sem sinais

sistêmicos de infecção: não tratar, apenas observar evolução. Em pacientes com


doença valvar ou neutropenia e colonização do CVC por Staphylococus aureus
ou Candida spp.: monitorizar para sinais de infecção e repetir hemoculturas se
necessário.
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas negativas em paciente com sinais

sistêmicos de infecção e sem outro foco: completar sete dias de antimicrobiano


sistêmico baseado no antibiograma
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas positivas: ver tratamento de

bacteremia.

1.2. CVC de longa permanência:


a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: não remover o CVC. Colher dois pares de hemoculturas (1 de
sangue periférico, 1 do CVC) e cultura de secreção pericateter. Iniciar tratamento
empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas e cultura de secreção pericateter positiva: completar sete

dias de ATB sistêmico baseado no antibiograma.


 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremias.

 Se a diferença do tempo para positividade das hemoculturas for > 2h, considerar

fazer lock de ATM no CVC.

*Somente considerar positivas as culturas de ponta de cateter semi-quantitativas com


crescimento de microrganismo único e acima de 15 ufc.

SUMÁRIO 21
Tratamento de Infecções

2. Infecção do túnel ou bolso


a) Suspeita: presença de eritema, edema e dor que se estende por mais de 2 cm no
trajeto do túnel a partir do óstio do CVC.
b) Como proceder: retirar CVC; se houver coleção drenável, colher material para
cultura e colher um par de hemoculturas de sangue periférico. Iniciar tratamento
empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemocultura negativa: completar sete dias de antimicrobiano sistêmico com base

no resultado do antibiograma.
 Hemocultura positiva: ver tratamento de bacteremia.

3. Infecção da corrente sanguínea

Paciente com CVC de curta


permanência e episódio febril agudo

• Hemocultura, um par (periférico)


• Foco da febre não identificado: remover
CVC e inserir por outra punção ou trocá-lo
sobre fio-guia se não houver sinais de
infecção local
• Cultivar ponta do CVC

Paciente estável Paciente instável


(sem hipotensão ou falência de órgãos) (hipotensão, hipoperfusão, falência de órgãos)

Considerar Iniciar
ATM ATM

Hemocultura (-) e Hemocultura (-) e Hemocultura (-) e Hemocultura (+) e


CVC não-cultivado cultura ponta CVC (-) cultura ponta CVC cultura ponta CVC
> 15 ufc > 15 ufc

Febre mantida e Investigar outros Em pacientes com doença valvar Ver abaixo
sem outro foco: focos ou neutropenia e colonização do tratamento
remover e cultivar CVC por S. aureus ou levedura de bacteremia
CVC → monitorizar para sinais de relacionada a
infecção e repetir hemoculturas CVC de curta
ATM - antimicrobiano se necessário permanência

22 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

3a.

Paciente com bacteremia relacionada a


CVC de curta permanência

Complicada Não-complicada

Trombose séptica, Staphylococcus


Staphylococcus Bacilos Gram-
endocardite, coagulase- Candida spp.
aureus -negativos
osteomielite, etc -negativo

Remover CVC e • Excluir • Remover CVC e Remover CVC e Remover CVC


tratar com ATM contaminação tratar com ATM tratar com ATM e tratar com
sistêmico por 4-6 • Remover CVC e sistêmico até sistêmico até antifúngicos*
semanas; 6-8 tratar com ATM paciente afebril paciente afebril
semanas para sistêmico por por 7 dias por 7 dias
osteomielite 5-7 dias • Eco trans-
• Se CVC mantido, -esofágico (+),
tratar com ATM prolongar ATM
sistêmico + “selo“ sistêmico por 4-6
de ATM no CVC por semanas
10-14 dias

* Ver Tratamento de infecção invasiva Candida spp.


ATM - antimicrobianos
CVC - Cateter Venoso Central

SUMÁRIO 23
24
Paciente com bacteremia relacionada a 3b.
CVC tunelizado ou implantável (port)

Complicada Não complicada


Tratamento de Infecções

Infecção do Trombose séptica, Staphylococcus


Staphylococcus Bacilos Gram-
túnel ou bolsa endocardite, coagulase Candida spp.
aureus -negativos
osteomielite etc negativo

SUMÁRIO
• Excluir contami- • Remover CVC e • Remover CVC e Remover CVC
Remover CVC e Remover CVC e -nação tratar com ATM IV tratar com ATM e tratar com
tratar com ATM tratar com ATM IV • Manter CVC e por 14 dias se eco IV até paciente antifúngicos*
por 10-14 dias por 4-6 semanas; tratar com ATM IV transesofágico (-) afebril por 7 dias
6-8 semanas para por 7 dias + “selo“ • Para tentar salvar • Para tentar
osteomielite de ATM no CVC por CVC, se eco trans- salvar CVC, tratar
10 - 14 dias -esofágico (-), tratar com ATM IV +
• Remover CVC com ATM IV + “selo“ “selo“ de ATM no
se houver piora de ATM no CVC por CVC por 14 dias
clínica, bacteremia 14 dias • Se não houver
persistente ou • Remover CVC se resposta, remover
recidiva piora clínica, CVC e tratar
* Ver Tratramento de Infecção invasiva por Candida spp.
bacteremia com ATM IV até
ATM - antimicrobianos
persistente ou paciente afebril
CVC - Cateter Venoso Central
recidiva por 7 dias
IV - Intravenoso
Tratamento de Infecções

Coleta de Hemocultura

A contaminação da hemocultura, devido à coleta inadequada é frequente, levando


ao diagnóstico incorreto e uso desnecessário de antibiótico. Portanto a padronização
da técnica de coleta é fundamental.

Indicações e momento da coleta:


Para sepse ou bacteremia de origem indeterminada obter 2 punções venosas de
locais diferentes.
Para suspeita de endocardite e febre de origem indeterminada colher de 2 a 3 pares
de frascos com intervalos de 20 a 30 minutos.
Para pacientes em uso de antibiótico e com indicação de coleta de hemocultura, esta
deve ser colhida antes da próxima dose de antibiótico.
Nota: Se mais de uma hemocultura já tiver sido coletada antes da introdução de
antibioticoterapia, coleta de múltiplas amostras após início de terapêutica para
investigação do mesmo episódio febril deve ser desencorajada.
Para diagnóstico de infecção relacionada a cateter através de hemoculturas pareadas
os 2 métodos mais estudados são:
 Diferença do tempo de positivação: Este método compara os registros do

tempo de crescimento de microrganismos isolados em hemocultura periférica e


colhida através do cateter. Por esta técnica é considerada infecção relacionada a
cateter quando a hemocultura colhida através do cateter positiva duas horas ou
mais antes da amostra periférica. A desvantagem desse método é que a maioria
dos pacientes tem resultado indeterminado, pois somente um dos pares é positivo.
Quando o exame é conclusivo, a sensibilidade chega a 85% e a especificidade a 81%.

 Culturas Quantitativas: Por esta técnica, considera-se infecção relacionada


a cateter quando a quantidade de microrganismos isolados na via do acesso for
cinco ou mais vezes maior que a isolada na amostra periférica. Esta técnica não é
disponível no Hospital das Clínicas.
A maioria dos estudos corrobora o uso destas técnicas para cateter venoso central
de longa permanência.

Técnica de coleta de hemocultura periférica:


1. Higienizar as mãos;
2. Colocar as luvas de procedimento;
3. Garrotear o membro do paciente e localizar a veia;
4. Realizar a antissepsia local com solução de clorexidina alcoólica a 0,5%;
5. Aplicar o antisséptico em um único sentido;

SUMÁRIO 25
Tratamento de Infecções

6. Esperar secar;
7. Após a antissepsia, realizar a punção sem colocar a mão no local. Caso seja
necessário, usar luvas estéreis;
8. Volume de sangue a ser aspirado:
• Adultos:10-20 ml, divididos em dois frascos (aeróbio e anaeróbio), respeitando o
volume máximo de cada frasco.
• Neonatos até 1 ano: 0,5 a 1,5 ml, preferencialmente > 1 ml.
• Crianças: 1 ml/ano, divididos em 2 frascos, respeitando o volume máximo de cada
frasco (por exemplo: 6 anos: coletar 6 ml e distribuir 3ml em cada frasco pediátrico)
Acima de 8ml, utilizar frasco aeróbio (8 a 10 ml)
9. Não é necessário trocar de agulha para inoculação nos frascos;
10. Proceder a desinfecção do frasco com álcool a 70%;
11. Inocular primeiro o sangue no frasco aeróbio;
12. Misturar o conteúdo dos frascos por inversão.

Técnica de coleta de hemocultura por cateter venoso central:


1. Identificar no frasco a coleta realizada pelo cateter e a coleta pelo acesso periférico;
2. Higienizar as mãos;
3. Colocar as luvas de procedimento;
4. Limpar com álcool 70% a conexão e extremidade distal do cateter. Esperar secar
30 a 60s;
5. Aspirar e desprezar 3ml de sangue do cateter em adultos ou 0,2 ml em crianças;
6. Colher amostra de todos os lúmens do cateter, contendo mesmo volume de sangue;
7. Utilizando nova seringa, coletar volume de sangue necessário;
8. Proceder a desinfecção do frasco com álcool a 70%;
9. Inocular o sangue no frasco de hemocultura, respeitando o volume máximo de
cada frasco;
10. Misturar o conteúdo dos frascos por inversão.

Observações:
 Evitar coleta de sangue 1 hora após término de infusão de antibiótico;

 Para suspeita de infecção por fungos filamentosos, Histoplasma e micobactérias

utilizar o frasco especifico Myco F. Coletar apenas 1 amostra, volume máximo de


5 ml de sangue
 Para amostras pareadas, o volume coletado por via central deverá ser o mesmo do

coletado por via periférica;


 A coleta através do cateter deve ser sempre pareada com a hemocultura periférica;

 O intervalo de tempo entre a coleta pelo cateter e periférica não deve ultrapassar

15 minutos.
26 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Clostridium difficile

Episódio inicial:

 Parar antimicrobianos, se possível.


 Metronidazol 250 mg VO 6/6h ou 500 mg VO 8/8h (pode ser IV).
 Em casos graves, confirmados por colonoscopia ou não responsivos a metronidazol,

usar vancomicina 125 a 500 mg VO 6/6h (não pode ser IV).


 Duração 10 - 14 dias ou até 7 dias após a suspensão dos antimicrobianos.

 Não usar antiperistálticos, devido ao risco de megacólon tóxico.

Recorrência:

 Metronidazol 250 mg VO 6/6h ou 500 mg VO 8/8h por 10 - 14 dias.


 Após o 3º ou o 4º episódio, consultar infectologista.

SUMÁRIO 27
28
Criptococose em HIV-Positivos

1) Doença no SNC:
ATAQUE:
• 1ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) + 5-flucitosina (100-150 mg/Kg/dia) por 2 semanas
Criptococose

• 2ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) por 3-4 semanas


Tratamento de Infecções

Colher líquor de controle com cultura para fungos

Paciente em REG ou
Paciente em BEG culturas +
(melhora clínica) e
culturas negativas
Manter dose de ataque até

SUMÁRIO
cultura negativa no líquor*

Consolidação
Fluconazol 400-800 mg/dia por 8 - 10 semanas

Manutenção * Para casos refratários


Fluconazol 200 mg/dia indefinidamente considerar anfotericina
ou até CD4 > 100-200 por 6 meses intratecal

Outras opções de ATAQUE:


• Anfotericina B 0,7-1mg/kg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 6-10 sem. Não é necessária a
• Fluconazol 400-800 mg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 10 sem. CONSOLIDAÇÃO. Fazer
• Fluconazol 400-800 mg/dia por 10 sem. MANUTENÇÃO com
• Formulação lipídica (Ambisome) 4 mg/kg/d por 6-10 sem. fluconazol
Criptococose em HIV-Positivos

2) Doença pulmonar e outros sítios:

> 3 cm Abordagem cirúrgica apenas

Criptococoma pulmonar

SUMÁRIO
< 3 cm Considerar somente tratamento clínico:

Assintomáticos/Sintomas leves ou moderados:


• Fluconazol 200-400 mg/dia por 6 a 12 meses

Sintomas graves/progressivos
• Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) até a melhora
dos sintomas, seguido de fluconazol

29
Tratamento de Infecções
30
Criptococose em HIV-Negativos

1) Doença em SNC:

Ataque: • 1ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) associado a 5-flucitosina (100-150 mg/kg/dia) por 2 semanas
• 2ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/Kg/dia) por 3 semanas
Tratamento de Infecções

Colher líquor de controle com cultura para fungos

Paciente em REG ou imunocomprometido

Paciente em BEG (melhora clínica)


Manter ataque até cultura negativa no líquor*

SUMÁRIO
Fluconazol 400 mg/dia por 8 - 10 semanas

2) Doença pulmonar e outros sítios:

Fluconazol 200-400 mg/dia por 6 - 12 meses


Tratar todos os imunocomprometidos

> 3cm Abordagem cirúrgica apenas


(nos imunocomprometidos, associar tratamento clínico)
Criptococoma pulmonar

< 3cm Considerar apenas


tratamento clínico (acima)
* Para casos refratários considerar o uso de anfotericina intratecal
Tratamento de Infecções

Diarréia Aguda

Sem febre Com febre > 38ºC

Hidratação Duração <72 horas Duração >72 horas


Evitar antidiarréicos
Observar

Adulto hígido

Com indicação Sem indicação


Sem indicação de internação: de internação:
de internação Colher coprocultura Hidratação
Evitar antidiarréicos Evitar antidiarréicos
Iniciar*: Norfloxacino 400 mg
Ciprofloxacino 400 mg VO 12/12h
Extremos idade
imunossupremido IV 12/12h ou
Ceftriaxona 2 g
por dia

* A diarréia provocada por E. coli entero-hemorrágica não deve ser tratada com
antimicrobianos devido ao risco de síndrome hemolítico-urêmica.

SUMÁRIO 31
Tratamento de Infecções

Diarréia Aguda

Patógeno Tratamento Duração


Shigella spp. TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h 3-5 dias
Ceftriaxona 2 g por dia IV
Salmonella não-typhi* TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h 5-7 dias
Ceftriaxona 2 g por dia IV
Campylobacter Eritromicina 500 mg 12/12 h 5 dias
Escherichia coli spp.** TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h 3 dias
Ceftriaxona 2 g por dia IV
Yersinia spp.*** TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h
Clostridium difficile toxigênico Metronidazol 500 mg VO ou IV 8/8 h 10 dias
Giardia Metronidazol 250-750 mg VO ou IV 8/8 h 7-10 dias

* Tratar somente casos graves ou pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos, doença valvar,
aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.
** Não tratar E. coli êntero-hemorrágica.
*** Tratar somente casos graves ou associados a bacteremia.

32 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Endocardite em valva protética

Suspeita de endocardite em prótese valvar (ocorre até um ano após a troca valvar):

 Após coleta de três pares de hemocultura, com intervalo de pelo menos 20 minutos,

iniciar:
- vancomicina (40 a 60 mg/kg/dia) e
- amicacina (15 mg/kg/dia) ou cefalosporina (cefepima) em pacientes com insuficiência
renal (Cr>2,5 mg/dl).

Após isolamento do agente etiológico, ajustar a antibioticoterapia, que deverá ser


mantida por 6 a 8 semanas. Quando houver indicação de trocar a prótese valvar,
manter pelo menos 4 semanas de terapia após a troca valvar.

 Nas endocardites por S. aureus, associar rifampicina (300mg VO 8/8h) durante 6


semanas.

SUMÁRIO 33
Tratamento de Infecções

Endocardite em valva nativa

ETIOLOGIA ANTIMICROBIANO DOSE DURAÇÃO COMENTÁRIOS


Streptococcus Penicilina cristalina 12-18 milhões 4 sem Preferível em pacientes
viridans U 24h IV >65 anos ou pacientes
sensível a ou com lesão renal ou
penicilina e Ceftriaxone 2 g /24 h IV/IM 4 sem auditiva
Streptococcus Penicilina cristalina 12-18 milhões 2 sem Duração de 2 sem. não
bovis ou U 24h IV se aplica a pacientes
com abscessos
Ceftriaxone 2 g /24 h IV/IM 2 sem cardíacos ou extra-
associados à -cardiácos ou pacientes
Gentamicina 3 mg/kg IM/IV 2 sem com ClCr<20ml/min,
dividido 3x/dia prejuízo do 8º par
Vancomicina 30 mg/kg 24h IV 4 sem Apenas nos intolerantes
dividido 2x/dia* à penicilina ou
ceftriaxone
Streptococcus Penicilina cristalina 24 milhões U 24h 4 sem Pac. com cepas
viridans e IV contínuo ou resistentes à penicilina
Streptococcus em 4-6 doses (MIC> 0,5 mcg/ml)
bovis ou devem ser tratados
relativamente Ceftriaxone 2 g /24 h IV/IM 4 sem com o esquema
resistentes à associados à recomendado para
penicilina Gentamicina 3 mg/kg IM/IV 2 sem Enterococcus spp.
dividido 3x/dia
(0,12mcg/ml< Vancomicina 30 mg/kg 24h IV 4 sem Apenas nos intolerantes
MIC < dividido 2x/dia* à penicilina ou
0,5 mcg/ml) ceftriaxone

* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale

34 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Endocartite em valva nativa (cont.)

ETIOLOGIA ANTIMICROBIANO DOSE DURAÇÃO COMENTÁRIOS


Enterococcus spp. Ampicilina 12 g/24h 4-6 sem 6 sem em pacientes
sensível à ou em 6 doses IV com sintomas >
penicilina, Penicilina 18-30 milhões 4-6 sem 3 meses
gentamicina e U 24 h contínuo
vancomicina associados à ou em 6 doses
Gentamicina 3 mg/kg/24 h IV 4-6 sem
em 3 doses
Vancomicina 30 mg/kg 24h IV 6 sem Apenas nos intolerantes
associada à dividido 2x/dia* a penicilina ou
ampicilina
Gentamicina 3 mg/kg/24 h IV 6 sem 6 sem de vanco
em 3 doses recomendadas por sua
atividade menor
contra enterococcus
Enterococcus spp. Ampicilina 12 g/24h em 4-6 sem 6 sem em pacientes
sensível a ou 6 doses IV com sintomas >
penicilina, Penicilina 24 milhões 4-6 sem 3 meses
estreptomicina U/24 h contínuo
e vancomicina associados à ou em 6 doses IV
e resistente a Estreptomicina 15 mg/kg/24 h 4-6 sem
gentamicina IM/IV em 2 doses
Vancomicina 30 mg/kg 24h IV 6 sem Apenas nos intolerantes
dividido 2x/dia* a penicilina ou
associada à ampicilina
Estreptomicina 15 mg/kg/24 h 6 sem
IM/IV em 2 doses

*Manter nível sérico da vancomicina entre 15 mg/ml e 20 mg/ml no vale

SUMÁRIO 35
Tratamento de Infecções

Endocartite em valva nativa (cont.)

ETIOLOGIA ANTIMICROBIANO DOSE DURAÇÃO COMENTÁRIOS


Enterococcus spp. Cepa produtora de ß - lactamase
resistente a Ampicilina- 12 g/24h IV 6 sem Se cepa R a genta, usar
penicilina e sulbactam em 4 doses > 6 sem de
susceptível associada a 3 mg/kg/24 h 6 sem ampi-sulbactam
a aminoglicosídeo Gentamicina IV/IM em 3 doses
e vancomicina Vancomicina 30 mg/kg/24 h 6 sem Apenas nos intolerantes
em 2 doses* à ampicilina-sulbactam
associada a 3 mg/kg/24 h 6 sem
Gentamicina IV/IM em 3 doses

Resistência intrínseca a penicilina


Vancomicina 30 mg/kg 24h IV 6 sem Consulta a
dividido 2x/dia* infectologista
recomendada
associada a
Gentamicina 3 mg/kg/24 h 6 sem
IV/IM em 3 doses
Enterococcus Linezolida 1200 mg/24 h > 8 sem Atenção à
faecium R a peni, IV/VO em 2 doses palquetopenia após
aminoglicosídeos 2 semanas
e vanco
Enterococcus Imipenem 2 g/24 h IV > 8 sem
faecalis R a peni, associado à em 4 doses
aminoglicosídeos Ampicilina 12 g/24 h > 8 sem
e vanco em 6 doses IV
Ceftriaxone 4 g /24 h > 8 sem
associado à em 2 doses IV/IM
Ampicilina 12 g/24 h > 8 sem
em 6 doses IV
HACEK Ceftriaxone ou 2g/24h IV/IM 4 sem Cefotaxime ou outra
(H. influenzae, em 1 dose cefalo 3ª/4ª podem
H. aphrophilis, ser usados
Actnobacillus, Ampicilina ou 12 g/24 h 4 sem
Cardiobacterium, em 4 doses IV
Eikenella e Ciprofloxacino 1 g/24 h VO 4 sem Fluoroquinolonas
Kingella) ou 800 mg/24 h apenas para pacientes
IV em 2 doses não tolerantes a
cefalosporina ou
ampicilina

* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale

36 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Endocartite em valva nativa (cont.)

ETIOLOGIA ANTIMICROBIANO DOSE DURAÇÃO COMENTÁRIOS


Staphylo- Oxacilina 12g/24h em 6 sem
-coccus spp. opcionalmente 6 doses IV
Sensível a associada à
oxacilina Gentamicina ou 3 mg/kg/24 h 3-5 dias
IV/IM em 3 doses
Cefazolina 6g/24h em 6 sem Para pacientes com
opcionalmente 3 doses IV reações alérgicas não
associada à graves a penicilina
Gentamicina ou 3 mg/kg/24 h 3-5 dias
IV/IM em 3 doses
Vancomicina 30 mg/kg/24 h 6 sem Para pacientes com
em 2 doses IV* reações alérgicas
graves a penicilina
Resistente à Vancomicina 30 mg/kg/24 h 6 sem
oxacilina em 2 doses IV*
Dose pediátrica:
40mg/kg em
2 ou 3 doses IV
Streptococcus Penicilina ou 12-18 milhões 4 sem Alguns especialistas
pneumoniae, UI /24h IV recomendam a adição
Streptococcus de gentamicina (a
dos grupos A, B, Ceftriaxone ou 2 g /24 h IV/IM 4 sem penicilina e ceftriaxone)
C e G por 2 a 6 semanas
para tratamento de
endocardite causada
por Streptococcus do
grupo B, C e G
Vancomicina 30 mg/kg/24 h 4 sem Apenas em intolerantes
em 2 doses IV* a ß-lactâmicos

* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale

SUMÁRIO 37
38
Ginecologia
Doença inflamatória pélvica – dip
agentes mais tratamento inicial tratamento inicial tratamento
Doença comentários
comuns de escolha alternativo ambulatorial

Neisseria gonorrhoeae 1) Cefoxitina 1) Ciprofloxacino Ofloxacino 400 mg • Considerar a


2 g IV 6/6h
Tratamento de Infecções

200 mg IV 12/12h + VO 12/12h + abordagem cirúrgica


Chlamydia trachomatis (continuar por 24 a 48h
Doxiciclina 100 mg VO Metronidazol se necessária.
após melhora clínica)
Ureaplasma urealyticum seguidos de Doxiciclina 12/12h + 400 mg VO 8/8h
100 mg VO 12/12h • Critérios de
Mycoplasma hominis Metronidazol 500 mg durante 14 dias
(continuar por 14 dias e internação:
associar cobertura para IV 8/8h durante 14 dias
Streptococcus agalactiae diagnóstico incerto
anaeróbios por 14 dias
DIP e diferencial com
se houver abscesso tubo
Haemophilus influenzae ovariano) ou apendicite ou

SUMÁRIO
Ceftriaxona gravidez ectópica,
Peptococcus spp; 2) Penicilina cristalina
4 milhões UI IV 4/4h + 250 mg IV ou IM abscesso pélvico,
Peptostreptococcus spp Gentamicina 3-5 mg/ dose única + adolescente,
kg d.u. diária IM ou IV HIV/AIDS, falha
Bacteróides spp Doxiciclina 100 mg
(continuar até 48h após
no tratamento
melhora clínica) seguida VO 12/12h - 14 dias +
de Doxiciclina 100 mg ambulatorial.
Metronidazol 500 mg
VO 12/12h (por 14 dias;
IV ou VO 8/8h durante
e associar cobertura para
anaeróbios durante 14 dias
14 dias se houver
abscesso tubo
ovariano) AMBULATORIAL

d.u. - dose única


Tratamento de Infecções

Grande Queimado
À Internação

Cultura de Lesão

Cultura de Nasofaringe
(pesquisa de Streptococcus do Grupo A)*
repetir cultura semanalmente

Aos Curativos

SEM SINAIS DE INFECÇÃO COM SINAIS DE INFECÇÃO

Celulite ou
Aprofundamento do grau da
cultura de swabs de ferida queimadura ou
Febre ou hipotermia ou
Instabilidade hemodinâmica
cultura (+) ou Leucopenia

colonização Colher hemocultura e ver critérios para terapêutica empírica

(-) (+)

Rediscutir Antimicrobiano de acordo


OBSERVAR*
tratamento com antibiograma

* Pacientes com culturas de vigilância positivas para S. pyogenes:


Iniciar penicilina G cristalina 200.000 - 300.000 unidades/kg divididas com intervalo de 4
horas por 4 dias. Manter o paciente em isolamento durante esse período. Recomendamos
adiar a enxertia até término do curso de penicilina.

Pacientes com infecção por S. pyogenes:


Primeira escolha: penicilina G cristalina 200.000 - 300.000 unidades/kg divididas com intervalo
de 4 horas por 10 a 14 dias. Manter o paciente em isolamento de contato durante esse
período. Recomendamos adiar a enxertia até término do curso de penicilina.

SUMÁRIO 39
Tratamento de Infecções

Grande Queimado

Critérios para Terapêutica Empírica Sistêmica

Iniciar antimicrobiano sistêmico quando se observarem dois dos critérios abaixo:

1. Leucopenia (< 2500/mm3)


2. Aprofundamento do grau da queimadura (exceto em queimadura elétrica) ou febre
(> 38,5o C) ou hipotermia (<36oC)
3. Instabilidade hemodinâmica após correção hidroeletrolítica
4. Celulite
5. Confusão mental (sem outra causa) ou hiperglicemia (>150 mg/dl sem diabetes
prévia)

Indicações de uso tópico de antimicrobianos

1. PROFILÁTICO em paciente proveniente de outro hospital.

2. PROFILÁTICO após escarotomia ou fasciotomia.

3. PROFILÁTICO em queimaduras extensas (criança >10% e adulto >20% de


superfície corpórea).

4. ASSOCIADO a antibioticoterapia sistêmica, quando houver indicação de tratamento


de infecção.

40 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Grande Queimado

Esquema Terapêutico Empírico para Infecções

ATÉ 72 HORAS DE INTERNAÇÃO E


SEM USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANO

Oxacilina
+
Ciprofloxacina

Reavaliação após 72h


Após 72 horas de internação ou ou
uso prévio de antimicrobiano piora importante

Vancomicina + Ciprofloxacina

Reavaliação após 48h ou


piora importante

Vancomicina + Imipenem

Reavaliação após 48h ou


piora importante

Associar anfotericina B ou
fluconazol IV

SUMÁRIO 41
Tratamento de Infecções

Hemodiálise

Infecção de Via de Acesso Venoso

Pacientes com infecção no acesso


(excluídos outros focos)

Sinais de infecção local Bacteremia

Colher 2 pares de hemoculturas (1 Colher 2 pares de hemoculturas


punção periférica, 1 CVC) e cultura (1 punção periférica, 1 CVC)
da secreção pericateter

Cefalosporina 1ª Geração* - Vancomicina*/** IV


1-2 g cada 24-48h 1 g cada 4 a 7 dias
(suplemento 0,5 g - 1 g pós-diálise) (checar nível sérico)
por 1 a 2 semanas - “Sêlo” ATM

Infecção resolvida Infecção Infecção resolvida Infecção


não resolvida não-resolvida

Observar Medidas cirúrgicas Observar Pesquisar outros


Troca de cateter focos
Rever ATM

Presente Ausente

Tratamento Medidas cirúrgicas


Específico Troca de cateter
Rever ATM*/**

* Ajustar o tratamento de acordo com o agente isolado. Se S. aureus fazer eco transesofágico;
se endocardite, tratar por 4 a 6 semanas.
**Manter ATM até o paciente permanecer 7 dias afebril .

42 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Hemodiálise

Infecções Relacionadas a Cateter Venoso Central (CVC)

1. CVC de longa permanência:


a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: não remover o CVC. Colher 2 pares de hemoculturas sendo 1 de
punção periférica e 1 do CVC e cultura da secreção pericateter. Iniciar vancomicina
empiricamente.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas e cultura da secreção pericateter positiva: completar 7 dias

de ATM sistêmico com base no antibiograma.


 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremias.

2. Infecção do túnel ou bolso


a) Suspeita: presença de eritema, edema e dor que se estende por mais de 2cm no
trajeto do túnel a partir do óstio do CVC.
b) Como proceder: retirar CVC, se houver coleção drenável, colher material para cultura
e colher 2 pares de hemoculturas sendo 1 de punção periférica e 1 do CVC. Iniciar
tratamento empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas: completar 7 dias de ATM sistêmico com base no

antibiograma.
 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremia.

3. Bacteremias
a) Suspeita:
 Presença de febre ou síndrome séptica sem outro foco.
 Sinais de sepse se instalam abruptamente após a infusão de fluidos ou medicação

IV pelo CVC.
b) Como proceder: não remover o CVC e colher 2 pares de hemoculturas, sendo 1 de
punção periférica e 1 do CVC
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas positivas: iniciar tratamento com ATM sistêmico pelo CVC e fazer

“sêlo” do CVC com ATM, com base no antibiograma.

SUMÁRIO 43
Tratamento de Infecções

Obs: Para organismos potencialmente contaminantes da pele (p. ex: Staphylococcus


não-aureus) são necessárias 2 amostras de hemocultura positivas para o mesmo
organismo; para patogênicos (p. ex: S. aureus) uma amostra positiva é suficiente
para iniciar tratamento.
 Hemoculturas positivas para fungos: retirar CVC e iniciar tratamento com antifúngicos

(ver tratamento de infecção invasiva por Candida spp.)


 Tratar por até 7 dias após o paciente ficar afebril.

*Obs: realizar acompanhamento do paciente para o diagnóstico de possíveis


complicações como endocardite infecciosa, osteomielite e abscessos metastáticos.

ATM - antimicrobiano
CVC - Cateter Venoso Central

44 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Herpes Simples (genital e oral) - Tratamento

Herpes genital Droga/dose Duração


Imunocompetente Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Primeiro episódio Fanciclovir 250 mg VO 8/8 h ou 7-10 dias
Valaciclovir 1 g VO 12/12 h
Imunocompetente Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Episódios recorrentes Fanciclovir 125 mg VO 12/12 h ou 5 dias
Valaciclovir 500 mg VO 12/12 h
Supressão
Indicações: Aciclovir 400 mg VO 12/12 h ou
- recorrências frequentes Fanciclovir 250 mg VO 12/12 h ou
(>6 episódios/ano) Valaciclovir 0,5–1 g VO 1 x/dia 6-12 m
- recorrências graves
- pródromos graves
-  transmissão
-  problemas psicossexuais
Imunossuprimido Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Primeiro episódio Fanciclovir 500 mg VO 8/8 h ou 7-10 dias
Valaciclovir 1 g VO 12/12 h
Imunossuprimido Aciclovir 400-800 mg VO 8/8 h ou
Supressão Fanciclovir 500 mg VO 12/12 h ou
Valaciclovir 500 mg VO 12/12 h

Herpes oral Droga/dose Duração


Recorrência Podem ser usados a partir do pródromo:
Diminui a duração dos sintomas Aciclovir em creme a 5% 3/3 h ou 4 dias
Aciclovir 400 mg VO 4/4 h 5x/dia ou 5 dias
Valaciclovir 2 g 12/12 h 1 dia
Profilaxia
Pode ser considerada em: Aciclovir 400 mg 12/12 h, 7 dias
- recorrências frequentes iniciar 12 h pré-exposição (ou enquanto
(>6 episódios/ano) durar a
- HSV associado a eritema exposição ao
multiforme fator de
- Cirurgia em gânglio trigeminal risco)
- Cirurgia peroral ou intra-oral
- Estresse: exposição ao sol ou
compromissos profissionais
- Profissionais de saúde
selecionados ( transmissão)
- Imunocomprometidos

SUMÁRIO 45
Tratamento de Infecções

Infecções associadas à Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP)


Diagnóstico e Tratamento

Diagnóstico
1. As infecções relacionadas à DVP podem ser :
 Meningite / Ventriculite

 Infecção de trajeto

 Pseudocisto abdominal

2. A maior parte das infecções relacionadas à DVP ocorre nos 6 primeiros meses após
a inserção do dispositivo

3. Suspeitar de infecção relacionada à DVP sempre que o paciente apresentar febre.


Para o diagnóstico, deve ser solicitado quimio-citológico e cultura de LCR colhido
do reservatório da DVP e CT de crânio.

4. Para diagnóstico de pseudo-cisto abdominal deve ser solicitada ultrassonografia


de abdome ou tomografia computadorizada e LCR.

5. Em pacientes com febre e sem sinais de meningite, peritonite ou infecção de trajeto,


considerar outros focos e solicitar hemograma, hemocultura, urina I, urocultura e
radiografia de tórax

Tratamento
1. Ventriculite/ Meningite
 Retirar a DVP e inserir DVE

 Coletar LCR durante a inserção da DVE

 Iniciar terapia empírica com vancomicina + (ceftazidima ou cefepime)

 Adequar antibiótico ao resultado de cultura

 Re-inserção da DVP: após 14 dias de tratamento, se LCR normal

 Tempo de tratamento: manter por mais 1 semana após re-inserção da DVP

46 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

2. Pseudocisto abdominal

Situação Re-inserção LCR controle Tempo total


LCR normal com Re-inserção imediata 7-10 dias de vancomicina
cultura negativa após resolução da coleção Desnecessário + (ceftazidima ou
cefepime)
LCR normal com
cultura negativa + 14 dias de
cultura positiva de Re-inserção após final do Desnecessário antimicrobiano
ponta distal da DVP tratamento da infecção orientado por cultura
ou do conteúdo cístico
LCR alterado e/ou
cultura positiva Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite
(LCR ou ponta proximal)

3. Infecção de Trajeto

Situação Re-inserção LCR controle Tempo total


LCR normal +
culturas negativas 7 a 10 dias de
Re-inserção após final Desnecessário Vancomicina+
LCR normal do tratamento da infecção (ceftazidima ou
(cultura negativa)+ cefepime) ou
Cultura de pontas orientado pelas culturas
positivas de pontas
LCR alterado e/ou
cultura positiva
(LCR ou ponta proximal) Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite

SUMÁRIO 47
Tratamento de Infecções

Meningites em Pediatria

Antibioticoterapia empírica de acordo com a faixa etária

Faixa etária Etiologia Antibioticoterapia Antibioticoterapia


(1º escolha) (2º escolha)
< 1 mês Estreptococo do grupo B (49%) Ampicilina +
Bacilos entéricos gram-negativos Ampicilina + aminoglicosídeo*
(principalmente E.coli) ( 30-40%) Cefotaxima (gentamicina ou
Listeria monocytogenes (7%) amicacina)
2 meses a Meningococo
5 anos Pneumococo Ceftriaxona Cloranfenicol
Haemophilus influenzae
Maiores de Meningococo Ceftriaxona Penicilina ou
5 anos Pneumococo Cloranfenicol
Trauma S. aureus Vancomicina+
ranioencefálico
C Pneumococo Cefalosporina Vancomicina+
aberto e após Bacilos Gram-negativos não anti-pseudomonas meropenem
Neurocirurgia fermentadores

* só utilizar aminoglicosídeo na absoluta impossibilidade de utilização de cefotaxima ou ceftriaxone

Observações:
1. Não há recomendação do uso de corticóide na meningite neonatal.
2. Não há evidência de que o uso de corticóide diminua a incidência de dano neurológico, exceto
no caso de meningite por Haemophilus.
3. Não há evidência para uso de antibiótico intratecal.
4. Em casos de meningite neonatal, realizar ultrassonografia e eletroencefalograma de crânio nas
primeiras 48 h e conforme evolução. Meningites causadas por Citrobacter koresi ou Enterobacter
sakazaki estão associadas a abscesso cerebral. Realizar tomografia de crânio.
5. Em casos de meningite neonatal, colher LCR para controle de tratamento após 48-72 horas do
início do tratamento.

48 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Antibioticoterapia específica por agente

Agentes Antibioticoterapia Doses Intervalos


Streptococcus do Penicilina por 14 dias +
grupo B aminoglicosídeo por ≥ 3 dias
ou
Ampicilina por 14 dias +
aminoglicosídeo por < 3 dias
Listeria Ampicilina por 14 -21dias +
monocytogenes aminoglicosídeo por < 3 dias
Bacilos Gram Ver quadro de doses em neonatologia
Negativos Cefotaxime por 21 dias
fermentadores
Bacilos Gram
Negativos grupo Cefotaxime por 21 dias+
CESP: Citrobacter, aminoglicosídeo ou
Enterobacter, Serratia, Cefepime
Proteus)
Meningococo Penicilina G. cristalina * ou 250 – 400.000 UI/kg/dia até 4/4h
(N. meningitidis) 24.000.000 UI/kg/dia
(7 dias) Ampicilina 200 – 400 mg/kg/dia até 6/6h
12 g/dia
Haemophylus spp. Cloranfenicol ou 75 – 100mg/kg/dia até 6g/dia 6/6h
(7 a 10 dias) Ceftriaxone 80 – 100mg/kg/dia até 4g/dia 12/12h ou
1x/dia
Pneumococo Penicilina G cristalina ** 250 – 400.000 UI/kg/dia até 4/4h
(S. penumoniae) 24.000.000UI/dia
(10 a 14 dias)
Staphylococcus aureus Oxacilina ou 200mg/kg/dia até 12g/dia 4/4 h ou
(21 dias) 6/6h
Vancomicina 40 – 60mg/kg/dia até 6/6h
2- 4g/dia
Enterobactérias Ceftriaxona ou 80 – 100mg/kg/dia até 4g/dia 12/12h ou
(14 a 21 dias) 1x/dia
Cefotaxima 200mg/kg/dia até 12g/dia 6/6h

* Em caso de alergia a penicilina, usar cloranfenicol.


