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'rF A Mtisica Modernd
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umo histório conciso e ilustrodo
de Debussy o Boulez
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128 ilustroções
Ttadução:
Clóvis Marquês
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SUMÁRlo
Título originalr
MÒ.len tuusic: A cancìse hirtury
? O RomntisÌno TaÍdio 13
TÌadÌção aübnzad! da ieimpresão dâ p.ineira edição inelesâ
plbÌicadâ en 1986 poÌ Thanès dd Hüdson de Londres, Ingìatem .'l Nova HarÍnonia 24
It published by Ììânes dd Hudson, London, 1986 !s 4 Novo Ritno, Novâ FoÍma J8
Modern Music: A cancúe h tor) by Paul CÌitriths
5 Gêíios Nacionai| 49
CopFghr o 1978, PluÌ GiiflìLhs y'/ Nêoclassicisrno ó2
Copynsit €) 1937 da ediçÀo en Ìlnguâ poíusuèsâl
ZúúEditoi LÌda
7 s€Íiâlisno s0
toÍCe
rua México 3l sobEloja it O Mundo Modêrno 97
2m:Ìl 114 Rio de laneiD. Rt () or'eatÊ lis
te .t t2r) 2?40]J226 I íú: (21) 2262 5123
c-nail: jze@zahú con bÌ /í) Coítinuação do SeÍìaÌismo lJo
site: wwwzahú,.om br
Êsflados
l l Èrctuica tqs
Todos os diEiÌos
Á ÌcpÌoduçãô íão âurorizada desra pÌblicação, no todo oü 12 *ttsxaet uttra tsc
en paÌle, constitüì liolação de direnos automis (Iri 9.6ì0/98) l.'ì TeúroePolíirca, 169
C.p/r Cilvân F. da Silr! sob€ rrâgnenro /4 M'üripücidâd. lst
dâ pâíitüâ impÌessa de Zyklos, de St@knâuen
BibüogÍalìa J89
CÌP-BÌasil. CâtaÌogação na'ioíe Ltuta de llustrêçóês 19J
Sindicato Nacional dos EdiÌores dê Livos, FLt. Índice de AutoÌe, e Obras 202
Grifriths, Paul, l9,l?
C868n A música nodem: una hislótia concnâ e ilustÌada de
Debüssy a Boulez / Paüi CÍimths; üadução. Clóvis Mrquesl
cor a colaboÌâção de Sil!ìo AuguÍo Merhy. - Rio de
Janênô: Jorge Zah Ed., 1998
cDD 780.91Ì4
98-0549 CDU ?lt.o36(091)
capíruÌo 1
PRELÚDIO
compositores como Richârd Siüuss. A música de Debussy abandona o ,lo, ! "ìembrança". "Quero cântâr minha paisâgem interior com â simpÌici
modo narâtivo, e cóm ele o encâdeâmetrto coerente projetado pelâ {l[(lc dc umâ cdânça", escreveu no mesmo ensâio.
consciéncia; suas imagens evocativas e seus movimentos elípticos
sugerem mais a esfera da imaginaçâo livre e do sonlìo. Como ele nesmo
escreveu, "som€nte a música tem o pod€r de evocar livrement€ os luga-
.es inv€rossímeis, o mundo indübitável e qüimérico que opera secrcta-
mente na misieiiosa poêsiâ dâ nolrc, nos rnilhares de Ìuídos ânônimos
que emanam dâs foÌhâs âcaÍiciâdas pelos raíos de lua". A pÍosa ó lipica-
mente enigm:lticâ e caÍegada de imagens, mas a referércia ao sonho é
suÍicient€mente clarâ.
Uma analogia com os sonìos, ou, mais geralmente, com associações
esponúneâs de ìdéiâs, é mais rev€ladora qu€ a habitual comparaçdo da mú'
sica de Debussy à pintura impressionisla. E verdade que eÌe aÌgumâs vezes
escolheu temas que tambán atraúãm os rnpÍesionisl2s: "ReÍlets dans
I'eau", por exemplo, umâ de sllas 1/ ãges paÌâ piâno, tem um título que
bem poderia ser âplicâdo a ceflas telas d€ Monet. Mas a música difere
essenciâlmente da pinlura por ser uma arte que se pÍojeta no teInpo. As
técnicas fomais e rítmìcas de Debussy podem ter âtenuado a sensâçõo do
d€correr temporal, mas o moümento tinìâ parâ ele extÍema importância.
Mais umâ vez, ele não s€ preocupava apenas em pintâr imagens sonoras:
"Eu desejâna para â músicâ", escreveu, '\rina libeÌdade que the é talvez
mais ineÍenie qu€ a qualquer outra arte, não se limitando â umâ reprodu-
ção mais ou menos exâta dâ natureza, mas âs misteriosâs correspondências
entre a Nâturezâ e â lÌnagúâção."
No caso do &él"de, há uma íorte sug€stío ambieÍtal, de üm bosque
no preguiçoso calor da tarde, mas o interesse principâl de Debussy resid€
nas "coüespondênciâS" (temo baudelâiÍiano) entre este aÍnbiente e os
pensamentos do fâuno na écloga de Stéphane Malarmé em qu€ se inspi-
râ a núsica, servindo-lhe d€ "pÍelúdio". Segundo Debusy, a obra é uma
seqúência de "c€náÌios sucessivos em que se projetam os desejos e soúos
capílulo 2
O ROMANTISMO TARDIO
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1
(1860-1911), âinda que não s€jam explicitados em textos ou títulos:é o r l'ftr(v Mahlsr6m 1896i arF Êm que conclulu sua TeÌc€jÌa Sinlonia,
que mdica a conespondéncia do auror' Se nos poemâr sinlonicos de
il'aus temos históIlas emocionais conÌ2dâs do e\ÌeÍior, a) srnÍoniar de
MâHer são confissõ€s de seniimentos ârrancadas de d€ntro Seus temas me_
Ìódicos contêm uma calSa expressiva até enta'o desconìecida, e süâs formês rrurìrr dramáticâ dâ siífonú. AlFms de seus movimentos siníônicos são
são motivadàs ântes poÌ exig6ncias de expressão do que p€la firíção har- t nr{(tcs com oÍquestra; outÍos reutilizam material originado em canções
mônica. É ainda música de base diatôn1câ, e a sinfonia continua sendo para I!(l0p0ndentes- A Segunda e a T€rceira Sinfonia (1887-96) introduzen
Mahler como fora em Haydn, Mozârl e Beeúoven - um drâma de relâ- v(ìzos solistas e corais em seus movrmentos Íìnais pârâ explicitar a intençõo
drama são menos .xt,cssivâ. âpós várÌos movimenlos excÌusivamente para orquestÍa. E na
ções € coíüaúes. Agorâ, no entanto, os penonâgens do ( )lrlv Sinfoniâ (1906-07), tâmbém coÍ:lú.eciü $mo Sinfonit dos Mì|,
as iondìidddes e temâs que os sentimentos e caracteres psicológicos.
Mâtúer pôde assim incorporar o modo lírico â músicâ como arte M lrlcÍ mobiliza quêntidade de solistas, vozes corars e tÌs-
quâse purâme;te expressiva, desconhecedora dâs grândes foímas - à es' l,!nrulltos em toda a parlitura.
16 a ntlsica nodena
rco1ântisnoàlnio 1ì
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24
26
tural. No fundo, eütrerânto, ele parece teÌ reconhecido que esta só poderia
ser.uma solução temporária, e que â ex_igéncia de aaequaçao diatônica era
cadâ vez menos justificada peto material utitizado noì aiordes: declarou
certâ vez qÌre há âlguns anos vìnha meditando o passo que deu em ,rs
hu, h Jet hàaspnden Gànpn
Também é possível que o afÌouxam€nro final das amarlâs tonais
vesse âÌguma relação com episódios de suâ vida pessoat. No vera:o de
i!
1908,
no exaÌo momenro das píirneiras composrçõer senajs. sua mutheÍ desou o
por um pe odo pa'â ú\eí coÍn o pinror R,chüd cersrì. amigo de ambos.
{ do' e a deyÌusdo ce, ramenÌe x refleìem no Segundo euaiero de Cor.
das. e podem rer apressâdo a evotìrç:io de Schoen blrg paÍa un esÌ o desrr
ru'do de dì,ceÍce, Vesmo em rermos exprec{vos. no enlanÌo. es!a não po- I'choenborg, !m dc muilos
de reÍ .ido d crusd úruca. A íuplura connguíâda na pasagem à aronatidide (ro 1910, quando 6méçavã
,or um pdsso necessáÍio em seu p'oce{so cadd ve7 maÌs âguçddo de desco- rr oxplorara alonalidade,
20
ÍÌetidos nas ág âs de urn lâgo , interyÍetâda em suris oscilações de cor e qú nG de scrúenDelg p@ â MLlher e o Nmed em seu dÂma tinco Die 7lúckliche
hdrmo a em meio a uínâ enrgmádca quietude.
Algo aqú e\oca o oÌìar anegâjâdo dos auro.Íelratos que Schoenberg
pintoìt no mesmo período. EÌe não deixarìa de seÌ um pintór âmador, Ìna; lumiües" Este último' um instÍumen"
rÌrlo, coros sem palavrâs e "clavier à
produziu grande número de telas durante os anos expressionisrâs, conquis, r,ì irnaginário, paÍicipa da notâção musicâì tÍadicional, mâs a intenção de
trndo seus quadros o respeito de Kardinsky e outros iÍtegantes do grupo skÍyab; nao ;a extrâir de süâs teclas trotas müsicâis, mas intensâs luzes
lìl ue Reiter- Essainesperada expÌosâo criatÌva em uma úra arte poãe;er .ol;ridâs que se derraÌnariam pela salâ de conce(o - vermelho pâra o dó,
comprce.dida à Ìuz do seniimento, entâo generalizado, dê que o ttisra es (ìss ülararjrdo para o soÌ, e âssim por diant€
tava polsu ído de urnâ visão qu€ reclamava expressão em qualquer forma o
; De Skryâbin, â coÍrent€ de influência passou peio âmdlgama de núsi
que importava não eÍa â forma, mâs ã visa:o, â veÍdade e não a récnicâ. .ir, ìnovimento e lìrz criado por Kandinsky ern Del gelbe Klans (.O soÍn
As visÕes Ìnais complexas e univeÍsais podìam exigf Íev€tação em ú_ ìnrar€Ìo), e chegou a SchoeÍrbeq coíÍ' Die glì)ckliche Hand (A mão fellz,
riN ârtes. como_Skryâbin planejava para sua cedmônia de catactismo espi_ l,) 10-13ì. Estâ õbra drâmática foi concebidâ por Schoenberg em todas âs
ì
Í,ru f\rr.ombrnacão de arre(. ou'la heran\a de wa8ne,. ioipÍenunciadd srrs prúes, devendo o Ìexto, os cenários, íìguÌinos e minuciosas indrcâções
p.ú \\r)Jhir em Ê.a€rlck\ ílot0). compocro paía pidno. orque\rrr or- , t, rlunrn açao rÌiarem se estreitamenie à música. O
temâ' lratado à Íìân€iÌa
30 d tuúsic' mthúüì
rimboljÍa da obra de Kândinsky. é o do arhsra criddor que dele renunciar ,lo incsistíì/el, Ibrçando"o a trabalhâr "como um sonâmbulo hipmtiâdo
ds recoÍnpensâs pessoai( no mundo para se consâSrar á e;presJ:io
de verda- illrc .evelâ segredos sobre coisas a respeito das quais nâda sabe quândo
des mtuq altas -
um Ìema a que Schoenbe,g vottaria iícerlantemente. .o do", paÍa citar o que ele considenva uma "extuaoÌdrnáÍiâ síntese"
Dic 8lúctdiche Hand totütrecedida de outra breve obra d,ãmiirica ([ Schopenhauer sobÍe a arte da compodção musicâl.
de
menor significação pessoâI, mas d€ extraordinúia penerrâção psicológi; Nem só t/Ìrdltrn& Ínas toda a música de Schoenberg neste período
Lria ury t^ espeft.Ieoe). Aqui. o personasem údco d uma;ube, ; es. r,ìrìxl dd a impressão de que bÍotou impremeditâda das profund€zas de
qurdíiÍìâr uma floreÍa em busca do amanÌe que a abandonou. e a música, srr tnente, produio de um processo de auto-ânálise.4ra música tão pes-
::1:1*r : .19
movimento emocronar. sesue o rdsÌ,o aos remores, aoi snrl, e tro poüco fìÌtradr peÌo intelecto, que ele não s€ sentia capaz de en-
de culpa. dâs doces têÍnbrdnças que a sobressdlram.
scnoenber8 compòs em dezessere dias o essencidl da piça. que
íIrÍ .ì compoú9ão atonal: é provável que sequer ti!€sse consciência pÌena
dura meia iìo scus rnélodos. Pelo final da vida,ensinou e briÌhântemente com ba-
hoÌa, e em mâis três semaÍÌas hâvú conctuído sua orquestraçao rc rìos grandes clássicos âustro'germânicos dos sécuÌos XVIIÌ e XIX; e €m
conplexa e
Íefinada- Como freqiì€nrement€ the ocorria, o impuÈo criaivo 0- I 1 , qüândo ünhâ de concluiÍ obias-primas atoftis como Erv,attung
devË ter si |
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c rs Cinco Peçâs OÍquestrâis, escreveu um tratado de harmonia €m qüe â
rIo'ìâlidade figuÍa ãpenas comopostscrp, m. SchoeÍberg não tinlìa tempo
r)!rtì âlunos de composição qu€ o prccuravam querendo âpÍ€nder os rudr-
rÌrcrìlos da revolução, mas tâmpouco desmereciâ os que não se s€ntiâm cê-
l)lzcs de acompânnálo em tedtóÍio descoÍìecido. O estilo rnusical eÉ
u,nr questão indiúduâI, e â principâl Ìiçío qr€ trâns,'niÍa era â de que in-
.urDbe âo âÍtisla a Ìesponsabilidâde moral de ser fiel a sua própria visâo.
