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Isabel Simões
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Índice
Capa 1
Índice 2
Introdução 3
1. A Génese do Conhecimento Humano e o mito de Prometeu 4
1.1. O mito de Prometeu 4
1.2. A Hominização 4/5
1.3. A Construção do Conhecimento Humano 5
o A Hereditariedade 5/6
o Fatores Sociais – as características pessoais e o contexto social 6/7
1.4. Estádios do Conhecimento segundo Piaget 7/8/9
2.1. Personalidade 10
2.2. A Construção do Conhecimento como um processo Sociocultural 11
2.3. O inato e o adquirido 11
2.4. Formulações teóricas sobre o conhecimento – ciências cognitivas 12
o O inatismo de Chomsky 12
o Construtivismo 12/13
o Inteligência – humana e artificial 13
Conclusão 14
Netgrafia 15
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Introdução
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1 | A Génese do Conhecimento Humano e o mito de Prometeu
Na mitologia grega, Prometeu é um titã, filho de Jápeto e de Ásia e irmão de Atlas, Epimeteu e
Menoécio. Foi um defensor da humanidade, conhecido pela sua inteligência, responsável por roubar
o fogo de Zeus e dá-lo aos mortais. Por isso foi terrivelmente castigado. Por ordem de Zeus foi
amarrado aos rochedos do Cáucaso e torturado por uma águia, que todos os dias lhe roía o fígado,
que à noite tornava-se a regenerar.
No mito, trata-se da luta primordial entre pai e filho. Presumo que todos conheçamos o problema da
compulsão em fazer algo proibido, ou de tê-lo feito, talvez com a sensação de que era a única
alternativa possível. Quando o mito narra o castigo horrível de Prometeu, o que resulta é uma lição
de moral muito insatisfatória.
1.2 A Hominização
Evolução é “mudança ao longo do tempo por meio de descendência com modificação”, ou seja,
significa dizer que a evolução é a mudança das características duma espécie no decorrer das
gerações descendentes, resultando na formação de outra população que não reconheça mais o seu
ancestral como pertencente ao mesmo “ninho”.
A Evolução Humana não aconteceu em linha contínua, na qual cada espécie dá origem a outra
diretamente. O exemplo mais próximo seria de uma árvore hominídea.
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Primeiramente desenvolveu-se o Australopithecus, um individuo de estatura baixa, que já
caminhava sobre dois membros. Possuía uma caixa craniana maior, acomodando a formação do
sistema límbico - o sistema responsável pelas emoções.
Surge o Homo Habilis no leste de África. Neste temos a formação da terceira camada cerebral, o
neocortex.
Posteriormente, o Homo Sapiens, com as pernas mais longas que os braços, glândulas sudoríparas –
as glândulas responsáveis pelo suor - e com poucos pelos no corpo.
Por fim, o Homo Sapiens Sapiens com a completa formação do neocortex. Surge aproximadamente
há 600 mil anos atrás, o que coincide com o início da cultura.
A linhagem hominídea não consiste apenas no humano moderno, o Homo Sapiens Sapiens, mas de
toda uma história evolutiva repleta de ocasiões nas quais a adaptação ao meio, as mudanças
graduais e as catástrofes contribuíram para chegar onde estamos atualmente.
A evolução biológica do homem foi acompanhada por uma evolução cultural e social. Assim sendo,
o processo de construção do conhecimento humano deve ser encarado como uma sinergia entre o
biológico e o social. Nesse caso, a construção do conhecimento deve ser analisada tendo em atenção
estes dois tipos de condicionalismos:
A Hereditariedade
Antes da nossa individualidade como pessoas dotadas de caracteres únicos que nos
singularizam, somos seres humanos, isto é, temos características comuns a todos os seres
da espécie a que pertencemos. E estas características próprias também são herdadas.
Assim, todos os descendentes herdam dos seus progenitores as características da espécie.
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Apesar de todos os indivíduos possuírem as características comuns à espécie a que
pertencem, cada um é diferente de todos os outros. Trata-se de apresentar um conjunto
único de características herdadas por apenas um individuo.
No decorrer da infância, a criança vive num mundo fechado, em que os pais são os
modelos com que deseja identificar-se. Além dos pais, há outras pessoas que exercem
notável influência na criança, nomeadamente professores, tios e outros adultos com
quem estabelece uma relação carregada de afetividade.
