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GAZETA

DE

MATEMATICA
JORNAL DOS CONCORRENTES AO EXAME DE APTIDÃO E DOS
ESTUDANTES DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS SUPERIORES

ANO XII OUTUBRO 1951

SUMÁRIO

A Análise Infinitesimal no Ensino Secundário


por José Sebastião e Silva

A Função de Forças e a Equação de Ampere

por José Gaspar Teixeira

Um Teorema da Metamatemática
por Maria Teodora Alves

Pedagogia
o programa de Matemática da actual reforma do Euslno Liceal-II

por Maria Teodol'a Alves

Matemáticas Elementares
Pontos de exame do 3.° ciclo do Ensino Liceal e de exames do

aptidão às Escolas Superiores

Matemáticas Superiores
Pontos de exames de freql\�ncía e finais

Álgebra Suporior - Matemáticas Gerais - Cáleulo Infinitesimal

- Mecânica Racionai

Problemas

Boletim Bibliográfico

DEPOSITÁRIO: LIVRARIA SÁ DA COSTA / RUA GARRETT, 100-102 /LISBOA


,

ANO XII-N.o 49 GAZETA DE MATEMATICA OUTUBRO -1951

REDACTOR PRINCIPAl.: M. Zaluar • EDITOR: Gazeta de Matemática, Lda . • ADMINISTRADOR: A. Sá da Costa

REDACTORES ADJUNTOS: J. Gaspar TeÚlJeira, J. Morgado e J. da Silva Paulo


Composto na Tipografia Matemática, Lda. - R. Almirante Barroso, 20, rlc - LlSBOA·N

A Análise InFinitesimal no Ensino Secundário


por José Sebastião e Silva

A análise infinitesimal é o ramo da matemática que em Portugal hão-de ter sentido, nesse momento, ínti­
maior êxito tem alcançado nas aplicações às ciências mo regosijo, por verem que o bom-senso acabou por
da natureza, e é por isso, também, o mais extenso, o triunfar.
mais rico, o mais fecundo, deixando a perder de vista Não faltou depois, e não falta (a história de «O
a álgebra ou a geometria, Não é portanto de estra­ velho, o rapaz e o burro» .. . ) quem protestasse contra
nhar que a sua exclusão completa do programa dos a enormidade que é apresentar a alunos do liceu con­
liceus - como acontecia na reforma de 1936 - viesse ceitos tão delicados como o de infinitésimo e o de
a produzir graves perturbações no ensino global das derivada. Que se trata de conceitos delicados, ninguém
matérias científicas. Sem ter adquirido a mínifna o pode contestar; mas qua�to a serem inacessíveis a
familiaridade com os conceitos de infinitésimo e de rapazes de 15 ou 16 anos, temos de falar . . .
derivada, o aluno, ao entrar na universidade, passava Não, senhores de pouca fé ! As grandes ideias cria­
bruscamente a ter de assimilar o método infinitesimal doras são sempre assim: o seu efeito sobre a mente
em todas as minúcias e com os requintes de subtili­ juvenil é comparável ao do ar forte da montanha, que
zação lógica que cem anos de crítica exaustiva lhe primeiro entontece, mas depois estimula e avigora.
infligiram, quási desfigurando a sua primária feição Dá-se o choque inicial- e logo depois começa a lenta,
intuitiva. Contemporâneamente, o mesmo aluno era subterrânea germinação de ideias que só o tempo e a