AÍìdâ âssim. seus primeiÌos e mais talentosos alunos, Alban Belg
Íl1185-1935) € Anton Web€rn (1883-1945), não tardariam â segui"Ìo nâ
.onìposiçõo atonal. Ambos the estavam müito chegados à época de suas
l,Ìrn)eiÌas obras atonais, e é possível que o apoio del€s, pró:imo da venerâ-
çÍo. tenhâ sido valiosíssimo quando Schoenberg afinal tomou um câminìo
o qual estava certo de só encontraÌ hostíidade. Webern leguiu fielJn€nte
,, cxemplo do mestre, abordando a âtonâ1idâde âtrâvés dâ poesia de Geor-
Bc, em quatorze cânções de 1907-09, e em 190910, seguiu-se â primeía
('hra atonâÌ de BeÌg, um ciclo dê canções parâ poemâs de H€bbel e Mom-
I'crl. No entario, essas obras nâo sâ:o meras projeções da sombrâ de
Schoenberg. Beíg e Webern tam&m haviam sentido pressionados pârâ â
se
rr"nal'ddde em composiçôer anreriores. e os lrér prosegüirâm por câÍni-
rlÍx parâÌelos, unidos mas independerÌtes. As primeirâs cânçõês atonais
(los dois discípuÌos são âbsolÌrtamente cârâcterísticâs, concisâs e purâmen-
tc ÌÍlicâs âs de Webern, nostãlgicâmente voltadâs pâra o pâsâdo as de Berg.
dlsso, Berg s Webern deúâm tânto a MaNer quanto a Schoenberg, o
^ÌéÌnnaturalmente se eüdenciâ melhor em suas obras orquestrais: em t€r-
que
de instrumentação e €xpressão, âs S€is Peças Orquestrâis de Webern
'ìros
( le09-10) e as Tl€s Peças Orquestrais de Berg (1914-15) esta-o rnais plón-
rìras dâ Sexta Sinfonia de MaìÌer do que do ciclo composto por Schoen-
bcrg em 1 909. Bm ambos os casos encontramos uma nìarcha malìleriana, e
Imr retónca muito peculiar a Mahler, mas totalmente estrarúa ã Schoeí.
I'c'B e seu e\pressiorusmo de pÍolund" burca inrerioÍ.
À parte a 'tegúnda escola vienense" de Schoenbers, Bers e Webern,
poücos compositores adern m à âtonaÌjdade, e os que o fizeÍan marÌtiv,r.
raÌn-se a certâ distância do circulo de Viera. Edg,Ìrd Vârèse ficou profun-
daÌneúe impressionado com âs Cjnco peças Orqìresrrais de Scho;nber;,
mJ. sud. pr meiÍa. obía\ imporianre.. compo,tas,lepon de rer uocado'a
I por Novd Yor,( em tqlo. n.io se rnsp.ram neno. em Debusy
'Jlçd
StÍavìnsky. Oulros coÌnposiror€s, esres de na;ionaljdade nolte-âmericâ;a.
e
como. Charles Ives, Cart Ruggles e Henry CoweÌI, pârecem ter chegdo
Á
ìtonaljdade conì poìrco ou nenhun conìecimenti do q"" ," p"d";
EuÍopa, e de um ponto de visra di{erenie, isnorando a rrÌrdicõo'€m vez.rê";
'umâìa corno pJn o de Dr.rio.. Nd Rusra no. rnor em rorno dd re\olu-
çàude lalT algu1. coÍnposilore\ ddo,4rár-r a otonrtrdrde. n.'o dúave. de
Yhoenberg mas .ob a.nr'uencid das obrds rdrdibs de SkÍvâbiìr. As Dua
compo" çÍies pâ,d pidno , totsr de Nikotâ, Rostavers,táso
roair. p"i
c\emp'o ,do.rond.s chegdÌ d p,enunckr J nrencdo Jo,e atisnro poÌ
"
\cl,oenberg. como meio de con'ro dr conscier ,"nerre, to,."
a,on, . üos
o crescente controle político das ârres nâ Unia;o Soúórica, âpós a morre
de
Lerìrn. imped'rid nuvo\ dvd ço, nesle sen.ido. e r\ corpos.rurp\ \o\Ìé,rco.
mJr ourrdo, lo rm ob, tado emig,Jr ou. como Roslaver ,. qrer em oh_
"
curo e{uecirnenro.
F.gjd-n vir,,t a. Í"7de: peLs quaN d nüsica arondt Jp schoenteÍs,
,.
Dcrg e weDerr 'eve trrtddd.ua int uér cb.med{.a LmboÍ"
â) paÍ hrras
de Srhoenberg ro.seÌ em gerat pubticaJâs ours o, ,,.r.no. à.oo" a"
. ompostrs. a mdror pa' le das
obrac de Berg e Webe.n permaneceu em Lor
mr manu\crila a,e os âro, 10. Atem dicso. ei\ecuçoes eram rára\, e no
",
c"so de scloenberg gerdlmer re lÍusÌrdrres. fNa un| .o.eria nonladu Berg em rctatt
a óleo de sê! mêsv€
em 1o24. e ds lré' Pe(â, OÍque.rÍdr. de Be,g )ó toram or\idas In,ega. r^Ll)an
ìoonbeÌg, 6m
qüem esrudou d6 I904
,r 1910, êa qu€m d€dicaÌia quato
menre em lojo. Cra\a.òes comerciair praücrÌenre en.rEm are à d;ca
dd de r0. Iquando o púhlico Eìnd r oporlunidade de ouür mújca de
Ì ipoÍianl€s obÍas, ente el* as
I Íós Pêç6 OrquoslÍals e a ópeÉ Lulu.
.eus
ì:l9"lr,ïc " dudi.ciputos.
luìJ. schocnberg " reaç:io era v olen,àrpnre rsìejr,\d. pm
giu er Vienr um corce.ru em cuio protsEma trguÍd.
lr(los emocionâis mais extremos e int€nsos, e só poderiâ trâduzir foi o
\dm Jú. obrâs aron.i). a" s.i. Pe,rs uÍque\ÌÍdr. de w.tern
e a, recenre, -
lrnÇoes de p4a .opraro e orquer r. .obre poema, de pe,er qlren- '
t"c pareceu por certo tenpo os senlimentos mais perturbador€s. Schoen-
_tse'g l)crg quis dernonstrar que suas possibilidades eran mais amplas, e €m 1912
berg. Foi raì o rìrmoí que as únçoec nao puderarÌ seÍ conctuidâ.
(rr leve de ser chàmada
e a potr- r ìpÍeendeu a composiça:o d€ umâ obra em "tom leve, irônico e satírico":
Schoerberg âcdbariâ conpreendendo essâ exageradâ âversão: ..pode
!d: Ao contrário de suâs outras obras atonâis, Pt?nor logo seÍia executa-
o de se tr\Ídr daque e peúdero. aaquãra rorrura ais"omnte,
l:, 9.:,ero
oJquerd\ rderls rncomp epn\ivei\. Jc lodd âquetd meroúca
,lo um bom númerc de vezes, encontrando reÌâtivo sucessojunto âo públi-
lou. ura e de- ri' c atraindo a atenção de compositores estÍanhos â seu cícúo mâis pró"
vJ dJ nrl que as p*\oas qre se \enlin asún ndo eram ma: Co.no
.u guJrdrio d rÍdúçjo. ele reconheceu quao a.sco"cer,-r" .ua zeto.
. Kur)o: Debussy, Stravinsky e Râvel tiveram todos o que aprcnder nessâ paÍ-
mr.i, lrlurlì. O interess€ que €ia despertou devia-se em pârte à escolha d€ um re-
y."" ':, l,'. "queles qup Lnlam por db,oturas a, converçóes didrónrcr. rìÌ que estâva no ar, d€ um peÌsonagem ü commedía delÌbte, et:daÍJ.lz
I um,' rndhd o u.o da pdlr\ra pesadeto . no enranro.
a obleçâo arin8ia .Ìirlura dotadâ de idéias e sentimentos mús €le dos do qüe permitiria su-
tnììto o que ele-cxpressava quanto n maneÍa como
N"_ poã"- poÍ sua personilidâde esiereotipada. Meìo títere meio ser sensíveÌ. Pierrot
""p.."ru;.
rid ser dc outÍa forma: a atonâljdade surgira da necessiaãae
Oe revehrãs es
.,r unìa imagem da! dúüdas contemporâneâs quânto ao pod€r do homem
so bre mesm o. imaSeÍn que igüalJnen , e
h\j fa,c ina ná S m\\rsky leín
pe t ru.h illrçrjcs para lmr cabaré literário de B€rlim). Acimâ de tudo, tÍansparecem
Lunoirc ë umâ ob,a ambísua sob mìriros frìr rììeio âo "tom 1eve, irônico e satÍico" senrimentos d€ aterrorizadâ soli
" ::*?,
recorÍe, ao
aspecros. A soti(râ rlrl(|, vioiêncja âssassinâ, exaltaçlo macabÌa e deselperada nostalgia. EÍn
^".
::ve .sp,echsesans. rjpo de ;ocâtizaftio enue ã
r\os poemar. rraduÇde\ âtemds de ve,sos ._,. lr)08-09, Scho€nbeÍg erpusela abertârn€nte tais emoções; agoÌa, fazia-o
de Ajbe,r cir""a., " "-i"rà.
consranìemenre da primeird á rerceira pessoa. Íiìh r Ìnáscara da ironia, o que ineútavelmenie jmpunnâ umamudançâ de
e üce_vê,r". ""ì"çi"-prï*
{
desrrna \ tardmen re âo rezrro nem
à sala àe concerto. ftio tendo sido
;;;; "ã;; rslilo. Embora ainda seja LivremeÍte âtonal,PierTdr retrocede à ad€quâção
escÍila .orlrapontística e assim prepara o câÍninho para a orgânizâção da âtonâii-
ara umâ atriz. que se dpresentou caracreíiradâ
esrroa. o e\üto fica a meio caminlìo ."eriritì nâ ,!r(lc que Schoenberg ÍeatizaÌia no seriaÌisÍno.
enrr" , ì. .riri.,
sendo a soìisìa acompan]ìada po, urn pequeno"iriri., Mâs parâ isto âinda seriâm necessários oito ânos, e à falta de um mé-
'or vìotoncero
,rneta. !1orino.
conjunro de naura. Oa- r{nlo SchoenbeÌg guâÍdou quâse completo siléncio. Finalrneflre, concluiu
e piano rem re0j. ichoeno;is.*ü;;;;;: Itl slückliche Hand; tÍabalhou durânte três lnos nas QuatÍo Cârìções OÍ-
,lrcslrâis; e Ìnergülhou em seú oútórjo Die .Iakobsleltul (A escâda de Ja-
ú, l9l-t-22) seÍn conseguir l€tmiÍá.lo. Dìe Jakobsletel foi suâ primeirr
lÒlltrúvr de explicitar âs questões morâis e religiosas a que voltâria insis-
lcnlcmente nas obras das düas últimas décatìâs, em pariicúar a óp€ra
M.td und AruL Aq)i, tto entanlo, âs imâgens verbais e visuâis provêm ân"
l.N de Swedenborg,* via Strindbery e Balzao, que dojudaísíno. O tema do
,rltório é a conquistâ da perfeição espiÌÍtual mediante luta e oÌaçâo, co-
rncçirndo com uma veement€ exoÌtação do âÌcânjo Gabriel que poderiâ ser"
vir de lema para SchoenberS: "Segue em frente sern peÌguntâÌ o que te es-
Ljoncepção cênica pâra Á Sâ9ráção da Ptifuveâ pot Nichotas Roerich' Ìambém Íespon-
'irlvel peloenredo do balé,
I Sostúo
I í1o Ptinll,e/a reg!,eira
. de novâs tomurdçdes Íilmicâs. Ja
vr sc de um brjÌhanie e exótico conto de fadas à mâneira do rnestre'embo_
oe uma oLlrd mdnerÍa. jgno,rndo-o
e proseguinio sem *;;;;;;;;;; rr taÌnbém evidencjassse coúecimento do qüe Skryabin e Debussv úÌham
re,, epiível. e ourras paqagen. s,o ,n.opaai. .. *,n,," i,irìizando. De estilo müito mais pessoal é o segundo bâlé conpostÔ para
*rn .ri,ii, t)itgh\le!, Petruthka, no quât o ritÌno já corneça a tornâr-se o mâis imPoF
li"oi:l*;-Y:: :-oT-"*aramenre "
auaiu d dren(ão ao\ conremporáneor
ú\ .., J!' shy Íao ror I !uute,/á do rilmo mrs
a foÍ.a priniüvd ; ene,gja
I rie elemento eslrülural e expressivo, estÍeitamente âssociado àmovimen
Lontundente dã pàrtitura. AtúÌal. a
música dâ .
rrçdo cênica: r animação de Ìuna feirâ. ou a gesticuÌação desajeilada do
,."-p, nr,", .t"n* o.,i;el;;;; :"'.';,;1..i,,í::í,"'.ï::i.ïii."ï3ï; íìrÍoclìe hummizâdo que serve de herói. MasPetuúlkr deve rua útalida-
te peramento eslavo,', pâra cftar o aütor do enredo, NicoÌâs (lc rítmica mâis aos oÍúrtos e irregul idad€s de métÍica que à técnica ce-
\.rnsr) nru orelenJeu criar um compéndio Ro;Íich;"r;a: lLrlrr desenvolvida nâ SdA/dça'o.
de norãs rdeids rillnica!. elas
e. e ere se ìeu .."," d. q,;;;*;ï;;ì;il; A idéiâ do novo balé foi do próprio Stravinslf, e ocorr€ulhe num
pri,c;Dio niio sdbir cono dnoÌar t.i.."." sonho: "Eu ü em imaginaçÌtu". escreveu,'\un solene riruâl pagão:os ve-
,,,.h ú re d, rdv.j( do .lud p"ssou a sasmç,o .. "r.r;""rì;;;; lhos sibios snlddos em círcüÌo observím x dança de umâ jovenÌ qÌre seÍá
r I l::rprel
produçau anrerior Jc Sr'âvb\ky. srclificada para tornar propício o deus dâ piimaverâ" Ëxaminando este t€-
, .N Doucos úldrcio\ ta!ìam prepüa.
'io r lìllosJ Jlerneridl da Soso\dÒ, pot ineürávei que a obra posa iare- rìrr. ele sentiu emerSirem "algumas lenbranças inconscientes das trâdiçÕes
,.r 'c rru\pc. IivJnen e como dr.. iputo ,ìe
tumsk, .x
popularej'. Aproprioü-se então dê sinples idéiâs diâlônicas de caÍáler foÌ-
,l' .r."1,"uãìà- cÌ&ico. e sobretudo nventou Ìitmos de umaforça câpaz de traduzir o qüe
]i,, ''","'j,, "",r.",eÍn \ua Drimêi.
