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TJ-PR

Técnico Judiciário

Noções gerais sobre temas da vida econômica, política e cultural do Paraná, do Brasil e do Mundo. O
debate sobre as políticas públicas para o meio ambiente, saúde, educação, trabalho, segurança,
assistência social e juventude. Ética e Cidadania. Aspectos relevantes das relações entre os Estados e
Povos. ...................................................................................................................................................... 1

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Bons estudos!

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Noções gerais sobre temas da vida econômica, política e cultural do
Paraná, do Brasil e do Mundo. O debate sobre as políticas públicas
para o meio ambiente, saúde, educação, trabalho, segurança,
assistência social e juventude. Ética e Cidadania. Aspectos relevantes
das relações entre os Estados e Povos.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

O presente material tem por objetivo apresentar os principais fatos ocorridos e amplamente divulgados
a partir do primeiro e segundo semestre de 2016. Tratam-se de assuntos relacionados as mais diversas
áreas, em conformidade com o edital. É importante lembrar que alguns dos temas aqui abordados
ocorreram em 2016, porém tiveram início muito antes disso, e podem também não ter sido concluídos,
como é o caso da Operação Lava-Jato, que teve início no ano de 2014, continuou durante o ano de 2015
e alcançou o ano de 2016, e este adentrando o ano de 2017
É importante destacar que por conta do grande volume de informações diariamente produzidas pelos
mais diversos meios de comunicação (televisão, jornal, rádio, redes sociais), alguns temas acabam não
sendo abordados ou são abordados de maneira superficial. Diante da grande quantidade de conteúdos e
temas, é importante atentar e acompanhar os meios de comunicação, como telejornais, programas de
rádio, jornais online, sites, redes sociais, blogs, entre outros, para estar a par dos acontecimentos.

DADOS SOBRE O PARANÁ

Localização:
O Estado do Paraná está localizado entre 22º30'58" e 26º43'00" de latitude Sul e 48º05'37" e 54º37'08"
de longitude Oeste, encontra-se no Planalto Meridional e na Região Sul do Brasil, na transição entre os
climas tropical e subtropical.
Cerca de 25% do seu território fica na Zona Equatorial (ao norte do Trópico de Capricórnio) e 75% na
Zona Temperada do Sul.
Sua localização demonstra ser uma área de contatos e transição em termos físicos e naturais, com
diversas ocorrências de clima, solo e cobertura vegetal, bem como uma variada geologia e formas de
relevo.

Paraná

Limites do Estado
O território paranaense está distribuído atualmente em 399 municípios, faz divisa ao norte e nordeste
com o Estado de São Paulo (940 km), quase todos demarcados pelo curso dos rios Paranapanema,
Ribeira do Iguape e Ararapira.

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A oeste limita-se com a República do Paraguai (208 km), e o Estado do Mato Grosso do Sul (219 km),
fronteira essa banhada pelo Rio Paraná. Ao sul, faz divisa com o Estado de Santa Catarina (754 km),
desde a foz do Rio Saí-Guaçu, no litoral, até as nascentes do Rio Jangada, no Morro do Capão Doce, na
região sudoeste do Estado.
A sudoeste, com a República da Argentina (239 km), desde as nascentes do Rio Santo Antônio até a
foz do Rio Iguaçu no Rio Paraná.
A leste, após a formação da Serra do Mar, o limite com o Oceano Atlântico (98 km). A costa real,
todavia, supera 150 quilômetros, se computados aqueles de reentrâncias e baías. Entre estas, destaca-
se a baía de Paranaguá que avança 40 quilômetros dentro do continente, com área de 667 km². É a
segunda maior do Brasil, e forma três baías secundárias: Antonina, Laranjeiras e Pinheiros.
O estado do Paraná ocupa uma área de 199.880 km², estendendo-se do litoral ao interior. Localiza-se
a 51º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 24º00'00" de latitude sul da Linha do
Equador e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT.
Três quartos de seu território ficam abaixo do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da
região Sul, fazendo fronteiras com os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e dois
países: Paraguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico.
A ligação com o Estado do Mato Grosso do Sul é feita pela Ponte Ayrton Senna: é uma ponte sobre o
Rio Paraná, localizada entre as cidades de Guaíra, no Paraná e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.
Foi inaugurada em 24 de Janeiro de 1998, custando R$ 32 milhões de reais. É a continuação da BR-163,
sendo a única ponte no mundo em curva na parte central com tobogã. Sua construção promoveu a
integração das fronteiras agrícolas das regiões Norte e Centro Oeste com a região Sul do país, que
representam uma importante conexão estratégica em termos de logística e intermodalidade. Com ela foi
possível a eliminação do ponto crítico de estrangulamento dessa ligação, pois a travessia era feita por
balsas, um sistema lento, precário, de alto risco e que onerava sobremaneira o custo de transporte.
A ligação com a Argentina é feita pela Ponte Tancredo Neves: também chamada de Ponte
Internacional da Fraternidade, ela liga Foz do Iguaçu (Brasil) a Puerto Iguazú (Argentina). Estas duas
cidades, mais Ciudad del Este (Paraguai) formam a Tríplice Fronteira. Em 1972, os presidentes Emílio
Médici, do Brasil, e Alejandro Lanusse, da Argentina, assinaram um “Tratado de Intenção” para construir
uma ponte que uniria os dois países. Esse tratado ficou arquivado por sete anos e só foi retomado, em
1979, por lideranças de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú mediante a formação de Comissão Mista presidida
pelo iguaçuense Sérgio Lobato da Motta Machado. A pedra fundamental foi lançada pelos presidentes
João Figueiredo e Reynaldo Bignone, em 13 de janeiro de 1982. Localiza-se 15 quilômetros abaixo das
Cataratas do Iguaçu, rio que deságua no Rio Paraná.
A ligação do Estado do Paraná com o Paraguai se dá pela Ponte da Amizade: foi construída durante
as décadas de 1950 e 1960. Liga a cidade de Foz do Iguaçu no Brasil e Ciudad del Este no Paraguai,
passando sobre o rio Paraná.
Os pontos extremos do Estado do Paraná são:
* NORTE: Rio Paranapanema. Pode-se ter como referência também o Município de Jardim Olinda e a
Cachoeira de Saran Grande, mais especificamente.
* SUL: Rio Jangada, com destaque para o Município de General Carneiro.
* OESTE: Porto Palacim em Foz do Iguaçu.
* LESTE: Rio Ararapira em Guaraqueçaba.

Informações obtidas em:


http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1127-2.pdf;
https://geovest.files.wordpress.com/2012/09/parana.pdf.

O processo de ocupação do território paranaense:


Segundo o professor Francisco Filipak a palavra Paraná tem um significado Tupi e quer dizer: Paraná.
Sm. (PR) [Do G. pará: mar + anã: semelhante, parecido] Paraná: semelhante ao mar, grande como o mar.
(108-p.110).
A história do Estado do Paraná remonta há cerca de 9000 anos. As provas materiais dessa história
são encontradas em todo o território paranaense nos vários sítios arqueológicos já pesquisados como:
os sambaquis no litoral e as pinturas rupestres, nos Campos Gerais. Nesses locais encontramos vestígios
materiais importantes que revelam como viviam os habitantes desta terra antes da vinda dos primeiros
europeus para a América.
Particularmente, no Paraná, a ocupação europeia aconteceu por duas vias: uma espanhola e a outra
portuguesa.
Desde o início do século XVI, exploradores europeus atravessaram de norte a sul e de leste a oeste,
o território paranaense tendo sempre como ponto de partida foi o litoral atlântico. O primeiro europeu a

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percorrer toda a extensão deste território foi o bandeirante Aleixo Garcia. Em 1541 Dom Alvarez Nuñes
Cabeza de Vaca, partindo da Ilha de Santa Catarina seguiu por terra em direção a oeste tomando posse
simbólica deste território em nome da Espanha. Nesta fase a Coroa Espanhola cria cidades e algumas
reduções para assegurar o seu território determinado pelo Tratado de Tordesilhas - acordo bilateral entre
os reinos ibéricos de Portugal e Espanha.
No ano de 1554 é criada a primeira povoação europeia em território paranaense, a vila de Ontiveros,
às margens do rio Paraná, perto da foz do rio Ivaí. Dois anos depois, o povoamento se transfere para
perto da foz do rio Piquiri, recebendo o nome de Cuidad Real del Guairá - hoje município de Terra Roxa
-, que juntamente com Vila Rica do Espírito Santo - nas margens do rio Ivaí - formou a província de Vera
ou do Guairá.
No início do século XVI os portugueses criaram duas capitanias sobre o nosso litoral. A primeira, a
Capitania de São Vicente, na região compreendida entre a Barra de Paranaguá e a de Bertioga. A
segunda, a Capitania de Sant’Ana, desde a Barra de Paranaguá até onde fosse legítima pelo Tratado de
Tordesilhas; mas, referências históricas, datadas de 1540, nos dão conta da existência de moradores na
baía de Paranaguá vindos de Cananéia e São Vicente.
Em meados de 1600 intensifica-se a presença dos vicentinos (moradores da capitânia de São Vicente)
em todo o litoral e nos Campos de Curitiba, em 1648 o povoado de Paranaguá é elevado à categoria de
Vila com a denominação de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá.
Diogo de Unhate foi o primeiro português a requerer terras em solo paranaense; em 1614 obteve uma
Sesmaria na região de Paranaguá, localizada entre os rios Ararapira e Superagüi. Na sequência, em 1617
Gabriel de Lara funda uma povoação na Ilha da Cotinga, que depois transferiu para a margem esquerda
do rio Taquaré (hoje Itiberê).

O povoamento do território paranaense:


Três foram as ondas povoadoras que em conjunturas diversas e com motivações distintas realizaram
a ocupação e formaram as comunidades regionais que constituem o atual Estado do Paraná. Quais
sejam:
A primeira se esboçou no século XVII, com a procura do ouro, e estruturou-se no século XVIII
sobretudo no latifúndio campeiro dos Campos Gerais, com base na criação e no comércio do gado e,
mais tarde, no século XIX, nas atividades extrativas e no comércio exportador da erva-mate e da madeira.
O Paraná foi a primeira região do Brasil a ingressar no sistema colonial mercantil. Os motivos para
esta inserção foram a descoberta de ouro de aluvião no litoral na primeira metade do século XVII e a sua
proximidade geográfica com o eixo São Vicente, Rio de Janeiro, Bahia.
A evidência do ouro foi manifestada por Gabriel de Lara em Paranaguá (1646) e Heliodoro Ébano
Pereira nos campos de Curitiba (1651). Nesta época muitos moradores abandonaram a lida com a terra
para procurar ouro. Isso provocou uma situação de extrema pobreza em toda a região persistindo apenas
a lavoura de subsistência. Como o ouro era pouco logo acabou.
O gênero de subsistência manteve um fraco comércio em Paranaguá. A produção e o comércio de
farinha de mandioca possibilitou a importação de produtos básicos como o sal, ferragens e peças de
algodão vindos da sede da Capitania. Ainda no século XVII iniciou-se no litoral outra atividade produtiva
como o plantio de arroz e cana-de-açúcar; este último com a finalidade de produzir a aguardente e o
açúcar.
Com a abertura do caminho do Viamão, em 1731, a criação e a invernagem de gado dá o início a
principal atividade econômica paranaense do século XVIII, o tropeirismo.
Ao longo do caminho do Viamão, ou caminho das tropas organizaram-se pousos, invernadas e
freguesias, como as de Sant’Ana do Iapó, de Santo Antônio da Lapa originando vilas e futuras cidades
do Paraná Tradicional. Com base nessa atividade foram ocupados os Campos de Curitiba, os Campos
Gerais, bem como, no século XIX, os Campos de Guarapuava e Palmas. O Tropeirismo irá se esgotar na
década de 1870 pelo aparecimento das estradas de ferro as quais fizeram com que os animais de carga
perdessem sua função econômica.
No início do século XIX a erva mate abriu o comércio de exportação para os mercados do Rio da Prata
e do Chile. Transformou-se no esteio econômico paranaense até os anos de 1930 quando a concorrência
argentina encerrará a predominância da erva-mate paranaense.
A partir das primeiras décadas do século XIX o quadro demográfico paranaense é substancialmente
alterado pela introdução de contingentes de imigrantes europeus. Estes imigrantes vieram para o Paraná
especialmente para trabalhar com a agricultura de abastecimento em colônias agrícolas nos arredores
dos centros urbanos.

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A segunda resulta da ocupação das grandes florestas dos vales do Paranapanema, Paraná, Ivaí e
Iguaçu. Dois movimentos populacionais extraordinários ocorreram paralelamente, resultando na sua
formação. O primeiro impulsionado pela lavoura do café que ocupou a região Norte e o segundo pela
ocupação das regiões Sudoeste e Extremo Oeste.
Desde o final do século XVIII, mesmo sem expressão econômica, o café do litoral do Paraná se
encontra nas listas de exportações pelo porto de Paranaguá. Em meados do século XIX já se produzia
café para consumo, interno, nos aldeamentos indígenas de São Pedro de Alcântara e de São Jerônimo,
e na colônia militar de Jataí. Porém, o café de fato entrou no Paraná no final do século XIX pelas mãos
de migrantes mineiros e paulistas. A ocupação acontece em três zonas sucessivas. A primeira no Norte
Velho, desde a divisa Nordeste com São Paulo até Cornélio Procópio, colonizada entre 1860 e 1925. Em
1950 esta região estava praticamente ocupada; a Segunda no Norte Novo, desde Cornélio Procópio até
Londrina, prolongando-se até o rio Ivaí, colonizada entre 1920 e 1950; e a terceira e última no Norte
Novíssimo, entre os rios Ivaí e Piquiri, colonizada de 1940 até 1960. Esta última chegando às barrancas
do rio Paraná, fronteira com o Estado do Mato Grosso.
A terceira e última a partir o final da década de 1930 inicia um processo novo de ocupação territorial
no Paraná nas regiões Sudoeste e Extremo Oeste por parte migrantes vindos do Rio Grande do Sul e,
principalmente de Santa Catarina que implantam o regime de pequenas propriedades e a policultura,
predominantemente de cereais e oleaginosas. Também se dedicavam a criação de suínos. Deste modo
nos anos de 1960, toda a região estava ocupada.

História do paraná por século:


1500 (Século XVI):
- O Território paranaense se encontra dividido pelo Tratado de Tordesilhas.
- 1536: criadas sobre o litoral paranaense as capitanias de São Vicente e a de Sant’Ana.
- 154l: uma expedição comandada pelo espanhol Dom Álvaro Cabeza de Vaca, a partir da ilha de
Santa Catarina passando por terras paranaenses, chega a Assunção, Paraguai.
- 1549: o alemão Hans Staden naufraga na altura da barra do Superagüi. Em 1557 publica as primeiras
notícias sobre a baía de Paranaguá, bem como o seu primeiro mapa.
- Moradores de São Vicente, Cananéia, intensificaram sua presença na baía de Paranaguá,
procurando comércio com indígenas. Alguns se estabelecem na ilha da Cotinga.

1600 (Século XVII):


- 1608: é criada Província del Guairá, território a oeste do Tratado de Tordesilhas. Nesta região foram
implantadas 13 reduções jesuíticas.
- 1614: é concedida a Diogo Unhate a primeira sesmaria em terras do Paraná, no litoral do atual
município de Guaraqueçaba.
- Inúmeras bandeiras percorrem o território paranaense. A bandeira de Fernão Dias Paes destrói as
reduções jesuíticas forçando o êxodo de parte da população indígena em direção ao Tape, no Rio Grande
do Sul.Essa destruição determinou, por mais de cinqüenta, o abandono de toda região.
- Intensifica-se a penetração dos vicentinos no litoral de Paranaguá e nos Campos de Curitiba a procura
de ouro.
- 1646: Gabriel de Lara manifesta ter encontrado ouro em Paranaguá junto à Câmara Municipal de São
Paulo.
- 1648: a descoberta de ouro possibilita a elevação do povoado de Paranaguá à categoria de Vila de
Nossa Senhora do Rosário.
- Como autoridade portuguesa Gabriel de Lara toma posse da região de Curitiba e ergue um
pelourinho.
- 29 de março de 1693: Curitiba é elevada a Vila, pelo então Capitão-povoador Mateus Martins Leme.

1700 (Século XVIII):


- 1708: os padres jesuítas Antônio Cruz e Thomaz de Aquino instalam-se em Paranaguá.
- 1710: Paranaguá torna-se a 2ª Comarca da Capitania de São Paulo.
- 1714: criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar, hoje Antonina.
- 1731: Cristóvão Pereira de Abreu abre o trânsito do caminho entre Viamão, Rio Grande do Sul, a
Sorocaba, São Paulo.
- 1750: Portugal e Espanha firmam o Tratado de Madri com a finalidade de legitimar os territórios
conquistados além do meridiano de Tordesilhas. Seis anos após o novo tratado Ângelo Pedroso explora
o sertão do Tibagi.

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- 1767: Afonso Botelho inicia as obras da construção da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres,
Ilha do Mel. Foram concluídas a 23 de abril de 1769.
- 1770: início da plantação de cana de açúcar no litoral para produção de açúcar e aguardente.
- 1797: erigida a Vila de Antonina.

1800 (Século XIX):


- 1808: com a chegada da Família Real ao Brasil inicia o um novo processo de divisão político-
administrativa das Capitanias. Curitiba torna-se sede da 5ª Comarca de São Paulo. A mando do Príncipe
Regente os curitibanos da 5ª Comarca fazem expedição povoadora nos Campos de Guarapuava.
- 1811: acontecem as primeiras manifestações para a emancipação política.
- 1818: introdução de imigrantes açorianos no Registro do Rio Negro.
- Estabelece o comércio regular de erva-mate paranaense com o Rio do Prata e com o Chile.
- 1829: chegam os alemães e são instalados na Lapa e Rio Negro.
- 1839: inicia-se o povoamento dos Campos de Palmas.
- 19 de dezembro de 1853: data da emancipação política do Paraná da Província de São Paulo.
- 16 de julho de 1854: Curitiba é confirmada como a capital da nova província.
- Período marcado pelo apogeu do comércio de tropas que passam e invernam nos campos do Paraná.
- Surgem outras colônias de imigrantes europeus (Colônia do Assungüi, Colônia Thereza e Colônia do
Superagüi).
- É criado o “O Dezenove de Dezembro”, o primeiro jornal do Paraná.
- 1860 a 1880: foram estabelecidas 27 colônias, com imigrantes alemães, poloneses, italianos nos
arredores de Curitiba, Paranaguá, São José dos Pinhais, Antonina, Lapa, Campo Largo, Palmeira, Ponta
Grossa e Araucária.
- 1862: surgem núcleos de migrantes mineiros e paulistas no Norte (velho) do Paraná para plantarem
café.
- 1865: surge o núcleo da Colônia Mineira, hoje Tomazina.
- 1866: surge Santo Antônio da Platina.
- 1872: primeiras tentativas de exploração do pinho paranaense empreendida pela Companhia
Florestal Paranaense, fundada por Antônio Pereira Rebouças Filho, em Piraquara.
- Neste período foram estabelecidas 34 colônias em Campo Largo, Araucária, Curitiba, São Mateus
do Sul, Rio Negro, Paranaguá, Contenda, Palmeira, São João do Triunfo, União da Vitória, Guarapuava,
Prudentópolis e Marechal Mallet.
- 1880: início da construção da estrada de ferro entre Paranaguá e Curitiba.
- 1885: inauguração da estrada de ferro Paranaguá-Curitiba.
- 1894: registra-se a invasão do Paraná pelos revolucionários federalistas vindos do Rio Grande do
Sul.

1900 (Século XX):


- Concessões a companhias colonizadoras situadas no Norte do Paraná.
- 1916: criação da primeira universidade do Brasil; a Universidade do Paraná. O Paraná perde o
território Contestado para Santa Catarina. Chegam os primeiros colonos holandeses e japoneses.
- 1924: passagem da Coluna Prestes pelo território paranaense.
- 1927: o Governo do Estado concede à Paraná Plantations Limited grande quantidade de terras
(sucedida pela Cia. de Terras Norte do Paraná e posteriormente pela Cia. Melhoramentos Norte do
Paraná).
- Entrada de corrente migratória povoadora vinda dos estados do Sul para as regiões do Estremo
Oeste e Sudoeste do Paraná.
- O governo prossegue os planos de colonização de suas terras devolutas e divide o Paraná entre as
companhias colonizadoras, entre outras a MARIPÁ, Mate Laranjeira, etc.
- 1943 -1946: é criado o Território do Iguaçu resultando na perca de grande extensão de terras por
parte do Paraná e, também Santa Catarina.
- 1957: problemas de questões de posse da terra resultam na “Revolta dos Posseiros” na região
Sudoeste.
- Período do auge do café no Paraná. Londrina torna-se a capital mundial do café. A monocultura do
café rege a economia e a sociedade.
- 1964: golpe militar retira o presidente João Gulart do poder.
- 1966: eleição do último governador eleito por voto direto.
- Introdução de agroindústrias para proveito da produção agrícola paranaense.
- 1968: movimento estudantil invade a Reitoria da Universidade do Paraná.

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- O território paranaense está totalmente ocupado.
- 1975: a grande geada determina o desaparecimento da monocultura do café e a introdução da
monocultura da soja.
- Todo processo de transformação do meio rural refletirá no meio urbano, principalmente dos grandes
centros. O êxodo rural provoca o inchaço das grandes cidades e o seu favelamento em busca do “El
Dourado” em Curitiba.
- A construção de Itaipu, a maior hidroelétrica do mundo, através de um consórcio entre o Brasil e o
Paraguai.
- 1980: o Papa João Paulo II visita Curitiba.
- 1982: acontece a primeira eleição democrática para governador pós golpe militar.
- 1984: acontece em Curitiba o primeiro comício em prol das “Diretas Já".
- 1985: ano do Tombamento da porção paranaense da Serra do Mar.

Informações obtidas em:


http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1.

Distribuição espacial da população:


A população do Paraná cresceu 6,9% em cinco anos. Segundo a estimativa populacional, publicada
em Agosto de 2015, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Diário Oficial da União.
O estado é o sexto mais populoso do Brasil com 11,1 milhões de moradores, 5,5% da população
brasileira. No Censo de 2010, o estado já ocupava a mesma posição e tinha 10,4 milhões de habitantes.
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) é a nona mais populosa com 3,5 milhões de pessoas. A
Região Metropolitana de Londrina é a 26.ª, com um pouco mais de 1 milhão de moradores. Ao todo, as
26 regiões metropolitanas com população superior a 1 milhão de habitantes somam 93,2 milhões de
habitantes, representando 45,6% da população total.
O crescimento estadual é um pouco abaixo da média nacional, que foi de 7,1% no mesmo período –
passando de 190,7 milhões para 204,4 milhões de habitantes. O levantamento do IBGE estimou a
população dos 5.570 municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2015.
Para o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes),
Julio Suzuki, o crescimento estadual era esperado, pois o Paraná está em um processo de consolidação
demográfica. “O fluxo migratório no estado não é mais tão intenso, o que leva a um crescimento
populacional médio de 0,8% ao ano. A tendência é que dentro de alguns anos o crescimento entre em
estagnação e depois, pelas décadas de 2030 e 2040, seja registrado redução do número de habitantes”,
afirma.
Segundo Suzuki, o principal fator para esse fenômeno é o gradual envelhecimento da população. “A
tendência é que a população passe a ser mais velha e em menor número”, completa. Segundo projeções
do IBGE, a população idosa no Paraná deve corresponder a quase 14% do total – atualmente
corresponde a 7,9%.
A cidade mais populosa do Paraná continua sendo Curitiba com 1,8 milhão de moradores. A capital
do estado registrou um crescimento populacional de 7%, comparada com o Censo de 2010 e segue no
posto de 8.ª cidade com mais habitantes no Brasil. Sukuzi ressalta que o município também tende a
registrar uma queda populacional nos próximos anos. “As razões são as mesmas. Há fluxo migratório
menos intenso e o envelhecimento da população”, diz o diretor-presidente do Ipardes.

