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1 - DEFINIÇÃO
Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças
normais de compressão são predominantes.
Pilar-parede é aquele pilar no qual a maior dimensão em planta é maior que 5 (cinco) vezes a
outra dimensão.
2.1 - Dimensões
A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua forma, não
deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de
dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes finais de
cálculo nos pilares, quando de seu dimensionamento, por um coeficiente adicional γn dado pela
seguinte equação:
γn = 1,95 - 0,05b,
onde b é igual à menor dimensão da seção transversal do pilar.
TABELA 1 – Valores de γn
b ≥ 19 18 17 16 15 14
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
2.2 - Armaduras
c – A área máxima de armadura As deverá ser sempre ≤ 0,08 (Ac)real mesmo nas regiões
de emenda por traspasse.
PISO (i+1)
l PISO (i+1)
PISO i PISO i
l
l PISO (i-1)
l PISO (i-1)
PISO (i+2)
l
PISO (i+1)
l PISO (i+1)
PISO i
l l
/ l
50% da Armadura
emendada
l PISO i
l PISO (i-1)
40 cm
eeixo e eixo ≤
2 b
b – O espaçamento longitudinal (s) entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para
garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais deve ser igual
ou inferior ao menor dos seguintes valores:
20 cm;
s ≤ menor dimensão da seção;
12 φ
long para CA 50, 24 φ long para CA 25
φt
φlong (CA-50)
10 12,5 16 20 22 25
5 12 15 19 20 - -
6,3 12 15 19 20 20 20
8 12 15 19 20 20 20
eimp eimp
1 1
θ1 = ≤
100 H i 200
Hi
Hi
φ1 2 φ1 Hi = comprimento do pilar em
metros
Admite-se que, nos casos usuais, a consideração apenas da falta de retilineidade ao longo do lance
do pilar seja suficiente.
Momento mínimo
O efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser substituído em estruturas reticuladas pela
consideração do momento mínimo de 1ª ordem dado a seguir:
M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03h),
onde h é igual à altura total da seção transversal na direção considerada, em centímetros.
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja atendido
se for respeitado esse valor de momento total mínimo. A este momento devem ser acrescidos os
momentos de 2ª ordem, quando for o caso.
Quando do dimensionamento de cada lance de um pilar deve ser realizada uma análise dos efeitos
locais de 2ª ordem ao longo dos mesmos. Os pilares isolados, para fins de verificação local,
devem ser formados pelas barras comprimidas, retiradas da estrutura com comprimento l e ,
porém aplicando-se às suas extremidades os esforços obtidos na análise global da estrutura.
Podemos então ter três situações distintas nos pilares como mostrado abaixo:
P P P
A A A
B
B B
P P P
Observando-se as três situações acima, constata-se que o caso (a) corresponde à pior situação.
Para esse caso, o maior deslocamento transversal do eixo ocorre no trecho central. Para o pilar do
caso (b), o deslocamento máximo ocorre em uma seção mais próxima do extremo a. No caso (c),
o deslocamento no trecho central é nulo e, provavelmente, a ruína ocorrerá na seção de
extremidade, sendo desprezível o efeito de segunda ordem local.
M A e M B são momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser adotado para
M A o maior valor absoluto ao longo do pilar e para M B o sinal positivo, se tracionar a
mesma face que M A ; e negativo em caso contrário.
d) Para pilares biapoiados ou em balanços com momentos menores que o momento mínimo
especificado anteriormente:
α b = 1,0
P P
H H
l l
M= H.l + P.∆
M=H.l Momento fletor de 1ª ordem
Momento fletor de 2ª ordem
ε
Fig. 4.3: Não Linearidade Física
v= N sd
≥ 0,5 , onde
AC . f c d
Nsd = força normal solicitante de cálculo;
Ac = área da seção real;
fcd = resistência de cálculo à compressão do concreto; e
h = dimensão da seção na direção considerada.