Jon,nio do rotondo ôrquesrjà, que apticâra
p,,r.,u r r^ r_rë fd,J D.rsrì.rrv a p^_",,r, lìú de desenfreado e ,o nesmo tempo premedÌtâdo Ììas danças rituais.
r.:r"ii.õ;.ìô, "iìiiiì' Por !nÌ ceÍb peÍíodo Strâúnsky expìorou os dois ceniÍos de interes'
43
n2 a nlsi@ nodema
A útlma das sob Pêq@nês Peças pata Plâno do s.h@nbêrg. Esla obra, dê €nlr€ma con-
clsáo, lol composb no dla 1 7 d€ junho do 191 1 €m m€móÍia ds MahlêÍ' moÍb um mê ân_
positoÍ prolixo (!€u movim€nto mais longo. a Pailacaglia tonal PaÍa or'
òuosua. dura atroximadâment€ oilo minuÌot. ele 3e !€nti hcapaz em
igt t-la de criar peças de duração murto rupeÍioÍ a um minulo Sobre iuas
Seis Bagatetas paÍÍ' quarEto de coÍdâi (I9lJl. escreveu Schoenberg q're
oxpresram '\mromúce num slrnpl€5 gesto, a alegria num tursurro" Mai
r.òêhante conchâo não foi alcãnçadâ facilnente webeÍn evo$ria mars
t!Ídc a ãngúslia i€nÌidã na criâçã:o das ,r!:arelar, de uma página c6da : "Eu
tlÍìÌla s iensação d€ que. uma vez utilizadar as d@e notãs ã Peça estava
46 â nlslce tud.nE
4t
50
úrn rlimenio mais sólido aos ouüdos e ao espírjto: ritmos complexos, t€x-
Chdlos lv6 no Bâüery Páft,
Nôvâ York, por volla de 19í3,
Iuns complicadas e acima de tudo acordes dissonantes. Sua reaçâ-o às vaias
rl[rìIlle a execução de umâ obra de seu âmigo Ca.i RÌìggles é tipicâ: "Seus
rÌüricas de umâ figâ", vociferou, "quando ouvireÍn música forte e másculâ
( onro estâ. ìevântem-se e usem seus ouvidos con1o homensl"
flrri poÍ soble as montanìas suas visões feiras realidade, ouúrá os acor-
dos transcendentais da sinfonia do dia ressoando em seus muitos coros, e
ki_ cD loda a sua perfeição, através do vento de oeúe e da copa dâs áÌaoÍesl"
NrwMU$tc l Aí estão expr€ssâs a simpâtia de lvei pelo trâbalhadoÌ comum, rua
nsistência na integridade do indivíduo e sua visão transcendente, idéias
oÂchtsÌRA stftfs hcrdddas do pâtrimônio cültürâ1 dâ Novâ Inglâterra e de umâ expeÍiénciâ
dc nenino /ar*ee paÌa â qual s€ voÌtâria incessântemente em suâ múlica.
ljsta independéncia e a total ausência de inibições podem ser consideradâs
Capa desenhada por Can Buqgtes em errracteÍíslicas americânas em gerâl,mas suamúsica eúâvâ intimamente as-
1932 pa€ a pnmêiÍâ dãs obÍ6 de tvês sociâda à históda, à paisagem, à fìlosofia e à ljieràtura do Massachusetts e
publlcadas pêla Nêw Music Edition dê
do Connecticut. A Sonata Concofi parc.piano (.1909-15) foi uma retpor-
Henry Cowêll (ver pp, 10s- 106).
la à obrâ dos escritores e pensadores ligados a esta cidade: Emenon,
llawtÌìorne, os AÌcott e Thoreau. A suíte orquestrâÌ Thtee Places ín New
neiras académicar que ã maioria dos músìcos norte-americâÍÌos aprendúm ìinsknd (1903 14) evoca lembranças pessoais de outras regiões de seu
na Aleman]ìa. hes. no enÉnÌo. nâ'o foi a Leipzig. e togo lolnaJia nova{ di_ mundo de origem, dercrevendo "Putnam's Camp", o "lugar" central, uma
reçoes. aprrcando o que haviâ aprendido com reu principal pÍofes)or. seu cxcursío infântil e o efeito câusâdo num menino pelos emocionantes acon-
pâi. ceorge Ives, dnetor de bânda musicat düÌaÍ6 a Cü",rá a" S""".rao. teciÍnenros dâ guerrâ de indepen#ncia.
IÌrn.mil.ra ao fi,ho a con!ìcçrio de que náo ensrim regrar em múcica. Nesta obra, Ives ieve de recoÍrer â seu gostô pela experimentaçío pâ-
de que rodo o universo dos sons esravâ âbeíto â prâücâ ;à expe,unenla_ ra r€presentar, por exemplo, a chegad de um gÌupo em mârcha enquânto
ção.
Quânto â música tÌsdicional, rudo indicâ que lves filho pouco apí€-
prossegu€rn outras ações. Certâs composições suas - como â peça atonâì
'fone Roads pale.eÍr, t€r sido empreendidas num espírito de purâ espe-
ciâva alóm da sua própria e de atguns outÍos norre-u-"ri"rnojoao cuìação, mas eín geral suas inovações sureiam dessa naÌìciÌa, inspiradas por
independentec com os quais só entraÍa em cóntato depois de praticamente ^*o, uma imasem descdtiva ou um i€xto. Nâo surpreende, â*!im, qu€ seu génio
deixar de compor, em 1918. Ete consideravâ Beeú&en .tÀ gra.nde ho_ lècundo e excóntrico se expresse de maneÍâ mais compl€ta nas numerosas
mem mas que pena que não livelse peìo meÍos um beto rcorde iídepen- canções que escreveu, a rnâìor pârte dêÌâs pârâ poemas de âütores america-
denre de qualquer Ìonâlidade . Pâra tve(. d músic, tora emarcutada pela nos e dos grandes románticos ingleses. N€sse conterlo eÌe podiâ revelaÌ sua
necessidâde dos compositorer de âgradar a seu público; era precìso oíerecer rcbuúr auto'confiânça e seu senlimentalismo, suâ imitâçâ:o da nâtur€za e
,.r,',ucs c rcvilJ,. Finr'mc|rc. e ,'oIrÍrldu apenâ5 ind reÍença ho'lilidd-
.lc c"r..rsmo, deirou de se inrPre!&i umbem PoÍ sua e\ecução Somen-
"i
rL nJ J.cdJa de 30 sur murica come\1ÌB d desperÌaÍ maioÍ inreÍe'se no
rnurìdo Ìnusical norte-amerÌcano. e tó nos anos 60 ela seÍia ampìamente
cxecutada oü grawda. Àqüela altura, a história nusical o haüa fìnall]ren'
ú rit, Ii.,ni-rt-.
,i2 tui^ e
6t tà^W"^ J6t,õ.$-d.
(!,
9'
u II t ; 4e.
i)rurçáô lolclóíica anoìadapoÍ Ba.lók. A selãsôbÍe o iá no penúllimo comp6so indica qle
à rÌ âLlura éÍã lige ramenle mais elevada qu6 a da nola tãnkrlla.
,e
lì lxda são profundamenie húngaros. Depois de t.âvÂr conhecimento com
Tì T \usaçtu da himareru , c\tjo dinarnismo repercutiria ern seu ba1é O Man
,lurim Maruvilhoso (1918 25), Bartók estava prepaÍado para basear ìnteirâ-
nìc Dle sua aÍe na música foìcìóricâ, oü anles nas idéias , princípios e méto'
,1,^ que l1ìe inspl oú.
Suas Ìnelhores obÍâs sedam compostas nos doze anos sêguintes: o
IÌnneiro e o Segundo Conc€rlo para Piâno;o TeÍceiro, o Quarto e o Quin-
S'. ro Qudltelo de Cordas; a rÍú sica paru Caxlas, Percussõo e Celesta e 2 SonÀ'
ia rx paÌa Dois Pianos e Percussão. Todas evidenciam o qüânto hâvia âssimila-
(lo da música folclórìcâ, r1a uiilização de escalâs vâriadas, na ampliação dâs
,E9 f ossìbilidâd€s harnônicas (eventuâÌmenle quase chegando à atonâlidade),
rr lbrmulação de idéiâs de penelrante clareza, nâ descobedâ de novos rit-
3b rìrcs e ÌÌa supremr habilidade com que manuseia as variações. A música fol-
(l(jÍicâ o havia levado a obÍâs de enorme complexidâde estrutural e força
ËE cnrucional, e não ao vago pâstoÍalisrno de oütros cômpositores que se ús-
NEOCLASSTCTSMO
ú,ssÍri umâ forçâ dìnnmicâ, e que tbrça é ínais poderosa que o âmor?"
i inrx' cm su s recenles peças de ragtine, €le dava mostrâ não só de espí
rilo sllÍrico, mâs de sentimentos joüais. câracterísticas que se tornariam
rr\cp rdveis de suâs obÍâs neoclássicas.
l)epois de ressuscitâr música já existent€ em Â./1r é11r, Strâvinsky
órì,pre€ndeu um desernbaraçâdo exaÌne do passado em buscâ de modelos
rlú lìnnâ e expÍessão â serem empregados em músicâ ong1nal. Decidiu re-
vlvor a ópera bufa da época de Pergolesi, encontrândo em suas cenas bem
rkllrÍÌiladas um estilo tão oposlo qÌÌanto possível ao 1Ìuxo musical ininter-
rlrtro do drâÍnâ wâgnêÍiâno. Bsta lorma ramMm lhe permÌtiÌr procÌâmâr
{r ldesio às tendênciâs italianizantes dos Íusos Glinkr e Tchâikovsky,
\cI iìlâstamento dâ escola nâcionalista â qual fora associado cono discí-
r,[l{ì dc Rimsky-KorsaÌov e aúoÍ do PtíssdÌo .Ìe Fogo. Ao mesmo Ìempo,
tr nova ópera,,44ar'la, assirala uma Ìuptura côm se passado.nâis recente:
rs suti-lezas rítmicas sâo agoË contidâs nâ diüsão convencional em com_
t)rsÍ)s, c a harmonia remete à ronalidade diatônic.Ì, ainda que frequente-
seu po'!
Na ÀÌcÍrdnh . conro na Françâ, o neoclassicismo chegou a
jovens que rimgl-
ì(ì {üìininânie entre as duâs gueÍras. c os conpositoles
,"', í ,'"ste p",ioao. qualquer que fosse sua mciotÌâlidade'
","ti'd"a" , r,',s',ì' /i',cu d; su; épocâ Muitos deLes forâm a Pa'
,,ìi,',,',.rrììã'".."
,'. ,brd,der ,. ru,l rer'io. Ju errlo com \adrJ Bouranger' que 'e\e eÍrÍe
.",,''.i;""' para 'ó m'ncio'rdí e're' Llliorr íarÌer
,r",,r,. o.,'- í-rp.dr I Llo00) ; R"v Ha,rr. I |80ò lo-q) \3 lnBL'erldde
".rr"-,"''-"no
Michâel rippelt (leos), e a
ì "ìir"i""i" ã" gii'a".lìh foi senlida poÌ-uI
i';.;';'k;",' B., r"m n Brrrre I trqrj F s oqn'kr rarnbem lo ne-
'''; o";;.:.p, 'i, . '",' c,mPdu ora' se sei Prokorrevrì80r rosrìe
rì,,'r, sh,Árakourl,tlo0Õ 7i).
.-i'."t"À"'.
nâ .ealidade, anrecipârâ o neoclassicismo de Straúnskv
J s;,r,; ckssica (1e16-11j' emborâ este pasticho encanrâdor
"rr' rentr" O" -fi"J" ionja do coírpo' ror rìd' \eLho PdÍ' eìcorìrÍâ'e-
'""'.,,
ì,. .'"aì."Jã. i..- a" vorr. p;Ía d' primerÍd' opera' de ProkoÍrev
':"'"i,rÀ"",:, "*
,e.pecri\anerre Ú t'or Jo' rre' Llru a\ (t1to\e
capa dã suíÌe pa6 pianó 922,
t) Ns/'z (192'7 2S). que zombam ambas das converções do gê'Ìero' me
7
..jr iJl de )e sorrar muiLo ecr. dlecdb ì o, er grande prr,epeta po,ir,cd ,..onà'i"', no',. urn.ii--o, que se reflere noÌadameÍre no balé '4pp'l''
nÍe$oe\ rdeo úgcds oue eìe Íocou os Íesíduo. picaíìer e as rrdves\ujas
ceáerao , "hún
Sprl'ta l q^4), ào primeiro enalercerraSintonia(loJTì do'egun'
rcmocla.r.s de O Naru peta-n rda cumburacão à". i'oo.,i" BÍjrren,cujâ\isdo do neoclassici(mo compreendra o conhe-
quc onerod eín rua Quinrâ Sin"oria {'ojrr. Dd mesmâ
de rcharkovsk! e Vader crn*ii ú rn,i.r* inde; do pa'sddo rsobreÌÌdo o' Ínaúicâ]i'las elisabe
torma, eroronev tanos e Purcelì), nunca chegaiam â participâr da reaçío ânti-românticâ'
r1:!:l j* re.a de moder ar .eu vrcasmo pd a andar em companhia dú.
compo$lores soviéticos. O hesitanre neoclassicismo de sua Seiundâ ""iJer"i".a.
suas obras na"k urn compromisso positivo com a lrâúça-o
e fitoúficas' no caso d€ Tippett' ou
lurìra í lal4 ) parecra ra:o dpstocâdô qudro o tuxrranre cotoridb
Sin como o interessê por questões sociais
eo a,
r"..1"In."'"'. i,.t'onalrddoe humbr" no d' Brirren t'liorr
ìJdus íirnros "polsasrr.ab do bJe aft.rr (ro20): ambos ".- ""i.' 'aÌreÌ'
IugJr r algo mar( "oÌrmirrd . meno,..toÍmali.rd... de maior ãpejo.
reriam de àar l',,i. o'ain oue seu' cónLempoÍaneos na conqursra de um e)Lilo plenr'Ììen-
que Prokofiev alcânçou em sua eujntã sinfonia ( I 94 +y
Foi o i;;;J. .;.*"" pelo frìal dos ano'40 a ç delvencirhar do neocldssi'
e notaie nomii e .r.iro em drreçao ao esilo esmeradrmenre rrdba hddo de obra'como scL'
rO a núslcanodúM
Reslou no en&Iro um composrÌor que soube aosor\er nrélodos barrocos â inversão de temas, por exemplo, ou o estabelecim€n_
mÉlodos e
mdleÍrais do pâs\ado sem o recuno esler iranre da jronid,
e toi ete Bar rok. to de clarãs demarcações estruturais com objetivos inteiÌânente novor'
barÍoca- como a da cançáo Ìoklóricd. roi p,;. Me,mo d' Díisind. oue ni.iLlamerÌÌe e' ocam 8a. h, como cerras na,s3gen\ do
::j,lo:,-o"g:l
runoa e ânalÍrrcá."-l"r,nd
lte exraÍa a essencia. rosse râ errÍuluração de rdeia; ou p,imei'o nìoümenà ae seu Scsundo ( once ro paÍa P'âno ndo ciusam -irn
bachÌâna é de âlguma for-
11..:l'l:J.r: de rormas. e aprrca,a.o que baviâ âpreendioo sem rraÍ(poÍ
o or isinal. qxe o íesutudo pârecesseum pâsricho. o primei-
;ressío de paÍódia, pois o mai€rial de inspirâção
(em \e d's'acar como ÍeieÌen'
:T !almediÍ de sua Mú\nz nìa iu.r licddo no cónr€\ro da composiçao
ro morìmenlo patd CotdT. percu.úo elet-sra. poi eten. Lia prov"cadoa ou ao Pâ'sâdo V,. PaÍa a mÀorid do( composiro-
pto baseú se na rdéia dr Íuga. mâJ apenas na ideia:o reÍna sinuo;o, cromd- n p'og 'tÍrr.a
o pdrccia po'r.rclcon o rrdÍnpo rn do pr'srdo de um pa-
'". ". 'ó
rrco,e mel'rcdmente irÍeguìar jÀmais poderia rer sido imaginado sado irremediavelmente Perdido
no sdcìrlo
xvltl. e a Íorma. uma configuÍação simérrica em redo, de um ctrha_\ cen.
rÍar. e lolatmente diÍeÍenÌe da enconbadâ em quatquer fuga
âÍrerioí.
arÌtok liúa.€specrai predleca-o por Íormas. como esle movimenìo,
.
a^ um rempo patíndromâs e p,ogÍesd\as. fìrnciorando
a segunda pârle co.
mo invenáo mas rrmb€m conrúuaçáo da primeiÍâ. flas aparecem
na maior
paíre. de sual obrâs oÍquesrrâic e de camaÍ3 do perjbdo
I92b lT,elhe
pemitiram demonstrar sua maneira caracteristicá a" up.o*itu..nio
áo"
capítulo 7
SERIALISMO
80
tia de que a composição teÍá uÍn ceÍto gÌâü de coerência harnônica,já
qìrc o padrão inlervâlar básico nâ:o variâ. Estâ coeÍência não é necessaria-
rfÒ setais ou baseados em séries de mais ou Ìnenos
.nente invalidada pelo fato de que, na maioria doscâsos, o fuÍcionamerÌto
do princípio seriâl numâ peça musical não é audÍvel, nem deve sêlo.