Projeção da população total dos municípios do paraná para o período 2016-2030:


A projeção da população dos municípios do Paraná disponibilizada pelo IPARDES em sua base de
dados (BDEweb) utilizou um método matemático que leva em conta a tendência passada das
participações relativas das pequenas áreas (municípios) na área maior (Estado), projetando-as na
hipótese de um comportamento logístico. Esse método requer que já se disponha de resultados de
projeção para a área maior, cobrindo o horizonte temporal pretendido. Nesse caso, o IPARDES adotou
as projeções de população para o Paraná, produzidas pelo IBGE (versão 2013), e considerou o horizonte
de 2016 a 2030.
Os resultados apontam uma população de 11,5 milhões de habitantes para o Estado, em 2020, e 12
milhões em 2030. Com isso, a taxa anual de crescimento para o decênio 2010-2020 alcança 0,74% ao
ano e, no decênio seguinte, 0,43% a.a. Essa tendência de decréscimo no ritmo de incremento
demográfico do Paraná vem ocorrendo desde o início dos anos 2000 e reflete, em grande medida, a
redução da fecundidade e, em segundo plano, um saldo migratório negativo nas trocas interestaduais,
ainda que em patamares bem próximos de zero.

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As previsões para os municípios apontam um expressivo aumento das áreas que deverão
experimentar decréscimos populacionais ano a ano. No decênio 2000-2010, 155 municípios
apresentaram taxas negativas de crescimento demográfico e, para 2020-2030, a expectativa é de que
esse número seja da ordem de 240 municípios. Por outro lado, cresce o número de municipalidades com
tendência a experimentar ritmos de incremento populacional superior ao dobro da taxa média estadual:
de 25, na década 2000- 2010, para 43, entre 2020 e 2030. Esses resultados sinalizam um avanço do
processo de concentração da população paranaense.
Essa tendência de concentração manifesta-se em duas dimensões. Em primeiro lugar, observa-se um
reforço do quadro de concentração da população nos municípios de maior tamanho. Se em 2000 o Paraná
contava com doze municípios com mais de 100 mil habitantes, a perspectiva é de que em 2030 existam
23 municípios desse porte – Almirante Tamandaré, Apucarana, Arapongas, Araucária, Cambé, Campo
Largo, Cascavel, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava,
Londrina, Maringá, Paranaguá, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Sarandi, Toledo
e Umuarama.
Em segundo lugar, permanece o movimento de concentração em áreas já adensadas, fortalecendo a
conformação de grandes aglomerados urbanos. Dos 23 municípios na faixa de 100 mil ou mais habitantes
em 2030, 13 localizam-se nos três principais arranjos populacionais do Estado – Curitiba, Londrina e
Maringá. Em 2030, nestes arranjos residirão 44,2% da população do Estado, participação que era de
38,6% em 2000. Nos 31 municípios que os compõem residirão 5,3 milhões de pessoas, das quais quase
três quartos na Aglomeração Metropolitana de Curitiba. No restante do Estado, eleva-se também a
proporção de pessoas residindo em municípios com mais de 100 mil habitantes: de 12,2% em 2000, para
16,6% do total estadual em 2030.
As principais áreas de esvaziamento continuam sendo as porções do território localizadas no Norte
Pioneiro, na ampla região centro-sul e no Vale do Ribeira. De modo geral, os municípios que atualmente
ainda apresentam proporções mais elevadas de população rural tendem a manter perdas nos próximos
períodos, embora diversos municípios já venham perdendo população urbana há vários anos.
Embora claramente delineadas as tendências de concentração espacial da população, é importante
considerar, sob a ótica do planejamento e da implementação das políticas públicas, que cerca de 20% da
população do Estado, em 2030, ainda residirá nos municípios de menor porte (até 20 mil habitantes)
localizados fora dos principais arranjos populacionais do Estado. Em termos de estoque, serão
aproximadamente 2,3 milhões de pessoas distribuídas por quase 300 municípios.

Informações obtidas em:


http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/populacao-do-parana-aumenta-69-em-cinco-anos-estima-ibge-
2dbj03pdvdfihgqbd6ffm3epn.
http://www.ipardes.pr.gov.br/pdf/indices/projecao_populacao_Parana_2016_2030_set.pdf.

Distribuição das atividades econômicas no espaço paranaense:


A economia do Paraná é bastante diversificada e seu alicerce está na agricultura, pecuária, mineração,
extrativismo vegetal e indústria.1
As atividades econômicas do Estado do Paraná são bastante variadas, por causa disso esse consegue
se enquadrar entre os Estados de melhores economias, ou seja, os mais ricos. A economia paranaense
está alicerçada na agricultura, pecuária, mineração, extrativismo vegetal e indústria.

Agricultura
O solo paranaense é fértil, favorecendo a atividade agrícola. O Estado produz uma grande variedade
de culturas, se destaca como importante produtor de trigo, milho, soja, algodão e café.

Pecuária
Na atividade pastoril a criação de bovinos se destaca, contendo um numeroso rebanho, além de ser
um grande produtor de suínos, destaca-se também na produção leiteira, de ovos, de bicho-da-seda, entre
outros.

Mineração
O solo paranaense abriga enormes e diversificadas jazidas de minérios, os principais são: ouro, cobre,
minerais nobres, além de outros como a areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco, granitos, mármore,
chumbo e ferro.

1
FREITAS, Eduardo De. "Economia do Paraná "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-parana.htm>.
Acesso em 15 de fevereiro de 2016.

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Extrativismo vegetal
Esse tipo de atividade consiste em retirar da natureza itens vegetais com fins econômicos, com isso,
as principais árvores exploradas são os pinheiros paranaenses (Araucária Angustifólia).

Indústria
Curitiba concentra uma cidade industrial que atua na indústria automobilística, metalmecânica,
cimento, cerâmica, montagem de máquinas, tecidos, frigoríficos, além das agroindústrias que
transformam produtos primários, como soja, milho, carne suína e madeira.
O parque industrial paranaense reúne, aproximadamente, 24 mil empresas, que geram resultados que
superam a média nacional no ramo.

Turismo
O potencial turístico do Paraná é grande, embora ainda não seja bem aproveitado. Os principais pontos
turísticos são os seguintes:
- Cataratas do Iguaçu – na cidade de Foz do Iguaçu;
- Usina de Itaipu – maior usina hidrelétrica do mundo;
- Canyon Guartelá – sexto maior do mundo;
- Estrada de ferro da Serra do Mar – Mata Atlântica.
Além destes pontos turísticos, a capital do estado, Curitiba, é famosa por ser uma cidade com
transporte integrado e por realizar a coleta de lixo reciclável a mais de dez anos. Na capital, a visita ao
Jardim Botânico, a Boca Maldita, aos parques da cidade e ao bairro italiano de Santa Felicidade são
indispensáveis.

Informações da economia do Paraná


Participação no PIB nacional: 6,2%
Composição do PIB estadual:
- agropecuário: 18,4%.
- indústria: 40%.
- prestação de serviços: 41,6%.
- Volume de exportação: 10 bilhões de dólares.

Produtos de exportação
- soja e derivados: 34,2%.
- veículos e peças: 21,4%.
- Madeira: 10%.
- Carne congelada: 8,2%.
- Outros alimentos, como milho, açúcar e café: 8,8%.

Curitiba
Curitiba tem a 5ª maior economia do país, apontou o levantamento do IBGE. Em 2013, o PIB, toda a
riqueza produzida na cidade, foi de R$ 79 bilhões. O PIB da capital representa 24,5% da economia
paranaense.

Com a 5ª maior economia do país, Curitiba tem renda per capita de R$ 42,9 mil, segundo o IBGE.
(Foto: Divulgação/ Prefeitura de Curitiba)

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Ao divulgar os dados estaduais, no mês anterior, o IBGE afirmou em o Paraná ultrapassou o Rio
Grande do Sul e se tornou a quarta maior economia entre os estados brasileiros. O PIB paranaense
chegou a R$ 332,84 bilhões.
O PIB de Curitiba foi em 2013 de R$ 79,83 bilhões – representando 1,5% de toda a riqueza criada no
país. Já em relação ao PIB do estado, o que foi gerado na capital representou 24,5% de toda a riqueza
do Paraná.
Assim, o Paraná passou o Rio Grande do Sul e se tornou 4º maior PIB entre estados.
O percentual teve uma queda em relação a 2010, quando o que era produzido na capital representava
25,8% da economia do Paraná.
Com base nos dados divulgados pelo IBGE, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico
Social (Ipardes) destacou o crescimento das cidades do interior na economia do estado.
Este movimento, de acordo com o Ipardes, está ligado ao agronegócio. Os dados mostram que, com
o avanço dos municípios menores, a participação das dez maiores economias do estado no PIB caiu de
57,9%, em 2010, para 54,5% em 2013.
As cinco cidades com maior PIB foram Curitiba (R$ 79,4 bilhões), São José dos Pinhais (R$ 25,2
bilhões), Londrina (R$ 15,9 bilhões), Maringá (13,7 bilhões), e Ponta Grossa (R$ 10,3 bilhões).
O destaque positivo ficou com Maringá que, conforme o Ipardes, elevou a participação no PIB estadual
de 3,8% para 4,1%. Em sentido oposto, Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, reduziu de 4%
para 2,2% a participação. Isso é explicado pelo impacto da política de controle de preços da Petrobrás,
que afetou os resultados da refinaria Refinaria Getúlio Vargas (Repar).
Os dados do IBGE mostram que o Paraná tem sete municípios no ranking das 100 maiores economias
do Brasil. Depois de Curitiba, aparecem São José dos Pinhais, na 23ª posição, Londrina (43ª), Maringá
(55ª), Ponta Grossa (75ª), Foz do Iguaçu (82ª) e Cascavel (94ª).
Quando se analisa o PIB per capita, ou seja, a riqueza gerada na cidade dividia por todos os
moradores, Saudade do Iguaçu aparece em 1º lugar.
Com cinco mil habitantes, o município registrou, em 2013, PIB per capita de R$ 162,1 mil. Isso porquê
há influência da usina de Salto Santiago, no Rio Iguaçu, que é uma das maiores do Sul do país.
Em segundo lugar no ranking está São José dos Pinhais, com R$ 87,7 mil, seguida por Quatro Barras,
com R$ 72,3 mil. Curitiba, com PIB per capita de R$ 42,9 mil ocupa a 18º posição.
A média do Paraná é de R$ 30,3 mil. O município de Guaraqueçaba, no Litoral, ficou com o menor PIB
per capita, com R$ 8,6 mil.

Investimentos puxaram economia do PR em 2016


(Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico)
O ano de 2016 promete ser de desafios para a economia brasileira, mas o Paraná registra um cenário
mais favorável do que a média brasileira. A retomada do investimento público, possível graças ao ajuste
fiscal implantado pelo Governo do Estado, e a expansão do agronegócio, embalada pelo câmbio mais
favorável, devem ajudar a puxar os resultados da economia paranaense no próximo ano, de acordo com
análise do diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes),
Julio Suzuki Júnior(foto).
“O ano de 2016 começará ainda trazendo os efeitos da recessão brasileira de 2015, mas o Estado tem
condições de sair da crise mais rapidamente, assim que o Brasil der os primeiros sinais de retomada”,
afirma Suzuki Junior.
Vários indicadores mostram que, mesmo em tempos difíceis para economia brasileira, o Estado vem
avançando. Segundo o IBGE, o Paraná se tornou a quarta maior economia do País; foi eleito o segundo
mais competitivo do Brasil, de acordo com o grupo The Economist; e detém o terceiro maior salário médio
do País, atrás de São Paulo e Distrito Federal. Um outro levantamento, da Federação das Indústrias do
Rio de Janeiro (Firjan), mostra, ainda, que 96% das cidades paranaenses têm nível de desenvolvimento
alto ou moderado.
Retomada – No curto prazo, o ajuste fiscal, que começou a ser implantado em 2014, consolidado em
2015 e que organizou as contas do Estado, deve surtir efeitos mais positivos. “O Governo do Paraná fez
o que o governo federal não fez. Com as contas equilibradas, será possível retomar investimentos, que é
um vetor importante para combater a crise”, diz Suzuki. Com o ajuste, o Estado prevê R$ 6,8 bilhões em
investimentos para 2016.
Campo – O agronegócio, que já vem com bons resultados e uma safra recorde em 2015, deve se
beneficiar do dólar valorizado nas exportações. Puxado pelas cooperativas, o setor vem investindo
pesado em expansão e diversificação de produção e armazenagem. As cooperativas paranaenses
respondem, atualmente, por mais de 30% das exportações do setor no País. “O Paraná tem hoje o
agronegócio mais pujante do Brasil. Isso é um fator que diferencia o Estado de outras unidades”, afirma.

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A retomada da indústria de transformação, por sua vez, deve ser mais lenta e ficar para 2017. Mas há
alguns bons prognósticos. As exportações devem melhorar com o câmbio favorável. Além disso, o novo
governo da Argentina deve melhorar as relações comerciais com o Brasil. A Argentina é um dos principais
destinos das exportações paranaenses, especialmente do setor automotivo. “A Argentina promoveu uma
política comercial que impôs várias barreiras aos produtos brasileiros. A expectativa é que o novo governo
retire essas restrições, o que beneficiará as exportações do Paraná”, diz Suzuki Junior.
A economia do paraná ganhou espaço e se desconcentrou - Vários indicadores, divulgados em
2015, mostram uma mudança de patamar da economia do Paraná. O Estado ganhou espaço na economia
brasileira e desconcentrou mais sua riqueza, com avanço dos municípios do Interior.
“Ao mesmo tempo em que o Paraná sofreu com a crise econômica e política no Brasil, ele teve, de
acordo com dados oficialmente divulgados, um desempenho muito positivo em 2015, conquistando a
quarta colocação entre as maiores economias do País”, diz o diretor presidente do Ipardes, Julio Suzuki
Júnior.
Dados divulgados pelo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ipardes, em
novembro, mostraram que o Paraná respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas pelo País em
2013, atrás apenas de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (9,2%). O Rio Grande
do Sul ficou com 6,2%.
Desde 1949 o Paraná ocupava a posição de quinta maior economia do Brasil. “É uma posição que
vem sendo perseguida há muito tempo pelo Paraná. É uma conquista do empreendedorismo e do setor
privado paranaense, incentivado pelo poder público” diz o presidente do Ipardes.
De acordo com ele, a mudança é resultado de uma combinação de fatores. O vigor do agronegócio
ajudou a desenvolver o Interior, cujos municípios cresceram e ganharam participação na economia
estadual.
Além da vocação histórica para os negócios do campo, o Paraná atraiu um novo ciclo de investimentos
produtivos, puxado pelo programa de incentivos Paraná Competitivo e por melhorias na área de
infraestrutura. “Os investimentos em infraestrutura beneficiam a economia de duas formas. Primeiro
incentivam investimentos e, segundo, aumentam a produtividade das empresas”, acrescenta.
Ao atrair investimentos de alta tecnologia, o Paraná aumentou a produtividade, gerou empregos e
salários mais altos. Segundo o IBGE, o salário médio no Estado é 12% superior ao do Brasil.
Melhor desempenho no combate à pobreza - O Paraná também é um dos Estados com melhor
desempenho no combate à pobreza, com a segunda menor desigualdade social do País, só perdendo
para Santa Catarina, lembra o presidente do Ipardes, ao citar o índice Gini. O ranking mede a
desigualdade de acordo com uma pontuação que vai de 0 a 1 – no qual, quanto mais perto de zero,
menores são as diferenças sociais.
Em 2013, o Estado tinha uma pontuação de 0,469, contra 0,435 de Santa Catarina. Em 2012, esse
indicador estava em 0,483. “Isso significa que os ganhos na geração de riqueza, ao se tornar a quarta
maior economia, tiveram também impactos sociais. A geração de emprego e de renda ajudou a reduzir a
pobreza no Paraná”, afirma.
Informações obtidas em:
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/12/curitiba-tem-5-maior-economia-do-pais-aponta-levantamento-do-ibge.html.
http://www.infoescola.com/parana/economia-do-parana/.
http://www.npdiario.com/economia/2016/investimento-publico-e-agronegocio-puxam-economia-do-parana-em-2016/.

Questões

01. (CISLIPA – Assistente Administrativo – FAFIPA/2015) Qual é a economia básica dos municípios
do litoral paranaense?
(A) O ouro de aluvião encontrado nas areias da baía de Paranaguá.
(B) Todo o petróleo que está sendo produzido no pré-sal.
(C) Atividade mineradora.
(D) Desenvolvimento de ações voltadas para o turismo sustentável.

02. (IBGE – Agente de Pesquisas e Mapeamento – CESGRANRIO) Banhada por importantes rios e
com abundância de ventos, a região Sul é um dos maiores polos de geração de energia do País. É lá que
se encontra a maior usina hidrelétrica do planeta em geração por MW/hora, Itaipu Binacional, localizada
em Foz do Iguaçu (PR), responsável pelo fornecimento de 17,3% da energia consumida no Brasil e 72,5%
do consumo no Paraguai.
(O Globo. Suplemento Especial Sul, 12 dez. 2013, p. 2. Adaptado).
A usina hidrelétrica mencionada no texto, localiza-se na bacia hidrográfica do rio
(A) Paraná

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(B) Uruguai
(C) Paraguai
(D) Tocantins
(E) Parnaíba

03. (CISLIPA – Técnico em Informática – CISLIPA) As principais rodovias de acesso ao Litoral


Paranaense são:
(A) PR 407 - BR 277 - BR 116 - BR 412
(B) BR 407 - BR 116 - BR 508 - PR 412
(C) PR 277 - PR 508 – PR 376 - BR 412
(D) BR 277 – PR 508 – PR 407 - PR 412

04. (COPANOR – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) A Copa do Mundo no Brasil tem sido assunto
rotineiro nas mídias de comunicação por envolver toda a estrutura física, econômica e social
especialmente das cidades-sedes e principais pontos turísticos do Brasil.
A última cidade aceita pela FIFA para sediar alguns jogos da Copa do Mundo foi
(A) Belo Horizonte.
(B) Curitiba.
(C) Manaus.
(D) Natal.

05. (IBGE – Assistente de Pesquisas e Mapeamento – CESGRANRIO) A hierarquia urbana proposta


pelo Atlas Geográfico Escolar do IBGE classifica as cidades brasileiras em metrópoles globais,
metrópoles nacionais, metrópoles regionais e centros regionais.
De acordo com essa classificação, são exemplos de metrópole nacional e metrópole regional,
respectivamente, as cidades de
(A) Curitiba e Goiânia
(B) São Paulo e Rio de Janeiro
(C) Brasília e Curitiba
(D) São Paulo e Belo Horizonte
(E) Rio de Janeiro e Goiânia

Respostas

01. Resposta: D.
O potencial turístico do Paraná é grande, embora ainda não seja bem aproveitado. Os principais pontos
turísticos são os seguintes:
- Cataratas do Iguaçu – na cidade de Foz do Iguaçu;
- Usina de Itaipu – maior usina hidrelétrica do mundo;
- Canyon Guartelá – sexto maior do mundo;
- Estrada de ferro da Serra do Mar – Mata Atlântica.
Além destes pontos turísticos, a capital do estado, Curitiba, é famosa por ser uma cidade com
transporte integrado e por realizar a coleta de lixo reciclável a mais de dez anos. Na capital, a visita ao
Jardim Botânico, a Boca Maldita, aos parques da cidade e ao bairro italiano de Santa Felicidade são
indispensáveis.

02. Resposta: A.
Dentre os principais pontos turísticos do Paraná, engloba-se a Usina de Itaipu, a maior usina
hidrelétrica do mundo.

03. Resposta: D.
BR 277 – PR 508 – PR 407 - PR 412.

04. Resposta: B.
Curitiba, é famosa por ser uma cidade com transporte integrado e por realizar a coleta de lixo reciclável
a mais de dez anos. Na capital, a visita ao Jardim Botânico, a Boca Maldita, aos parques da cidade e ao
bairro italiano de Santa Felicidade são indispensáveis.

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05. Resposta: A.
Curitiba tem a 5ª maior economia do país, apontou o levantamento do IBGE. Em 2013, o PIB, toda a
riqueza produzida na cidade, foi de R$ 79 bilhões. O PIB da capital representa 24,5% da economia
paranaense.

POLÍTICA

Sistema Político Brasileiro


O sistema político brasileiro tem base nas ideias iluministas do pensador francês Montesquieu. O
pensador defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário em sua obra “O
Espírito das Leis”. Para ele o poder concentrado na mão do rei leva à tirania, então o Estado deveria
dividi-lo em poder executivo (executa as leis, o governo), legislativo (cria as leis, o congresso) e judiciário
(que julga e fiscaliza os poderes).
No Brasil o voto é universal, ou seja, todo cidadão com a idade mínima de 16 anos pode participar do
processo político e eleger seus representantes. O país é uma república federativa presidencialista, onde
o Chefe de Estado, no caso o presidente, é eleito através do voto direto da população e os estados
possuem autonomia política, com a possibilidade de criar leis específicas.
Assim como na obra de Montesquieu o país possui a divisão do poder entre Executivo, representado
pelo presidente da república, Legislativo, que é representado pelo congresso nacional e Judiciário que é
representado pelo Supremo Tribunal Federal.

Poder Executivo
O poder executivo é compreendido pelo presidente da república e seus ministros de Estado no sistema
federativo brasileiro, com atribuições e responsabilidades definidos pela constituição federal. Nos estados
da federação e no distrito federal, o poder executivo é exercido pelos governadores e seus secretários,
com atribuições e responsabilidades controlados pela constituição estadual. Nos municípios, os
representantes do poder executivo são os prefeitos e seus secretários, que também possuem atribuições
e responsabilidades, definidas na lei orgânica de cada município.
O presidente, governadores e prefeitos são eleitos através de sufrágio (voto) universal. O eleitor tem
o direito de escolher aquele que melhor se encaixa em sua visão política. Todos os candidatos devem
ser filiados a um partido político e, quando eleitos, possuem mandato com tempo determinado. No Brasil
as funções de presidente, governador e prefeito possuem duração de 4 anos cada, com a possibilidade
de reeleição. Durante suas campanhas os candidatos discutem seus programas de governo e os rumos
que pretendem dar ao país.
Existem punições ao presidente da república em caso de crime de responsabilidade, como previsto na
constituição federal, além de punição para infrações penais comuns. Para ser submetido a julgamento o
presidente precisa ter acusação admitida por pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados. Nos
casos de infrações penais ele é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e em caso de crimes de
responsabilidade é julgado pelo Senado Federal.
Entre as principais funções do presidente da república estão a execução de leis e expedição de
decretos e regulamentos; prover cargos e funções públicas; promover a administração e a segurança
públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os planos de desenvolvimento econômico e social nos
níveis nacional, regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças armadas; e manter relações
com estados estrangeiros.
Além das funções executivas, o presidente conta ainda, em alguns casos, com poder legislativo. O
poder pode ser aplicado em veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a edição de medidas
provisórias com força de lei de aplicação e execução imediatas.
Os ministros de estado e auxiliares diretos do presidente podem ser nomeados ou demitidos livremente
por ele. Para assumir alguma das funções a pessoa deve ter no mínimo 21 anos de idade, brasileiros
natos, e estar no exercício dos direitos políticos. Os ministros nomeados pelo presidente são responsáveis
por diversas políticas de governo, em diversos campos de atuação, como educação, economia, cultura,
finanças e justiça, entre diversos outros. Os ministros podem ser convocados para justificar seus atos
perante a Câmara dos Deputados, o Senado ou qualquer uma de suas comissões para explicar atos ou
programas.