Pilares Internos: Os momentos que as vigas transmitem a esses pilares são pequenos e, em geral,
podem ser desprezados. Quando os vãos da viga, adjacentes ao pilar, forem
muito diferentes entre si, ou quando houver significativa diferença no
carregamento desses vãos, pode ser necessário considerar os momentos
iniciais transmitidos pela viga. Dessa forma, um pilar interno está em uma
situação de projeto de compressão centrada, a menos que, por razões
construtivas, a força de compressão não atue no seu eixo (vigas excêntricas
em relação ao seu eixo).
Pilares de Borda: Neste caso, os momentos transmitidos pelas vigas devem ser considerados.
Dessa maneira, a situação de projeto é de flexão normal composta.
Pilares de Canto: A situação de projeto é de flexão oblíqua composta, já que devem ser
considerados os momentos transmitidos por ambas as vigas que nele
terminam.
{
y y
Nsd
Nsd Nsd ey
hy x ou
x x
ex
hx
onde
M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 h)
Nd = força normal solicitante de cálculo;
h = altura total da seção transversal na direção considerada, em centímetros;
e2 = excentricidade de 2ª ordem caso λ 1 ≤ λ ≤ 90 em cada direção.
A excentricidade total para cada direção é dada por:
ex = (1,5 + 0,03 hx) + e2x, caso λ 1 x ≤ λ x ≤ 90 .
, onde v = N sd ≥ 0,5 .
1 0,005 0,005
= ≤
r h (v + 0,5) h Ac . f c d
A armadura final a ser adotada deve atender a todas as situações acima, não sendo
necessária a superposição das armaduras.
Exemplo 1
Dimensionar e detalhar um pilar com seção transversal 30 x 30 cm, submetido a uma força de
compressão suposta centrada N = 750 kN.
Dados: ℓe = 350
Concreto fck = 20 MPa
Aço CA 50
Solução:
a) Estudo das excentricidades
• Direção x
e x = (1 ,5 + 0 ,03 h x ) + e 2 x = (1 ,5 + 0 ,03 x 30 ) + e 2 x
Cálculo de e 2 x
le 350
λ x = 12 = 12 x = 40 ,4
hx 30
25 + 12 ,5 e 1 h
e1 = 0 e α b = 1 ⇒ λ1 x = = 25 ∴ λ 1 x = 35
αb
λ x > λ1 x ⇒ e 2 x ≠ 0
Nd 1 ,4 2 x 750
ν = = = 0 ,817 > 0 ,5 ok! ! !
Ac . f cd 900 x 2
∴ N d = 1 ,4 x 750 = 1050 kN
• Direção y = Direção x
b) Dimensionamento
• Direção x = Direção y
Ábaco de flexão normal composta com armadura simétrica
Nd 1 ,4 2 x 750
ν = = = 0 ,817
Ac . f cd 900 x 2
⇒ ω = 0 ,275
Md Nd . ex ν . e x 0 ,817 x 3 ,95
µ= = = = = 0 ,108
Ac . h . f cd Ac . h . f cd h 30
ω . Ac . f cd 0 ,275 x 900 x 2
∴ As total = = = 8 ,13 cm 2
f yd 1,4 x 43 ,5
c) Detalhamento
As face 8 ,13
As face = = = 4 ,07 cm 2 ⇒ 2 φ 16 mm
2 2
Estribo : φ 5 ,0 mm
Espaçamento do estribo ≤ 20 cm
Menor dim ensão da seção = 30 cm ⇒ 19 cm
12 φ long = 12 x 1,6 = 19 cm
Estribo : φ 5 ,0 mm c / 19 cm
d) Calculo de ℓb
φ f yd φ 43 ,5
lb = = = 43 ,5 φ = 43 ,5 x 1 ,6 = 70 cm
4 f bd 4 0 ,25
f bd = η 1 . η 2 . η 3 . f ctd = 2 ,25 x 1 ,0 x 1 ,0 x 0 ,111 = 0 ,25 kN / cm 2
- coeficiente de conformação superficial da barra
CA – 60 → = 1,4 – Barra entalhada
CA – 50 → = 2,25 – Barra nervurada
- posição relativa de aderência da barra durante a concretagem
Barra vertical → Boa aderência = 1,0
Má aderência = 0,7
- diâmetro da barra
≤ 32 mm → = 1,0
0 ,7 x 0 ,3 x ( f ck ) 3 0 ,7 x 0 ,3 x (20 ) 3
2 2
f ctk , inf
f ctd = = = = 1 ,11 MPa = 0 ,111 kN / cm 2
γc 1 ,4 1 ,4
Exemplo 2
Dimensionar e detalhar um pilar com seção transversal 15 x 60 cm, submetido a uma força de
compressão suposta centrada N = 700 kN.
