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A passagem descreve (1) o professor cansado que dá aulas em três escolas e corrige provas em casa, (2) um aluno que pergunta o que é um anacoluto e o professor explica, (3) o mesmo aluno encontra o professor mais velho em um bar. A repetição da expressão "rosto cansado" contribui para a continuidade do texto ao mostrar o esforço constante do professor.
Descriere originală:
Descritor 10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
A passagem descreve (1) o professor cansado que dá aulas em três escolas e corrige provas em casa, (2) um aluno que pergunta o que é um anacoluto e o professor explica, (3) o mesmo aluno encontra o professor mais velho em um bar. A repetição da expressão "rosto cansado" contribui para a continuidade do texto ao mostrar o esforço constante do professor.
A passagem descreve (1) o professor cansado que dá aulas em três escolas e corrige provas em casa, (2) um aluno que pergunta o que é um anacoluto e o professor explica, (3) o mesmo aluno encontra o professor mais velho em um bar. A repetição da expressão "rosto cansado" contribui para a continuidade do texto ao mostrar o esforço constante do professor.
D10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições
ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
1-(SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Na verdade, o guri gostava muito de peito, Por que todo mundo usava peruca na Europa de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as dos séculos XVII e XVIII? partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo Não era todo mundo, apenas os aristocratas. ali no meio do apartamento. A moda começou com Luís XIV (1638-1715), rei da O doutor disse que queria comer uma França. Durante seu governo, o monarca adotou a galinha ao molho pardo. A empregada sabia como peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o se preparava uma galinha ao molho pardo? A acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. peruca passou a indicar, então, as diferenças Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a sociais entre as classes, tornando-se sinal de status galinha ao molho pardo. e prestígio. Também era comum espalhar talco ou – A empregada não sabe fazer? farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais – Não só não sabe fazer, como quase elegante que parecesse ao pessoal da época, a desmaiou quando eu disse que precisava cortar o moda das perucas também era nojenta. pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a galinha. camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse estilista João Braga, professor de História da Moda o pescoço da galinha. das Faculdades SENAC, em São Paulo. Em 1789, – Eu?! Não mesmo! com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que O doutor lembrou-se de uma velha extirpou a maioria das cabeças com perucas. empregada de sua mãe. A Dona Noca. Símbolo de uma nobreza que se desejava – A Dona Noca já morreu – disse a mulher. exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua – O quê?! origem, porém, era muito mais velha do que a – Há dez anos. monarquia francesa. – Não é possível! A última galinha ao molho No Egito antigo, homens e mulheres de todas pardo que eu comi foi feita por ela. as classes sociais já exibiam adornos de fibra de – Então faz mais de 10 anos que você não papiro – na verdade, disfarce para as cabeças come galinha ao molho pardo. raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Alguém no edifício se disporia a degolar a Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia juízes. Disponível em: coisas inomináveis com gatos. <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.shtml – Somos uma civilização de frouxos! – >. Acesso em: 27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica. sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu: No techo “... elas logo caíram em desuso.” (ℓ. 22- – Frouxos! Perdemos o contato com o barro 23), o pronome em destaque retoma da vida! A) diferenças. E a Margarete só olhando. B) cabeleiras. VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa C) perucas. voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98. D) classes sociais. E) cabeças raspadas. A repetição da expressão “galinha ao molho ------------------------------------------------------------ pardo” revela a 2- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A) vontade do médico de comer aquele tipo de A decadência do Ocidente receita de galinha. O doutor ganhou uma galinha viva e B) curiosidade do menino que nunca tinha visto chegou em casa com ela, para alegria de toda a uma galinha viva. família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha C) impaciência da esposa por não conseguir visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um resolver o problema. nome para ela – Margarete – e planos para D) ignorância da empregada que não sabia adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha fazer a receita. seria, obviamente, comida. E) falta de coragem das pessoas para cortar o – Comida?! pescoço da galinha. – Sim, senhor. ------------------------------------------------------------ – Mas se come ela? – Ué. Você está cansado de comer galinha. – Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui? – Claro. 