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http://www.latinoamericano.jor.br/memoria_viva_iquique.html
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Eastman disse então que iria a Santiago buscar a solução para os conflitos. Era
16 de dezembro. No dia 20, retornou em um navio de guerra, com um
destacamento da Marinha e o general Roberto Silva Renard. Os grevistas os
receberam no porto com grande festa e aclamações, esperando pela resposta
que trariam. Mas naquela noite declara-se estado de sítio, suspendendo-se os
direitos civis.
Não há como precisar o número exato de assassinados pois não houve registros
e os mortos foram enterrados em valas comuns. Tal qual o relato de José
Arcadio Segundo, em Cem Anos de Solidão, ao dizer para sua mãe, Santa Sofía
de la Piedad, sobre os mortos que ele viu nos vagões de trem "Eram mais de
três mil - foi tudo o que disse José Arcadio Segundo. Agora estou certo que
eram todos o que estavam na estação".
Grupo Quilapayún no ato de 21 de dezembro de 2007 Passeata relembrou o caminho dos trabalhadores até o
Foto: Camilo Carrasco porto
Foto: Camilo Carrasco
A paisagem bela e triste dos pampas chilenos: o vermelho do chão e azul do céu
Fotos: Camilo Carrasco
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O silêncio da indústria jornalística brasileira
No dia 17, boa parte das notícias foram relacionadas ao acordo assinado em La
Paz entre Lula, Michele Bachelet e Evo Morales para a criação do corredor
interoceânico. A reportagem ganhou destaque pois houve cobertura da BBC. De
20 a 22 de dezembro, as notícias internacionais se concentraram no julgamento
de Fujimori e as negociações entre as FARC e Hugo Chávez para a libertação de
reféns colombianos.
Relato IV Canción III Relato V Canción letanía Canción IV Canción pregón Canción final
Señoras y Señores
venimos a contar Si contemplan la pampa y sus rincones El sol en desierto grande
aquello que la historia verán las sequedades del silencio, y la sal que nos quemaba.
no quiere recordar. el suelo sin milagro y Oficinas vacías, El frío en las soledades,
Pasó en el Norte Grande, como el último desierto. camanchaca y noche larga.
fue Iquique la ciudad. El hambre de piedra seca
Mil novecientos siete y quejidos que escuchaba.
marcó fatalidad. Y si observan la pampa y la imaginan La vida de muerte lenta
Allí al pampino pobre en tiempos de la Industria del Salitre y la lágrima soltada.
mataron por matar. verán a la mujer y al fogón mustio,
Seremos los hablantes al obrero sin cara, al niño triste.
diremos la verdad. Las casas desposeídas
Verdad que es muerte amarga y el obrero que esperaba
de obreros del Salar. También verán la choza mortecina, al sueño que era el olvido
Recuerden nuestra historia la vela que alumbraba su carencia, sólo espina postergada.
de duelo sin perdón. algunas calaminas por paredes El viento en la pampa inmensa
Por más que el tiempo pase y por lecho, los sacos y la tierra. nunca más se terminara.
no hay nunca que olvidar. Dureza de sequedades
Ahora les pedimos para siempre se quedara.
que pongan atención. También verán castigos humillantes,
un cepo en que fijaban al obrero
Ir para a Cantata completa por días y por días contra el sol; Salitre, lluvia bendita,
no importa si al final se iba muriendo. se volvía la malvada.
La pampa, pan de los días,
cementerio y tierra amarga.
La culpa del obrero, muchas veces, Seguía pasando el tiempo
era el dolor altivo que mostraba. y seguía historia mala,
Rebelión impotente, ¡una insolencia! dureza de sequedades
La ley del patrón rico es ley sagrada. para siempre se quedara.
Ir para a Cantata completa
Se han unido con nosotros El sitio al que los llevaban Soy obrero pampino y soy
compañeros de esperanza era una escuela vacía tan reviejo como el que más
y los otros, los más ricos, y la escuela se llamaba y comienza a cantar mi voz
no nos quieren dar la cara. Santa María. con temores de algo fatal.
Hasta Iquique nos hemos venido Dejaron a los obreros, Lo que siento en esta ocasión,
pero Iquique nos ve como extraños. los dejaron con sonrisas. lo tendré que comunicar,
Nos comprenden algunos amigos Que esperaran les dijeron algo triste va a suceder,
y los otros nos quitan la mano. sólo unos días. algo horrible nos pasará.
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INTRODUÇÃO
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Eliade nos diz que as civilizações arcaicas percebem o tempo como heterogêneo,
dividindo-o em linear (profano) e cíclico (sagrado). Há duas concepções para
tempo cíclico: o infinito e o limitado. Os pergaminhos de Melquíades (cigano de
imensa sabedoria e muito próximo de José Arcádio Buendía) contendo a saga da
família Buendía estão escritos em tempo linear, com passado-presente-futuro.
Porém a narração, a trama dos fatos, ocorre em tempo cíclico limitado, com as
sucessivas repetições dos destinos das seis gerações e a extinção da estirpe ao
final do ciclo de cem anos de solidão aos quais foram condenados.
MITO COSMOGÔNICO
Esses pergaminhos também simbolizam o que Mircea Eliade
define como mito cosmogônico (representação da Criação), pois
neles está contida a criação da família, a origem de tudo. Os
mitos cosmogônicos concentram-se nos textos literários
alcançando a ordem do sagrado.
Ao passo que o mito cosmogônico simboliza o início de um novo ciclo, esse tem
seu fim marcado pelo caos, constituindo assim uma rotação cíclica dos estágios
do tempo, ficando estabelecida a relação COSMOS x CAOS.
Na cidade o tempo, mesmo sendo mítico, se passa mais próximo ao real por ser
uma simples alegoria da América Latina, ocorrendo na amplitude do mundo,
longe do centro.
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CONCLUSÃO
Macondo é uma alegoria da América Latina, tanto no que se
refere ao aspecto do conformismo e imobilismo social, visto
que o homem aceita passiva e alienadamente os fatos
ocorridos, como quando a cidade é invadida e devastada
pelos americanos mas o povo, apesar de incomodado,
mantêm-se inerte aos fatos, quanto à característica de
sociedade patriarcal, pois confere a José Arcádio Buendía a
idealização e fundação da cidade, além de ter em sua figura
admiração e respeito de todos.
Cem Anos de Solidão nos remete ao labirinto do Minotauro (onde nasceu o MITO
DO ETERNO RETORNO). É como se a família Buendía estivesse presa numa
fortaleza, arquitetada por Melquíades, num labirinto de espelhos impossível de
escapar, onde todos os caminhos levam ao centro. Cada membro da família tem
traçado seu destino por um caminho, saindo de um mesmo princípio e chegando
a um mesmo fim, que é o quarto de Melquíades (o centro ), onde se encontram
os pergaminhos que contém encerrados em si o início e o fim de tudo.
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BIBLIOGRAFIA
ELIADE, Mircea. O Mito do Eterno Retorno. Lisboa: Edições 70,1985.
Significados de Alegoria :
Significado de Arquétipo
s.m. Modelo pelo qual se faz uma obra material ou intelectual.
Filosofia. Modelo ideal, inteligível, do qual se copiou toda coisa sensível: para
Platão, a idéia do Bem é o arquétipo de todas as coisas boas da natureza.