A aplicâça:o do seriâlismo nãs obias daúltima fase de Webern ó mâis
clara e Íigorosâ do que em quâlquer composição de Schoenberg, e por islo
um exemplo extÍaído de ümâ de sìras páginas pode ÌÌÌâjs facilmente de-
monstrar o pnncípio ern âçâo. A iÌusiÌação (ver pás. âo lâdo) reproduz o
inicio de süa Sinfonia (1928), transcrito de maneí3 a rev€Ìar â estÍutuÍa
seriaì. Como de híbito em Webern, a passasem é estruturadâ como um câ-
none em quâtÌo partes, cadâ ürnâ dãs qüais com€ça com uma exposição da
séri€ sob forma diferente. Não é difíciÌ perceber como cadapârte do câno,
ne s€ desdobra em sucessivas forrnas seriais, cada uma d€las tendo seu
ponto de padida nâs duas notas íìnÀis da anteÍior.
Obras dessa natureza tendem a estimular a âcusâção de que â cornpo,
sição serial é de celto modo matemática ou m€cânica, e com efeito o mé-
lodo foi objeio de cÍíticâs comoelta desde o início. Mas o fato é que mui-
tas obras antedores de Webern, nâ:o seriais, apresent m um trâçado iguâÌ-
mente compÌexô. e da mesmâ man€ira boâ parte dâ música polifônica, de
Guillaume de Machaut e Johann SebâstiâÍ Bach, evidencìâ um nível nõo
menos el€vado de organização. Na realidade, Webern foi inÍluenciâdo pela
escolã polifônica holãndesa do início do século XVI.
O serialisno não é um estilo nem um sistemâ. EÌe simplesmente for
ncce sugestões ao compoítor, sob nìuiros aspectos menos Ìesiritivâs que
,s convenções da haÌmonia diâtônica oü da composiç6o em forma de fu-
ga. O objetivo era, como frisâvâ SchoenbeÌg, 'lÌ!ar â série ê em seguida
compor como antes" o que, parâ e1c, só podia sitFÌificâr "como os gan-
des compositores austro-germánicos sempr€ fizeram". Uma vez estãbeleci-
do o método, Schoenbelg percebeu que erã posível compor s€rialmente
corn liberdade, rejeitando a idéiâ de que o seriaÌi$no fosse um sonìo cons-
trulivìstâ: "Minhâs obÌâs são.arposiçães dodecafôDca!", escrcveu, "e nâo
comp osiçõe s do d earfô níc as."
SchoenberS naturalmeÍte davã ênfâse à continuidad€ da tradiçâo no
seÍialismo, já que o intÌoduzirâ parâ '.rcompor como ântes". O método pos-
sibütava um retomo à composição instrumental, pois se lrâlâva de "uma
organizaçío, provendo lógica, coeréncia € unidade". No período enrre o
advenro da atonalidade e a emeÍgéncia do serialismo, Schoenberg conpu-
sera poucas obras sem texto, e nenlÌuma após as Seis Pequenas Peças pâra
Piâno de 1911- SignifìcâtjvâmeÍle, o desenvolvimento do método seriaÌ
ocorÍ€u em 1rés obrâs qua!€ purament€ inÍÍumentais:âs Cinco Peças para em quaÍo
nícioda Siflôniadê Webem, ianscr ìo de modÔ a deslãcaÌ a eslÌutlra cãnônica
Piano, a Serenata para s€pteb (corn voz de búxo em um dos movimentos) p"nlasíâmas rellelem respêctilamênle o pÍimeiro e o ìerceiíÔ
oà'i"", waì"
e a Suíte para Piano. todas compostas entre 1920 e 1923. Desras, a Suíte """ú" "e "na toma melódica. além ds$' os qualÍo ìêm em comum diieÍentes
,ra insrtumenraçao
foi a prinrelrà peça úìtegralmente serial e dodecafôdcã, incortoÍeÍdo às
85
.1)tzÍJudiuztL
Í.as.J' J 'b
si! =lgÊ-g-=Ë:, 7-Ê-Í I r!)irc lugâr, o sedâlismo haviâ sido criado precisamente para que um es-
ìilo 1Írìdicionâ1 de conposiçlo fosse de novo possivel: ndo supreende por-
lnrìlo que seu advento viesse acompaÍiâdo de uÌna Íessurgênciâ dâs for-
rrrs tudicionais. Ao mesmo tempo. Schoenberg pode ter s€ntido a neces-
si,llde de poupar-se do profundo auto€xâme psÌcolóeico erigido pelo ex-
pressìonisÌno âlona1, uÌÌÌa necessidade tarto pessoal quanlo pública, pois
Ìrn) iitensa introspecção. só podo ter sido realtada pelo compositor com
úguslia co'npâúvel à que expeiimentâvaÌn e experinÌentam âqueles
\'\ijF-J (tre a lestemuúam. AléÍn dissô, a lucidez e a cÌârezâ esrrutural elam in-
,i,rì<-
(lispcnsáveis se Schoenberg qüisesse âtingir sua metâ de demonstrar que a
'LT-tE-4- u-ha; . ;;: ) ".7= rloÌìalidad€ era câpaz de âcolher foÍmâs n1âis lig€iras de expressão: u â
\1"
'.'=_._\ '':3::j2tljv" j--''g''! /'
' vcz encontrâdo o método, ele pâssou a trabalhar decididamente êm páginas
(lc humor musicâl, nâ Serenatâ, na Suíre para Piano, na Suíte parà seple-
ro e m ópeÍa .ômica yon heute iuf molsex (De hoje a amanhã, 1928-
l9). Tambén é possív€l que tenhâ reiomâdo as velhas fomas paÌa provar
(tuc estava eletivamerÌte ctiànda "cômposíções òodecafônicas" e ofeÍecer
i scu público algo famiÌiâr, num mundo estranìo de sons. Finalmente. â
rerìovada aceitação das formâs estâbelecidas em Schoenberg cotresponde,
a cldro, ào neocÌâssicismo de Straúnsky e Hindêmith: âí estã a Ínesma iÌo-
rìir dos deslocamentos eíiÌíslìcos, por maìs latente que pernâneça.
Schoenberg nõo parece ter reconh€cido isto. Mantjúa-se intrânsi-
t----V gente em suí oposição ao neocÌâssicismo, pois the pâreciâ irresponsávei â
rlitude do compositor que aproveitâsse os velhos mâierìàis e formâs sem se
pÍcocupâr com qualquer motiEçío harmônicâ tradicional, fosse de origem
Manuscrito do iníÒioda SuiÌe pâÌa P ano, a--4:'
prmeiÍaobra inlegra menrê ôonposta poÍ
lorìal ou seÌiaì. Enquanto ele tentâva fo4ar a continuidade da grânde tÍa'
SchoenbeÍg segundo o méiodôsêÌiâldodecatón Òo. Émúsica mais t!Ío € dÍamáticaque ã
rliç5o. Struünskf e HlÍdemith limitavam-s€, em sua opinião. â revolver o
de We bem, bõeando- se no desenvotvimeflo pêeáuo de pequenos molivos. rrlrinrônio das idéias musicais adquiridâs. mâís unâ vez algo Ìnoralmente
a6 a flJêl@ úodüna
L
o r,resr-sf 1o comrcc o de.e.,rro Jp .u1
roÍnar. ete det t"
:^iill"qi:"'l'1" rrorìri.lt
,o da pnnjeird I anrar, ."rno l.unt
',à*:o que ,
::l- ::"," y.", /i/8d. o curcc..o p.r" 1o,ern rrr.n*lo.rrqrqre"i,i
ron(crlo Je sranJF.rbu 8lr do .ÊJ rio f(. e a. dua. .d btA
ernbord ct!
cornparasse a segünda a uma missa renâscenlÀta t€m mujto em comunì
com âs cantâras reÌjgiosas de BdclÌ, inclusive o câráter
pied.so. É â ;djc;i
,r: qüe rorna d,.. rero ú .eu reo. ra. i, r.no, rj,,
:::11"" :-,1 i" rra úr qF
u" del.b.rn
ldaprdrd proccdunen.
:l:",:1,1-:ii' ".on./rucão Jp Jorndi ,inÊ.,,.r.
por rnur.n d iae.r.es quc
fossem estrlos. WebeÍn e Bârtók manrinharr-se à prte
-seus de seus cin.
iemporáncos neoclássicos. na afinidade essenoial de sua Ìnúsica.
I( Ì
/
SrÍavinsky, HonegSeÍ e Vârèse. Russolo, no entanto, nâo tiÍlÌa formação
rnusic.ìj, tendo aboÍdâdo a militância futudst €omo Pintor, e PâÍece clâÌo
(luc suâ capacidadê em matéria de composição não estava à âÌtuÍâ de sÌras
iilcias. Ele deu prosse8uim€nto a $ìâs experiéncias âté aproximadânente
1930. Inâs acabou por perder o intetsse e abandonoìl as Íxíquinas em
l'lÍis. onde foram destruídas durânte a Sesundâ Gu€Íra MundbÌ. Só restâ-
,0 de s€us esfo.ços um único e baÍulhento disco de 78 rotações
O movim€nto significaw, de quaÌqu€r modo, uma novâ e d€cisiva
rrâncâda, e logo â música dâ "era me4ânica" se tomaria a grande s€nsa-
ijlo. e\peciah;Le em Paris. l-or ìd que Geoíge Anlheil I la00-5cì. um
rn'rre-âÍneÍicâno exparriado. fe7 luÍoí em la)6 coÍ:, *! BoIet MPcanique.
eomposto pâÍa o bisonho conjunto de oito piânos, oito nlofones, pianolâ,
,luas campâinhas €létricâs e héìic€ de aüão. PacíÊc 2Ji, iÍnag€m orques-
tÍd de uma locomotiva em moümento, composta por Honeggêr €m 1923'
li)i oütro produto pârìsiensê do firtuÍismo, êmbora na foÍmâ d€ um poemâ
i'
-!-, I
IrÍ dc
A pÍimeira composiçâ:o âmericâna dê Varès€, concebidâ paÍa orqu€s-
r\ladà Atcma. Mas nem por isso d€ixava de Ìeconìecer que a tecnologia
riúa muiro â oleÌecer ao dÍìjta criddor. e 1ão se cânsava de pÍeconiz; a
labÍicâçdo de novas e \er,aÌeic apareúìagens de Beraç5o de soDs.
Desde suâ chegadd aos Esrados t nidos. Varèse enpeúara+e nesre
{ênrido. e em dentes mas entrecNzâdos em tÍâtamento simultâneo iudo isto em
_lo3o. depor( de con!aÌos com tdbricanles de insì,umenros, de obter por m€ios hu-
€ngenh€iros elerÌônicos e de sorn, fariâ ìrma previsão espantosarnente
".ãìrãà '*a"a" -a'i"â ou de rempo impossível
$ga7 das novas possibdidades: S,io ac seguürÌe, as vânraqens oue,reteio '- - ^"
cm um aparello .omo ê(re: tibe, ràc:io do risrema ae remperaienìos, ar- Á eoo"u a"rtu Oe"lntação, vários aparelhos elétdcos de pioduçâ:o de
birÍário e pâÍáiisanre. possrbúiddde de obter um numero ìimiraao de ci iá ü\'Ìam .ìdo conslrurdor, e \ aÍèse âcompanì1\â com inreÍese :eu
'ôns
clos ou. se âinda se desejar, d€ subdivisões da oita e conseqüente formâ_
, ã"".'"r*r"*r". embora o\ íecu'sos ofeÌecido\ ainda rtcssiem muiro
cão de qualqGÍ escala desejada. ìrma in.uspeirada exrensao'nos regjsr;" ,"Jm ae .ras nece.sioaaes O pioìeiIo ne're rerÍero foi laddheu'Cú l'
rlrur e bdrros. no,os esplendores hrmótuco,. facutradoc poí cô,nbi;a(ões .'1."'i",, *"ra""" q"" â em loOb u'n ÌeÌhâÍmo um de enoÍ-
\ub.hdÍmonrcr' hoie impo(heis: irfi niras possibJidades de dite,enciãção t"; "pLerenr
apâÍelho que iÍspirou a Busoni suâ pÌofecia ori-
-"'''i"""'io*, "',. pd\vÌiâm no enlarlo'
'.ïr. ,
Ios rin]bÌes e de combnrcoer sonoras: Lma ro\a diÍâmica. mìriro aldm do musicâ ereu;nica Dua' ddcãda' !e
rì.3nce de no\sas âtuais orqJesr Íãs. e um çnrido de pro1"çao .o"or" no ei ",',,"
scm oue su'ss\e rìgÌrma rnvençáo Íeâ'menre util âré que se apresenlaÍam
pJco. BÍacr\ à emis\do dos sons a pa ir de quatquei pànro ou de
murros i,t' i,ì''',J..,r,ã'"pn.Íe ou 'rérdmin dern\ohido pelo ruso exj'
Martenot e
ponlo. Llo recinlo. seglndo aj nece,sidddes dd pâ irurâ: ritmos rndepen. rrã"L"t Lete-in, i,, "ondas marienot" do íiancês Mãürice compôs
ir'-i""r'." em
,, do ;lenão Friedrich TÌautwein Hindeniih
liJ3l um conceúino para lrautonium e orquestÍ4, e Vdrèse ernpregou em
t.i uutaiaÌ, de 1934, dois rhérémins oü ondas marienol, que dão ainda
nÌaÌor iorça â imprecações e fórmulâs cabalísticas maiâs musicadas parà vo-
zcs de baixo, metais, percussão e órgão. Hindemith e Varès€ investigavam
ro mesmo tempo como fâz€r do disco um meio criativo. permitindo ao
eompositor sinteúaÌ dnetâmente â música eletrônicâ, sem instrumentos
dc capâcidade limitada e dependentes dâ habilidâde humsnã Mâs os
nvanços nessa diÌeçâo teriâm d€ espeÍar o advento do gravador de fita aPós
Segündâ GueÌÍa Mundial.