A mudança é uma realidade. Sabemos bem, por experiência própria, que ser adolescente
não é o mesmo que ser criança ou ser adulto. Ao longo da vida, passamos por alterações
que determinam etapas qualitativamente diferentes no percurso que efetuamos.
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Para lá das mudanças associadas ao desenvolvimento, mudamos também porque as
circunstâncias da vida nos obrigam a mudar. As boas ou más experiencias vividas na
interação com a família, com a escola, com os amigos e com a sociedade em geral,
principalmente as ocorridas durante a infância e a adolescência, constituem-se como
forças vivas que interferem na direção seguida pelo nosso desenvolvimento. Tudo o que
de intenso nos acontece vai deixando marcas positivas ou negativas na personalidade, ou
seja, na nossa maneira de ser e atuar. Mesmo depois de construída a nossa identidade,
não significa que se fique com uma personalidade rígida, pois o individuo continua a ter
de reorganizar em cada momento os elementos integrantes da sua personalidade,
ajustando-os às diversas circunstâncias do meio.
Estádio sensório-motor
Este estádio, que vai do nascimento aos dois anos de idade, é caraterizado pela ação, e não pelo
pensamento. Em vez de palavras e conceitos, a criança serve-se de perceções e movimentos,
organizados em esquemas de ação. Na presença de um objeto novo o bebé incorpora-o
sucessivamente em cada um dos seus esquemas de ação, como, por exemplo, sacudir, balançar,
atirar, como se se tratasse de os compreender pelo uso.
Afirmar que a criança não tem pensamento não significa dizer que não é
inteligente. Neste período, a criança possui uma
inteligência prática, assim designada por se
exercer com base na manipulação dos
objetos.
Figura 2
Estádio pré-operatório
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O que marca a entrada no período pré-operatório, que ocorre entre os dois e os sete anos de
idade é o aparecimento da função simbólica, que é a capacidade de criar símbolos para
representar os objetos e de lidar mentalmente com eles.
Com o domínio do símbolo, os esquemas de ação começam a ser substituídos por esquemas de
representação, o que significa o início da inteligência representativa ou pensamento. Contudo, o
pensamento não é ainda reversível, o que só irá acontecer no estádio seguinte.
Este estádio inicia-se aos sete e prolonga-se até aos onze anos de idade.
Ser capaz de operar significa estar apto a executar interior e mentalmente as ações que dantes se
executavam exterior e materialmente sobre os objetos. Em suma, a interiorização da ação deu
lugar a uma operação enquanto atividade mental.
Nesta fase, as operações são concretas, o que significa que, apesar da reversibilidade –
capacidade de regressar mentalmente ao ponto de partida – o pensamento necessita do apoio dos
objetos manipuláveis e das situações vividas. O pensamento ainda não é capaz de se exercer
sobre situações hipotéticas, traduzidas por enunciados verbais, o que só ocorrerá na fase
seguinte.
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No final da adolescência, a inteligência formal faculta, pois, a entrada do jovem num domínio
novo, que é o do pensamento puro. Ao terminar este período, as estruturas intelectuais do adulto
estão já instaladas, e, no decorrer da vida adulta, adquirirão maior mobilidade e maleabilidade,
contribuindo para tal a diversidade de experiencias por que o ser humano vai passando.
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2 | Afetividade e referências socioculturais como estruturantes da personalidade
Apesar de já trazer os genes necessários ao ser
humano, a criança ao nascer é, ainda, um
ser culturalmente em branco.
2.1 Personalidade
A Psicologia, dentro das diversas linhas de estudo, apropriou-se do conceito de personalidade
associando-o a uma série de outros que também eram utilizados para definir as particularidades da
individualidade tais como carácter, feitio e temperamento.
A personalidade é o que nos torna únicos, diferentes de todos. Diz respeito a características pessoais
e que suportam uma lógica interna. Sempre que nos referimos à personalidade referimo-nos aos
sentimentos, emoções, pensamentos, atitudes, comportamentos, motivações, tomadas de decisões,
projetos de vida, entre outros. Ela permite que nos reconheçamos e que sejamos reconhecidos pelos
outros, representa uma fidelidade, uma continuidade de formas de estar e de ser.