forçado a aplicar o referido método em cursos volu­ sã pedagogia podem levar a bom termo. Há que se­
mosos de física e de química, em que se fala de inte­ mear com antecedência as intuições primeiras para
grais, de gradientes e de outras finuras - quando ele que a colheita se possa fazer no momento oportuno.
ainda mal se entendia com as derivadas e estava bem O aluno que compreende fàcilmente é aquele que já
longe de saber o que é um integral. meditou sobre o assunto, e para quem os novos ensi­
O resultado era de prever. Queixavam-ge os alunos namentos são uma resposta luminosa a interrogações
de que lhes era exigido muito mais do que as suas pos­ que ficaram latentes no espírito. Quando se não faz
sibilidades lhes permitiam dar.,-e mal sabiam os alu­ a sementeira- o que se pode colher? Em pedagogia,
nos até que ponto estava com eles a razão. Queixa­ como na ciência, é por aproximações sucessivas que
vam-se os mestres de que os alunos vinham pessima­ se deve proceder, imitando, de certo modo, a evolução
mente preparados do liceu - e também os mestres, histórica da ciência. É preciso que o aluno comece
vamos lá, tinham a sua razão. por compreender em primeira aproximação ...
Evidentemente, a solução não estava em baixar o
nível do ensino universitário. A solução estava simples­
mente em regressar ao estado de coisas anterior a
1936, com os eventuais ajustamentos requeridos pela Reproduzir exactamente a evolução histórica é
evolr..ção da ciência e dos métodos de ensino. E foi impossivel- já M. de La Palisse era capaz de o dizer.
isto afinal o que, numa bora feliz, se decidiu fazer na Os criadores do cálculo infinitesimal estão bem longe
reforma de 1948. Estou certo de que todos os que se do rigor lógico exigido nos nossos tempos de crítica
interessam verdadeiramente pelo ensino das ciências inexorável. Veja-se a «Teoria das funções analíticas"
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de L agrange: as suas demonstraçõ es fazem sorrir pela O que desde logo se observa, na teoria dos limites,
ingenuidade dos processos. Percorrer no ensino os é que a li nguagem se torna mais intuitiva, quando se
mesmos passos vacilantes seria sim plesmente u ma fala de «limite duma variável» em vez de «limite duma
tol ice . sucessão» ou de (<limite duma funçãoll. Mas é preciso
Mas a matemática não é só lógica; a matemática é ter presente que não faz sentido falar de limite duma
um produto humano, intimamente ligado às necessidades variável independente; na realid a de, é de limites de
do homem, à sua existência sobre este planeta. Ensinar funções qu e se trata sempre: - fun ções de variável
matemática sem mostrar a origem e a finalidade dos inteira (sucessões) ou funções de variável real.
conceitos é como falar de cores a um daltónico: é Consideremos uma variável real Xn função da variá­
construir no vazio. E spe c ulações matemáticas que, vel natural n: a cada valor de n corresponde um
pelo meno.� de início, não estej am solidamente ancoradas dete rminado valor de xn; assi m . a 1 c orresponde Xi'