Dados: ℓe = 300 cm
Concreto fck ≥ 25 MPa
Aço CA 50
Solução:
∴ N d = 1 ,4 x 1 ,2 x 700 = 1176 kN
• Direção y ( hy = 60 cm)
( )
e y = 1,5 + 0 ,03 h y + e 2 y = (1,5 + 0 ,03 x 60 ) + e 2 y
Cálculo de e 2 y
le 300
λ y = 12 = 12 x = 17 ,3
hy 60
λ y < λ1 y = 35 ⇒ e2 y = 0
e y = (1 ,5 + 0 ,03 x 60 ) + 0 = 3 ,3 cm
∴ N d = 1 ,4 x 1 ,2 x 700 = 1176 kN
b) Dimensionamento
• Direção x
Ábaco de flexão normal composta com armadura simétrica
Nd 1 ,4 2 x 1 ,2 x 700
ν = = = 0 ,732
Ac . f cd 900 x 2 ,5
⇒ ω = 0 ,60
Md Nd . ex ν . e x 0 ,732 x 4 ,65
µ= = = = = 0 ,227
Ac . h . f cd Ac . h . f cd h 15
ω . Ac . f cd 0 ,60 x 900 x 2 ,5
∴ As total = = = 22 ,17 cm 2
f yd 1,4 x 43,5
As total 22 ,17
As face = = = 11 ,09 cm 2 ⇒ 6φ 16 mm
2 2
• Direção y
Ábaco de flexão normal composta com armadura simétrica
Nd 1 ,4 2 x 1 ,2 x 700
ν = = = 0 ,732
Ac . f cd 900 x 2 ,5
⇒ ω = 0 ,0
Md Nd .ex ν . e x 0 ,732 x 3 ,30
µ= = = = = 0 ,040
Ac . h . f cd Ac . h . f cd h 60
As total 4 ,05
As face = = = 2 ,03 cm 2
2 2
c) Detalhamento
Estribo : φ 5 ,0 mm
Espaçamento do estribo ≤ 20 cm
Menor dim ensão da seção = 15 cm ⇒ 15 cm
12 φ long = 12 x 1,6 = 19 cm
Estribo : φ 5 ,0 mm c / 15 cm
{
y
y y
eix Nsd
hy Nsd ey
x ou
Nsd x x
ex
hx Figura a Figura b
O pilar deve ser dimensionado para as duas situações de cálculo indicadas nas figuras a e b de
flexão normal composta.
Em virtude da forma do diagrama de momento fletor inicial, não se sabe a priori qual seção do
pilar será a mais solicitada. Assim deve ser feita a verificação do momento fletor tanto nas
seções de extremidade quanto na seção intermediária de modo a se dimensionar para o maior
momento fletor encontrado.
Portanto o dimensionamento será feito sempre, para cada direção, combinando-se a força
normal solicitante de cálculo Nsd com um momento máximo no pilar, determinado de
acordo os sub-itens seguintes.
Caso 1 - Se λx ≤ λ1x ≤ 90
Não é necessário considerar o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
Md,tot = Nsd . ( e* + eimp ) ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hx)
onde
e* = 0,6 . (MA / N) + 0,4 . (MB / N) ≥ 0,4 . (MA / N) ;
eimp = θ 1 . (H / 2) , exceto no caso de pilares em balanço, onde se deve
adotar eimp = θ 1 . H;
1 1
θ1= ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
M A e M B são momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser adotado para
M A o maior valor absoluto na extremidade do pilar e para M B o sinal positivo, se
tracionar a mesma face que M A , e negativo em caso contrário.