Poder Legislativo
O Poder Legislativo é representado por pessoas que devem elaborar as leis que regulamentam o
Estado, conhecidos por legisladores. Na maioria das repúblicas e monarquias o poder legislativo é
formado por um congresso, parlamento, assembleia ou câmara.

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Seu objetivo é elaborar normas de abrangência geral ou em raros casos individual, que são
estabelecidas aos cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas.
Entre as principais funções do poder legislativo estão a de fiscalizar o Poder Executivo, votar
leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da
república ou os próprios membros do legislativo.
No Brasil, o Poder legislativo é exercido em âmbito federal, estadual e municipal. O Congresso
Nacional é formados pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal e é responsável pelo Poder
Legislativo federal. Possui a função de elaborar e aprovar as leis do país, e também controlar os atos do
executivo e impedir abusos pela fiscalização permanente. Nos estados é exercido pelas assembleias
legislativas e nos municípios pelas câmaras municipais, ou de vereadores

Poder Judiciário
O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo
com as regras constitucionais e leis criadas pelo poder legislativo em determinado país.
No Brasil, o judiciário não depende dos demais poderes nem possui controles externos de fiscalização.
Sua função é a de aplicar a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, declarar o direito e
administrar justiça. Além disso, pode resolver os conflitos que podem surgir na sociedade e tomar
decisões com base na constituição, nas leis, nas normas e nos costumes, que adapta a situações
específicas.
O poder judiciário possui a divisão entre a União(Federal) e os estados, com a denominação de justiça
federal e justiça estadual, respectivamente.
Entre os órgãos que formam o poder Judiciário estão o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior
Tribunal de Justiça (STJ), além dos Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunais e Juízes do Trabalho,
Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito
Federal e Territórios.
O STF é o órgão máximo do Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da
Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11
ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado
Federal.
Os juízes que atuam em tribunais superiores são nomeados pelo presidente da república, porem
precisam de aprovação do Senado. Outros cargos são preenchidos através de concurso público. Os
juízes têm cargo vitalício, não podem ser removidos e seus vencimentos não podem ser reduzidos.

Operação Lava Jato2


O nome do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de
automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas
inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas,
o nome inicial se consagrou.
A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve.
Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na
casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar
do esquema de corrupção que envolve a companhia.
No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 2014, perante a Justiça
Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas por
doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal
recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras.
Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam
propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a
5% do montante total de contratos bilionários superfaturados. Esse suborno era distribuído por meio de
operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa.
As empreiteiras - Em um cenário normal, empreiteiras concorreriam entre si, em licitações, para
conseguir os contratos da Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse fazer a obra pelo
menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um “clube” para substituir uma concorrência
real por uma concorrência aparente. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em
reuniões secretas nas quais se definia quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício
privado e em prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que simulava regras de
um campeonato de futebol, para definir como as obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o

2
http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso

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registro escrito da distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de
um bingo.
Funcionários da Petrobras - As empresas precisavam garantir que apenas aquelas do cartel fossem
convidadas para as licitações. Por isso, era conveniente cooptar agentes públicos. Os funcionários não
só se omitiam em relação ao cartel, do qual tinham conhecimento, mas o favoreciam, restringindo
convidados e incluindo a ganhadora dentre as participantes, em um jogo de cartas marcadas. Segundo
levantamentos da Petrobras, eram feitas negociações diretas injustificadas, celebravam-se aditivos
desnecessários e com preços excessivos, aceleravam-se contratações com supressão de etapas
relevantes e vazavam informações sigilosas, dentre outras irregularidades.
Operadores financeiros - Os operadores financeiros ou intermediários eram responsáveis não só por
intermediar o pagamento da propina, mas especialmente por entregar a propina disfarçada de dinheiro
limpo aos beneficiários. Em um primeiro momento, o dinheiro ia das empreiteiras até o operador
financeiro. Isso acontecia em espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos simulados
com empresas de fachada. Num segundo momento, o dinheiro ia do operador financeiro até o beneficiário
em espécie, por transferência no exterior ou mediante pagamento de bens.
Agentes políticos - Outra linha da investigação – correspondente à sua verticalização – começou em
março de 2015, quando o Procurador-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal 28
petições para a abertura de inquéritos criminais destinados a apurar fatos atribuídos a 55 pessoas, das
quais 49 são titulares de foro por prerrogativa de função (“foro privilegiado”). São pessoas que integram
ou estão relacionadas a partidos políticos responsáveis por indicar e manter os diretores da Petrobras.
Elas foram citadas em colaborações premiadas feitas na 1ª instância mediante delegação do Procurador-
Geral. A primeira instância investigará os agentes políticos por improbidade, na área cível, e na área
criminal aqueles sem prerrogativa de foro.
Essa repartição política revelou-se mais evidente em relação às seguintes diretorias: de
Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa entre 2004 e 2012, de indicação do PP, com posterior
apoio do PMDB; de Serviços, ocupada por Renato Duque entre 2003 e 2012, de indicação do PT; e
Internacional, ocupada por Nestor Cerveró entre 2003 e 2008, de indicação do PMDB. Para o PGR, esses
grupos políticos agiam em associação criminosa, de forma estável, com comunhão de esforços e unidade
de desígnios para praticar diversos crimes, dentre os quais corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fernando Baiano e João Vacari Neto atuavam no esquema criminoso como operadores financeiros, em
nome de integrantes do PMDB e do PT.

Por onde começou

Primeira etapa
A Lava Jato começou em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao
ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos
nos crimes os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater. Alberto Youssef era um antigo conhecido
dos procuradores da República e policiais federais. Ele já havia sido investigado e processado por crimes
contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro no caso Banestado.

Interceptações telefônicas
Em julho de 2013, a investigação começa a monitorar as conversas do doleiro Carlos Habib Chater.
Pelas interceptações, foram identificadas quatro organizações criminosas que se relacionavam entre si,
todas lideradas por doleiros. A primeira era chefiada por Chater (cuja investigação ficou conhecida como
“Operação Lava Jato”, nome que acabou sendo usado, mais tarde, para se referir também a todos os
casos); a segunda, por Nelma Kodama (cuja investigação foi chamada “Operação Dolce Vita”); a terceira,
por Alberto Youssef (cuja apuração foi nomeada “Operação Bidone”); e a quarta, por Raul Srour (cuja
investigação foi denominada “Operação Casa Blanca”).
O monitoramento das comunicações dos doleiros revelou que Alberto Youssef, mediante pagamentos
feitos por terceiros, “doou” um Land Rover Evoque para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa.

Primeiras medidas
Em 17 de março de 2014, foi deflagrada a primeira fase ostensiva da operação sobre as organizações
criminosas dos doleiros e Paulo Roberto Costa. Foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão,
18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução
coercitiva, em 17 cidades de 6 estados e no Distrito Federal.

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Ao comparecerem a um dos endereços das buscas, um prédio onde funcionava a empresa Costa
Global, vinculada a Paulo Roberto Costa, policiais federais decidiram ir até a residência do investigado
para pegar as chaves da empresa, em vez de arrombá-la. Enquanto os policiais se deslocavam, parentes
do ex-diretor foram flagrados, por câmeras de monitoramento do edifício, retirando do local sacolas e
mochilas contendo provas de crimes.
Em 20 de março de 2014, aconteceu a segunda fase ostensiva da operação. O ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa foi preso e foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Em seguida, os procuradores da República do caso viriam a acusar o ex-diretor e seus familiares pelo
crime de obstrução à investigação de organização criminosa.
Nessas medidas iniciais, mais de 80 mil documentos foram apreendidos pela Polícia Federal, além de
diversos equipamentos de informática e celulares. A análise desse material somou-se aos
monitoramentos de conversas e aos dados bancários dos investigados que foram coletados e analisados
eletronicamente no sistema Simba (Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias), do Ministério
Público Federal.
Para analisar todo o material apreendido nas primeiras etapas da investigação e propor acusações, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designou, em abril, um grupo de procuradores da
República. No mês que se seguiu, os integrantes dessa força-tarefa chegaram às conclusões que
culminaram no oferecimento das primeiras denúncias.
Foram oferecidas 12 ações penais em face dos grupos criminosos, envolvendo 74 denunciados
(número a ser ajustado para 55 caso se considere a parcial sobreposição de réus nas diferentes
acusações), pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, formação de organização
criminosa e lavagem de recursos provenientes desses crimes, de corrupção e de peculato.
Paralelamente, os procuradores da República fizeram pedidos à Justiça (15 medidas cautelares),
obtendo o bloqueio de praticamente todo o patrimônio dos acusados no Brasil, o que somou mais de R$
50 milhões, valor esse que, se espera, seja revertido aos cofres públicos.

Segunda etapa
As provas colhidas apontavam para a existência de um grande esquema de corrupção e lavagem de
dinheiro na Petrobras. O aprofundamento das investigações para apurar os crimes marcou o início da
segunda fase do caso.
Foram expedidos pela Justiça mandados de intimação, cumpridos em 11 de abril de 2014, quando a
estatal voluntariamente colaborou e entregou os documentos procurados, evitando buscas e apreensões.
Nesse mesmo dia, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão temporária, 6 de
condução coercitiva e 15 de busca e apreensão, em cinco cidades. O objetivo era o aprofundamento da
investigação sobre os doleiros.
Em maio de 2014, uma reclamação da defesa para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu as
investigações por algumas semanas. Levando informações parciais ao STF, a defesa alegou que haviam
sido investigadas pessoas que somente o Supremo poderia investigar, em especial deputados federais.
Após receber informações adicionais sobre o caso, o ministro Teori Zavascki concluiu que não houve
usurpação por parte do juiz, porque a identificação de parlamentares era recente e o STF já havia sido
informado sobre o fato. O julgamento determinou a cisão do caso, para que apenas a parte relativa aos
parlamentares indicados permanecesse no STF.
Nessa mesma época, o Ministério Público da Suíça entrou em contato com o MPF e informou que
Paulo Roberto Costa tinha mais de US$ 23 milhões em bancos suíços, dinheiro incompatível com seus
rendimentos lícitos. Os valores foram bloqueados.
Em trabalho integrado com a força-tarefa do Ministério Público Federal, os auditores fiscais da Receita
Federal forneceram um dossiê contendo provas de que Paulo Roberto Costa e familiares estavam
envolvidos na lavagem de milhões de reais oriundos da Petrobras. Os procuradores da República
obtiveram então, perante a Justiça, 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de condução
coercitiva, que foram cumpridos pela Polícia Federal em 22 de agosto de 2014.
Já se sabia que algumas diretorias da estatal, como a que foi chefiada por Costa, têm orçamentos que
podem ser superiores aos de alguns dos 39 Ministérios vinculados à Presidência da República. Também
era do conhecimento dos procuradores da República a corrupção em que o ex-diretor estava envolvido,
bem como se suspeitava que a abrangência do esquema era maior. Aconteceu, então, outro evento que
representou um avanço da investigação: a colaboração de Paulo Roberto Costa por meio de um acordo
de delação premiada.

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Colaborações
Em 27 de agosto de 2014, Paulo Roberto Costa assinou acordo de colaboração com o Ministério
Público Federal. A iniciativa foi do próprio ex-diretor, que prestou importante auxílio para a apuração dos
fatos em troca de benefícios.
No acordo, negociado com procuradores da República da força-tarefa, Costa se compromete a
devolver a propina que recebeu (incluindo os milhões bloqueados no exterior), a contar todos os crimes
cometidos, bem como a indicar quem foram os outros criminosos. Caso ficasse provado que, em algum
momento, ele mentiu ou ocultou fatos, todos os benefícios seriam perdidos.
Como houve a sinalização de que políticos do Congresso Nacional, sujeitos à atuação do Supremo
Tribunal Federal, estariam envolvidos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem atribuição
originária para atuar em tais casos, autorizou o processo de negociação, ratificando o acordo de
colaboração e determinando que os procuradores da República da força-tarefa, por delegação, e os
policiais federais do caso colhessem os depoimentos de Paulo Roberto Costa, o que foi feito ao longo do
mês que se seguiu. O acordo de colaboração foi então homologado pelo STF, que decide sobre o
encaminhamento das investigações em relação a parlamentares.
Depois de Paulo Roberto Costa, foi a vez de Alberto Youssef recorrer aos procuradores da República
para colaborar em troca de benefícios.
Alguns outros acordos de colaboração, não menos importantes, foram negociados pela força-tarefa do
caso Lava Jato e submetidos, por não envolverem situações especiais como a de parlamentares, ao juiz
federal da 13ª Vara Federal, em primeiro grau de jurisdição. As informações e provas decorrentes desses
acordos feitos em primeiro grau alavancaram as investigações, permitindo sua expansão e maior
eficiência.

Primeiras denúncias da segunda etapa


Os depoimentos e provas colhidas em decorrência das colaborações, bem como a análise de materiais
apreendidos, documentos, dados bancários e interceptações telefônicas, permitiram o avanço das
apurações em direção às grandes empresas que corromperam os agentes públicos.
Em 14 de novembro de 2014, foram executados, pela Polícia Federal em conjunto com a Receita
Federal, 85 mandados, sendo 4 de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 49 de busca e apreensão
e 9 de condução coercitiva, em diversas cidades do país, especialmente em grandes e renomadas
empresas de construção como Engevix, Mendes Júnior Trading Engenharia, Grupo OAS, Camargo
Correa, Galvão Engenharia, UTC Engenharia, IESA Engenharia, Construtora Queiroz Galvão e
Odebrecht Plantas Industriais e Participações.
No dia 11 de dezembro de 2014, na semana de combate à corrupção, os procuradores da República
da força-tarefa ofereceram cinco denúncias criminais contra 36 pessoas pela prática de 154 crimes de
corrupção, 215 de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Dentre os acusados, 23 pertencem
aos quadros das construtoras OAS, Camargo Correa, UTC, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e
Engevix. O valor da propina apontado nas acusações é da ordem de R$ 300 milhões. O Ministério Público
pediu o ressarcimento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. As penas individuais podem somar mais de
cem anos de prisão.
Em 14 de dezembro de 2014, os procuradores da República protocolaram denúncia criminal contra
quatro pessoas, incluindo o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, pela prática de
corrupção envolvendo US$ 53 milhões, crimes financeiros, e de lavagem de dinheiro. Foram dois atos de
corrupção, 64 de lavagem e sete crimes financeiros. O ressarcimento pedido é da ordem de R$ 140
milhões, que se soma ao pedido de perdimento de R$ 156 milhões.

Prisão de Nestor Cerveró


Em 14 de janeiro de 2015, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró foi
preso preventivamente ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, quando chegava de
viagem de Londres. No dia 13 de janeiro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência
de Cerveró e de seus familiares, em função de seu envolvimento em crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro que foram denunciados pelo MPF em dezembro de 2014 (Ação Penal nº 5083838-
59.2014.404.7000).
A prisão e as buscas foram obtidas pelo MPF durante o recesso judiciário. A prisão preventiva foi
requerida por haver fortes indícios de que Cerveró continuava a praticar crimes, como a ocultação do
produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares.
Também havia evidências de que ele buscaria frustrar o cumprimento de penalidades futuras.
Em 22 de janeiro de 2015, foi decretada nova prisão preventiva de Nestor Cuñat Cerveró, atendendo
a pedido de aditamento da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua no caso Lava Jato.

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Segundo o juiz Sérgio Moro, responsável pela ação penal que investiga esquema de corrupção na
Petrobras, a nova prisão foi decretada para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista a
possibilidade de Cerveró dissipar seu patrimônio, dificultado futura punição. A isso se somou a existência
de cidadania e passaporte espanhóis, o que ex-diretor omitiu das autoridades.
O juiz também assentou sua decisão em novas evidências, trazidas pelo MPF, de que a empresa
Jolmey, proprietária de imóvel em que o investigado residiu por vários anos, pertence de fato ao ex-diretor.
Os documentos oferecidos pela Força Tarefa indicaram que a empresa foi usada para que Cerveró
internalizasse e usufruísse no Brasil a propina que ganhou no exterior, conferindo-lhe aparência de
dinheiro legítimo. Reforçou a prisão, também, a existência de operações imobiliárias subvaloradas, o que
pode caracterizar outro tipo de subterfúgio para lavar dinheiro. Esses tipos de prática tornam mais difícil
a identificação e a recuperação dos valores desviados.

Aprofundamento das investigações


Em 5 de fevereiro, a pedido da Força-tarefa do MPF, a Polícia Federal desencadeou mais uma fase
da Operação Lava Jato. Com o deferimento dos pedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba,
foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva
e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
O objetivo foi produzir provas sobre pagamentos de propinas para agentes públicos relacionados à
diretoria de serviço da Petrobras e à BR Distribuidora, subsidiária da empresa. Os trabalhos realizados
foram desdobramentos das fases anteriores da operação, dentro do compromisso do MPF de
aprofundamento das investigações e, assim como aconteceu nas outras fases, contaram com apoio da
Receita Federal.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão cumpridos no estado de Santa Catarina,
por sua vez, tiveram seus pedidos baseados em depoimentos prestados por uma testemunha ao MPF e
à PF e em indícios de prática de lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações relacionadas a
contratos firmados entre a empresa que foi alvo dos mandados e a BR Distribuidora. O que mais chamou
a atenção foi que o esquema de corrupção, envolvendo a BR distribuidora, ainda era um esquema atual,
que não foi estancado apesar de todas as investigações e ações até então feitas.

Colaboração Premiada
Acordos de colaboração com investigados e réus
Para incentivar os criminosos a colaborar com a Justiça, várias leis trouxeram a possibilidade de se
conceder benefícios àqueles acusados que cooperam com a investigação. Esses benefícios podem ser
a diminuição da pena, a alteração do regime de seu cumprimento ou mesmo, em casos excepcionais,
isenção penal. Essa colaboração é extremamente relevante na investigação de alguns tipos de crime,
como por exemplo: no de organização criminosa, em que é comum a destruição de provas e ameaças a
testemunhas; no de lavagem de dinheiro, o qual objetiva justamente ocultar crimes; e no de corrupção,
feito às escuras e com pacto de silêncio.
Há duas formas de colaboração premiada. Na primeira, o criminoso revela informações na expectativa
de, no futuro, tal cooperação ser tomada em consideração pelo juiz quando da aplicação da pena. Na
segunda, o criminoso entra em acordo com o Ministério Público, celebrando, após negociação, um
contrato escrito. No contrato são estipulados os benefícios que serão concedidos e as condições para
que a cooperação seja premiada.
A lei brasileira que detalhou como funciona a colaboração premiada é chamada Lei de Combate às
Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013). Embora não houvesse previsão expressa de acordos de
colaboração entre o criminoso e o Ministério Público antes da lei, eles já vinham sendo feitos desde a
força-tarefa do caso Banestado (entre 2003 e 2007).
Em cada acordo, muitas variáveis são consideradas, tais como informações novas sobre crimes e
quem são os seus autores, provas que serão disponibilizadas, importância dos fatos e das provas
prometidas no contexto da investigação, recuperação do proveito econômico auferido com os crimes,
perspectiva de resultado positivo dos processos e das punições sem a colaboração, entre outras. Há uma
criteriosa análise de custos e benefícios sociais que decorrerão do acordo de colaboração sempre por
um conjunto de procuradores da República, ponderando-se diferentes pontos de vista. O acordo é feito
apenas quando há concordância de que os benefícios superarão significativamente os custos para a
sociedade.

Acordos de colaboração no caso Lava Jato


Cinco procuradores da República que trabalham hoje no caso Lava Jato atuaram na força-tarefa do
Banestado. Na ocasião, foi redigido o primeiro acordo de colaboração escrito e clausulado na história

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brasileira, entre Ministério Público e acusado, exatamente com Alberto Youssef. Foi nesse período
também que se desenvolveu mais intensamente a experiência de colaboração, tendo sido feitos 18
acordos escritos de colaboração, os quais foram aperfeiçoados ao longo do tempo.
Se não fossem os acordos de colaboração pactuados entre procuradores da República e os
investigados, o caso Lava Jato não teria alcançado evidências de corrupção para além daquela
envolvendo Paulo Roberto Costa. Existia prova de propinas inferiores a R$ 100 milhões. Hoje são
investigados dezenas de agentes públicos, além de grandes empresas, havendo evidências de crimes de
corrupção envolvendo valores muito superiores a R$ 1 bilhão. Apenas em decorrência de acordos de
colaboração, já se alcançou a recuperação de cerca de meio bilhão de reais.
Todos os acordos feitos pela força-tarefa de procuradores da República do caso Lava Jato foram
homologados pela Justiça, parte pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e parte pelo Supremo Tribunal
Federal. O termo do acordo deve ser juntado às ações penais em que a colaboração será utilizada, após
a sua homologação, por força de lei.
Dos 15 acordos de colaboração feitos pelo Ministério Público Federal no caso Lava Jato, 11 foram
feitos com investigados ou réus soltos, e em todos os casos foram estes que procuraram o Ministério
Público para as negociações, acompanhados e sob orientação de seus advogados. Quatro foram feitos
com pessoas presas, e em três deles, após o acordo, houve mudança do regime de prisão.

PROCESSO DE IMPEACHMENT DE DILMA3


Às 13h34 desta quarta-feira (31/08/16), Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e encerrou seu
mandato frente à Presidência da República. Em discurso após a votação no Senado, Dilma disse que
sofreu um segundo golpe e prometeu uma oposição “firme e incansável”. Às 16h49, Michel Temer (PMDB)
deixou a vice-presidência oficialmente e foi empossado presidente. Mais tarde, na primeira reunião
ministerial, respondeu aos opositores, prometendo não levar “desaforo para casa”: “golpista é você”.
Após 73 horas, o julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de
Dilma por crime de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos
de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Foram 61 a favor e 20 contrários ao
impeachment, sem abstenções. Em uma segunda votação, os senadores decidiram manter a
possibilidade de Dilma disputar novas eleições e assumir cargos na administração pública.
Governistas surpresos com a segunda votação prometeram recorrer. Segundo o colunista Gerson
Camarotti, a divisão foi costurada entre PT e PMDB para aliviar Dilma. O senador Aloysio Nunes (PSDB-
SP) decidiu entregar o cargo, mas Temer não aceitou. O senador Fernando Collor, que sofreu
impeachment em 1992, criticou: "dois pesos, duas medidas”.

DISCURSO DE DILMA
Em seu primeiro pronunciamento, a agora ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que a decisão é o
segundo golpe de estado que enfrenta na vida e que os senadores que votaram pelo seu afastamento
definitivo rasgaram a Constituição. Ao lado de aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi
enfática: "Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos
lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode
sofrer.

POSSE DE TEMER
Três horas após o afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer foi empossado o novo presidente da
República. A cerimônia durou apenas 11 minutos. Ao apertar a mão de Temer, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a ele: "Estamos juntos".
Na primeira reunião ministerial do governo, Temer afirmou que agora a cobrança sobre o governo será
"muito maior" e rejeitou a acusação de que o impeachment foi um golpe. "Golpista é você, que está contra
a Constituição", afirmou dirigindo-se a Dilma.

O novo presidente embarca para a China, onde participa, nos dias 4 e 5, em Hangzhou, da Cúpula de
Líderes do G20, grupo das 20 principais economias do mundo. Temer afirmou que vai "revelar aos olhos
do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica." Durante a ausência, assume
provisoriamente a Presidência o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara.