Embora houvesse mais instrumentos elétricos do que coúpositoÍes
roaÌmerìte inter€ssados eÍn escrever para eles, Varèse não estavâ sozinÌro eÍn
suas iniciâtivas radicds, muito meÍos em Nova YoÍk. Nos anos 20 e 30. â
eidad€ tornou-se cenário de inovâções musicais êm todas as flentes. A
música de lves começava a s€r conlÌecida, e nows obras podia$ ser ouvidas
ìros concerlos da Internationâl ComposeÍs' Cuild fundadâ por VaÍèse oü
nos dã lJagüe of Composers, nas soliéet de Stokoiski com a Philadelphia
Olchestrâ ou nos Concertos CopÌâÍd-Sessions. Os composìtores jovens po-
diaÍn expÍimir suas idéiâs no jotnal lÍod€n -Musi., receber o incentivo
do criticò Paul Rosenfeld e pubÌicar suas paúituns na New Music Editiotr
(lrÌisida por Henry Cowell (1897-196s).
Cowell foi lunâ figura central do que s€ tornou conhecido, em sinal
dê apíovâção oÌr censura, como música'lnodema" ou até "ultramodema".
menino, ele âbordava a composição corn des€rnbaraçâdo senso de
xper imen râçrio. chegando algümâs de suas peçàs paÍa pidno. como fte
c^indâ
I iJcs ol Monaunaun llat 2). a indicâ' pela primeira !e7 que o execulânte
tocasse em blocos sonoÌos (útustert, ou seja, grupos de notas contíguas
pressionadas com o puúo, a pâtma e o antebrâço E1e nío târdâriâ â ex'
plorar o interioÍ do piano, dêrerminando qüe o intérpreie pinçâssei raspas-
sc ou golpeâsse as cordâs d:det^melf.Íe, em Aeolian Hatp, The Banshee e o\)'
iras p€ças de diáfânâ sonoridade. Posteriormente, em váriâs composições
do início da década de 30, começaÌiâ a solicitar lirÍe improüsâção, a apÍe-
sentâÌ partituras nas quais os segmentos muricãis podìâm ser ordenados
à vontaìe peìos €xecutantes (cono N Mosaic QuLltel pâÍa cordas) e â exi-
gir uma coãrdenação rítmica €xtremârnente complexa entre os músicos de
un conjunto. Pa.Ìa a combinâção de riünos independentes, inventou um
instrumento de p€Ícus$:o com teciado, o rhythmicon, que Thérémin se
cncârregou de construir, e continuaÍia trâbâlhândo incansâvelmente pelà
Írova músicâ como editor. divüÌgador e escrilor, reunindo suas descobeÍ_
t$ no ìivro lr'slt ,4Í!$?a/ R esources (1930).
Entre os compositores publicãdos p€14 Neì,v Music Edjtion €stâ m
Ives, Schoenberg e Webern. A músicâ do pioneiro norte-americano agorâ
surgia mais como confirrnação dâs experiénciâs râdicais do que como pó-
lo ãe iÍìfluência, âo passo que os europeus eram tomâdos como €xemplo'
LéonThéÍéôin (àesqueÍda)durânle lma das pÌlmeirGdmonslrações do inslÍumenlo
eetôni@ qlo inv€nlou om 1924. Aom são d6 sons êrã cônlroladâ 6nmôviménlos da
mão om ìoÍno da var€l€ voíical.
106 a núsi@ npdêha
Partch lrocou em la28 a composjçáo $adjcionât por umâ erjsténcia o veredito de Schoenberg
errante. consrruindo seus próprios inírumenios. M.o íaro com o
da década de 30 - refügiâdo €m lns éAngeles'
u; inventor genia1 " váÍias das
aprovei. i"i e
irmento de obj€tos enconrados, e afìnando-os numa escâtâ de quâ;ents e "L."1'ÈL '4" ""iconpositor,
q"" i."*t* ant€s d; Segunda Guena Mundial, entÍe elâs FÌrst
iÌês notas à oitava em enronação justa (ão contrário aa aprormiçao
actrs- "úr'
cii'*"'i"r tu Veúr' destinavam-:e a umâ pequen-a orquesÌr'à de per-
tica corvencional do lemper;mmlo uruformer. l*o Lìe permirirì urrlizaì úigra esie co4lunlo Cage podia apÍorun_
Gíaças a
"uss:io
oue ele mesmo
rnleÍvâlor exatos. com eleiios de uma estÍaúa pureza. pãrrch questionou rlÌru!a a
dr aou;le oue eía enrão seu pdncipdl inrere:re a e(lrÚluÍacão(irëncio
quase todâ a música €uropéia desde o Renascimento, propondo
urnâ fìlo- ;;"'ìil;;; à. fonnas a parrri de modeÌo' numeÍico' de soÍn e o
sofrâ da musica como aíe .coÍpdrea.. e\periëncb fi;icâmenre envotven_ t**"ü'-" i''úsica de gaÍneìâo a otquesr'â baline'ade peÍcus-
te 0e sons. patâ!Ìas. miro e açáo. A dánçaeodrama DassaÍam a inteúãr 'Jira"
srÌo e muilo drferente " dâ mútcâ peÌcussiva diniimi.a e aìsim'lnca de
sua.obÍa. especialJnenre n3s peças majs smbicrosas dos anos 50 e o0.
sendo estíanÌìa ao efeiLo excilanre a üsâo dos músicos rocando
ia-o í*C*. .'ü. *t'"
io"iu. a emancip;ção do ruido e o de'enlolúmenro dâ
seus beto, musrc a eteirón ica encontravam eco em Cage
e fantásticos instrum€ntos.
Eln 1938, Câge descobÍiu que era possív€l ter umâ verdadeira oÌ-
questra de percuss.iã sob o conrÍole de duâq ma-os aúpÌândo objeÌos es-
, Cage demonsüavâ p_ela rradicào um deJprezo ta-o radicaì quanro
o de PàÌtch. As lições de Cowetì o rerüÍn esmulado a ser iÍgenuo ; abeÌ- i'"J"', g.ia."",. de boflâcha. meral. madeüa ou Papel as coídds de um
to, menos talvez que as tomaalas com Schoenberg, àqüelâ altu-Ía _ meâdos ,',^ì. fi. '0i."" preparado fo recia uma \âqrâ gama de sonoridades
;.'.""'*'. .; letdos ronc habir,iais Alem dr*o pe'mitiã Jo compo-
J.o
primei-
sitor aìuÍâI empiricamente os limbres durante â compoúça:o: pelâ
* vez. ae reatizava experiências sonoras qüe se tornariâm comuns nos
primei
cstúdi;s eÌetrônicos Ém 1939, Cage foi mais além, compondo â
Ì ôbÍa pâra um apâreÌho elétrico de r€produça:o, Imasinarv Landscape
a. J, quì * mu. co' aevem g âvaçÔe( de lreqúén' d em
J,ccô, sobíe D,âloJ movidos em velocrdade, vârid\e'r'
LnquâíÌo .age e ,eus cole8as alnerrcâno, assim e\ploÍavam novos
recursos musicais entre as gueÍras, os compositores euÍopeus respondiam
cm eeíaì de múerÍa Íràic cauìeìosa ao desafio de cÍidr mús'ca paÌa o mun-
do ÃoOerno Arenro' a eìe" não podram ser nodelno( à mare;Ía
'radrçáo. Podiam
de Varèse ou Cowell, mâ5 podiaín pelo m€nos ser contemporâneos
nâ imoetuosa !ìÌdlidude da mú'ica popüar' especialmenÌe o
'heberd-se ar remà. aa nodetrâ oú ainda coìocâÍ sua musjca d s€rvico
iazz. etplo 'idd
lô\ ôbietilos oolibcos e sociais d€ seu tempo
ó' rirmà* exc'ranLes e a insrmínenrâ\ão de bt rüìdnre niride'' do Jazl
dos arcs 20 tÉziam um novo frescor, e, como peúsavam âlguns coml)osito-
ã.. te," ile con!er'(ões imedjalamente ideniilìcâveis pãrd subrrituir
""" Á"**taafi O" t'armonia dialônica SìÍaünskv abriÍa o caminho
"''.'i",
.ã'" ï." n,r:,-" a. IqIs comporro s€m que eìe rrves\e ouüdo â mú'ca
;; i"*;i;. Na ddcada seeuinie. quando ahesala ao ause â coqueluche
iizzrsuca na Europa. urÌâ ÌoÌrente de obras deriv"dâs saÍiâ da pena
de
i.-oori,or.t . a" oulros nem rão #Ìios Pouìenc agdÍÍou-se ã opoÍ-
run àaae como "t'oì.
uma lo.ma popüarescd de \âlüi'aí aq convencões ou pro-
durir elerto' de choque enquinro Millaud se preralecia da lorça reluÍrc?
dâ musicâ afÍo_âmericaÍa em seü baìé jazristico La
(tèatn dtt nanae
iújlì n-.r incruiu um mollmenÌo inspirddo I'or bire{
w
em sud sonârd
."'. vl.r,no I rS:.-ì-.)'r. e abÌrLì espâ\o pâtj soncfldddes sno ConceF
i" o*" p"* 1io.tt't t'la riaiiaoae. nenhum compoliroÍ pdrÁrense
"..ot
;;á'; r".","' o( novos \enros de oesre e os próprios dmeÍicanos nrb
il;';r- , acomDanìálo(, emboía suas obrd inrprradas no iarz
(
Íossem
'" 'õ."
DaÍiindo dâ dúeção oposta
às caqas de operâ e o e\emplo mâir ilusÍÍe é
torr, "r.""*'",+
orfú"zs'zo). de tmsr Krenel Í lc00) Como LanÌor compo'
'ii"t
."".íïrr"*", o" *" *eÍaç:io, KÌenek ia s€ mosìÍdra capdr de mudaÍ de
ot-.t, ptssando do tnfonismo pó3 múìeÍiano âo neoclas-
".,it"-'-*"i"i
.i.imô e mâis iarde a uÍna reromadâ do lnismo schubeÍlìanor"goÌa com
pnmeiro
iã,,t. ,"';'*""* " :-, ao Íeperrório de tonÌìa\ clássicar e do púbìrco'
,ã.í'^*" q,. ""1; l"rivâno; Aob'acaprou a inragnaçáo
de
do
NolaYoÍk
v quase cem crdades a
rou.ot -ot eÍa monlada em
"_".
i*i"Jãã.. s." t',i. a.üa.e ranto io esrrlo mriqrcaì quanto à atuâliddde
i É
:
e
I
capítu o I
OR IENTE
Se uma nova Ìibertâção podiâ seÍ esperada pala a músicâ, ela na:o virjâ do
Ocidente. úâs do Oriente. É lor'ìga a história do orientalisno musical. re-
montando a fonres árabes â maioria dos insrrumenlos dâ orquestra ociden_
tal, mas no que diz respeito à músÌca moderna â tendêncla mais una vez
ten oig€m no ?ì'élüde li I'Aptès'Midi d uì1 n ne, de Debussy Em 1889,
Ics bnos anre' de rtucÌar c'rd pdrr.nì,r. D€bJss) íicou üvânêÍre Ì,'rpÌe,-
.ior rdo com a mJ.hâ oÍ:enral que ouv u Íâ F\po\ic:io dF Pdrr' Ê po')rvel
que os aÍâbescos melódicos do P/étude devanì algo a esta experiéncia. e De-
husv cerlãmente utilizou escalâs e rihnos orientalizantes cm Pdsodes pâra
pÌdn; ( I 903) e ceúâs obras posterioÍ€ s. À mesma épocâ, o Oriente fâscina-
Bànô á bodo do ss LccdrÒl depaÍlrdapàrdosFslãdosurroos,e- vâ muitos outros compositores, especialmente na França. Nas três cânções
(uopyrght G.D. Hàcket! o,ruorooe,94o,
N. Y.) pdrâ soprano e orquestra de Shéhéruzade (ranbéía de 1903), Ravel expres-
iou estË sentimenô con versos de Tristan KlÌnssor: "Ásia. Ásiâ, Áía! Vê
Não deixa de ser íônico que lha e mâÍâvilhosa renâ dâs hislóÌias de nhar, onde dorme â fânlasia como
._co' tem|oÍânea mai( duda,iosd também na Álemânha
-rrf! nazista roda mú, uma imperatriz em süâ florcsta cheia de nistérioi"
"^r, d;;;.;;;;;
.. fossp br"td".. A partir de 1909, a ondâ de exotismo nas âÍtes foi estinulada pelas
s,d o no\o renómeno do ,nreÍfer.n".u
::ljrel,-!:l:he, roel ,.i,r apresentagÕes ânuús dos BaÌlets Russes de Diaghilev em Pais, já que os
Dermlnên F de'nuiros ".rurur
co-npo5i;oje. dd p;iÌneiros grândes sucessos dâ compathiâ foram fábulas dê esplendor orien-
yli:: I"":l'j.l: d: r.Lrooi dün;ada pe,o na,i.".. a",,i ,"a" q," * tal (como Shéhérazade, com coreogrâfiâ sobre o poemâ sinfônico de Rims-
:::l:.:.::T: :t E\rado,
::rddrca,( r nidos ouc er Írê as suer râ, hâvidm erperi.
dv"nco. do moderrismo mu:ica , acoUÌidm odâç
ky-Korsakov) ou contos de fâdâ russos, cono o Plssaro de Foso de SlÌa-
ünsky. Albert Roussel (1869-193?) criou en1 sua óPe!â'baÌé P?dr?ir'a1i
dd mú.ird europ.ia con,empoÍánea: Sú"ün.kl,
bcÍs. 83' rók Schoel- (1914-18) uín espetáculo de núsica, drâmâ e dança situâdo na Inúa anti-
rnteì. Lenek. we,it. lr^ -,aço*., à"".,"r, ga, e Puccini Ìespondeü às expectaüvâs já agora internâcionais do público
sue'ru e o ex,ì-Hirdem,ú. ná"p";;;;;;,
o Ío,cddú. no enrân,o. u rcsut,ddo
ção desejada por (Jen€k.
ï.Ìì;: im sua úrima 6peÍ1. Turanctat (1924). Até então, no entânto, nenhun
cúnoo'iror estudaía 'eÍidmeÍre d mulicd oí:enul. linilanrìo*e cadd urn a
írrÕduz Ì elemenlos oÌienìr s cm obra( de Íorma e erlrlo ocidenla (
As coaâs começaÌâm a mudar nâ década de 30, quando â núsica do
Orierte se tornou mâis e melhor conh€cida âtrâvés de grâvâções e relatos
de etnólogos. É possivel tambm que uma certa falta de conliânça na foÍçâ
dâ tradíção ocidental álgo que s€ maÍifestava notâdâmente no neoclassi-
crsrÌìo lerúa contÍibüído para estüÌlülal um maiôr empenho nâ busca de
.ìÌtemativâs. O compositol e musicólôgo norte-âÍn€ricano CoÌin McPhee
115
116 a núsEa nodêna
117
!,g.*
--_.-.__.--.-l
ManuscÍiìo do inrcio da Music ol Chánges paÍa piano, naqualCage pelâ primeLrâ vez
d6teminô! a loma damúslca medianle procêdimêntos aloalórios.