Caso 2 - Se λ1x ≤ λx ≤ 90
Deve ser considerado o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
M d,tot = Nsd . ( e* + eimp ) + Nsd . e2x
onde
Nsd . ( e* + eimp ) ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hx)
v= N sd
≥ 0,5
AC . f c d
Portanto o momento para dimensionamento Md,tot será o maior valor obtido entre os itens
a e b anteriores.
A NBR 6118 exige a verificação da seção nessa direção, através de um momento total
máximo no pilar, dado pela expressão:
onde
M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hy )
Nd = força normal solicitante de cálculo;
hy = altura total da seção transversal na direção y, em centímetros;
e2y = excentricidade de 2ª ordem, caso λ1y ≤ λ y ≤ 90 .
2
l ey 1 1
e2 y = ⋅ , sendo a curvatura na seção crítica.
10 r r
1 0,005 0,005
= ≤
r hy (v + 0,5) hy
v= N sd
≥ 0,5
Ac . f c d
Exemplo 1
Determinar as excentricidades, indicando-as em croquis, para dimensionamento do pilar BD do
pórtico abaixo. No plano perpendicular ao plano da figura, o pilar está contraventado nos pontos
B e D.
1200 kN
550 kN
288,48 kNm 350 kN 280 kN
55 kN/m
30 kN/m
45,5 kN 350 kN
A B C
224,9 kN 5m
40 cm
40 cm
D = 50 cm
Solução:
- Seção de extremidade – Nó B
e ix = 4 ,02 cm
e x ,min = 1 ,5 + 0 ,03 x 50 = 3 ,0 cm
e x = 4 ,02 cm
- Seção intermediária
le 500
λx = = 0 ,7 x = 28
ix 50
4
e1 = 4 ,02 cm
∴ λ1 x =
( ) = 25 + 12,5(
25 + 12 ,5 e1 h 4 ,02
50 ) = 64 ,37
αb 0 ,404
∴ λ x < λ 1 x ⇒ e 2 x = 0 ⇒ Caso 1
e x = e*x + e x ,imp
1 500 1 1
e x ,imp = θ 1 x H = x = x 250 = x 250 = 1 ,12 cm
2 100 H 2 100 5 ,0 223 ,6
( )
e y = 1 ,5 + 0 ,03 x D y + e 2 y = (1 ,5 + 0 ,03 x 50 ) + e 2 y
Cálculo de e 2 y
l e 500
λy = = = 40
i y 50
4
e1 = 0 e α b = 1 ⇒ λ1 y =
( ) = 25 ∴ λ
25 + 12 ,5 e1 h
1 y = 35
αb
Nd 1 ,4 2 x 1822 ,6
ν = = = 0 ,61 > 0 ,5 ok .
Ac . f cd 1963 x 3
c) Croquis da excentricidade
5,26 cm ou 5,26 cm
Exemplo 2
250 kN
400 kN
75,95 kNm
50 kN/m
30 kN/m
5 kN
C
6,1 kN A B
5m
211 kN
15,9 kN 11,1 kN
D
904,9 kN
5m 2m 4m
45
40 cm
cm
Solução:
D 904,9 kN 0 kN.m D
(ei = 0)
- Seção de extremidade – Nó B
N d = 1 ,4 x 904 ,9 = 1267 kN
M 1d , A = 1 ,4 x 904 ,9 x 6 ,13 = 7766 kN .cm
M 1d , min = 1 ,4 x 904 ,9 x (1 ,5 + 0 ,03 x 40 ) = 3421 kN .cm
M d = 1 ,4 x 904 ,9 x 6 ,13 = 7766 kN .cm
- Seção intermediária
N d = 1 ,4 x 904 ,9 = 1267 kN
le 500
λ x = 12 = 12 x = 43 ,3
hx 40
e 1 = 6 ,13
α b = 0 ,6 + 0 ,4 = 0 ,6 + 0 ,4 0
Mb
M a M = 0 ,6
a
∴ λ1 x =
( ) = 25 + 12,5(
25 + 12 ,5 e1 h 6 ,13
40 ) = 44 ,86
αb 0 ,6
∴ λ x < λ 1 x ⇒ e 2 x = 0 ⇒ Caso 1
e x = e*x + e x ,imp
1 500 1 1