3
31/08/2016 – Fonte: http://especiais.g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/2016/impeachment-de-dilma/

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REPERCUSSÃO E MANIFESTAÇÕES
Após a votação final do impeachment, houve protestos a favor e contra Temer pelo país. Na Avenida
Paulista, um grupo protestava contra o impeachment, enquanto outro comemorava com bolo e
champagne.

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
A rede norte-americana CNN deu grande destaque à notícia em seu site e afirmou que a decisão é
“um grande revés” para Dilma, mas "pode não ser o fim de sua carreira política". O argentino “Clarín”
afirma que o afastamento de Dilma marca “o fim de uma era no Brasil”. O “El País”, da Espanha, chamou
a atenção para a resistência da ex-presidente, que decidiu enfrentar o processo até o final, apesar das
previsões de que seu afastamento seria concretizado.

E como fica agora?4


O rito da destituição de Dilma foi consumado e o Partido dos Trabalhadores (PT), que a sustentava,
passa à oposição, depois de 13 anos no poder. Mas o Senado manteve os direitos políticos dela, o que
lhe permitirá se candidatar a cargos eletivos e exercer funções na administração pública.
A saída da presidenta era desejada, segundo as pesquisas, por 61% dos brasileiros, o que não impede
que tenha sido uma comoção nacional.

Senadores aprovam parecer, Dilma vira ré e vai a julgamento em plenário5


O Senado aprovou por 59 votos a 21 na madrugada desta quarta-feira (10/08/2016), após quase 15
horas de sessão, o relatório da Comissão Especial do Impeachment que recomenda que a presidente
afastada Dilma Rousseff seja levada a julgamento pela Casa.
Com isso, ela passa à condição de ré no processo, segundo informou a assessoria do Supremo
Tribunal Federal (STF). O julgamento final da presidente afastada está previsto para o fim do mês no
plenário do Senado.
Antes da votação do texto principal, os senadores já tinham rejeitado, também por 59 votos a 21, as
chamadas "preliminares" que questionavam o mérito da denúncia contra Dilma. Depois do texto principal,
houve a votação de três destaques (propostas de alteração do texto principal), apresentados por
senadores defensores de Dilma com o objetivo de restringir os delitos atribuídos a ela. Todos os
destaques foram rejeitados.
Embora estivesse presente ao plenário, o único dos 81 senadores que não votou foi o presidente da
Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele afirmou que tomou essa decisão para se manter isento. "Procurei
conduzir com isenção. Desconstruir essa isenção agora não é coerente", explicou.
Após a votação, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma, disse
acreditar que ainda é possível reverter o resultado no julgamento final do impeachment, embora
reconheça que não “é uma situação fácil” para a presidente afastada.

Lava Jato: Queiroz Galvão pagou R$ 10 milhões a alto escalão da Petrobras6


A força-tarefa da Operação Lava Jato informou hoje (2/8/2016) que colheu provas documentais de que
a construtora Queiroz Galvão destinou ao menos R$ 10 milhões em pagamentos ilegais para funcionários
de alto escalão das diretorias de Serviços e Abastecimento da Petrobras entre 2010 e 2013, com o
objetivo de firmar contratos e obter vantagens indevidas junto à petroleira estatal.
A cifra total de repasses ilegais a funcionários da estatal e a partidos políticos, contudo, pode ser muito
maior, de acordo com a Polícia Federal. O doleiro Alberto Yousseff revelou aos investigadores ter tido
acesso a um balanço do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em que constava
uma dívida de R$ 37 milhões ligada à construtora Queiroz Galvão. Os integrantes da força-tarefa
afirmaram que a atuação ilegal da Queiroz Galvão envolveu todas as modalidades de contravenções
investigadas no âmbito da Lava Jato. “A Queiroz tem uma peculiaridade, ela representa todos os pecados,
todas as espécies de crimes que nós verificamos na Operação Lava Jato”, disse o procurador da
República Carlos Fernando dos Santos Lima, em Curitiba, em entrevista sobre a 33ª Operação da Lava
Jato, deflagrada nesta terça-feira(2/8/2016).

4
31/08/2016 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/01/opinion/1472682823_081379.html
5
12/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/08/senadores-aprovam-parecer-dilma-
vira-re-e-vai-julgamento-em-plenario.html
6
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-08/lava-jato-queiroz-galvao-pagou-10-milhoes-para-diretores-da-
petrobras

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Além do repasse direto de propina a funcionários da estatal, a empreiteira repassou dinheiro a políticos
e partidos por meio de caixa 2 de campanha e utilizou ainda doações legais de campanha como meio de
pagamento de vantagens indevidas a partidos, informou a força-tarefa.

Presos
Na 33ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje (2/8/16), a PF prendeu preventivamente os ex-executivos
da Queiroz Galvão Othon Zanoide e Idelfonso Colares. Um mandado de prisão temporária continua
pendente, contra Marco Pereira Reis, ex-executivo do consórcio Quip, cuja participação majoritária é da
Queiroz Galvão. São investigados contratos para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e
nas refinarias de Abreu e Lima (PE), do Vale do Paraíba (SP), Landulpho Alves (BA) e de Duque de
Caxias (RJ). A Queiroz Galvão é a empreiteira com o terceiro maior volume de contratos com a Petrobras,
de mais de R$ 20 bilhões.
O investigadores apuram ainda o esquema de lavagem de dinheiro por meio de contas no exterior
mantidas pelo consórcio Quip, formado também pelas empresas UTC Engenharia e Iesa. O consórcio foi
responsável pela construção e reforma de plataformas de exploração de petróleo como a P-55 e P-53.

CPI no Senado
Os investigadores informaram também haver fortes indícios de que outros R$ 10 milhões foram pagos
pela Queiroz Galvão, provavelmente a parlamentares, para que executivos da empresa não fossem
convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, em 2009.

Rodrigo Maia: conheça o perfil do novo presidente da Câmara7


O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi eleito na madrugada de quinta-feira
(14/07/2016), com 285 votos, presidente da Câmara dos Deputados. Maia venceu em segundo turno o
deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que até então era apontado como candidato favorito do Palácio do
Planalto para o cargo. Rosso somou 170 votos. Outros cinco parlamentares votaram em branco.

Mandato tampão
Rodrigo Maia ficará à frente da Câmara até fevereiro de 2017. Em discurso no plenário da Casa, o
deputado vencedor destacou sua biografia e se disse pronto para assumir o comando. “Ofereço a
dimensão da experiência que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e a correção pela qual pautei minha
vida pública”, pontuou Maia.
Citando a crise econômica que atinge o país e o conturbado momento político pelo qual passa o
Congresso, o deputado afirmou que as repúblicas "nunca se consolidam sem a força dos parlamentos".
“Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é a cada um dos nossos mandatos que atacam”, disse
Maia. “Sei que estou pronto para navegar nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o
Brasil são maiores que qualquer crise”, finalizou.

Trajetória política
Formado em economia, Rodrigo Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi
eleito para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa
Garotinho (PR-RJ) como vice.
Maia também ocupou o cargo de secretário de Governo do Rio de Janeiro (1997-1998) e de secretário
de Governo do Município do Rio de Janeiro (1996). Antes de chegar ao Democratas (DEM), o parlamentar
foi filiado ao PFL e ao PTB. Maia assumiu a presidência nacional do DEM, partido que ajudou a criar, em
2007.
Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), Rodrigo Maia integra um bloco informal dos
chamados governistas independentes. Além do DEM, compõem o grupo o PSDB, o PSB e o PPS.

Histórico na Casa
No primeiro turno da votação para presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conquistou os
apoios do PSDB, DEM, PPS e PSB.
Na Casa, o representante do Democratas votou a favor da admissibilidade do processo de
impeachment da presidenta, agora afastada, Dilma Rousseff. O deputado também votou a favor da
proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa mudar a maioridade penal de 18 para 16 anos em
caso de crimes graves.

7
14/07/2016
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-07/rodrigo-maia-conheca-o-perfil-do-novo-presidente-da-camara

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Em 2015, foi presidente e relator da proposta de reforma política. É presidente da Comissão Especial
da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Atualmente, é membro efetivo das comissões de
Finanças e Tributação.

Por 11 a 9, Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Cunha8


O Conselho de Ética aprovou nesta quarta-feira (14/06/2016), por 11 a 9, parecer do deputado Marcos
Rogério (DEM-RO) pela cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). A decisão ocorre uma semana após ser divulgada notícia de que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Cunha.
O peemedebista é acusado, no processo por quebra de decoro parlamentar, de manter contas secretas
no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.
Ele nega e afirma ser o beneficiário de fundos geridos por trustes (entidades jurídicas formadas para
administrar bens e recursos).

Ministério de Temer tem 6 partidos que governaram com Dilma9


O ministério do governo de Michel Temer, anunciado nesta quinta-feira (12/05/2016), tem seis partidos
que fizeram parte da chapa anunciada pela presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial de outubro
de 2015, antes do desembarque de partidos como o PMDB e o PP. São eles: PMDB, PP, PR, PRB, PSD
e PTB.
Temer foi notificado às 11h25 da decisão do Senado Federal, que aprovou nesta manhã a abertura
de processo de impeachment e o afastamento por até 180 dias de Dilma da Presidência da República.
Em seguida, anunciou por meio de sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o novo
governo.
Entre os 24 nomes anunciados, alguns já haviam sido divulgados informalmente por interlocutores de
Temer ao longo das últimas semanas, como Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento),
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Dos ministros anunciados por Temer, quatro assumiram pastas do governo Dilma na reforma
ministerial de outubro. São eles: Eliseu Padilha (PMDB), que era da Aviação Civil no governo da petista
e passa a assumir a Casa Civil de Temer; Gilberto Kassab (PSD), que, da pasta de Cidades, passa a
assumir Comunicações; Henrique Eduardo Alves (PMDB), que se mantém no Ministério do Turismo; e
Helder Barbalho (PMDB), que passou de Portos para Integração Nacional.

Comparação partidária
Em outubro do ano passado, Dilma anunciou uma reforma com redução de 39 para 31 ministérios.
Faziam parte do ministério do governo 9 partidos, sendo que o PT era a sigla com mais pastas (9). Ele
era seguido de perto pelo PMDB, que tinha 7. Os demais (PTB, PR, PSD, PDT, PCdoB, PRB e PP) tinham
1 pasta cada um. Oito ministros não eram filiados a partidos.
Já no novo governo Temer, são 24 ministérios com 11 partidos. A sigla que lidera é o PMDB, com 7
pastas, seguido do PSDB (3) e do PP (2). PR, PRB, PSD, PTB, DEM, PPS, PV e PSB têm 1 ministério
cada um. Quatro ministros não são filiados a partidos.
Além da manutenção dos seis partidos já citados, o governo Temer se destaca por ter pastas lideradas
por partidos da oposição - DEM, PSDB, PPS e PV.
Entre as pastas que foram extintas, estão Aviação Civil, Comunicação Social, Portos e a Controladoria
Geral da União. Outras ainda passaram por fusões, como as pastas de Educação e de Cultura, que se
uniram para formar o ministério de Educação e Cultura, e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que viraram o Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário.
Além disso, duas pastas foram criadas: a de Fiscalização, Transparência e Controle e a Secretaria de
Segurança Institucional.

8
14/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/em-votacao-apertada-conselho-de-etica-aprova-cassar-eduardo-cunha.html
9
12/05/2016
Fonte: http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/05/ministerio-de-temer-tem-6-partidos-que-governaram-
com-dilma.html

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Senado cassa mandato de Delcídio por 74 votos a favor e nenhum contra10
Por 74 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, o plenário do Senado cassou nesta terça-feira
(10/05/2012) o mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) por quebra de decoro
parlamentar.
A única abstenção foi do senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética do
Senado. Dos 81 senadores, cinco não compareceram à sessão: o próprio Delcídio do Amaral; Eduardo
Braga (PMDB-AM); Maria do Carmo Alves (DEM-SE); Rose de Freitas (PMDB-ES); e Jader Barbalho
(PMDB-PA).
O mandato de Delcidio se encerraria em 2018. Com a decisão do Senado, ele fica inelegível por oito
anos a partir do fim do mandato, ou seja, não poderá concorrer a cargos eletivos nos próximos 11 anos.
Segundo a Secretaria Geral do Senado, Delcídio é o terceiro senador cassado na história da instituição
– os outros dois foram Demóstenes Torres e Luiz Estevão.
Após a sessão, o senador Telmário Mota (PDT-RR) comentou que o placar quase unânime foi um sinal
para a sociedade de que o Senado "não passa a mão na cabeça de ninguém”.
“Eu acho que foi uma via sacra porque não foi fácil chegar até aqui. Foi uma votação dramática porque
esse não é o propósito do Senado. Agora, também não podemos conviver com uma situação dessas.
Com esse resultado, ficou patente que o senador ou o político tem que conduzir a sua vida de acordo
com aquilo que está previsto na Constituição”, afirmou.
Questionado se achava que a cassação de Delcídio acendia um sinal alerta entre os demais senadores
investigados na Lava Jato, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AC) disse que assim esperava.
"Espero que essa cassação seja, em especial, uma afirmação do Senado de que a conduta
parlamentar deve seguir as regras de decoro”, declarou.
Senador preso
Ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral foi preso pela Polícia Federal (PF), em novembro
do ano passado, por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato ao oferecer R$ 50 mil
mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras a não fechar um
acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
Delcídio se tornou o primeiro senador preso durante o exercício do mandato. Ele foi solto em fevereiro
após fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Ele ficou 87 dias
na cadeia.

Justiça homologa acordo de leniência de R$ 1 bi com Andrade Gutierrez11


O juiz federal Sérgio Moro homologou o acordo de leniência entre a empreiteira Andrade Gutierrez e
o Ministério Público Federal. Em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a
empresa aceitou pagar R$ 1 bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações
de corrupção que possa estar envolvida.
Além do pagamento de indenização de R$ 1 bilhão, previsto no acordo de leniência, a Andrade
Gutierrez deve um sincero pedido de desculpas ao povo brasileiro. Reconhecemos que erros graves
foram cometidos nos últimos anos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente"
Além da multa, a empreiteira terá de ressarcir a Petrobras pelos prejuízos causados à estatal. Os
executivos da empresa, Flávio Gomes Machado, Elton Negrão e Otávio Marques de Azevedo, que
cumprem prisão domiciliar, são acusados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção ativa,
organização criminosa e lavagem de dinheiro. Outros dois funcionários da empreiteira são acusados pelo
mesmo crime.
Nesta ação penal, o MPF pede que os réus sejam condenados a devolver R$ 486 milhões aos cofres
da Petrobras e o confisco de outros R$ 243 milhões. O andamento da ação penal está suspenso desde
fevereiro, quando o juiz Sérgio Moro alegou haver um "fato relevante superveniente", ou seja, um fato
que surgiu depois do processo em andamento. O magistrado, no entanto, não explicou qual seria este
novo episódio.

10
10/05/2016
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/senado-cassa-mandato-de-delcidio-por-74-votos-favor-e-nenhum-contra.html- Adaptado
11
08/05/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/05/justica-homologa-acordo-de-leniencia-de-r-1-bi-com-andrade-
gutierrez.html

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Ministro Gilmar Mendes é eleito presidente do TSE12
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu, na sessão administrativa desta quinta-feira
(07/04/2016), o ministro Gilmar Mendes para suceder o ministro Dias Toffoli como presidente da Corte
Eleitoral. Na mesma sessão, o ministro Luiz Fux foi eleito vice-presidente do Tribunal na futura gestão. A
posse do ministro Gilmar Mendes na Presidência do TSE ocorrerá no próximo dia 12 de maio.
No dia 3 de fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconduziu o ministro Gilmar
Mendes para a vaga de ministro titular do TSE, devido ao encerramento do seu primeiro biênio como
titular da Corte Eleitoral.

Eduardo Cunha é preso em Brasília por decisão de Sérgio Moro13


O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-
feira (19/10/2016), em Brasília. A prisão dele é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão
foi do juiz Sérgio Moro no processo em que Cunha é acusado de receber propina de contrato de
exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.
A Polícia Federal (PF) informou que o ex-presidente da Câmara foi preso na garagem de um edifício.
Já o advogado dele disse que a prisão aconteceu no apartamento funcional de Cunha.
O deputado cassado embarcou às 15h em um avião da Polícia Federal (PF) no aeroporto de Brasília
com destino a Curitiba, onde ficará preso. O avião chegou ao aeroporto, na Região Metropolitana de
Curitiba, às 16h45. De lá, Cunha seguiu para a superintendência da PF.
No despacho que determinou a prisão, Moro diz que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato "não
se esvaziou". O juiz havia autorizado a PF a entrar na casa de Cunha no Rio de Janeiro para prendê-lo.
Moro é responsável pelas ações da operação Lava Jato na 1ª instância. Após Cunha perder o foro
privilegiado com a cassação do mandato, ocorrida em setembro, o juiz retomou na quinta-feira
(13/10/2016) o processo que corria no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta segunda (17/10/2016), Moro havia intimado Cunha e dado 10 dias para que os advogados
protocolassem defesa prévia.
Em nota divulgada por seus advogados, Cunha afirmou que a decisão de Moro que resultou na prisão
é "absurda" e "sem nenhuma motivação".
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Cunha representa risco à instrução
do processo e à ordem pública. Além disso, os procuradores argumentaram que "há possibilidade
concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior" e da dupla cidadania.
Cunha tem passaporte italiano e teria, segundo o MPF, patrimônio oculto de cerca de US$ 13 milhões
que podem estar em contas no exterior.
Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Câmarax, a força-tarefa da Operação Lava Jato
listou atitudes, que conforme os procuradores, foram adotadas por Cunha para atrapalhar as
investigações.
Entre elas, a convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como
defensora do lobista e colaborador da Lava Jato Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou
Cunha de ter recebido propina da Petrobras.
Atitudes de Cunha para atrapalhar a Lava Jato, segundo o MPF:
– Requerimentos no TCU e à Câmara sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a
pagar propina;
– Requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas se tratavam de inimigos pessoais do ex-
deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;
– Convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do
lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da
Petrobras;
– Contratação da KROLL pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da
Operação Lava Jato;
– Pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo
Cunha;
– Apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos,
como fez o lobista Julio Camargo, ao delatar Eduardo Cunha (refere-se ao projeto de lei de autoria do
deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos membros da tropa de choque que o ex-deputado federal
Eduardo Cunha liderava);

12
07/04/2016
Fonte: http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2016/Abril/ministro-gilmar-mendes-e-eleito-presidente-do-tse - Adaptado
13
19/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/10/juiz-federal-sergio-moro-determina-prisao-de-eduardo-cunha.html

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– Demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas que evidenciaram que os
requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada
“laranja” Solange Almeida;
– Suspeita do recebimento de vantagem indevida por emendas para bancos e empreiteiras;
– Manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pede a cassação do
deputado;
– Ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP);
– Relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

PEC 241: tire dúvidas sobre a proposta que limita gastos públicos14
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o aumento dos gastos
públicos pelas próximas duas décadas foi aprovada pela Câmara dos Deputados em primeiro turno na
madrugada desta terça-feira (11).

Veja abaixo perguntas e respostas sobre a proposta:

O que propõe a PEC 241, conhecida como PEC do Teto de Gastos?


A PEC do teto de gastos, proposta pelo governo federal, tem o objetivo de limitar o crescimento das
despesas do governo. A medida fixa para os três poderes - além do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União - um limite anual de despesas.

Por que o governo quer limitar os gastos?


Essa proposta é uma das principais "armas" da equipe econômica para tentar reequilibrar as contas
públicas nos próximos anos e impedir que a dívida do setor público, que atingiu 70% do Produto Interno
Bruto (PIB) em agosto, aumente ainda mais.A justificativa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é
de que governo vem se endividando e pagando juros muito altos para poder financiar essa conta.

Como é calculado esse limite de gastos?


Segundo o texto, o governo, assim como as outras esferas, poderão gastar o mesmo valor que foi
gasto no ano anterior, corrigido pela inflação. Ou seja, tirando a inflação, o limite será o mesmo valor do
ano que passou.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a desvalorização
do dinheiro, quanto ele perde poder de compra num determinado período. O texto da PEC prevê que,
para o ano de 2017, os gastos públicos serão corrigidos em 7,2%.

Há algum prazo de duração?


Sim. A proposta é de que a PEC seja aplicada pelos próximos 20 anos.

Não poderá sofrer qualquer alteração?


Sim. A partir do décimo ano, o presidente da República que estiver no poder poderá alterar o formato
de correção das despesas públicas. No entanto, a proposta de revisão terá de ser enviada ao Congresso
Nacional por meio de projeto de lei complementar. Será admitida somente apenas uma alteração nos
critérios de correção por mandato presidencial.

O que acontece se o limite não for obedecido?


Caso alguns dos Poderes ou órgãos a eles vinculados descumpram o limite de crescimento de gastos,
ficará impedido no exercício seguinte de, por exemplo, reajustar salários, contratar pessoal, realizar
concursos públicos e criar novas despesas até que os gastos retornem ao limite previsto pela PEC.

A medida se aplica para todos os tipos de gastos do governo?


Em 2017, haverá exceção para as áreas de saúde e educação, que somente passarão a obedecer o
limite a partir de 2018, segundo o governo. Atualmente, a Constituição especifica um percentual mínimo
da arrecadação da União que deve ser destinado para esses setores.
Em entrevista à rádio Estadão, o presidente Michel Temer disse que o teto não é para a saúde, para
a educação ou para a cultura. O teto é global. Ele afirmou ainda que quando o governo for formalizar
qualquer proposta de orçamento, é possível que tenha de rever projetos de obras públicas, por exemplo,
"para compensar sempre saúde e educação".

14
11/10/2016 Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/veja-perguntas-e-respostas-sobre-pec-que-limita-gastos-publicos.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
E no caso das transferências entre o governo federal e os municípios?
A PEC determina que alguns outros gastos não precisarão se sujeitar ao limite estabelecido pela
medida, como as transferências do governo federal para Estados e municípios e os gastos para a
realização de eleições.

O projeto enfrenta resistência?


Sim. Desde que foi apresentado pela equipe econômica do governo, ainda no primeiro semestre deste
ano, o projeto enfrenta resistências por parte de setores da sociedade. Partidos que fazem oposição ao
presidente Michel Temer, por exemplo, argumentam que, se aprovada, a proposta representará o
"congelamento" dos investimentos sociais.
Para uns, ela é uma medida muito rígida para durar tanto tempo, e deveria ser flexível para se adaptar
às mudanças do país.
Para a professora Cristina de Mello, da PUC-SP, se houver uma queda abrupta da arrecadação, por
exemplo, a dívida aumentaria, porque os gastos serão congelados em um patamar alto.
Segundo a professora, o argumento de que uma medida de longo prazo passa mais credibilidade é
falacioso. Isso porque, se antes do prazo de dez anos, o governo precisar mexer em alguma regra, a PEC
gerará desconfiança.
"Se daqui a alguns anos, for necessário fazer um gasto maior e mudar o índice de inflação por outro
mais confortável, vai haver descrença. Por que escolheram esse critério e não outro? Pode haver
maquiagem de dados", disse em entrevista à BBC.

O que diz quem apoia o projeto?


O mercado financeiro vê a proposta com bons olhos, já que uma medida válida por um período tão
extenso passaria a mensagem de que o Brasil está comprometido com o equilíbrio das contas.
Jolanda Battisti, da FGV, afirma que o prazo representa que o governo está "comprando tempo" para
colocar a dívida sob controle.
"É como se uma pessoa endividada que diz que vai te pagar de volta, mas só dez reais por semana,
e não em grandes prestações."
Um plano de longa duração, afirma, substitui ações mais drásticas, como aumentar impostos ou cortar
despesas imediatamente, o que poderia agravar o desemprego.

