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957 - RS (2011/0009683-6)
RELATÓRIO
O Ministério Público Federal, por meio do parecer de fls. 814/831, opina nos
seguintes termos:
RECURSOS ESPECIAIS
A decisão de fl. 868 retificou a decisão de fl. 804, para explicitar outras
questões suscitadas nos recursos especiais.
É o relatório.
EMENTA
1.1 Prescrição.
Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 -
Presidência/STJ.
VOTO
• Salário maternidade.
• Salário paternidade.
1.1 Prescrição.
O art. 28, § 9º, "d", da Lei 8.212/91 (redação dada pela Lei 9.528/97)
estabelece que não integram o salário de contribuição "as importâncias recebidas a
título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor
correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da
Consolidação das Leis do Trabalho-CLT".
Nos termos do art. 7º, XVII, da CF/88, os trabalhadores urbanos e rurais têm
direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal.
O art. 392 da CLT proibia o trabalho da mulher grávida seis semanas antes e
seis semanas depois do parto. Com Decreto-Lei 229/67, essa proibição ficou
estabelecida entre as quatro semanas antes e 8 semanas depois do parto.
Atualmente, o art. 392 da CLT dispõe que "a empregada gestante tem direito à
licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do
salário" (redação dada pela Lei 10.421/2002).
Nos termos do art. 3º da Lei 8.212/91, "a Previdência Social tem por fim
assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de
incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de
família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente".
Não é por outra razão que, atualmente, o art. 28, § 2º, da Lei 8.212/91 dispõe
expressamente que o salário maternidade é considerado salário de contribuição.
Omissis.
Omissis.
Omissis.
O art. 7º, XIX, da CF/88 assegura aos trabalhadores urbanos e rurais, entre
outros direitos, licença paternidade, nos termos fixados em lei.
Por força do art. 10, § 1º, do ADCT, "até que a lei venha a disciplinar o
disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se
refere o inciso é de cinco dias".
Em sua redação original, o art. 28, § 9º, da Lei 8.212/91 dispunha que a
importância recebida a título de aviso prévio indenizado (alínea "e") não integrava o
salário de contribuição. Essa previsão foi suprimida pela Lei 9.528/97 (conversão da
Medida Provisória 1.596-14/97).
Não obstante tal alteração, permaneceu vigente o disposto no art. 214, § 9º, "f",
do Decreto 3.048/99, segundo o qual não integrava o salário de contribuição a
importância recebida a título de aviso prévio indenizado. Apenas em 2009, por meio do
Decreto 6.727, houve a revogação de tal dispositivo.
Nos termos do art. 60, caput, da Lei 8.213/91, "o auxílio-doença será devido
ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e,
no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto
ele permanecer incapaz" (com redação dada pela Lei 9.876/99).
Nesse sentido:
Omissis.
Omissis.
Omissis.
Omissis.
Omissis.
3. Conclusão.
É o voto.
RATIFICAÇÃO DE VOTO
QUESTÃO DE ORDEM