e x ,imp = θ 1 x H = x = x 250 = x 250 = 1 ,12 cm
2 100 H 2 100 5 ,0 223 ,6
( )
e y = 1 ,5 + 0 ,03 x h y + e 2 y = (1 ,5 + 0 ,03 x 45 ) + e 2 y
Cálculo de e 2 y
le 500
λ y = 12 = 12 = 38 ,5
hy 45
e1 = 0 e α b = 1 ⇒ λ1 y =
( ) = 25 ∴ λ
25 + 12 ,5 e1 h
1 y = 35
αb
λ y > λ1 y ⇒ e2 y ≠ 0
Nd 1 ,4 2 x 904 ,9
ν = = = 0 ,328 < 0 ,5 ⇒ ν = 0 ,5
Ac . f cd 1800 x 3
c) Dimensionamento
• Direção x
Ábaco de flexão normal composta com armadura simétrica
Nd 1 ,4 2 x 904 ,9
ν = = = 0 ,328
Ac . f cd 1800 x 3
⇒ ω = 0 ,0
Md Nd . ex ν . e x 0 ,328 x 6 ,13
µ= = = = = 0 ,05
Ac . h . f cd Ac . h . f cd h 40
As total 7 ,2
As face = = = 3 ,6 cm 2 ⇒ 2φ 16 mm
2 2
• Direção y
Ábaco de flexão normal composta com armadura simétrica
Nd 1 ,4 2 x 904 ,9
ν = = = 0 ,328
Ac . f cd 1800 x 3
⇒ ω = 0 ,0
Md N d . ey ν . e y 0 ,328 x 5 ,63
µ= = = = = 0 ,041
Ac . h . f cd Ac . h . f cd h 45
As total 7 ,2
As face = = = 3 ,6 cm 2 ⇒ 2φ 16 mm
2 2
d) Detalhamento
Estribo : φ 5 ,0 mm
Espaçamento do estribo ≤ 20 cm
Menor dim ensão da seção = 30 cm ⇒ 19 cm
12 φ long = 12 x 1,6 = 19 cm
Estribo : φ 5 ,0 mm c / 19 cm
Nsd eiy
hy
x
hx
Em virtude da forma do diagrama de momento fletor para cada direção, não se sabe a priori qual
seção do pilar será a mais solicitada. Assim deve ser feita a verificação dos momentos tanto para
as seções de extremidade quanto para a seção intermediária. Portanto o dimensionamento será
feito sempre, para as seções de extremidade (topo e base) e intermediaria, combinando-se a
força normal solicitante de cálculo Nsd com um par de momentos fletores ortogonais Mxd e
Myd, determinados de acordo os sub-itens seguintes.
Com o terno de valores Nsd, Mxd,A e Myd,A é feito o dimensionamento da seção à flexão
oblíqua composta correspondente à primeira situação de cálculo. Para este
dimensionamento pode ser utilizado o ábaco de roseta de autoria do Prof. Fusco.
Com o terno de valores Nsd, Mxd,B e Myd,B é feito o dimensionamento da seção à flexão
oblíqua composta correspondente à segunda situação de cálculo. Para este
dimensionamento pode ser utilizado o ábaco de roseta de autoria do Prof. Fusco.
onde
Nsd. ( ex* + eximp ) ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hx)
ex* = 0,6 . (MxA / N) + 0,4 . (MxB / N) ≥ 0,4 . (MxA / N) ;
eximp = θ 1 . (H / 2) , exceto no caso de pilares em balanço, onde deve-se
adotar eximp = θ 1 . H
1 1
θ1= ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
Caso λ1x ≤ λx ≤ 90, tem-se efeito local de 2ª ordem, portanto e2x dado por:
1
2
l ex 1
e2x = ⋅ , sendo a curvatura na seção crítica.