1 D10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas AS QUESTÕES 3 E 4: pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar Dia do professor de anacolutos os próprios erros e aprender com Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, eles. professor. Ele me olhou agradecido, o rosto Sob a tirania implacável do relógio, nosso cansado. Já naquela época, o rosto cansado. dia a dia exige grande desgaste de energia, muita Dava aulas em três escolas e ainda levava para competência e um número cada vez maior de casa uma maçaroca de provas para corrigir. habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, O aluno preparava-se para sentar, ele, o sobretudo nos grandes centros urbanos, onde olhar fino: vivemos correndo de um lado para outro, – Aproveitando que o moço está de pé, me sobressaltados e estressados. Vivemos como diga: sabe o que é um anacoluto? aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, É o que dá a gente querer ser legal. fazem girar vários pratos simultaneamente, Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor correndo de lá para cá, impulsionando-os mais vem e pergunta o que é anacoluto. Por que não uma vez para que recuperem o movimento e não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso caiam ao chão. traseiro rasgado das calças dele? O capitalismo, por seu lado, modelo – Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto. econômico dominante em nossa cultura, sem – Pode se sentar. Vou explicar o que é nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado o giz consumo desnecessário, quer ele queira ou não. do chão. Estou ficando enferrujado. A propaganda veiculada em todas as mídias é um Agora era ele, no bar, tomando café. verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias – Lembra de mim, professor? repetem continuamente o refrão: “comprar, Também estou de cabelos brancos. Menos comprar, comprar”. que ele, claro. Juntam-se a isso o trânsito caótico, a Com o indicador da mão esquerda acerta o saraivada cotidiana de más notícias estampadas gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio nas manchetes e as várias decepções que de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me aparecem no dia a dia, e pronto: como encara, deve estar folheando o livro de chamada, consequência, ficamos frágeis, repetitivos, verificando um a um o rosto da cambada da desesperançados e perdemos muita energia vital. segunda fila da classe. Se de um lado a tecnologia parece estar a – Fui seu aluno, professor! nosso favor, pois cada vez mais encurta DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, distâncias e agiliza a informação, de outro ela 2003. Fragmento. acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se 3- A expressão destacada em “Estou ficando renovam continuamente. E assim fi camos enferrujado” (ℓ. 18), tem o mesmo sentido de brigando contra o... tempo! A) contrair doenças. KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, B) estar preguiçoso. Edição 449, p. 60-61. Fragmento. C) ser descuidado. D) ser esquecido. No trecho “Juntam-se a isso...” (ℓ. 16), a palavra E) ter limitações. destacada refere-se A) ao consumismo gerado pelo capitalismo. 4- No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... B) ao trânsito caótico nas grandes cidades. Anacoluto.” (ℓ. 15), a repetição da palavra C) às notícias ruins veiculadas pela mídia. “Anacoluto” sugere D) às necessidades vitais das pessoas. A) brincadeira. E) às várias decepções do dia a dia. B) confirmação. ------------------------------------------------------------ C) desconhecimento. 6- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. D) desrespeito. A melhor amiga do homem E) receio. Diogo Schelp ------------------------------------------------------------ 5- (SAEPE). Leia o texto abaixo. Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja Resiliência como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte A arte de dar a volta por cima pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento “Aquilo que não me destrói me fortalece”, global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. de gado existentes no mundo quase metade das 2 D10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. emissões de metano, um dos gases causadores do rapaziada, a maioria estudantes de um colégio efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber recém-fundado em água demais e ocupar um espaço precioso para a Viçosa, o Internato Alagoano. Muitos não chegavam agricultura. a compreender as explanações do mestre, mas O truísmo inconveniente é que homem e vaca insistiam, iam em frente, tomavam conhecimento de são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas Coelho Neto, Aluísio Azevedo, depois Zola, Victor é como desejar um planeta livre dos homens – uma Hugo. (...) ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas Um dos mais atentos ouvintes de Mario Venâncio menos esperançosos quanto à nossa espécie. era um rapazote de 12 anos chamado Graciliano “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso Ramos.” cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, (Em, Audálio Dantas, O Chão de Graciliano. Tempo d’Imagem, 2007. In: Revista: Discutindo Literatura – Ano 3, nº 18. p. 36. pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o O “Atento Rapazote” de que fala o título desse veterinário José Fernando Garcia, da Universidade texto é Estadual Paulista em Araçatuba. [...] A) Aluísio Azevedo. A vaca tem um papel econômico crucial até B) Coelho Neto. onde é considerada animal sagrado. Na Índia, C) Graciliano Ramos. metade da energia doméstica vem da queima de D) Mário Venâncio. esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869- E) Victor Hugo. 1948), que, como todo hindu, não comia carne ------------------------------------------------------------ bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é 8- (SPAECE). Leia o texto abaixo. tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases POLUIÇÃO DA ÁGUA da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em O papel de chiclete jogado ali, a garrafa de 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies plástico aqui, a lata de refrigerante acolá. No americanas o maior rebanho bovino do mundo de primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para então. “Esse estoque permitiu que a carne se bueiros e depois para algum rio que atravessa a tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína cidade. Quem não viu um monte dessas coisas para as massas, principalmente na forma de flutuando na água? hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer Mas essa é a poluição que enxergamos. A que um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou não vemos é causada pelo esgoto das residências, seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará que lança nos rios, além de dejetos, restos de de ser onívora. comida e um tipo de bactéria que deles se alimenta: Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. são as chamadas bactérias aeróbicas, que consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” ( . além de causarem problemas de saúde se 10), o pronome destacado retoma o termo ingeridas. A) ambientalistas. Outro problema são as indústrias localizadas B) bovinos. nas margens dos rios e lagos. Só recentemente C) cientistas. foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto D) homens. industrial, a fim de diminuir a quantidade de E) rebanhos. poluentes químicos que elas despejam nas águas e ------------------------------------------------------------ que foram responsáveis pela “morte de muitos rios e 7- (SPAECE). Leia o texto abaixo. lagos de todo o mundo”. Atento Rapazote Poluição Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p. 4-5 – adaptado.
“Eram os primeiros anos do século passado,
e aquele agente dos correios, recémchegado de No trecho “A que não vemos é causada pelo Maceió, foi recebido na cidade com admiração que esgoto das residências,“, a palavra destacada misturava espanto e reverência, pois, de acordo refere-se à com os comentários que logo correram, tratava-se A) bactéria. de pessoa de vasto conhecimento, homem de B) comida. muitas letras, um sábio. Por ser tudo isso, C) garrafa. certamente, não foi hostilizado por seu jeito D) poluição. esquisito de se vestir e pela aparência amalucada E) quantidade. que lhe davam os cabelos compridos sempre em ------------------------------------------------------------ desalinho. (...) 9- (SPAECE). Leia o texto abaixo. A figura estranha trazia, também, idéias que Vida iam muito além dos morros em redor da cidade. As Quando era criança pura, discussões na casa do Pão-sem-miolo Moleque, danado e travesso. despertavam interesse cada vez maior entre a Tudo que tocava levava 3 D10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. Ao mundo da fantasia. No trecho “O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo ...” ( . Mas logo me tornei adolescente. 2-3), o pronome destacado substitui A confusão permeava minha mente. A) D. Plácida. Por mais que tentasse a magia, B) Quincas Borba. Estavam fechadas as portas da fantasia. C) o emplasto Brás Cubas. D) o legado de nossa miséria. Tempo passou, tornei-me adulto. E) o outro lado do mistério. Sempre à procura do lado oculto. ------------------------------------------------------------ Mas as viagens malucas 11- (SPAECE). Leia o texto abaixo. Continuavam presas à magia. O rio
Logo chegou a velhice, O homem viu o rio e se entusiasmou pela
Aquela que tudo esclarece. sua beleza. O rio corria pela planície, contornando Que cochichou bem baixinho: árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol Sabedoria, só para quem a merece. e era margeado por grama verde e macia. BELO, João. Disponível em: <www.mundojovem.com.br> - p.9, nº 384 - Março/2008. O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza. No verso “Que cochichou bem baixinho”, a Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e expressão destacada refere-se a suas coisas levadas pela água. A) adolescente. O homem devolveu o rio à planície. Agora B) adulto. quando lhe falam das belezas que antes C) criança. admirava, ele diz que não se lembra. Não se D) sabedoria. lembra das planícies, das grandes pedras, dos E) velhice. reflexos do sol e da grama verde e macia. ------------------------------------------------------------ Lembra-se apenas de sua 10- (SPAECE). Leia o texto abaixo. casa alagada e de suas coisas perdidas pela Das negativas corrente. FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985, p.13. Entre a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira No trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, parte do livro. O principal deles foi a invenção do o termo destacado refere-se à palavra emplasto Brás Cubas, que morreu comigo, por A) árvores. causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto, B) pedras. tu me darias o primeiro lugar entre os homens, C) planície. acima da ciência e da riqueza, porque eras a D) rio. genuína e direta inspiração do céu. O acaso E) sol. determinou o contrário: e aí vos ficais ------------------------------------------------------------ eternamente hipocondríacos. 