** Se isolado pneumococo parcialmente sensível, usar ceftriaxone ou vancomicina.
Se pneumococo R (MIC > 2 mcg/ml) usar ceftriaxone + vancomicina
OBS.: o uso de corticóide na criança não altera a penetração da vancomicina

SUMÁRIO 49
Tratamento de Infecções

Doses de antimicrobianos
(Neofax - Manual de Drogas em Neonatologia 2008

Dose em mg/kg por dose na frequência indicada


Gentamicina Idade gestacional
<29 semanas 30-33 sem 34-37 sem >38 sem
5mg/kg/dose 4,5mg/kg/dose 4mg/kg/dose 4mg/kg/dose
48/48h 48/48h 36/36hh 24/24h

Dose em mg/kg na frequência indicada


Idade gestacional
Amicacina <29 semanas 30-34 sem >35 sem
0-7d 8-28d >28d 0-7d >8d Todas
18mg/kg 15mg/kg 15mg/kg 18mg/kg 15mg/kg 15mg/kg
48/48h 36/36h 24/24h 36/36h 24/24h 24/24h

Dose de 100mg/kg por dose na frequência indicada


Ampicilina Idade gestacional
<29 semanas 30-36 sem 37-44 sem >45 sem
0-28d >28d 0-14d >14d 0-7d >7d Todos
12/12h 8/8h 12/12h 8/8h 12/12h 8/8h 6/6h 6/6h

Dose de 50mg/kg por dose na frequência indicada


Cefotaxime Idade gestacional
<29 semanas 30-36 sem 37-44 sem >45 sem
0-28d >28d 0-14d >14d 0-7d >7d Todos
12/12h 8/8h 12/12h 8/8h 12/12h 8/8h 6/6h 6/6h

50 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Meningites em Adultos

Etiologia da meningite de acordo com a circunstância clínica

Circunstância clínica Etiologia usual Tratamento empírico


inicial*

Adultos sem fator de risco Pneumococo (>80%) Ceftriaxona 1-2 g IV 12/


Meningococo 12h por 10-14 dias
Trauma cranio-encefálico Staphylococcus aureus Vancomicina 1-2 g IV 12/
penetrante, neurocirurgia ou coagulase-negativo 12h + Cefepime 2g IV
ou válvula de derivação Pseudomonas aeruginosa 8/8h por 10-14 dias
Acinetobacter baumannii
Fístula liquórica Pneumococo Ceftriaxona 1-2 g IV 12/
12h por 10-14 dias*
Gestantes Acrescentar ampicilina ao esquema, devido à
Adultos > 50 anos possibilidade de infecção por Listeria.
Portadores de HIV

Obs: Alguns estudos sugerem que o uso de corticoide (dexametasona 0,15 mg/kg/dose de 6/6h
por 4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o corticoide for
utilizado, a vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará diminuída.

*Ajustar terapêutica de acordo com o agente isolado.

SUMÁRIO 51
Tratamento de Infecções

Neutropenia Febril em Adulto


1. Definições
A neutropenia febril é definida como a presença de :
 Febre: temperatura axilar > 38,0°C em uma medição ou > 37,8°C mantida por uma
hora, não relacionada a infusão de hemoderivados;
 Neutropenia: número de granulócitos < 500/mm3 ou entre 500 e 1000/mm3 com
tendência a queda.

Índice complicação paciente Neutropênico Febril


Características Pontuação
• Extensão dos sintomas
- Sem 5
- Oligossintomático 5
- Moderado 3
• Sem hipotensão 5
• Sem DPOC 4
• Tumor sólido ou não infecção fúngica 4
• Sem desidratação 3
• Febre em casa 3
• Idade <60 2

2. Exames iniciais
 Hemograma
 Uréia / creatinina
 Radiografia de tórax

 Hemocultura (2 pares)

 Urocultura

 Cultura de qualquer outro sítio potencialmente envolvido na infecção

3. Princípios básicos da terapêutica empírica para neutropenia febril


 Iniciar prontamente antimicrobiano de amplo espectro
 Levar em conta na escolha, a epidemiologia local (agentes mais frequentes e perfil
de sensibilidade desses agentes) e observar a somatória dos efeitos colaterais
 Avaliação diária cuidadosa, com atenção aos detalhes da evolução

 Insistir no diagnóstico etiológico

 Qualquer que seja o esquema empregado, deve-se usar por 3 dias consecutivos
para avaliação dos resultados
52 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Esquema Empírico para neutropenia Febril para Adultos

Paciente proveniente da comunidade Paciente com >48h de hospitalização


Baixo-risco Alto-risco

CEFEPIMA* ou PIPERACILINA / TAZOBACTAM CEFEPIMA* ou PIPERACILINA / TAZOBACTAM

Após 48h, reavaliar

Hemocultura (+) ou Hemocultura (-)


Foco clinicamente definido

Afebril Febril
Reajustar de acordo com antibiograma
Tratar pelo tempo recomendado
para o sítio em questão Estável Instável**
No caso do uso de anfotericina B Aguardar +24h
interromper se forem observadas:
• recuperação de granulócitos
• resolução dos sintomas e sinais clínicos VANCOMICINA+
Persistência de febre** IMIPENEM/
• resolução radiológica
• negativação das culturas MEROPENEM
Cobertura para anaeróbio se IMIPENEM/MEROPENEM*
abscesso perianal, intra-abdominal
ou gengivite
Persistência da febre
após 24h**

VANCOMICINA

Baixo-risco*** Persistência da febre após 24 horas**

Alta com ATM VO Completar 3-5 dias


Alto-risco Suspeita ou colonização Aspergillus?
de ATM IV Risco de Candida glabrata/krusei?
Uso recente de fluconazol?
* Indicações para utilização precoce de
TMO alogênico?
Vancomicina:
SIM NÃO
- Mucosite grave
- Evidente infecção relacionada a cateter Anfo B Fluconazol 400-800 mg/dia
venoso central 0,5-1 mg/kg ou anfo B 0,5 -1 mg/kg
- Colonização por S.aureus resistente a
oxacilina ou S.pneumoniae resistente a
penicilina
Neutrófilos>500/mm3
- Instabilidade hemodinâmica Neutrófilos <500/mm3
por > 2dias
Parar após 5 dias Completar 2 semanas
** Reavaliação clínica e laboratorial
***Baixo Risco: pontuação índice de de tratamento
ATM - antimicrobiano
complicações> 21 pontos
SUMÁRIO 53
Tratamento de Infecções

Neutropenia Febril em Pediatria


As orientações contidas na parte inicial desta norma se referem a pacientes
neutropênicos que desenvolveram febre sem que seja identificado o foco do processo
infeccioso na avaliação inicial.

As normas relativas aos antimicrobianos indicados nas diferentes situações foram


elaboradas com base na análise da sensibilidade dos principais agentes causadores de
infecções em neutropênicos do Instituto da Criança. Estas normas serão periodicamente
revistas.

Definições:
 Neutropenia: Contagem total de neutrófilos periféricos <1000 / mm 3 com
perspectiva de queda em 72 horas.
 Febre: Dois ou mais episódios de t >37,8oC em 24 horas ou um episódio de
t >38,5oC.
 Avaliação laboratorial inicial: Hemograma, hemoculturas (veia periférica +/-
cateter), RX Tórax, urina tipo 1 + urocultura, proteína C reativa.

Antibioticoterapia inicial
 Esquema 1- monoterapia
Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
Deve ser introduzido para todas as crianças neutropênicas febris à admissão, exceto
quando houver indicação dos Esquemas 2 ou 3.

 Esquema 2 - esquema duplo


Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/m2/dia de 6/6h)
Deve ser utilizado sempre que houver evidência de infecção por germes Gram-positivos:
 presença de hiperemia ou secreção purulenta em túnel de cateter vascular implantado

 hemocultura exibindo crescimento de cocos Gram-positivos, ainda sem identificação


e testes de sensibilidade
 evidência clínica e/ou radiológica de pneumonia

 presença de flebite, celulite ou erisipela

54 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

 Esquema 3 - esquema triplo


Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/m2/dia de 6/6h)
MAIS
Amicacina (15 mg/kg/dia 1 vez)

Deve ser utilizado para crianças que à admissão estiverem em mau estado geral,
apresentando sinais de sepse franca, instabilidade hemodinâmica, hipotensão e/
ou choque.

Reavaliação da terapêutica empírica inicial


Sempre que os resultados de culturas indicarem o agente responsável pelo processo
infeccioso atual, a antibioticoterapia deve ser adequada ao perfil de sensibilidade
desse agente.
Enquanto o paciente se mantiver febril, neutropênico, com culturas negativas,
sem foco aparente de infecção, deverão ser colhidas hemoculturas diariamente,
preferencialmente durante o pico febril.
A reavaliação do paciente a fim de definir a resposta à terapêutica instituída deve incluir,
além do exame físico completo, a verificação da situação dos locais de inserção de
cateter; dos resultados de culturas coletadas à admissão, a coleta de novas culturas e
a realização de outros exames de investigação, como radiografias do tórax e dos seios
da face. Quando possível, deve-se mensurar os níveis séricos dos antimicrobianos
utilizados, em especial da vancomicina e aminoglicosídeos. Caso os achados clínicos
sejam sugestivos, devem ser coletados exames para diagnóstico de infecções pouco
frequentes, como as causadas por Toxoplasma gondii, herpes simples, citomegalovírus,
EBV, Mycobacterium tuberculosis, outras micobactérias e Chlamydia pneumoniae.
Quando houver suspeita de infecção fúngica, complementar a investigação diagnóstica
com exames tomográficos.
A resposta clínica ao tratamento empírico inicial (esquemas 1, 2 ou 3) deve ser
avaliada após 72 horas:
a) Pacientes que estejam recebendo o esquema 1 e que se tornarem afebris,
embora neutropênicos, sem que haja evidência de localização do foco infeccioso
e sem resultados de culturas positivas, desde que mantendo bom estado geral e
com perspectiva de recuperação medular breve, devem ter a antibioticoterapia
SUMÁRIO 55
Tratamento de Infecções

suspensa após um período afebril de 24 horas. Essa conduta não se aplica a


pacientes portadores de cateter venoso central e àqueles com comprometimento
medular (em fase de indução ou recidivas).
b) Pacientes que estejam sendo tratados com o esquema 1 e que se mantenham
febris e neutropênicos sem que haja evidência de localização do foco infeccioso, sem
culturas positivas e com estado geral preservado devem continuar recebendo o
mesmo esquema (1), que será reavaliado em 48 horas. Caso se mantenham
tais condições clínicas, devem iniciar o esquema 3.
c) Pacientes que estejam recebendo o esquema 1 e que se mantenham febris e
neutropênicos sem que haja evidência de localização do foco infeccioso e sem
resultados de culturas positivas mas apresentando deterioração clínica evidente
devem iniciar o esquema 3.
d) Pacientes que desenvolverem quadro diarreico e outros sinais de infecção intestinal
deverão receber Metronidazol (30 mg/kg/dia de 6/6h) em associação ao
esquema em uso.
e) Pacientes tratados com o esquema 1 que se mantenham febris e neutropênicos, sem
resultados de culturas positivas, e apresentarem evidências de infecção por bactérias
Gram-positivas, devem iniciar o esquema 2.
f) Pacientes que estejam recebendo os esquemas 1 ou o 2 que apresentem indícios
de infecção de pele causada por Pseudomonas spp. devem iniciar o esquema 3.
g) Pacientes em tratamento com qualquer dos esquemas anteriores e que se
mantenham febris e neutropênicos, sem sinais de localização da infecção e sem
culturas positivas entre o 5o e o 7o dia de tratamento, devem receber anfotericina
B (1 mg/kg/dia) em associação ao esquema utilizado. Caso seja diagnosticada uma
infecção fúngica, o tratamento deve ser orientado de acordo com o agente causal,
a localização e extensão da doença. Caso não seja diagnosticada nenhuma infecção
fúngica, a anfotericina B poderá ser suspensa após o período de administração de
duas semanas, assim como os demais antimicrobianos.
h) Caso o esquema terapêutico inclua a vancomicina, o paciente se mantenha
febril após 72 horas de tratamento e as culturas colhidas à admissão não revelem
crescimento de bactérias Gram-positivas, deverá ser considerada a retirada deste
antimicrobiano, a fim de minimizar o surgimento de cepas de bactérias
resistentes a eles.
i) Justifica-se o uso de drogas antivirais nos pacientes que apresentam infecções
clinicamente aparentes pelos vírus herpes simples, varicella-zoster ou citomegalovírus
(esta apenas quando laboratorialmente documentada através de antigenemia e/ou

56 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

PCR). O uso empírico de drogas antivirais não deve ser indicado. O uso profilático de
antivirais deve ser reservado a situações específicas, como por exemplo, nos protocolos
de transplante de medula.

Observações:
1. Pacientes que, a qualquer tempo durante a internação, deixem de estar
neutropênicos (neutrófilos periféricos >1.000/mm3) mas se mantenham febris devem
ser reavaliados e ter sua antibioticoterapia revista e adequada à nova condição. Dessa
forma, caso não haja localização da infecção, os antimicrobianos podem ser suspensos
4 a 5 dias após o término da neutropenia.
2. Em pacientes que estejam recebendo o esquema 3 e se mantenham febris após um
período de 72 horas de tratamento, ou que apresentem queda evidente do estado geral
na vigência desse esquema, pode ser considerada a ampliação do espectro de ação
em relação as bactérias Gram-negativas. Substitui-se a cefepima por carbapenêmicos
(IMIPENEM 100 mg/kg/dia de 6/6h) ou quinolonas (CIPROFLOXACINO 20 mg/kg/dia
de 12/12h), mesmo que não se disponha de resultados de culturas indicando infecção
por germes resistentes.

SUMÁRIO 57
Tratamento de Infecções

Obstetrícia

Infecção do Sítio Cirúrgico


Avaliação Inicial:
 Ultrassonografia de partes moles.

 Coleta de material para bacterioscopia e cultura (nos casos exsudativos).

 Avaliação sistêmica clínica e laboratorial.

DOENÇA QUADRO CLÍNICO TRATAMENTO CONDUTAS


Forma leve Hiperemia e Não está indicado Acompanhamento
hipertermia local ambulatorial
Ausência de comprome- Tratamento
timento sistêmico conservador da ferida
Celulite Ausência de Amoxicilina / clavulanato Acompanhamento
Acometimento comprometimento ambulatorial
do tecido celular sistêmico (500 + 250 mg) 1cp VO Tratamento
difuso e extenso de 8/8h ou conservador da ferida.
subcutâneo Clindamicina 300 mg
1cp VO 6/6h ou
2cp VO 8/8h
Presença de Clindamicina 600 mg IV Internação.
comprometimento 6/6h+gentamicina Abordagem cirúrgica
sistêmico 3-5 mg/kg d.u. com remoção de tecido
diária IM ou IV necrótico (envio para
(correr em 1hora) cultura)
Forma purulenta / Hiperemia e calor local Clindamicina 600 mg IV Internação
exsudativa Coleções teciduais 6/6h + gentamicina Abordagem cirúrgica
3-5 mg/kg d.u. diária IM para drenagem de
ou IV (correr em 1hora) coleções
Celulite e Acometimento difuso Penicilina cristalina Internação
Fasciíte de subcutâneo e fáscia 2.000.000 UI IV Abordagem cirúrgica
necrotizante muscular, acompanhado de 4/4h+clindamicina para drenagem de
de crepitação e necrose 600 mg IV 6/6h coleções e
de extensa área tecidual desbridamento extenso.
Considerar uso de
câmara hiperbárica
Nos quadros graves ou Associar gentamicina
de má evolução clínica 3-5 mg/kg d.u. diária
IM ou IV ou
ceftriaxona 1 g IV 12/12h

Obs.: Fazer reorientação da terapêutica após resultados de bacterioscopia e culturas.

58 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Obstetrícia

Infecção da Membrana Ovular, Abortamento e Infecção Puerperal

TIPO ANTIMICROBIANO DOSE OPÇÃO


AMBULATORIAL
Abortamento Ampicilina ou 1-2 g IV 4/4h Amoxicilina/
clandestino penicilina*+ 3 milhões U IV 4/4h clavulanato
Gentamicina + 3-5 mg/kg IV d.u. diária 500/125 mg VO
metronidazol 0,5 g IV 8/8h 600 mg IV 6/6h 8/8h
ou 3-5mg/kg IV d.u. diária
Clindamicina + até paciente afebril por 48h
gentamicina**
Infecção de Ampicilina/sulbactam 3 g IV de 6/6h
membrana ovular - ou
corioamnionite Ampicilina+ 2 g IV de 6/6h
Conduta obstétrica Gentamicina 3-5 mg/kg IV em d.u. diária
resolutiva por
via vaginal 7 dias
Infecção de Ampicilina+ Por 7 dias 2 g IV de 6/6h
membrana ovular - gentamicina + 3-5 mg/kg IV d.u. diária
corioamnionite metronidazol na 0,5 g IV de 8/8h
Conduta obstétrica indicação da cesárea
resolutiva por ou
cesárea Clindamicina + 600 mg IV de 6/6h
gentamicina** 3-5 mg/kg IV em d.u. diária
Infecção Puerperal Ampicilina ou 1-2 g IV de 4/4h Amoxicilina/
penicilina*+ 3 milhões U IV de 4/4h clavulanato
Gentamicina + 3-5 mg/kg IV em d.u. diária 500/125 mg VO
Metronidazol 0,5 g IV de 8/8h de 8/8h
ou
Clindamicina + 600mg IV 6/6h
Gentamicina** 3-5mg/Kg IV d.u. diária
até paciente afebril por 48h

* Não é eficaz contra estafilococos produtores de penicilinase; em pacientes com suspeita de infecção por
esse agente deverá ser utilizada oxacilina, clindamicina ou vancomicina, na dependência do antibiograma
e da gravidade do quadro.
** Não é eficaz contra enterococo na falha desse esquema deverá ser associado ampicilina ou penicilina.
Comprometimento da função renal: substituir gentamicina por ceftriaxone.
A manutenção de febre após 48 horas do início do tratamento, sem evidência de foco extragenital, deverá
ser interpretada como falha terapêutica: considerar abordagem cirúrgica.

SUMÁRIO 59
Tratamento de Infecções

Obstetrícia - Mastites

DOENÇA TRATAMENTO TRATAMENTO


HOSPITALAR AMBULATORIAL

1ª Opção: 1ª Opção:
Oxacilina 2 g IV de 4/4h + Cefalexina 1 g VO de 6/6h
metronidazol 500 mg IV de VO durante 7 dias.
MASTITE 8/8h durante 7 a 10 dias

2ª Opção: 2ª Opção:
Clindamicina 600 mg IV de Clindamicina 600 mg VO de
6/6h durante 7 a 10 dias. 6/6h durante 7 dias para
pacientes alérgicos a
betalactâmicos

60 SUMÁRIO
DIAGNÓSTICO DROGAS E DOSES DURAÇÃO CULTURAS A OBSERVAÇÕES
SEREM COLHIDAS
Oxacilina 8 a12 g/dia 2 semanas IV Líquido sinovial
Pioartrite aguda + + + Tratamento VO com
Ortopedia

Gentamicina 240 mg/dia 2 semanas VO Hemoculturas cefalexina 2 a 4 g/dia


(d.u. diária)
Osteomielite aguda Oxacilina 8 a 12 g/dia 2 semanas IV Osso
hematogênica + + + Considerar punção e/ou drenagem
Gentamicina 240 mg/dia 4 semanas VO Hemoculturas
(d.u. diária)
Clindamicina 2,4 g/dia 6 meses Reavaliação do tratamento deve
Osteomielite crônica + (IV durante Osso ser guiada pelo resultado de cultura
Ciprofloxacino 800 mg/dia internação,
VO após alta)
Fratura exposta Se alta, tratamento VO com
• Tipo I (MMSS e Cefazolina 3g/dia 14 dias cefalexina 2 a 4 g/dia

SUMÁRIO
MMII)
• Tipo II e III Clindamicina 2,4 g/dia Osso
(MMSS e MMII) + 14 dias (na admissão e em Se alta, tratamento VO
Gentamicina 240 mg/dia todas as limpezas com cefalexina 2 a 4g/dia
(d.u. diária) cirúrgicas)
Teicoplanina 400 mg/dia Osso (preferencial) • Dose da Teicoplanina deve ser de
Infecções + Conforme + 400mg 12/12h nos 2 primeiros dias
pós-operatórias Amicacina 4 g/dia a evolução Partes moles • Considerar retirada de
+ material de síntese
Exsudato profundo • Reavaliação do tratamento deve
ser guiada pelo resultado de cultura
Revisão de Cefuroxima 1,5 g IV Até resultado Osso + Reavaliação do tratamento deve ser
Artroplastia seguido de 750 mg 6/6h (intra- de cultura Partes moles+ guiada pelo resultado de cultura e
-op) e 1,5 g 12/12h (pós-op) Exsudato profundo pelo aspecto intraoperatório

61
Tratamento de Infecções

d.u. - dose única


Tratamento de Infecções

Otorrinolaringologia

INFECÇÃO ANTIMICROBIANO Obs


Amigdalite
Tratar somente com os Penicilina Benzatina Os objetivos do tratamento
4 critérios de Centor: 1.200.000U IM em d.u. ou são: a prevenção da febre
• Febre Amoxicilina 500 mg VO reumática (penicilina),
• Exsudato tonsilar 8/8h por 10 dias ou prevenção de complicações
• Ausência de tosse Penicilina V 500 mg VO supurativas locais, redução
• Adenopatia cervical 12/12h por 10 dias ou da transmissão e melhora
dolorosa Claritromicina 250 mg VO dos sintomas
12/12h por 10 dias ou (controverso).
Eritromicina 500 mg VO
6/6h por 10 dias ou
Azitromicina 500 mg VO no
1o dia e 250 mg por mais 4 dias

Otite média aguda


Na indicação de Amoxicilina 500 mg VO Tratamento de pacientes
antibioticoterapia é 8/8h por 5-7 dias ou com mais de 2 anos
fundamental a Amoxicilina clavulanato é controverso
diferenciação de OMA 500/125 mg VO de 8/8h por 5-7dias ou
com Otite média com Claritromicina 500 mg
efusão – quadro para 12/12h por 10 dias ou
o qual não Azitromicina 500 mg VO no
recomendamos ATM. 1o dia e 250 mg por mais 4 dias

Sinusite aguda
Recomendado ATM Amoxicilina 500 mg VO 8/8h Não é recomendado o RX
em caso de: ou de seios da face para
• Sintomas por Claritromicina 500 mg VO de 12/12h diagnóstico.
mais de 7dias ou Considerar TC de seios
• Dor facial/dentária Levofloxacino 500 mg VO 1x/dia da face apenas em
• Secreção nasal ou Moxifloxinico 400 mg VO 1x/dia situações especiais.
purulenta por 10 dias

62 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais
Princípios gerais:
 Tratamento de parasitoses associadas:
a) tratar inicialmente a parasitose potencialmente mais grave
b) observar antiparasitários polivalentes
c) a eficácia das drogas é menor quando utilizadas na vigência de multiparasitoses
d) não tratar: I. büstschlii; E. coli; E. nana; C. mesnili; T. hominis
 Tratamento de entero-parasitoses na gestação:
a) evitar o uso de antiparasitários na gestação, sobretudo durante o primeiro trimestre
e principalmente os imidazólicos
b) cogitar o tratamento quando a parasitose for suficientemente sintomática para
colocar em risco a gestação; nesse caso, protelar para depois do primeiro trimestre.
Exceção: infecção por Taenia solium.

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Amebíase Forma intestinal assintomática
(Entamoeba Etofamida Kitnos® 500 mg/cp 7, 14 e
histolytica) 500 mg, 2 x ao dia, 3 dias 21 dias
OU
Teclosan Falmonox® 100 mg/cp
100 mg, 3 x ao dia, 5 dias
Intestinal sintomática / extra-intestinal
Metronidazol 500 a 750 mg, • Metronidazol genérico
3 x ao dia, 10 dias ou 250 mg/cp ou 400 mg/cp
20 a 40 mg/kg/dia, em 3 doses, ou susp. oral - 40 mg/ml
10 dias genérico 250 mg ou
400 mg/cp ou susp. oral
OU 40 mg/ml
Tinidazol, 2 g ou 50 mg/kg, Pletil® / Amplium®
dose única OU 500 mg/cp 7, 14, 21
Nimorazol, 2 g ou 50 mg/kg, Naxogim® 500 mg/cp ou e 28 dias
dose única OU susp. oral 250 mg/10ml
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/kg
dose única OU
Secnidazol Secnidal® ou Secnidazol
2 g ou 50 mg/kg, dose única genérico 500 mg ou 1 g/cp
ASSOCIADO A: (ministrar ao final)
Etofamida OU Kitnos® 500 mg/cp
Teclosan Falmonox 100mg/cp

SUMÁRIO 63
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais (cont.)

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Giardíase Metronidazol Metronidazol genérico
(Giardia 250 mg, 3 vezes ao dia 250 mg/cp ou 400 mg/cp
lamblia/ OU ou susp. oral - 40 mg/ml
intestinalis) 15 mg/kg/dia em 3 doses por
7 a 10 dias OU
Tinidazol Pletil®/Amplium®
2 g ou 50 mg/kg, 500 mg/cp 7, 14, 21 dias
dose única OU
Nimorazol, Naxogim®
2 g ou 50 mg/kg, 500 mg/cp ou
dose única OU susp. oral 250 mg/10 ml
Ornidazol,
2 g ou 50 mg/kg,
dose única
Secnidazol Secnidal® ou Secnidazol
2 g ou 50 mg/kg, genérico 500 mg ou
dose única OU 1 g/cp
Albendazol Albendazol genérico ou
400 mg/dia, 5 dias Zentel® 400 mg/cp ou
OU susp. oral 40 mg/ml
Nitazoxanida Annita® 500 mg/cp
500 mg 2x/dia,
Crianças: 7,5 mg/kg 2x/dia
por 3 dias
Isosporíase Sulfametoxazol+trimetoprim* Bactrim, Infectrim,
(Isospora 50 mg/kg/dia (S) e genérico 400 mg (S)
belli) 10 mg/kg/dia (T), 15 dias + 80 mg (T) / cp
25 mg/kg/dia (S) e ou susp. oral 7, 14 e
5 mg/kg/dia (T), 28 dias 200 mg (S)/5ml+ 21 dias
por 6 a 8 semanas 40 mg (T)/5 ml
*recaídas em 45% dos casos
OU
Sulfadiazina Sulfadiazina 500 mg/cp
100 mg/kg/dia +
Pirimetamina 25 mg/dia Daraprim® 25 mg/cp
por 6 a 8 semanas

(S) sulfametoxazol / (T) trimetoprim

64 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais (cont.)

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Criptosporidíase Espiramicina Rovamicina® 500 mg/cp Baixos índices
(Cryptospo- 1 g, 3 x ao dia de cura parasi-
ridium sp) duração indefinida OU -tológica.Me-
Paromomicina Humatim® 500 mg/cp -lhora clínica
500 mg, 4 x ao dia (não disponível no transitória em
duração indefinida OU mercado nacional) alguns casos
Nitazoxanida Annita® 500 mg/cp Boa eficácia
500 mg 2x/dia, 3 dias em pacientes
com CD4>
200/mm3
Ciclosporíase Imunocompetente Bactrim, Infectrim,
(Cyclospora Sulfametoxazol genérico 400 mg (S) +
cayetanensis) +trimetoprim 80 mg (T)/cp ou susp.
800 mg (S) + 160 mg (T), oral 200 mg(S)/5ml
2 x ao dia, 7 dias +40 mg(T)/5 ml
Imunodeprimido Bactrim, Infectrim,
Sulfametoxazol +trimetoprim genérico 400 mg (S) +
(Ataque) 800 mg (S) + 80 mg (T)/cp ou susp.
160 mg (T), 4 x ao dia, 10 dias oral 200 mg(S)/5ml
(Manutenção) 800 mg (S) +
160 mg (T), 3 x/semana
Microsporíase Albendazol 400 mg, Zentel® ou Albendazol Eficaz para
(Enterocyto- 3x/dia por 2 - 4 semanas genérico ou 400 mg/cp E. intestinalis;
zoon bieneusi, ou susp. oral 40 mg/ml eficácia
Encephalito- duvidosa
zoon para E.
intestinalis) bieneusi
Balantidíase Tetraciclina 30 a 50 mg/kg/dia, Tetrex® 500 mg/cp
(Balantidium durante 10 dias
coli) Evitar em crianças OU 7, 14 e
Metronidazol Metronidazol genérico 21 dias
20 mg/kg/dia durante 7 dias 250 mg ou 400 mg/cp
ou susp. oral - 40 mg/ml
Dientamebíase Metronidazol Metronidazol genérico
(Dientamoeba 250 mg, 3 x ao dia, 250 mg ou 400 mg/cp 7, 14 e
fragilis) 7 a 10 dias ou susp. oral - 40 mg/ml 21 dias
15 mg/kg/dia, em 3 tomadas, (gen) 250 mg ou
7 a 10 dias 400 mg/cp ou susp. oral
40 mg/ml

SUMÁRIO 65
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais (cont.)

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Blastocistose Metronidazol Metronidazol genérico
(Blastocystis 500 a 750 mg, 3 x ao dia, 250 mg/cp ou 400 mg/cp 7, 14 e
hominis) 10 dias OU ou susp. oral - 40 mg/ml 21 dias
(gen) 250 mg ou
400 mg/cp ou susp. oral
40 mg/ml
Nitazoxanida Annita® 500 mg/cp
500 mg 2 x/dia, 3 dias
Ancilostomíase Albendazol Zentel® ou Alendazol
(Ancylostoma 400 mg, dose única, genérico 400 mg/cp 7, 14 e
duodenale repetida após 7 dias OU 21 dias
Necator Mebendazol ®
Pantelmim ou
americanus) 100 mg 2 x ao dia, Mebendazole (genérico)
durante 3 dias 100 mg/cp
Estrongiloidíase Formas habituais
(Strongyloides Ivermectina Revectina® 6 mg/cp
stercoralis) 200 mcg/kg, dose única OU 8, 9 e 10 dias
Cambendazol Cambem® 180 mg/cp (ou)
5 mg/kg, dose única OU 6 mg/ml susp. oral 7, 14 e
Tiabendazol Thiabem® ou 21 dias
25 mg/kg/dose, 2 x ao dia, Tiabendazol genérico
2 dias (máximo de 3,0 g/dia) 500 mg/cp ou
Repetir após 10 a 15 dias. 250 mg/5 ml susp. oral
Hiper-infecção
Ivermectina Revectina® 6 mg/cp
200 mg/kg dia, 2 dias OU
Tiabendazol Thiabem® ou
25 mg/kg/dose, 2 x ao dia, Tiabendazol genérico Até negati-
5 a 7 dias ou 500 mg/cp ou -vação do
500 mg/dia durante 30 dias OU 250 mg/5 ml susp. oral exame de
Cambendazol Cambem® fezes
5 mg/kg, dose única 180 mg/cp
semanal, 3 a 5 semanas, 6 mg/ml susp. oral
dependendo da evolução clínica

66 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais (cont.)

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Ascaridíase Forma habitual
(Ascaris Levamizol Ascaridil 80 mg ou
lumbricoides) adultos: 150 mg, dose única 150 mg/cp ou
crianças: 80 mg, dose única
OU 7, 14 e
Albendazol Albendazol (gen) ou 21 dias
400 mg, dose única Zentel® 400 mg/cp ou
susp.oral 40 mg/ml
Oclusão/sub-oclusão intestinal
Hexa-hidrato de piperazina “Solução de piperazina Diante de
100 mg/kg + 50 ml de com licor de ameixa” insucesso do
óleo mineral por SNG (Laborsil® - tratamento
após 24h: 50 mg/kg + 500 mg/5 ml) ou clínico,
50 ml de óleo mineral Vermifran 500 mg/5 ml abordagem
dose máxima diária de cirúrgica com
piperazina: 6 g remoção
manual dos
vermes
Teníases Praziquantel Cestox® Tamização
(T. solium, 10 mg/kg, dose única 150 mg/cp das fezes de
T. saginata) Clorossalicilamida Atenase® 24h após o
adultos: 2 g 500 mg/cp tratamento
crianças: 1 g, dose única (escolex) ou
idem 90 dias
após o
tratamento
(proglotes)
Himenolepíase Praziquantel Cestox®
(H. nana, 25 mg/kg, dose única 150 mg/cp
H. diminuta) Repetir após 10 dias. OU 7, 14 e
Clorossalicilamida Atenase® 21 dias
adultos: 2 g; crianças: 1 g, 500 mg/cp
1 x/dia, durante 6 dias
consecutivos
Tricuríase Albendazol Zentel® ou Albendazol
(Trichuris 400 mg em dose única OU genérico 400 mg/cp
trichiura) ou susp. oral 40 mg/ml 7, 14 e
Mebendazol Pantelmim® 21 dias
100 mg, 2 x ao dia, 3 dias Mebendazol genérico
100mg/cp ou susp.
oral 20 mg/ml

SUMÁRIO 67
Tratamento de Infecções

Parasitoses Intestinais (cont.)

PARASITOSE ALTERNATIVAS DE APRESENTAÇÃO CONTROLE


TRATAMENTO COMERCIAL DE CURA
Enterobíase Mebendazol Pantelmim® ou swab anal
(Enterobius 100 mg, dose única OU Mebendazol genérico a partir do
vermicularis) 100mg/cp e dia 8 pós
susp. oral 20 mg/ml tratamento,
Albendazol Zentel® ou Albendazol durante 7
400 mg, dose única OU genérico 400 mg/cp e dias
susp. oral 40 mg/ml
Pamoato de pirvínio Pyr-pam® 100 mg/cp e
10 mg/kg, dose única susp. oral 50 mg/5 ml
(não absorvido; pode ser
utilizado durante a gestação
Esquistosso- Oxamniquina Mansil® 250 mg/cp e 6 coprosco-
-mose adultos: 12,5 a 15 mg/kg, susp. oral 50 mg/ml -pias
(Schistosoma dose única; mensais,
mansoni) crianças: 20 mg/kg, dose única a partir do
OU 45º dia pós-
Praziquantel Cisticid® 500 mg/cp tratamento
40 a 60 mg/kg, dose única (uso hospitalar)
Cestox® 150 mg/cp

68 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Pâncreas e Vias Biliares

DOENÇA ANTIMICROBIANO PROVÁVEIS COMENTÁRIOS


PATÓGENOS

Colecistite Ceftriaxona 1 g IV 12/12h + Enterobactérias + Até 72h após o controle


aguda ou metronidazol 500mg IV de 8/8h enterococcus + do quadro infeccioso
colangite ou anaeróbios (afebril e leucograma
Ampicilina 6-8 g/dia IV + normal)
gentamicina 3-5 mg/kg IV d.u. +
metronidazol 500 mg IV 8/8h

Colangite Ceftazidima 1-2 g IV 8/8h Pseudomonas Até 72h após o controle


ou aeruginosa do quadro infeccioso
Cefepime 2 g IV 12/12h Gram-negativos (afebril e leucograma
Após manipulação endoscópica multirresistentes normal) e desobstrução
da via biliar ou próteses biliares da via biliar

Pancreatite Aguda

DOENÇA INDICAÇÕES ANTIBIOTICOTERAPIA


Pancreatite Não há indicação Não há indicação
Aguda Leve
Pancreatite • ≥ 30% de necrose visualizada • Ciprofloxacina 400 mg IV
Aguda Grave em TC de abdome 12/12 h + metronidazol
• diagnóstico de infecção por cultura 500 mg IV 8/8h
de aspirado por punção guiada ou ou
intraoperatória ou hemocultura) • Imipenem 500 mg IV
• Introduzir ATB se não houver sinais 8/8h ou de 6/6h
de necrose, mas o paciente apresentar ou
algum critério de gravidade (IMC ≥ 30, • Meropenem 0,5- 1g IV
diabetes, efusão pleural esquerda ou 8/8h
bilateral, PCR ≥ 12 mg/dL, escore de por 14 a 21 dias
Ranson ≥ 3, escore de APACHE II ≥ 8).
Se não houver evolução para necrose,
suspender em 3 dias.

SUMÁRIO 69
70
DOENÇA AGENTES TRATAMENTO TRATAMENTO COMENTÁRIOS
MAIS COMUNS INICIAL DE ESCOLHA ALTERNATIVO

IMPETIGO Streptococcus Cefalosporinas de 1º geração Eritromicina Risco de GNDA


do grupo A (cefalexina 1 g 6/6h por 7 dias) 500 mg 6/6h por 7 dias Difícil diferenciar
S. aureus Aplicação tópica de impetigo
Tratamento de Infecções

mupirocina ou ácido fusídico estreptocóccico de


estafilocóccico

ERISIPELA Streptococcus Ambulatorialmente: Clindamicina 300-450mg 6/6h VO Culturas positivas em


do grupo A, Penicilina procaína 400.000 IM por 7dias ou 600 mg 6/6h apenas 5% dos casos
às vezes grupos G, 12/12h ou 900 mg 8/8h IV por 7 dias
C, B e mais Internado: penicilina cristalina
Partes Moles - Infecções de Pele

raramente 2.000.000 IV de 4/4h


S. aureus

SUMÁRIO
CELULITE Streptococcus Ambulatorialmente: Clindamicina 300-450mg 6/6h VO Tentar obter GRAM e
do grupo A Cefalosporinas de 1º geração por 7 dias) ou 600 mg 6/6h ou cultura em caso de
S. aureus (cefalexina 1 g 6/6h por 7 dias) 900 mg 8/8h IV por 7 dias secreção purulenta.
Se internado oxacilina Maior positividade em
(2 g IV 4/4h por 7 dias) hemocultura.