10 r r
1 0,005 0,005
= ≤
r hx (v + 0,5) hx
v= N sd
≥ 0,5
AC . f c d
b – Direção y
Myd,tot = Nsd . ( ey* + eyimp ) + Nsd . e2y
onde
Nsd . ( ey* + eyimp ) ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hy)
ey* = 0,6 . (MyA / N) + 0,4 . (MyB / N) ≥ 0,4 . (MyA / N) ;
eyimp = θ 1 . (H / 2) , exceto no caso de pilares em balanço, onde deve-se
adotar eyimp = θ 1 . H
1 1
θ1= ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
Caso λ1y ≤ λy ≤ 90, tem-se efeito local de 2ª ordem, portanto e2y dado por:
2
l ey 1 1
e2y = ⋅ , sendo a curvatura na seção crítica.
10 r r
1 0,005 0,005
= ≤
r hy (v + 0,5) hy
v= N sd
≥ 0,5
AC . f c d
Com o terno de valores Nsd, Mxd,tot e Myd,tot é feito o dimensionamento da seção à flexão
oblíqua composta correspondente à terceira situação de cálculo. Para este
dimensionamento pode ser utilizado o ábaco de roseta de autoria do Prof. Fusco.
Exemplo 1
Dimensionar e detalhar o pilar de canto com os momentos iniciais de serviço indicados nos
diagramas da figura abaixo.
Solução:
• Direção y – hy = 50 cm
M 1d , A = 1 ,4 x 50 = 70 kN .m = 7000 kN .cm
M 1d , min = 1 ,4 x 1600 x (1 ,5 + 0 ,03 x 50 ) = 6720 kN .cm
Adotar M 1d , A = 7000 kN .cm
M dy = 7000 kN .cm
• Direção y – hy = 50 cm
M 1d , A = 1 ,4 x 40 = 56 kN .m = 5600 kN .cm
M yd = 6720 kN .cm
M dy = 6720 kN .cm
( )
α b = 0 ,6 + 0 ,4 M B M = 0 ,6 + 0 ,4 − 30 38 = 0 ,284 < 0 ,4 ∴ α b = 0 ,4
A
∴ λ1 x =
25 + 12 ,5 e1 h( ) = 25 + 12,5( 2 ,38
25 ) = 65 ,48
αb 0 ,4
∴ λ x < λ 1 x ⇒ e 2 x = 0 ⇒ Caso 1
e x = e*x + e x ,imp
• Direção y – hy = 50 cm
le 300
λ x = 12 = 12 = 20 ,78
hy 50
e1 = 3 ,13 cm
α b = 0 ,6 + 0 ,4
Mb
M a
(
= 0 ,6 + 0 ,4 − 40
50
)
= 0 ,28 < 0 ,4 ∴ α b = 0 ,4
∴ λ1 y =
25 + 12 ,5 e1 h( ) = 25 + 12,5( 3 ,13
50 ) = 64 ,45
αb 0 ,4
∴ λ y < λ 1 y ⇒ e 2 y = 0 ⇒ Caso 1
e y = e*y + e y ,imp
M dy = 6720 kN .cm
d) Dimensionamento
Ábaco de flexão oblíqua composta para 8φ
• Primeira Situação de Cálculo
N d = 1 ,4 x 1600 = 2240 kN
M xd = 5320 kN .cm
M yd = 7000 kN .cm
Nd 1,4 2 x 1600
ν= = = 1,0
Ac . f cd 1250 x 2 ,5
M xd Nd .ex ν . e x 1 ,0 x 2 ,38
µ xd = = = = = 0 ,095
Ac . h x . f cd Ac . h x . f cd hx 25
⇒ ω = 0 ,52
M yd Nd .e y ν . e y 1 ,0 x 3 ,13
µ yd = = = = = 0 ,063
Ac . h y . f cd Ac . h y . f cd hy 50
ω . Ac . f cd 0 ,52 x 1250 x 2 ,5
∴ As total = = = 26 ,68 cm 2
f yd 1,4 x 43,5
Nd 1,4 2 x 1600
ν= = = 1,0
Ac . f cd 1250 x 2 ,5
M xd Nd . ex ν . e x 1 ,0 x 2 ,25
µ xd = = = = = 0 ,090