12- Leia os textos abaixo. Este último capítulo é todo de negativas. Um pé de quê? Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui Antes de existir a cidade de Belém, vivia lá ministro, não fui califa, não conheci o casamento. uma tribo que sofria de falta de alimentos. Por isso, Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me o cacique mandava sacrificar todas as crianças que a boa fortuna de não comprar o pão com o suor nasciam. Por ironia do destino, sua filha, Iaçá, ficou do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. grávida. Quando a criança nasceu, foi sacrificada. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Durante dias, Iaçá rogou a tupã uma solução para Somadas umas cousas e outras, qualquer acabar com o sacrifício das crianças. Foi quando pessoa imaginará que não houve míngua nem ouviu um choro de um bebê do lado de fora de sua sobra, e conseguintemente que saí quite com a tenda. Era sua filha sorridente ao pé de uma vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este palmeira. Iaçá correu para abraçá-la, mas acabou outro lado de mistério, achei-me com um dando de cara com a palmeira. Iaçá ficou ali chorando até morrer. No dia seguinte, o cacique pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste encontrou Iaçá morta, agarrada à palmeira, olhando capítulo de negativas: — Não tive filhos, não fixamente para as frutinhas pretas. Ele as apanhou, transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa amassou e fez delas um vinho vermelho encarnado. miséria. Para os índios, aquilo eram as lágrimas de sangue Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992, p. 176. Fragmento. de Iaçá. Por isso, açaí, em tupi, quer dizer “fruto que chora”. O açaí virou o prato principal dos índios da região. Depois, foram chegando os portugueses, os 4 D10 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. nordestinos, os japoneses. E o que se diz é que D) pontuação direta. eles só ficaram porque experimentaram açaí. E) rimas. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento. ------------------------------------------------------------ 15- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. No trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” ( . 6), Amor no Texto, o pronome em destaque refere-se à Um pouco cansada, com as compras A) criança. deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no B) tenda. bonde. Depositou o volume no colo e o bonde C) filha. começou a andar. Recostou-se então no banco D) palmeira. procurando conforto, num suspiro de meia E) Iaçá. satisfação. ------------------------------------------------------------ Os filhos de Ana eram bons, uma coisa 13- (PROEB). Leia o texto abaixo e responda. verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes Tempestade cada vez mais completos. A cozinha era enfim A noite se antecipou. Os homens ainda não espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O a esperavam quando ela desabou sobre a cidade calor era forte no apartamento que estavam aos em nuvens carregadas. Ainda não estavam poucos pagando. Mas o vento batendo nas acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que se quisesse podia parar e enxugar a testa, iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. cortavam as águas do mar quando o vento trouxe Ela plantara as sementes que tinha na mão, não a noite de nuvens pretas. outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam No trecho “... que iluminavam os copos...”, o seus filhos, crescia a mesa com comidas, o pronome destacado retoma o substantivo marido chegando com os jornais e sorrindo de A) homens. fome, o canto importuno das empregadas do B) luzes do cais. edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua C) Farol das Estrelas. mão pequena e forte, sua corrente de vida. D) lâmpadas pobres. Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa E) saveiros. hora da tarde as árvores que plantara riam dela. ------------------------------------------------------------ Quando nada mais precisava de sua força, 14- (SADEAM). Leia o texto abaixo. inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem. LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19. Fragmento.
No trecho “... deformando o novo saco de
tricô,...” (ℓ. 2), a palavra destacada tem o mesmo sentido do verbo Disponível em: <http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/?p=100>. A) amassar. Acesso em: 21 set. 2011. B) enfeiar. Esse texto é um poema contemporâneo, C) estragar. rompendo com padrões tradicionais da D) sujar. composição poética. Entretanto, apresenta um E) transformar. elemento de continuidade que é o uso de ------------------------------------------------------------ A) imagem elucidativa. B) narratividade. C) objetividade. 5