Renan lê PEC 241 em plenário e texto passa a tramitar no Senado15


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu em plenário nesta quarta-feira (26/10/2016)
a ementa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estabelece um limite para os gastos públicos
pelos próximos 20 anos. Com isso, a PEC passa a tramitar no Senado.
Tida como prioridade pelo governo do presidente Michel Temer para reequilibrar as contas públicas, a
PEC foi aprovada na madrugada desta quarta pela Câmara em segundo turno, por 359 votos a 116 (e 2
abstenções) e, agora, passará a ser analisada pelo Senado.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entregou a PEC aprovada
pelos deputados a Renan. A proposta, agora, será remetida à CCJ.
Ao fazer a leitura da PEC em plenário, Renan Calheiros disse que sugeriu o nome de Eunício Oliveira
(CE), líder do PMDB no Senado, para relatar da proposta. Cabe ao presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, José Maranhão (PMDB-PB) indicar o relator.
Segundo Renan, o presidente da CCJ demonstrou disposição em escolher o líder do PMDB para
relatar o texto na comissão.
Em plenário, Renan afirmou que a proposta seguirá o calendário “natural” e que foi acordado entre
líderes partidários.
Pelo cronograma acertado entre Renan Calheiros e os líderes partidários (veja todas as datas ao final
desta reportagem), a votação da PEC em primeiro turno está prevista para 29 de novembro e, em segundo
turno, para 13 de dezembro.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, para entrar em vigor, o texto precisa do apoio de, pelo
menos, três quintos dos senadores (49 dos 81). Se os parlamentares aprovarem algum tipo de mudança
no texto original, a PEC retornará à Câmara.

PEC 241
A PEC 241 prevê que, nos próximos 20 anos, os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário)
só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

15
26/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/renan-le-pec-241-em-plenario-e-texto-passa-tramitar-no-senado.html

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A partir do décimo ano, porém, o presidente da República poderá propor ao Congresso uma nova base
de cálculo.
Em caso de descumprimento, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar
concursos públicos ou conceder aumento para qualquer membro ou servidor do órgão.
Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela
PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do
Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.

Cronograma
O cronograma definido por Renan Calheiros e líderes partidários estabelece o seguinte rito da PEC
241 no Senado:
- Ainda nesta semana: texto é encaminhado à CCJ, onde será designado um relator;
- 1º de novembro: parecer do relator é apresentado, e senadores terão uma semana para análise;
- 8 de novembro: audiência pública para debater a PEC (especialistas a favor e contrários à proposta
serão chamados);
- 9 de novembro: votação do parecer do relator (se a PEC for aprovada, o texto será enviado ao
plenário);
- Data a definir: audiência pública para debater a PEC no plenário (especialistas a favor e contrários à
proposta serão chamados);
- 29 de novembro: votação da PEC em primeiro turno no plenário;
- 13 de dezembro: votação da PEC em segundo turno no plenário (se for aprovada, a proposta será
promulgada e as novas regras passarão a valer).

Aprovada na Câmara, PEC 241 passa a tramitar no Senado como PEC 5516
Aprovada pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (26), a Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos,
recebeu nova numeração ao passar a tramitar no Senado, sob a numeração de PEC 55.
A mudança na numeração da PEC não implica necessariamente em uma mudança no conteúdo da
proposta (os senadores ainda analisarão o texto e poderão propor alterações). De acordo com a
Secretaria-Geral da Mesa, a modificação ocorre para organizar o sistema do Senado.
Tida como prioridade pelo governo do presidente Michel Temer para reequilibrar as contas públicas, a
PEC foi aprovada pela Câmara em segundo turno, por 359 votos a 116 (e 2 abstenções) e, agora, passará
a ser analisada pelo Senado.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entregou o texto da PEC
ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A proposta já foi remetida à Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, posteriormente (veja o
calendário completo ao final desta reportagem), será analisada, em dois turnos, pelo plenário.

Relatoria
Ao fazer a leitura da PEC em plenário, nesta quarta, Renan Calheiros sugeriu o nome de Eunício
Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, para relatar da proposta. Cabe ao presidente da CCJ, José
Maranhão (PMDB-PB), porém, indicar o relator.
Segundo Renan Calheiros, Maranhão "demonstrou disposição" em escolher o líder do PMDB para
relatar o texto. O nome de Eunício, mesmo sem um anúncio oficial pelo Senado, já aparece como relator
da matéria, no sistema eletrônico.
Em plenário, Renan afirmou que a proposta seguirá o calendário "natural" e que foi acordado entre
líderes partidários.
Pelo cronograma acertado entre Renan Calheiros e os líderes partidários, a votação da PEC em
primeiro turno está prevista para 29 de novembro e, em segundo turno, para 13 de dezembro.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, para entrar em vigor, o texto precisa do apoio de, pelo
menos, três quintos dos senadores (49 dos 81). Se os parlamentares aprovarem algum tipo de mudança
no texto original, a PEC retornará à Câmara.

Ao STF, Maia diz que críticas à PEC do teto têm 'natureza política'17
A Câmara dos Deputados enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal na qual afirma que a
PEC do teto de gastos, apresentada pelo governo federal, não ofende a autonomia dos poderes da

16
26/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/aprovada-na-camara-pec-241-vira-pec-55-no-senado.html
17
27/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/ao-stf-maia-diz-que-criticas-pec-do-teto-tem-natureza-politica.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
República. Segundo o documento de 24 páginas, assinado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
parte dos questionamentos contra a proposta tem aspecto "sombrio e pessimista" e revelam "natureza
política".
A manifestação foi enviada em ação de deputados do PC do B e PT contra a PEC, que terá que passar
por julgamento de mérito no plenário do Supremo, o que não tem data para acontecer.
"As alegações de violação a direitos fundamentais (à educação e à saúde) e ao princípio da proibição
de retrocesso social revelam vaticínio sombrio e pessimista, escorado em argumentos metajurídicos -
incapazes de disfarçar a natureza eminentemente política da controvérsia", diz Maia.
A PEC, anunciada pelo governo como medida que vai reequilibrar as contas públicas, condiciona pelos
próximos 20 anos o aumento das despesas da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) à inflação do
ano anterior.
Há duas semanas, o ministro Barroso, relator do caso, rejeitou conceder liminar para suspender o
andamento da ação. Para ele, uma intervenção do Judiciário só se justificaria se houvesse clara violação
de cláusula pétrea da Constituição - itens que não podem ser alterados por meio de emenda -, o que não
ficou demonstrado.
Segundo Rodrigo Maia, não há ofensa à autonomia porque os entes da União manterão a prerrogativa
de elaborar o próprio orçamento. "Não prospera a alegação relativa à proeminência do Poder Executivo
quanto à iniciativa de alteração do limite de gastos improcede igualmente a alegação de ofensa à
autonomia dos Poderes Legislativos (Câmara dos Deputados e Senado Federal) e Judiciário, do
Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, sabido que essa autonomia compreende
tão somente a possibilidade de apresentação da respectiva proposta de orçamento."
Rodrigo Maia completou que, mesmo com a PEC, será mantida a atribuição dos parlamentares do
Congresso de darem "a última palavra" sobre o orçamento da União.
"As normas eventualmente resultadas da PEC 241/2016 mantêm intacto o cerne da competência
atribuída aos representantes do povo em matéria orçamentária pública: deputados e senadores
continuarão tendo a última palavra sobre cada montante de recursos públicos a serem alocados em cada
programação orçamentária."

Supremo admite corte de salário de servidores em greve18


O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legítima nesta quinta-feira (27/10/2016) a possibilidade
de órgãos públicos cortarem o salário de servidores em greve desde o início da paralisação.
Não poderá haver o corte nos casos em que a greve for provocada por conduta ilegal do órgão público,
como, por exemplo, o atraso no pagamento dos salários.
Com a decisão, a regra passa a ser o corte imediato do salário, assim como na iniciativa privada, em
que a greve implica suspensão do contrato de trabalho.
Mas os ministros abriram a possibilidade de haver acordo para reposição do pagamento se houver
acordo para compensação das horas paradas.
A decisão tem repercussão geral, devendo ser aplicada pelas demais instâncias judiciais em processos
semelhantes.
No julgamento, os ministros analisaram um recurso apresentado pela Fundação de Apoio à Escola
Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), que, em 2006, foi impedida pela Justiça estadual de
realizar o desconto na folha de pagamento dos funcionários em greve.
Relator do caso e primeiro a votar quando começou o julgamento, em 2015, o ministro Dias Toffoli
afirmou que a decisão não derruba o direito de greve nem a possibilidade de os servidores recorrerem ao
Judiciário.
“Qualquer decisão que nós tomarmos aqui não vai fechar as portas do Judiciário, seja para os
servidores seja para o administrador público. O que estamos decidindo é se, havendo greve do servidor
público, é legal o corte de ponto”, afirmou na sessão.
Primeiro a se manifestar contra o desconto, Fachin defendeu que a suspensão do pagamento só
ocorresse após uma decisão judicial que reconhecesse a ilegalidade da greve.
“A suspensão do pagamento se dá no momento da própria gênese do movimento paredista. Está se
interpretando que o trabalhador deve ir a juízo para um obter direito que lhe é assegurado
constitucionalmente [salário]”, argumentou.
Em vários momentos, ministros que defendem o corte na remuneração alertaram para os prejuízos
causados à população com a paralisação dos serviços.
“O administrador público não apenas pode, mas tem o dever de cortar o ponto. O corte de ponto é
necessário para a adequada distribuição dos ônus inerentes à instauração da greve e para que a

18
27/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/supremo-admite-corte-de-salario-de-servidores-em-greve.html

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paralisação, que gera sacrifício à população não seja adotada pelos servidores sem maiores
consequências”, afirmou Roberto Barroso.
O ministro Gilmar lembrou que, em quase todos os países, servidores com estabilidade no emprego
não têm o direito sequer de fazer greve.

Em dez anos, Câmara aprova 16 de 875 propostas de reforma política19


Nos últimos dez anos, 875 projetos com temas que envolvem a reforma política tramitaram na Câmara
dos Deputados. Do total, apenas 16 foram aprovados, o equivalente a 1,83% do total, conforme
levantamento obtido pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação.
Apesar do baixo índice de aproveitamento das propostas, os deputados voltaram a se reunir em
comissão especial destinada a analisar e formular medidas relacionadas à reforma política e eleitoral.
Na comissão, os debates serão divididos por temas, como representação política; financiamento
partidário e de campanhas; fortalecimento dos partidos; participação popular; e assuntos considerados
acessórios, como regras para comícios e regulação de pesquisas de opinião.
O levantamento mostra que a maior parte dos temas já está inserida em algum projeto que tramita na
Casa, mas ainda não obteve êxito.
Somente com relação ao financiamento de campanhas e partidos políticos, 36 projetos estão em
tramitação. São propostas de todos os tipos, como financiamento público, privado, misto, criação de
fundos, além de sugestão de plebiscito para definir o tema.
Também há propostas com análise pendente sobre os mais diversos sistemas eleitorais em debate.
Há projetos que sugerem sistema proporcional com lista aberta (como é hoje), proporcional com lista
fechada, misto, distrital, distrital misto e distritão.

Represados na CCJ
Principal colegiado da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem a tarefa de analisar
todos os projetos que tramitam na Casa e avaliar se as propostas estão em conformidade com a
Constituição e o sistema jurídico brasileiro.
A comissão, porém, tem funcionado como uma grande represa dos projetos de reforma política, aponta
o levantamento. De todos os projetos sobre o tema que tramitaram na Câmara nos últimos dez anos,
quase 35% seguem retidos na CCJ, aguardando a análise dos deputados.
No mesmo período, quase 30% dos projetos acabaram arquivados e não serão analisados pelos
parlamentares em plenário.

Nova tentativa de votação


No fim de outubro, uma comissão especial da Câmara dos Deputados iniciou um novo debate para
encaminhar propostas de reforma política ao plenário. O relator do colegiado, deputado Vicente Cândido
(PT-SP), lembra que as últimas tentativas feitas na Casa fracassaram.
“As últimas três comissões demonstraram que a Casa tem dificuldade de lidar com o tema. Uma, não
teve sequer relatório; a segunda, deu confusão; na última, o relator foi destituído e foi aprovada uma
reforma sem sintonia com a sociedade”, disse.
Na avaliação do relator, a proibição de financiamento privado de campanhas pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) e as crises econômica e política são fatores que podem colaborar para que um pacote de
medidas enfim saia do papel.
Para ele, é preciso que haja uma tomada de consciência dos parlamentares. “O ser humano é
resistente a mudanças. E mudar nós mesmos é mais difícil ainda”, afirmou.
Na comissão, Vicente Cândido considera mais prático selecionar alguns projetos mais abrangentes
que tramitam na Casa para apresentar um relatório substitutivo a esses textos.
Reanalisar a totalidade das centenas de propostas que tramitam na Casa seria inviável, avalia o
deputado.

Oposição quer saída de Geddel; base sai em defesa de ministro20


As acusações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o titular da Secretaria de Governo,
Geddel Vieira Lima, viraram assunto de conversas de deputados e senadores.
Parlamentares de oposição ao governo do presidente Michel Temer querem a demissão do ministro e
prometem acionar o Ministério Público pedindo a investigação do caso. Governistas preferem aguardar
os desdobramentos da situação e saem em defesa de Geddel.

19
21/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/em-dez-anos-camara-aprova-16-de-875-propostas-de-reforma-politica.html
20
20/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/oposicao-quer-saida-de-geddel-base-sai-em-defesa-de-ministro.html

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Calero disse em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" e confirmou posteriormente em um evento com
artistas no Rio de Janeiro que o motivo principal de sua saída do governo foi a pressão que sofreu do
titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador no qual
Geddel tinha comprado um apartamento.
O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes, afirmou
que o colegiado vai analisar nesta segunda-feira (21/11/2016) se abre ou não processo para investigar a
conduta do ministro.
O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse ao G1 neste domingo (20) que prefere
aguardar uma posição do Planalto antes de comentar o assunto, mas elogiou a atuação de Geddel como
articulador político de Temer no Legislativo.
"Eu estou esperando a avaliação da Comissão de Ética da Presidência da República. Ele [Geddel] tem
sido um excelente ministro no papel de interlocutor do governo no Congresso", opinou Aloysio.
O líder do PTB, partido da base de Temer, Jovair Arantes (GO), também teceu elogios a Geddel e
disse que fazer acusações no Brasil virou uma "doença".
"Esse vaievém dessas acusações virou uma doença de as pessoas acusarem as outras, às vezes sem
ter nenhuma certeza, então não dá pra saber [o que é verdade]. Geddel é um excelente ministro, interage
muito bem com a Câmara", declarou Jovair.
Aliado ao Planalto, o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), acredita que o assunto já
"está superado".
"O ministro Geddel já se manifestou. O Brasil tem problemas maiores que esse para resolver. Entendo
ser um assunto superado. Não influenciará em nada o comportamento da base do governo nas votações
no Congresso", disse o deputado.
Já o líder do DEM no Senado, o governista Ronaldo Caiado (GO), criticou Calero por não ter falado
antes sobre as supostas pressões que sofreu do ex-colega. Caiado também afirmou que Geddel "errou"
ao procurar o ministro para tratar de um assunto particular.
"Se alguém vem com uma proposta indecorosa, incompatível com o cargo que a pessoa exerce, você
deve dizer isso na hora. Isso de falar depois dá margem para uma dupla interpretação", afirmou Caiado.
"Mas se o fato foi esse, é lógico que o ministro Geddel errou. Ele não poderia ter misturado as coisas.
Ele poderia tocar no assunto se não tivesse nenhuma propriedade no prédio. No momento em que você
tem propriedade no prédio, isso pode parecer para a opinião pública que você está se valendo do cargo
para benefício próprio", completou.
Caiado disse ainda que o assunto deve ser esclarecido rapidamente e que é responsabilidade de
Temer decidir se afasta Geddel do governo.

Oposição
Por outro lado, a oposição já se movimenta para fechar o cerco em torno do ministro da Secretaria de
Governo. Geddel foi um dos principais articuladores políticos do impeachment da ex-presidente Dilma
Rousseff.
Neste sábado, o deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou, por meio de nota, que nesta segunda vai
apresentar à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara um requerimento para convocar
Marcelo Calero a prestar esclarecimentos sobre o episódio.
"É uma expressa acusação de crime de prevaricação [...]. Se Calero acusou outro ministro ao sair, é
um caso muito grave e precisa comprovar o que diz para que o caso tenha a consequência devida", diz
trecho da nota divulgada pelo deputado do PT.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), divulgou neste sábado um comunicado pedindo a
demissão imediata de Geddel do primeiro escalão e informando que vai pedir a convocação de Geddel
para que o ministro explique a denúncia no Senado. Além disso, o líder petista afirmou que irá solicitar
que o Ministério Público Federal apure o caso.
"É escandaloso que um ministro extremamente poderoso dentro do governo, que trabalha na antessala
de Temer, use do próprio cargo para coagir e ameaçar colegas em favor de interesses pessoais",
destacou o senador do PT.
O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), também quer a demissão de Geddel e disse que o
governo de Temer "derreteu" ao lembrar outros episódios desfavoráveis, como a exoneração do senador
Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento, após desdobramentos da Lava Jato, e a saída
de Fábio Medina Osório da Advocacia-Geral da União depois de desentendimentos como o chefe da
Casa Civil, Eliseu Padilha.
"Não é só a história do Gedel, é a história do governo Temer. O governo Temer derreteu. O ministro
demissionário [Calero] disse que falou para Temer e ele não tomou nenhuma providência [...]. Geddel

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não tem mais condições de continuar no governo, ele tem que cair e o governo Temer também tem que
cair", disse o parlamentar baiano.
Segundo o Blog do Camarotti, o Palácio do Planalto avalia que se o assunto sair da pauta rapidamente,
Geddel poderá permanecer no cargo. Mas se o tema seguir no noticiário, o ministro será demitido. O
receio é de que o caso acabe atingindo o presidente Michel Temer

Geddel pede demissão após crise gerada com denúncia de ex-ministro


Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura Marcelo Calero para liberar uma obra em Salvador,
o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou na manhã desta sexta-feira (25/11/2016),
por e-mail, uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Geddel, que está na capital baiana desde
quarta (23/11/2016), conversou por telefone com o presidente depois de encaminhar a solicitação para
se desligar do primeiro escalão.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável
pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional. Em meio ao turbilhão que atingiu
até mesmo seu gabinete, o presidente tentará sair de foco nos próximos dias. Ele anunciou que vai viajar
para sua residência em São Paulo na tarde desta sexta.
Temer chegou ao Planalto nesta sexta, por volta às 10h, e, imediatamente, se reuniu com assessores
próximos, como o secretário de Comunicação Social, Márcio Freitas. Em seguida, ele recebeu a carta de
demissão do ministro da Secretaria de Governo.
Geddel é o sexto ministro a deixar o governo desde que Michel Temer assumiu o comando do país em
maio. Antes dele, caíram Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Fábio Medina
Osório (AGU), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Marcelo Calero (Cultura).
Na carta de demissão, na qual se referiu ao presidente da República como "fraterno amigo", Geddel
escreveu que "avolumaram-se as críticas" sobre ele e, em Salvador, vê o "sofrimento" de sua família, que
é o "limite da dor que suporta". Ele, então, diz ao presidente que "é hora de sair".
Na mensagem, ele também pediu desculpas a Temer pela dimensão das "interpretações dadas",
referindo-se à acusação de Marcelo Calero de que Geddel o pressionou para desembargar a construção
de um condomínio de luxo em um bairro nobre de Salvador que havia sido barrado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.
Em meio ao texto, o agora ex-ministro da Secretaria de Governo ainda diz que retorna à Bahia, mas
seguirá como "ardoroso torcedor" do governo.
Ele também aproveitou a carta para fazer um afago na base aliada, agradecendo o apoio e a
colaboração na aprovação de "importantes medidas" para o país.

A queda de Geddel
Até então um dos homens forte de Temer no Planalto, Geddel começou a balançar no cargo de ministro
da Secretaria de Governo na semana passada, quando Calero concedeu uma entrevista ao jornal "Folha
de S.Paulo" denunciando a pressão do ex-colega da Esplanada dos Ministérios.
A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete presidencial nesta quinta (24),
quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana por Calero à Polícia Federal (PF). O ex-
ministro disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor
dos interesses do então ministro da Secretaria de Governo.
Calero, que pediu demissão na última sexta (18/11/2016), gravou a conversa que teve na semana
passada com Temer no Planalto, informou o Bom Dia Brasil. Procurado pela TV Globo, Calero disse que
não pode falar desse assunto. Segundo o G1 apurou, ele entregou cópia da gravação à PF, que
encaminhou o material para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Depoimento à PF
No depoimento à PF prestado na última quarta (23/11/2016), o ex-ministro disse que Temer o
"enquadrou" para que ele encontrasse uma "saída" para desembargar a construção do condomínio La
Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.
Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na imprensa, o porta-voz da Presidência da
República, Alexandre Parola, afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para resolver o
"impasse" entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de Governo (leia a íntegra do pronunciamento de
Parola ao final desta reportagem).
Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República (PGR) havia decidido
pedir ao STF a abertura de uma investigação para apurar se Geddel fez tráfico de influência ao pressionar
o ex-colega da Esplanadas.

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A PGR recebeu nesta quinta-feira (24/11/2016) o depoimento que Calero prestou à Polícia Federal. O
documento inicialmente foi enviado ao Supremo, que o encaminhou para a análise dos procuradores da
República. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, remeteu o depoimento à PGR antes de mandar
sortear o caso para relatoria de algum dos ministros do tribunal.
Na condição de ministro, Geddel tinha direito ao chamado "foro privilegiado", ou seja, ser investigado
e processado pelo STF, a mais alta Corte do país. Agora, diante da demissão do ministro, o caso pode
ser remetido à primeira instância da Justiça

Comissão de Ética
Na segunda-feira (21/11/2016), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir
um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cultura.
O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo, mas não tem
poder para punir nenhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a
integrantes do governo, entre as quais demissões.
Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um apartamento no empreendimento, confirmou
que procurou o então ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que tivesse
pressionado Calero para liberar a construção do edifício.

A obra embargada
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura foi embargado
pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio
cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores pretendem erguer um prédio com 31
andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser
construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno
de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top
House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto
do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo
Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte
de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final
desta reportagem).

Parentes
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a defesa do empreendimento imobiliário de
Salvador barrado pelo Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na quarta-feira o jornal
"Folha de S.Paulo".
Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento
La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto
ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo
órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa,
Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.
Ainda de acordo com a "Folha", Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante
Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira
Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo.
A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel
assumir o comando da Secretaria de Governo.

Leia a íntegra da carta de demissão de Geddel Vieira Lima:


Salvador, 25 de novembro de 2016
Meu fraterno amigo Presidente Michel Temer,
Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me
conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair.
Diante da dimensão das interpretações dadas, peço desculpas aos que estão sendo por elas
alcançados, mas o Brasil é maior do que tudo isso.
Fiz minha mais profunda reflexão e fruto dela apresento aqui este meu pedido de exoneração do
honroso cargo que com dedicação venho exercendo.