(copyrighl O 1s61 W Homaí PGss lrc')
120 a núêica nodena
a outros inslntmentos, não existe qualqu€r som ânotâdo: os músicos mãn. ros de n)elal: o cokrÌido pode seÍ balinés, tnâs vem associâdo a materiâis
tém-s€ €m silêncio. "conústindo" a peça nos sons ambientais e eventuãl- ÍÍlmicos e halmônicos de ouÍas origens, resuliando num €feilo global que
,nente do público. Era inevitriv€Ì que 4'JJ" fosse recebida como pilhdria,
mas haúa na peça uma intenção séria, ou alltes, nas palavras d€ Cag€, uma Suâ hâbilidade pârâ fundir idéiâs musicais de diferenles procedências
"não intenção". Seu trâbÂlho com o acaso foi profundameÍÌte influenciado em umâ nìúsicâ ÌnìedÌâtamerte reconh€cível escoÌa se sobÍetudo na hâImo-
pelo p€nsâmento zen! e a pâÍú daí Cag€ s€ emp€nìâía em cÍiar obras ,.1! nia modâl qoe âdoloÌì, seguindo basicamente exenplos ocidentais: Debus-
vres do gosto e dâ meínória indiúduais em suas s€qiiênciâs de acontecimelr sy, Liszt, os nacjonalistas rÌÌssos e o cânlochão. O modalismo âpâÍece des-
toí', para qu€ o compositor pudess€ "deixâr os sons sêÍ€m eles mesmos de o início em suâ música, decorendo lalvêz do desejo de evital â tonâli-
num esPaço d€ tempo". .lì.ìe âduìrêo.ì. .Ìô neoclassicÌsmo. Tendo crescido na Pârrs dos Seis. Mes
Somente um compositor norte-ameÍicano podeÍia reÍ empreendido siaen senliu a necessidade de Ìnânifeslâr sua crença nâ músicâ como arte sé
uma reüsão tlÍo radical do sentido dâ música, estabeleceído a ,hão int€n- ria, dotada para exprnniÌ o maraviÌhoso e o profundo, € encontrou no n1o-
çâo zen no lugar da 'ealizaçáo de uÍn pÍodulo da vonrade iÍrdividuat, finã- dalismo üm unÌverso nìrsical inocente. Ele permitia plogrediÌ senl iÍonia,
ldade da aÍle europëra desde o RenffciÍnenro. Cabe recoídar aqui umâ iolnândo por ielerência cultüras nas quaìs a música estive.â inrjmamentê Ìi-
anedota relatâda por Cage. "CeÌta vez, em AmsteÍdam, um músico holan- gâda â religiõo a Eüropa medievâl. â Grécia clássica e o Oriente
dês me dissei 'De!€ ser muito difícit pâra vocés compoÌ música nâ Améri.
ca, tão aíastados dos centros da tÍadição'. E eu tive de respontler: .Deve seÍ Ao mesmo tempo, fascinâva-o o "chaÌme dâs lmpossibiìidâdes" crigi
muito difícil para vocês compoÍ na Europa, tão próÍmos dos centros il nado peLo que denominou "nodos de lrânsposição limiradâ" (ou seja, sel€-
tradição'." çÕes simétricas das doz€ notas da esdâìd cÌomáiica, como na escala de tons
Um contemporâneo frâncés de Cage, Mesíaen, que tâmbém come- inieiros). Em suâs obras dos anos 30 e 40, esres modos de tÌansposiça:o lj-
mitada proporcionaram umâ harmonia süâve e suculentâ, muilo distdnle
çou a se interessaÍ pela música orientâl nos anos 30, tonou um camiúo
totâünente dif€rente. Atraíam{ìo sobÍetudo novas idéias musicais, e não das sonoridâdes rascantes do neoclassiclsÍno de Strâvinsky e dos sombrios
questÕes religiosas ou ÍìIosóficas,lerreno em que s€ manteve fiel à Ig€ja emârâúâdos dr âtonâÌidade seriaÌ de Schoenberg Ërâ uÌn estilo âdmiravel
Câtólica. Ap€saÌ da píofunda atença'o que dedËou à música oriental,-ús merre apropriado a suas finalidâdes €xpressivâs I celebrar o amoÌ sexual e o
obras tiveram s€mpre as câÍacterísticãs ocidenrâis de acabaÌnento € singula- âlìto conjugÊÌ. e acjma de tudo proclamar o an1or e o mistério de Deüs.
ridâde. emborâ conlenham uaços inequívocos dos modos oíienlais, dâs Como diriâ ele nÌesmo, "â priúìála idéiâ qu€ eu quis expr€ssar, a mâis im-
lormas rílmicas codificadâs num lratado medieval hindu ou das sonoridâ- porlante óor se colocâr âcimâ de tudo, é a exìsténciâ das verdades dâ fé ca-
des do gam€lão balinés. tólica. (. . .) É este o principal aspecto do m€u lrâbâlho, o mais nobre, sem
LAscensíon, paÍa óryão e orquestra (1933.34), é a primeira obrâ em dúüdr o mais útil. o úais válido".
que ele iÍtroduz ritmos hindDs, que votErìam a se rÌÌânifestar, fr€qüenre, No ciclo de cânções Poèmes pout Mì (1936'37) conbinam se os
mente em coÍnplexãs combinações e desenvolvÍmenros, em grande parte de $andes Ìema. dâ obÍa de 14essrden. na meÜod em que a reìaçio en lre marj'
seu trabalho posterior. Colno Cage, Messiâen via no ritÍno o componente ;o e íÌuUìer deve Íetle1Í ã que exjsrP erríe crisro e â lgícja. enÌre Deu' e o
maisimpoÌtâÍte da música: "Não devemos esquecer", escÍêveu,..que o ele- homem. o €strÌo surreâlista dos poemâs que ele mesno esctêveu' como fâ-
mento Í'rimeiro e ess€nciâl dê música é o ritmo, e que ritÍno é anres de ria e]n váriâs ourras obrâs, encontra eco na riqueza de imagens da harmo-
mais nâda mudança de graÍdeza e duração'. (ressâlva em que revelâ o quan- nia, no colorido da música, em süâ opulência e impetuosa ereÍgia Há âqui
to d€ve à técnica celular da Sa{ação da hina,era). O repertório rítmico aleo rld Inoce,'le loíça eìôlica dâ escultuìâ hinou "enlrdd ramhén com ir_
de Messiaen é portâÍto extenso, âbraí8endo não só ritm$ hindüs como os r;ídade ainda Ínaior. na Tw\nlolilo'Srmphoaìe Ao concebe ìâ Ve*rden
modelos de meÌriírcâçdo da poesra clâssica gÍega. ambos uÌiliados como na:o foi buscrr no Oriente apenas ritmos e cores, mas iambém o tílulo,
fóímulâ( despojadâs de suas funções e associações onginais. Desse modo. a uma palâ\,Ìa sânscrita que segundo ele pode significar "cânça-o de amor,hi-
utilizaçâo de ritÌnos hindus não dá a sua múúca uma sonoridade especifica- no à àeglia, tempo, Ínóvim€nto, dtmo, úda e morte" Mas o tema subja
mente indiana. nem haviâ de sua parte maior pÌeocupâçÍo com os siSnifica- cenl€ d; Tumngllíta nÃo é quatqueÌ mito orientdÌ, mas a lendâ de Tlistão e
dos simbólicos dos ritmos. O m€smo s€ verifica com a oÍquestração percus- lsolda. e sob certos aspectos é estâ uÌÌÌa de suas obÍâs menos orientâis:\rií_
siva, à nanèÍa do gamelão, numa obra como a Tutungalíta-syiphoníe rios de seus dez movimentos ostenlam um dinamismo hannônico qu€ os
(Ì94648), que inclui celeÍa, vibrafone, glockenspiel e ourÍos insrrumen- deixâ muito distântes dos nítidos "bÌocos" foÍnaís, tipicamente olientâis,
l22 a núsicd nodemd
"onïrucoe" de imdgens e ,rmbo.os. rFpresenrando .rm papet cenrrat o sim- * nruna" oarr..o,Lposas a parú deste m"reí1al nlÍiríal oCatalo'
boirsmo rumè|co. E por (,rat 1os numeros que o prinirp,t 'ii.
i-*" ittií""^ oâ" o'uno itqso-ssj. "*.'Pìo
po' ë u'nâ coleçdo de peças
inrerese musi-
vdr ,o enconljo de ruâ mdor pÍeocüpaçâo como arhrla, rínu a imagem sonoÍâ de deLermiìado Pássaro em stu
pois um núÌeìo. ou seqJencra numdricd. pode se, repreçnrddo "or."nl^..uaã
Ë"1'rí.". * -.p"*.iro, fieqüenremente em uma hora e\pecífica do
por ìr.na a aborda-
l::,,lllll':, e, ao nsmo ?mpo srmbor rar uma qudÌiddde
reorósjcd. I a ãia. Èi" a"rô'iti"a pode teisua origem em D€bussv' mas
ü'r17a(ao de etementos p\cjrico. em mu\na dejlrnadâ a p,oclamd; "'".it"
ee; ae N'lesiaen e muiro mai, cienÌilicâ : âq Íepreçnraçô€s do( cântor
a te ca. quânto possrvel e as coÍes do cëu dâs plumâ-
rólicl,ndo ë eÌ âb\o.uÌo conìBdirona. poi5 aoe oÌlìoc ãii ,i"
or ae ueus s Inanj,enà em lodas a. coiça.. e rudo pode serMr
de l\.te,,iaen a von,a- 'ã.'.*
*.""" a" 'r" "*tas
vém uaàuzidaiem trarmonjas que paÍa eìe pelo ne-
a sua gtó a. "tUi."'"
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ìïiiï t1i #i;,liii iis!":5Ì.fl; " 'n"'it. i uttri"*ao aahàrya nxs Improrisatía s sut Mllktt épar^so'
ir,'.'"",r'-,
cotu o' dFcipuloi ae SchoenbeÍg. or de Vec\iden ì"l.;.i; -.iro:'po""'' der'dooJaduorçjodeu'n
, menor u "urddmen ros
ere dprendiân co,n "ll"i'jïï"r.,'
;;i;;"*.';q*," ''". r'r'Lmeno
re náo5errdrIJe
'npLe'imi
acdÌ"
r"cnrcos ao esìrto ao meslre do que
a,an(dr peros c.mint.oj próprios a cadâ os meios .le
mo Ma\ a pÌincrpal ijçaì dâ mÌrsicâ de "'n *u,.,,a"ï",""" ìJ.,i,l
Mêssiâ;
p"ora .e.,, r,za Jo n.'c,,;;.,; ;;ï;iï:::: J;,,1ï,;ï,i ;: J,;i:l:
"Í
1rct de t
",Wdear a6 Màtìe
.
oê BoL,ez. ! -,as soj onôddêo pêrc
unar6Ì0
^Ò /Ì.(ô derorsrãn à ir -èn!rá dd m:s.ü bdrrne.a e drrcdnâ
-ssrvos e
ao Japáo om 1966-
K:ÍrhêLnz sÌockhausencommúsico6 de lêatro nôduÍantesuavisita
124 d nústca noctoma
'à
.g
lrrrlrrr(rÌrrd!,,tii'[] 131
cap/1ulo l0
coNTtNUAÇÃO DO SERtALIS|MO
novo. Em nenhun país se fez senúr com tânta intensjdâde eÍe anscio
quanto na Alemanha, e foi 1á, no Insrituto Krjnjchsrein. rÌe Darmstaat.
que o no\o mo\imenro seriat euÍopeu trrou ,eu qudrteì.generat
a pâìrjr Jos
primeiros anos da décadâ de s0, pelo menos noi n"r". a. u".ad, quunao
cumpor||ores e esuoanre. se ÍeuÍx.rn pdrd Jebdrer : mú<ica dc eu ienrpu.
sìuckì"u\en d.rrlir ao. cu 5os de D m"Ìddt pe,á prirneird vez em ta!Ì,
ou\4nao umd grdracJo de umr peca p rra pralo de lves\üen, ,a.rudf ./p ra.
I, ur: (! tl Jnten\it;s I tô4s, quÊ e: abe ecia .e.cdta,. n;o,o d€ d rurd.mrs
de duraçi01 rnre s,dadc e 1!dque. H; mdrcios de que lvessraer
estudJru em
lq44 a po$ibil.dâde de una oígdni/acão .enat ìe.ç, etemer ros
"urro.
musr. ah. rre nJo cheBou a pò. d idera em p.;r ica em Uoetp J p Vrtewt que
t
é modrj. e n'o serial,. rnas a obra eteri\amerrÊ ab U canu,ho prr, o
due
se Íoínou cunìecrdo como seÍirtismo úreqlal'..
Po\ivelmenre n,piÌdndo,e nd (u8esúo de Mc,riden. Boú e,/.oneçd-
r a rnvesrigar âs possb idades de um seriatismo rilm . o e orn:jmi.o n:r Se-
Pidno í ta4òr e no Li,re pour OüotÌtot ttoa]t. e en
9u^:1a :onard ^pa1
i1,51 LhegoJ lLnJmenre ao seridl smo inregrat n, prinerra parre Je suas
d
?
d;' Fo"*c!La, !
,!.ru.tu/er pJra dois pi.rnos.
Boulez Drrl,L, ,l e cdll ooJecâr'n,.J.,1u\u
llnlll]ltll $Ï0Htllil$tll
oe ailliJ ,nd. de rr;,,r",
jlt,,-1,"" "",n1ì.-," ",i,uc @,f*," ., 4ta
",0:". ;., :::J'l:r ;",J.1: 1.,;ïï
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o-Dra 0e prend Ínà-uj,dàdc. "lii;iì
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lïï, illilï;i""""" n' q'" ",'', ï.o "' o, rn" e "p,iJ.oo.o "b";l
Stoclìausen e Buulez encontraram
,h pÍe' ed.nre pa'- 5cu sêria''''
mo eere,ar./aao na, ob a; ,'.;..1
porro de pJr,da.. ,;" ;;;;;;;],.," : lJ u'"'.: oYc €'u,no', oJ'r ee o nr+ t[Hiltl " .1
scnoerbe g e e".e. r, """ï ì,:i decarn rd ro nd, i'd dp
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pudrd pârece. Íealizdda
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nro.,d,ia'idn,.'.'r|Ì*," "r",.,,. ".,* "'i*]n coÌsrrtrriru..omo
x" "91.bem riprco
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de .Ja. obras dnre|orê,. e rìLi,"
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pìra.roJdri.llcd dos /:,p, / d- (ro.(J,JLse! "",. 0",",;,,t',,,,.
ue$uúecjJo dos ^i Loínposrrores de _h."n.rarr.
DaÍ, Brbb:r, crÈsarr Dor
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rÍra1rsÍno romo s6iemà ínâì obstâIre ao
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possvei com as ieLnlcis de
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tnanjpulâcjo c,,nvê rcionârnìen,e
idr,sno Ll e,.arrÍ. r", * u 3dâ''ú s.