Ac . h x . f cd Ac . h x . f cd hx 25
⇒ ω = 0 ,50
M yd Nd .e y ν . e y 1 ,0 x 3 ,0
µ yd = = = = = 0 ,060
Ac . h y . f cd Ac . h y . f cd hy 50
ω . Ac . f cd 0 ,50 x 1250 x 2 ,5
∴ As total = = = 25 ,66 cm 2
f yd 1,4 x 43,5
e) Detalhamento
0 ,15 . N d 0 ,15 x 1 ,4 x 1600
As mínimo ≥ = = 7 ,72 cm 2
f yd 43 ,5
As total = 26 ,68 cm 2 ⇒ 8 φ 22 mm
Estribo : φ 6 ,3mm c / 20 cm
〈 20 φt
Fig. 7.1: Detalhamento da armadura de Pilar
≤ 20 φt
N13-Ø6.3 c/12
N12-4Ø10
Fig. 7.3: Detalhamento da armadura de Pilar
N16-Ø5 c/13
20
N14-12Ø12,5
13 N15-Ø5 c/13
Fig. 7.4: Detalhamento da armadura de Pilar
N18-Ø6,3 c/19
N17-10Ø16 (n 〈 6)
Fig. 7.5: Detalhamento da armadura de Pilar
N1-Ø6.3 c/15
N2-Ø6.3 c/15
N2-Ø6.3 c/15
N1-Ø6.3 c/15
Alternar
emendas C1
C2
R1 R2
〈 h
l l
′ h
2
2
l
〈 5 cm
h h 〈 4Ø
7
1 l
Fig. 7.8: Seção Constante Fig. 7.9: Transição Suave Fig. 7.10: Transição Brusca
Pilar Nasce
Pilar Continua
Pilar Morre
fck = 25 MPa
AÇO CA-50
9 – ANEXO 3
Dimensionamento de Pilares com o Método do Pilar Padrão
com Rigidez k Aproximada
M d ,tot =
M1
=
(h . N d + 5. M d ,tot ). M 1
3840 . (h . N d + 5. M d ,tot ) − h . N d . λ2 h . N d . λ2
(h . N d + 5. M d ,tot ) −
3840 . (h . N d + 5. M d ,tot ) 3840
M d ,tot . λ2 . h . N d
h . N d . M d ,tot + 5 . M 2
d ,tot − = h . N d . M 1 + 5. M 1 . M d ,tot
3840
λ2
h . N d . M d ,tot .1 − + 5. M d2,tot − h . N d . M 1 − 5. M 1 . M d ,tot = 0
3840
λ2
Considerando k1 = 1 − , tem-se:
3840
5. M d2,tot + (k1 . h . N d − 5. M 1 ) . M d ,tot − h . N d . M 1 = 0
5. M d2,tot + (k 2 − 5. M 1 ) . M d ,tot − h . N d . M 1 = 0
Resolvendo esta equação e desprezando-se sua raiz negativa visto que o valor esperado do
momento tem que ser positivo teremos:
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot =
10
A equação acima fornece de forma direta o valor de Md,tot pelo método do pilar padrão com
rigidez k aproximada, sem a necessidade de utilizar procedimento iterativo.
Se 90 < λ ≤ 200 , o pilar deve ser analisado através de algum processo rigoroso.
{
y y
Nsd
Nsd Nsd ey
hy x ou
x x
ex
hx
a) Momento na direção x
- Caso 1 – se λx ≤ λ1x ≤ 90
M d,tot = M 1d,mín = N sd (1,5 + 0,03hx ) .
- Caso 2 – se λ1x ≤ λx ≤ 90
5. M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25. M 12
M d ,tot = ≥ M 1d ,mín
10
onde
M 1 = M 1d,min = N sd (1,5 + 0,03hx )
λx 2
k1 = 1 −
3840
k 2 = k1 hx N sd
b) Momento na direção y
- Caso 1 – se λy ≤ λ1y ≤ 90
M d,tot = M 1d,mín = N sd (1,5 + 0,03hy ) .