em intui ções, resultam inoperantes, não falam ao espí­ a 2 corresponde X2' etc. Os valores de Xn dispostos
rito, não o iluminam . por ordem crescente dos índices formam uma sucessão,
o ideal seria conciliar o máximo de intuitividade
com o máximo de racionalidade. E por isso mesmo que
não há uma f órmul a para efectuar esta conciliação é de que a v ari ável x. se diz o termo geral.
que a pedagogia é mais uma arte da que uma ciência. Matemàt icamente, nenhuma distinção pode existir
E é por isso também que se torna tão melindroso entre « vari áv el Xn» e «sucessão de termo geral x,,»,
escrever livros de matemática para os liceus. Entre porquanto as duas ex pressões result am e q uivalent e s
nós, agora e ntão, dup l am ente difícil, por causa da­ em qualq uer proposição da teori a. Mas a verdade é
quele int erregno de 12 anos, que afas tou os professo­ que, psicol o gicamente, os dois conceitos se dis tinguem:
res dos assuntos da análise. o pr imeiro parece . ligado à i deia de tempo, enquanto o
Este a fas tam ento já se traduziu de man e ira elo­ segundo parece l ig ado à ideia de espaço (A x. pode­
que nte nas defic i ê ncias do compê n dio de álgebra que riamos ainda chamar « va r i ável ordenada», se esta
foi adoptado para os 6.° e 7.° anos dos liceus e que expressão não fosse usada hoje na literatura matemá­
tanto tem dado que falar. Ao lê-lo, fica- se com a im­ tica com um significado muito mais amplo) .
pressão de que o autor procurou refazer a sua cultura Posto isto , a teoria elementar dos l imites para as
matem ática no prazo de que d is punha para apresentar variáveis em quest ão (isto é, para as su cessões) p ode
o livro a concurs o- e é muito pro váv el que ele, a utor, desenvolver-se com uma grande simplicidade. E há
já se tenha apercebido dos inconvenientes da sua pre­ toda a vantagem, do ponto de vista pedagógico, em
c ipit a ç ão . que, ao conceito de l i m ite, se antep onha o conceito de
Não quero com isto insinuar que não houvesse entre inf initésimo. Cumpre-nos prestar aqui justiça ao pro­
os act ua is profes sores quem p udesse fazer melhor. grama actual, que coloca o estude dos infinitésimos
O que me parece incontestável é a necessidade de antes do estudo dos limites - o que tem provocado
organizar reuniões pedag ógicas de professores do críticas injustas da p a rte de vários professores.
ensino secundário e do ensino superior, em colóquios, O concei to de infinitésimo é formalm e nte mais simples
con fer ências, etc., à se mel hança do que se faz lá fora. que o conceito de limite: «Diz-se que a variável Xn é
Seria oportuno rever o plano que, neste sentido, foi um inf i n ités i mo, quando, dado um número po s itivo �,
apresentado há quatro anos ao Instituto para a Alta por mais pequeno q ue este seja, existe sempre uma
Cultura pelo Professor H ugo Ribeiro , e de que já se ordem nl' tal que se t e nha I Xn I < Il, para todos os
tinha falado anteriormen te na Gazeta de Matem áti c a valores de n superiores a nl»' (A ordem nl depende
(n.o 26). em geral de S, s e n do tanto maior quanto menor for Il).
Claro está que, na prática do e ns ino, esta defi n ição
deve ser psic ol o gic amente preparada com exemplos
graduados; parece-me até que conviria começar por
A análise infinitesimal assenta essenciaJmcnte sobre definir as n oçõ es de « v ari áv e l limitada » , de (<variável
os con c eitos de função e de limite. E é sobretudo nesta crescente» e de (<infinitamente g rande », comparando­
base que reside a delicadeza do problema pedagógico -as entre si.
de que nos estamos ocupando. Felizm ente, têm-se feito A definição de limite duma sucessão pode ser dada
grandes progressos no sentido da clar ificação dos imediatamente a seguir àquela de i n finitésimo:
fundamentos da análise. E é hoje mais fácil do que «Diz-se que a variável Xn tem por limite o número a
o utrora aquela co n c iliação da lógica com a intu iç ão quando xn-a é um infinit é s imo », Nenhum inconve­
a que já nos referimos. Mas todo o cuidado é pouco niente em formular a definição directa. É claro que
para não c,air em qualquer dos extremos ... se impõe, nesta altura, recorrer a e xe m plos concret os
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fornecidos pela geometria, recordando sumàriamente se, a toda a sucessão XI' x� , ... , Xn, • • • de valores
o uso que desta noção já tinha sido feito em anos ante­ de x (distintos de a) tendente para a, corresponde
riores, no cálculo de áreas e volumes (por via intui­ urna sucessão f (Xl) ,f (x�) , "' , f(xn) , '" de valores
tiva). de f ( x) , tendente pata b ,).
Em seguida, podem estabelecer-se os teoremas rela­ A definição é, corno se vê, imediatamente apreen­