Observações:
a) Tanto a erisipela quanto a celulite apresentam sinais flogísticos; o paciente pode ter febre e leucocitose,
mas a erisipela é mais superficial e bem delimitada.
b) As doses foram calculadas para adulto com peso de 60 a 70Kg e com função renal normal.
TIPO AGENTE CAUSAL USUAL CAUSAS PREDISPONENTES QUADRO CLÍNICO
Gangrena S. aureus Cirurgia Ulceração de progressão lenta
Sinergística de Streptococos microaerófilos restrita à fáscia superficial
Melaney
Celulite Clostrídica Clostridium perfringens Trauma local ou cirurgia Gás na pele, fáscia poupada,
pouca repercussão sistêmica
Gangrena Gasosa C. perfringens Trauma, injecções de epinefrina, Mionecrose, formação de gás,
C. histolyticum neutropenia toxicidade sistêmica, choque
C. septicum
Celulite Anaeróbia Flora mista aeróbia e anaeróbia Diabetes mellitus Gás nos tecidos

SUMÁRIO
não Clostrídica
Fasciíte Necrotizante Flora mista anaeróbia, Cirurgia, diabetes, Destruição de gordura e fáscia;
Partes Moles - Infecções Necrotizantes

do Tipo 1 Gram-negativos e Enterococcos doença vascular periférica envolvimento da área perineal na


Síndrome de Fournier
Fasciíte Necrotizante Streptococcus do grupo A Feridas penetrantes, Toxicidade sistêmica, dor local
do Tipo 2 procedimentos cirúrgicos, intensa, gangrena, choque,
falência de múltiplos órgãos

71
Tratamento de Infecções
Tratamento de Infecções

Partes Moles - Infecções Necrotizantes

Evidência de infecção grave ou não controlada (dor, aumento de hiperemia, febre,


taquicardia, agitação, instabilidade hemodinâmica).

Coleta material
por punção ou 2 swabs + hemocultura (2 amostras)
+
antibioticoterapia

Drenagem ampla através de incisões para


exposição da fáscia e/ou músculos

Considerar
oxigenoterapia
hiperbárica

Infecção controlada Infecção não-controlada

Reavaliar desbridamento /
antibioticoterapia

72 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

ORIGEM COMUNITÁRIA

Streptococcus
Flora mista oral Flora mista
Clostridium (gangrena beta-hemolítico,
(gangrena intestinal (Fournier)
gasosa extremidades) S.aureus (idiopático,
Ludwig )
pós trauma, inj. drogas,
animais peçonhentos)

CLINDAMICINA
900 mg 8/8h
CLINDAMICINA 900 mg 8/8h IV
+
+
GENTAMICINA*
PENICILINA CRISTALINA 3 mi 4/4h IV
240 mg/dia
(dose única)

Reavaliar antibioticoterapia de acordo com cultura/antibiograma

* Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h em caso de insuficiência renal ou alto risco

ORIGEM HOSPITALAR

Flora mista (pós-drenagem S.aureus Streptococcus


de abcessos, cirurgias pot. beta-hemolítico (pós cirurgias limpas ou
contaminadas /sujas / infectadas) potencialmente contaminadas)

VANCOMICINA + AMICACINA# + METRONIDAZOL#


1 g 12/12h 1 g 24/24h 0,5 g 8/8h

Reavaliar antibioticoterapia de acordo com cultura/antibiograma

#
Imipenem/meropenem em caso de insuficiência renal ou alto risco

SUMÁRIO 73
Tratamento de Infecções

Partes Moles - Pé Diabético


Tratamento do Pé Diabético

Princípios gerais para tratamento do pé diabético infectado:

1.Determinar gravidade da lesão (tabela 1)


2. COLHER CULTURAS antes de iniciar a antibioticoterapia para diagnóstico etiológico:
Cultura do local:
 Limpar e desbridar a lesão (gaze e soro fisiológico);

 Obter espécime da base da ferida desbridada, por curetagem (raspando com a


lâmina do bisturi ou cureta) ou por biópsia;
 Evitar realizar swab da base da lesão desbridada. Se for a única opção disponível,
usar um swab com meio de transporte para aeróbio e anaeróbio e encaminhar
rapidamente ao laboratório;
 A aspiração por agulha pode ser usada para obter material de coleção purulenta, e
deve ser feita através da pele íntegra ao redor da ferida após antissepsia;
 A aspiração sub-periostal por agulha de áreas com suspeita de osteomielite pode
ser usada para obtenção de espécimes;
 Identificar adequadamente o material e seu local de coleta e encaminhar rapidamente
ao laboratório de microbiologia em meio estéril ou meio de transporte para aeróbios
e anaeróbios.
Colher hemocultura se sinais de infecção sistêmica
3. Iniciar TERAPIA EMPÍRICA baseado nos agentes etiológicos mais frequentes
(tabelas 2 e 3).
A terapia empírica deve sempre cobrir S. aureus e Streptococcus beta-hemolítico.
Enterococcus usualmente é apenas colonizante. Considerar o momento ideal de cobrir
gram-negativos: usualmente em infecções crônicas, com uso de antibiótico prévio.
Pseudomonas aeruginosa deve ser tratada apenas se for o patógeno predominante em
cultura de tecido profundo.Cobrir anaeróbios quando houver isquemia com necrose
ou gangrena (“o clássico odor fétido”)
4. ADEQUAR antibioticoterapia após isolamento do agente
5. DESBRIDAMENTO é essencial
6. ATENÇÃO PARA ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL, muito comum nestes pacientes
7. Checar VACINAÇÃO PARA TÉTANO
8. O tratamento do pé diabético deve ser sempre multiprofissional

74 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Tabela 1. Classificação de pé diabético infectado (segundo Sociedade Americana de Doenças


Infecciosas )

Classificação Descrição Clínica


Leve > 2 Manifestações inflamatórias (secreção purulenta ou eritema, dor, calor,
aumento de sensibilidade, empastamento); qualquer celulite ou eritema se
estendendo até 2 cm ao redor da úlcera, e infecção limitada à pele ou tecido
subcutâneo superficial; sem complicações locais ou acometimento sistêmico
Moderado Infecção em paciente sistemicamente bem e metabolicamente estável, com >
1 dos seguintes: celulite se estendendo > 2 cm; linfangite; extensão à fáscia;
abscesso planos profundos; gangrena; envolvimento de músculos, tendões,
articulações e/ou osso.
Grave Infecção em paciente toxemiado, com instabilidade metabólica (febre, calafrios,
taquicardia, hipotensão, confusão, vômitos, leucocitose, acidose, hiperglicemia,
insuficiência renal)

Tabela 2. Etiologia de infecção e pé diabético em diferentes apresentações clínicas do pé


diabético

Quadro clínico Patógeno


Celulite sem ferida aberta Streptococcus β-hemolítico (grupos A, B, C, G) e
Staphylococcus aureus
Úlcera infectada, sem ATM prévio Staphylococcus aureus e Streptococcus β-hemolítico
Úlcera infectada, crônica ou com Staphylococcus aureus e Streptococcus β-hemolítico e
uso prévio de antimicrobiano Enterobactérias
Úlcera macerada, úmida* Pseudomonas aeruginosa, frequentemente com outros
microrganismos
Feridas não cicatrizadas, crônicas, Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-negativo,
com uso prévio prolongado difteroides, Enterococcus, Enterobactérias, Pseudomonas
de ATM de amplo espectro** spp. , Bacilos Gram-negativos não-fermentadores e fungos
(raro).
Pé fétido: necrose ou gangrena Cocos gram-positivos aeróbios, incluindo Enterococcus,
extensa, fétido* Enterobactérias, Bacilos Gram-negativos não-fermentadores
e anaeróbios.
*Geralmente polimicrobiana
**Geralmente polimicrobiana e com bactérias multirresistentes (S. aureus OXA-R, Enterococcus Vanco -
R, Enterobactérias produtoras ESBL)

SUMÁRIO 75
Tratamento de Infecções

Tabela 3. Tratamento empírico inicial para infecções em pé diabético

Classificação Antibioticoterapia Dose para função Duração e


empírica inicial renal normal via de adm.
Leve Comunitária Cefalexina ou 1g 6/6h VO
Amoxicilina- 500 + 125 mg 8/8h 7 a 14 dias
Clavulanato ou (até 4 semanas
Clindamicina ou 900 mg 8/8h se a resolução
Sulfametoxazol + 800/160 mg for lenta)
Trimetoprim 8 /8h
Relacionada a Clindamicina + 900 mg 8/8h
Serviços de Saúde Ciprofloxacino ou 500 mg 12/12h
ou uso de antibió- Levofloxacino+ 500 mg 1x/dia
-tico nos últimos Metronidazol 500mg 8/8h
30 dias
Moderado Comunitária Amoxicilina- 625 mg 8/8h Inicialmente IV,
Clavulanato ou podendo ser VO
Clindamicina + 900 mg 8/8h após melhora
Ciprofloxacino ou 500 mg 12/12h VO clínica
ou 400 mg 12/12 IV
Ceftriaxone + 1 g 12/12h 2 a 4 semanas
Metronidazol ou 500 mg 8/8h
Ertapenem* 1g 1x/ dia
Relacionada a Piperacilina/ 4,75 g 8/8h
Serviços de Saúde Tazobactam ou
ou uso de antibió- Ertapenem* 1g 1x/ dia
-tico nos últimos Associado a:
30 dias Vancomicina ou 1g 12/12h
Teicoplanina 400 mg 12/12h
Grave Comunitária Clindamicina + 900 mg 8/8h IV
Ciprofloxacino ou 400 mg 12/12h 2 a 4 semanas
Cefepime + 2g 12/12h
Metronidazol ou 500 mg 8/8h
Ertapenem* 1g 1x/ dia
Relacionada a Imipenem ou 500 mg 6/6h
Serviços de Saúde Meropenem ou 1g 8/8h
ou uso de antibió- Piperacilina/ 4,75 g 8/8h
-tico nos últimos Tazobactam
30 dias Associado a:
Vancomicina ou 1g 12/12h
Teicoplanina 400 mg 12/12h

* No Hospital das Clínicas, a prescrição do ertapenem é controlada pela CCIH e pode ser utilizado
no tratamento de infecções causadas por enterobactérias produtoras ESBL ou sensíveis apenas a
carbapenem.

76 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Peritonite associada à dialise peritoneal


Diagnóstico e Tratamento

Na suspeita de peritonite associada à diálise peritoneal:


1. Coletar líquido peritoneal e enviar para: quimiocitológico, Gram, micológico direto e cultura
(inocular 10 mL no frasco de hemocultura aeróbio)
2. Iniciar antibiótico empírico intra-peritoneal (IP):
1ª opção: Vancomicina* + (amicacina ou ceftazidima)
2ª opção: Cefazolina* + Amicacina
* a literatura corrobora o uso de cefazolina para cobertura empírica para Gram-positivos.
Optamos por vancomicina como primeira opção devido a comodidade posológica e pela
baixa incidência de peritonite em nosso Serviço.
3. Se houver sinais sistêmicos (febre, queda do estado geral ou hipotensão), iniciar
vancomicina e ceftazidima intravenoso. Nesta situação, não é necessário utilizar intraperitoneal
concomitantemente
4. Ajustar antibioticoterapia conforme agente isolado:
• S.aureus: vancomicina ou cefazolina, conforme perfil de sensibilidade, por 3 semanas.
Considerar retirada do cateter peritoneal.
• Estafilococo coagulase negativo: vancomicina ou cefazolina conforme perfil de sensibilidade,
por 2 semanas.
• Enterococo: ampicilina associada ou não à gentamicina, por 2 a 3 semanas
• Enterobactérias: ceftazidima ou cefepime, conforme perfil de sensibilidade, por 3 semanas.
• P. aeruginosa: associar 2 drogas: ciprofloxacino VO associado à ceftazidima ou cefepime
ou tobramicina ou piperacilina, por 3 semanas. Considerar retirada do cateter peritoneal.
5. Indicações para retirada do cateter:
• Peritonite fúngica
• Nova peritonite pelo mesmo agente ou estéril em um período de 4 semanas após o fim do
tratamento (peritonite recidivante)
• Infecção de trajeto de cateter peritoneal (túnel)
• Ausência de resposta após 5 dias tratamento (peritonite refratária)
• Patologia intra-abdominal (apendicite, diverticulite e etc.)
Doses de antibióticos por via intraperitoneal (administrar na bolsa de diálise com maior tempo
de permanência).
• Amicacina 2mg/kg/dia.
• Cefazolina 15 mg/kg/dia
• Cefepime 1g/dia
• Ceftazidima 1000 – 1500 mg/dia
• Tobramicina 0.6 mg/kg/dia
• Vancomicina 15-30mg/kg, máximo de 2 a 3 gramas a cada 5-7 dias a depender da função
renal residual.

SUMÁRIO 77
Tratamento de Infecções

Diagnóstico e Tratamento de
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)

DEFINIÇÕES/ DIAGNÓSTICO:
PBE clássica: PMNs > 250 cels/mm3 e cultura positiva
PBE com cultura negativa: PMNs > 250 cels/mm3 e cultura negativa
Bacteriascite: PMNs < 250 cels/mm3 e cultura positiva

Para aumentar positividade da cultura de líquido ascítico (LA): inocular 10 ml


do líquido ascítico no frasco de hemocultura.

Tratamento de PBE:
PBE

PBE complicada *

SIM NÃO

Cefotaxima 2g 8/8h Paciente em uso


IV por 5 a 14 dias + de profilaxia com
Albumina& norfloxacino?

SIM NÃO

Amoxicilina- Amoxicilina-
Clavulanato VO Clavulanato VO
ou ou
Ceftriaxone IM/IV Ciprofloxacino VO
por 10-14 dias por 10 a 14 dias

* PBE Complicada: presença de qualquer dos seguintes: encefalopatia grau II a IV, choque,
HDA , íleo paralítico ou alteração da função renal
&
Albumina 1,5g/ Kg no primeiro dia e 1,0 g/ Kg no terceiro dia.
SEGUIMENTO: Se não houver melhora clínica em 48h: considerar nova punção de LA

78 SUMÁRIO
Comorbidades GRUPO I
Sinais de alerta • Neoplasias Baixo risco ambulatorial
• Confusão mental • ICC
NÃO NÃO • Amoxicilina ou
• PAS <90 mmHg • Insuf. Renal • Macrolídeos ou
• TAX >40ºC ou <350C • Hepatopatia, alcoolismo • Doxiciclina
• Taquicardia >125 bpm • Sequela neurológica 7-10 dias
• Taquipnéia >30 ipm • DPOC
• Oximetria <90% • Diabetes
• Doença multilobar • Doença vascular cerebral
• Idade >65 anos
SIM
SIM

Solicitar hemograma, glicemia, eletrólitos, função hepática e renal.


HIV consentido e hemoculturas para pacientes internados

SUMÁRIO
Pneumonia Comunitária do Adulto

Utilize o escore de gravidade de PAC para determinar o risco e avalie comorbidades

<70 pontos 71-90 pontos 91-130 pontos >130 pontos


GRUPO II - Ambulatorial GRUPO III - Internação por 24h-48h GRUPO IV - Internação em GRUPO V - Terapia
• Macrolídeo ou • Fluorquinolona respiratória IV ou Enfermaria Intensiva
• Amoxicilina + clavulanato ou • Macrolídeo IV • Fluorquinolona respiratória • Ceftriaxona + macrolídeo
• Fluorquinolona respiratória 10 dias IV ou IV ou
7-10 dias • Ceftriaxone + macrolídeo IV • Fluorquinolona IV
10-14 dias 10-14 dias
• Amoxicilina 500 mg 8/8h VO
• Amoxicilina + clavulanato 500 mg + 125 mg 8/8h ou 875 mg 12/12h VO
• Azitromicina 500 mg/ dia, claritromicina 500 mg 12/12h ou eritromicina 500 mg 6/6h IV ou VO
• Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h
• Doxiciclina 100 mg 12/12h VO

79
Tratamento de Infecções

• Fluorquinolona respiratórias: Levofloxacino 500 mg/dia ou moxifloxacino 400 mg/dia IV/VO


• OBS: Considerar associação de Oseltamivir 75 mg 12/12 h por 5 dias durante epidemias de influenza
Tratamento de Infecções

COMORBIDADES CONSIDERAR

Etilismo, dentes precários, disfagia, aspiração Anaeróbio


Amoxicilina clavulanato,
clindamicina ou metronidazol
Etilismo, insuficiência hepática, neoplasias, idoso Bacilos Gram-negativos
Não prescrever macrolídeo
isoladamente
Influenza com superinfecção bacteriana S. aureus, H.influenzae, S.pnemoniae
Bronquiectasia, fibrose cística ou internação P. aeruginosa
prévia ou uso recente antibiótico

ESCORE DE GRAVIDADE DE PAC Pontos


Idade anos
Sexo feminino - 10
Asilo +10
Neoplasia +30
Hepatopatia +20
ICC +10
Doença cerebro-vascular +10
Insuficiência Renal +10
Confusão mental +20
Taquipnéia: FR >30 +20
PAS <90 mmhg +20
Temperatura axilar <35ºC ou >40 ºC +15
Pulso >125 bpm +10
pH arterial <7.35 +30
Uréia >40 mg/dl +20
Glicose >250 mg/dl +10
Sódio <130 mEq/dl +20
Hemoglobina <9 g/dl +10
Derrame pleural +10
PO2 <60 mmHg ou Sat AA <90% +10
TOTAL  

80 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Características e patógenos mais frequentes nos diferentes grupos conforme


classificação da Sociedade Americana do Tórax (ATS)

Grupo Características Patógenos mais comuns

1 • Sem necessidade de internação • Streptococcus pneumoniae


• Pneumonia leve ou moderada • Mycoplasma pneumoniae
• Idade superior a 65 anos • Chlamydia pneumoniae
• Ausência de doença associada* • Haemophilus influenzae
• Vírus respiratórios

2 • Sem necessidade de internação • Streptococcus pneumoniae


• Pneumonia leve ou moderada • Haemophilus influenzae
• Idade inferior a 60 anos e/ou doença • Vírus respiratórios
de base com morbidade associada* • Bacilos Gram-negativos
• Staphylococcus aureus

3 • Necessidade de internação • Streptococcus pneumoniae


(sem terapia intensiva) • Haemophilus influenzae
• Bacilos Gram-negativos
• Legionella spp.
• Chlamydia pneumoniae

4 • Necessidade de internação • Streptococcus pneumoniae


em unidade de terapia intensiva • Legionella spp.
• Bacilos Gram-negativos
• Chlamydia pneumoniae
• Vírus respiratórios

*Insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência
hepática ou renal e alcoolismo

SUMÁRIO 81
Tratamento de Infecções

Investigação Pneumonia Comunidade

MICROBIOLOGIA enviar 5 ml em tubo seco estéril e


pedido único para a mibrobiologia
PESQUISAS DIRETAS Bacterioscopia*
P. jiroveci §

Micobactéria
CULTURAS Geral*
Legionella pneumoniae
Fungos (filamentosos)**
Micobactéria

biologia molecular enviar 3 ml em tubo seco estéril e


pedido único para o setor de
biologia molecular
PCR P. jiroveci §
Legionella pneumoniae*

Mycoplasma pneumoiae
Chlamydia pneumoniae
Mycobacterium turbeculosis
Influenza A

lim 54 Enviar 7 ml em tubo seco estéril e


para LIM 54
prof. Dahir - fone: 3066-7029
sorologia Legionella pneumoniae#
Mycoplasma pneumoniae#

Observações:
* lavado bronco-alveolar
#
sangue
As demais pesquisas podem ser realizadas em qualquer secreção respiratória.
§
Infecção pelo HIV / outras imunodepressões
** Apenas em imunossuprimidos hematológicos e transplantados.

82 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Pneumonia Comunitária em Pediatria


1. Diagnóstico clínico e etiológico:
 Se os sinais clínicos de ausculta estão presentes, não é necessária a realização de

radiografia para o diagnóstico.


 Pneumonia bacteriana se associa a febre, dispneia e taquipneia; em crianças menores

de 3 anos, pneumonia bacteriana deve ser considerada em crianças com t >38,5oC,


FR >50 e tiragem.
 Realizar hemoculturas em todas as crianças com suspeita de pneumonia, ainda que

se saiba que <10% delas serão positivas.


 Aspirados de nasofaringe para pesquisa viral devem ser realizados em todas as

crianças menores de 18 meses.


 Colher líquido pleural para diagnóstico sempre que possível.

Idade etiologia

RN – 21 dias • Estreptococos do grupo B


• Bactérias Gram-negativas entéricas
• Citomegalovírus
• Listeria monocytogenes

21 dias – 3 meses • Chlamydia trachomatis


• Vírus sincicial respiratório
• Parainfluenza-vírus tipo 3
• Streptococcus pneumoniae
• S. aureus

4 meses – 4 anos • Vírus sincicial respiratório, parainfluenza-vírus,


influenzavirus, adenovirus, rinovirus
• S. pneumoniae
• H. influenzae
• Mycoplasma pneumoniae
• Mycobacterium tuberculosis

5 anos – 15 anos • Mycoplasma pneumoniae


• Chlamydia pneumoniae
• S. pneumoniae
• M. tuberculosis

2. Indicações de internação:
 Hipoxemia: SatO <92%.
2
 Família sem condições de cuidar apropriadamente da criança em casa.

 Em lactentes, FR >70 irpm, dispneia, apneia, gemência ou dificuldade de alimentação.

 Em crianças maiores, FR >50 irpm, dispneia, gemência ou sinais de desidratação.

SUMÁRIO 83
Tratamento de Infecções

3. Indicações de Internação em UTI:


 SatO <92% com FiO >60%.
2 2
 Sinais de choque.

 Desconforto respiratório progressivo com sinais de falência respiratória, com ou

sem hipercapnia.
 Apneia ou respiração irregular.

4. Tratamento:
FAIXA tratamento INTERNAÇÃO internação
ETÁRIA ambulatorial (criança sem imagem (criança COM SEPSE,
lobar nem derrame pleural) e/ou com infiltrado alveolar,
e/ou com derrame pleural

RN-21 Internar Ampicilina (ou penicilina Ampicilina (ou penicilina


dias cristalina) e gentamicina, cristalina) e gentamicina,
com ou sem cefalosporina com ou sem cefalosporina
de 3a geração (IV) de 3a geração (IV)

de Pac. afebril: • Pac. Afebril: eritromicina Cefalosporina de 3a geração


3 sem. a eritromicina 30-40 30-40 mg/kg/d IV de 6/6h
3 meses mg/kg/d VO 6/6h ou • Pac. febril: associar à
azitromicina 10 mg/kg/d eritromicina uma
no 1o dia e 5 mg/kg/d cefalosporina
por mais 4 dias em de 3a geração
1 tomada diária

de Amoxicilina 50 – • Suspeita de pneumonia Cefalosporina de 2a


4 meses 100 mg/kg/dia viral: não dar atb, apenas (cefuroxima 150 mg/kg/d IV
a 5 anos 8/8h suporte (O2, hidratação, 8/8h) ou 3a geração, ou
fisioterapia respiratória) penicilina cristalina ou
• Suspeita de etiologia ampicilina
bacteriana: penicilina
cristalina 100.000 UI/kg/d
IV de 4/4h ou ampicilina
200 mg/kg/d IV de 6/6h

5 anos- Eritromicina 30-40 mg/ Claritromicina 15 mg/Kg/d Cefalosporina de 2a


Adultos Kg/d VO 6/6h ou IV 12/12h ou, em crianças > (cefuroxima 150 mg/kg/d IV
jovens azitromicina 10 mg/Kg/d 8 anos, doxiciclina 4 mg/Kg/d 8/8h) ou 3a geração, ou
no 1o dia e 5 mg/Kg/d IV 12/12 h. Se forte suspeita penicilina cristalina ou
por mais 4 dias em de infecção por bactéria ampicilina. Se não evoluir
1 tomada VO diária ou Gram-positiva, associar bem, associar macrolídeo.
claritromicina15 mg/Kg/d penicilina cristalina ou
VO 12/12h ou, em ampicilina
crianças > 8 anos,
doxiciclina 4 mg/Kg/d
VO 12/12h

84 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Pneumonia relacionada à assistência à saúde (inclui PAV)

SUSPEITA
Infiltrado radiológico em RX ou CT somado a pelo menos 2 sinais clínicos:
• Febre
• Secreção traqueal purulenta
• Leucocitose
Obs: em pacientes com SARA, 1 sinal clínico é suficiente

• Colher: Hemocultura (2 pontos, 1 par por ponto) e secreção traqueal quantitativa


• Iniciar antibiotiocoterapia empírica (tabela pág 86)

Reavaliação 48-72h:
Melhora clínica?

NÃO SIM

CULTURA NEGATIVA CULTURA POSITIVA CULTURA NEGATIVA CULTURA POSITIVA

Solicitar LBA; Adequar Considerar a Descalonar


considerar outros antimicrobianos, suspensão de antimicrobianos
patógenos, considerar outros antimicrobianos tratar por 8 dias
complicações patógenos (P. aeruginosa por
outras infecções outras infecções 15 dias)
outro diagnóstico outro diagnóstico

Pontos de Corte das Culturas Quantitativas:

Lavado Bronco-alveolar: 104 UFC/mL


Secreção Traqueal:105-6 UFC/mL

SUMÁRIO 85
Tratamento de Infecções

Coleta de Secreção Traqueal em Pacientes Traqueostomizados


ou Entubados
Material:
 EPI – Óculos e máscara (avental em caso de precaução de contato)

 Sonda de aspiração endotraqueal

 Coletor de mucosidade estéril e seco (“bronquinho”)

 Aspirador

 Luva estéril

 Bandeja

 Etiqueta de identificação do paciente

Técnica:
 Higienizar as mãos

 Calçar luva estéril

 Introduzir uma sonda de aspiração estéril de calibre adequado já conectada ao “bronquinho”,

através do tubo endotraqueal até encontrar resistência.


 Recolher 1-2cm do cateter, aplicar sucção para obter amostra

 Não instilar soluções, pois alterará a contagem de microrganismos

 Encaminhar rapidamente ao laboratório. Caso não seja possível, manter refrigerado a 2-8°C

por, no máximo, 12 horas.


 Volume mínimo para cultura aeróbia é de 1ml, para pesquisa e cultura para fungos e

micobactérias, o volume mínimo é de 5-10 ml


 Higienizar as mãos

Antibiotiocoterapia para
pneumonia relacionada à assistência à saúde (inclui PAV)
Momento do Sem uso prévio de atm Com uso prévio de ATM*
diagnóstico Piora Piora
clínico- Estável hemodinâmica Estável hemodinâmica
radiológico e/ou respiratória e/ou respiratória
Precoce Ceftriaxone ou Ceftazidima* ou Cefepima* ou Ceftazidima* ou
(<5 dias de Levofloxacino ou cefepima* ou piperacilina- cefepima* ou
ventilação Moxifloxacino piperacilina- tazobactam carbapenem*
mecânica) tazobactam + mrsa
+ mrsa
Tardio Ceftazidima ou Ceftazidima* ou Ceftazidima* ou Ceftazidima* ou
(>5 dias de cefepima ou cefepima* ou cefepima* ou cefepima* ou
ventilação piperacilina- carbapenem* carbapenem* carbapenem*
mecânica) tazobactam + mrsa + mrsa? + mrsa

• discutir a cada caso associação com amicacina


• MRSA: cobertura para S. aureus resistente a oxacilina (vancomicina ou teicoplanina ou linezolida). Vide
bactérias multi-R (pág. 16)
• Obs: se houver suspeita de aspiração, considerar associação com clindamicina ou metronidazol se o
esquema prescrito não contemplar anaeróbios.
86 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Pneumopatia por Aspiração (adulto)

Situação clínica Condição Antimicrobiano Duração do


tratamento
Pneumonite Hígido sem fatores de risco • Clindamicina ou 7-14 dias
aspirativa para colonização gástrica* • Ampicilina ou conforme
“BCP” + aspiração do (p. ex: crise convulsiva, • Penicilina gravidade e
conteúdo gástrico teste- intoxicação exógena aguda, evolução
-munhada com febre, pós-anestesia eletiva)
leucocitose e imagem -
início nas primeiras Fatores de risco para coloni- • Quinolona
24h da aspiração -zação gástrica por Gram-neg. respiratória ou
• Institucionalizados e • Cefalosporina 3ª
hospitalizados geração+macrolídeo*
• Disfagia neurológica, • Considerar adição
obstrução intestinal, sonda de clindamicina ou
gástrica ou enteral e metronidazol
bloqueadores H2
Pneumonia adquirida Tratamento ambulatorial • Quinolona
na comunidade com respiratória ou
risco para aspiração • Amoxicilina-
Rebaixamento do nível clavulanato 7-14 dias
de consciência, disfagia conforme
ou obstrução digestiva Tratamento internado • Quinolona gravidade e
respiratória ou evolução
• Cefalosporina 3ª
geração + macrolídeo
• Considerar adição
de clindamicina ou
metronidazol
Abscesso ou Tratamento ambulatorial • Amoxicilina- Prolongada
pneumonia -clavulanato ou (>3 semanas)
necrotizante • Clindamicina conforme
gravidade e
Tratamento internado • Quinolona evolução
respiratória ou
Cefalosporina
3ª geração
• Adicionar
clindaminica ou
metronidazol

SUMÁRIO 87
Tratamento de Infecções

Infecção do Trato Urinário (ITU)


1. Bacteriúria assintomática
 Caracterizada pela presença de bactérias na urocultura (>100.000 UFC/ml) e ausência
de sinais e sintomas clínicos de infecção.
 Indicação de tratamento: apenas naqueles pacientes com alto risco de
desenvolvimento de bacteremia:
 transplante de órgãos sólidos;

 granulocitopenia;

 gravidez;

 pré-operatório de cirurgias urológicas;

 pré-operatório de colocação de próteses.

 Tratamento: de acordo com o antibiograma por 5 dias.

2. Infecção do trato urinário baixo (cistite)


2.1. Mulher grávida, puerpera ou nutriz
 Realizar urina tipo 1 e urocultura

 Tratamento: de acordo com antibiograma, levar em conta os potenciais efeitos


colaterais fetais na escolha do antimicrobiano
 Duração: 7 dias

Urina tipo 1 alterada


Urocultura

Iniciar antibioticoterapia empírica


• Cefalosporina de 1a geração (cefadroxila ou cefalexina)
• Amoxicilina

Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma e


adequar esquema de tratamento se necessário

 Exames de controle: urina tipo 1 e urocultura após 2 a 4 semanas

88 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

2.2. Mulher não-grávida


 A infecção de trato urinário não complicada em mulheres não-grávidas não requer
a realização de exames laboratoriais.
 Iniciar antibioticoterapia empírica VO:

 SMX – TMP (800 mg/160 mg) 12/12h ou

 Norfloxacino 400 mg 12/12h ou

 Ácido nalidíxico 500 mg 6/6h ou

 Nitrofurantoína 100 mg 6/6h

tratar por 3 dias

Ausência de melhora clínica Melhora clínica


realizar urina tipo 1 e urocultura

(+) (+)
Agente sensível à (-)
Agente resistente à
droga utilizada Repetir cultura em 48h
droga utilizada

Novo tratamento por


3 dias, de acordo com Reavaliar o caso (-)
antibiograma

Chlamydia trachomatis
Ureaplasma urealitycum
Gardnerella vaginalis
Mycoplasma hominis

Doxiciclina
100 mg VO 12/12h por 7 dias ou
azitromicina
1 g VO em dose única

SUMÁRIO 89
Tratamento de Infecções

2.3. Homem
A ITU nos pacientes do sexo masculino está frequentemente associada a hiperplasia
prostática.
 Realizar:  urina tipo 1

 urocultura

 exame clínico da próstata

 Tratamento de acordo com antibiograma por 7 dias

3. Infecção do trato urinário alto (pielonefrite aguda)


 Na presença de sintomas clínicos sugestivos de Infecção do trato urinário alto,
solicitar:  urina tipo 1

 urocultura

 hemocultura

 Iniciar antibioticoterapia VO, IV ou IM, de acordo com o estado geral do paciente,


e reavaliar em 72 horas para passar à terapêutica oral.
 Investigar alterações do trato urinário: obstrução/cálculos.
 Opções de tratamento:
 Aminoglicosídeos (IV ou IM)

(gentamicina 5 mg/kg ou amicacina 15 mg/kg por dia) tratar por 14 dias


 Ciprofloxacino 400 mg IV ou 500 mg VO 12/12h

 Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h *

* Para gestantes, pacientes com insuficiência renal ou maior risco de adquiri-la, ou ainda com idade
>65 anos, usar somente cefalosporina.

4. Infecção em pacientes com cateter urinário


O principal fator de risco para infecção do trato urinário hospitalar é a presença da
sonda vesical.

Ausência de sintomas Suspeita clínica de ITU


clínicos de infecção
Alteração da urina tipo 1 e Urocultura (+)
Urocultura (+) • reavaliar a necessidade da sonda
• retirar a sonda assim que possível

Tratamento não indicado


Exceção: pacientes de alto risco Piúria franca
• Transplante de orgãos sólidos
• Granulocitopênicos Trocar o cateter vesical
• Gravidez
• Pré-operatório de cirurgias urológicas Iniciar antibioticoterapia, de
• Pré-operatório de colocação de próteses acordo com antibiograma

90 SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

5. Tratamento de infecção do trato urinário recorrente


Mais de três ITUs por ano relacionadas ao coito:
 Realizar profilaxia pós-coito

 Opções de Tratamento:
 SMX-TMP (800 mg/160 mg) - 1 compr. em dose única

 Cefalosporina de 1 geração - 0,5 g VO em dose única


a

Mais de três ITUs por ano não relacionada com coito:


 Realizar profilaxia contínua com dose única diária por período de 6 meses a 1 ano

 Opções de Tratamento:
 SMX-TMP (400 mg/80 mg)

 Nitrofurantoína (100 mg)

 Norfloxacino (200 mg)

SUMÁRIO 91
Tratamento de Infecções

Candidúria
1. Candidúria assintomática

a) Ausência de sintomas clínicos, ausência de piúria e


presença de urocultura (+) com >10.000 UFC/ml

Pacientes de alto risco:


• Pré-operatório de cirurgia urológica Pacientes não-pertencentes ao
• Neutropênicos grupo de risco
• Transplantados

Se sondado, trocar a sonda. Para todos,


repetir urocultura após 48h Tratamento não indicado

Cultura (+) >10.000 UFC/ml

Indicado tratamento

b) Ausência de sintomas clínicos porém com piúria

Pacientes de alto risco Pacientes não pertencentes ao grupo de risco


Pós-transplante renal
Pré-operatório de cirurgia urológica Se sondado, tirar a sonda
Neutropênicos

Discutir caso a caso a


Trocar sonda e iniciar tratamento necessidade de tratamento

2. Candidúria sintomática

Caracterizada pela presença de sintomas clínicos e piúria

Trocar ou retirar a sonda (parar ATM, se possível)

Indicar tratamento

PROPOSTAS DE TRATAMENTO
a) Fluconazol 200 mg no 1º dia e 100 mg/dia nos 5 dias subsequentes
b) Anfotericina B 0,3 mg/kg IV em dose única
c) Anfotericina B, irrigação vesical: Anfo B 50 mg 42 ml/h em sonda
Diluído em 1 litro de de tripla via por
antimicrobiano
ATM: água destilada estéril 1 a 2 dias
92 SUMÁRIO
INFECÇÃO GERMES MAIS FREQUENTES TRATAMENTO PROPOSTO TRATAMENTO ALTERNATIVO

1. Epididimite • >35 anos: E. coli, • >35 anos: ciprofloxacino • >35 anos: ceftriaxona 1 g IV ou IM 12/12h
Pseudomonas, Haemophilus 500 mg ou ofloxacino 200 mg VO ou cotrimoxazol (800 mg/160 mg) 12/12h
Urologia

eventualmente Gram-positivos 12/12h por 10 dias VO por 10 dias


• <35 anos: considerar germes • <35 anos: ceftriaxona 500 mg • <35 anos: ofloxacino 200 mg VO 12/12h
de DST, como C. trachomatis, IM dose única + doxiciclina 100 mg por 10 dias
N. gonorrhoeae 12/12h por 10 dias

2. Orquite E. coli, Klebsiella, Pseudomonas, Ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino Cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona 1 g
bacteriana Staphylococcus, Streptococcus 200 mg VO 12/12h por 10dias IV ou IM de 12/12h) por 10 dias

3. Prostatite Enterobactérias, Staphylococcus, • Não complicada: ciprofloxacino • Não complicada: cefalosporina de 3ª


bacteriana Haemophilus 500 mg de 12/12h ou ofloxacino geração (ceftriaxone 1g IV ou IM 12/12h) OU
aguda 200 mg de 12/12h VO por 4 semanas cotrimoxazol (800mg/160mg) 12/12h VO por
• Complicada: iniciar ciprofloxacino 4 semanas
200 mg ou ofloxacino 200 mg IV • Complicada: inicialmente cefalosporina de 3ª
12/12h, trocando para VO quando geração (ceftriaxona 1 g IV ou IM 12/12h) +
melhora do quadro. aminoglicosídeo (gentamicina 80 mg IV 8/8h)

SUMÁRIO
Total: 4 semanas completando com quinolona VO
(ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino 200 mg
12/12h) Total: 4 semanas

4. Prostatite Enterobactérias, Ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino Cotrimoxazol (800mg/160mg) VO 12/12h


bacteriana S. saprophyticus, E. faecalis 200 mg VO 12/12h por 6 semanas por 6 semanas
crônica**

5. Prostatite Idem ao anterior + considerar Ofloxacino 200 mg VO de 12-12 h, Se não houver resposta, considerar
crônica / C. trachomatis, Ureaplasma por 6 semanas ceftriaxona 125 mg IM em dose única +
Síndrome da doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 7 dias
algia pélvica
crônica

** Profilaxia das recorrências: baixas doses de nitrofurantoína (100 mg 1x/d), cotrimoxazol (400 mg/80 mg 1x/d) ou quinolonas
(ciprofloxacino 250 mg 1x/d ou ofloxacino 200 mg 1x/d). Ressecção prostática pode ser necessária para resolver a infecção.
DST: Doenças Sexualmente Transmissíveis / VO: Via Oral / IM: Intramuscular / IV: Intravenoso

93
Tratamento de Infecções
Vírus Sincicial Respiratório

94
O VSR é transmitido por secreções respiratórias de infectados, por contato íntimo ou objetos e superfícies, onde o vírus sobrevive até 24 h. O diagnóstico
preferencial é feito por detecção de antígenos virais em secreção de nasofaringe e traqueia. Em geral o tratamento é sintomático. A ribavirina aerossol
é utilizada em formas graves da doença ou em imunossuprimidos.
Recomendação: instituir precaução de contato que deve ser mantida até a alta, em quarto privativo ou, no RN, na incubadora. Intensificar a
higienização das mãos antes e após cuidados e após contato com artigos e superfícies contaminadas.