A personalidade é igualmente uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida, e uma
elaboração da nossa história, da forma que sentimos e interiorizamos as nossas experiências,
acompanha e reflete a maturação psicológica. Em suma, a personalidade é um processo ativo e que
intervém em diferentes fatores.
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2.2 A Construção do Conhecimento como um processo Sociocultural
A sociabilidade não é uma característica que se acrescente ao individuo, como algo que se possa
ter ou não ter, ou que se possa ter mais ou ter menos. Se somos humanos, somos seres sociais. O
individuo emerge de contextos sociais, culturais e históricos que o ajudam a ser aquilo que é e a
ver o mundo da maneira como o vê.
Portanto, para se compreender, o ser humano tem que ser perspetivado no contexto social de
onde retira a sua identidade, as suas representações, o modo de se exprimir, ver, pensar e reagir
a situações e acontecimentos.
Quando se fala da individualidade do ser humano, está subjacente a ideia de que cada pessoa se
desenvolve pela intervenção das coletividades sociais que lhe moldaram a sua essência e que,
por isso mesmo, estão presentes em tudo aquilo que ele faz.
A dicotomia inato-adquirido surge a propósito da questão de saber como é que nos tornamos
humanos. Ou seja, trata-se de concluir se nascemos com todo o equipamento necessário para
virmos a ser humanos e nos comportarmos como tal, ou se, diferentemente, o fato de sermos
humanos depende das aquisições feitas no contato com o meio.
Os psicólogos que assumem uma posição inatista consideram o meio apenas como condição
necessária para que as características determinadas geneticamente se atualizem.
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2.4 Formulações Teóricas sobre o Conhecimento – Ciências Cognitivas
O inatismo de Chomsky
Noam Chomsky desenvolveu uma teoria que revolucionou o estudo da linguística. Foi
um dos fundadores principais da gramática transformadora-regenerativa, um sistema de
análise linguística que desafiou a linguística tradicional e tem relação com o ramo da
Filosofia, Lógica e Psicolinguística.
A Teoria Inatista defende que os seres humanos já nascem, por uma herança genética,
programados para falar. Para Chomsky, cada criança nasce com os conhecimentos já
adquiridos e não precisa ser ensinada. Isto é, à medida que a criança cresce vai recordar
estes certos conhecimentos.
Segundo Chomsky, as diferenças entre as línguas existentes não são grandes do ponto de
vista gramatical e sintático. Então, o cientista sugere que nascemos com uma Gramática
Universal, introduzida na mente e dotada de todas as regras básicas e necessárias de
todas as línguas e a partir de operações mentais, a criança transforma a Gramática
Universal em gramática da língua materna.
Construtivismo
A ideia geral do que é o construtivismo é que o homem não nasce inteligente, mas
também não quer dizer que ele não tenha ações sob o meio em que vive, ou seja, ele
utiliza o meio para construir e organizar o seu próprio conhecimento. Assim, o
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conhecimento é um edifício erguido por meio da ação, da elaboração e da geração de um
aprendizado que é produto da conexão do individuo com o contexto material e social em
que vive, com os símbolos produzidos por ele e o universo das interações vivenciadas na
sociedade.
A Inteligência Artificial está cada vez mais próxima da razão humana, porém ainda está
bastante afastada da emoção humana.
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Conclusão
Sem a sociedade não é possível a nenhum de nós tornarmo-nos humanos. A sociedade tem um papel
extremamente importante na nossa vida, porque nos faz ser aquilo que somos e comportarmo-nos
do modo como o fazemos. O meio social determina a nossa essência.
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Netgrafia
https://issuu.com/brunonunes33/docs/a_constru____o_do_conhecimento_ou_o
http://www.helioteixeira.org/ciencias-da-aprendizagem/teoria-do-desenvolvimento-cognitivo-de-
jean-piaget/
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4925/7/ANEXOS%20-%20PIAGET.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n51/a03v1451.pdf
https://www.webartigos.com/artigos/psicologia-da-personalidade-aspectos-conteudo-estrutura-e-
desenvolvimento-psicossexual-0-a-12-anos-controversias-e-correlacoes/60160/
https://prezi.com/lse5dnkvc8yo/teoria-inatista-por-noam-chomsky/
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_68153/artigo_sobre_o-inatismo-de-chomsky
https://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/construtivismo_educacao.htm
http://www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/ia.html
https://conceito.de/inteligencia
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