- Caso 2 – se λ1y ≤ λy ≤ 90
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot = ≥ M 1d ,mín
10
onde
M 1 = M 1d,min = N sd (1,5 + 0,03hy )
λy
2
k1 = 1 −
3840
k 2 = k1 hy N sd
A armadura final a ser adotada deve atender a todas as situações acima, não sendo
necessária a superposição das armaduras.
{
y
y y
eix Nsd
hy Nsd ey
x ou
Nsd x x
ex
hx Figura a Figura b
O pilar deve ser dimensionado para as duas situações de cálculo indicadas nas figuras a e b de
flexão normal composta.
Em virtude da forma do diagrama de momento fletor inicial, não se sabe a priori qual seção
do pilar será a mais solicitada. Assim deve ser feita a verificação do momento fletor tanto nas
seções de extremidade quanto na seção intermediária de modo a se dimensionar para o maior
momento fletor encontrado.
b - Seção Intermediária
Na seção intermediária temos duas situações a considerar:
Caso 1 - Se λx ≤ λ1x ≤ 90
Não é necessário considerar o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
onde
e* = 0,6 . (MA / N) + 0,4 . (MB / N) ≥ 0,4 . (MA / N) ;
eimp = θ 1 . (H / 2) , exceto no caso de pilares em balanço, onde deve-se
adotar eimp = θ 1 . H
1 1
θ1= ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
M A e M B são momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser adotado para
M A o maior valor absoluto na extremidade do pilar e para M B o sinal positivo, se
tracionar a mesma face que M A , e negativo em caso contrário.
Caso 2 - Se λ1x ≤ λx ≤ 90
Deve ser considerado o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot =
10
λx 2
k1 = 1 − ;
3840
k 2 = k1 hx N d .
Portanto o momento para dimensionamento Md,tot será o maior valor obtido entre os
itens a e b anteriores.
- Caso 2 – se λ1y ≤ λy ≤ 90
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot = ≥ M 1d ,mín
10
onde
M 1 = M 1d,min = N sd (1,5 + 0,03hy )
λ y2
k1 = 1 −
3840
k 2 = k1 hy N sd
Nsd eiy
hy
x
hx
Em virtude da forma do diagrama de momento fletor para cada direção, não se sabe a priori
qual seção do pilar será a mais solicitada. Assim deve ser feita a verificação dos momentos
tanto para as seções de extremidade quanto para a seção intermediária. Portanto o
dimensionamento será feito sempre, para as seções de extremidade (topo e base) e
intermediaria, combinando-se a força normal solicitante de cálculo Nsd com um par de
momentos fletores ortogonais Mxd e Myd, determinados de acordo os sub-itens seguintes.
Caso 1 - Se λx ≤ λ1x ≤ 90
Não é necessário considerar o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na
seção intermediária será:
1 1
θ1= ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
Caso 2 - Se λ1x ≤ λx ≤ 90
Deve ser considerado o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot =
10
onde
M1 = 1,4 . α b . MxA ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hx)
λx 2
k1 = 1 − ;
3840
k 2 = k1 hx N sd .
b – Direção y
Na seção intermediária temos duas situações a considerar:
Caso 1 - Se λy ≤ λ1y ≤ 90
Não é necessário considerar o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na
seção intermediária será:
1 1
θ1 = ≤ , onde H é o comprimento do pilar em metros.
100 H 200
Caso 2 - Se λ1y ≤ λy ≤ 90
Deve ser considerado o efeito local de 2ª ordem e o momento máximo na seção
intermediária será:
5 . M 1 − k 2 + k 22 + 10 . M 1 (2 . h . N d − k 2 ) + 25 . M 12
M d ,tot =
10
onde
M1 = 1,4 . α b . MyA ≥ M1d,min = Nsd (1,5 + 0,03 hy)
λy 2
k1 = 1 − ;
3840
k 2 = k1 h y N sd .
Com o terno de valores Nd, Mxd,tot e Myd,tot é feito o dimensionamento da seção à flexão
oblíqua composta correspondente à terceira situação de cálculo. Para este
dimensionamento pode ser utilizado o ábaco de roseta de autoria do Prof. Fusco.