tivos à soma de dois ou mais infinitésimos e aO sivel. Que necessidade há então de utiliza!' depois uma
produto dum infinitésimo por uma variável limitada outra, mais artificiosa, menos intuitiva(1)-com aquele
(com os corolários relativos ao produto duma cons­ jogo dos;;' e dos E, que tanto desnorteia os rapazes?
tante por um infinitésimo e ao produto de dois infini­ Só pelo prazer bizarro de dar uma definição pura, em
tésimos). As demonstrações podem ser feitas, ao mesmo que não intervem o conceito de limite duma suces­
tempo com extrema simplicidade e rigor absoluto, são? Não,a razão não é essa.
Após este prévio estudo dos infinitésimos, em que É que, para demonstrar certos teoremas fundamen­
a dificuldade das demonstraçÕes é reduzida a um tais da análise - teorema de Weierstrass, teorema da
mínirpo, tornando quási insensível a subida- a álgebra continuidade uniforme, etc. - a primeira definição
dos limites (<<limite da soma», «limite do produto», obriga a utilizar o axioma de Zermelo, esse fantasma
«limite do cociente») pode desenvolver-se de maneira inquietante diante do qual tanto's
bem mais simples e natural do que é uso fazer-se. E pulosos empalidecem e recuam.
esta primeira parte do estudo dos limites deveria ter­ Mas, senhores, não há aqui motivo para inquieta­
minar com uma análise detalhada dos casos que se ções I O fantasma _não aparece no liceu, pela simples
podem apresentar, no produto dum infinitamente razão de que tais teoremas não fazem, nem deveJIl
grande por um infinitésimo, no cociente de dois infi­ fazer, parte do programa. Há tempo depois, na uni­
nitésimos, etc. - pretexto natural para um primeiro versidade, para mostrar lue as duas definições são
contacto com o símbolo 00 e com os símbolos de inde­ equivalentes, desde que se admita o axioma de Zermelo
terminação. - óptima ocasião para dirigir a curiosidade dos alu­
nos sobre uma das mais perturbantes questões de
filosofia matemática, em que, inesperadamente, se
rasga uma janela sobre o infinito.
A seguir aos limites de sucessões - os limites de As vantagens da primeira definição (no estilo de
funções (de variável real). E logo aqui surge uma Heine) não se reduzem à espontaneidade da definição
questão delicadíssima. Corno se sabe, o conceito de em si: .concretizam-se depois nas demonstrações
«limite duma função f (x) quando x tende para um dos teoremas relativos ao «limite da soma», «limite
número a» pode ser definido pelo menos de duas do produto», etc. -já que, por esta via, esses teore­
maneiras diversas: ou partindo da noção já definitla mas aparecem como consequências imediatas das
de limite duma sucessão (orientação de Heine) ou correspondentes proposições relativas a sucessões.
directamente, com o conhecido jogo dos ;;, e dos • Mais ainda: a referida definição aplica-se perfeita­
(orientação de Cauchy). mente ao caso em que uma das constantes a, b (ou ambas)
A primeira definição é sem dúvida a mais natural. é um dos símbolos 00, + 00 ou - 00 . Ora tal não
O que se pretende atjnal dizer, afirmando que f (x) acontece com a definição de Cauchy, que só é válida
tende para b quando x tende para a? Isto apenas: que no caso de a, b serem finitos. Quando esta hipótese
quando a variável x passa por uma sucessão qualquer não é introduzida, há que formular uma definição
de valores tendente para a, a função f (x ) passa para cada uma das 16 modalidades possíveis e fazer
necessàriamente por uma sucessão de valores tendente as demonstrações nos respectivos teoremas I É certo
para b. Note-se que a sucessão de valores de x consi­ que bastava definir directamente duas dessas modali­
derada pode ser qualquer, contanto que tenda para a: dades e reduzir as restantes às primeira:; mediante
o que se pretende atirmar é que f (x) tende para b, transformações simples. Mas onde está então a uni­
qualquer que seja o modo por que x tende para a. Ulte� dade, a nitidez doutrinal tão cara aos matemáticos?
riormente, para comodidade da exposição, impõe-se Não há- portanto que hesitar, no curso dos liceus.
ainda aos valores de x a condição de serem diferentes
de a. E assim a definição surge, na sua torma-defi­
nitiva: (1) Segundo o estilo de Cauchy, a definição pode ser assim for­
mulada: "Diz-se que f (x) tem por limite b quando x tende para
«Diz-se que f (x) tende para b quando x tende
ai se, a todo o númereo �>O, se pode associar um número ;;'->0,
para a, e 'escreve-se: de modo que se tenha I f (x)-b I < �, sempre que I x-a I < � Il.
A definição torna-se mais intuitiva quando se usa a linguagem
limf(x) = b,
%---+a das vizinhanças (Intervalos centrados em a e t'm b).
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A primeira definição impõe se categoricamente, uma