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Retornado a Bahia, sigo como ardoroso torcedor do nosso governo, capitaneado por um Presidente
sério, ético e afável no trato com todos, rogando que, sob seus contínuos esforços, tenhamos a cada dia
um país melhor.
Aos Congressistas, o meu sincero agradecimento pelo apoio e colaboração que deram na aprovação
de importantes medidas para o Brasil.
Um forte abraço, meu querido amigo.
GEDDEL VIEIRA LIMA

Câmara aprova em 1º turno PEC sobre recursos especiais ao STJ21


A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
estabelece pré-requisitos e restrições para a apresentação de recursos especiais ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
O recurso especial tem caráter excepcional e é apresentado ao STJ contra decisões de outros
tribunais, em única ou última instância, quando houver ofensa à lei federal.
O texto foi aprovado em primeiro turno por 327 votos favoráveis e 75 contrários. Cinco deputados se
abstiveram de votar. Por se tratar de uma emenda constitucional, a proposta precisava do apoio de, pelo
menos, três quintos dos parlamentares (308 dos 513).
Os deputados ainda precisarão votar a matéria em segundo turno. Depois, a PEC, se novamente
aprovada, seguirá para análise do Senado, onde precisará do dos votos de pelo menos 49 senadores
para entrar em vigor.

A proposta
Pela proposta, o STJ não poderá admitir recurso especial sem que o recorrente demonstre a relevância
das questões de direito federal discutidas no caso. Quatro quintos dos membros do órgão poderão rejeitar
a relevância da questão.
"Serão tidas como relevantes as questões de direito federal que tenham repercussão econômica,
política, social ou jurídica", diz o texto.
A PEC define ainda que não cabe recurso especial nas causas com valor inferior a 200 salários
mínimos, a menos que haja divergência entre a decisão recorrida e súmula do STJ.
O texto também estabelece que o STJ poderá aprovar súmula para impedir a interposição de recursos
contra decisão que tiver aplicado. Essa medida será validada com a concordância de quatro quintos dos
membros do órgão competente.

Temer se reúne com governadores para discutir crise nos estados22


O Pesidente da República, Michel Temer, se reune na manhã desta quinta-feira (1º), no Palácio do
Planalto, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula
Vescovi, e cinco governadores para discutir a crise financeira dos estados.
Participaram do encontro os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ), Raimundo Colombo (SC),
Rodrigo Rollemberg (DF), Simão Jatene (PA) e Wellington Dias (PI).
O rombo nas finanças tem afetado a maioria dos estados. Alguns deles estão sem dinheiro até para
pagar a folha do funcionalismo. Os casos mais críticos são os do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
Dos 27 estados brasileiros, quatro tiveram recuo no Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 na
comparação com 2013, de acordo com a pesquisa Contas Regionais 2014 divulgada no início desta
semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pacto nacional
No último dia 22, o governo federal e estados anunciaram um "pacto nacional" pelo equilíbrio das
contas públicas. O anúncio foi feito após reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, que também contou
com a participação do presidente Michel Temer, ministros da área econômica e governadores e que foi
marcada para discutir a crise financeira nos estados.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pelo pacto o governo federal aceita dar aos
estados uma fatia maior dos recursos arrecadados com a chamada "repatriação". Em contrapartida, os
governadores se comprometem a fazer um forte ajuste em suas contas, semelhante ao proposto pelo
próprio governo Temer, incluindo aumento da contribuição previdenciária paga por servidores públicos.

21
30/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/camara-aprova-em-1-turno-pec-sobre-recursos-especiais-ao-stj.html
22
01/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/temer-se-reune-com-governadores-para-discutir-crise-nos-estados.ghtml

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Entretanto, o secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, André Horta, disse nesta segunda (28),
após reunião no Ministério da Fazenda, que os estados do Nordeste não concordam com algumas
imposições do "pacto" pelo equilíbrio fiscal.

Reuniões com a Fazenda


O Ministério da Fazenda informou que representantes da pasta se reuniram com secretários estaduais
de Fazenda para "detalhar o conjunto das medidas de ajuste fiscal que constarão do pacto nacional pelo
equilíbrio das contas públicas, cujas linhas gerais foram apresentadas em reunião com o presidente da
República e o ministro da Fazenda na última semana".
O ministério informou ainda que o "resultado dessas negociações será submetido pelos secretários de
Fazenda aos respectivos governadores para posterior discussão com o ministro da Fazenda".

Com acordo de delação, Marcelo Odebrecht deve deixar presídio em 1 ano23


rdo de delação premiada o ex-presidente da empreiteira Odebrecht Marcelo Odebrecht prevê que ele
possa deixar o presídio no final de 2017, caso o acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF)
seja homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quinta-feira (1/12/2016), 77 executivos da Odebrecht assinaram acordos de delação com o MPF.
Na semana que vem, eles começam a prestar depoimentos.
A empresa divulgou na quinta-feira nota à imprensa intitulada "Desculpe, a Odebrecht errou", na qual
afirma que não admitirá a repetição de atos investigados na Lava Jato – a empresa é acusada de pagar
propina para políticos e funcionários da Petrobras.
Marcelo Odebrecht já foi condenado no âmbito da Operação Lava Jato a 19 anos e 4 meses de prisão.
O acordo prevê que a pena dele seja reduzida para dez anos, sendo que dois anos e meio em regime
fechado.
Como o ex-presidente da empreiteira já cumpriu um ano e meio de prisão, ele poderia deixar a cadeia
daqui a um ano para cumprir mais dois anos e meio de pena em regime domiciliar.
Depois, o acordo prevê que Marcelo Odebrecht cumpra mais dois anos e meio da pena em regime
semiaberto e, por fim, mais dois anos e meio no regime aberto.

Acordos
Além dos acordos de delação firmados individualmente pelos 77 executivos da Odebrecht, a empresa
assinou um acordo de leniência, no qual se compromete a pagar multa no valor de US$ 2,5 bilhões, o
que equivale a aproximadamente R$ 6,8 bilhões.
Esse tipo de acordo é uma espécie de delação premiada de empresas, por meio do qual elas
confessam participação em um crime e apresentam elementos que ajudem as investigações, em troca de
redução da punições.
A delação da Odebrecht é tida, no meio político, como a de maior potencial para provocar impacto nas
investigações, isso porque os executivos citaram mais de 200 nomes de políticos de diversos partidos.
Passada a etapa das assinaturas dos acordos, os executivos e a empresa terão de confirmar o que
disseram até agora ao MPF, detalhando o pagamento de propina a políticos e entregando provas. A
previsão é de que os depoimentos durem, no mínimo, um mês.
A previsão é que os acordos só sejam enviados para homologação do STF no ano que vem. Caberá
ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, analisar as condições do acordo e as informações
prestadas pelos executivos. Caso entenda necessário, pode mandar um juiz auxiliar ouvir todos eles
novamente. Depois, caso entenda que os acordos estão corretos, os homologa.
Devolve à PGR os trechos da delação daqueles citados com foro privilegiado e envia à 1ª instância da
Justiça os trechos em que pessoas sem foro são citadas.
Após a homologação, caberá à PGR e à Justiça Federal decidirem o que deverá ser investigado e
pedirem a abertura de inquérito para apurar os fatos.

Ministro do STF afasta Renan Calheiros da presidência do Senado24


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu liminar (decisão
provisória) nesta segunda-feira (5/12/2016) para afastar Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do
Senado. Ele, porém, mantém o mandato de senador.

23
02/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/com-acordo-de-delacao-marcelo-odebrecht-deve-deixar-
presidio-em-1-ano.ghtml
24
05/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/ministro-do-stf-afasta-renan-da-presidencia-do-senado.ghtml

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O ministro atendeu a pedido do partido Rede Sustentabilidade e entendeu que, como Renan Calheiros
virou réu no Supremo, não pode continuar no cargo em razão de estar na linha sucessória da Presidência
da República.
"Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado
pelo povo alagoano, mas do cargo de Presidente do Senado o senador Renan Calheiros. Com a urgência
que o caso requer, deem cumprimento, por mandado, sob as penas da Lei, a esta decisão", afirma o
ministro no despacho.
Em nota enviada pela assessoria, Renan Calheiros disse que só irá se manifestar sobre o afastamento
após conhecer "oficialmente" o inteiro teor da decisão liminar. A nota diz ainda que o peemedebista
consultará seus advogados sobre as medidas adequadas a serem adotadas após a decisão de Marco
Aurélio que, segundo Renan, foi tomada "contra o Senado Federal".
Renan Calheiros ainda pode recorrer ao plenário do Supremo. Além disso, a ação ainda terá que ser
analisada pelo plenário da Corte mesmo sem o recurso do peemedebista, mas isso ainda não tem data
para ocorrer.
Com o afastamento do peemedebista da presidência, o senador oposicionista Jorge Viana (PT-AC),
primeiro-vice-presidente do Senado, assumirá o comando da Casa. Renan e o petista se encontraram à
noite, na casa do senador.
O afastamento efetivo de Renan Calheiros só ocorrerá após a entrega de uma notificação, assinada
pelo ministro Marco Aurélio, no Senado. Até o início da noite desta segunda, o documento ainda estava
sendo produzido pela secretaria judiciária do STF. Segundo apurou o G1, Marco Aurélio Mello estaria
disposto a assinar o documento ainda na noite desta segunda, a fim de enviá-lo ao Senado.
Renan marcou de receber a notificação nesta terça, às 11h, no Senado. Por volta das 21h30 desta
segunda, um oficial de Justiça chegou à residência oficial do Senado, onde mora Renan Calheiros,
dizendo: “Vim entregar a decisão do ministro”. O homem passou pelo portão e ficou aguardando ser
recebido na porta da casa. Passados dois minutos, uma mulher apareceu na porta da residência e
conversou com o oficial de Justiça, que foi embora sem falar com a imprensa.

Réu no STF
Na semana passada, o plenário do Supremo decidiu, por oito votos a três, abrir ação penal e tornar
Renan réu pelo crime de peculato (apropriação de verba pública).
Segundo o STF, há indícios de que Renan fraudou recebimento de empréstimos de uma locadora de
veículos para justificar movimentação financeira suficiente para pagar pensão à filha que teve com a
jornalista Mônica Veloso.
A Corte também entendeu que há indícios de que Renan Calheiros usou dinheiro da verba
indenizatória que deveria ser usada no exercício do cargo de Senador para pagar a locadora, embora
não haja nenhum indício de que o serviço foi realmente prestado.
Além da ação penal por peculato, Renan Calheiros é alvo de outros 12 inquéritos no STF, sendo oito
no âmbito da Operação Lava Jato. Em um dos inquéritos, ele já foi denunciado pelo Ministério Público. O
STF, porém, ainda não analisou a denúncia (veja todos os inquéritos sobre Renan ao final desta
reportagem).
No último domingo (4/12/2016), Renan foi o principal alvo das manifestações de rua que reuniram
milhares de pessoas em todos os 26 estados mais o Distrito Federal. Os atos, em apoio à Operação Lava
Jato e ao projeto de dez medidas de combate à corrupção, foram registrados em pelo menos 82 cidades.

Réu na linha de sucessão


Antes, em novembro, o Supremo começou a julgar ação apresentada pela Rede sobre se um réu pode
estar na linha sucessória da Presidência.
Para seis ministros, um parlamentar que é alvo de ação penal não pode ser presidente da Câmara ou
presidente do Senado porque é inerente ao cargo deles eventualmente ter que assumir a Presidência.
O julgamento, porém, não foi concluído porque o ministro Dias Toffoli pediu vista, ou seja, mais tempo
para analisar o caso.
Apesar de o julgamento não ter sido concluído, a Rede argumentou no pedido de afastamento de
Renan que isso não impedia Marco Aurélio Mello de analisar a liminar. O partido lembrou que isso já
aconteceu em outros casos, de um ministro pedir vista sobre um tema e outro conceder liminar sobre o
mesmo tema.

Decisão
O ministro Marco Aurélio destacou, em sua decisão, que a permanência de Renan Calheiros na
presidência do Senado após virar réu compromete a segurança jurídica. Ele lembrou que seis ministros

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do Supremo já decidiram que um réu não pode ocupar cargo que esteja na linha sucessória, mas frisou
que o julgamento ainda não foi retomado.
"O que não havia antes veio a surgir: o hoje Presidente do Senado da República, senador Renan
Calheiros, por oito votos a três, tornou-se réu [...]. Mesmo diante da maioria absoluta já formada na
arguição de descumprimento de preceito fundamental e réu, o Senador continua na cadeira de Presidente
do Senado, ensejando manifestações de toda ordem, a comprometerem a segurança jurídica", disse o
ministro.
Segundo ele, a decisão liminar de afastamento visa implementar provisoriamente decisão já tomada
pela maioria do Supremo.
"Urge providência, não para concluir o julgamento de fundo, atribuição do Plenário, mas para
implementar medida acauteladora, forte nas premissas do voto que prolatei, nos cinco votos no mesmo
sentido, ou seja, na maioria absoluta já formada, bem como no risco de continuar, na linha de substituição
do Presidente da República, réu, assim qualificado por decisão do Supremo", argumenta Marco Aurélio
Mello.

Inquéritos de Renan no STF


- INQ 4326 - investiga se Renan Calheiros e o deputado Aníbal Gomes atuaram e se beneficiaram do
esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Esse é o principal inquérito da Lava Jato e envolve
dezenas de políticos (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 3993 - investiga se Renan e Aníbal Gomes atuaram para manter Paulo Roberto Costa como
diretor da Petrobras e em troca receberam propina (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4172 - investiga se Renan, o senador Jader Barbalho e Aníbal Gomes receberam propina no
esquema da Petrobras, conforme delação do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró (INQUÉRITO EM
ANDAMENTO).
- INQ 4215 - investiga se Renan e Aníbal Gomes receberam propina de contratos da Transpetro
(INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4216 - investiga se Renan e Aníbal Gomes atuaram em suposto conluio para contratação de
uma empresa terceirizada da Petrobras (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4213 - investiga se Renan recebeu dinheiro de um dos delatores, o "Ceará", enviado pelo doleiro
Alberto Youssef (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4171 - investiga se Renan, Jader e o senador Delcídio do Amaral receberam US$ 5 milhões para
manter Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4075 - investiga se Renan recebeu dinheiro desviado das obas da Usina de Angra 3 (INQUÉRITO
EM ANDAMENTO).
- INQ 4267 - investiga se Renan recebeu dinheiro desviado das obras de Belo Monte. A investigação
foi retirada do âmbito da Lava Jato (INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4211 - investiga se Renan foi beneficiado com esquema investigado na Operação Zelotes
(INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 4202 - investiga movimentação financeira suspeita de R$ 6 milhões nas contas de Renan
(INQUÉRITO EM ANDAMENTO).
- INQ 2593 - investiga se Renan teve despesas pessoais de uma filha paga pela empreiteira Mendes
Júnior. O inquérito está sob relatoria do ministro Luiz Edson Fachin, já teve denúncia oferecida, mas ainda
não tem previsão de julgamento. O STF recebeu a denúncia mas ainda não abriu formalmente a ação
penal contra Renan.

Delator da Odebrecht cita doações não declaradas a mais de 30 políticos; veja lista25
Em informações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) para a assinatura de acordo de delação
premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho apresentou valores
repassados a políticos com a finalidade de obter vantagens para a empreiteira.
O depoimento, que veio a público na sexta-feira (9/12/2016), traz nomes, valores, circunstâncias e
motivação dos repasses. Parte dos recursos foi paga por meio de doações eleitorais oficiais, mas também
há registro de propina e de caixa 2.
Em alguns casos, como o dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), o
dinheiro era entregue a uma pessoa, mas serviria para abastecer um grupo dentro do partido. Em outros
casos, não é possível identificar se a doação foi oficial.

2511/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/veja-valores-repassados-a-politicos-


segundo-delator-da-odebrecht.ghtml

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Cláudio atuava na relação da Odebrecht com o Congresso Nacional. Segundo ele, alguns pagamentos
eram feitos para garantir a aprovação de projetos de interesse da empreiteira. Na pré-delação, ele citou
51 políticos de 11 partidos.
Veja os nomes dos políticos que Cláudio Melo Filho disse que receberam doações não declaradas, os
valores e a situação do pagamento. Também confira o que cada um disse sobre as acusações:
– Adolfo Viana (PSDB-BA), deputado estadual. Valor: R$ 50 mil, não declarados.
O deputado estadual da Bahia Adolfo Viana disse que não conhece Cláudio Melo Filho e que todas as
doações que recebeu foram declaradas à Justiça Eleitoral.
– Aécio Neves (PSDB-MG), senador. Pediu R$ 1 milhão para o DEM, não declarados.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que todos os pedidos de doações feitos pelo
partido em 2014 se deram exclusivamente dentro da lei.
– Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma Rousseff. Valor: R$ 350 mil, não declarados.
O ex-assessor de Dilma, Anderson Dornelles, negou as acusações. Ele disse que nunca se reuniu na
sede da Odebrecht nem solicitou ou recebeu qualquer ajuda financeira. Negou ainda que tenha autorizado
qualquer pessoa a fazer isso em nome dele.
– Antonio Brito (PSD-BA), deputado federal. Valor: R$ 100 mil não declarados, R$ 200 mil indefinidos
e R$ 130 mil declarados.
O deputado federal Antonio Brito não atendeu as ligações do G1.
– Arthur Maia (PPS-BA), deputado federal. Valor: R$ 250 mil não declarados e R$ 350 mil declarados.
"Todas as doações que recebi da Odebrecht constam na minha prestação de contas e foram
devidamente declaradas ao TSE e, portanto, aconteceram rigorosamente dentro dos parâmetros legais",
afirmou o deputado federal Arthur Maia.
– Arthur Virgílio (PSDB-AM), prefeito eleito de Manaus. Valor: R$ 300 mil não declarados.
O prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio, do PSDB, negou que tivesse recebido doação por caixa 2.
Ele disse que todas as doações da Odebrecht foram declaradas à justiça eleitoral.
– Ciro Nogueira (PP-PI), senador. Valor: R$ 300 mil não declarados e R$ 1,8 milhão declarados.
O senador Ciro Nogueira disse que as doações recebidas pelo partido foram legais e sempre
devidamente declaradas à justiça eleitoral.
– Colbert Martins (PMDB-BA), ex-deputado federal. Valor: R$ 150 mil não declarados e R$ 441 mil
declarados.
O ex-deputado Colbert Martins negou que tenha recebido quantias não declaradas da Odebrecht ou
de qualquer outra empresa. “Tudo que tem nas minhas contas eleitorais foi declarado. Nenhum tipo de
omissão foi feita. As contas foram apreciadas e aprovadas. Tudo que eu recebi eu declarei."
– Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal. Valor: R$ 100 mil não declarados.
Daniel Almeida negou recebimento via caixa 2 e disse que todas as doações para suas campanhas
foram legais.
– Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-senador. Valor: R$ 500 mil não declarados.
A defesa do ex-senador Delcídio do Amaral disse que as informações são especulativas, não oficiais
e sem credibilidade.
– Duarte Nogueira (PSDB-SP), deputado. Valor: R$ 350 mil não declarados e R$ 300 mil declarados.
Duarte Nogueira, prefeito eleito de Ribeirão Preto, afirma que todas as doações recebidas em suas
campanhas eleitorais de 2010 e 2014 – por empresas ligadas ao grupo Odebrecht ou repassadas pelo
Diretório Estadual do PSDB – foram regularmente declaradas e aprovadas pelo TSE.
– Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado federal. Valor: R$ 10,5 milhões, não determinado.
A defesa de Eduardo Cunha disse que só vai se manifestar depois que tiver acesso à delação e que
ela deveria ter seu sigilo resguardado.
– Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro-chefe da Casa Civil. Valor: R$ 10 milhões a pedido de Temer,
não determinado.
Eliseu Padilha afirmou que a acusação é “mentirosa” e que nunca tratou de arrecadação para
deputados ou para que quer que seja.
– Eunício Oliveira (PMDB-CE), senador. Valor: R$ 2,1 milhões não declarados.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, disse "que todos os recursos arrecadados em suas
campanhas foram recebidos de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral". Ele ainda disse que
"nunca autorizou ninguém a negociar recursos em seu nome em troca de favorecimento à qualquer
empresa".
– Francisco Dornelles (PP-RJ), vice-governador do Rio de Janeiro. Valor: R$ 200 mil não declarados.
O vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, enviou uma nota afirmando que todas as doações
eleitorais recebidas pelo Partido Progressista foram feitas de acordo com a legislação eleitoral e
aprovadas pela Justiça.

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– Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro da Secretaria de Governo. Valor: R$ 1 milhão não
determinados, R$ 1,5 milhão não declarados e R$ 2,380 milhões declarados.
Geddel Vieira Lima disse que acha estranho o nome dele estar na delação, já que todas as doações
da Odebrecht à campanha dele foram declaradas à Justiça Eleitoral.
– Gim Argello (PTB-DF), ex-senador. Valor: R$ 1,5 milhão não determinados, R$ 300 mil declarados
e R$ 1 milhão não declarados.
O G1 conversou com o responsável pela defesa do ex-senador Gim Argelo na manhã desta segunda-
feira (12). O advogado Marcelo Bessa preferiu não comentar as declarações de Cláudio Melo Filho.
– Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado. Valor: R$ 200 mil não declarados e R$ 50 mil declarados.
A assessoria do deputado Heráclito Fortes disse que ele recebeu contribuições legais e já aprovadas
pela justiça eleitoral, sem qualquer vinculação com propina.
– Hugo Napoleão (PSD-PI), ex-senador. Valor: R$ 100 mil declarados e R$ 100 mil não declarados.
A assessoria do ex-senador Hugo Napoleão disse que enviaria nota comentando as acusações de
Cláudio Melo Filho.
– Inaldo Leitão, ex-deputado. Valor: R$ 100 mil não declarados.
Segundo o jornal "O Globo", o ex-deputado Inaldo Leitão disse em um perfil nas redes sociais que
nunca teve relação de negócios com a Odebrecht e que não atuou em interesse da empresa.
– Jaques Wagner (PT-BA), ex-ministro. Valor: R$ 3 milhões não determinados e R$ 7,5 milhões não
declarados. Cláudio Melo diz acreditar que foram repassados R$ 10 milhões para a candidatura do
governador da Bahia, Rui Costa, em 2014, a pedido de Wagner.
O ex-ministro Jaques Wagner não retornou os contatos da TV Globo.
– José Agripino (DEM-PI), senador. Valor: R$ 1 milhão, a pedido de Aécio Neves, não determinados.
José Agripino disse que desconhece e repele as acusações.
– José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal. Valor: R$280 mil declarados e R$ 300 mil não
declarados.
O deputado José Carlos Aleluia disse ao G1 que "todos os valores recebidos estão declarados em
minhas prestações de contas à Justiça Eleitoral”. Também há um comunicado no site do deputado, que
diz que, em 2010, a legislação não exigia que o candidato especificasse em sua prestação de contas o
nome do doador original ao partido, como passou a ser feito a partir de 2014.
– Jutahy Magalhães (PSDB-BA), deputado federal. Valor: R$ 350 mil sem declaração e R$ 500 mil
declarados.
O deputado federal Jutahy Magalhães negou acusações: “Não tive doação de caixa 2 da Odebrecht
em 2010 para minha campanha. Recebi oficialmente pelo partido e está registrado no TSE. Esta é a
verdade”
– Lídice da Mata (PSB-BA), senadora. Valor: R$ 200 mil não declarados.
Em nota, a senadora Lídice da Mata negou as acusações. "Não tenho e nunca tive qualquer tipo de
negócios com a Odebrecht ou qualquer outra empresa. Todas as doações de campanha que recebi foram
dentro da legalidade e devidamente declaradas conforme pode ser comprovado na prestação de contas
disponível no site do TSE / TRE-BA."
– Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), deputado federal. Valor: R$ 400 mil declarados e teria recebido R$
1,5 milhão não declarados.
O deputado Lúcio Vieira Lima afirmou que todas as doações da sua campanha "estão declaradas na
prestação de contas do [Tribunal Superior Eleitoral] TSE”.
– Marco Maia (PT-RS), deputado federal. Valor: R$ 1,35 milhão não declarados.
O deputado Marco Maia refutou as declarações feitas pelo delator, dizendo que foi relator da CPMI da
Petrobras em 2014, que indiciou 53 pessoas. "Não pedi e não autorizei ninguém a pedir em meu nome
nenhuma doação para minha campanha eleitoral em 2014 de quaisquer empresas que estivessem sendo
investigadas por tal CPMI. Todas as doações feitas à campanha estão devidamente registradas no TSE
conforme previa a legislação."
– Michel Temer (PMDB-SP), presidente da República. Pediu, segundo o delator, repasse de R$ 10
milhões.
Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que repudia com
veemência o que chamou de "falsas acusações" de Cláudio Melo Filho. Segundo Temer, as doações
feitas pela construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A nota diz ainda que não houve caixa dois nem entrega em dinheiro a
pedido do presidente.
– Moreira Franco (PMDB-RJ), secretário do PPI. Segundo o relator, pediu recursos para o PMDB,
mas o recebimento foi feito através de Eliseu Padilha.