1) Transplantados de medula óssea:


Tratamento de Infecções

Paciente com sintomas respiratórios (principalmente outono-inverno)

Pneumonia (RX de tórax com infiltrado,


IVAS (tosse, coriza, + febre) IVAS (dispneia, baixa SatO2)
hipoxemia, crepitação ou sibilos)

Colher PCR para VSR no LNF e/ou LBA*

SUMÁRIO
Não tratar Negativo Positivo

• Ribavirina inalatória** 6g/dia (20mg/ml por 18h/dia) 3 a 7 dias


• Precauções de contato

2) Crianças:
Considerar tratamento com ribavirina apenas para crianças com doença cardíaca congênita, pneumopatias, doença ou terapia imunossupresiva e com
infecção grave pelo VSR (necessidade de ventilação mecânica).
* Enviar 3 ml lavado nasofaríngeo e/ou broncoalveolar ao LIM-52 (Virologia-IMT) em recipiente com gelo em até 3 horas

RN: recém-nascido SatO2: saturação de O2


PCR: reação de polimerase em cadeia LNF: lavado nasofaríngeo
LBA: lavado bronco-alveolar
PROFILAXIA

ANTIBIOTICOPROFILAXIA

Princípios Gerais da antibioticoprofilaxia em cirurgia:


 Indicação apropriada
 Determinar microbiota provável numa infecção pós-operatória
 Administrar dose efetiva na INDUÇÃO ANESTÉSICA (exceto parto)

 Administrar por via endovenosa (exceto alguns procedimentos urológicos)

 Usar antibióticos por curto período (em geral dose única, não ultrapassar 24h)

 Mudar o antibiótico em caso de suspeita de infecção

 Evitar utilizar para profilaxia, drogas úteis no tratamento de infecções graves

 Quando indicadas cefazolina/cefoxitina usar 1 g em pacientes com peso<70 kg e

2g em > 70 kg.
 Em pacientes com alergia grave a cefalosporinas, consultar CCIH

SUMÁRIO 95
96
PROFILAXIA

ROCEDIMENTO
P ANTIBIÓTICO DOSE NA INTERVALO DURAÇÃO
INDUÇÃO INTRA-OPERATÓRIO PÓS-OPERATÓRIO
ANESTÉSICA
Cirurgia limpa
sem incisão de Não indicado
mucosa
Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia com Cefazolina 1-2g IV Não indicada Não indicada Intra-operatório


incisão de mucosa
Oncológica Limpa Cefazolina 1-2g IV 1g 4/4h Não indicado Intra-operatório

SUMÁRIO
Oncológica Cefazolina 1-2g IV 1g 4/4h 1g 8/8h
potencialmente + 24 horas
contaminada Metronidazol ou 500 mg IV 500 mg 6/6 h 500 mg 8/8 h
Clindamicina isolada 600 mg IV 600 mg IV 6/6h 600 mg 6/6h
Oncológica Clindamicina 600 mg IV 600 mg 6/6 h 600 mg 6/6 h
infectada + 10 dias (tratamento)
Ceftriaxone 1g IV 1g 12/12 h 1g 12/12 h
PROFILAXIA

Cirurgia Cardiovascular

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Cirurgia Cardíaca 750 mg após
com uso de término da CEC 750 mg 6/6h Total
Circulação Cefuroxima 1,5g IV ou após 6h de (4 doses) 5 doses
extra-corpórea duração da
(CEC) cirurgia
Cirurgia Cardíaca 50 mg/kg após
com CEC em Cefuroxima 50 m/kg IV término da CEC 50 mg/Kg 6/6h Total
crianças até ou após 6h de (4 doses) 5 doses
30 Kg duração da
cirurgia
Cirurgia Cardíaca Cefuroxima 1,5g IV 750 mg 6/6h 750 mg 6/6h Total
sem CEC (3 doses) 4 doses
Instalação de Cefazolina 1-2 g IV 1 g após 4h de Não 1a2
marca-passo duração da indicada doses
cirurgia

SUMÁRIO 97
98
DOSE NA INTERVALO
PROFILAXIA

PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO


ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
ESÔFAGO Incisão na mucosa Cefoxitina 1- 2 g IV 1 g 2/2 h 1 g 6/6h 24 horas
Câncer Cefuroxima 1,5 g IV 750 mg 4/4h 750 mg 8/8h
+
metronidazol 500 mg IV 500 mg 6/6h 500 mg 8/8h 24 horas
Baixo Risco Não indicado
Alto risco:
GASTRO- - Obstrução Cefazolina 1-2g IV 1g 4/4h 1g 8/8h
-DUODENAL - hipocloridria, ou 24 horas
- sangramento, Cefoxitina 1-2g IV 1g 2/2h 1g 6/6h
- obesidade,
- idade> 70 anos
Cirurgia do Trato Gastrointestinal

SUMÁRIO
CÓLON Preparo mecânico:
opcional
Descontaminação
oral: neomicina + Cefoxitina 1-2g IV 1g 2/2h 1g 6/6h 24 horas
eritromicina ou
metronidazol VO
às 13h, 14h e 23h
da véspera da cirurgia
COLECISTECTOMIA Cefazolina 1-2 g IV 1 g 4/4h Não indicado Intra-
aberta -operatório
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
COLECIS- BAIXO RISCO Não indicado
-TECTOMIA ALTO RISCO:
laparoscópica - colangiografia intra-op
- vazamento de bile
- conversão para laparo
- pancreatite / colecistite Cefazolina 1-2 g IV 1g 4/4 h 1 g 8/8h 3 dias
aguda
- icterícia
- gravidez
- imunossupressão
- inserção de prótese

SUMÁRIO
GASTRODUO- sem procedimentos Cefoxitina 1-2g IV 1g 2/2h 1g 6/6h 2-3 dias
-DENOPAN- invasivos no pré-op
-CREATEC- com procedimentos orientar pela - amilase dreno
Cirurgia do Trato Gastrointestinal (cont.)

-TOMIA invasivos no pré-op cultura de bile 1º PO<1000:


pré-op; se não 3 dias
disponível: - amilase dreno
(Ceftriaxone + 1g IV 1g 12/12h 1g 12/12h 1º PO<1000:
Metronidazol) ou 500 mg IV 500 mg 6/6h 500 mg 6/6h 7 dias
Imipenem 500 mg IV 500 mg 6/6h 500 mg 8/8h
PÂNCREAS Sem abertura do Não indicado
trato gastrointestinal
Com abertura do Cefazolina 1-2 g IV 1g 4/4h Não indicada Intra-
trato gastrointestinal -operatório
PROFILAXIA

99
100
PROFILAXIA

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
HÉRNIA BAIXO RISCO Opcional
ALTO RISCO:
- Hérnia volumosa
- Duração
prevista> 2h
- Idade > 65 anos Cefazolina 1- 2g IV 1g 4/4h Não indicada Intra-
- Diabetes, neoplasia, -operatório
imunossupressão,

SUMÁRIO
- Obesidade (imc> 30)
- Desnutrição
HEPATECTO- Hepatocarcinoma Cefazolina 1 - 2g IV 1g 4/4h 1g 8/8h 2 dias
Cirurgia do Trato Gastrointestinal (cont.)

-MIA +
Metástase hepática Metronidazol 500 mg IV 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h
Colangiocarninoma Ceftriaxone 1g IV 1g 12/12h 1g 12/12h > 5 dias
(orientar pela cultura +
de bile pré-op) Metronidazol 500 mg IV 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h
PROFILAXIA

Cirurgia Ginecológica

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Cirurgia de Mama:
- Nodulectomia
- Quadrantectomia Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h Não indicada Intra-
- Mastectomia -operatório
- Cirurgia Estética
com Prótese
Cirurgia
ginecológica:
- Histerectomia
abdominal/vaginal
- Ooforectomia
- Miomectomia Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h Não indicada Intra-
- Panhisterectomia -operatório
- Perineoplastia
- Cistocele
- Retocele
- Uretrocistopexia

SUMÁRIO 101
PROFILAXIA

Cirurgia Neurológica

DOSE NA INTERVALO
TIPO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Craniotomia sem
implantação de
corpo estranho
Cirurgias com acesso Cefuroxima 1,5g IV 750 mg 4/4 h Não indicado Intra-
transesfenoidal -operatório
Laminectomia e
demais cirurgias
Implantação de DVE, Cefuroxima 1,5g IV 750 mg 4/4 h 750 mg 8/8 h 24 horas
DVP, DLE
Fístula liquórica* e
pneumoencéfalo Cefuroxima 1,5g IV 750 mg 4/4 h 1,5 g 12/12 h 5 dias
pós-trauma: eficácia
não estabelecida

DVE: derivação ventricular externa, DLE: derivação lombar externa, DVP: derivação ventriculo-peritoneal
* em fistulas> 5-7 dias está contra-indicado o uso continuado de antibótico.

102 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Cirurgia Obstétrica

DOSE INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO APÓS CAM- DURAÇÃO
-PLEAMENTO INTRA- PÓS-
DO CORDÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Parto Vaginal Não indicada
Parto Vaginal Cefazolina 1- 2 g IV Dose
com dequitação única após
manual de ou clampeamento Não Dose
placenta e/ou do cordão indicada única
manipulação Clindamicina 600 mg IV
intra-uterina
Parto Fórcipe Cefazolina 1-2 g IV Dose
ou única após Não Dose
Clindamicina 600 mg IV clampeamento indicada única
do cordão
Parto Cesárea Cefazolina 1 - 2 g IV Dose
ou única após Não Dose
Clindamicina 600 mg IV clampeamento indicada única
do cordão
Abortamento Não indicada
espontâneo
Abortamento Não indicada
eletivo
Abortamento Ver Tratamento
clandestino

SUMÁRIO 103
PROFILAXIA

Cirurgia em Oftalmologia

 Exame lâmpada de fenda antes de encaminhar à sala cirúrgica - excluir pacientes com
processo inflamatório
 Pingar 1 gota de colírio de quinolona 60, 45, 30 e 15 minutos antes da cirurgia

 Fazer antissepsia conjuntival com iodo-povidine tópico 5%* 5 minutos antes da cirurgia

(irrigação ou instilação)
 Fazer antissepsia da face com iodo-povidine tópico 10%*

 Suturar incisão cirúrgica**

 Pingar 1 gota de colírio de quinolona ao final da cirurgia

 Pingar 1 gota de colírio de quinolona 4 x/dia por 1 semana no pós-operatório

*em alérgicos ao iodo, usar clorhexidina tópica 0,05% na conjuntiva e 0,5% na face
**obrigatório para cirurgiões em formação
OBS - A literatura européia corrobora a injeção intracameral de cefuroxime 1 mg em cirurgia de catarata. Nas
Américas esta indicação ainda gera controvérsia.

104 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Cirurgia em Ortopedia

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
• Artroplastias Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h 1 g 8/8h
primárias
(checar urocultura
no pré-operatório) ou
• Cirurgias com
Sínteses 24 horas
• Cirurgias em
pacientes:
- Imunodeprimidos
- DPOC Cefuroxima 1,5 g IV 750 mg 6/6h 1,5 g 12/12h
- Diabéticos
- Prostáticos
5 dias
Reavaliação
Revisão de Cefuroxima 1,5 g IV 750 mg 6/6h 1,5 g 12/12h das drogas
artroplastia após resul-
-tado da
cultura

SUMÁRIO 105
DOSE NA INTERVALO

106
PROCEDMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Timpanomastoidectomia Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4 h Não indicada Intra-operatório
PROFILAXIA

Mastoidectomia
Ressecção de tumores de
ângulo ponto-cerebelar
Descompressão de saco Ceftriaxone 1 g IV Não indicada Não indicada Intra-operatório
endolinfático
Neurectomia vestibular
Implante coclear
Ressecção de tumores Não indicada
glômicos
Cirurgias endoscópicas de
seios paranasais (sinusites Cloranfenicol 500 mg 500 mg 4/4h Não indicada Intra-operatório
crônicas, poliposes nasais,
papilomas nasais)
Cirurgia em Otorrinolaringologia

Ressecção externa Cloranfenicol 500 mg 500 mg 4/4h Não indicada Intra-operatório


de tumores naso-sinusais

SUMÁRIO
Ligadura de artéria Não indicada
esfenopalatina
Septoplastia / rinoplastia
Realizar quando houver Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-operatório
tampão > 48h
Amigdalectomia Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-operatório
Adenoamigdalectomia
Microcirurgias de laringe Não indicada
(pólipos, cistos e nódulos)
Hemilaringectomia Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-operatório
Laringectomia total
Tireoplastias / cirurgias de Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-operatório
arcabouço laríngeo
Submandibulectomia/ Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-operatório
parotidectomia
PROFILAXIA

Cirurgia Plástica

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Estéticas:
Abdominoplastia
Blefaroplastia Opcional:
Dermolipectomia Cefazolina 1-2g IV 1g 4/4h Não indicada Intra-
Lipoaspiração -operatório
Mamoplastia redutora
Otoplastia
Ritidoplastia
Estética com prótese:
Mamoplastia com Cefazolina 1-2g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-
colocação de prótese -operatório
Cirurgia de mão: Opcional:
Bridas Cefazolina 1-2g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-
Sindactilia -operatório
Queimados: Colher swab no planejamento operatório.
Enxerto A antibioticoprofilaxia deverá ser feita de acordo com Manter por
Retalho os resultados de cultura e antibiograma. 24h
Reparadora;
Craniofacial
(congênitas, trauma) Cefazolina 1-2g IV 1 g 4/4h Não indicada Intra-
Microcirurgia -operatório
Reconstrução de mama

SUMÁRIO 107
PROFILAXIA

Cirurgia de Tórax

DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
• Cirurgia redutora de enfisema
• Correção de hérnia/
eventração diafragmática
• Correção de pectus
• Decorticação pulmonar
• Pericardiectomia
• Pleuroscopia terapêutica
• Ressecção de condrite/ Cefazolina 1-2 g IV 1 g 4/4h 1 g 6/6h Intra-
osteomielite -operatório
• Ressecção de estenose ou no
de traquéia máximo
• Ressecção de tumor pleural 24h
• Ressecção pulmonar:
nodulectomia, segmentectomia,
lobectomia
• Toracectomia (tumor de
parede)
• Toracoplastia
• Toracotomia para acesso
à coluna
• Transplante pulmonar
(seguir protocolo)
• Tromboendarterectomia
pulmonar
• Biópsia de Gânglio
• Biópsia de pleura
• Biópsia de pulmão a céu aberto
• Biópsia de tumores de parede
• Biópsia Transtorácica
• Bronscoscopia rígida e flexível
• Costectomia segmentar Não indicado
• Drenagem pleural
(não empiema)
• Laringoscopia de suspensão
• Mediastinoscopia
• Mediastinotomia
• Pleuroscopia diagnóstica
• Toracocentese diagnóstica
• Traqueostomia
Alérgicos a beta-lactâmicos: vancomicina 1 g 12/12h ou clindamicina 600 mg IV 6/6h para cobertura de Gram-positivos.

Nota: Quando houver necessidade de realizar procedimentos fora do centro cirúrgico, usar paramentação cirúrgica completa,
campos cirúrgicos ampliados e fazer degermação das mãos seguido de degermação e antissepsia da pele do paciente.
Obs: cirurgias vídeo-assistidas seguem a mesma recomendação.

108 SUMÁRIO
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Biópsia de próstata transretal Ciprofloxacino 500 mg VO _ 500 mg VO 24h (total de
Preparo interstinal 2h antes 12/12h 3 comprimidos)
Braquiterapia prostática Cefazolin 1 a 2 g VO _ _ _
transperineal 2h antes
Nefrolitotomia percutânea Ceftriaxone 2 g IV/IM _ 2 g IV / IM Até retirar a sonda
ou 1x/dia Colher urocultura intra-
Gentamicina 80mg IV/IM 240 mg IV/IM -operatória e adequar o
na noite 1x/dia ATM se necessário. Manter
anterior ao norfloxacino 400 mg/dia
procedimento ou nitrofurantoína
e na indução 100 mg/dia ou conforme
cultura e antibiograma
por 6 meses para evitar
recorrência de cálculos

SUMÁRIO
Ureteroscopia Ceftriaxone 2 g IV/IM _ _ Colher urocultura intra-
Cirurgia e procedimentos em urologia

ou -operatória e tratar se
Gentamicina 80 mg IV/IM houver infecção
Litotripsia extra-corpórea Ampicilina 1 g IV _ _ Dose única
Indicações: +
- DM insulino-dependente Gentamicina 80 mg IM/IV
- > 65 anos
- Transplantados
- HIV/AIDS
- Imunossuprimidos
Os procedimentos urológicos devem ser realizados somente com UROCULTURA NEGATIVA.

- Pacientes com stent ou


nefrostomia
- Hepatopatas crônicos
- Manipulação do trato
urinário concomitante
Se não for possível esterilizar a urina, orientar a profilaxia pelo resultado da urocultura pré-procedimento.
PROFILAXIA

109
DOSE NA INTERVALO

110
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
PROFILAXIA

Estudos baixo risco Não indicado


urodinâmicos
alto risco Norfloxacino _ _ 400 mg 12/12 h 24 h
400 mg VO
Cistoscopia baixo risco Não indicado
e Pielografia
retrógrada alto risco Norfloxacino 400 mg VO _ 400 mg 12/12 h 24 h
simples
Cirurgia endourológica Ciprofloxacino
ambulatorial (colocação ou Se uso recente
troca stent, ureteroscopia diag de ciprofloxacino, 500 mg VO _ _ Dose única
ou terapêutica) orientar ATM
pela urocultura
Cirurgias limpas (orquiectomia,

SUMÁRIO
postectomia, vasectomia, Não indicado
varicoceletomia)
Orquiectomia com Cefazolina 1 g IV dose única
colocação de prótese
Cirurgia e procedimentos em urologia (cont.)

Próteses penianas Cefuroxima 1,5g IV _ 750 mg 6/6h 48 h


ou
Cefazolina + 1-2 g IV _ 1g IV 8/8h 48 h
Gentamicina 240 mg IV _ 240 mg IV
Nefrectomia limpa Opcional: 1- 2g IV _ _ dose única
Cefazolina
Infectada Orientada pela Orientada pela
(tratamento) urocultura ou 1-2 g IV urocultura ou Tratar por 7dias
ceftriaxone ceftriaxone
1 g IV de 12/12 h
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO INTRA- PÓS- DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Prostatectomia aberta Cefazolina ou 1- 2g IV 1g 4/4 h 1g 8/8 h 24 h
Ressecção transuretral de ciprofloxacino 400mg IV 400mg 12/12 h 500 mg VO
próstata/ bexiga Se uso recente 12/12 h
de ATM, orientar
profilaxia pela
urocultura
Cirurgias com manipulação Preparo intestinal 2g IV 1g 2/2h 1g 6/6h 24 h
de intestino delgado + Cefoxitina

SUMÁRIO
Cirurgia e procedimentos em urologia (cont.)
PROFILAXIA

111
PROFILAXIA

Cirurgia Vascular

INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO DOSE NA INTRA- PÓS- DURAÇÃO
INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Varizes* Baixo risco Não recomendada
Alto risco Cefazolina 1-2g IV 1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
Embo- Baixo risco Não recomendada
-lectomia Alto risco** Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
Enxertos com
prótese vascular Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
(sem LTI)
Enxertos com Veia Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h _ t rans-
autóloga (sem LTI) -operatório
Implante de cateter
de longa Não indicada
permanência
Fístula arteriovenosa Não indicada
sem próteses
Fístula arteriovenosa Cefazolina 1-2g 1-2 g 4/4h _ trans-
com próteses -operatório
Amputações por Cefoxitina 2 g 1 g 2/2h 1 g 6/6h 24 horas
gangrena seca
Amputações por Clindamicina + 600 mg IV 6/6h Adequar
gangrena úmida Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12h conforme
culturas e
manter con-
-forme a
evolução
clínica

LTI= lesão trófica infectada


*varizes de baixo risco: ligaduras de perfurantes e colaterais
varizes de alto risco: safenectomias, tromboflebite, dermatofibrose, úlceras de estase,
fibredema, dermatofitose, distúrbio de imunidade, varizes exuberantes
** embolectomia de alto risco: extensas, em membros inferiores, com alteração neurológica

112 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Cirurgias por Vídeo


Iniciar antibioticoprofilaxia sempre na indução anestésica.

PROCEDIMENTO ANTIMICROBIANO

GASTROINTESTINAL Indicação semelhante à das cirurgias


GINECOLÓGICA convencionais
ORTOPÉDICA
TORÁCICA
COLECISTECTOMIA Não indicado
“baixo risco”

SUMÁRIO 113
PROFILAXIA

Transplante de órgãos
INTERVALO
PROCEDI- ANTIBIÓTICO DOSE NA INTRA- PÓS- DURAÇÃO
-MENTO INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Até retirada da
sonda vesical.
Transplante Cefazolina 1-2g IV 1 g 6/6 h 1g 8/8h Profilaxia P.jiroveci:
renal* SMX-TMP 800/
160 mg 1cp 3X /
semana
Transplante Fluconazol 200mg 200mg 12/12h 200mg 12/12h Por 10 dias.
de pâncreas +Ampicilina 1g 1g 6/6h 1g 6/6h Profilaxia P.jiroveci:
ou +Ceftriaxona 2g 1g 12/12h 1g 12/12h SMX-TMP 800/
rim- +Metronidazol 500mg IV 500mg 8/8h 500mg 8/8h 160 mg 1cp 3X /
pâncreas* 30 minutos semana
antes da
cirurgia
Transplante
rim ou rim Vancomicina 1 g 12/12 h 12/12 h Até retirada de SVD
+pâncreas – +Ceftriaxona 1 g IV 12/12 h 12/12 h
reoperação*
Transplante
coração Cefuroxima 1,5 g IV 750 mg 6/6 h 750 mg 6/6h 48h
(adulto)
Transplante
coração Cefuroxima 50 mg/kg 50 mg/kg 50 mg/kg 6/6h 48h
(criança) IV 6/6 h
Transplante Ampicilina 2 g 1g 6/6 h 1g 6/6 h 48h
de fígado +cefotaxima 1g IV 1 g 6/6 h 1 g 6/6 h
(adulto)
Transplante Ampicilina 200 mg/ 200 mg/kg/dia 200 mg/kg/dia
de fígado kg/dia 4 dias
(criança) +cefotaxima 50 mg/kg 50 mg/kg 8/8h 50 mg/kg 8/8h
IV
Pulmão 48h, até resultado
(doença não Cefuroxima 1,5 g IV 1,5 g 8/8 h 1,5 g 8/8 h da cultura do coto
supurativa) brônquico do
doador
Pulmão
(doença Terapêutica antimicrobiana orientada por culturas
supurativa)
Pele Profilaxia antimicrobiana orientada por culturas de swab do leito da pele

* corrigir doses de acordo com função renal


SVD: sonda vesical de demora

114 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Trauma
INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO DOSE NA INTRA- PÓS- DURAÇÃO
INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Trauma abdominal
penetrante*
Trauma abdominal
fechado com Cefoxitina 2 g ev 1 g 2/2h 1 g 6/6h 24h
indicação cirúrgica*
Trauma tóraco -
-abdominal
penetrante*
Lavagem peritonial
ou Laparoscopia Não está indicado
diagnóstica
Trauma torácico
penetrante Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4h 1 g 8/8h 24h
Trauma torácico
fechado com dreno
Trauma torácico Clindamicina 900 mg IV 600 mg 6/6 h 600 mg 6/6 h 7 dias
penetrante em +
esôfago + contami- Gentamicina** 240 mg/dia _ 3-5 mg/kg
-nação grosseira IV d.u. diária
IM ou IV
Fratura exposta Cefazolina 1 g IV 1 g 4/4 h 1 g 8/8h 2 semanas
(Tipo I) Se alta,
tratamento
VO com
Cefalexina
2-4g/dia
Fratura exposta Clindamicina 600 mg IV 600 mg 6/6 h 600 mg 6/6 h 2 semanas
(Tipos II e III) + Se alta,
Gentamicina** 240 mg _ 3-5 mg/g tratamento
d.u. IM ou IV VO com
Cefalexina
2-4g/dia
Lesão vascular Cefazolina 1-2 g IV 1 g 4/4 h 1 g 8/8 h 24h
Trauma cirúrgico
cabeça / pescoço
Trauma de crânio Cefazolina 1-2 g IV 1 g 4/4 h 1 g 8/8 h 24h
fechado, cirúrgico
Trauma de crânio
penetrante
Trauma de crânio
com fístula liquórica*** Cefuroxima 1,5 g IV 750 mg 1,5g 5 dias
e pneumoencéfalo 4/4h 12/12h
pós-trauma: eficácia
não estabelecida

d.u. - dose única


* Com ou sem lesão de víscera oca, inclusive cólon
** Se o paciente tiver mais de 60 anos ou apresentar choque ou mioglobinúria, deverá ser utilizada
clindamicina e ceftriaxona (2 g seguidos de 1g a cada 12 horas)
*** Em fístula > 5-7 dias está contra-indicado oSUMÁRIO
uso continuado de antibiótico 115
PROFILAXIA

Trauma
Ferimentos corto-contuso em partes moles
 Atenção para profilaxia contra tétano
 Medidas de limpeza com soro fisiológico e desbridamento cirúrgico são prioritária
 Quando indicado, o antimicrobiano deve ser iniciado o mais cedo possível

Ferimento Agentes Antibiótico Antibiótico


etiológicos preemptivo inicial preemptivo oral Duração
freqüentes
Ferimento perfurante Staphylococcus Doxiciclina 100 mg VO Vibramicina
de antepé com Streptococcus + Ciprofloxacino 100 mg VO 12/12 h
calçado Pseudomonas 500 mg VO + Ciprofloxacino 3-5 dias
500 mg VO 12/12 h
Ferimento perfurante Staphylococcus Doxiciclina 100 mg VO Vibramicina
de antepé sem Streptococcus 100 mg VO 12/12 h 3-5 dias
calçado
Laceração sem Cocos Gram Antimicrobiano tópico
desbridamento positivos
cirúrgico
Laceração com Staphylococcus Cefazolina 1 g IV 8/8 h Cefalexina 0,5g VO
desbridamento Streptococcus de 6/6 h 3-5 dias
cirúrgico limitado
(sala de admissão)
Laceração com Staphylococcus Clindamicina 600 mg Clindamicina 600 mg
desbridamento Streptococcus IV 6/6 h VO 6/6 h + 3-5 dias
cirúrgico amplo Enterobactérias + Ceftriaxone 1 g Ciprofloxacino 0,5g
(centro cirúrgico) IV de12/12 h VO12/12 h

116 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia
Não cirúrgica

Exposição ocupacional a material biológico


Cuidados imediatos com o local da exposição:
1. Lavar ferimentos e a pele imediatamente com água e sabão (não há vantagem em
utilizar soluções antissépticas).
2. Se houve exposição de mucosa, lavar abundantemente com água corrente.
3. Não realizar expressão do local ferido, pois esse procedimento pode aumentar a
área lesada e, consequentemente, a exposição ao material infectante.
4. O funcionário acidentado deverá entrar em contato com sua chefia imediata ou
supervisão de enfermagem para comunicar o acidente e receber as orientações quanto
ao fluxograma de atendimento de acidentes com material biológico no Complexo
Hospital das Clínicas que é o seguinte:

Enfermagem Supervisão Consulta no Ambulatório de


do setor Enfermagem PA - MI* Acidentes da MI

Abre ficha de • Avaliação • Acompanhamento


acidente com do acidente por no mínimo
material biológico • Sorologias 6 meses (0, 1, 3, 6 meses)
(HIV, VHC, VHB • Acompanhar por
e Chagas) do 12 meses quando a
acidentado e do fonte for HIV e
paciente fonte VHC positiva
• Prescrição de
medicamentos,
vacina,
imunoglobulina,
de acordo com o caso.

*Funcionamento do PA-MI: 24h/dia, ininterruptamente (Segunda à sexta, das 8h às 16h no


ambulatório de Moléstias Infecciosas, PAMB 5º andar, bloco 2A. Finais de semana, feriados
e dias de semana das 16h às 8h, na Enfermaria de Moléstias Infecciosas, Instituto Central,
4º andar)
SUMÁRIO 117
118
1. Recomendações para profilaxia de HIV após exposição ocupacional a material biológico
PROFILAXIA

EXPOSIÇÃO PERCUTÂNEA
Paciente fonte HIV+ assintomático ou HIV+ sintomático, AIDS ou Fonte ou sorologia HIV negativo
Tipo de acidente carga viral <1500 cópias/ml Carga Viral >1500 cópias/ml anti-HIV desconhecidas
• Agulha de grosso
calibre e grande lúmen ou
• Lesão profunda ou Considerar uso de
• Sangue visível no objeto AZT + 3TC + Lopinavir/ritomavir AZT + 3TC + Lopinavir/ritomavir antirretrovirais somente
contaminante ou em locais com alta
• Agulha usada prevalência de Profilaxia não
recentemente em veia ou pacientes HIV+ recomendada
artéria do paciente-fonte ou com história
• Lesão superficial ou AZT + 3TC AZT + 3TC +Lopinavir/ritomavir epidemiológica para
• Agulha sem lúmen DST/HIV

SUMÁRIO
EXPOSIÇÃO DE MUCOSA OU PELE NÃO INTACTA
Contato prolongado ou Considerar uso de
grande quantidade de AZT + 3TC AZT + 3TC +Lopinavir/ritomavir antirretrovirais somente em
material biológico de risco locais com alta prevalência Profilaxia não
Poucas gotas de Considerar AZT + 3TC AZT + 3TC de pacientes HIV + ou com recomendada
material biológico de risco história epidemiológica
para DST/HIV

Doses: AZT 300 mg + 3TC 150 mg (1 comprimido) VO 12/12h


Lopinavir/ritonavir 200/50 mg (2 comprimidos) VO 12/12h
PROFILAXIA

2. Recomendações para profilaxia de hepatite B após exposição


ocupacional a material biológico ‡

Vacinação prévia Caracterização Sorológica do paciente-fonte


e resposta sorológica
do profissional de AgHBS positivo AgHBS negativo AgHBs desconhecido
saúde exposto ou não testado
Não Vacinado IGHHB + Iniciar vacinação Iniciar vacinação e
iniciar vacinação ±IGHHB*
Com Vacinação IGHHB + iniciar Completar vacinação Completar vacinação
Incompleta vacinação e ±IGHHB*
Com vacinação completa
• Com resposta vacinal Nenhuma medida Nenhuma medida Nenhuma medida
conhecida e adequada específica específica específica
(Anti-HBs>10UI/mL)
• Sem resposta vacinal IGHHB + iniciar 2º Iniciar 2º esquema Iniciar 2º esquema de
(Anti-HBs<10UI/mL) esquema de de vacinação vacinação
após 1ª série de 3 doses vacinação
• Sem resposta vacinal Nenhuma medida
( Anti-HBs<10UI/mL) IGHHB (2x)† específica ±IGHHB*
após 2ª série (6 doses)
• Com resposta vacinal Testar o profissional Testar o profissional Testar o profissional de
desconhecida de saúde e proceder de saúde e proceder saúde e proceder de
de acordo com a de acordo com a acordo com a sorologia
sorologia sorologia

‡ Tanto a vacina como a imunoglobulina devem ser aplicadas o mais precocemente


possível após a exposição, porém idealmente a vacina deve ser aplicada nas primeiras
12 horas.
*Uso associado de IGHHB está indicado se o paciente fonte tiver alto risco para
infecção pelo HBV como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programa de
diálise, contatos domiciliares e sexuais de portadores de AgHBs, homens que fazem
sexo com homens, pessoas com vários parceiros sexuais e relações desprotegidas,
história prévia recente de doenças sexualmente transmissíveis, pacientes provenientes
de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de
prisões, instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental. Fora destas
situações não está indicado o uso de imunoglobulina.
†IGHHB (2x): duas doses de imunoglobulina hiperimune para Hepatite B com intervalo
de 1 mês entre as 2 doses. Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram
duas séries de três doses da vacina, mas não apresentarem resposta vacinal, ou que
apresentaram efeito adverso grave que contra-indique a vacina.

SUMÁRIO 119
PROFILAXIA

3. Recomendações para profilaxia de hepatite C após exposição


ocupacional a material biológico
Fonte com sorologia positiva para hepatite C:
 Não é recomendado o uso de imunoglobulina comum ou interferon.

 Recomenda-se acompanhamento clínico e sorológico do indivíduo exposto ao sangue

e/ou fluidos contaminados pelo vírus da hepatite C, para se fazer o diagnóstico e


tratamento precoces dessa patologia.

4. Recomendações para profilaxia de Doença de Chagas após exposição


ocupacional a material biológico
Fonte com sorologia positiva para doença de Chagas:
 A infecção acidental ocorre principalmente nos profissionais de saúde que exercem

atividades laboratoriais.
 Recomenda-se benznidazol na dose de 7-10 mg/kg/dia, de 8/8 horas, por via oral,

durante 10 dias (1 cp = 100 mg).

120 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia de Doença Meningocócica


Definição de caso de doença meningocócica:
Critério Clínico:
 Quadro toxi-infeccioso agudo acompanhado de petéquias ou sufusões hemorrágicas,

com ou sem meningite

Critério Laboratorial:
 Bacterioscopia com diplococo Gram negativo no líquor e/ou raspado de lesão de pele
 Detecção de antígenos por látex, contraimunoeletroforese ou outros métodos

 Cultura positiva para N. menigitidis de materiais normalmente estéreis (sangue ou

líquor)

Critério Epidemiológico:
 Contato direto e recente com outro caso de doença meningocócica confirmado
por laboratório que apresente quadro de meningite sem presença de DGN, látex ou
cultura positiva no líquor.

Atendimento de caso com suspeita de doença meningocócica no HCFMUSP:

Na suspeita de doença meningocócica, o médico que atende o caso deve:


1. Instituir precauções para gotículas - quarto privativo, uso de máscara cirúrgica
e uso de luvas se o paciente apresentar lesões cutâneas. Duração das precauções: até
24 horas de antibioticoterapia efetiva contra a infecção.

2. Notificar o caso:
 De segunda a sexta, das 8h às 17h: NIS, no ramal 7521
 Outros horários: disque- CVE 0800-0555466

3. Prescrever quimioprofilaxia para os contactantes que habitam no mesmo


domicílio do caso índice: em um receituário comum com a etiqueta do paciente,
informar todos os nomes dos contactantes domiciliares e o diagnóstico de doença
meningocócica.
Os demais contactantes (por ex, creche, escolas, vizinhos): serão avaliados pela
Vigilância Epidemiológica Municipal através de visita domiciliar.
Os profissionais de saúde que eventualmente tenham exposição desprotegida deverão
ser avaliados no PA-MI (de seg a sexta, das 8h às 16h: 5º andar PAMB bloco 2B, outros
horários: enfermaria, 4º andar ICHC). Ver item Indicações abaixo.

SUMÁRIO 121
PROFILAXIA

4. Drogas para quimioprofilaxia:

1ª escolha*
RIFAMPICINA  Adultos: 600 mg a cada 12horas, 4 doses
 1 mês a 12 anos: 10mg/kg/dose a cada 12 horas
(máx 600 mg), 4 doses
 <1 mês: 5mg/kg/dose a cada 12horas, 4 doses

Opções
CIPROFLOXACINA 500 mg , dose única
CEFTRIAXONA 250 mg IM, dose única
< 12 anos: 125mg, IM, dose única

* A rifampicina é indicada como droga de 1a escolha por erradicar o estado de portador em


um porcentual elevado de pessoas, por ser a única droga com estudos que documentaram
a eficácia de erradicação do meningococo em orofaringe por 4 semanas (para as outras
drogas só foi documentado até 2 semanas). Além disso, trata-se da única droga para o
qual há dados brasileiros (SIREVA) mostrando sensibilidade que respaldem seu uso.

5. Indicações de profilaxia para profissionais da saúde:


A profilaxia está indicada SOMENTE:
 Aos profissionais que atenderem pacientes com suspeita de doença meningocócica

com menos de 24 horas de antibioticoterapia efetiva para a infecção


 E que não utilizaram máscara cirúrgica

 E que realizaram procedimentos de assistência ventilatória (p.ex. intubação traqueal,

aspiração de secreções respiratórias).


Não há indicação de quimioprofilaxia:
 profissionais que somente entraram no quarto de atendimento, ou verificaram sinais
vitais, como pulso e temperatura.

122 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia Antibiótica de Endocardite Infecciosa

Condições cardíacas de alto risco de endocardite onde a profilaxia com


antibióticos é recomendada

1. Próteses valvares
2. Endocardite prévia
3. Cardiopatias congênitas:
a) Cianóticas não corrigidas, incluindo “shunts” e condutos paliativos
b) Com correção completa com prótese ou dispositivo nos primeiros 6 meses após
procedimento (período de endotelização)
c) Corrigida com defeitos residuais locais ou adjacentes a retalhos ou dispositivos
prostéticos (inibem a endotelização)
4. Receptores de transplante cardíaco com valvopatias
5. Valvopatia reumática crônica

Procedimento Dentário
1. Manipulação de gengivas
2. Manipulação periapical dos dentes
3. Perfuração das mucosas
Não é indicada em anestesia em tecido não infectado, colocação, ajuste ou retirada
de próteses e dispositivos ortodônticos, perda da 1ª dentição ou trauma aos lábios
e mucosa oral.

Procedimento em Trato respiratório


1. Amigdalectomia, adenoidectomia e procedimentos que envolvem incisão ou biópsia
da mucosa respiratória.
2. Broncoscopia quando houver perspectiva de biópsia

Procedimentos em Trato gastro-intestinal ou genito-urinário


1. A profilaxia não é recomendada rotineiramente para tais procedimentos, inclusive
endoscopia digestiva alta ou colonoscopia (não há estudos que a indiquem ou
justifiquem)
2. Os pacientes colonizados que serão submetidos à manipulação de trato urinário:
tratar antes do procedimento.

SUMÁRIO 123
PROFILAXIA

Antibióticos para Profilaxia de Endocardite em Procedimentos Dentários


Orais ou do Trato Respiratório

Dose única 30 a 60 min


antes do procedimento
Situação Antibiótico Adultos Crianças
Uso Oral Amoxicilina 2g 50 mg/kg
Sem condições Ampicilina ou 2g IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV
de ingestão oral Cefazolina ou Ceftriaxone 1g IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV
Alergia a Penicilina Cefalexina * ou 2g 50 mg/kg
ou Ampicilina – uso oral Clindamicina ou 600 mg 20 mg/kg
Azitromicina ou Claritromicina 500 mg 15 mg/kg
Alergia a Penicilina Cefazolina* ou Ceftriaxone* 1g IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV
ou Ampicilina e sem ou
condições de ingestão oral Clindamicina 600 mg IM ou IV 20 mg/kg IM ou IV

IM, intramuscular; IV, intravenosa


* Não utilizar em pacientes com história de alergia grave ás penicilinas

124 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia de infecção por Estreptococcus


do grupo B no recém nascido

Rastreamento do Estreptococo do grupo B (swab retal e vaginal) : solicitar para todas


as gestantes entre 35 e 37 semanas.