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" "".;;;.ì:.;;:i;':Jil'l;;J,,ïììï:
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e. .r/ !,om,,i. r do/e d,,o,.. d/
,.,u.1 urrr que\rdo rn,cjdrmer,rF
a..u,,.. .à íì,,,,".
_,'lr,uurque
dc rr_ rcr'a u c enB+ 'ì
.B,,u.JJd oeto'u rJr.rr' curopeu\
bc,. au. I b,,urJ a.,poc d" ,.,, ,"ir.1.,".ï,1,,' 'c .d J
" rL J' J o
' ,u
'., c,co,ui.Ju un ;q,,,,
l'\ :p , , . q,.
-";; ;;;-,;:
.,uï. ,"iì t.ï._":'
'J\J Dar- d,ruírac\id
iLrLdcForrel deSlockhausen parapequenaorquêslÍa,reproduzindoaprmeÌa
" "'JLi:ì"" fi)iï;;,;:.11,. rri,t' ú da panitura, @mâs anoìâções dÓ composiloísÔbre
., , ,Jírlúrâ Íomal bdeada Ôo númêro l 2
'
136 á /rod.,,n .ÌrÍrr,rGlr)d,s., /irrD 137
"rdsicr
o^
t;.
t9Ë
co coíít Gesans'dü Jünglin8e (O canÌo dos jo\tn!). paía váÍios Srupos de
llto"falantes, ; logo s€ílã imitado na músid grava<la como na orçeôtr:l'
uoulez comúinouãs duas em s\a Poésíe polt Pout)oir (1 95 8) pãra soÍs ele'
tróricos e orquestra disposta em espiÌal.
o DróDiio SlockÌìausen passou dar lrés orquestrâs de Gtupp?n patÃ
us ouarro dá Cari (QuâdÍado, Ì95q'Ò0). ínrs com unâ dilereÍca: a
glande
rsoiìacao dos comoosirores seriâis nâs décadas de 50 e b0 eÍa â noüdsde e
l;s u àu"ti.", . pari Stocktrausen em ParüculaÍ teria ído imPensâvel repe-
riFs€. Em lusâr dos üìÌÍiÍcados €ncadeamenlos de íitmos e andamenlos
I s'Ê senais de Gúppn. seu dinâInismo e sìrâs den$s lÊxÌuras. C,r/P apÍesenÌa
IEP uma serena pàtagern ae acoídes !ulis. flutuando enue as orquestras e 1m_
tamene se traJlsiormando, mlerrompidos aPenas em passâgens nas quais
os sons parecem sorvidos no ruíbiÌha_o das oÍqueslrÀ' Expande se aqui
3"e una novã egcala de lempo. sLìgerida a $ockìausen por süas longas üageÍs
€Ë
T3 de avião através dos Estados Unidos. Às constelaçoes de "pontot' e va_
riados "gupoí' suc€dem'se 'lnomeÍÌtos" ou passagens musicais relâúra_
ge mente e;tá;eis, que podem durar váÌios segì.rndos e meslno minutos "Po_
.E dese uanoiiilamenré deixaÍ de ouviÌ por um mornenlo". escreveu ele so_
êÈ bíe Caì7i, se se qursêÍ ou for necesstuio pois cada momeÍìro vãle por sr
òs
qÈ mesmo, ao mesmo tempo em qìre está ligado aos demâis "
."ã A explorâção deúâ "forma mornentânea" prosseguitJ em Momente'
õ> ìniciada eÍÍr 196j, coÍn orquestração paÍa soprãno'coro, dois órgãos eletrô'
3Ë nicos. meÌais e Dercussâo É eía a mais [npÍessionaÍle e eloqüenrc eÌpree
Ëò são da mudanç; oconida na müsjca de Srockhaqsen desde 3" obras da pÍi_
Éô meira metade dâ décâda de so,de Krcuzspiel a Gtupper? Nestas, €le desen'
voh€ra e expaniÜra o pÍincíPio seÍi41, descobrindo que podia Íabalhar
EË com escalãs de duração, andamento, instÍumentação e âté mesmo, em
Gesang, tún escala entre sons vocais e eletÍonicament€ sintetrzâdos Pois
asora ãreja a idéia de uma suâve mediação enlre os exlremos em Iugaí
d;s salto;quanliralivos do serjalisÍno. Embora Íicamenre variadâ nos derâ-
llÊs, Momente desc]rcve lma cìrÍva em contÍnua modulação, úspostos os
142 a húlca ntadôútã
@nlhtúçáadosodallsna 143
r,,/,, 1à.?, ia que lre rc g!errâs ele loÍa consideÌado Jma espécie de papa
en
5choenb;Is Mas hdua indicios anrer'ores neste çÍrido
i"'*'1,ril"
'",iMs'a rt9a4 48, c na c;nldla
'N" (lq5l
52.) obÌas que enquaòam cro
eie re-
i,Jogi"ãtà" The Rake\ Prosess, apoteose do neoclâssicismo' voltâda pa-
ì'""ïa'a aos sécuÌos XIv e XV. tornanào+e sua músicâ menos
fii A!âr-
iiu.."tti, ai"ta',i*, " maispara os artificios contÍâpontísticosrambém
" .ì" ac ;Íriricac scÌrais emboÌâ srrâünskv
'iì-J,.
lbsse cerramente
"t*'ve, peld músi.a de seus jolen' colegar euÍopeus
"*'r".re'rimulaoo
o.tn *n"*ç;o qu" U'". iÍspitava webe'n A oìquesuâçrio âberÍâ e a ex_
"itá.u .o.pr.,la.a. Ìiu-rica de seus uonemenl\ pa;Ã piâno e oÌqúeíra
iìólã-sõr. ool e\empìo. ndrcâm que coúecia Kontto'Punttc en\borc
;i" ì;"" úp;, ae asimitar iais infìuências' como âssimilra todas âs in-
O que Sira"
ttuCnclas. sem que sua ntsica se tornâsse meíos carâcterística
ìn""i no novo seriâlismo era uÍn estÍto ao qual podia
",*i" "'i*.,**
reaeii s€m ironia, e que lhe permitiria compor as obras_pÌimas
sacrâs e os
'' - de
.õiÌâfios seus últimos anos
i..'i-,o Sttu"in'r.t âvançava paÌa seuesl'loselraìÌardro Boüezse
liberraw ào rigor integ:al das 5rrurzrer /a "Percebemos clâÍamen-
'enal
que prãcisâvamo' lr alem de umâ codifrcacâo dâ lrn-
i":i. ã"
"'*""i,'i"
oudpem- ervolvendo-nos no\amente com os problemâs eslélicos
{ ì
píeocu-
Suruin",,y n" u"[,t"", qr"nOo
*õO!ffi ïimï w consriruiaa a trnsuâsem câda um de nós íedescoblju suds
que conduziÌam nesrâ ou niquela düeção No cdso de
Dacóes Dersoais. o
í;ì;;; ';;;ttia;"; um teÌo'no à imâsinosâ Ìanrâsia de suas obÌas anre'
ìl *..t"Oa pelâs elaboÍadas concepçdes seÍüir que de meq-
"ã*'. "*ã*
;;ã;;-;i;". À" """',i:io quem o desarro Ìëcnrto
;ï,#:,,.*H#.:l*ïi,d!ìï!:F".ü,,,$ïirff "ïffiïï: ce Sroc,.hau'en para
ae norzs ìdéias e"uururais pârece (eÍ ârLÌâdo como decisiva
força molrvadG
questões estéii-
i" iàa"rì" àt'* ú,me te'Ro'rlez pa:'lra zsota de
"- "te
"u" voltoo-r" fizera no finaÌ dos anos 40' parâ êpoesia-de
úéi bÍeler Poemâs paft Le Va edu sanr
"ntão, "omo Maitre
mü*Nmmt*'m
Reíë ChaÍ. escol-hendo
,ìïìr-ì+i ôi r"*' *,;ticos desriob'a con sua' sonoÍidades balinesas de srrucruret
I "in*""' .-t,ilÈr,tr- paía a LbeÍrâção do hermeti!Íno passo'r a tra-
i -"i .ri' *'i".1roia uexibiìrdade com que Boúez
iãio teúa" "ir,a" ReintÍoduziam+e i delineaçâo formal e osconrolnos
melodico". emboÌa "'i.t l-P .Ma"Paü seja ainda desconcerianle em suas Ínuoãn'
por
",.
i1'-*^. n*ftl"*orq por póla,idâdes que a parrÚ daÍaoesrsíiam Íilíno lesÌr-
i,à';; b", ae qua mr;ìica eo som opõe-se a paìâva
"",;
irii.. -rn âri\o â releÍberacáo âo som o silëncio âos ins'
trffi*#,*lÏfffi
r,,.
" 'l*" ""
ï*r*.,ìì a" 'ài. o'"t*gâdo (ío caso, vot, flauta alto e úolÈ) os peÍcus-
percussão), âos soÌos o conjunto' ao
vibraíone, >rilorirnba,
'Já.'t"iasq
"*"*ô;;;;; p*" .questrâção semelhante, séílttence (lgso-ss)' de
l*' B".*q'i, i"ài"" ,.; saíd; diferenrg parâ o iÍnpasse do serialisÍno in-
144 a nhtca nodêna
capÍ1ulo 11
ELETRONICA
0 serialismo não foi a única forçâ propulsoÍâ daÍnúsicâ pelo final dos ânos
40 e início dos ãnos 50: o advenro do gravâdor d€ filâ finalmente tornara
pDssível a músicâ eÌeúônica. Os instÍumentos musicds elétricos coÍno as
òndas mârtenot e o ÌÌautonium haviam permitido âPenas a produça-o de
Jean Barãqué, que moíôu alguns novos timbres, embora Messiâen livesse demonstrâdo em ?rrdflaa_
aosquâíenh e quâto a.os, dei- liã cono podiam ser singulannente eficazes os sons algo sobienaturai
endo inacabado sêu im€nso cicto das ondas. Ta!ÌÌbénì â manipulâçâ'o sonorâ âtravés de discos redundarâ
num impasse. pois as possibilidâdes eram limitâaias, e âs técnicas. excessiva_
ment€ complicadâs. As fitas, em compensação, davâlllâo compositor veÍsa'
regr31. Baíraqud manlem uÌâ conlinuiddde oua(Ê dramdúca_ muiLo diÍê. tilidade € fleÍbilidade nâ gravaçío e estocag€m dos sons, permitindo-lh€
íenìê da mo\InenÉçd_o neívo€ e enlreco.tâoa de lp Uartcau- e s!à expan. manipular sul ahura e ritmo pela alteração da vetocidâde de gravação, so'
sividâde melódicâ conlrastâ aceniuadamenre com o fraseado penetranle e brepõlos uns aos outros e reorganizálos na ordem desejadâ t'orâm €stas
nõo raro fracionado que dá à obÌâ de Boulez rodâ a sua força_ Barraqué foi poucas técnicas que tornaram possível o verdâdeiro nâscimento da músicâ
na r€alidade o romántico do movimento serial do pós-8u€rra, o que não sig-
nifìca negu que fosse úmbém um compositor exigènte, profundamenie Varèse, que nas trés últinâs décadas vinha lutando pela fabÍicâção de
consciente dos probleÌnas da criação ariísrica. Depois de conclrn Sëquence meios eletôni os, recebeìr urn gtavador de flta no final dâ décâdâ d€ 40, e
e sua mâjesiosa mâs torturâda Sonara para Piâno, el€ empreendeu â com- imediatamente começoÌì a recolh€r mâteÍial para o novo'tom organizado"
posição de ulna amplâ série de paÍâftttqs d,e A morte cte Víryítio, o Íoman_ com que sonìava. Suâs experiências com gravâções €m dÍscos já haviâm
ce de HeImann Broch que é por sua vez uma longâ meditáção poérica € fi- d€ixâdì entrever todo um universo sonoro â ser descoberro; à falta de re-
losóficâ em torno dâs fontes dâ criariúdâde, debrugada especúÌnente so- cursos materiais criativos, el€ ernpreendeÌa a explorâção desse universo em
bre o impulso do artistâ para destruü suêobra,poÌ saber que qualquer es- obrâs instrumentais, imitando nas 1rté8rdl€s pârâ orquestra (1924 25)o
fo4o cÌiativo só pode âtúgü parciâlnenie seus jdeais, quó serà mat inter. efeito da reprodução em sentido in\€rso de ììma gravação em disco Agora,
pretado e nunca períeitâmenre compreendido. Nâ visão d; BârÍâqué, porta em seu primeiro ensaio €letrônico ,ás€l,r (1949 54) -, decidiu utilizal
en pÀticd em Ld Mofl de l/t{gile. a consequéncia natuÍal do reriaLemb era ao mesmo tempo sons gÍavâdos e inslrÌrmentais, âlternando fita e orquestls
uma longa ob.a inacabadâ e rdlve,/ impossiveì de conctui,. de ial maÍìeira qüe o insólito derivã do íamitid e a ele retoma. Mâs a novi
dade na'o eúavâ âpenas nâ música de fita. VaÌèse muito pouco compuserâ
desde meados dos anos 30, e ao retomâI â escrita orquestÍal tlouxe um iné-
dito refìnâmento à combinâção de timbres em um conjünto de sopÍos e
Dercussâo. Além disco, ocaÌáleí desolado da peçd conÚâeia surpreendenle'
menre com os conÌoÍnos ügorosos de suaÍnúsica ânredol Depoi' do' "no_
vos mundos" de '4rnértqres, únham "desertos físicos, os dâ terra' do mar
e do céì.Ì. de areia e neve, dos espaços int€restelaÍes ou das grandes cidades,
146 a rnúsica tudtua 147
aE aa a8
l
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j;1"'y:.1*:r".^:.:.Tr".91üdo
por vdrios composrores de
! rols com o àÌrx ro de um comDutadoÍ. que pode modo a se.
.,q, yo,rd
ser soüciìa_
do. por exempto. a câlcutar as mudânças
n;cessári^ i,"J ar, *""rrà"
oe urn som aríavessando o espaço enr;e "
dois atÌo-Iat;r";.;'r;.áJ";il:
sons por esses pode ser comptetâ ," . ."_p"r"d.;;;r;;;;;;;
para operâr unr ''eios
enreúzadoÌ.
Vâs os compuÌadores podem ser empíegados
,
^:11'j:1ït p1''^" ,mr.uzaçao de sons. É pãssí"er
na músjca com outra
" " alinenú.los ;;m;;;_
r,ds. uc
.composrçâo e alsim onendtos para a criaçdo de .,composiçó;si,
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",- Dois lÍagm€nlos d€ /íâvle6lúck Xt de Sbckhausen,
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164 a músh6 dodÈh6
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pdã so o oê peE"s'ão'
LxlÌalo da pd1'lurd rÍpre'sa oe z,Áruc de s@k5ãusen
vln,sLntodo hÍ,o de I o-' olges tì9/0,. únvenciolêl
oe s.Fúê Rerh, abr.oo uì p,ocecqôg,douâ o"o" J' * o,"qr" Pdra eBme'le è nÔìâcão
dc mudânça êmconté{o rop€h,vo,
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sáo lsadôs sinâis gdlicos
"ê;!oÔ.