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Moreira Franco disse que a acusação é mentirosa e afirmou que jamais falou sobre política ou recursos
para o PMDB com Cláudio Melo Filho.
– Paes Landim (PTB-PI), deputado federal. Valor: R$ 100 mil não declarados e R$ 80 mil declarados.
O deputado Paes Landim disse que todas as doações que recebeu foram declaradas oficialmente e
que jamais houve troca de favores entre ele e a Odebrecht.
– Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), ex-deputado federal. Valor: R$ 100 mil não declarados e R$ 100
mil declarados.
Paulo Henrique Lustosa negou recebimento via caixa 2 e disse que todas as doações para suas
campanhas foram legais.
– Paulo Magalhães Junior (PV-BA), vereador eleito de Salvador. Valor: R$ 50 mil não declarados.
O G1 não conseguiu contato com o vereador de Salvador Paulo Magalhães Junior.
– Paulo Skaf (PMDB-SP), presidente da Fiesp. Segundo o delator, a campanha de Skaf ao governo
de São Paulo. Valor: R$ 6 milhões dos R$ 10 milhões negociados por Michel Temer.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer
contribuição de campanha que não fosse regularmente declarada em suas prestações de contas e
afirmou que todas elas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
– Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Seria, segundo o delator, um dos beneficiários
dos R$ 22 milhões repassados ao grupo do PMDB na Casa (doações declaradas e não declaradas).
Renan Calheiros disse que "jamais autorizou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em
qualquer circunstância". O senador afirmou ainda que "não há chance de serem encontradas
irregularidades em suas contas pessoais ou eleitorais". E que "essas contas já são investigadas há nove
anos sem que nenhuma prova seja encontrada contra ele".
– Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Valor: R$ 600 mil, não determinados.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou com veemência ter participado de qualquer negociação
com a Odebrecht. Ele disse que nunca recebeu vantagem indevida em troca de votações na Câmara e
que todas as doações recebidas por ele foram legais e declaradas ao TSE.
– Romero Jucá (PMDB-RR), senador. Seria, segundo o delator, um dos beneficiários dos R$ 22
milhões repassados ao grupo do PMDB do Senado (doações declaradas e não declaradas).
Romero Jucá, líder do governo no Congresso, negou que recebesse recursos para o PMDB e disse
que está à disposição da Justiça.
– Rui Costa (PT-BA), governador da Bahia. Teria recebido na campanha, de acordo com o delator,
R$ 10 milhões a pedido de Jaques Wagner. Delator não determina se foi doação legal ou caixa 2.

PEC do teto de gastos é promulgada no Congresso26


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos pelos
próximos 20 anos foi promulgada em sessão solene do Congresso Nacional na manhã desta quinta-feira
(15/12/2016).
Com a promulgação, a PEC passa a existir como lei e deve ser executada. Com isso, os gastos
públicos só poderão aumentar de acordo com a inflação do ano anterior.
Participaram da sessão solene os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de outros parlamentares. A sessão durou apenas alguns minutos e também
teve a promulgação da Emenda Constitucional 94, que prevê novas regras para o pagamento de
precatórios.
O texto da PEC do teto foi votado em dois turnos na Câmara e no Senado. Em todas as ocasiões, teve
mais que o mínimo de votos necessários.
A última votação do Senado, na terça-feira (13/12/2016), foi marcada por reclamações de senadores
que alegaram que o presidente da Casa acelerou a tramitação ao realizar três sessões do Senado no
mesmo dia, permitindo a votação da matéria antes do recesso parlamentar.
A proposta é uma das principais apostas do governo Michel Temer para reequilibrar as contas públicas
e viabilizar a recuperação da economia brasileira.
O texto foi enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso em junho e, ao lado da reforma da
Previdência, é considerado por governistas como essencial para o reequilíbrio das contas públicas.
Parlamentares da oposição chamaram a proposta de “PEC da maldade” porque, na visão deles, a
medida vai congelar investimentos nas áreas de saúde e educação, o que os governistas negam.

As regras da PEC do teto de gastos


Confira abaixo os principais pontos da PEC do teto de gastos:

26 http://g1.globo.com/politica/noticia/pec-do-teto-de-gastos-e-promulgada-no-congresso.ghtml

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- As despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos) só poderão crescer
conforme a inflação do ano anterior;
- A inflação para 2017, que servirá de base para os gastos, será de 7,2%;
- Nos demais anos de vigência da medida, o teto corresponderá ao limite do ano anterior corrigido pela
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);
- Se um poder desrespeitar o limite, sofrerá sanções no ano seguinte, como a proibição de realizar
concursos ou conceder reajustes;
- Se um poder extrapolar o teto, outro poder deverá compensar;
- Os gastos com saúde e educação só serão enquadrados no teto de gastos a partir de 2018;
- Com relação aos gastos mínimos em saúde, o texto prevê que passem em 2017 dos atuais 13,7%
para 15% da receita corrente líquida (somatório dos impostos descontadas as transferências previstas na
Constituição). E que, a partir de 2018, esses investimentos se enquadrem no teto de gastos, sendo
corrigidos pela inflação.
- Ficam de fora das novas regras as transferências constitucionais a estados e municípios, além do
Distrito Federal, os créditos extraordinários, as complementações do Fundeb, gastos da Justiça Eleitoral
com eleições, e as despesas de capitalização de estatais não dependentes;
- A partir do décimo ano de vigência do limite de gastos, o presidente da República poderá um projeto
de lei ao Congresso para mudar a base de cálculo.

MPF denuncia Lula e mais oito pessoas na Lava Jato27


O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e mais oito pessoas na Operação Lava Jato. A força-tarefa ainda pediu à Justiça o ressarcimento de
R$ 75.434.399,44 à Petrobras.
O ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e a esposa de Lula,
Marisa Letícia, estão entre os denunciados.
Lula é réu em outros três processos relacionados à Operação Lava Jato. Na Justiça Federal do Paraná,
ele responde a uma ação penal.
O documento foi assinado pelos procuradores na quarta-feira (14). Entretanto, foi protocolado no
processo eletrônico da Justiça Federal do Paraná apenas nesta quinta (15).
O MPF afirma que Lula comandava "uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio
parlamentar" por meio de desvios na Petrobras.
Segundo a denúncia, a Odebrecht pagou R$ 75 milhões em propinas, desviados da Petrobras por
meio de oito contratos com a estatal. Esse valor foi repassado partidos e agentes políticos que davam
sustentação ao governo Lula, em especial PP, PT e PMDB.
Parte desse valor foi usado na compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula
e na de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo.

Veja a lista dos denunciados e os crimes:


- Lula: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Marcelo Odebrecht: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
- Antonio Palocci: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Branislav Kontic: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Paulo Melo: lavagem de dinheiro
- Demerval Gusmão: lavagem de dinheiro
- Glaucos da Costamarques: lavagem de dinheiro
- Roberto Teixeira: lavagem de dinheiro
- Marisa Letícia Lula da Silva: lavagem de dinheiro

De acordo com os procuradores, ficou constatado que o esquema de corrupção operado contra a
Petrobras envolveu a atuação de Lula em favor de interesses econômicos do Grupo Odebrecht,
recebimento de vantagens indevidas, pactuadas com Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, e
Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda.
Apesar de ser indicado como comandante do esquema, Lula não foi denunciado por crime de
organização criminosa porque esse fato está em apuração no Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia

27 http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/12/mpf-denuncia-lula-e-mais-oito-pessoas-na-lava-jato.html

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Conforme a denúncia, a Construtora Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel
onde funciona o Instituto Lula, em São Paulo. O valor, afirmam os procuradores, até novembro de 2012,
foi de R$ 12.422.00,00.
Segundo a força-tarefa a Lava Jato, o valor consta em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas
apreendidas durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.
A denúncia afirma também que o ex-presidente recebeu, como vantagem indevida, a cobertura vizinha
à residência onde vive em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. De acordo com o MPF, foram
usados R$ 504 mil para a compra do imóvel.
Este segundo apartamento foi adquirido no nome de Glaucos da Costamarques, que atuou como testa
de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em
nova operação de lavagem de dinheiro, conforme a denúncia.
Os procuradores afirmam que, na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa
Letícia chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques.
O MPF pediu à Justiça o perdimento do produto e proveito do crime no valor de R$ 75.434.399,44. A
força-tarefa da Lava Jato afirma que o montante ao valor total da porcentagem da propina paga pela
Odebrecht em razão das contratações dos Consórcios citados na denúncia.
Além disso, requereu que Lula pague R$ 75.434.399,44 à Petrobras.
Outros processos
Lula é réu em outros três processos relacionados à Operação Lava Jato. Ele é suspeito de obstruir a
Justiça ao atuar na compra de silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. É acusado de ter
ocultado ser o dono de um triplex em Guarujá (SP), no valor de R$ 3,7 milhões, e suspeito ainda de ter
recebido vantagem indevida da OAS, por meio da armazenagem de bens pessoais por quatro anos.
Lula também é investigado em quatro inquéritos. A maioria trata de suspeitas de recebimento de
vantagens indevidas. E um deles apura uma suposta tentativa de obstruir a investigação da Lava Jato,
com sua nomeação como ministro da Casa Civil, no governo Dilma.
O indiciamento
Na segunda-feira (12/12/2016), a Polícia Federal (PF) indiciou Lula e outras seis pessoas. Após o
indiciamento da Polícia Federal, o MPF analisa se denuncia os indiciados ou não. A partir de agora, cabe
a juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância,
aceitar a denúncia do MPF, transformando os acusados em réus.
Marcelo Odebrecht e Paulo Melo, que foram denunciados pelo MPF, não haviam sido indiciados pela
Polícia Federal. Os demais indiciados pela PF também foram denunciados pelo Ministério Público
Federal.
O indiciamento trata de dois casos distintos: o primeiro é sobre a compra de um terreno, que seria
utilizado para a construção de uma sede do Instituto Lula. O segundo é sobre o aluguel do apartamento
que fica em frente ao que o ex-presidente mora. A Polícia Federal defende que ambos os casos tratam
de pagamento de propina da construtora Odebrecht, ao ex-presidente.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes. No entanto, o delegado Márcio Adriano Anselmo, que
produziu o indiciamento, considerou que deveria unir as duas investigações, por se tratarem de fatos
correlatos.
Conforme a investigação, o ex-ministro Antônio Palocci operava distribuindo a propina da Odebrecht
ao Partido dos Trabalhadores (PT). A PF diz que ele usava a influência para atuar em favor dos interesses
da empreiteira junto ao governo federal.
Segundo a PF, Lula foi um dos beneficiários dessa propina. Uma parte dela foi com a compra do
terreno que seria usado para a construção da sede do Instituto Lula. O terreno foi adquirido por meio da
DAG Construções. A polícia diz que a empresa atuava como um preposto da Odebrecht. Embora o terreno
tenha sido adquirido, não houve mudança na sede do instituto para o referido terreno.
Já o apartamento teria sido comprado por Glaucos da Costamarques e alugado ao ex-presidente Lula,
em um contrato celebrado no nome da ex-primeira-dama, Marisa Letícia. No entanto, de acordo com a
investigação, nunca houve qualquer pagamento por parte do ex-presidente, que utiliza o imóvel, pelo
menos, desde 2003.
A polícia diz que a operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do imóvel. Para o delegado,
o ex-presidente Lula é quem é dono do local, que também teria sido adquirido por meio de propina obtida
junto à Odebrecht, com a intermediação de Palocci.
Outro lado
Quando a Polícia Federal indiciou sete pessoas – das nove que foram denunciadas pelo MPF – as
respectivas defesas falaram sobre o caso.

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Por telefone, a assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente aluga o
apartamento vizinho ao seu. Acrescenta que o instituto funciona no mesmo local há anos e que nunca foi
proprietário do terreno em questão.
A defesa do ex-presidente Lula afirmou que a transação envolvendo o terreno onde supostamente
seria edificado o Instituto Lula é um "delírio acusatório" "Nós apelidamos de transação imobiliária Manoel
Bandeira, o nosso poeta. Uma transação que teria sido feita, mas que nunca foi. Portanto, estamos
orbitando na esfera da ficção", afirmaram os advogados.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula e Marisa, também disse que o indiciamento
contra a ex-primeira-dama "não tem qualquer base jurídica e somente se explica pela parcialidade do
delegado federal Marcio Anselmo, que além de xingar Lula nas redes sociais, é conhecido apoiador de
Aécio Neves no âmbito político".
A defesa de Palocci e Kontic diz que nada se conseguiu que pudesse incriminar os dois no primeiro
processo a que eles respondem. "Então, este artifício acusatório não pode ser levado a sério, porque
ambos nada têm a ver com o Instituto Lula, terrenos ou locação de apartamentos em São Bernardo do
Campo". Os advogados também reclamaram da atuação policial. "Até quando teremos de aguentar essas
manobras da acusação, que não encontram na língua portuguesa um adjetivo qualificativo que lhes faça
justiça?".
O advogado Roberto Teixeira repudiou o indiciamento subscrito pelo delegado Márcio Adriano
Anselmo. Segundo ele, foram encaminhados à polícia, no dia 9 de dezembro, os esclarecimentos sobre
os casos citados no indiciamento. "Isso significa dizer que recebi a notícia do meu indiciamento menos
de um dia útil após haver encaminhado os esclarecimentos solicitados - com as provas correspondentes
-, em clara demonstração de que o ato já estava preparado e não havia efetivo interesse na apuração dos
fatos", diz.
Teixeira também diz ser vítima de retaliação, devido ao fato de ter pedido que Anselmo declarasse a
suspeição para investigar o ex-presidente Lula. "Não tenho dúvida de que minha atuação como advogado
do ex-Presidente Lula nos casos acima, bem como em outros processos e procedimentos em que estou
constituído ao lado de outros colegas advogados foram decisivos para o indiciamento realizado pelo
delegado federal Marcio Anselmo", diz o advogado.
Em nota, a Odebrecht informou que não irá se posicionar sobre o assunto. "A Odebrecht não se
manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa está
implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade",
informou a empresa.

ECONOMIA

Inflação do aluguel28
A FGV divulga o IGP-M, conhecido como "inflação do aluguel" por ser usado para reajustado a maioria
dos contratos imobiliários, de agosto. Em julho, o índice desacelerou para 0,32%, mas ainda acumula alta
de 11,79% nos últimos 12 meses.

Desemprego sobe para 11,3% no 2º trimestre, aponta Pnad, do IBGE29


O desemprego subiu para 11,3% no trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira (29/08/16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior já
registrada pela série histórica da Pnad Contínua, que teve início em janeiro de 2012.
No trimestre encerrado em março, o índice de desemprego foi de 10,9% e no período de abril a junho
de 2015, de 8,3%. No trimestre de março a maio, a taxa bateu 11,2%.
A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre e chegou a 11,6 milhões de
pessoas. Já na comparação com o 2º trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.
Por outro lado, a população ocupada somou 90,8 milhões de pessoas e mostrou estabilidade em
relação ao 1º trimestre e queda de 1,5% sobre o período de abril a junho de 2015. Segundo Cimar
Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a ocupação se manteve estável em relação
ao trimestre anterior, no entanto, foi menor do que em 2015. "Com o crescimento da população em idade
para trabalhar (1,3%) e a redução da população ocupada, o nível da ocupação no ano caiu de 56,2% para
54,6%." A Pnad entrevista 211 mil domicílios em 3.464 municípios e 15.756 setores do país.

28
30/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/agenda-do-dia/edicoes/2016/08/30.html
29
29/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/desemprego-fica-em-113-no-2-trimestre-diz-ibge.html

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Também não houve alteração em relação à quantidade de trabalhadores com carteira assinada, que
ficou em 34,4 milhões. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, esse número caiu
4,1%. De acordo com Azeredo, essa retração gera "um movimento de pressão" ao mercado de trabalho.

Rendimento
Em um ambiente de desemprego em alta, o rendimento médio dos trabalhadores acabou caindo e
atingiu R$ 1.972. Sobre o 1º trimestre, a renda diminuiu 1,5% e em relação ao 2º trimestre do ano passado,
4,2%.
"Os trabalhadores estão ganhando menos. Você tem no segundo semestre massa de rendimento de
trabalho circulando menos do que o que estávamos tendo no trimestre passado e no ano anterior. Isso
vai reduzir consumo, gastos e vai refletir no comércio, na indústria, ou seja, vai criar esse círculo vicioso
que você vê no mercado de trabalho”, analisou o técnico.

Dívida pública sobe 2,77% em junho, para R$ 2,95 trilhões30


A dívida pública federal brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, subiu
2,77% em junho, para R$ 2,95 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (25/07/2016).
Em maio, o endividamento público havia somado R$ 2,87 trilhões.
O aumento da dívida pública em junho está relacionado com a emissão líquida de títulos públicos, ou
seja, acima do volume dos resgates (papéis que venceram no mês passado) em R$ 61,1 bilhões.
Em junho (2016), foram resgatados R$ 1,31 bilhão em papéis, enquanto que as emissões de títulos
da dívida somaram R$ 62,42 bilhões. A alta da dívida também está relacionada com as despesas com
juros, que totalizaram R$ 18,67 bilhões no mês passado.

Dívida interna X externa


No caso da dívida interna, houve alta de 3,41% em junho, para R$ 2,74 trilhões. A emissão de títulos
públicos e as despesas com juros contribuíram para o aumento da dívida interna no mês passado.
No caso do endividamento externo, houve uma queda de 10,34% no mês passado, para R$ 120
bilhões. No caso da dívida em moeda estrangeira, o recuo decorreu da queda do dólar no período.
Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando essa moeda
cai frente ao real, consequentemente diminui o valor da dívida externa.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 7,40% do total (R$ 210
bilhões) em junho, contra R$ 237 bilhões (8,67% do total) em maio deste ano.
Esta dívida atrelada ao dólar se deve à emissão, pelo Banco Central, de contratos de swap cambial –
que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na
cotação do dólar.
Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O BC (Banco Central) oferece um contrato de
venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles,
o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a
variação do dólar no mesmo período.
É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que
para o futuro, e controlar a alta da cotação. Recentemente, a instituição informou que pretende emitir
menos destes contratos, o que tende a baixar o patamar da dívida atrelada à variação da taxa de câmbio.

Nº 1º mês de governo, Temer mantém linhas gerais de Dilma na economia31


O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), assumiu o governo há um mês (em 12/05/2016)
prometendo mudar os rumos da economia, mas boa parte das medidas anunciadas neste início de gestão
mantém as linhas gerais daquilo que já tinha sido proposto anteriormente pela equipe econômica da
presidente afastada, Dilma Rousseff.
Assim como propunha o então ministro da Fazenda de Dilma, Nelson Barbosa, a nova equipe
econômica propôs, e conseguiu, ampliar o rombo autorizado para as contas públicas neste ano. Quando
ainda estava no poder, Dilma queria autorização para um déficit primário nas contas do governo de até
R$ 96,6 bilhões, mas a nova equipe econômica já conseguiu permissão legal para um rombo bem maior:
de até R$ 170,5 bilhões neste ano.

30
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/divida-publica-sobe-277-em-junho-para-r-295-trilhoes.html
31
12/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/no-1-mes-de-governo-temer-mantem-linhas-gerais-de-dilma-na-economia.html

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Nos últimos dias, ao invés de cortar gastos públicos, foi anunciada uma liberação de R$ 38,5 bilhões
em despesas dos ministérios – apesar de o governo já estar estimando um déficit fiscal de R$ 113,9
bilhões em 2016. Há, ainda, uma margem de R$ 18,1 bilhões para incorporar os chamados "riscos fiscais"
– que são a renegociação com os governadores e a repatriação de recursos.
Na mesma linha do governo da presidente afastada, a equipe de Temer também quer reformar a
Previdência Social e, por isso, já negocia com parte das centrais sindicais. A proposta, novamente, é de
estabelecer uma idade mínima de aposentadoria, atingindo inclusive os atuais trabalhadores – com regras
de transição para reduzir os impactos para quem está perto de se aposentar.
O novo governo também apoiou a renovação da Desvinculação de Recursos da União (DRU) –
mecanismo que permite ao governo mais liberdade para gastar recursos do Orçamento, com uma alíquota
de 30%, assim como propunha a equipe econômica do governo Dilma Rousseff.
Apesar de defender o corte de despesas, o governo interino de Temer também apoiou, no Legislativo,
o reajuste dos salários dos servidores públicos, medida que terá impacto superior a R$ 50 bilhões nas
contas públicas até 2018. Esse reajuste foi negociado pela equipe de Dilma, e mantido pela nova gestão.
Em um momento em que vários estados passam por dificuldades, como Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, entre outros, a nova equipe econômica, assim como a anterior, já começou a
renegociar os contratos das dívidas dos estados com a União.
O governo Dilma havia concordado em ir alongando as dívidas estaduais por 20 anos, diminuindo as
parcelas mensais, com a possibilidade de redução em 40% na prestação da dívida por 24 meses. Para
isso, exigia uma série de contrapartidas.
Já a equipe econômica de Temer informou que é “consenso” que o governo federal deve conceder
aos estados um “alívio temporário” no pagamento de suas dívidas enquanto continuam as discussões
das contrapartidas para equilibrar as contas estaduais.
No caso do aumento de tributos, o discurso da nova equipe econômica é um pouco diferente. O
governo Dilma Rousseff elevou vários impostos e vinha propondo o retorno da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF) para reequilibrar as contas públicas. O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, não defende o tributo, mas também não afasta a possibilidade de elevar impostos, de
forma temporária, "em algum momento".
A principal proposta da nova equipe econômica, que é estabelecer um teto para os gastos públicos,
também é semelhante ao que havia sido proposto anteriormente pelo governo Dilma Rousseff. A equipe
anterior enviou uma proposta do Congresso prevendo uma série de "gatilhos" caso esse teto fosse
atingido, como demissão de servidores (por meio de PDV) e até mesmo congelar o aumento do salário
mínimo. A proposta do ministro Meirelles é de fixar um teto para os gastos tendo por base a inflação do
ano anterior.

Propostas novas
Apesar de manter as linhas gerais, a nova equipe econômica também trouxe propostas novas, como,
por exemplo, o retorno de R$ 100 bilhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) em até dois anos.
A medida tem o potencial de diminuir a dívida pública em igual proporção e de reduzir o pagamento
de subsídios por parte do governo, em R$ 7 bilhões por ano – assim que a totalidade dos recursos for
devolvida. Entretanto, a operação está sendo alvo de investigação por parte do Tribunal de Contas da
União (TCU). Analistas apontam que essa devolução pode ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A nova equipe econômica também quer limitar o pagamento de subsídios, para gerar uma economia
de aproximadamente R$ 2 bilhões por ano, além de extinguir o chamado fundo soberano – buscando os
recursos lá depositados, que somam cerca de R$ 2 bilhões.
Ao contrário do governo Dilma, o presidente em exercício Michel Temer diz apoiar projeto aprovado
pelo Senado que altera as regras de exploração de petróleo do pré-sal, retirando da Petrobras a
exclusividade das atividades no pré-sal e acabando com a obrigação de a estatal a participar com pelo
menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada.