PROFILAXIA INTRAPARTO DA INFECÇÃO


NEONATAL PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B

INDICADA NÃO INDICADA

- Cultura de rastreamento vaginal e - Cultura de rastreamento vaginal


retal (35-37sem) positiva para EGB. e retal (35-37 sem) negativa
- História prévia de RN para EGB mesmo com um
infectado pelo EGB. ou mais fatores de risco: TPP,
- ITU ou bacteriúria pelo EGB febre intraparto ou RPMO.
durante a gestação atual. - Gestação anterior com
- Cultura de rastreamento não rastreamento positivo para EGB,
realizada ou desconhecida e mas sem infecção neonatal
TPP (<37 sem), RPMO pelo EGB e com cultura
(≥ 18h) ou febre intraparto recente (< 5 sem) negativa.
(≥ 38ºC). - Cultura positiva para EGB
com programação de cesárea
fora de TP e sem RPMO.

Indicações para a profilaxia intraparto da infecção neonatal pelo estreptococo do Grupo B (EGB). ITU – infecção
do trato urinário; TPP – trabalho de parto prematuro; TP – trabalho de parto; RPMO – rotura prematura das
membranas ovulares.
Em caso de alergia à penicilina, assinalar na solicitação: “Paciente alérgico à penicilina, testar susceptibilidade
à clindamicina.

SUMÁRIO 125
PROFILAXIA

ANTIBIOTICOTERAPIA INTRAPARTO
para profilaxia da infecção neonatal pelo Estreptococo do Grupo B

Recomendação Alergia à penicilina

Penicilina G cristalina Baixo risco para anafilaxia


Ataque: 5 milhões IV Cefazolina
Manunenção: 2,5 milhões IV – 4/4h Ataque: 2g IV
Manutenção: 1g IV 8/8h

OU

Alto risco para anafilaxia


Ampicilina
Clindamicina
Ataque: 2g IV
Ataque: 900mg IV
Manutenção: 1g IV – 4/4h
Manutenção: 900mg IV 8/8h
Vancomicina
Ataque: 1g IV
Manutenção: 1g IV 12/12h

 A antibioticoterapia é mais eficaz se for realizada pelo menos 4h antes do parto.


 A manutenção deve ser realizada até o nascimento.
 No trabalho de parto prematuro, a antibioticoterapia profilática é determinada pelo

resultado da cultura vaginal e retal para o estreptococo do grupo B e pela atividade uterina.
Se não foi realizada a cultura de rastreamento ou o resultado não estiver disponível, a
mesma deve ser realizada e instituir-se a profilaxia. Caso o resultado da cultura seja negativo,
suspende-se o antibiótico e, neste caso, uma nova cultura deverá ser realizada em quatro
semanas, se ainda não tiver ocorrido o nascimento. Diante do resultado positivo da cultura,
a profilaxia deve ser mantida até cessarem as contrações uterinas.

126 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia em Mordeduras Humanas e de Animais Domésticos


(Cães e Gatos)
Cuidados locais:
 Realizar limpeza vigorosa (com degermante ou sabão), irrigação com SF (500ml)

ou água limpa imediatamente


 No hospital, repetir a limpeza e fazer desbridamento com retirada de tecido

desvitalizado
 Lesões puntiformes profundas devem ser abertas cirurgicamente com cicatrização

por segunda intenção


 As demais lesões devem ser desbridadas, lavadas e suas bordas aproximadas.

Atenção: ver profilaxia do tétano (página 131) e da raiva.

Características da mordedura ATB 1ª Escolha Opções Duração


e do paciente
• Mordedura humana ou animal Clindamicina 600 mg
(cão ou gato) com envolvimento VO 6/6h + 5 dias
de cartilagem, mãos, pés, e Amoxicilina+ Ciprofloxacino 500mg
Ambulatorial

articulações, ou lesões profundas clavulanato VO 12/12h


• Qualquer mordedura em (500/125mg) Clindamicina 600 mg
pacientes imunocomprometidos, VO 8/8h VO 6/6h + 5 dias
esplenectomizados, etilistas, TMP-SMZ 160mg
cirróticos ou diabéticos /800 mg VO 12/12h 5 dias
Doxiciclina 100 mg
VO 12/12h
Clindamicina Piperacillina-
600-900 mg -Tazobactan
IV 8/8h + 4,5 g IV 8/8h
Ciprofloxacino, ou
Internado

200-400 mg IV q Clindamicina
12h ou 600-900 mg IV 8/8h 5 dias
Clindamicina +
600-900 mg IV TMP-SMZ
8/8h + 8-10mg/kg/dia
Ceftriaxone 2 g IV IV 6-12h
24/24h

Para mordeduras por porco (Flavobacterium 2B resistente a amoxicilina+clavulanato)


e animais marinhos (predomínio de Vibrio, Aeromonas e Pseudomonas spp.) está
indicada a associação com ciprofloxacino.

SUMÁRIO 127
PROFILAXIA

Profilaxia de Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)


Indicações:
 Após 1º episódio de PBE ou

 Pacientes com ascite com proteína <1,0g/dl

Antimicrobiano:
 Norfloxacino 400mg/dia VO ou
 Sulfametoxazol-trimetropim 800/160 mg /dia VO

Duração: Enquanto houver ascite

Profilaxia em pacientes cirróticos com hemorragia digestiva alta


No episódio de Hemorragia Digestiva Alta:
Adultos:
 Norfloxacino 400 mg VO 12/12h por 7 dias ou

 Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12 h por 7 dias

Crianças:
Cefotaxima 100 mg/Kg/dia IV por 7 dias

128 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia de complicações relacionadas aos


Procedimentos Endoscópicos

PROCEDIMENTO CONDIÇÃO DO PACIENTE ANTIBIOTICOPROFILAXIA


• CPRE • Obstrução biliar (cálculos, Adultos:Ciprofloxacino 1g VO
• Ultrassonografia endoscópica doença benigna/maligna) 2h antes do procedimento
para aspiração por agulha fina • Lesão cística pancreática Crianças: Cefoxitina ou
• Colangite esclerosante Ceftriaxona 30 mg/kg
• Imunossuprimidos (1 dose IV)
Gastrostomia endoscópica Cefazolina 1g IV dose única
percutânea Todos os pacientes imediatamente antes do
procedimento
Paciente cirrótico com Norfloxacino 400 mg VO 12/12
hemorragia digestiva alta Paciente cirrótico horas por 7 dias ou
(com ou sem procedimento Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12
endoscópico) horas por 7 dias
Crianças: Cefotaxima 100 mg/
kg/dia por 7 dias
• Dilatação de estenose Ascite Ciprofloxacino 1g VO 2h antes
• Escleroterapia de varizes Paciente Imunocompro- do procedimento
metido Crianças Ceftriaxona 30 mg/kg
(1 dose IV)
Outros procedimentos
endoscópicos incluindo EDA Ascite
e colonoscopia (com ou sem Paciente Imunocompro- Não recomendado
biópsia/ polipectomia), metido
ligadura de varizes
Próteses articulares Cefazolina 1 g IV
Artroscopia Outros procedimentos
endoscópicos Não há consenso

ATENÇÃO: para profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes submetidos a


endoscopia ver PROFILAXIA DE ENDOCARDITE BACTERIANA (pág 123)

SUMÁRIO 129
PROFILAXIA

Profilaxia de Fungos em Pacientes Neutropênicos


Indicação: Pacientes com previsão de neutropenia (neutrófilos <500) por tempo
superior a 2 semanas devido a:
 Neoplasia hematológica aguda em uso de quimioterapia

 Receptor de TMO

FLUCONAZOL 400 mg IV ou VO
Início
TMO: início do condicionamento
Neoplasia hematológica aguda: início da neutropenia

Manutenção: até 1 semana após o fim da neutropenia

Profilaxia de Fungos em Pacientes Críticos


Considerar* nos pacientes com:
 Múltiplas cirurgias abdominais por deiscências, perfurações, etc.

 Pancreatite aguda necrotizante de tratamento cirúrgico

FLUCONAZOL 400 mg IV ou VO
Início: quando indicada reoperação ou cirurgia na pancreatite

Manutenção: até a suspensão da antibioticoterapia

*Não foi demonstrada redução de mortalidade

130 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Profilaxia do Tétano

História de Imunização Ferimento limpo ou superficial Todos os outros ferimentos*


contra tétano Imunoglobulina Imunoglobulina
Vacina humana Vacina humana
antitetânica antitetânica
Menos de 3 doses Sim Não Sim Sim
ou ignorado
Vacinação primária comleta (> 3 doses):
• Última dose há Não Não Não Não
menos de 5 anos
• Última dose entre Não Não Sim Não
5 e 10 anos
• Última dose há mais Sim Não Sim Não
de 10 anos

*Consideram-se outros ferimentos: fraturas expostas, ferimentos por arma branca


ou de fogo, queimaduras extensas, ferimentos com retenção de corpos estranhos,
ferimentos profundos e puntiformes (provocados por agulhas, pregos ou outros
objetos pontiagudos).

Vacina:
 para menores de 7 anos: utilizar a triplice (DPT), dupla infantil (DT) ou a tríplice

acelular.
 para maiores de 7 anos: utilizar a dupla tipo adulto (dT)

Imunoglobulina humana antitetânica: 250 UI IM.

Observação:
Não administrar imunoglobulina e vacina no mesmo grupo muscular.

SUMÁRIO 131
PROFILAXIA

Profilaxia pós-exposição ao vírus


varicela-zoster em ambiente hospitalar
1. Vacina contra varicela
Indicada para o controle de surto em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis
com 9 meses de idade ou mais, até 120 horas após o contato. A proteção conferida
pela vacina é de longa duração.

2. Imunoglobulina anti varicela-zoster (VZIG)


Indicada para o controle de surto em ambiente hospitalar para os comunicantes
suscetíveis com menos de 9 meses de idade, imunodeprimidos e gestantes, até 96
horas após a exposição, conforme as figuras 1 e 2.

3. Antivirais
O uso de antivirais para profilaxia pós-exposição à varicela pode ser uma alternativa
caso a imunoglobulina específica não seja disponível. O aciclovir deve ser administrado
do 9º ao 14º dia do contato na dose de 40mg/kg/dia administrada de 6/6h.

Figure 1 - Fluxograma para indicação de profilaxia

Contato com varicela > 1h em ambiente fechado*?

Sim Não

Comunicante suscetivel? Não há necessidade


(sem história prévia de doença de profilaxia
ou vacinação)

Sim Não

Indicada a Não há
profilaxia conforme necessidade de
figura 2 profilaxia * para indivíduos que tiveram contato até
48 horas antes do surgimento do exantema

132 SUMÁRIO
PROFILAXIA

Figure 2 - Fluxograma para definição do tipo de profilaxia a ser adotada

Idade < 9 meses?

Sim Não

VZIG Imunodeprimido*
ou gestante?

Sim Não

VZIG Vacina

*Pacientes infectados pelo HIV com contagem de linfócitos T-CD4 <200 células/mm3; com
contagem de linfócitos TCD4 entre 200 e 350 células/mm3 com manifestações clínicas de
imunodepressão; pacientes em uso de corticóide na dose equivalente de prednisona >2mg/kg/dia;
pacientes em uso de outras drogas imunossupressoras; pacientes com outras doenças causadoras
de imunodepressão celular grave

ATENÇÃO: Fora do ambiente hospitalar só devem receber VZIG comunicantes de varicela suscetíveis
que sejam: imunodeprimidos; gestantes; recém-nascidos de mães nas quais a varicela manifestou-
se nos últimos 5 dias de gestação ou até 48h após o parto; recém-nascidos prematuros com 28
semanas ou mais de gestação cuja mãe nunca teve varicela; recém-nascidos prematuros com
menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1000g ao nascimento) independentemente
da história materna de varicela.

SUMÁRIO 133
PROFILAXIA

4. Doses e vias de administração


 Vacina: dose única (0,5mL) - via IM ou SC

 VZIG: 125U para cada 10 kg de peso - via IM (a dose mínima é 125U e a dose

máxima é 625U). A meia-vida da VZIG é de cerca de 3 semanas.

5. Isolamento
 Varicela e herpes-zoster disseminado: precauções de contato + aerossóis
 Herpes-zoster localizado em paciente imunodeprimido: precauções de contato +

aerossóis
 Herpes-zoster localizado em imunocompetente: precauções-padrão

 Pacientes que receberam profilaxia com VZIG devem permanecer em isolamento até

o 28º. dia após o contato, se permanecerem internados


 Pacientes que receberam profilaxia com vacina devem permanecer em isolamento

até o 21º. dia após o contato, se permanecerem internados

134 SUMÁRIO
Vítimas de violência sexual - Atendimento inicial
COLETA DE Secreção vaginal, uretral, faringe, anal, de Sorologias:
MATERIAL acordo com o local da violência: • HIV
• Gram • HBV
• Bacterioscópico de secreção vaginal • HCV Teste de gravidez - β−HCG
• Imunofluorecência direta para Chlamydia • HTLV I e II
• Cultura Geral • Herpes simples 1 e 2
• Cultura para gonococo (Thayer-Martin) • Sífilis
• Cultura para fungos • IF indireta Chlamydia
PROFILAXIAS INDICAÇÃO MEDICAÇÃO e DOSE DURAÇÃO
Infecções Adultos
sexualmente Ceftriaxona 1 g IM
transmissíveis Azitromicina 1 g VO
Metronidazol 2 g VO Dose única para todos os
Crianças medicamentos
Ceftriaxona 250mg IM
Azitromicina 20mg/kg VO
Metronidazol 15mg/kg/dia por 7 dias
Anticoncepção Levonorgestrel 0,75 mg Só 2 doses
VO de 12/12h Remedicar se vômitos até 2h
após dose

SUMÁRIO
Adultos
AZT + 3TC + LOPINAVIR/R
AZT 300 +3TC 150 1 compr. 12/12h
LOPINAVIR/R 200/50mg 2 compr. 12/12h
• Penetração anal e/ou vaginal Crianças
HIV • Penetração oral com ejaculação AZT + 3TC + LOPINAVIR/R Fornecer kit inicial para
• Até 72h do ocorrido AZT 180 mg/m2 12/12h; 7 dias
3TC 4 mg/kg de 12/12h; Manter 4 semanas
LOPINAVIR/R 7-15kg 12/3 mg/Kg 12/12h
15-40kg 10/2,5 mg/Kg 12/12h
>40kg igual a adultos
SUP. CORPORAL em M2: (peso kg X 4 ) +7
peso kg + 90
HEPATITE B • Penetração anal, vaginal ou oral; Imunoglobulina p/ hepatite B-0,06 mg/kg I g - dose única até 14o dia
• Pacientes não vacinadas ou Vacina hepatite B – 1 ml IM ( 3 doses) Vacina dia 0, 1 mês, 6 meses
esquema incompleto
TÉTANO • Ferimento ou traumas associados e a Anatox tetânico – 1 amp ou 0,5 ml IM + A depender do estado
depender do estado vacinal prévio imunoglobulina humana antitetânica vacinal prévio
PROFILAXIA

135
250 UI-500 UI im
OBS: Sorologia do agressor sob consentimento informado do mesmo: HIV (teste rápido, HCV, HBsAg, VDRL)
Tempo de seguimento da vítima – 6 meses (não doar sangue/órgãos, não engravidar, não amamentar neste período)
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Recomendações para prevenção de infecção hospitalar

Microrganismos Multiresistentes

Critérios para início e retirada de isolamento de contato e


investigação de contactantes
Paciente com colonização ou infecção por microrganismos multiresistentes passíveis
de transmissão por contato direto ou indireto

Instituto Central
Indicações
Microrganismo de coleta Unidades De quem coletar Sítio de coleta
de culturas
A partir do Contactantes do Swab nasal, perineal, lesões
MRSA primeiro caso ICHC: Berçário mesmo espaço de pele
de infecção físico/quarto
S.aureus ou SCN Swab nasal, perineal, lesões
com sensibilidade ICHC: qualquer Contactantes do de pele, secreção traqueal
intermediária ou unidade mesmo espaço de pacientes submetidos à
resistente a físico/quarto VM
vancomicina
ICHC: U2CC, Todos os pacientes Swab retal ou coleta de
ERV Semanal U1CC,UCNV, internados nas fezes de acordo com
U1CH , ETMO, Unidades citadas condições clínicas do
E1MH, E1CH paciente
Contactantes do Swab retal ou coleta de
ERV Surtos ICHC: qualquer mesmo espaço fezes de acordo com
unidade físico/quarto condições clínicas do
paciente
Enterobactérias A partir do Contactantes do Urina de pacientes com
resistentes a primeiro caso ICHC: qualquer mesmo espaço SVD, swab retal ou coleta
carbapenem de colonização unidade físico/quarto de fezes de acordo com
ou de infecção condições clínicas do
paciente, secreção traqueal
de pacientes submetidos à
VM, lesões de pele
Acinetobacter spp. ICHC: qualquer Contactantes do Urina de pacientes com
e P. aeruginosa Surtos unidade mesmo espaço SVD, Swab retal ou coleta
resistentes a físico/quarto de fezes de acordo com
carbapenem condições clínicas do
paciente, secreção traqueal
de pacientes submetidos à
VM, lesões de pele
Clostridium Surtos ICHC: qualquer Contactantes do
difficille unidade mesmo espaço Fezes
físico/quarto
S. pyogenes Na admissão e ICHC: Swab orofaringe, lesões de
semanal Queimados pele
SCN - Staphylococcus coagulase negativa / ERV - Enterococcus resistente a vancomicina
136 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Instituto do Coração
 Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em qualquer sítio;
 S. aureus resistente à oxacilina;
 Enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro extendido (ESBL) e/ou

resistentes a carbapenem;
 Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem

Isolados nos seguintes sítios:


 Feridas abertas, com drenagem de secreção purulenta (não contida no curativo)
independe do agente;
 Vias aéreas de pacientes intubados ou traqueostomizados;

 Urina de pacientes com incontinência urinária.

UTI ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO

S. Aureus A liberação fica a cargo A liberação fica a cargo


Enterobactérias da UCIH da UCIH
Pseudomonas spp. e
Acinetobacter spp.

Enterococcus spp. Isolar até a alta Isolar até a alta

CONTACTANTES Manter em precaução de Manter em precaução de


(PACIENTES DO MESMO contato e solicitar contato e solicitar
QUARTO/ESPAÇO FÍSICO orientação da UCIH orientação da UCIH
DO CASO)

TRANSFERIDOS Manter o paciente Manter o paciente


DE OUTROS HOSPITAIS em precauções de contato em precauções de contato

Colher culturas de dispositivos Colher culturas de dispositivos
invasivos, lesões abertas invasivos, lesões abertas
e Swab retal e Swab retal

Realizar a troca dos dispositivos Realizar a troca dos dispositivos
invasivos o mais breve invasivos em 24h ou assim que
possível. A liberação das a segurança do paciente
precauções deverá ser realizada permitir. A liberação das
pela UCIH precauções deverá ser realizada
pela UCIH

SUMÁRIO 137
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Instituto da Criança
 Enterobactérias resistente a carbapenem
 Enterococcus spp resistente a vancomicina

UTI ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO Isolar até a alta Isolar até a alta

CONTACTANTES Colher culturas de dispositivos Colher culturas de dispositivos


(PACIENTES DO MESMO invasivos e lesões abertas invasivos e lesões abertas
QUARTO/ESPAÇO FÍSICO e Swab retal (3) de todos os e Swab retal (3) de todos os
DO CASO) pacientes pacientes

TRANSFERIDOS Colher culturas de dispositivos Colher culturas de dispositivos


DE OUTROS HOSPITAIS OU invasivos, lesões abertas invasivos, lesões abertas
PRONTO SOCCORRO DO HC e Swab retal e Swab retal
(internação >24 horas)

Hospital Auxiliar de Suzano


 S. aureus resistente à Oxacilina;
 Enterococcus spp. resistente à Vancomicina
 Enterobactérias produtoras de beta lactamase de espectro extendido e/ou resistente

a Carbapenem;
 Pseudomonas ssp; Acinetobacter ssp resistentes a Carbapenem.

CRITÉRIO PARA RETIRADA DE ISOLAMENTO: pacientes com lesões fechadas e sem


dispositivos invasivos (traqueostomia, sonda vesical, cateter venoso central)

ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO Isolar enquanto permanecer com dispositivos


invasivos, sinais de infecção ou lesões abertas

CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO Não colher cultura
FÍSICO DO CASO)

TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS


OU PRONTO SOCCORRO DO HC Não colher cultura
(internação >24 horas)

138 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Hospital Auxiliar de Cotoxó


 S. aureus resistente a Oxacilina;
 Enterobactérias produtoras de beta lactamases e resistentes a carbapenem;
 Pseudomonas spp e Acinetobacter spp resistentes a carbapenem;

 Enterococcus spp. resistente ou intermediário a vancomicina

ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO Isolar até a alta

CONTACTANTES Colher culturas de dispositivos invasivos, e


(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO feridas abertas e swab retal (3) de todos os
FÍSICO DO CASO) pacientes

TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS Colher culturas de dispositivos invasivos, e


OU PRONTO SOCCORRO DO HC feridas abertas e swab retal (3) de todos os
(internação >24 horas) pacientes

SUMÁRIO 139
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Instituto de Ortopedia

Pseudomonas spp.e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem


 Enterococcus spp. resistentes a vancomicina

Isolados nos seguintes sítios:


 Ferida aberta;
 Vias aéreas de paciente intubado;

 Urina com incontinência.

Isolamento para pacientes com microrganismos multirresistentes


(Pseudomonas spp., Acinetobacter spp. e Enterococcus spp.)

UTI ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO Isolar até a alta Isolar se dispositivos


invasivos, sinais de
infecções e lesões abertas

CONTACTANTES Colher culturas de Não colher culturas


(Pacientes do mesmo dispositivos invasivos e
quarto/espaço físico do caso) lesões abertas

TRANSFERIDOS DE OUTROS Colher culturas de Não colher culturas


HOSPITAIS OU dispositivos invasivos e
PRONTO SOCORRO DO HC lesões abertas e
(internação > 24 horas) Swab retal

140 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Instituto de Psiquiatria
Pacientes colonizados ou infectados pelos seguintes agentes:
 Enterococcus spp. resistentes à vancomicina;

 S. aureus resistente à oxacilina;

 Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem.

UTI ENFERMARIAS

COLONIZADO / INFECTADO Isolar até a alta Isolar até final do


tratamento nos casos de
infecção
e
Isolar enquanto mantiver
dispositivos invasivos,
ostomias e lesões abertas

CONTACTANTES Manter em precaução de Manter em precaução de


(PACIENTES DO MESMO contato e solicitar contato e solicitar
QUARTO/ESPAÇO FÍSICO orientação da SCIH orientação da SCIH
DO CASO)

TRANSFERIDOS DE OUTROS • Manter o paciente em Manter o paciente em


HOSPITAIS OU precaução de contato precaução de contato
PRONTO SOCORRO DO HC • Colher culturas de Colher culturas de
(internação > 24 horas) dispositivo invasivo, dispositivo invasivo,
lesões abertas e swab retal lesões abertas e swab retal
• A liberação da precaução A liberação da precaução
será a cargo da SCIH será a cargo da SCIH

SUMÁRIO 141
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Tipo de precaução: precauções de contato


 Quarto privativo sempre que possível.
 Coorte de pacientes portadores do mesmo microrganismo com mesmo perfil de
sensibilidade.
 Manter um profissional exclusivo para os cuidados do paciente, quando possível.

 Avental de manga longa e luvas descartáveis, antes de entrar em contato com o

paciente ou material infectante (descartar luvas e aventais após cuidado do paciente).


 Higienizar as mãos com sabão antisséptico (clorexidina) ou álcool gel, antes e após

contato com paciente ou material infectante e após a retirada das luvas.


 Uso de artigos (estetoscópios, aparelho de pressão, termômetros, oxímetro, aspirador

de secreções, etc.), individualizado para o paciente


 Processar os materiais e superfícies conforme quadro a seguir.

142 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Limpeza e Desinfecção de Artigos e Ambiente de Pacientes Colonizados


ou Infectados com microrganismos multiresistentes

ARTIGOS COMO
Aparelhos de pressão Tecido: enviar à lavanderia
Restante: fricção com álcool a 70%
Circuitos respiratórios/ Manter procedimento de rotina
Artigos de Inaloterapia
Comadre, papagaios, Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
medidores de urina desinfecção com glutaraldeído ou álcool 70% ou
termodesinfecção
Estetoscópio Fricção com álcool a 70%
Mobiliário: Cama, colchões, mesas, Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
criados, suporte de soro, poltronas, etc. fricção com álcool a 70%
Monitores Cardíacos Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%
Pisos, paredes, maçanetas Seguir as normas padronizadas pelo Serviço de
Higiene e Limpeza Hospitalar em conjunto com
a CCIH
Termômetros Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%

SUMÁRIO 143
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Precaução para Clostridium difficile

Se um paciente apresentar diarréia associada a Clostridium difficile, deve-se instituir:

1. Precauções de Contato:
 Quarto privativo com banheiro individual para pacientes incontinentes ou com
hábitos de higiene precários. Se outros pacientes apresentarem doença associada a
Clostridium difficile, estes poderão ser colocados no mesmo quarto;
 Uso de luvas e aventais de manga longa ao entrar em contato com pacientes ou

materiais infectantes;
 Higiene das mãos é obrigatória com sabão anti-séptico imediatamente após a retirada

das luvas. Álcool-gel não é efetivo nesta situação;


 Individualizar artigos de uso próprio do paciente: termômetros, aparelhos de pressão,

comadres, papagaios, medidores de urina, etc.

2 . Contactantes:
Somente investigar C. difficile em pacientes com diarréia.

3 . Critérios para suspensão das Precauções de Contato


Paciente sem diarréia por 48h

4 . Cuidados com artigos e superfícies


A limpeza concorrente diária e a limpeza terminal devem ser feitas em todas as
superfícies, utilizando hipoclorito de sódio 1% já que os esporos do C.difficile não
são inativados com álcool a 70%.
A limpeza e desinfecção de artigos deve ser a mesma da rotina de microrganismos
multiresistentes, lembrando que a limpeza mecânica é o passo mais importante para
prevenir a disseminação de C. difficile.

144 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Precauções para Isolamento

 Precauções padrão

São precauções aplicadas ao cuidado de todos os pacientes independente de seu


diagnóstico infeccioso, com o objetivo de diminuir a transmissão de microrganismos.
Aplicadas quando se antecipa o contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções, pele não integra e membrana mucosa.
Os equipamentos de proteção serão utilizados de acordo com a natureza da exposição.
A aplicação das precauções padrão inclui as seguintes medidas:

1. Higienização das mãos


 Higienizar as mãos nas seguintes circunstâncias:
- Antes e após higiene pessoal;
- Antes e após contato com paciente;
- Após contato com sangue, secreções, pele não íntegra, membrana mucosa, curativos
de feridas e objetos inanimados;
- Antes e após refeições
- Entre procedimentos realizados para o mesmo paciente;
- Após retirada das luvas.
 Se as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou secreções,
realizar higiene das mãos com água e sabão ou anti-séptico.
 Se as mãos estiverem sem sujidade visível, pode ser utilizada solução alcoólica
(álcool-gel).
2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Observar os seguintes princípios:
 Quando o contato com paciente envolver sangue e/ou fluidos corpóreos;

 Para proteção contra respingos ou contato com pele não íntegra e mucosa.

2.1. Uso de luvas


 Utilizar sempre que for antecipado o contato com sangue e líquidos corporais,
secreções e excreções, membranas mucosas, pele lesada, artigos/superfícies sujos
com material biológico;
 Utilizar luvas devidamente ajustadas;

 Trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se contato com material

infectado;
 Desprezar imediatamente após uso.

SUMÁRIO 145
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

2.2. Uso de avental


 Utilizar como barreira física, quando existir a possibilidade de sujar/contaminar com

material biológico, as roupas ou pele do profissional da saúde;


 Utilizar avental de manga longa;

 Desprezar imediatamente após uso, antes de sair do quarto

2.3. Uso de máscara, óculos e protetor facial


 Utilizar quando houver a possibilidade da ocorrência de respingos de material
biológico sobre as membranas mucosas da boca e olho, durante a realização de
procedimentos no paciente, ou manuseio com artigos/materiais contaminados.
Desinfetar os óculos ou protetor facial com álcool 70% após uso ou limpar com
água e sabão.
3. Limpeza de superfícies
 Realizar limpeza concorrente diária e sempre que houver sujidade visível incluindo
cama e mobiliário do paciente;
 Realizar limpeza terminal quando o paciente for de alta, óbito ou transferência;

 Evitar movimentos bruscos com roupas para evitar disseminação de partículas no

ambiente.
4. Artigos e equipamentos
Realizar limpeza seguida de desinfecção ou esterilização entre pacientes ou sempre
que sujo ou com mau funcionamento.
5. Cuidados com material pérfuro-cortante
 Manusear material pérfuro-cortante com extremo cuidado;
 Não reencapar e não dobrar agulha;

 Descartar todo material pérfuro-cortante utilizado no cuidado do paciente em

recipiente apropriado;
 Desprezar o conjunto agulha + seringa sem desconectar;

 Manter caixa de perfuro-cortante sobre suporte;

 Trocar a caixa de pérfuro quando atingir o limite de segurança (2/3 da capacidade

total - linha pontilhada).

146 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Precauções adicionais
As precauções para isolamento, baseados no modo de transmissão dos microrganismos;
podem ser classificados em 3 tipos:
1. Precauções de Contato
2. Precauções Respiratórias para Aerossóis
3. Precauções Respiratórias para Gotículas
Para maioria das doenças é suficiente a aplicação de um tipo de precaução porém para
outras, que podem ser transmitidas por várias vias, há necessidade da combinação
de 2 tipos de precauções.
A aplicação de qualquer uma destas precauções implica no uso associado
das Precauções Padrão.

 Precauções de contato
Está indicada para situações em que exista possibilidade de transmissão de agente
infeccioso por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes, contato através
do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos.
1. Quarto:
 Privativo ou compartilhado com pacientes infectados com o mesmo microrganismo

com o mesmo perfil de sensibilidade.


2. Luvas:
 Deverá ser utilizada ao contato com o paciente ou material infectante;
 Descartar as luvas imediatamente após o uso e higienizar as mãos.

3. Avental de manga longa:


 Usar sempre que contato da roupa do profissional com o paciente, leito, mobiliário
ou material infectante;
 Em caso de diarréia, colostomia, ileostomia ou ferida não contida no curativo, o uso

do avental torna-se obrigatório.


4. Transporte do paciente:
 Deverá ser evitado. Quando necessário o material infectante deverá estar contido,
(com curativo, avental ou lençol), para evitar contaminação de superfícies;
 Se paciente realizar exame e/ou procedimento fazer a desinfecção com álcool 70% da

maca ou cadeira de transporte e proteger com lençol e desprezá-lo logo em seguida;


 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento de contato.

5. Artigos e equipamentos:
 Deverão ser exclusivos para cada paciente;
 Devem ser limpos, desinfetados ou esterilizados após alta do paciente ou sempre

que sujo.

SUMÁRIO 147
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Precauções Respiratórias com Aerossóis

Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de:


 tuberculose pulmonar ou laríngea
 sarampo

 varicela

 herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido

 situações especiais como influenza aviária ou influenza AH1N1 (suína)

A aplicação das precauções com aerossóis inclui as seguintes medidas:


1. Quarto privativo:
 Obrigatório, com porta fechada

 Deverá dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de ar por hora;

 A exaustão do ar deve ser feita para ambiente externo (longe de calçadas, janelas

que podem ser abertas, pessoas, animais e correntes de ar). Se o ar for recirculado
deverá ser filtrado através de filtro HEPA.
2. Máscara:
 É obrigatório o uso de máscara específica (tipo N95 ou PFF2) com capacidade de
filtrar partículas < 3 micrometros de diâmetro, por todo o profissional que prestar
assistência a pacientes com suspeita ou confirmação das doenças citadas acima.
A máscara deverá ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após
saída do mesmo .
 CUIDADOS COM A MÁSCARA: A máscara não tem uma vida útil pré-estabelecida

e pode ser usada várias vezes pelo mesmo profissional. Descartar quando estiver suja,
úmida ou com defeito, por exemplo, quebra da haste
3. Transporte do paciente:
 Evitar. Quando necessário o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara
comum (cirúrgica);
 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento respiratório.

148 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Precauções Respiratórias com Gotículas

Destina-se para pacientes com suspeita ou confirmação de doenças com transmissão


por via respiratória.
A aplicação das precauções respiratórias para gotículas inclui as seguintes medidas:
1.Quarto privativo:
 Obrigatório, podendo ser compartilhado com pacientes infectados pelo mesmo

microrganismo;
 Manter porta fechada.

2. Máscara:
 É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de transmissibilidade de
cada doença, para todas as pessoas que entrarem no quarto
 A máscara deverá ser desprezada à saída do quarto

3.Transporte do paciente:
 Evitar. Quando necessário o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara
comum (cirúrgica);
 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento.

Responsabilidade e rotina na Instituição e manutenção das precauções


para isolamento
1. Quando instituir o procedimento
Sempre que houver suspeita ou confirmação de doença infecciosa ou colonização/
infecção por um microrganismo passível de ser disseminado para outros pacientes
ou profissionais de saúde.
2. Quem deve instituir o procedimento
Médico ou enfermeiro da unidade conforme a orientação do CCIH onde o paciente
se encontra internado.
3. Notificação para a CCIH
O médico ou enfermeiro que instituiu o procedimento inicial deverá notificar a CCIH.
4. Avaliação da indicação do procedimento
O médico ou enfermeiro da CCIH deverá realizar a avaliação da indicação do
procedimento imediatamente após receber a notificação. O objetivo desta avaliação
é ratificar ou não a indicação de precauções para isolamento e realizar orientações
adicionais pertinentes.
5. Supervisão da aplicação do procedimento
Deverá ser realizado pelo médico ou enfermeiro da unidade. A CCIH poderá
supervisionar a qualidade da efetivação do procedimento indicado e reorientar se
necessário.
SUMÁRIO 149
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

6. Suspensão do procedimento
O médico ou enfermeiro da unidade deverá consultar a CCIH para a suspensão do
procedimento seguindo as orientações técnicas de precauções para isolamento.