- potente, de exaltante! É a aragem vigorosa do racio­
vez que a segunda, como vimos, corresponde a escrú­ nalismo científico que começa a pe rcutir o nosso
pulo s de lógica que não têm qualquer sentido nesta espí rito .

*
fase do ensino.
«< * *

* *
Porque não introd uz ir no 7.° an o a noção de inte­
A origem do conceito de limite conhece-a já o alu­
gral? Pois não é verdade que nos cursos gerais de
no, através dos exemplos da geometria. Mas a van­
física e de química se faz uso frequente desta noção?
tagem, a finalidade daquela delicada rede de defini­
Não se tratava, evidentemente, de fazer uma teoria
ções e de teoremas não lhe surgirá tão claramente ao
do integral segundo Riemann .. . Tratava-se apenas de
e spírito - se logo em seguida não se passar ao estudo
criar uma intuição, e de logificar essa intuição na
das derivadas, única aplicação que se faz da teOJ ia
medida em que tal fosse possível e oportuno.
dos limites no ensino secundário(!). De contrário, essa
Reconstituir a função a partir da derivada - a equa­
construção lógica, assim suspensa a meio do 6.° ano,
ção dos espaços a partir da equação das velocidades,
há-de parecer-lhe um bizantinismo, uma daquelas o movimento a partir da força - pode haver problema
caturrices que se sofrem, mas não se compreendem.
mais sugestivo e que mais prenda a atenção do aluno?
Eu estou certo de que o autor ou os autores do pro­ A solução está naturalmente indicada; inesperada­
grama já se convenceram de que o capítulo das deri­ mente o problema surge como equiv a lente ao do cál­
vadas não foi colocado no lugar conveniente. De resto,

culo d s áreas - e eis finalmente a n o ção de integral!
o estudo das derivadas deve Bel' feito em estreita
Alguns casos de integração imediata, as primeiras
conexão com o dos movimentos, na física.
regras formais de integração, podiam e deviam ser
Introduzir o conceito matemático de derivada sem
ensinadas nesta altura.
ter partido do conceito mecânico de velocidade, e sem
Haveria certamente que suprimir partes da matéria
depois apresentar as múltiplas concretizações da
que tivessem menor interesse. Elltou a lembrar-me da
mesma ideia na geometria e na física - é um erro
equação de Diofanto, que se tem venerado como um
grave de pedagogia. (2) Com tal orientação abstracta,
tabú através dos tempos. Todos os anos, pacient e ­
o aluno ficará perplexo e frio, como diante dum corpo mente, os alunos vão aplicando aquele processo maqui­
sem alma; ao pas�o que tudo se ilumina, e o espírito nal que permite obter soluções inteiras e positivas. Com
se povoa de belas ressonâncias criadoras, apenas &e
que finalidade, pode saber-se? Para resolver proble­
estabelece o contacto com o mundo extljrno.
mas de Almanach, cuja subtileza está em atender a
Todos os que, desde os bancos do liceu, se têm inte­
que não existem fracções de homem ou números nega­
ressado pela matemática, hão-de recordar-se do prazer
tivos de cavalos?
intelectual que se experimt'nta, por exemplo, ao
Seja-me permitida uma última observação a respeito
conhecer a maneira elegante por que, da lei dum
do programa (a cujos méritos não recuso homen agem) .

movimento, se consegue deduzir a velocidade e a ace­ No 6.° ano está indicada, como abertura, uma
leração em função do tempo, e portanto a força que teoria sintética dos números re ais , construída com
determina o movimento. Qualquer coisa de novo, de largo apêlo à intuição. Sem isso, tudo o resto está
condenado a cair pela base e não são os frágeis
(I) É claro que co nsider amos incluldos na teoria dos limites o
-

estudo da continuidade e o das indeterminações. alicerces lançados em anos anteriores que viriam
(,) Continuo a referir·me à fase de I n iciação . salvar a situação.

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