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166 a núsicd nodffih
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17O a nisica mrlena
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cos. Ao colnpor sua primeirâ ópe!a, foi parâ o estilo de Ct ta SosPeso
I quc \ono \e \olÌou: /rrotlena/ú I"DA e uma è.pi.ie de opeìâ coÍdl Lujr
Ã,i'i." prrece tÍeqúelremen e rEçaoà com ds pinceìadds "nrplas,ìt unr
nürâÌista. Mas Nono manifesta lirlcamente 9ua sinpatia pelo personaBen
ô centÍdl. rm rmra,anÌe hosliliTâdo por lodo quc o cercam
compdrÍiot, de Nono. luci:ro BeÍio I lq25) 'eguiu u n 'rìrr'l o
I mâìs ou menos pârâlelo, emborâ sêÍÌ uÍn engajâmento po1ítico tâì declara
do ou inequívoco. Ëm meâdos da década de 50, ele lambém se assocìou às
propostâs de Ì:loulez e Srockhausen, respondendo âos Grrppe, desic úlli-
mo, por exemplo, com ,a \etujih II paft cillco gj.npos orquestrâis (1955
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Calhy BeÍbênanemBéórlá/ (r97r), obradÍamáhcâescnrapara elâ por LucranÔ Bero,
lÍaìando da depÍesão menlal de uma canìoÍa de concono
1Ì2 rnriltdtrah\ir r
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nre lrçao dr intitprctc no pdco. tjìâ âbíiu canÌnÌlìo p"r! utnr poçr dccli
rddâmente drx Ìi1icâ. PrrsdsÁ'Í, (1963). Ir.Ì quâl cotno M tttttllÒu .u tL
No o o peÌsonxgcn cenlrd é acossadopelo coro, embola sejd âq'riünr
muìhe!, e o tenÌa, a degradâçâo do iÌÌdÌvíduo condiciorìado Pcla socicdrdc
nâtcÍialista. SeguÌanì{e um oratóiio cénico sohÍc a questío racial (Iil..'r.
1964) e outrâ obra dramáticâ de crítjca,o capilalismo (/-,àorntri //,
1965). coÌageÌn de textos e música enÌ torno de versos de t)a ie.
Ésta últjína é um exenìplo d,Ì nova forma de composição drurnátìco-
müsicrl surgida em rneâdos da décâdâ de 60, frcqüentemcnte com o ìron1c
de "tealro de música", e na quâl músice, texto e exprcssão cêÌrica itÌtc
grdm se de una forÌìa prelìunciada nas pequenas obÌas dtâmát'cas dc Sl[
cids tìâ pn!
'tinsky e no f ienot Lu a e - Têm sido estas as priDcipais iÌúÌuêt
duçâo pâÍa teâ1ro de compositoles maisjovens coÌno PeteÌ MdxwcÌl D|vics
(1t34) e Ilaúson nÍtwistle (1934). As t8lr Sorss fot a Mad Kins (1961)).
,le D"se, Dor cr\emnlu. dcsce,,dem dc P4ry./ Jo r^locar Ê . .?ìâ um rirr:_
." pc"".;"Ín mcnrJmenle r'úcroínddo(uter CeoÍ8e ììlr:r.omPbnlrrJ"
òu tdlvez hoÍilizado pelos nìúsicos de um peqüenr conjunto Jti
Da\ü br the Creeniroo.l Srd. (1969), de Brrtwisde, está nais próÍnro do
teâtro ritudístico de StÌa!ïsky, interpretando a passâgem das eslâções do
ponto de vistx de uma peça de pmlomina e de velhâs baladas folcÌóricas
O próprio Berio passaria de Ldbonntu! I ão emprcEo de varjados rc
cursos Ìnusicais e teatrâis em suâ Operd (1970) TaÍnbém ,qui são as ndis
diversas xs refer€nciâs. A obrr remonla às origens do género, cilando tex
tuaÌmente ütna passâg€m õ.o Otfeo óe Monteverdi, e cotrlém numerosis
âlusões r ouiras músicas, inclusive a do próprio autor' De certa mâíeira.
lortânlo, tratâ se de uma revisão crítica da músicâ ocidental,mâs tarnbén
de uma denonsiração poìitica di inevitável deirocâda da sociedade ocide'Ì'
s1ì Belo djterr de çu. cotcdd. no e rJr,o. peto e.necrdt inreressc que 1â1-
ded;cavâ :i vo,, hJmd,d. uritirdda prn ruac uLrds cur uma nuir cn Ae nì.,- Parece ainscâdo defiúr obfts.oÍío Passassío, Ldbaint ! II e Operu
dâ matriz italiana, ao mesmo ternpo recorrendo a ümâ vâsta gamâ de técni- como especificâmente "dramáticas", pois o componente teâlial estd pre-
cas vocais nf,o conve.cioÌÌais_ Destâcâva-se tâmbém peÌâ sensualìdâde de senle erÌÌ quase todâ â música de Berio, sejâ destinad, âo teatro ou à ela
su, €scritâ instrunental e o clima onírico de sua nìúsica. Todas essas carac- de conce.tò. Nao.aro este co@ponente vem associado às possibiüdades dra-
rrsricas rssalrar em duJs obías quê compo\ noÍ vo ra Je touO p3r. máticas do soÌista, exploradas ern .teqre,rre, série de peças escÍitas para
caúy Berh" al enrao .|a nllhct Lpü0n8. pa,d voz c orques|a. p a/) virtuoses específicos c aproveitando as peculiaridâdes de deterninado lrs
!/Ps. pârr roz. hârpa e doi. ú\rÍumenlo, oe pêrcuss;o. Amba\evìder.iam w^"n'ro. i"qu"n"o I4, por exemplo, eÍge do vioìisra um manejo frené-
;gualmenre uma esr'eira Lgaiao entre 1 mú.rca e a, patJvra., tdbiruat
1o tico do arco, inquanto Sequenza lll rcqtet nmpiúistâ d€ extrema habiìi-
tÍabaiho d€ Be.io. EIn ttrAnÈ ele recone a diferen&a estiìos para musicâr dade nos dedos e Íos pés. Ao mesmo tempo, estâs obras, como tantãs ou-
lextos de Joyce, Prousi, Brecht ê outros escrilores, âo passo que eÌn a)i.1er trâs {:las décadâs de 60 e 70, ampliâm os limites das possibiÌidades de exe
demonstra que o canto pode fundú-se conÌ os sons ìnstrumcntâis e imilã cução, introduzindo novas notaçÕes para una multiplicidade de novos efei
1os, produzindo equivaÌentes musicais para a Ínúsicâ dâs palarÌâs e .Ì desin_
tegÌaçã-o sintá1jcâ dx poesrâ de E. E Cu]nmúgs Sequenze e as obras de Berio para Snndçs conjutrlos jogãm lodas
í 1i.k. pode .eÍ con.rderadd a pírme,,J obrd reb,rdt impoÌarle de com o poder sugesiivo dos gestos e da presença fisi'c^ rltúnà perÍormancc'
-
Berio,.pois o carátcr circular de sua forma é posro em eüdéncd petanìovi Mauitc; Kasel (1932), em cortraste, d€dicou"se a umâ música de penú-
174 a nrúsi@ n odona
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tâmente desestrutÌrrado
*tp aft1ão et1Íe Musícítcüs e 'oncepções superficiâl'
quatÍo
Ínent s;mehant€s " de sâckhaus€n, como t,senólé, espeiácúo de
froã. a" aorrçuo up*t"ntâalo em Darmstadl em 1967, com paÌtituras
es-
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das no pâlco em luz violeta avermetìrdâ, tocam hârmodas esiacionárias serio, paÊ voz Iêm nina,
que qervem de ,nlepdro aos sons agressivor produridos petos Lrïnimenlos
d€ sopÍo e percussèo djsposlos poí rÍás: e em 1r?or I Adorações. em japo.
nês), um mímico em posição elevêdâ conduz a orquestra com gestos d'eìú-
plica.
EÍìquanto StockÌÌaüsen continuou â investigar â energia espiritüâlda
música, outÍos compoútor€s voltaram.se pâÌâ sua utilização como instru-
mento de propagânda política. A convicçâo de que a música deve abrâçaÍ
a caÌrsâ da revoiução, maíiíestadâ por Nono já na década de 50, ganlìou
t€iÍeno pelo final dos anos 60, quando â juventude demonsrou explosi .
mint€ s€u apoio à nova esqueída, nos Estados Unidos, em AmsteÌdam,
na Alemania, em PaÍs, na InglateÌrâ e por todo ô murdo. Subiramente,
músicos de tendóncias artísticas as mais diíerentes mosrraramae sensíveis
à recessidade de uma músicâ que fizesse âvânçã o socialismo, fosse de-
monstrando sua simpatia pessoâI, üÌcenÍvândo â militância políricâ ou
atÍaindo um público de massâ.
Tratava-se, raiuÍalm€nte, de meios diferentes parâ um mesmo fim,
e seus respectivos méÌitos e po$ibilidades hâviam sido objero de conro-
vérsiã na União Soviélìcâ ertre as duas gu€Ìras. Fì{râlmente âs auroiidades
soüéticas decidiÍam em favor de uma música que pudesse ser facilmeíte
entendida poÍ operários e camponeses: cantatas em louvor dos diÌigentes,
17a a núsi@ Ndünã
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lAO !nìúscx nadonn
ro\ probteÌds
a rplc,çao oo pen\ame ,,o rnaor\- ta úla, tì:\ podc lìzer rtuàlmenLe, eslr é adefiniç[o dr üle de nosKt ^
11 da vìda quoriJiani tn Àui"o c r.unns t.,s.ú.;.
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182 â núsl@ mdôõk
caPítulo 14
IMU LTIPLICIDADE
103
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196 anúsiú Ìbdohâ ísta de ilustaçòes 197
l3 Rerjâro dc atbrn Bc,C oteooê Unotd (.hoerbers../a, 63 Rerlato de Srrlvúskv DesenlÌo a lápis de Pica$o 1920 CÔ1eção do Útisìa
Museuh der SÌadÌ Wi.n lo O. H."rô,Fcher SÌràvinrkv Desenho lápil dê tiúç
64 Esboço lda o *íáÌio de P!Lt'sÌra de a
34 _Ihoúas
Mdy hrerpÍetàndo pìemt Luna e,.lescnoenbêrg.
Foto Jotn cú-
neÍ, Unicom Re.ôrd{
65 Flgurúo para Prlúi,ell4 Desen1Ìo â úpis de ?imso 1920
36 Cen,tlo dolabqatório do Doutor eú tilozzccÍ,
de Alban Beis, Berün, 1925 ó7 EnÌ SaÌie Cdidlura de Jeancocteau'
Alírcd a.X.tnu.,Ln\err.. td,,,,,t .. Rouen- Foto
ó8 ,er S*, ÉüaÌo Óleo dc JacqnesEnilè Bhncne Muséd de
39 Dêlalhf dos 6bóços .le Srmúnsky púa,4
S4s/açaro da prjharqa, LauoeGnaudon'
Cotre.I\on
de Stavlúskv'
69 cênáriô d€ Esàtd Dü1berg lda À lrodnçâo de OcdiPUs Àt'
40 Te.ho dr -Dúç, do Sadifício,, da ertiçâo r€vsia ( 1g4.) da Sastuçõo da pri i" i'"il op*" s-ri- c*t"sia de Pr€stel verÌas'Mudque
@r?ra Repeduldo em aìrrorüaçào dose{ri1oÌês, Boôse" a ? FÕÌo Musées Natioúãux
H"r,k* ú.rì" 7l CoÌtina de Picâ$o púa Pd"de, d€ Sârìe' 191 '
4| Centuio de Nicolas R oe:ii.h púã A SdsÌaçõo
Pollenc âo ?ido CÚi@lura de lean Cocteaü'
dd prinay€ra Forô Roser Com lernilsão de B' SchotÌ's
4l Debus! cofr SÌÍsnnsky.Coltecdón bâ,Íi. ti
Moìlet. 72 Capã da Suítê 192, !üâ!imo, de Húdenith
èrêo"Vrêoe trrrn.í_op\18n,
spÁDt M
44 Pâul ÌIindcnith. Àrquivos B schotfs Sólne' Mainz-
roÍo da pirherra edr(âo da SonaÌa
Pjeina de -,,',
bL-y .one'a o, r -.*,.,ri ., ,."0." ,,o,lr'l e húpd De- SeÍgEi ProÌoti€v Desenno dê tleÚi
Marúse BibliÕlhèque Nltionale' ÌÚn'
"o.r 'r! 7a
46 .qdrrc de pie,Ìe Botudd pa, Jc,\, de Debu..i. 14 Dúitli SnostaÌovich, 196l Folo AgênciaNovosti'
sibborì.;quc \i.rÕndte.
Inc
75 Eìliotl Cútcr. Foto À$ociâted Music PublüleE'
O dtettu de C^tdv Mdhlet. óleo
de Ájnold schoclbers. Coleção Dr. Ìtejn, 17 Maú!ìe Ravel- Foto Lilnirzki_Viollet'
dclÌ Jâlowêr?
47 Púntuia dâ úttima das
'19 Béla Bdrók Foio Kau Kínán
! Ìequenas peca\ nru' PJ'o dc \ctoênbêr8 ql4eo
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hJìnu.,univcrvlEd-rron, I r.r ' 81
A Kalmus (Universal Edilion) Ltd'
Anton Webêr!. Foto Alfred
* o"'._"'". O*"*" a iipi'oe AJnold 5lhotrberg '02) Rêploduzido
1eÌ3 cortesia rhc qÌrord s(hoenbêÌc iísrúu'c
çiï':,:,i::'d*'
da John Herrich racL.oh Music Librarv, .'"- ,ìi..ìì"ã a. t awÍn; s(hoelbús
AÌchiws, Los angels. Clrifómi'
Cdpc dd pr meúa eaic;o ttè t n,ot4 the bkat .ozzo@.
LibÌry of Conge$. Wa\hinsroì. D.C.
oe ( húle\ tk) 83 Relroduçâo alrcrada do úício da sinf@ia
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wrsal EdiriÕr) Lid.
ue, de Messiaen. CoÌl€sia de Editions LEDUC, PdG
r'xêúplo de núsica dc sameÌto batinesa. Exlraido de Cotú M cphee_ Muric in l5l lrecho da pdtitun inpÌersa de r(dztd&re, dc Slockhauseí- Álfred A I(.1'
a/./j, Yrìe Uniycrsit, Pres. 1966_ mus (Universal Edirion) Ltd.
I l8 Músicos de samelâo balinôs. Foro !ôr cóÌtesia da Enbaixada {tâ hdo,ésia. 152 Roh.rr Moog.on lrês de Fus sinlerizadores.
I 19 Ptimenà pásna de Musíc aÍ Charsdr, de Johú Case. Copy|istÌl @ t96t by l5l TÍccho da parte de piano da pútitüa imÈessa de Púzesrior, de Stockhxu_
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sn. alrred a. (!ìnus (Unirersal Edilion) Ltd.
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