Relação das infecções, condições e microrganismos que exigem a aplicação


de precauções para isolamento

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período

•ABSCESSO
Drenando: sem curativo ou com curativo não contido C DS
Drenando com curativo oclusivo contido P
• AIDS (ver HIV):
• ACTINOMICOSE P
• ADENOVÍRUS, infecção por:
Lactante e pré-escolar Rg+C DD
• AMEBÍASE P
• ANGINA DE VINCENT P
• ANTRAX: cutâneo e pulmonar P
• ASCARIDÍASE P
• ASPERGILOSE P
• BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (ver tabela a partir da página 16)
Colonização/infecção: solicitar avaliação da CCIH C*
• BABESIOSE P
• BOTULISMO P
• BRONQUIOLITE: ver infecções respiratórias em lactentes e pré-escolares
• BRUCELOSE P
• CANDIDÍASE : todas as formas P
• CAXUMBA Rg Início TU
por 9 dias
• CELULITE: drenagem não controlada C DD

150 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• CANCRO MOLE (Chlamydia trachomatis):
Conjuntivite, genital e respiratória P
• CISTICERCOSE P
• Clostridium botulinum P
• Clostridium difficile C DD
• Clostridium perfringens:
Intoxicação alimentar e gangrena gasosa P
• CÓLERA C
• COLITE ASSOCIADA A ANTIBIÓTICO C DD
• CONJUNTIVITE:
Bacteriana aguda e gonocócica P
Viral aguda (hemorrágica aguda) C DD
• COQUELUCHE Rg TE 5 dias
• CREUTZFELDT-JACOB, doença P
• CRIPTOCOCOSE P
• CITOMEGALOVIROSE:
Neonatal ou em imunossuprimido P
• DENGUE P
• DERMATOFITOSE P
• DIARREIA: ver gastroenterite
• DIFTERIA:
Cutânea C TA+2CN**
Faríngea Rg TA+2CN**
• DOENÇA DE MÃO, PÉ E BOCA: ver enterovirose
• DONOVANOSE (granuloma inguinal) P
• ENCEFALITE: ver agente específico
• ENDOMETRITE P
• ENTEROBÍASE P
• ENTEROCOLITE - Clostridium difficile C DD
• ENTEROCOLITE NECROTIZANTE P

SUMÁRIO 151
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• ENTEROVIROSE (Coxackie e Echovirus)
Adulto P
Lactante e pré-escolar C DD
• EPIGLOTITE Rg TE 24 h
• ERITEMA INFECCIOSO: ver parvovírus B19
• ESCABIOSE C TE 24 h
• ESPOROTRICOSE P
• ESQUISTOSSOMOSE P
• ESTAFILOCOCCIA - S.aureus:
Pele, ferida e queimadura:
- com secreção não contida C
- com secreção contida P
Enterocolite P1
Multirresistente: ver bactérias multirresistentes
Pneumonia P
Síndrome da pele escaldada P
Síndrome do choque tóxico P
• ESTREPTOCOCCIA - Streptococcus Grupo A
Pele, ferida e queimadura:
- com secreção não contida C
- com secreção contida P
Endometrite (sepsis puerperal) P
Faringite: lactante e pré-escolar Rg TE 24 h
Pneumonia: lactante e pré-escolar Rg TE 24 h
Escarlatina: lactante e pré-escolar Rg TE 24 h
• ESTREPTOCOCCIA - Streptococcus Grupo B
Neonatal P
• ESTREPTOCOCCIA- Streptococcus Grupo não A não B P
• ESTREPTOCOCOS MULTIRRESISTENTES (pneumococo e enterococo):
ver bactérias multirresistentes.
• ESTRONGILOIDÍASE P
• EXANTEMA SÚBITO P
• FEBRE AMARELA P

152 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• FEBRE POR ARRANHADURA DO GATO
P
• FEBRE POR MORDEDURA DO RATO
(Streptobacillus moniliformis ou Spirilum minus) P
• FEBRE RECORRENTE P
• FEBRE REUMÁTICA P
• FEBRE TIFOIDE: ver gastroenterite
• FURUNCULOSE ESTAFILOCÓCCICA:
Lactantes e pré-escolares C DD
• GANGRENA GASOSA P
• GASTROENTERITE
Campylobacter spp, Cholera spp, Criptosporidium spp C
Clostridium difficile C DD
Escherichia coli: Enterohemorrágica 0157:4H e outras espécies:
- diarreia não contida C
- diarreia contida P
Giardia lamblia P
Rotavirus C
Salmonella spp (inclusive S.typhi) P1
Shigella spp P1
Vibrio parahaemolyticus P
Viral: outros vírus
- diarreia não contida C
- diarreia contida P
Yersinia enterocolitica P
• GIARDÍASE: ver gastroenterite
• GONORREIA P
• GUILLAIN-BARRÈ, síndrome de P
• HANSENÍASE P
• HANTAVÍRUS PULMONAR P
• Helicobacter pylori P

SUMÁRIO 153
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• HEPATITE VIRAL:
Vírus A: P
- Uso de fralda ou incontinente C2
Vírus B (HBs Ag positivo), vírus C e outros:
- sem sangramento P
- com sangramento, não contido C
Vírus E P
• HERPANGINA: ver enterovirose
• HERPES SIMPLES:
Encefalite P
Neonatal C3 DD
Mucocutânea, disseminada ou primária e grave C DD
Mucocutânea, recorrente (pele, oral e genital) P
• HERPES ZOSTER
Localizado em imussuprimido Ra+C*** DD(LC)
Disseminado (mais de 1 dermátomo) Ra+C*** DD(LC)
Localizado em imunocompetente P
• HIDATIDOSE P
• HISTOPLASMOSE P
• HIV, infecção por:
Sem sangramento P
Com sangramento não contido C
• IMPETIGO C TE 24 h
• INFECÇÃO DE CAVIDADE FECHADA P
• INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO P
• INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO EM LACTANTES
E PRÉ ESCOLARES OU BRONQUIOLITE
Vírus Sincial Respiratório e Vírus Parainfluenzae C
• INFLUENZA: A, B, C Rg DD
• INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR:
C.botulium,C.perfringens, C.welchii e estafilocóccica P
• KAWASAKI, síndrome de P
• LEGIONELOSE P
• LEPTOSPIROSE P

154 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• LISTERIOSE P
• LYME, doença de P
• LINFOGRANULOMA VENÉREO P
• MALÁRIA P
• MELIOIDOSE P
• INFECÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA P
• MENINGITE:
Asséptica (não bacteriana e não viral) P
Bacteriana gram negativos entéricos, em neonatos P
Fúngica P
Haemophilus influenzae (suspeita ou confirmada) Rg TE 24 h
Listeria monocytogenes P
Neisseria meningitidis (suspeita ou confirmada) Rg TE 24 h
Pneumocócica P
Tuberculosa P4
Outra bactéria não citada acima P
• MENINGOCOCCEMIA Rg TE 24 h
• MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTE (ver bactérias multirresistentes)
• MOLUSCO CONTAGIOSO P
• MONONUCLEOSE INFECCIOSA P
• MUCORMICOSE P
• MICOBACTERIOSE ATÍPICA (não M. tuberculosis ):
Pulmonar e cutânea P
• NOCARDIOSE P
• OXIUROS, infecção por P
• PARACOCCIDIOIDOMICOSE (P. brasiliensis):
Pulmonar ou cutâneo P
• PARVOVÍRUS B19:
Doença crônica em imunossuprimido Rg DI
Crise aplástica transitória ou de células vermelhas Rg 7 dias
• PEDICULOSE C TE 24 h
• PERTUSSIS (COQUELUCHE) Rg TE 5 dias

SUMÁRIO 155
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• PESTE:
Bubônica P
Pneumônica Rg TE 3dias
• PLEURODÍNEA: ver enterovirose
• PNEUMONIA:
Adenovírus Rg+C DD
Burkholderia cepacia em fibrose cística incluindo
colonização do trato respiratório P5
Chlamydia P
Fúngica P
Haemophilus influenzae
- adultos P
- lactantes e crianças de qualquer idade Rg TE 24
Legionella spp P
Meningocóccica Rg TE 24
Mycoplasma (pneumonia atípica primária) Rg DD
Outras bactérias não listadas (incluindo gram-negativos) P
Pneumocócica P
Pneumocystis jiroveci P6
Pseudomonas cepacia: ver pneumonia por Burkholderia cepacia
Staphylococcus aureus P
Streptococcus, grupo A
- adultos P
- lactantes e pré-escolares Rg TE 24 h
Viral
- Adultos P
- Lactantes e pré escolar C
• POLIOMIELITE P
• PSITACOSE (ORNITOSE) P
• RAIVA C
• REYE, síndrome de P
• RITTER (síndrome da pele escaldada estafilocócica) P
• RIQUETSIOSE P
• RUBÉOLA: Rg IR 7 dias
- congênita C7

156 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
• SALMONELOSE: ver gastroenterite
• SARAMPO Ra DD
• SHIGELOSE: ver gastroenterite
• SÍFILIS:
Pele e membrana mucosa (incluindo congênita,
primáriasecundária). P
Lactante ( terciária) e soro positivo sem lesões P
• SÍINDROME DA PELE ESCALDADA P
• TENÍASE P
• TÉTANO P
• TINEA P
• TOXOPLASMOSE P
• TRACOMA AGUDO P
• TRICOMONÍASE P
• TRICURÍASE P
• TRIQUINOSE P
• TUBERCULOSE:
Extra-pulmonar com lesão drenando P+Ra
Extra pulmonar, meningite e outras sem drenagem P
Pulmonar (suspeita ou confirmada) Ra TE+MC
Laríngea (suspeita ou confirmada) Ra TE+MC
Mantoux: reator (> 5mm) sem evidência de doença
Pulmonar ou laríngea atual P
• TULAREMIA: lesão drenando ou pulmonar P
• TIFO: endêmico e epidêmico (não é por Salmonella spp) P
• VARICELA Ra+C LC 100%
• VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO C durante toda
a internação
• ZIGOMICOSE (ficomicose / mucormicose) P

SUMÁRIO 157
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infecção/Condição/Microrganismo Recomendação de
Precauções

Tipo Período
DOENÇAS EMERGENTES:
• ANTRAX Ra+C
• INFLUENZA AVIÁRIA / SUÍNA Ra+C
• SARS Ra+C
• VARIOLA Ra+ C***

P= Padrão C= Contato
Rg= Respiratória para gotículas Ra= Respiratória para aerossóis
DD= Durante a doença DS= Duração da secreção
PN= Pesquisa negativas DI= Durante a internação
LC= Até todas as lesões ficarem crostosas IR= Inicio do “rash”
MC= Melhora clínica TA= Terapêutica antibacteriana
TE= Terapêutica eficaz TU= Tumefação

* A definir por CCIH de cada Instituto.


** Até 2 culturas negativas em dias diferentes.
*** Evitar ingresso no quarto de susceptíveis.

1= Usar precauções de contato para criança em uso de fraldas ou incontinente < 6 anos durante
a doença
2= Manter precauções em < 3 anos durante toda a hospitalização e em > 3 anos até 2 semanas
do início dos sintomas.
3= Para recém-nascido via vaginal ou cesariana de mãe com infecção ativa e ruptura de membranas
por mais de 4 a 6 horas.
4= Investigar tuberculose pulmonar ativa.
5= Evitar contato de pacientes com fibrose cística não colonizados ou infectados com B. cepacia
com este paciente.
6= Evitar colocar no mesmo quarto com paciente imunossuprimido
7=-Manter precauções até 1 ano de idade (a menos que cultura viral de urina e nasofaringe sejam
negativos após 3 meses de idade).

158 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Prevenção de infecções do trato urinário associado a

 Cateter Vesical de Demora

A - Cuidados na Instalação
1. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel;
2. Lavar minuciosamente a área perineal e genital do paciente, com água e sabão,
utilizando luvas de procedimento;
3. Realizar a higiene das mãos com solução degermante anti-séptica;
4. Calçar luvas estéreis;
5. Usar campo estéril grande, de pelo menos 0,75m x 0,75m;
6. Insuflar o balão para verificação de seu bom funcionamento;
7. Realizar a anti-sepsia do meato urinário e área adjacente com PVPI tópico ou
clorexidina degermante ou clorexidina aquosa a 2%. Se utilizar clorexidina degermante
retirar o excesso com SF 0,9%;
8. Aplicar vaselina líquida estéril ou gel anestésico estéril de uso único, sobre a superfície
da cateter vesical, lubrificando-o amplamente;
9. Proceder a instalação da cateter vesical com técnica asséptica utilizando sistema de
drenagem fechado estéril. O cateter vesical deve estar conectado ao sistema coletor
antes da inserção. Observar o adequado posicionamento do cateter vesical na bexiga
(após saída da urina introduzir aproximadamente mais três centímetros);
10. Fixar o cateter vesical no hipogástrio para o sexo masculino e na face anterior da
raiz da coxa para o sexo feminino;
11. Fixar o saco coletor no extremo oposto à cabeceira, mantendo-o sempre abaixo
do nível da pelve;
12. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel.

B - Cuidados na manutenção
 Durante o banho higienizar a região perineal, com água e sabão, incluindo a junção
cateter-meato uretral;
 Higienizar as mãos antes e após o manuseio do cateter vesical, do tubo e do saco

coletor;
 Manter o fluxo da urina, favorecendo a drenagem contínua por gravidade.

 Esvaziar o saco coletor quando necessário, não permitindo que ultrapasse o limite

de segurança recomendado. Utilizar a seguinte técnica:


1. Higienizar as mãos e utilizar EPI (luvas de procedimento, máscara, óculos de
proteção e avental;
2. Retirar o tubo de drenagem do seu protetor posicionando-o para o recipiente que irá
receber a urina, evitando o contato entre as superfícies durante todo o procedimento;

SUMÁRIO 159
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

3. Abrir o clamp do tubo de drenagem;


4. Acompanhar o esvaziamento espontâneo da urina do saco coletor no cálice de
uso individualizado. Se o cálice for de uso coletivo, lavá-lo com água e sabão entre
pacientes;
5. Fechar o clamp do tubo de drenagem;
6. Colocar o tubo de drenagem no seu protetor;
7. Desprezar a urina no vaso sanitário;
8. Lavar o recipiente com água e sabão;
9. Retirar e desprezar a luva de procedimentos no lixo;
10. Retirar os outros EPIs;
11. Higienizar as mãos.

OBS.: Todos os passos desta técnica devem ser repetidos no esvaziamento de urina
para cada paciente. Não é recomendado o esvaziamento simultâneo de urina de vários
sacos coletores.O frasco para coleta de urina deve ser individualizado ou lavado com
água e sabão entre pacientes.

C - Indicações de troca do cateter vesical de demora


Trocar todo o sistema (cateter vesical e saco coletor) se:
 Houver obstrução da luz;

 Houver suspeita ou evidências de incrustações na superfície interna do cateter vesical;

 Houver contaminação do cateter vesical na instalação ou manuseio;

 A urina no saco coletor estiver com aspecto purulento.

D - Recomendações para coleta de urina em pacientes com cateter vesical


de demora
1. Higienizar as mãos;
2. Clampear o tubo de extensão logo abaixo do adaptador próprio para coleta de
material;
3. Desinfetar o local de coleta com álcool etílico a 70% ou clorexidina alcólica a 0,5%;
4. Aspirar a urina usando agulha e seringa estéreis;
5. Passar a amostra de urina da seringa para o frasco estéril;
6. Encaminhar rapidamente ao laboratório. Caso isto não seja possível, manter a
urina sob refrigeração até 1 hora após sua coleta.

OBS.: Não encaminhar ponta de cateter vesical para cultura, pois não há utilidade.

160 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

E - Indicações de urocultura em paciente com cateter vesical de demora


 Suspeita de infecção do trato urinário

 Não é indicada a coleta de urina para realização periódica de urocultura, mesmo

para pacientes que utilizam cateter vesical de demora por períodos prolongados.

F - RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
 O uso de germicidas/antibacterianos por irrigação vesical ou aplicados diretamente
no saco coletor é contra-indicado. Apenas é aceito o uso de Anfotericina B quando se
opta por tratar topicamente Infecção do Trato Urinário por Candida spp.
 O cateter vesical deve ser de uso único;

 Não é recomendada a técnica de “exercício vesical” para retirada do cateter vesical.

 Cateterismo Vesical Intermitente Hospitalar

A técnica para a realização do cateterismo vesical compreende a seguinte seqüência:


1. Separar o material para o cateterismo vesical intermitente;
2. Higienizar as mãos com água e sabão (Operador);
3. Lavar a região perineal e genital com água e sabão;
4. Abrir o Kit de cateterismo e umedecer as bolas de algodão com PVPI tópico ou
clorexidina degermante ou clorexidina aquosa a 2%;
5. Colocar o lubrificante na gaze;
6. Abrir o pacote contendo o cateter vesical estéril;
7. Calçar as luvas de procedimento estéril;
8. Fazer antissepsia da glande e do meato uretral e área adjacente com a pinça e as
bolas de algodão. Se utilizar clorexidina degermante retirar o excesso com SF 0,9%;
9. Posicionar o cateter e aplicar o lubrificante no cateter vesical;
10. Introduzir o cateter no meato uretral, aproximadamente 30 cm em homens e
20 cm em mulheres;
11. Posicionar o saco coletor de urina na saída do cateter;
12. Abrir o dispositivo do cateter, permitindo a drenagem do conteúdo urinário
no saco coletor por aproximadamente 10 a 15 minutos ou até cessar a drenagem;
13. Retirar o cateter lentamente quando cessar a saída de urina.

SUMÁRIO 161
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Cateterismo Vesical Intermitente Domiciliar

Separar o material para o autocateterismo vesical intermitente: sabão, lubrificante


estéril, cateter vesical e recipiente para depositar a urina.
A técnica para a realização do autocateterismo vesical compreende a seguinte
seqüência:

Técnica de passagem:
Orientar o paciente ou cuidador quanto à:
1. Higienizar as mãos com água e sabão;
2. Lavar a região perineal e genital com água e sabão;
3. Verificar se o cateter vesical encontra-se fechado;
4. Passar gel lubrificante na ponta do cateter;
5. Introduzir o cateter no meato uretral, aproximadamente 30cm em homens e
20cm em mulheres;
6. Posicionar o recipiente coletor próximo à saída de urina;
7. Abrir o dispositivo do cateter e observar a saída da urina por aproximadamente 10
a 15 minutos ou até cessar a drenagem;
8. Retirar o cateter lentamente quando cessar a saída de urina.
Freqüência da cateterização:
A freqüência da cateterização não deverá ultrapassar o intervalo de 6 horas,
recomenda-se a cada 4horas. Se em uma drenagem o volume ultrapassar 600 ml é
necessário aumentar a freqüência da cateterização.
Cuidados com o cateter:
 Lavar o cateter com água e sabão após cada uso;
 Aplicar jatos de água na parte interna do cateter com auxílio de uma seringa de 20 ml;

 Injetar 20 ml de ar para remover o excesso de água;

 Armazenar o cateter em recipiente limpo e fechado;

 Trocar de cateter quando o atual “perder o aspecto de novo”, ou seja, quando

houver alteração da cor e/ou da flexibilidade e/ou se estiver áspero e/ou quando a
ponta estiver pontiaguda.

162 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Prevenção de infecção associada a cateteres vasculares


Atualmente, o uso de cateter vascular é essencial à assistência ao paciente, sendo a
infecção de corrente sanguínea (ICS) uma de suas complicações mais temidas.
O cateter venoso central (CVC) é o maior responsável por esse tipo de infecção porém
o cateter venoso periférico pode ocasionar infecções locais (flebites) como também
ICS. Medidas simples podem ser seguidas para prevenir a ocorrência das infecções,
entre elas:
 Não realizar a palpação do local de inserção após a aplicação do anti-séptico, a

menos que a técnica asséptica seja assegurada (luvas estéreis);


 O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos;

 Aguarde a secagem do anti-séptico aplicado na pele antes da inserção do cateter

 Remover prontamente cateteres cuja permanência não seja mais necessária;

 Realizar rotineiramente à avaliação do sítio de inserção, buscando sinais e sintomas

de flebite e outras complicações;


 Remover o mais brevemente possível (não mais do que 48 h), dispositivos inseridos em

situações de emergência, nas quais a técnica asséptica possa ter sido comprometida;
 Equipos e outros acessórios devem ser trocados a cada 72 h ou quando tiverem a

sua integridade comprometida. Recomenda-se que suas conexões sejam “Luer-lock”


para prevenir a desconexão acidental;
 Na infusão intermitente (quando for interrompida a infusão) equipos e buretas

deverão ser trocados a cada 24h ou quando sua integridade estiver comprometida;
 Utilizar equipo próprio para infusão de sangue e hemoderivados. Desprezar

imediatamente após o uso;


 Caso aconteça a saída de parte do cateter, este não deverá mais ser reposicionado.

ACESSO PERIFÉRICO
 Cateter venoso periférico
Para cateteres periféricos, realizar a cada plantão, a avaliação do sítio de inserção,
buscando sinais e sintomas de flebite e outras complicações:
 Em adultos, trocar os cateteres venosos periféricos a cada 96 horas para prevenir

flebite;
 Em situações em que o acesso periférico é limitado, a decisão de deixar o cateter mais

do que 96 h dependerá da avaliação das condições do sítio de punção, da integridade


da pele, da duração e do tipo de terapia prescrita;
 Em adultos, é preferível realizar inserção de cateteres periféricos nas extremidades

superiores, evitando-se as inferiores devido ao risco aumentado de tromboflebites.


Áreas de flexão também devem ser evitadas;
 Se utilizado dispositivos agulhados (butterfly) para coleta de sangue ou para infunsão

de pequenas doses de medicação, retirá-lo em até 4 horas;

SUMÁRIO 163
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Para os neonatos e crianças, outros sítios de inserção poderão ser utilizados: veias
da cabeça, pescoço e extremidade inferior;
 Ao selecionar o cateter periférico, faça a opção pelo de menor calibre, iniciando a

punção pelo dorso da mão, depois punho, antebraço e braço;


 Não é recomendado administrar as seguintes soluções em cateteres periféricos:

drogas vesicantes, nutrição parenteral, soluções com pH menor que 5 ou maior que
9 e solução com osmolaridade maior que 600 mOsm/l.

 Cateter arterial periférico


Na inserção do cateter arterial seguir as orientações abaixo:
Higiene das mãos; máscara cirúrgica cobrindo boca e nariz; luva estéril; anti-sepsia da
pele do paciente com clorexidina degermante seguido de alcoólica; campo fenestrado
na região a ser puncionada.
OBS.: Utilizar paramentação máxima se utilizada a técnica de dissecção ou passagem
do cateter arterial por fio guia.
Manter o cateter por no máximo 4 dias. Avaliar a necessidade de permanência e
necessidade de troca.

ACESSO CENTRAL
Cateteres de curta permanência:
Entre os mais utilizados no Complexo HCFMUSP destacam-se o Cateter Venoso Central
(CVC), cateter central de inserção periférica (PICC), cateter de hemodinâmica (Swan
Ganz) e cateter de hemodiálise.
 Indicação
 Utilizar somente quando o cateter periférico não for possível ou insuficiente;
 Inserir o cateter com o menor número de lúmens, contemplando as necessidades

do paciente.
 Passagem
1. A escolha do local de inserção do cateter deverá seguir a seguinte ordem:
a) Subclávia;
b) Jugular;
c) Femoral;
d) Umbilical (para recém-nascido);
e) Flebotomia como última opção e preferir membros superiores. Evitar instalar cateter
próximo a lesões de pele e/ou traqueostomia.
2. Fazer a degermação da pele com clorexidina ou PVPI degermante em uma
área ampliada e remover o excesso com gaze para retirar oleosidade e/ou sujeira;
3. Higienizar as mãos com solução degermante (clorexidina ou PVPI). Não é
necessário realizar escovação cirúrgica;
4. Usar paramentação completa: gorro, óculos de proteção, máscara, luva e avental
de manga longa estéreis. Caso participe mais de um médico na inserção do cateter,
é necessário paramentar-se também;
164 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

5. Fazer antissepsia da pele em uma área ampla e com movimentos únicos, utilizando
solução alcoólica com clorexidina ou PVPI alcoólico;
6. Utilizar campos estéreis que cubram todo o paciente;
7. Após passagem do cateter, manter curativo oclusivo com gaze seca no local de
inserção.
OBS: Troca por fio guia: seguir as mesmas recomendações descritas acima

 Troca de curativo do CVC


1. Proteger o cateter durante o banho e realizar o curativo logo em seguida;
2. Trocar o curativo sempre que estiver úmido, sujo ou solto;
3. Após a passagem do cateter realizar imediatamente curativo com gaze e fita adesiva.
Após 48h pode utilizar gaze ou filme transparente.
4. Higienizar as mãos (água e sabão ou álcool gel) antes e depois do procedimento;
5. Realizar antissepsia da pele com solução alcoólica (PVPI ou clorexidina) do óstio
para a periferia a cada troca do curativo, utilizando luvas estéreis;
6. Na troca de curativo, realizar inspeção do local de inserção, atentando para sinais
de infecção local;
7. Em pacientes pediátricos a troca do curativo é variável devido ao risco de
deslocamento do cateter. Porém deve estar sempre atento para sinais flogísticos e
trocá-lo sempre que úmido, sujo ou solto.
 Manipulação do CVC
1. Higienizar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool-gel;
2. Utilizar luvas de procedimento;
3. Fazer a desinfecção da conexão do cateter + extremidade distal com álcool 70%
antes de qualquer procedimento (por exemplo, administrar medicação);
4. Proteger a ponta do equipo com tampinha própria ou agulha;
5. Lavar o cateter com 3ml de água destilada ou SF0,9%, reconectar o equipo ou
fechar a torneirinha;
6. Retirar as luvas e higienizar as mãos ou usar álcool-gel.

 Rotina de troca do cateter


Não há rotina de troca pré-programada de cateteres. Utilizar pelo menor tempo
possível.
Exceção:
 SWAN-GANZ: não deve permanecer por tempo superior a 5 dias. O introdutor é
o local mais freqüentemente colonizado, não deve ser mantido como acesso. Evitar
coleta de sangue através do sistema;
 CATETER UMBILICAL ARTERIAL: não deve permanecer por tempo superior a 5 dias;

 CATETER UMBILICAL VENOSO: não deve permanecer por tempo superior a 14 dias;

SUMÁRIO 165
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Indicação de troca do cateter com fio guia


 Se o motivo da troca não for infecção;

 Mau funcionamento.

Indicação de troca do sítio de inserção do cateter


 Presença de secreção purulenta no local de inserção.

 CVC retirado por fio guia com cultura da ponta positiva.

 Suspeita de infecção associada a cateter com repercussões clínicas graves, como

deterioração hemodinâmica, ventilação mecânica ou bacteremia clínica.


 CVC passado na urgência, sem preparo adequado (trocar no máximo em 48 horas).

 Obstrução do cateter.

 Trombose ou Infiltração.

 Flebotomia deve permanecer por no máximo 96 horas.

 Rotina de troca de equipo e outros cuidados


 Administrar NPT pelo cateter de um único lúmen. Se cateter de vários lumens, separar
uma via para administração de NPT.
 Equipos e outros acessórios devem ser trocados a cada 72h ou quando a sua

integridade estiver comprometida. Na infusão intermitente (quando for interrompida a


infusão) equipos e buretas deverão ser trocados a cada 24h ou quando sua integridade
estiver comprometida.
 Trocar torneirinhas e polifix a cada 24 horas.

 Utilizar equipo próprio para lípides e hemoderivados e trocar após cada infusão.

 Infundir emulsões lipídicas a cada 12 horas e NPT a cada 24 horas, a partir da data

da instalação.
Indicações de envio da ponta de cateter para cultura
 Suspeita de infecção associada a cateter

 Colher 5 cm da ponta e colocar em tubo estéril e colher 2 frascos de hemocultura

periférica (vide instruções de coleta na página 25)

CATETER DE LONGA PERMANÊNCIA


O cateter venoso central de longa permanência é utilizado em doenças crônicas
como na insuficiência renal e no tratamento de doenças oncológicas, em que o
tratamento é longo podendo alcançar até três anos de duração e requer repetidas
transfusões e internações.
 A escolha do tipo de cateter (cateter totalmente implantado , ex Port-a-cath® ou

cateter tunelizado, ex Hickman®, Broviac®, Permicath®) deverá ser feita de acordo


com a indicação do uso e tempo estimado da duração do cateter.

166 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Passagem
 Deve ser realizada no centro cirúrgico e com equipe especializada para esse tipo de
cateter, preferencialmente com métodos de radiodiagnóstico
- No CC, utilizar técnica asséptica:
 Escovação das mãos do médico com clorexidina degermante.

 Degermação da área a ser puncionada com clorexidina ou PVPI

degermante.
 Paramentação completa do médico (avental de manga longa estéril,

luvas estéreis, gorro e máscara).


 Anti-sepsia com clorexidina ou PVPI alcoólica. Esperar secar antes de

realizar o procedimento.
 Utilizar campos estéreis que cubram todo o paciente.

 Fazer curativo da ferida cirúrgica e no ponto de inserção com gaze e fita

adesiva (micropore)

 Curativo:
 Seguir a mesma recomendação do cateter de curta permanência.
 Inspecionar diariamente o local de punção, o reservatório e o trajeto do cateter

quanto a presença de sinais logísticos.

 Rotina para punção do cateter de longa permanência totalmente


implantado
 Higienizar as mãos;

 Calçar luvas estéreis;

 Realizar a anti-sepsia em movimentos circulares e dentro para fora com clorexidina

alcoólica a 0,5%;
 Localizar o cateter por palpação;

 Puncionar com agulha Huber ou escalp de bisel lateral. Evitar puncionar com agulhas

normais pois a durabilidade do cateter será comprometida;


 Após puncionar o cateter, aspirar a solução anticoagulante (antes de instalar as

soluções a serem infundidas), avaliando o funcionamento do cateter (permeabilidade


- bom fluxo e refluxo);
 Desprezar o material aspirado;

 Instalar os equipos, extensores e infundir a medicação;

 Após o procedimento, lavar o cateter com 20 ml de SF 0,9%;

 Com uma seringa de 10 ml, aspirar 1 ml de heparina 5000UI/ml+9ml de água

destilada e injetar 6ml dessa solução.

SUMÁRIO 167
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Indicação de retirada de cateter de longa permanência


1. Final de indicação de uso;
2. Complicações técnicas. Não se deve tentar desobstruir cateteres de longa
permanência.
3. Complicações infecciosas: As complicações infecciosas relacionadas aos cateteres de
longa permanência são: infecção de óstio (apenas nos cateteres semi-implantáveis),
infecção de túnel ou bolsa subcutânea ou infecção de corrente sanguínea primária
(ou bacteremia primária).
No caso de infecção de túnel ou bolsa sub-cutânea deve ser retirado o cateter e feito
tratamento antimicrobiano sistêmico
OBS: O tratamento antimicrobiano, embora inicialmente possa ser empírico, deve
ser dirigido sempre que possível, por resultados de culturas (hemoculturas colhidas
de veia periférica ou artéria).

168 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Prevenção de infecção respiratória


A pneumonia está entre as infecções hospitalares mais frequentes principalmente
em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. A aplicação de normas
bem estabelecidas para a prevenção das infecções respiratórias é fundamental para
modificar esta realidade.

Medidas preventivas
 Condutas gerais
 Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente intubado ou

traqueostomizado; e com secreções respiratórias mesmo que tenham sido usadas luvas.
 Elevar a cabeceira da cama do paciente de 30° a 45° para evitar aspiração do conteúdo

gástrico, caso não exista contra-indicação.


 Verificar a posição da sonda gástrica ou enteral antes de infundir a dieta.

 Aspirar adequadamente às secreções acima da região glótica antes de manipular o

cuff da cânula endotraqueal.


 Controlar a medida da pressão do cuff (aproximadamente 25 cm/H O) a cada 12h.
2
 Ajustar volume da dieta enteral, baseado no volume gástrico residual.

 No pós-operatório, estimular a respiração profunda e a deambulação o mais

precoce possível.
 Não realizar rotineiramente culturas de vigilância (secreção traqueal, equipamentos,

etc).
 Não administrar antimicrobianos rotineiramente para prevenção de pneumonia.

 Intubação
 Usar luvas estéreis, máscara, óculos de proteção e avental de manga longa.
 Evitar a contaminação da cânula antes da introdução na orofaringe.

 Traqueostomia
 Traqueostomia convencional deve ser realizada em sala de cirurgia, exceto nos
casos de urgência.
 Traqueostomia percutânea pode ser realizada a beira do leito. Para este procedimento,

o operador deve utilizar paramentação completa, colocar campos estéreis cobrindo


todo o paciente e preparar a pele do paciente com PVPI ou clorexidina degermante
seguido de PVPI ou clorexidina alcoólico.
 Utilizar luvas estéreis para trocar a cânula de traqueostomia.

 O curativo da traqueostomia deve ser trocado diariamente e/ou quando úmido e/

ou sujo.

SUMÁRIO 169
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Aspiração de secreções respiratórias em pacientes intubados


 Usar luvas estéreis, máscara cirúrgica, óculos de proteção e avental de manga longa.
 Utilizar sonda de aspiração estéril de uso único.

 Aspirar sempre que houver necessidade e não em intervalos pré-fixados.

 Aspirar os pacientes entubados na seguinte ordem: traquéia, nariz e por último

a boca.
 O calibre da sonda de aspiração não deve ser superior à metade do diâmetro do

calibre da cânula endotraqueal. O “cuff” deve ser testado antes do procedimento.


 Quando houver necessidade de aspirar a boca do paciente entubado, realizar este

procedimento após a aspiração traqueal e nariz.


 Usar soro fisiológico estéril para fluidificar a secreção espessa (1 a 2 ml criança e

3 a 5 ml adulto).
 Trocar sistema fechado de aspiração (trachecare) quando visivelmente sujo ou com

mau funcionamento.
 Os sistemas fechados de aspiração não demonstraram, até o momento, diminuição

na incidência de pneumonia hospitalar.

RESPIRADORES
 As peças de extensão, conectores avulsos e circuitos devem ser trocados entre
pacientes e devem ser submetidas à desinfecção de alto nível ou esterilização.
 Os circuitos respiratórios não devem ser trocados rotineiramente. Trocar somente

quando visivelmente sujo ou com mau funcionamento.


 Até o momento, o uso de filtros não mostrou redução na incidência de pneumonias

hospitalares, portanto não estão recomendados para este fim. Se forem utilizados,
não há necessidade de troca rotineira.
 O condensado que acumula no circuito deve ser desprezado, a fim de evitar que

retorne ao paciente ou ao umidificador.


 A máquina interna dos ventiladores e respiradores não devem se esterilizados ou

desinfetados rotineiramente entre pacientes.

170 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Cuidados com equipamentos respiratórios e acessórios

Objetivo
Realizar a limpeza, seguida de desinfecção ou esterilização adequada dos equipamentos
de assistência respiratória e seus acessórios.

Medidas Gerais
 Higienizar as mãos antes e depois do contato com os equipamentos e seus acessórios;
 Realizar limpeza mecânica do equipamento com tecido macio e água e sabão;

 Realizar limpeza e desinfecção ou esterilização dos acessórios de assistência

respiratória conforme recomendação na tabela a seguir;


 Trocar todos os circuitos e/ou material de assistência ventilatória entre os pacientes e

sempre que visivelmente sujo ou danificado. Quando em uso intermitente, no mesmo


paciente, guardar seco e protegido em saco plástico;
 Usar água estéril, de uso individual, nos umidificadores e nebulizadores. Trocar pelo

menos uma vez ao dia, desprezando o resíduo;


 Usar EPIs para manipular secreções respiratórias ou objetos contaminados com

secreções respiratórias de qualquer paciente;


 Antes de submeter os equipamentos ao reprocessamento, consultar as

recomendações do fabricante.

SUMÁRIO 171
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

MATERIAL TRATAMENTO TIPO FREQUENCIA DE TROCA


e OBSERVAÇÕES
Ressucitador Desinfecção Termodesinfecção - Entre pacientes
manual (Ambu): ou ou VBTF ou Óxido de Etileno - Sempre que sujo
- máscara Esterilização ou autoclave
- reservatório Manter protegido em saco
plástico quando em uso
intermintente
BIPAP: Desinfecção Termodesinfecção ou Entre pacientes e
circuito (USO ou Óxido de etileno ou sempre que sujo
PERMANENTE) Esterilização VBTF ou Autoclave
BIPAP: máscara Esterilização Óxido de etileno Entre pacientes e
com bojo insuflável sempre que sujo
BIPAP: máscara Desinfecção Termodesinfecção ou
com membrana ou VBTF, óxido de etileno ou Entre pacientes e
de silicone, (USO Esterilização Autoclave sempre que sujo
PERMANENTE)
BIPAP e CPAP:
- Sensores de Esterilização VBTF ou Entre pacientes e
pressão Óxido de etileno sempre que sujo
- Conectores
- Válvula exalatória
Cabo de Desinfecção Limpeza com água e sabão se- Entre pacientes e
laringoscópio guido de fricção com álcool 70% sempre que sujo
Cânula de Desinfecção ou Termodesinfecção ou Entre pacientes e
Guedel Esterilização VBTF ou Óxido de Etileno sempre que sujo
ou Autoclave
Capnógrafo Desinfecção Termodesinfecção ou Entre pacientes,
(adaptador com ou Esterilização Óxido de Etileno ou VBTF sempre que sujo e
sensor) ao trocar o circuito
Respirador Desinfecção ou Termodesinfecção ou VBTF Entre pacientes e
(Circuito) Esterilização Óxido de etileno ou autoclave sempre que sujo
Circuito Termodesinfecção ou Entre pacientes trocar o
Respirador Desinfecção ou VBTF ou óxido de etileno filtro antibacteriano e viral
(Centro Cirúrgico/ Esterilização ou Autoclave Trocar todo o circuito a
anestesia) cada 24 horas
Extensão de Descartável NÃO SE APLICA Entre pacientes
aspirador e sempre que sujo

172 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

MATERIAL TRATAMENTO TIPO FREQUENCIA DE TROCA


e OBSERVAÇÕES
Fio guia (mandril) Desinfecção ou Termodesinfecção, Após cada uso
Esterilização óxido de etileno ou autoclave
Frasco de vidro Desinfecção Termodesinfecção ou
para aspiração ou VBTF ou óxido de etileno Entre pacientes
(secreção Esterilização ou autoclave e sempre que cheio
respiratória)
Frasco para
aspiração de Descartável NÃO SE APLICA Entre pacientes
plástico (secreção e sempre que cheio
respiratória)
Inalador: Termodesinfecção ou Entre pacientes e
- copo Desinfecção VBTF ou óxido de etileno sempre que sujo ou
- máscara ou ou Autoclave semanal
- extensão Esterilização Após cada uso, secar e
guardar em saco plástico
limpo
Lâmina de Limpeza com água e sabão Após cada uso
laringoscópio Desinfecção seguido de fricção com Manter protegido em
álcool 70% ou termodesinfecção saco plástico
Máscara Esterilização Peróxido de hidrogênio ou Entre pacientes ou
“total face” VBTF ou óxido de etileno sempre que sujo
Máscara de Esterilização Termodesinfecção Entre pacientes ou
venturi VBTF ou Óxido de etileno sempre que sujo
Máscara para Desinfecção Termodesinfecção ou
traqueostomia ou VBTF ou autoclave Entre pacientes ou
(USO Esterilização ou óxido de etileno sempre que sujo
PERMANENTE)
Medidor de Limpeza com água e sabão Entre pacientes e
pressão do Desinfecção seguido de fricção sempre que sujo
“Cuff” com álcool 70%
Monitores e seus Desinfecção Fricção com álcool 70% ou Entre pacientes e
Acessórios conforme recomendação sempre que sujo
do fabricante
Nebulizador: Desinfecção Termodesinfecção ou Entre pacientes e sempre
- copo ou VBTF ou autoclave que sujo ou semanal
- máscara Esterilização ou Óxido de etileno Trocar a água diariamente,
- extensão desprezar resíduo antes
Oxímetro e Desinfecção Fricção com álcool 70% ou Entre pacientes e
acessórios conforme recomendação sempre que sujo
do fabricante

SUMÁRIO 173
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

MATERIAL TRATAMENTO TIPO FREQUENCIA DE TROCA


e OBSERVAÇÕES
Peak flow Descartável Não se aplica Trocar bocal e filtro
(bocal e filtro) entre pacientes

Esterilização VBTF ou óxido de etileno Entre pacientes e
(equipamento) e sempre que sujo
Umificador Desinfecção ou Termodesinfecção ou VBTF - Entre pacientes e
(de parede) Esterilização sempre que sujo ou
Óxido de Etileno semanal
Trocar a água diariamente,
desprezar resíduo antes
Tenda Desinfecção Limpeza com água e sabão
de oxigênio seguido de fricção com
álcool 70% Entre pacientes e
sempre que sujo ou
Capacete de Esterilização VBTF semanal
oxigênio ou óxido de etileno
Touca de tecido Limpeza Limpeza com água e sabão Entre pacientes e
(CPAP ou BIPAP) sempre que sujo
encaminhar a lavanderia
Trocador de Desinfecção ou Termodesinfecção ou VBTF Entre pacientes e
umidade e calor Esterilização ou óxido de etileno sempre que sujo
Válvula Desinfecção ou Termodesinfecção ou VBTF - Entre pacientes
unidirecional Esterilização ou óxido de etileno - Na troca do circuito
respiratório
- Sempre que sujo
Ventilômetro Desinfecção Álcool 70% Entre pacientes

VBTF - Vapor de baixa temperatura e formaldeído

174 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Prevenção de infecção do sítio cirúrgico


A infecção de sítio cirúrgico é a causa mais comum das infecções em pacientes
cirúrgicos. A infecção leva a considerável elevação dos custos no cuidado do paciente,
além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e mortalidade.

Medidas Preventivas
Tratar qualquer infecção que o paciente manifeste antes do procedimento cirúrgico,
a não ser que a cirurgia seja parte integrante do tratamento
 Instruir o paciente a parar de fumar 1 mês antes da cirurgia;

 Compensar as doenças de base (p.ex., diabetes);

 Reduzir o excesso de peso;

 Descontinuar o uso ou reduzir a dose de esteróide;

 Melhorar o estado nutricional do paciente;

 Diminuir ao máximo o tempo de internação pré-operatória;

 Examinar minuciosamente o paciente no pré-operatório, atentando para lesões de

pele que inviabilizem a cirurgia.



Pré-operatório
 Tricotomia
 Realizar apenas se houver interferência do pêlo com o procedimento cirúrgico e/ou

cuidado da ferida no pós-operatório;


 A área de remoção deverá ser determinada pelo médico cirurgião e ter a menor

extensão possível;
 Realizar imediatamente antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico;

 Cortar os pêlos sem lesar a pele e sem umedecê-lo. A remoção dos resíduos deverá

ser realizada com solução fisiológica recentemente aberta;


 Utilizar tricotomizador elétrico.

 Banho pré-operatório
Nas cirurgias eletivas, o banho deverá ser realizada com anti-séptico degermante
antes do encaminhamento para o centro cirúrgico, mesmo que a área cirúrgica seja
pequena p.ex., blefaroplastia, rinoplastia, etc.

Centro Cirúrgico
 Degermação da pele do paciente
 Utilizar solução anti-séptica degermante;

 O excesso de degermante poderá ser removido com solução fisiológica e compressa

estéril.

SUMÁRIO 175
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 A seguir utilizar solução anti-séptica* alcoólica com o mesmo princípio ativo do


degermante utilizado (PVPI ou clorexidina);
 A aplicação deverá ser do centro para a periferia, com secagem espontânea.

OBS:
Em cirurgias oftálmicas, o PVPI (tópico) ou solução aquosa (clorexidina) pode ser
utilizado. Em cirurgias plásticas de face e ginecológica recomenda-se clorexidina
(tópica).
Em cirurgias laparoscópicas a mesma recomendação quanto à tricotomia, degermação
e antissepsia deve ser seguida.
*A clorexidina alcoólica é mais eficiente na redução da microbiota da pele e possui
maior ação residual quando comparada ao PVPI.

Preparo da equipe cirúrgica


 Degermação das mãos
 Manter as unhas curtas e retirar jóias das mãos e antebraços;

 Utilizar solução antisséptica degermante, escova estéril com cerdas macias e de uso

individualizado. Descartar após o uso;


 Escovar meticulosamente as mãos e antebraços, com ênfase nos espaços interdigitais

e leitos sub-ungueais por 5 minutos;


 Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima;

 Enxugar as mãos e antebraços com compressas esterilizadas.

 Paramentação da equipe
Todos os profissionais que estiverem na sala cirúrgica devem seguir as seguintes
recomencações:
 Utilizar gorro cobrindo todo o cabelo;

 Utilizar máscara cobrindo totalmente a boca, o nariz e os pêlos da face ao entrar

na sala, desde o início da cirurgia ou se instrumentais estéreis estiverem expostos.


 Utilizar sapatos fechados e limpos. Apesar de não haver evidência de que o uso

do propé reduza os índices de infecção do sítio cirúrgico, deverá ser mantido com a
finalidade de proteger o calçado de respingos com sangue, secreções e excreções;
 Usar avental e luvas estéreis (a equipe que estiver no ato operatório);

 Utilizar aventais impermeáveis quando a cirurgia oferecer risco de exposição a grande

quantidade de sangue e fluidos corporais.

 Outras informações:
 Utilizar óculos ou similares para a proteção individual da mucosa ocular;
 O avental e as luvas deverão ser trocados se ocorrer contaminação durante o ato

operatório;

176 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Se ocorrer dano às luvas, estas deverão ser trocadas;


 A roupa privativa é de uso exclusivo e interno ao CC. É proibida a utilização da
roupa privativa fora do CC;
 Realizar troca de luvas antes do implante de próteses ou enxertos, antes do

fechamento da pele e subcutâneo em cirurgias infectadas e antes do 2º tempo de


cirurgias artroscópicas e urológicas;
 O uso de dois pares de luvas (luva dupla) pode ser uma opção para reduzir o risco

ocupacional por acidentes com sangue e fluidos corpóreos;


 A paramentação básica de outros profissionais na sala operatória deverá incluir

o uso de gorro, máscara, roupa privativa e equipamento de proteção individual


quando necessário;
 O anestesista que for inserir cateter venoso central deverá utilizar paramentação

completa, realizar a degermação e antisepsia da pele do paciente e cobri-lo com


campos cirúrgicos estéreis antes da punção;
 A roupa privativa é de uso exclusivo e interno ao centro cirúrgico.

 Cuidados com material utilizado no Centro Cirúrgico


 Todo instrumental utilizado na cirurgia deve ser esterilizado;
Não utilizar rotineiramente métodos de esterilização rápida (tipo flash);
 Atentar para o prazo de validade de esterilização do produto e as condições das

embalagens e artigos cirúrgicos;


 A utilização do ciclo flash das autoclaves só pode ocorrer em casos de urgência,

como em contaminação acidental de instrumental cirúrgico do procedimento em


curso, e quando não houver a possibilidade de substituição.

 Preparo e manutenção da sala de cirurgia


 Realizar a limpeza concorrente entre cirurgias e terminal diária seguindo as
recomendações do Serviço de Higiene e Limpeza deste Hospital;
 A sala operatória deverá ficar fechada durante a cirurgia, com o objetivo de manter:

- as condições de ventilação e trocas de ar dentro das normas estipuladas;


- a umidade e temperatura adequadas;
- a pressão positiva dentro da sala em relação aos corredores;
- o número mínimo de pessoas dentro da sala;
- apenas o material necessário para cada cirurgia dentro da sala operatória.
 Não fechar a sala ou realizar limpeza especial após cirurgias contaminadas ou

infectadas.

Princípios básicos de profilaxia antimicrobiana


Nos procedimentos cirúrgicos em que estiver indicado profilaxia antimicrobiana, esta

SUMÁRIO 177
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

deverá ser realizada da seguinte forma:


 Escolha da droga: específica para cada procedimento, evitando utilizar drogas

reservadas para o tratamento de infecções hospitalares ou com grande toxicidade.


 Via: sempre endovenosa.

 Momento de início: durante a indução anestésica (exceto em obstetrícia em que

a profilaxia é indicada após o clampeamento do cordão umbilical).


 Doses suplementares: serão administradas quando necessárias, durante a cirurgia

ou após o fechamento da incisão.


 Duração: não superior a 24 horas (a concentração tecidual do antimicrobiano

durante o ato cirúrgico é considerada suficiente).


 Responsabilidade da administração: Anestesista.

Ver Padronização de Antibioticoprofilaxia

 Cuidados com a ferida operatória - recomendações gerais:


 Manter curativo fechado nas primeiras 24 horas (gaze com micropore ou curativo
absorvente);
 Para retirar o curativo: higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;

 Retirar o curativo umedecendo com solução fisiológica *;

 Se a ferida apresentar-se limpa e seca, deixá-la descoberta (não há necessidade de

realizar curativo);
 Se a ferida apresentar secreção hemática ou sero-hemática, realizar limpeza do local

com solução fisiológica* realizando movimentos delicados do centro da ferida para a


periferia, utilizando luvas estéreis ou pinças estéreis e cobrir a ferida;
 Não utilizar anti-séptico para a realização dos curativos;

 Trocar o curativo quando sujo e/ou úmido;

 Proteger o curativo no momento do banho e realizar novo curativo imediatamente

após o banho;
 Higienizar as mãos após a realização do curativo;

 Em feridas infectadas consultar o grupo de curativo de seu Instituto pois há opções

de curativos especiais;
 A retirada dos pontos deverá seguir a orientação do cirurgião;

 Não há consenso quanto à necessidade do curativo permanecer ocluído após as 24h.

* A solução fisiológica deverá ser aberta no momento de realizar o curativo e


desprezada logo após o uso.

178 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Recomendações para o uso de antissépticos


 Solução Degermante (clorexidina 2% ou PVPI 10%)
 Preparo das mãos do profissional de saúde, antes da realização de procedimentos
invasivos, p.ex., cirurgias, instalação de cateteres vasculares e urinários.
 Degermação das mãos do profissional de saúde após cuidado do paciente

colonizado ou infectado por patógenos multiresistentes, ex. Acinetobacter baumannii


e Pseudomonas aeruginosa resistentes a imipenen, cefalosporinas e quinolonas,
Staphylococus aureus sensível somente a vancomicina.
 Degermação da pele do paciente, antes de procedimentos invasivos (p.ex, cirurgia,

cateter venoso central). Após a degermação realizar anti-sepsia com solução alcoólica.

Observações
 Não usar para curativos.
 Não usar em mucosas.

 Solução Alcoólica (clorexidina 0,5% ou PVPI 10%)


 Preparo pré-operatório da pele do paciente após degermação.
 Preparo da pele do paciente para realização de procedimentos invasivos percutâneos,

ex. biópsias, instalação de cateteres vasculares, diálise, etc.


 Preparo da pele do paciente antes da coleta de material biológico para a realização

de exames microbiológicos.
 Realização de curativo de local de inserção de cateteres vasculares.

Observações
 Não usar em mucosas.
 Não usar para a degermação/antissepsia das mãos do profissional de saúde.

 Não usar para curativos de ferida cirúrgica, úlceras de decúbito e outras lesões na

pele, etc.

 Solução de clorexidina tópica ou aquosa 2%


 Preparo de mucosas para realização de procedimentos cirúrgicos.
 Preparo de região genital antes da instalação de cateter urinário.

 Em procedimentos odontológicos.

Observações
 Não usar para preparo de pele do paciente cirúrgico.
 Não usar para degermação/anti-sepsia das mãos de profissionais de saúde.

 Não usar para curativo da ferida cirúrgica ou de lesões de pele e mucosa.

SUMÁRIO 179
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Considerações Gerais:
 Em recém-nascidos, utilizar solução de clorexidina para procedimentos invasivos,
incluindo cirurgia.
 Em cirurgias oftalmológicas o PVPI tópico pode ser utilizado.

 Em cirurgias plásticas de face e ginecológicas recomenda-se o uso de clorexidina

tópica

Recomendações para o uso de antissépticos

PROCEDIMENTO ANTI-SÉPTICO DE ESCOLHA ALTERNATIVA


Procedimentos Clorexidina degermante 2% PVPI degermante 10%
invasivos
Cuidados com
HIGIENIZAÇÃO pacientes em Clorexidina degermante 2% Álcool gel a 70%
DAS MÃOS isolamento
Cuidados com Água e sabão ou
pacientes em Não recomendado Álcool gel a 70%
geral
CATETER VENOSO Inserção e Clorexidina alcoólica 0,5% PVPI alcoólico 10%
CENTRAL E Curativo
PERIFÉRICO Manipulação Álcool etílico a 70% Clorexidina
alcoólica 0,5%
CATETER VESICAL Inserção Clorexidina degermante 2% PVPI tópico 10%
Manipulação Não indicado uso de Não indicado uso de
anti-séptico anti-séptico
CIRURGIA Banho Clorexidina Água e sabão
pré-operatório degermante 2%
Escovação
cirúrgica das Clorexidina degermante 2% PVPI degermante 10%
mãos
Degermação da Clorexidina degermante 2% PVPI degermante 10%
pele do paciente
Anti-sepsia da Clorexidina alcoólica 0,5% PVPI alcoólico 10%
pele do paciente
Curativo de Não indicado uso de Não indicado uso de
ferida cirúrgica anti-séptico anti-séptico

180 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Tuberculose – Biossegurança e Precaução Respiratória


 Proteção respiratória:
 Profissionais de Saúde devem utilizar máscara N95 (equivalente PFF2) ao entrar
em contato com pacientes com suspeita ou confirmação de Tuberculose bacilífera,
ou em ambientes com alto risco de gerar aerossóis (Exemplo: salas de broncoscopia,
inalação com pentamidina, salas de autópsia, manipulação de material biológico
potencialmente contaminado);
 As máscaras N95 (PFF2) podem ser reutilizadas por períodos longos pelo mesmo

profissional enquanto apresentar-se íntegra, seca, limpa e com boa vedação;


 As máscaras cirúrgicas comuns não oferecem proteção adequada quando

utilizadas pelos profissionais, ficando seu uso restrito na contenção das partículas
no momento em que são geradas. Assim, são indicadas para os pacientes bacilíferos
fora dos locais de isolamento;

 Pacientes internados - mantê-los em PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA PARA


AEROSSÓIS:
 Quarto individual;

 Pressão negativa em relação às áreas adjacentes;

 A exaustão do ar deve ser feita para ambiente externo (longe de calçadas, janelas

que podem ser abertas, pessoas, animais e correntes de ar). Se o ar for recirculado
deve ser filtrado através de filtro HEPA;
 No caso do paciente necessitar ser transportado, este deve utilizar máscara cirúrgica

cobrindo boca e nariz;


 Não havendo a disponibilidade de quarto com pressão negativa, colocar em quarto

individual com portas fechadas e desligar o ar condicionado.

 Pacientes ambulatoriais:
 Agendar as consultas ao longo do turno, priorizando o atendimento de pacientes
bacilíferos e suspeitos;
 Agendar as consultas de pacientes bacilíferos em horas de menor fluxo;

 Oferecer máscara cirúrgica para pacientes bacilíferos ou suspeitos;

 Somente utilizar ar condicionado desde que instalados exaustores ou filtros HEPA.

 Durante a consulta:
 Manter as janelas abertas para ambiente externo quando possível;
 Direcionar o fluxo de ar para a janela (ou porta) da sala de atendimento utilizando

ventilador de pé, de modo que o ar forme uma “barreira” entre o médico e o paciente;
 Exaustores podem ser utilizados desde que a porta seja mantida fechada.

SUMÁRIO 181
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

 Transporte de paciente
 O paciente deve utilizar máscara cirúrgica;
 Minimizar número de transportes;

 Agendar exames preferencialmente ao final do turno;

 O paciente não deve ficar na sala de espera antes ou após a realização do exame.

 Conduta no seguimento dos servidores com exposição desprotegida a


pacientes bacilíferos
As Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCCIH), deverão definir os
contactantes a serem avaliados pelo SAMSS.
O SAMMS convocará os contactantes para avaliação clínica dirigida a sintomas
respiratórios, e solicitação do teste tuberculínico naqueles com resultado ignorado.
Dependendo da avaliação, solicitar radiografia de tórax e/ou pesquisa e cultura para
micobactéria com teste de sensibilidade.
Os comunicantes com PPD fortemente positivo, caso se afaste a possibilidade de TB
ativa, serão encaminhados ao ambulatório de tuberculose para avaliação de profilaxia.
Os comunicantes com PPD negativo deverão ser re-testados doze semanas após a
exposição.
Em se comprovando a viragem tuberculínica, afastar TB ativa e, na ausência desta,
encaminhar ao ambulatório de tuberculose para avaliação de profilaxia.
Os pacientes com diagnóstico de TB deverão ser encaminhados para acompanhamento
no ambulatório de Tuberculose ou Pneumologia.
Afastar o funcionário com suspeita de TB pulmonar ou laríngea, até que este não
ofereça risco de contágio (3 baciloscopias negativas com 24 horas de intervalo, colhidas
após 15 dias de tratamento.
Notificar os casos suspeitos ou confirmados ao Serviço de Epidemiologia Hospitalar
(EPH) assim que atendidos no SAMMS. O Serviço de Epidemiologia notificará às
Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCCIH).
As empresas terceirizadas que prestam serviço ao Complexo HC deverão se adequar
às normas de controle descritos acima.

182 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Vacinação de profissionais de saúde


Todos os adultos devem receber as vacinas recomendadas para sua faixa etária. A
imunização dos profissionais de saúde tem como objetivo a proteção individual
do trabalhador contra doenças às quais esses indivíduos estão mais expostos, em
decorrência de sua profissão. A imunização dos trabalhadores de instituições de saúde
visa, também, a prevenção da transmissão nosocomial dessas doenças, particularmente
para pacientes com risco aumentado de doenças graves e/ ou suas complicações.

Tabela 1. Esquema básico de vacinação para profissionais de saúde:

Vacina Esquema básico Reforço


dT (dupla adulto, (contra 3 doses, com intervalos 1 dose a cada
difteria e tétano) 1 de 2 meses 10 anos
SCR (tríplice viral, contra
sarampo, caxumba e 1 dose Não
rubéola) 2, 3, 4
Varicela 2, 4, 5 2 doses, com intervalo Não
de 2 meses
Influenza 2, 6 1 dose anual
Hepatite B 6, 7 3 doses (0, 1 e 6 meses) Não 8

1. Esquema completo de 3 doses da vacina dupla adulto (dT) é necessário para alcançar
nível adequado de proteção contra tétano e difteria em pessoas presumivelmente não
vacinadas no passado. Indivíduos vacinados na infância e que receberam última dose
há e 10 anos, uma dose da vacina é suficiente para alcançar títulos de anticorpos
protetores contra ambas as doenças. Indivíduos com esquema inicial incompleto
devem receber número de doses necessárias para completar o esquema básico,
não havendo necessidade de re-iniciar o esquema. O uso de doses adicionais pode
aumentar a reatogenicidade, sem acrescentar qualquer vantagem.

2. Recomendada para todos os trabalhadores de uma instituição de saúde,


independente de sua ocupação e de terem ou não contacto direto com pacientes.

3. São consideradas evidências aceitáveis de imunidade contra sarampo, caxumba


e rubéola: teste sorológico positivo para anticorpos específicos, documentação de
vacinação prévia adequada e história de doença diagnosticada por médico. Relato
de vacinação prévia sem documento comprobatório e história auto-referida de

SUMÁRIO 183
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

doença não são critérios confiáveis para predizer imunidade. Não há necessidade de
triagem sorológica pré-vacinação. Pelo contrário, triagem sorológica pode constituir
uma barreira à imunização adequada. Da mesma forma, não há necessidade de
comprovação sorológica para aqueles que apresentarem outra evidência de imunidade
(vacinação adequada ou doença passada adequadamente diagnosticada). O esquema
recomendado é de dose única no momento de admissão ao trabalho, ou durante o
curso, no caso de estudantes.

4. A vacina é contra indicada para imunodeprimidos e gestantes, por ser de vírus


vivos atenuados.

5. Todos os profissionais de saúde suscetíveis devem ser vacinados contra varicela. Ao


contrário do que ocorre com o sarampo, a história clínica positiva de varicela (ou herpes
zoster) prévia é confiável na avaliação de imunidade contra a doença. Entretanto, a
maioria dos adultos com história negativa ou incerta também são soropositivos para
o vírus da varicela-zoster (VVZ). É recomendada a triagem sorológica dos profissionais
com história clínica de varicela negativa ou incerta, exceto se houver contra-indicação
à vacina. A realização de teste sorológico pós-vacinação não é necessária (Figura 1).

6. Gestação e lactação não constituem contra-indicações à vacinação.

7. Todos os profissionais cujas atividades envolvam contacto regular com pacientes ou


com sangue e outros fluidos devem ser vacinados contra hepatite B. Estudantes da área
da saúde devem ser vacinados antes do início de seu treinamento.
Os profissionais de saúde podem ser vacinados sem serem submetidos à triagem
sorológica prévia. Mas, por conta de seu risco ocupacional e considerando que
condutas clínicas subseqüentes, em caso de exposição a sangue ou outros fluidos,
serão dependentes do conhecimento de seu “status” sorológico, profissionais de saúde
devem realizar teste sorológico - pesquisa de anticorpos contra o AgHBs (anti-HBs),
30 a 60 dias após a última dose da vacina. Títulos de anticorpos anti-HBs iguais ou
maiores que 10 mUI/ml são considerados protetores.
Re-vacinação, com três doses adicionais da vacina, é recomendada para os que não
responderam ao esquema básico. Não há evidências de que doses adicionais da vacina
sejam capazes de induzir resposta humoral em pessoas saudáveis que não responderam
após o segundo esquema vacinal completo (seis doses). Profissionais da saúde que
não apresentaram resposta humoral após o segundo esquema vacinal devem ser
considerados suscetíveis à hepatite B, devendo receber profilaxia específica em caso de
acidente ocupacional com exposição a sangue de pacientes AgHBs positivo (Figura 2).

184 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

8. O desenvolvimento de resposta humoral protetora após a vacinação (anti-HBs e” 10


mUI/ml) é associado à imunidade de memória de longa duração, que persiste mesmo
quando os títulos de anticorpos caem para níveis indetectáveis, não havendo, portanto,
necessidade de doses de reforço da vacina para pessoas saudáveis.

Figura 1. Fluxograma para imunização de profissionais de saúde contra varicela.

História prévia de varicela (ou


herpes zoster)

Sim Não ou desconhecida

Encerrar. Vacinar: 2 doses com


Não há necessidade intervalo 2 meses.
de vacinação, nem de Não há necessidade de
comprovação sorológica teste sorológico pós-
vacinação

SUMÁRIO 185
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Figura 2. Fluxograma de imunização contra hepatite B para profissionais de saúde.


Modificado de Poland [1998].

Vacina contra hepatite B


3 doses (20 µg)

Teste sorológico (anti-HBs)

< 10 mUI/ml > 10 mUI/ml

O teste foi realizado 1 a encerrar


6 meses após a última
dose?

não sim

Aplicar 1 dose da vacina (20 Administrar 2º esquema


µg) e repetir o anti-HBs 4 a 12 (3 doses de 40 µg)
semanas após

> 10 mUI/ml < 10 mUI/ml

encerrar Completar 2º Repetir o anti-HBs após 4 a


esquema 12 semanas

< 10 mUI/ml > 10 mUI/ml

Verdadeiro não respondedor encerrar

186 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de Antimicrobianos
de Infecção Hospitalar

Doses de antimicrobianos

Função renal normal

DOSES
Antimicrobiano Pediátrica (dose/kg/dia) Adulto (dose/dia) Intervalo
Ácido Nalidíxico 33-55 mg 2-4 g 6h
Amicacina 15 mg 15 mg/kg/dia d.u. diária
Amoxacilina + 20-50 mg de 0,75-1,5 g 8-12h
Ácido Clavulânico Amoxacilina
Ampicilina IV 100-400 mg 2-12 g 6h
Ampicilina VO 50-100 mg 1-2 g 6h
Ampicilina + 100-400 mg de 6-12 g 6h
Sulbactam Ampicilina
Anfotericina B* 0,5-1,5 mg idem 24h
Anfotericina B* 3-5 mg idem 24h
Coloidal
Anfotericina B* 3-5 mg idem 24h
Lipossomal
Azitromicina 5-10 mg 250-500 mg 24h
Aztreonam 75-150 mg 3-8 g 6-8h
Cefaclor 40 mg 0,75-1,5 g 8h
Cefadroxila 30 mg 1-2 g 12h
Cefalexina 25-100 mg 1-4 g 6h
Cefalotina 50-125 mg 2-12 g 6h
Cefazolina 50-100 mg 2-6 g 8h
Cefepima 100-150 mg 2-4 g 8-12h
Cefixima 8 mg 400 mg 12-24h
Cefoperazona 50-200 mg 2-4 g 8-12h
Cefotaxima 100-200 mg 2-12 g 6h
Cefotetana 40-80 mg 2-6 g 12h
Cefoxitina 100-150 mg 4-12 g 6h
Cefpodoxima proxetila 10 mg 200-800 mg 12-24h
Cefprozila 15-30 mg 0,5-1 g 12h
Ceftazidima 100-150 mg 2-6 g 8h
Ceftriaxona 50-100 mg 1-4 g 12-24h
Cefuroxima IV 75-150 mg 2,25-4,5 g 8-12h
Cefuroxima VO 20-30 mg 0,5-1 g 8-12h
Cetoconazol 5-10 mg 200-400 mg 12-24h
Ciprofloxacino IV 10-20 mg 400 - 800 mg 12h
Ciprofloxacino VO 20-30 mg 1 – 1,5 g 12h
Claritromicina 15 mg 0,5-1 g 12h

SUMÁRIO 187
Doses de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

DOSES
Antimicrobiano Pediátrica (dose/kg/dia) Adulto (dose/dia) Intervalo
Clindamicina IV 20-40 mg 1,8 - 2,7 g 6-8h
Clindamicina VO 20-30 mg 0,6 -1,8 g 6h
Cloranfenicol 50-100 mg 2-4 g 6h
Colistina 2,5 mg 4-6 milhões UI ou 8-12h
3 a 5 mg/kg/dia
atinox 300mg**
Doxiciclina 2,5-5 mg 100-300 mg 12-24h
Eritromicina 30-50 mg 1 - 4 g 6h
Fluconazol 3-10 mg 100-400 mg 24h
Gentamicina 7,5 mg 3-5 mg/Kg/dia d.u. diária
Griseofulvina 10-15 mg 0,5-1 g 12h
Imipenem + 50-100 mg 2-3 g 6-8h
Cilastatina
Itraconazol 3-6 mg 200-400 mg 12-24h
Meropenem 60-120 mg 1,5-6 g 8h
Metronidazol 30-50 mg 1,5 - 2 g 6-8h
Nitrofurantoína 5-7 mg 400 mg 6h
Oxacilina 100-300 mg 6-12 g 4-6h
Penicilina G benzatina 25.000-50.000 UI 1.200.000 UI dose única
Penicilina G cristalina 100.000-400.000 UI 4-30 milhões UI 4-6h
Penicilina G procaína 50.000 UI 0,6-4,8 milhões UI 12-24h
Penicilina V 25-50 mg 0,75-2 g 6-8h
Piperacilina + 150-400 mg de 12 g 6h
Tazobactam Piperacilina
Sulfametoxazol + 20-40 mg de 400-800 mg 12h
Trimetoprim Sulfametoxazol
Teicoplanina 10-20 mg 400 a 800mg 12-24h
Tetraciclina 25-50 mg 1-2 g 6h
<20 Kg : 125 mg
Terbinafina 20-40 Kg : 250 mg 500 mg 24h
>40 Kg : 500 mg
Ticarcilina + 200-400 mg de 4-16 g 6h
Ácido Clavulânico Ticarcilina
Vancomicina 40-60 mg 2 g 6 - 12h

** checar apresentações pois há grande variedade entre marcas.


* A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de pré-medicação para
minimizar os efeitos colaterais:
• Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;
• SF 0,9% 500 mL 1h antes e 1h após o término da infusão (se condições clínicas permitirem);
• Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);
• Se os tremores não forem controlados, utilizar solução decimal de dolantina IV.

188 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de Antimicrobianos
de Infecção Hospitalar

Função renal alterada


Considerações sobre antimicrobianos e função renal
 A creatinina plasmática (Cr) é um mau marcador da filtração glomerular (FG).

Geralmente a Cr eleva-se quando a FG já está comprometida em pelo menos 50%.


 Utilizar fórmulas de estimativa da FG, como a Equação de Cockroft, que leva em

consideração sexo, peso e idade.

Cl Cr (ml/min)= (140 – idade) x peso/creatinina sérica (mg/dl) x 72

Mulheres = multiplicar por 0,85

 Existem grupos de risco para nefrotoxicidade para os quais a monitorização criteriosa

da função renal, a correção de doses e a aplicação de medidas preventivas estão


indicadas.
 Grupos de risco:

- idade > 65 anos


- desnutridos
- pacientes hipovolêmicos ou hemodinamicamente instáveis
- disfunção renal prévia: Cr basal maior que 1,4 mg/dl ou FG calculada < 60 ml/min.
- diabéticos, hepatopatas, nefróticos, cardiopatas, oncológicos
- associação com drogas nefrotóxicas

Considerações especiais sobre nefrotoxicidade


 Aminoglicosídeos
 Nefrotoxicidade: neomicina > genta = tobra > amicacina > estreptomicina
 Maior risco: associação com diuréticos e outras drogas nefrotóxicas

 Diminui o risco de nefrotoxicidade: dose única diária (não indicado para

neutropênicos, nem endocardite)

 Vancomicina Clearance Intervalo


(ml/min) (dias)
 Nefrotoxicidade questionável, mas provável, principal-
120 0,5
mente quando combinada a outros agentes 100 0,6
nefrotóxicos, em particular aos aminoglicosídeos 80 0,75
 Cálculo de intervalo conforme tabela 60 1
40 1,5
 Colher vancocinemia no vale (imediatamente antes
30 2
da próxima dose) e aplicar nova dose se estiver na faixa 20 2,5
terapêutica (5-10) 10 4
 Nefrotoxicidade associada a nível sérico > 20 mg/ml 5 6
0 12

SUMÁRIO 189
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos

 Imipenem
Não é nefrotóxico mas considerar o risco de convulsão quando FG diminuída.

 Anfotericina B
 Maior risco: dose acumulada > 3g (até 80%), disfunção renal prévia
 O risco de nefrotoxicidade diminui quando: hidratação com salina antes da infusão,

infusão lenta em 4-6h ou contínua em 24h


 Indicações de formulações lipídicas: Cr > 2x o limite superior do normal para a idade

 Distúrbios eletrolíticos que podem preceder ou acompanhar a queda da FG:

hipomagnesemia, hipocalemia e acidose metabólica (renal).

 Sulfas
Risco de precipitação de cristais

 Trimetoprim
 Risco de hipercalemia

 Cefepime
Risco de alterações de consciência e crise convulsivas parciais em pacientes com
FG diminuída.

 Aciclovir
Maior risco: disfunção renal prévia, altas doses, infusão rápida

Nefrite Intersticial Alérgica (NIA)


 Drogas classicamente associadas com a NIA: rifampicina (principalmente com uso
intermitente), oxacilina, ampicilina, cefalosporinas, sulfametoxazol-trimetoprim,
vancomicina e quinolonas.
 Suspeita: “rash” cutâneo, febre e eosinofilia acompanhando a diminuição da FG,

(somente em 30% dos casos todos esses aspectos clínicos estão presentes)

Drogas que não precisam de correção


Abacavir, azitromicina, caspofungina, ceftriaxone, cloranfenicol, clindamicina,
doxiciclina, efavirenz, indinavir, nelfinavir, nevirapina, pirimetamina

190 SUMÁRIO
Droga Dose Clearance Clearance Clearance Apresentação HC Observações
normal 50-90 10-50 < 10
Aciclovir 5-12,4 mg/kg - 8/8h 8/8h 12/12h ou 1x/d 2,5 mg/kg 1x/d 250mg/ amp
Amantadina 100 mg 12/12h 100 mg 1x/d 100 mg 48h 100 mg 7dias 100 mg/cp
Amicacina 15 mg/kg 1x/d 10 mg/kg 1x/d 7,5 mg/kg 48h 3 mg/kg 48h 50 mg/ml ou
(e Estreptomicina) 250 mg/ml
Amoxicilina 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h 500 mg 12/12h 500 mg 1x/d 500 mg/cp
Amoxicilina 500 mg/125 8/8h 500 mg/125 8/8h 12/12h 1x/d 500 mg/125 mg /cp reduzir intervalo
+ ác. Clavulânico da dose de
amoxicilina
Ampicilina 6/6h 6/6h 12/12h 1x/d 1 g/amp
Ampicilina + 2 g/1 g 6/6h 2 g/1 g 6/6h 2 g/1 g 12/12h 2 g/1 g 1x/d 2 g/1 g/amp
Sulbactam
Anfotericina B 1x/d 1x/d 1x/d 48h ver texto

SUMÁRIO
Aztreonam 2 g 8/8h 2 g 8/8h 1 g 8/8h 500 mg 8/8h 1 g/amp
Cefazolina 1 g 8/8h 1 g 8/8h 1 g 12/12h 1 g 1x/d 1 g/amp
Cefepima 2 g 12/12h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g 1x/d 1 g/amp
Cefotaxima 2 g 8/8h 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g/amp
Cefoxitina 2 g 8/8h 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g/amp
Recomendações para Prevenção

Ceftazidima 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 2 g 48h 1 g/amp


Doses

Cefuroxima 750-1500 mg 8/8h 750-1500 mg 750-1500 mg 750-1500 mg 750 mg/amp


de de

8/8h 12/12h 1x/d


Ciprofloxacino 400 mg 12/12h 400 mg 12/12h 200 mg 12/12h 200 mg 12/12h 200 mg/amp
Infecção

Claritromicina 500 mg 12/12h 500 mg 12/12h 250 mg 8/8h 250 mg 12/12h 250 mg/cp ou
500 mg/amp
Didanosina 200 mg 12/12h 200 mg 12/12h 200 mg 1x/d 100 mg /d 25 e 100 mg/cp
Antimicrobianos
Hospitalar

191
192
Droga Dose Clearance Clearance Clearance Apresentação HC Observações
normal 50-90 10-50 < 10
Eritromicina 500 mg 6/6h 500 mg 6/6h 500 mg 6/6h 500 mg 12/12h 250 mg/cp
Etambutol 1x/d 1x/d 36h 48h 400 mg/cp
Recomendações

Etionamida 250-500 mg 12/12h 100% 100% 50% 250 mg/cp


Fanciclovir 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h 500 mg 12/12h 250 mg 1x/d 250 mg/cp
Fluconazol 200 mg/d 200 mg/d 100 mg/d 100 mg/d
Doses de Antimicrobianos

Ganciclovir 5 mg/kg 12/12h 5 mg/kg 12/12h 2,5 mg/kg 1x/d 1,25 mg/kg 500 mg/ampola
(indução) 3x/semana
Ganciclovir 5 mg/kg 1x/d 2,5 mg/kg 1x/d 1,25 mg/kg 1x/d 0,625 mg/kg 500 mg/ampola
(manutenção) 3x/semana
Gatifloxacino 400 mg 1x/d 400 mg 1x/d 200 mg 1x/dh 200 mg 1x/d 400 mg/cp ou amp
(e Moxifloxacino)
Gentamicina 5 mg/kg 1x/d 4 mg/kg 1x/d 4 mg/kg 48h 2 mg/kg 48h 10 mg/ml ou
(e Tobramicina) 40 mg/ml

SUMÁRIO
Imipenem 500 mg 6/6h 500 mg 8/8h 250 mg 6/6h 250 mg 12/12h 500 mg/ampola
para Prevenção de Infecção Hospitalar

Isoniazida 400 mg/d 100% 100% 100% 100 mg/cp dar após diálise
Itraconazol 100-400mg/d 100% 100% 50% 100mg/cp
Lamivudina 150 mg 12/12h 150 mg 12/12h 50-150 mg 1x/d 25-50 mg 1x/d 150 mg/cp ou
10 mg/ml(vo)
Levofloxacino 500 mg 1x/d 500 mg 1x/d 250 mg 1x/d 250 mg cada 48h 500 mg/cp ou amp 1a dose = 500 mg
Linezolida 600 mg 12/12h 600 mg 12/12h 600 mg 12/12h 600 mg 12/12h 600 mg/cp ou amp em ClCr<10 dar
após dialise
Meropenem 1000 mg 8/8h 1000 mg 8/8h 1000 mg 12/12h 500 mg 1x/d 500 ou 1000 mg/amp
Metronidazol 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h 250 mg 8/8h 500 mg/amp
Nitrofurantoína 100 mg 100 mg evitar evitar 100 mg/cp
Droga Dose Clearance Clearance Clearance Apresentação HC Observações
normal 50-90 10-50 < 10
Ofloxacino 400 mg 12/12h 400 mg 12/12h 200 mg 12/12h 200 mg 1x/d 200 mg/cp ou
400 mg/amp
Penicilina 4-24 milhoes/d 100% 75% 25% variável
Pentamidina 1x/d 1x/d 1x/d 36h 300 mg/amp
Piperacilina + 4 g/500 mg 6/6h 4 g/500 mg 6/6h 2 g/500 mg 8/8h 2 g/250 mg 6/6h 4 g/500 mg/amp
Tazobactam
Pirazinamida 1,5-2g/d 100% 100% 50% 500 mg/d
Rifampicina 600 mg/d 600 mg/d 300-600 mg/d 300-600 mg/d 300 mg/cp dar após diálise
Sulfametoxazol + 8/8h 12/12h 18/18 h 1x/d 400 mg + 80 mg
Trimetoprim /cp ou amp
Teicoplanina 400 mg 12/12h 400 mg 1x/d 400 mg 48h 400 mg 72h 200 ou 400 mg/amp
Terbinafina 250-500 mg/d 250-500 mg/d 250-500 mg/d não se sabe - 125-250 mg/cp

SUMÁRIO
evitar
Tetraciclina 6/6h 8/8h 12/12h 1x/d 250 mg/cp
Ticarcilina + 3 g/100 mg 6/6h 3 g/100 mg 6/6h 1500 mg/50 mg 1500 mg/50 mg 3 g/100 mg/amp
ác. clavulânico 6/6h 12/12h
Vancomicina 1 g 12/12h 1 g 12/12h 1 g 24-96h 1 g 4-7d 500 mg/amp ver texto
Recomendações para Prevenção

Zalcitabina 0,75 mg 8/8h 0,75 mg 8/8h 0,75 mg 12/12h 0,75 mg 1x/d 0,75 mg / cp
Doses

Zidovudina 200 mg 8/8h ou 200 mg 8/8h ou 200 mg 8/8h ou 100 mg 8/8h 100 mg/cp ou
300 mg 12/12h 300 mg 12/12h 300 mg 12/12h 10 mg/ml
de Infecção
de Antimicrobianos
Hospitalar

193
Doses de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Função hepática alterada


 Antibióticos metabolizados no fígado, sem necessidade de ajuste no
hepatopata grave
 Amoxacilina-clavulanato

 Azitromicina

 Aztreonan

 Cefalotina

 Cefotaxima

 Ceftriaxone

 Claritromicina

 Fluconazol

 Levofloxacino

 Oxacilina

 Telitromicina

 Antibióticos metabolizados no fígado, com necessidade de ajuste no


hepatopata grave

ANTIBIÓTICO Dose
• Caspofungina • 35 mg/dia na doença hepática moderada
Sem dados na doença grave
• Clindamicina • Diminuir 30%
• Cloranfenicol • Atingir nível sérico 5-20ug/ml
• Itraconazol -
• Metronidazol • Diminuir 50%
• Quinupristina/dalfopristina -
• Voriconazol • 6mg/kg12/12hs 2 dias
• 2mg/Kg 12/12hs
• Sem dados na doença grave

 Antibióticos metabolizados no fígado com contra-indicação relativa no


hepatopata grave
 Cefotetan

 Cetoconazol

 Eritromicina

 Moxifloxacino

 Sulfonamidas

 Tetraciclinas

194 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de de Antimicrobianos
Infecção Hospitalar

Uso de Anti-infecciosos na Gestação

ANTIBIÓTICOS USO NA USO NA COMENTÁRIOS


GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Aminoglicosídeos • Se uso inevitável preferencial
Amicacina, Gentamicina, D S gentamicina, pois há mais estudos
Netilmicina,Tobramicina, de seu uso durante a gestação,
Estreptomicina sem relatos de teratogenicidade
• Compatível com aleitamento
materno
β-lactâmicos • Reação alérgica é o principal pro-
Penicilinas, penicilina com B S blema: indução de parto prematuro
inibidor de β-lactamase, por liberação de histamina
cefalosporinas, aztreonam • Pequena excreção no leite materno:
possíveis efeitos para o neonato
como modificação na flora intestinal
e reações alérgicas
• Ticarcilina: pode ser teratogênica
para roedores, devendo ser evitadas
em gestantes
• Piperacilina: usada entre 24 e 35
semanas em ruptura prematura de
membranas: não foram observados
efeitos adversos maternos ou fetais.
Pouco excretada no leite e conside-
rada compatível com amamentação
• Em estudo com grande número de
pacientes, o uso de amoxacilina-
clavulato foi associado com uma taxa
significativamente alta de enterocolite
necrotizante neonatal
• Aztreonam: estudos inconclusivos
no 1º trimestre da gestação: poten-
cial teratogênico não estabelecido
Imipenem-cilastatina C ND • Carbapenens: estudos animais não
demonstraram teratogenicidade, mas
aumento de abortos espontâneos
• Não encontramos na literatura es-
tudos que expliquem a diferença na
categorização entre meropenem e
imipenem
Meropenem B ?
Cloranfenicol C E • Sd do bebê cinzento:
– Fígado do RN não faz a conjugação
da droga: altas concentrações de
droga livre

SUMÁRIO 195
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)


ANTIBIÓTICOS USO NA USO NA COMENTÁRIOS
GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Clindamicina B E
Linezolida C
Macrolídeos • Eritomicicina:
Eritromicina, Azitromicina B - Não utilizar a formulação estolato
devido ao riso de hepatotoxicidade
- Compatível com amamentação
Espiramicina • Espiramicina:
– Difusão pela placenta é incomum,
entretanto se concentra na placenta e
alcança concentrações suficientes
para diminuir a transmissão de
toxoplasmose
– Não trata o feto infectado
– Ausência de relatos de alterações
fetais
– Excretado no leite materno em
concentrações bacteriostáticas
Claritromicina C • Claritromicina
– Poucos estudos e resultados
contraditórios:
– Passagem pela placenta em grandes
quantidades
– Base fraca, com concentração no
leite materno podendo ter efeitos no
TGI do RN
Metronidazol B E • Incompatível com aleitamento
materno
Nitrofurantoína B S • Ausência de relatos de efeitos
teratogênicos
• Seguro mesmo no 1º trimestre
• Evitar uso próximo ao parto (risco
de anemia hemolítica em RN com
deficiência de G6PD)
• Compatível com a lactação, mas a
OMS recomenda evitar uso no 1º
mês de lactação, em prematuros,
deficiência de G6PD e icterícia
Polimixinas C

196 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de Antimicrobianos
de Infecção Hospitalar

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)


ANTIBIÓTICOS USO NA USO NA COMENTÁRIOS
GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Quinolonas • Alta concentração em líquido
Ciprofloxacino, C E amniótico e sangue do cordão
Ofloxacino,Levofloxacino, umbilical
Moxifloxacino, • Segurança do uso na gravidez é
Norfloxacino controverso: Estudos em animais:
desenvolvimento de artropatias e
alterações ósseas e de peso em roe-
doresEstudos em humanos: não hou-
ve demonstração de alterações arti-
culares e estudos incluindo RN de
mulheres expostas no 1º trimestre
não mostraram aumento no risco de
mal-formações
• Concentrações menores passam
para o leite materno. Ofloxacino e
norfloxacino: menor concentração no
leite materno
Ácido nalidíxico E • Ácido Nalidixico:
– Não passa a placenta
– Sem efeitos teratogênicos (animais/
humanos)
– Ação sobre ácidos nucleicos: evitar
1º trimestre da gestação
– Não é recomendado na lactação
– Indução de anemia hemolítica e
depressão medular
– Evitar em RN com deficiência de
G6PD
Sulfonamidas/Trimetropin C Ver • Pode competir com a bilirrubina
comentários nos sítios de ligação de albumina,
quando administrado no final da
gestação: aumenta o risco de
kernicterus
• Pode causar anemia no RN devido à
deficiência de G6PD
• Sulfadiazina: evitar na amamen-
tação, especialmente em <1mês
• Cotrimoxazol: Compatível, evitar
em prematuros e em <1 mês e
deficiência de G6PD
Tetraciclinas D
Teicoplanina ? • Droga não aprovada pelo FDA

SUMÁRIO 197
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)


ANTIBIÓTICOS USO NA USO NA COMENTÁRIOS
GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Vancomicina C ND • Potencial risco para ototoxicidade e
nefrotoxicidade fetal
• Sd do homem vermelho: grande
liberação de histamina pode levar a
contração uterina intensa podendo
levar a parto prematuro

198 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de de Antimicrobianos
Infecção Hospitalar

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)


USO NA USO NA COMENTÁRIOS
ANTIFÚNGICOS GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Anfotericina B B ND • Não há relato de toxicidade
deoxicolato e durante a gravidez
formulações lipídicas • Poucos dados sobre uso na
lactação
• As formulações lipídicas tem menor
tamanho e altas maiores concen-
trações sangüíneas são detectadas,
podem ser fatores de passagem para
o leite materno e para o feto.
Caspofungina C • Não há estudos adequados em
mulheres grávidas
• Evidências de embriotoxicidade em
animais (ossificação incompleta do
crânio, aumento da reabsorção
óssea)
• Apresenta difusão placentária em
animais
• Excreção pelo leite
Fluconazol, C Fluconazol • Não devem ser usados na gestação:
Itraconazol, compatível evidências de teratogenicidade.
Cetoconazol Sérios riscos de mal formações com
Voriconazol e Cetoconazol
Voriconazol D
Flucitosina C ND
Terbinafina B

SUMÁRIO 199
Doses de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)

USO NA USO NA COMENTÁRIOS


ANTIPARASITÁRIOS GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Albendazol C S
Atovaquone C
Cloroquina C S
Ivermectina C
Mebendazol C S
Mefloquina C E
Pentamidina C ND
Pirimetamina C
Praziquantel B S
Quinidina C
Quinino X S Monitorar hemólise, icterícia
especialmente em prematuros e em
<1 mês

200 SUMÁRIO
Doses
Recomendações para Prevenção de de Antimicrobianos
Infecção Hospitalar

Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)


USO NA USO NA COMENTÁRIOS
ANTIVRAIS GESTAÇÃO LACTAÇÃO
(CATEGORIA (OMS)**
FDA*)
Aciclovir, Fanciclovir, B Aciclovir • Uso de aciclovir é preferido, pois
Valaciclovir compatível há mais estudos quanto a sua
segurança na gestação.
Amantadina e C • Nenhum estudo humano
Rimantadina adequado foi realizado
• Crianças expostas apresentaram
alterações cardio-vasculares
Cidofovir C
Foscarnet C • Apenas 1 relato de caso do uso de
foscarnet como tratamento em uma
gestante na 32º semana de gestação
não resultou em alterações para o
RN
• Uso na gestação deve ser reservado
para infecções com ameaça à vida
materna, onde o foscarnet é a única
opção
Ganciclovir C
Interferon C • Há poucos relatos com relação a
gestações de sucesso em mulheres
que foram tratadas com IFN no
tratamento de LMC e HCV durante a
gestação
Oseltamivir C • Estudos animais demonstram
alterações esqueléticas mínimas em
roedores de ambas as medicações
• Nenhum estudo humano
adequado foi realizado
Zanamivir B
Ribavirina X

* Categoria A: Estudos controlados em gestantes não apresentaram risco fetal; portanto uso seguro;
Categoria B: Estudos feitos em animais não demonstraram risco, porém não há estudos em humanos ou
animais reprodutivos controlados demonstrando efeitos adversos; usar com cautela;
Categoria C: Estudos em animais mostrando efeitos adversos (teratogênico, embriocida, etc.) e não há estudos
em humanos ou não há estudos controlados em humanos e animais; só usar se o benefício justificar o risco;
Categoria D: Há evidencia de risco fetal em humanos; só usar se o benefício eventualmente justifica o risco;
Categoria X: Há demonstração em estudos animais e humanos de elevado risco de anormalidades fetais;
droga contra-indicada

** S: compatível com amamentação


E: evitar durante amamentação
ND: sem dados disponíveis SUMÁRIO 201
202
Reconstituição Estabilidade Observações
Doses

Produto/forma Tempo de Concentração


farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Aciclovir 10 ml de água 12h temp. amb. 50 - 100 ml 12h temp.amb 1 hora ou mais <7mg/ml diminui
Recomendações

Fr/amp destilada estéril Sob refrigeração SG 5% sob refrigeração para preservar risco de flebite
Obs: não usar água pode precipitar, SF 0,9% pode precipitar, danos renais com 10mg/ml –
bacteriostática, pois mas se dissolve Ringer solução mas se dissolve adequada hidratação quando restrição
poderá precipitar em temp. amb e lactato em temp.amb hídrica
de Antimicrobianos

a solução
Amicacina 500mg Não requer Não requer Com 100 ou 24h temp.amb IM – Glúteos ou parte
Solução injetável 200 ml de; 2 dias sob lateral da coxa
Glicose 5%, refrigeração IV continua - 30 a
SF 0,9% 60 min em adultos ou
Ringer lactato crianças 1 a 2 horas
em recém-nascidos
Ampicilina 1g IM – 3,5ml de água Não requer Não requer
Fr/amp destilada estéril 1 hora em

SUMÁRIO
temp. amb
Tabela de diluição de antimicrobianos

IV – 10ml de água 4h sob 100 ml* SF 0,9% SF 0,9% - 8h à IV lento - 5min para
para Prevenção de Infecção Hospitalar

destilada estéril refrigeração Glicose pode ser temp. amb e 48h doses até 500mg e
ou bacteriostática utilizada, mas sob refrigeração. 10 a 15 min para
inativa-se rapida- doses que excedam
-mente a temp. SG 5% - 4 horas 100 mg/ml
amb. temp.amb IV – infusão de
4 a 8 horas
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Ampicilina IM – 2,7 ml água
sódica+sulbactam estéril com lidocaína Não requer Não requer
Fr/amp a 0,5% ou 2%
8h em temp.amb
IV – 3,2 ml de água 48h sob 50 ml a 100 ml 8h temp. amb
destilada estéril refrigeração SF 0,9% 48h sob Bolus – 3 min
refrigeração Infusão - entre
15 e 30 min
50 ml a 100 ml 4h temp.amb
SG 5% 4h sob
refrigeração
Anfotericina B 10 ml de água 24h em temp. Com 250 a 24h a temp.amb. Entre 2 e 6 horas ≤ 2,5 mg/ml em
Fr/amp destilada estéril, amb 500ml de 2 dias sob Incompatível com cateter central
não bacteriostática 7 dias sob SG 5% refrigeração SF 0,9% (causa ≤ 0,1mg/ml

SUMÁRIO
refrigeração precipitação da em veia periférica
anfotericina)
Proteger da luz
Anfotericina B 20 ml de água 24h em temp. Com 250 a 24h em temp. amb Se exceder 2 horas
complexo lipídico destilada estéril amb 500ml de de infusão, agitar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

Fr/amp 7 dias sob SG 5% 48h sob a bolsa.


Recomendações para Prevenção

refrigeração refrigeração Incompatível com


Doses

SF 0,9% (causa
precipitação da
anfotericina)
de Infecção

Anfotericina B 10 ml de água 24h em temp. Com 250 a 24h em temp. amb Entre 2 e 6 horas ≤ 2,5mg/ml em
dispersão coloidal destilada estéril amb 500ml de SG 5% (sem proteção Incompatível com cateter central
Fr/amp (concentração 7 dias sob da luz) SF 0,9% (causa ≤ 0,1mg/ml em
final de 5mg/ml) refrigeração 14 dias protegido precipitação da veia periférica
da luz. anfotericina)
de Antimicrobianos
Hospitalar

203
Reconstituição Estabilidade Observações

204
Doses

Produto/forma Tempo de Concentração


farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Anfotericina B 10 ml de água 24h em temp.amb Com 250 a 6h a temp.amb Infusão controlada 0,2 – 2 mg/ml
lipossomal destilada estéril 500 ml de em 120 min, pode
Recomendações

Fr/amp 7 dias sob SG 5% 11 dias sob ser diminuída se to-


refrigeração refrigeração -lerada para 60 min
Incompatível com
SF 0,9% (causa
de Antimicrobianos

precipitação da
anfotericina)
Azitromicina 4,8 ml de água 24h em temp.amb Com 250 a 24h a temp.amb Outros medica-
Fr/amp destilada estéril 500 ml de SG 5% -mentos não devem
(concentração final Ringer Lactato 7 dias sob ser infundido
de 100 mg/ml) SF 0,9% refrigeração simultaneamente
Benzilpenicilina 4 ml de lidocaina 24h a temp.amb Não requer Não requer Obter 300,000UI/ml
benzatina e procaine a 1% IV - não administrar

SUMÁRIO
Fr/amp
Benzilpenicilina IM – 3 ml de água Não requer Não requer 24h.temp.amb Aplicar em Glúteos
benzatina destilada estéril 7 dias sob ou parte lateral
para Prevenção de Infecção Hospitalar

Fr/amp refrigeração da coxa


Não administrar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

IV ou SC
Benzilpenicilina 5 ml de água 7 dias sob 50 ml a 100 ml Uso imediato IM - Glúteos ou parte
potássica cristalina destilada estéril refrigração de: SF 0,9% temp. amb lateral da coxa (até
Fr/amp SG 5% ou SF 0,9% SG 5% 24h sob 100.00UI/ml)
10 milhões de UI refrigeração IV continua (24h) -
diluir entre 1 a 2 10 milhões de UI
litros. IV lenta - 1 a 2h
Ringer Lactato Pode ser dada ainda
por infusão intratecal,
intraarticular,
intrapleural
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Caspofungina 10 ml de SF 0,9% ou 1h temp. amb 100 ml 24h temp.amb Infusão lenta 0,2 a 5 mg/ml
Solução injetável água destilada estéril SF 0,9% 48h sob em 1 hora
Não usar SG 5% refrigeração
Cefazolina 1g IM – 2,5 ml Não requer Não requer IM – em Glúteos ou
Fr/amp Lidocaina a 1% Cor amarelada – parte lateral da coxa
s/vasoconstritor pode ocorrer e não
24h a temp.amb significa perda de
10 dias sob potência
refrigeração
IV – 10 ml de água 50 a 100 ml 24h temp.amb Cor amarelada 10 – 20 mg/ml
destilada estéril Glicose 5% 96h sob Bolus – após recons-
água bacterisostática SF 0,9% refrigeração -tituição de 3 a 5 min.
SF 0,9% Ringer solução IV– infusão intermi-
e lactato -tente 30 a 60 min

SUMÁRIO
Cefepime IM – 2,4 ml de Não requer Não requer
Fr/amp solução lidocaina
a 1% 24h a temp.amb
7 dias sob
IV – 10 ml de água refrigeração 50 a 100 ml 24h a temp.amb Bolus – 3 a 5 min 1 – 40 mg/ml
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

destilada estéril Ringer lactato 7 dias sob Infusão - uso intermi-


Recomendações para Prevenção

e bacteriostática com SG 5% e 10% refrigeração -tente por aproxima-


Doses

SF 0,9% -damente 30 min


de Infecção
de Antimicrobianos
Hospitalar

205
206
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Cefotaxima sódica IM – 3 ml de água IM – aplicar entre
Recomendações

Fr/amp destilada estéril ou 3 a 5 min


lidocaina 1% sem
vasoconstritor 24h temp. amb
7 dias sob
Doses de Antimicrobianos

IV - 10 ml de água refrigeração 50 a 100 ml Com SG 5% e IV – infusão rápida


destilada estéril 13 semanas no SG 5% e 10% SF 0,9% 24h 3 a 5 min
freezer SF 0,9% temp. amb e 5 dias infusão intermitente
sob refrigeração de 15 a 30 min.
Demais uso imediato Não administrar com
aminiglicosídeo na
mesma bolsa
Cefoxitina sódica IM – 2 ml de água
Fr/amp destilada estéril ou

SUMÁRIO
lidocaina 1% sem
vasoconstritor
24h temp.amb
para Prevenção de Infecção Hospitalar

IV - entre 10 e 20 ml 48 h sob 50 a 100 ml 24h temp. amb; Bolus - Infusão entre concentração final
de água destilada refrigeração SG 5% e 10% 1 semana sob 3 a 5 min não exceder
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

estéril Ringer Lactato refrigeração Infusão intermitente 40mg/ml


SF 0,9% e continua em 30 e
60 min.
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Ceftazidima IM – entre 1,5 e 3 ml IM – Glúteos ou
Fr/amp água bacteriostática parte lateral da coxa
com lidocaina a 1%
24h a temp. amb
IV – entre 5 a 10 ml 7 dias sob 50 a 100 ml 24h a temp.amb Bolus - entre 3 a 5 min 1 - 40 mg/ml
de água destilada refrigeração SG 5% 10 dias sob infusão intermitente
estéril Ringer solução refrigeração de 30 a 60 min.
e Lactato Não adminstrar
SF 0,9% com aminiglicosídeo
na mesma bolsa.
Ceftriaxona sódica 10 ml de água 3 dias em temp. 50 a 100 ml em Contendo 100 mg/ml Bolus – 2 a 4min 10 a 40 mg/ml
Fr/amp destilada estéril amb dias sob Ringer solução é estável 3 dias a Infusão intermitente
refrigeração e lactato temp. amb e de 15 a 30min
SG 5% e 10% 10 dias sob Não adminstrar

SUMÁRIO
SF 0,9% refrigeração com aminiglicosídeo
na mesma bolsa
Ceftriaxona+ 3,6 ml da solução Não requer Não requer Não requer Administrar em 100 mg/ml
lidocaina 1% de lidocaina a 1% Glúteos ou parte
Fr/amp lateral da coxa
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Recomendações para Prevenção

Cefuroxima IM – 3 ml de água Não requer Não requer IM – Glúteos ou


sódica 750 mg destilada estéril ou parte lateral da coxa
Doses

Fr/amp lidocaina a 1%
24h temp. amb
IV – 8 ml de água 48h sob 50 a 100 ml Estável 24 temp. Bolus - de 3 a 5 min 1 a 30 mg/ml
de Infecção

destilada estéril refrigeração SG 5% amb. Para infusão intermi-


Bolsa – 100ml SF 0,9% 7 dias sob -tente ou continua
Glicose 10% refrigeração de 15 a 60 min
Ringer simples
e lactato
de Antimicrobianos
Hospitalar

207
208
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Cidofovir Não requer Não requer 100ml 24h temp. amb IV - 1 hora (deve ser 5mg/kg
Recomendações

Solução injetável SF 0,9% administrado com (recomendada)


probenicida) 3mg/kg
(insuficiência
renal- ajuste)
Doses de Antimicrobianos

Ciprofloxacino Bolsas de 100ml Não requer 200mg – 100ml Infusão em 60 min – Concentração não
Solução injetável disponíveis para uso de SG 5% redução de riscos de ultrapassar 2mg/ml
Diluição de 0,5 – irritação venosa.
2mg/ml – estável
Ciprofloxacino Fr/amp de 20 e 40ml Não requer 50 a 100ml 14 dias a temp.amb Infusão em 60 min – Concentração 0,5
Fr/amp (para diluição) SF 0,9% redução de riscos de a 2mg/ml
SG 5% irritação venosa.
Ringer lactato
Claritromicina 10ml de água 24h temp.amb 100 – 250ml 6h temp.amb Não deve ser admi- 2mg/ml

SUMÁRIO
Fr/amp destilada estéril 48h sob SG 5% 24h sob -nistrado IM ou IV
refrigeração SF 0,9% refrigeração direto
para Prevenção de Infecção Hospitalar

Infusão intravenosa
em 60 min
Clindamicina Não requer Não requer 100ml 16 dias temp. amb Não administrar IV IM – não mais de
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

Solução injetável SG 5% e 10% em bolus 600mg


SF 0,9% Infusão intermitente IV - não ultrapassar
(mínimo de 50ml) entre 20 a 60 min concentração de
Infusão continua 30mg/ml
Achei 18mg/ml
Cloranfenicol sódio 10ml de água 30dias em 100ml de SG 5% 30 dias temp.amb Para infusão IV ou não exceder
succinato destilada estéril temp.amb. SF 0,9% intermitente 100mg/ml
Fr/amp ou SG 5% Mudança de coloração
não significa perda
de eficácia
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Colistimetato sódico IM/IV - 2 ml de água Não requer 50 a 100ml 24 horas IM – Glúteos ou IM/IV – 2,5 a
1.000.000UI destilada estéril SG 5% e 10% parte lateral da coxa 5,0 mg /kg/dia
Fr/amp Ringer IV – infusão rápida
Inalatório – 3 a 4ml Ringer lactato de 3 a 10 min Inalatório –
de SF 0,9% SF 0,9% intermitente ou 50-75 mg
continua em 30 min
(cateter central)
Ertapenem sódico IM – 3,2 ml de IM – 1h IV – 50 ml de IV - 6h temp. amb IM – Glúteos ou ≤ 20mg/ml
Fr/amp lidocaina 1% sem SF 0,9% 24h sob refrigeração parte lateral da coxa
epinefrina (usar até 4h após IV – Infundir
IV – 10ml de água retirada) em 30 min
destilada estéril Não freezer
SF 0,9% ou água
bacteriostática

SUMÁRIO
Estreptomicina 5 ml de água 2- 4 semanas sob 100ml 24h temp.amb IM – Glúteos ou
Fr/amp destilada estéril refigeração, SF 0,9% parte lateral da coxa
escurecida não IV – infundir de
perde a potencia 30 a 60 min
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

Foscarnet Não requer Não requer 50 a 100ml 24h temp.amb Não administrar ≤ 12mg/ml – veia
Recomendações para Prevenção

Solução injetável (guardar em SG 5% 30 dias sob em bolus ou periférica


temp.amb) SF 0,9% refrigeração injeção rápida ≤ 24mg/ml – veia
Doses

central
de de

Fluconazol Pronto para uso Não requer 50 a 100ml 14 dias em IV – de 60 a 120 min não exceder
Solução injetável Obs: quando não 48h SF 0,9% temp.amb Não usar se concentração
Infecção

em bolsas SF 0,9% precipitado de 200mg/100ml


(100ml)
Antimicrobianos
Hospitalar

209
210
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Ganciclovir 10ml de água 12h temp.amb 100ml de: 5 dias em temp. Para infusão usar ≤ 10 mg/ml
Recomendações

Fr/amp destilada estéril Não recomendado SG 5% amb ou refrigera- filtro


não bacteriostática refrigeração 60 SF 0,9% ção não pode Precauções de
(concentração final dias em freezer ser congelado quimioterapia
de 50mg/ml) Infusão em 60 min
Doses de Antimicrobianos

Não administrar
IM, SC, rapida-
mente ou em bolus
Gentamicina Não requer Não requer Diluição entre 50 24h em temp.amb IM – diretamente
Solução injetável e 200ml de: 96 h sob IV – infusão entre
SG 5% e 10% refrigeração 30 e 120min
Emulsão
lipídica10%
SF 0,9%

SUMÁRIO
Imipenem+ IM – 2 a 3ml com 1h temp. amb Não requer Não requer IM - em Glúteos ou
cilastatina sódica lidocaina a 1% parte lateral da coxa
para Prevenção de Infecção Hospitalar

Formulação (sem epinefrina)


intramuscular
Fr/amp
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

Imipenem+ IV - diretamente 10h temp.amb. IV – 100ml SF 0,9% - 10h IV- infusão intermi- não exceder
cilastatina sódica na bag (100ml) 48h sob SG 5% e 10% temp. amb ou tente de 20 a 30 min 5mg/ml
Formulação refrigeração SF 0,9% 48 h sob
intravenosa refrigeração
Fr/amp Glicose - 4 h temp.
amb e 24h sob
refrigeração)
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Levofloxacino Em bolsas - não Não requer Em bolsas não 72h à temp.amb IV – em 60 min (in-
Solução injetável requer requer 14 dias sob -fusão em bolus risco
Fr/amp – 500mg 80ml: de SF 0,9% refrigeração de hipotensão)
em 20ml SG 5% 6 meses em Não administrar em
freezer cateter que se admi-
-nistrou misturas
contendo magnésio,
cálcio( cátions
multivalentes).
Linezolida Não requer Não requer 50 a 100ml - protegido da luz
Solução injetável SF 0,9% - IV – infusão entre
SG 5% 30 a 120 min
Ringer Lactato - não misturar com
outra medicação

SUMÁRIO
- cor amarelada não
diminuição da potência
Meropeném 500mg – 10ml de 2h temp.amb 50 a 250ml: SF 0,9% - 2h temp. IV bolus – 3 a 5 min 50mg/ml
Fr/amp água destilada estéril 12h sob SF 0,9% amb e 18h sob (volume de 5 a 20ml)
1g – 20ml de água refrigeração SG 5% refrigeração. IV infusão –
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

destilada estéril Em mini bags 24h 15 a 30 min


Recomendações para Prevenção

Obs; pode ser recons- SG 5% - 1h em


Doses

-tituído diretamente temp. amb e 18h


de de

100ml de sob refrigeração,


SF 0,9% em mini-bag
SG 5% 6 horas
Infecção

Metronidazol Não requer Não requer 50 a100ml 24h temp.amb Infusão continua
Solução injetável SG 5% Pode precipitar se (24h)
SF 0,9% refrigerado Infusão intermitente
Antimicrobianos

em 1 hora
Hospitalar

211
212
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Moxifloxacino Não requer Não requer Não requer Não requer IV – infusão em
Recomendações

Solução injetável 60 min


- não infundir
rapidamente ou
em bolus
Doses de Antimicrobianos

Ofloxacino Não requer Não requer SG 5% 72h em temp.amb IV – administrar em


Solução injetável SF 0,9% 14 dias sob 60 min
Manitol 20% refrigeração Infundir separada-
6 meses e, freezer -mente
Não usar linhas que
se administrou sais
de magnésio ou cálcio
Oxacilina IM - 2,8 ml de água Não requer Não requer IM – Glúteos ou
Fr/amp destilada estéril parte lateral da coxa

SUMÁRIO
SF 0,9% profundo
3 dias temp. amb
para Prevenção de Infecção Hospitalar

IV - 5ml de água 7 dias refrigeração 50 a 100ml 24 horas temp. amb IV rápida – 10 min
destilada estéril SF 0,9% 7 dias sob IV intermitente –
SG 5% refrigeração 30 min
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

IV – continuo (24h).
Pentamidina IM - 3ml de água 48h temp.amb 50 a 250ml de: 24h temp.amb IV – infusão lenta 1 a 2,5mg/ml
Fr/amp destilada estéril não requer SG 5% em 60 min
IV - 3 a 5ml de proteção da luz Não usar SF 0,9% -
água destilada estéril causa precipitação.
SG 5% Não deve ser admi-
-nistrada em infusão
rápida.
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Piperaciclina+ 20ml de água 24h em temp.amb 50 ml a 150ml de: Uso imediato Infusão intermitente
tazobactam destilada estéril 48h sob SG 5% temp.amb por 30 min
Fr/amp refrigeração SF 0,9% 1 semana sob
SG 5% ou SF 0,9% refrigeração
(30 dias em freezer)
Polimixina B IM – 2ml de água 72h sob 300 a 500ml – Uso imediato IM – Glúteos ou
Fr/amp destilada estéril, refrigeração SG 5% parte lateral da coxa
SF 0,9%, ou 1% com IV – infusão continua
solução de procamina -não manter em entre 60 a 90 min
IV – 10ml de água temp.amb (gotejamento)
destilada estéril
SF 0,9%
Intratecal – 10ml
de SF 0,9%

SUMÁRIO
Sulfametoxazol+ Não requer Não requer 125 a 250ml 6h em 125ml Infusão cada 5ml IM – não usar
trimetropina SF 0,9% 4h em 100ml deve ser diluído em
Solução injetável SG 5% 2h em 75ml 75, 100 ou 125ml
(uso imediato Deve ser administrado
não refrigerar) entre 60 a 90 min
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

(pode ser em cateter


Recomendações para Prevenção

central)
Doses

Não absorção em bags


de Infecção
de Antimicrobianos
Hospitalar

213
214
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Teicoplamina IM – 3ml de Não requer IM- Glúteos ou
Recomendações

Fr/amp lidocaina 1% sem parte lateral da coxa.


epinefrina

IV – 10ml de água 24h sob 50 a 100ml IV – administrada


Doses de Antimicrobianos

destilada estéril refrigeração SG 5% em bolus ou infusão


SF 0,9% intermitente em
Água estéril para 30 min
injeção
Ringer lactato
Tircacilina+ Fr/amp - 13 ml de 6h temp.amb 50 a 100ml de: SF 0,9% - 24 Infusão intermitente
ácido clavulânico água destilada estéril 72h sob SG 5% temp. amb, 7 dias em 30 min
Fr/amp SF 0,9% refrigeração SF 0,9% sob refrigeração
Bolsas – 50 a 100ml (obter concen- SG 5% – 24h em

SUMÁRIO
de SF 0,9%, SG 5% -tração de 10 a temp.amb, 3 dias
ou Ringer lactato) 100mg/ml) sob refrigeração
para Prevenção de Infecção Hospitalar

Tigeciclina 50ml Uso imediato Não requer Não requer Infusão intravenosa
Solução injetável SG 5% entre 30 a 60 min
Ringer lactato
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Tobramicina IM – 2ml de lidocaina Não requer Não requer IM – Glúteos ou 6mg/ml
Fr/amp 1% sem epinefrina parte lateral da coxa
ou água destilada
estéril
24h temp.amb
IV – 30ml de água 96h sob 50 a 100ml de: 48h temp.amb. IV- infusão intermi-
destilada estéril refrigeração SG 5% a 10% ou refrigeração -tente entre 20 a
Ringer 60 min (não deve ser
Ringer Lactato abaixo de 20 min).
SF 0,9% Não absorção no
plástico das bags.
Adminstrar 1h após
penicilinas ou
cefalosporinas

SUMÁRIO
Crianças o volume
deve ser proporcional
ao peso.
Vancomicina 500mg 10ml de água 14 dias em temp. 500mg em 100 ml 24h em temp. amb IV – Infusão intermi- IM - Não usar
Fr/amp destilada estéril amb ou refrigeração 1000mg em 7 dias sob -tente em 60 min
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

até 200ml de: refrigeração (extravasamento ≤ 5mg/ml


Recomendações para Prevenção

SG 5% e 10% Obs. Em ringer irritação local ou (acima pode


Doses

SF 0,9% lactato, sol. glico- tromboflebites ou causar


-fisiológicas – 96h necrose). tromboflebite)
sob refrigeração. IV – infusão continua
(volume para 24h)
de Infecção

Voriconazol 19 ml de água 24h sob Não requer Não requer Infundir entre 1 a 3,5 a 5 mg/ml
Fr/amp destilada estéril refrigeração 2 horas (não exceder
(10mg/ml) 3mg/kg/h)
de Antimicrobianos
Hospitalar

215
216
Reconstituição Estabilidade Observações
Produto/forma Tempo de Concentração
farmacêutica Reconstituição Estabilidade Diluição Estabilidade infusão infusão
Zidovudina Não requer Não requer 50 a 100ml 24h temp.amb Infusão continua ≤4mg/ml
Recomendações

Solução injetável SG 5% 48h sob 1 hora


SF 0,9% refrigeração Neonatos – infusão
em 30 min

Doses de Antimicrobianos

Temp. Amb – temperatura ambiente


Min - minutos

Infusões
- Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.Geralmente através de seringa

SUMÁRIO
- Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1 a 30 minuto. Algumas podem ser realizadas com seringa,
porém para infusões em tempo superior a 10 min recomenda-se a utilização de bureta;
- Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos;
para Prevenção de Infecção Hospitalar

- Infusão contínua: é a administração realizada em tempo superior a 60 min, ininterruptamente;


- Infusão Intermitente: não continua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é importante a preocupação
com a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá com dispositivo de tampinha nos intervalos da
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)

medicação
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Proposta de inserção / modificação de condutas

1. Proponente
Nome: ________________________________________________________________
Área/clínica: ____________________________________________________________
Telefone: _ _____________________________Bip: _____________________________
Celular:________________________________e-mail: __________________________

2. Proposta
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Referências literatura (anexar textos)_ __________________________________


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4. Outras justificativas para a proposta:___________________________________


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5. Encaminhar esta folha ao gcih do hc (6º andar - Prédio da administração)


das 7h-16h ou por fax: (11) 3069-7066 ou por e-mail (gcih@hcnet.usp.br)

SUMÁRIO 217
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

ÍNDICE REMISSIVO

A
Abdome Agudo Inflamatório, 12
Abortamento, 59, 103
Abscesso, 87, 150
Amebíase, 63, 150
Amigdalite, 62
Ancilostomíase, 66
Antibioticoprofilaxia, 95
Anti-infecciosos na gestação, 195
Antissépticos, 179
Apendicite, 12
Ascaridíase, 67, 150
Aspergilose, 13

B
Bactérias multirresistentes, 16, 150
Bacteriúria assintomática, 88
Balantidíase, 65
Blastocistose, 66

C
Campylobacter, 32
Candida, 17, 18
Candidíase esofágica, 19
Candidíase oral, 18
Candidíase vaginal, 18
Candidúria, 92
Cateter Venoso Central (CVC), 21
Cateterismo vesical intermitente domiciliar, 162
Cateterismo vesical intermitente hospitalar, 161
Celulite, 58,70,71,75,150
Ciclosporíase, 65
Clostridium difficile, 27, 144
Colangite, 69
Colecistite aguda, 69

218 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Criptococose, 28, 29, 30, 151


Criptosporidíase, 65

D
Derivação Ventrículo-Peritoneal, 46
Dermatofitoses, 20
Diarréia aguda, 31, 32
Dientamebíase, 65
Diverticulite, 12
Doença Inflamatória Pélvica, 38
Doses de antimicrobianos, 50, 187

E
Endocardite em valva nativa, 34
Endocardite em valva protética, 33
Enterobíase, 68, 151
Epididimite, 93
Erisipela, 70
Escherichia coli spp., 32, 153
Esquistossomose, 152
Estrongiloidíase, 66, 152
Exposição Ocupacional a material biológico, 117, 118, 119, 120

F
Fasciíte Necrotizante, 58, 71
Fratura exposta, 61, 115

G
Gangrena Gasosa, 71, 73, 151, 153
Gangrena, 71, 73, 74, 75, 112
Giardia, spp., 32
Giardíase, 64

SUMÁRIO 219
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

H
Hemocultura, 25
Hemodiálise, 42, 43
Hemorragia digestiva cirróticos, profilaxia, 126, 127
Herpes simples genital, 45, 154
Herpes simples oral, 45, 154
Himenolepíase, 67

I
Impetigo, 70, 154
Infecção da corrente sanguínea, 22
Infecção da membrana ovular, 59
Infecção do óstio do CVC, 21
Infecção do trato urinário, 88
Infecção do túnel ou bolso, 22, 43
Infecção puerperal, 59
Isolamento, 136, 145, 149, 150
Isosporíase, 64

M
Mastites, 60
Meningites - adultos, 51
Meningites - pediatria, 48
Meningocócica, doença, 121
Microsporíase, 65
Mordeduras Humanas e de Animais domésticos, 125
Multirresistentes, 16, 136, 150, 152, 155

N
Neutropenia febril, 52, 53, 54

O
Obstetrícia, 58, 59, 60
Onicomicose,20
Ortopedia, 61, 105, 140

220 SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Osteomielite aguda hematogênica, 61


Osteomielite crônica, 61
Otite média aguda, 62
Otorrinolaringologia, 62, 106

P
Pâncreas e vias biliares, 69
Pancreatite aguda, 69
Parasitoses Intestinais, 63
Partes moles – infecções de pele, 70
Partes moles – infecções necrotizantes, 71, 72
Pé Diabético, 74
Peritonite associada a diálise, 77
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE), 78 e 126
Pielonefrite aguda, 90
Pioartrite aguda, 61
Pneumonia aspirativa, 87, 156
Pneumonia Comunitária do Adulto, 79, 156
Pneumonia relacionada à Assistência à Saúde, 85, 156
Pneumonia necrotizante, 87, 156
Pneumopatia por Aspiração, 87, 156
Precauções de contato, 142, 144, 147
Precauções padrão, 145, 147
Precauções respiratórias com aerossóis, 148
Precauções respiratórias com gotículas, 149
Prevenção de infecção associada a cateteres vasculares, 163
Prevenção de infecção do sítio cirúrgico, 175
Prevenção de infecção respiratória, 169
Prevenção de infecções do trato urinário, 159
Profilaxia de complicações relacionadas aos procedimentos endoscópicos, 127
Profilaxia de Doença de Chagas após exposição ocupacional a material biológico, 120
Profilaxia de Endocardite Bacteriana, 124
Profilaxia de fungos em pacientes críticos, 128
Profilaxia de fungos em pacientes neutropênicos, 128
Profilaxia de hepatite B após exposição ocupacional a material biológico, 119
Profilaxia de hepatite C após exposição ocupacional a material biológico, 120
Profilaxia de HIV após exposição ocupacional a material biológico, 118
Profilaxia de infecção por Streptococcus do grupo B (GBS) no RN, 130
Profilaxia do tétano, 129

SUMÁRIO 221
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Profilaxia de Varicela-Zoster, 133


Prostatite bacteriana aguda, 93
Prostatite bacteriana crônica, 93

Q
Queimado, 39, 40, 41

S
Salmonella não-typhi, 32
Shigella spp., 32
Síndrome da algia pélvica crônica, 93
Sinusite aguda, 62

T
Teníase, 67, 157
Tétano, 129, 132, 157
Tricuríase, 67, 157
Tuberculose, 157, 181

U
Urologia - tratamento de infecções, 93
Urologia - profilaxia de procedimentos, 109, 110, 111

V
Vacinação de profissionais de saúde, 183
Violência Sexual, 132
Vírus Sincicial respiratório, 94, 157
Varicela-zoster, profilaxia pós exposição, 133

Y
Yersinia spp., 32

222 SUMÁRIO

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