Senado aprova indicação de Ilan Goldfajn para Banco Central32


O Senado aprovou nesta terça-feira (07/06/2016), por 56 votos favoráveis, 13 contrários e uma
abstenção, a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central. A aprovação ocorreu horas
após Goldfajn ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na manhã desta
terça, e ter o nome aprovado pelo colegiado.

32
07/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/senado-aprova-indicacao-de-ilan-goldfajn-para-banco-central.html

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A votação se deu no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para discutir
se a taxa básica de juros permanece em 14,25% ano ou será alterada. A reunião começou nesta terça,
mas a decisão só será anunciada após novo encontro na quarta-feira.
Com o nome de Goldfajn aprovado pelo plenário do Senado, para que ele assuma o cargo, basta o
nome dele ser publicado em ato do presidente em exercício, Michel Temer, e que ocorra a cerimônia de
posse. Isso pode ocorrer antes do fim da reunião do Copom, na quarta-feira (08/06/2016), o que permitiria
que ele participe do segundo dia do encontro.
A possibilidade de Ilan Goldfajn participar somente do segundo dia de reuniões do Copom, na quarta,
no lugar de Alexandre Tombini, seria inédita mas não ilegal.

Recessão e contas públicas


Segundo Ilan Goldfajn, a situação econômica do país exige “grande atenção” pois o país atravessa “a
pior recessão da história brasileira, com desemprego em alta e relevante desafio fiscal.”
As contas públicas passam por forte deterioração e, para este ano, o governo estima um rombo de
até R$ 170,5 bilhões – o maior da história, se confirmado.
Sobre as contas públicas, Goldfajn informou que a equipe do ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, está consciente e mobilizada para devolver ao país a credibilidade perdida nos últimos anos.
Ele acrescentou que a eficiência da política de juros será maior se os esforços para controlar os gastos
públicos forem bem-sucedidos.
“A atuação harmônica e autônoma entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central será um fator-
chave de sucesso para a recuperação econômica sustentável que todos queremos ver à frente”, avaliou.

Mais de 60% dos trabalhadores fazem hora extra, aponta pesquisa33


Os brasileiros não fazem jus à fama de folgados – é o que sugere pesquisa divulgada pela Catho e
divulgada nesta terça-feira (05/04/2016). Segundo o levantamento, fazer hora extra é comum para 60,7%
dos trabalhadores. De 23.011 entrevistados, 13.968 admitem trabalhar após o fim do expediente.
Segundo a pesquisa, 52,7% dos profissionais costuma fazer entre 2 e 5 horas extras por semana.
Outros 20% dizem fazer entre 6 e 10 horas a mais; e 5,9%, entre 11 e 15. Para 6,7%, as horas extras
chegam a mais de 16 por semana.
“Trabalhar além do horário é comum para a maioria dos brasileiros e tende a ganhar mais força em
um ambiente econômico como o atual. Pressionadas para ganharem produtividade com os recursos já
contratados, algumas empresas aumentam o escopo de tarefas de seus funcionários em vez de contratar
novos profissionais”, afirma, em nota, Murilo Cavellucci, Diretor de Gente e Gestão da Catho.

Em corte adicional, Educação perde R$ 4,2 bilhões e PAC, R$ 3,2 bilhões34


O Ministério do Planejamento divulgou nesta quarta-feira (30/03/2016), por meio de edição
extraordinária do "Diário Oficial da União", mais detalhes sobre o bloqueio extra de R$ 21,2 bilhões,
anunciado na semana passada.
Segundo os números do governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seu
limite de gastos limitado em R$ 3,21 bilhões, com a autorização para despesas, em todo este ano, caindo
de R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28 bilhões.
Neste mês, após a cerimônia de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe
da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto que transfere a gestão do PAC do
Ministério do Planejamento para a Casa Civil. Lula, porém, ainda não assumiu o cargo porque teve a
nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.

Minha Casa Minha Vida


O anúncio aconteceu no mesmo dia em que o governo lançou, em uma cerimônia no Palácio do
Planalto, a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida(MCMV), que terá a meta
de entregar 2 milhões de moradias populares até 2018. O MCMV está dentro do PAC.
Nos dois primeiros meses deste ano, os gastos do PAC já haviam recuado. Segundo números do
Tesouro Nacional, as despesas do PAC caíram 6,8%, para R$ 6,96 bilhões, contra R$ 7,46 bilhões em
igual período do ano passado.
33
05/04/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2016/04/mais-de-60-dos-trabalhadores-fazem-hora-extra-aponta-
pesquisa.html
34
(30/03/2016). - Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/governo-detalha-corte-extra-no-orcamento-pac-perde-r-32-
bilhoes.html

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Já as despesas do Minha Casa Minha Vida tiveram uma queda mais forte ainda no primeiro bimestre.
Os números oficiais mostram que esses gastos somaram R$ 1,24 bilhão em janeiro e fevereiro deste ano,
contra 2,75 bilhões no mesmo período do ano passado – uma queda de 54%.

Corte por ministérios


Os números do novo decreto de limitação de gastos divulgado pelo governo federal mostram que o
Ministério da Educação foi fortemente afetado pelo novo bloqueio de gastos.
De acordo com o governo, o Ministério da Educação teve seu limite de empenho para gastos
discricionários (excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para todo este
ano.
Já o Ministério da Saúde teve seu limite para gastos reduzido em R$ 2,28 bilhões, enquanto o
Ministério da Ciência e Tecnologia teve seu orçamento para todo este ano diminuído em R$ 1 bilhão. O
Ministério de Minas e Energia teve seu limite cortado em R$ 2,13 bilhões e o Ministério da Fazenda
"perdeu" R$ 827 milhões.
O Ministério da Defesa, por sua vez, teve seu limite para gastos para o ano de 2016 reduzido em R$
2,13 bilhões, ao mesmo tempo em que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome teve
seu orçamento cortado em R$ 827 milhões.

Bloqueio adicional
O corte adicional no orçamento deste ano, anunciado na semana passada, se somou ao bloqueio de
R$ 23,4 bilhões que havia sido autorizado em fevereiro. Com isso, o corte total, na peça orçamentária de
2016, chega a R$ 44,65 bilhões.
Segundo o governo, o novo bloqueio de gastos no orçamento deste ano visa cumprir a meta de
superávit primário, isto é, a economia para pagar juros da dívida pública, de R$ 24 bilhões para o governo
central - União, Previdência Social e Banco Central - fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
deste ano.
Nesta semana, porém, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera a
meta fiscal deste ano e autoriza um déficit de até R$ 96,65 bilhões em suas contas em 2016.
Ao anunciar que o governo enviaria o projeto, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, informou que
ele contempla a "reversão" desse corte adicional de R$ 21,2 bilhões nos limites para gastos - cujo
detalhamento saiu nesta quarta-feira

Bolsas da China despencam 7%, e operações são suspensas pela primeira vez35
As Bolsas de Valores da China despencaram cerca de 7% na sua primeira operação de 2016, nesta
segunda-feira (4), e as negociações de ações foram suspensas.
Essa foi a primeira sessão em que foram colocados em prática na China os "circuit breakers", um
mecanismo de suspensão da Bolsa para limitar as perdas ou os ganhos do mercado de ações.
A nova regra prevê que os papéis deixem de ser negociados se o principal índice de ações do país
cair ou subir mais de 7%.
Ela foi criada após a Bolsa da China despencar 8,5% em agosto do ano passado e arrastar para baixo
Bolsas do mundo inteiro. Na época, o tombo chinês recebeu o apelido de "Segunda-feira Negra".
Outras Bolsas já adotam a regra do "circuit breaker". No Brasil, a Bovespa pode ser suspensa se
o Ibovespa, o índice principal, chegar a cair 10%.

Tombo da China puxa Bolsas da Ásia


A princípio, as operações das Bolsas da China nesta segunda foram suspensas por 15 minutos. Como
a queda continuou após a retomada das negociações, as Bolsas foram suspensas novamente por volta
das 3h30 (horário de Brasília), cerca de 90 minutos antes do horário regular de fechamento, e não
voltaram a funcionar.
Assim, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 6,86%. O principal índice de ações chinês (CSI300),
que reúne as maiores companhias listadas nas Bolsas de Xangai e Shenzen, perdeu 7,02%.
As demais Bolsas da Ásia também despencaram. O índice japonês Nikkei se desvalorizou 3,06%, as
Bolsas de Hong Kong e de Taiwan perderam 2,68%, e a Bolsa da Coreia do Sul recuou 2,17%. O mercado
de ações caiu 1,62% em Cingapura e 0,48% na Austrália.

35
04/01/2016 - Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/01/04/bolsas-da-china-despencam-7-e-operacoes-sao-suspensas-
pela-primeira-vez.htm

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Indústria chinesa encolhe pelo 10º mês
A queda das Bolsas da China ocorre após a divulgação de dados negativos sobre a economia chinesa.
Nesta segunda, uma pesquisa mostrou que a indústria do país encolheu em dezembro, pelo 10º mês
seguido.
A desaceleração da China preocupa porque o país é um dos maiores importadores do planeta e um
dos maiores compradores de matérias-primas (chamadas de commodities), como ferro e petróleo.
Portanto, quanto o ritmo da economia chinesa diminui, isso afeta toda a economia mundial. A China
também é um grande exportador, e dados econômicos têm mostrado um ritmo mais lento também nesse
indicador.
(Com Reuters)

Brasil cai para a 81ª posição em ranking de competitividade de países36


O Brasil perdeu mais 6 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para
a 81ª colocação em 2016 -– a pior posição já atingida no ranking de competitividade elaborado desde
1997 pelo Fórum Econômico Mundial.
A pior colocação até então tinha sido o 75º lugar, registrado no ano passado. Em 4 anos, o Brasil caiu
33 posições, revelando o agravamento da crise econômica e o declínio da produtividade no país.
O ranking de 2016 avalia 138 países e foi divulgado nesta terça-feira (27) no Brasil pelo Fórum
Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é uma espécie de
termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportuniades e
para que as empresas possam obter sucesso.
Após 4 anos consecutivos de perda de posições, o Brasil está, agora, abaixo de países como Albânia,
Armênia, Guatemala, Irã e Jamaica, além de ter ficado ainda mais atrás de países como Chile(que subiu
6 posições, para 51º lugar) África do Sul, México, Costa Rica, Colômbia, Peru e Uruguai. Veja lista
completa mais abaixo
O ranking é calculado a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos
dos 138 países participantes. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 118 variáveis são analisadas e
agrupadas em 12 categorias: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação
primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de
trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado,
sofisticação empresarial e inovação.

Fatores determinantes para a queda


O relatório destaca que a economia brasileira foi afetada no último ano pela deterioração de fatores
considerados básicos para a competitividade, como ambiente econômico, desenvolvimento do mercado
financeiro e, principalmente, capacidade de inovação.
"É como uma maratona, se você não corre, a turma toda passa na sua frente. E fomos ultrapassados
por muitos porque ficamos parados", diz Carlos Arruda, professor da FDC e coordenador da pesquisa no
Brasil. "O Brasil tem marco regulatório atrasado, infraestrutura deficiente e qualidade humana deficiente.
Isso tudo gera perda de produtividade", acrescenta.
Ele destaca entre as consequências da perda da competitividade, além da redução da atratividade
para investimentos, está a deterioração do mercado de trabalho e da renda.
A "boa notícia", segundo o coordenador da pesquisa, é que os indicadores apontam que o Brasil
chegou "ao fundo do poço". "Todos os indicados sugerem que o Brasil chegou na sua pior posição", diz
Carlos Arruda, citando a melhora dos índices de confiança e o ambiente político mais favorável para
aprovação de reformas e atração de investimentos.
"Se o país fizer reformas, melhorar a gestão pública, simplificar o marco regulatório, modernizar a
legislação trabalhista e previdenciária, isso terá um efeito fantástico na posição do Brasil. Foi o que
aconteceu com o México e está acontecendo com a Índia e a Colômbia. Esse é o 'para casa' do passado",
afirma o coordenador da pesquisa.
Entre as oportunidades promissoras para o país, o relatório cita: a maior inserção internacional; espaço
para o investimento privado; a internacionalização das empresas brasileiras; nova pauta de inovação
tecnológica; e simplificação e modernização dos marcos regulatórios.
Já os principais desafios para se fazer negócios no Brasil apontados por executivos em pesquisa de
opinião foram: tributação, corrupção, leis trabalhistas e ineficiência da b urocracia estatal.

36
27/09/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/brasil-cai-para-81-posicao-em-ranking-de-competitividade-de-
paises.html

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"O desenvolvimento da competitividade brasileira só será possível a partir da incorporação de
tecnologias, amadurecimento das empresas e empresários, aumento da produtividade e ganhos de
comércio internacional, desenvolvida e orientada via uma agenda clara e transparente", conclui o relatório.

Suíça e Cingapura lideram ranking


A edição 2016 do ranking não trouxe alterações nas 3 primeiras posições. A Suíça segue em 1º lugar
pelo oitavo ano consecutivo. Além de líderes em inovação e sofisticação, os suíços têm registrado taxa
de desemprego estável e ganhos reais de salário.
Cingapura e Estados Unidos seguem na 2ª e 3ª posições, respectivamente. Holanda e Alemanha
inverteram as posições, completando o top 5. Suécia e o Reino Unido aparecem na sexta e sétima
posições. Japão e Hong Kong caem duas posições cada, e Finlândia ficou em 10º lugar.
Entre as características comuns dos países líderes do ranking, o relatório destaca a capacidade de se
inserir na chamada quarta revolução industrial, caracterizada pelo desenvolvimento de tecnologias de
fronteira como computação cognitiva, robótica, internet das coisas, biotecnologia e impressão 3D.
O Chile é o país da América Latina mais bem posicionado, subindo do 35º para o 33º lugar, seguido
do Panamá (42º lugar).
China aparece na 28ª posição. Já a Índia ganhou 16 posições, saltando para o 39º lugar.

Os menos competitivos
Iêmen, Mauritânia, Chade, Burundi e Malaui ocupam, pela ordem, os últimos lugares do ranking.

Dívida pública sobe 3,1% em setembro e atinge patamar inédito de R$ 3 tri37


A dívida pública federal brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou
alta de 3,1% em setembro e chegou a R$ 3,04 trilhões, informou nesta terça-feira (25) o Tesouro Nacional.
É a primeira vez que a dívida supera o patamar de R$ 3 trilhões. Em agosto, o endividamento público
somava R$ 2,95 trilhões.
De acordo com o governo, o aumento está relacionado com a emissão líquida, ou seja, colocação de
títulos públicos no mercado acima do valor gasto com pagamento de títulos vencidos, além das despesas
com juros.
Em setembro, as emissões de títulos públicos somaram R$ 78,34 bilhões. Já o gasto com os títulos
vencidos totalizou R$ 16,36 bilhões. A diferença entre os dois valores, R$ 62 bilhões, é quanto a dívida
pública aumentou somente por conta da colocação de títulos no mercado.
Além disso, também houve no mês passado uma despesa com juros de R$ 29,74 bilhões - que
contribuiu para elevar a dívida na mesma proporção.

Programação para 2016


O atingimento da marca de R$ 3 trilhões para a dívida pública, que ocorreu em setembro, já era
esperada pelo Tesouro Nacional. A expectativa da instituição, divulgada no início deste ano, é de que a
dívida pública continuará avançando em 2016 e poderá chegar a R$ 3,3 trilhões no fim do ano.
Segundo o Tesouro, as necessidades brutas de financiamento da dívida pública neste ano, por meio
da emissão de títulos, são de R$ 698 bilhões, mas estão previstos R$ 108 bilhões em recursos
orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento é de R$ 589 bilhões.

Dívida interna X externa


No caso da dívida interna, houve aumento de 3,21% em setembro, para R$ 2,92 trilhões. A queda
decorre do emissão líquida de papéis (acima dos vencimentos) no período e das despesas com juros -
que impulsionaram a dívida para cima em setembro.
No caso do endividamento externo, houve uma alta de 0,81% no mês passado, para R$ 126 bilhões.
O aumento ocorreu devido às despesas com juros, que somaram R$ 1,15 bilhão, que foram em parte
compensadas pelo resgate líquido de R$ 140 milhões em títulos da dívida externa.

Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros
na dívida pública interna voltou a cair em setembro. No mês passado, os investidores não residentes
detinham 14,97% do total da dívida interna (R$ 437 bilhões), contra 15,67% (R$ 443 bilhões) em agosto.

37
25/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/divida-publica-sobe-em-setembro-e-atinge-patamar-inedito-de-r-3-
trilhoes.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública
interna em setembro, atrás dos fundos de previdência (24,26%, ou R$ 708 bilhões) - que seguem na
liderança -, das instituições financeiras (24,14% do total, ou R$ 704 bilhões), e dos fundos de investimento
(21,4% do total, ou R$ 625 bilhões).
Perfil da dívida
O Tesouro Nacional informou ainda que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção
determinada no momento do leilão) somou R$ 1,13 trilhão em setembro, ou 38,9% do total, contra R$
1,07 trilhão, ou 38,1% do total, em agosto. O cálculo foi feito após a contabilização dos contratos de swap
cambial.
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados) também tiveram sua participação
elevada em setembro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 24% do volume total
da dívida interna em mercado, ou R$ 701 bilhões, contra 23,6% do total (R$ 668 bilhões) em agosto.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 32,8% do total em setembro deste
ano, ou R$ 958 bilhões, contra 33,2% do total em agosto de 2016 – o equivalente a também a R$ 940
bilhões.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 4,2% do total (R$ 122
bilhões) em setembro, contra R$ 143 bilhões (5,06% do total) em agosto deste ano.
Esta dívida atrelada ao dólar se deve à emissão, pelo Banco Central, de contratos de swap cambial –
que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na
cotação do dólar.
Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O BC oferece um contrato de venda de dólares,
com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles, o BC se
compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do
dólar no mesmo período.
É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que
para o futuro, e controlar a alta da cotação. Recentemente, a instituição informou que pretende emitir
menos destes contratos, o que tende a baixar o patamar da dívida atrelada à variação da taxa de câmbio.

Desemprego fica em 11,8% no 3º trimestre, indica Pnad do IBGE38


O desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados divulgados nesta
quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa segue como a maior de
toda a série histórica da Pnad, que teve início em 2012. No trimestre encerrado em agosto, o índice
também ficou em 11,8%.
No terceiro trimestre de 2015, o índice havia atingido 8,9%. No período de abril a junho deste ano, a
taxa bateu 11,3%.
"É um trimestre que já se poderia dizer, em função da leitura de série histórica, que já deveria começar
a apresentar algum fôlego", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A população desocupada somou 12 milhões de pessoas – um aumento de 3,8% sobre o trimestre de
abril a junho de 2016 e de 33,9% frente ao mesmo trimestre de 2015.
"Você tem um aumento expressivo da desocupação, um aumento que é constante e significativo.
Chegamos a 12 milhões de pessoas desocupadas. Dados indicam um cenário complicado", afirmou
Azeredo.
A população ocupada atingiu 89,8 milhões de pessoas. O número mostra uma queda de 1,1% em
relação ao trimestre anterior e de 2,4% sobre o terceiro trimestre do ano anterior. "O contingente de
trabalhadores desce da marca de 90 milhões, que foi atingida pela primeira vez no segundo trimestre de
2013", disse o coordenador do IBGE.
Com o aumento do desemprego, caiu o número de empregados com carteira assinada. As
contratações formais recuaram 0,9% sobre o trimestre de abril a junho e 3,7% em relação ao observado
um ano atrás.
De acordo com o IBGE, ficaram estáveis – em ambas as comparações – os números relativos aos
empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,3 milhões de pessoas), dos
trabalhadores domésticos (6,1 milhões de pessoas) e dos empregados no setor público (11,3 milhões de
pessoas).
O número de empregadores chegou a 4,1 milhões e mostrou crescimento expressivo de 10,1% em
relação ao trimestre de abril a junho de 2016. Frente a um ano atrás, não houve variação significativa.

38
27/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/desemprego-fica-em-118-no-trimestre-encerrado-em-setembro.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria (21,9 milhões de pessoas) apresentou
redução de 4,7% em relação ao trimestre de abril a junho de 2016 (menos 1,1 milhão de pessoas). Na
comparação com o trimestre de julho a setembro de 2015, a queda foi de 1,7% (menos 378 mil pessoas).
Na análise dos setores das pessoas que estão ocupadas, o IBGE destaca que, em relação ao trimestre
de abril a junho de 2016, foi registrada queda de 4,2% na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e agricultura, 3,7% na construção, de 1,8% no comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas e de 2,1% nos serviços domésticos.
De acordo com Azeredo, a indústria é o principal setor responsável pelo resultado negativo. "Em
relação ao ano passado, ela apresenta uma queda de 1,3 milhão de trabalhadores. E é importante
destacar esse comportamento da indústria, por ser um dos setores de atividades mais importantes e que
agregam um contingente de porte de trabalho de melhor qualidade. Ou seja, está na indústria o maior
número de trabalhadores com carteira assinada e é na indústria que apresenta a maior queda, desde o
início da crise, do contingente de carteira assinada”, destacou.

Salários
O rendimento médio real normalmente recebido pelos trabalhadores cresceu em relação ao trimestre
anterior e caiu sobre um ano antes ao chegar a R$ 2.015.
"Isso que parece ser uma notícia favorável [aumento] pode ser consequência da queda continuada da
carteira assinada e do trabalhador por conta própria. Ou seja, pode ter saído da ocupação quem tinha
renda mais baixa, aumentando então o rendimento médio."
Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2016, o único rendimento médio que apresentou
alta foi o do grupamento de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca

Confiança econômica da zona do euro cresce em outubro39


A confiança econômica da zona do euro foi muito melhor do que o esperado em outubro, impulsionada
pelo maior otimismo na indústria e serviços, mostrou nesta sexta-feira (28) pesquisa mensal da Comissão
Europeia.
A Comissão disse que o indicador de confiança econômica subiu para 106,3 em outubro, ante 104,9
em setembro, bem acima das expectativas do mercado de uma pequena queda para 104,8.
Separadamente, o indicador de clima de negócios, também calculado pela Comissão, subiu para 0,55,
ante 0,44 em setembro, a leitura mais elevada desde julho de 2011.
As expectativas de preço de venda entre as indústrias aumentaram acentuadamente para 3,2 pontos
em outubro, ante 0,0 em setembro e -0,8 em agosto, aproximando-se da média de longo prazo de 4,7.
Entre os consumidores, no entanto, as expectativas de inflação para os próximos 12 meses
permaneceu fraca, caindo para 4.3 em outubro de 4,7 em setembro, e permanecendo bem abaixo da
média de longo prazo de 19.

Petrobras conclui compra de ativos na Argentina e Bolívia40


A Petrobras concluiu todas as etapas da aquisição de 33,6% da concessão de Rio Neuquen, na
Argentina, e de 100% do ativo de Colpa Caranda, na Bolívia, por um valor de US$ 56 milhões, após
ajustes, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira (28).
O negócio está relacionado à venda, pela Petrobras, da totalidade de sua participação de 67,19% na
Petrobras Argentina (PESA) para a Pampa Energía, em transação concluída em julho com o pagamento
de US$ 897 milhões.
"Os ativos de Rio Neuquen e Colpa Caranda têm valor estratégico para a Petrobras", disse a estatal
brasileira no comunicado.

Exportações impulsionam alta anual do PIB dos EUA no 3° trimestre41


A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em dois anos no terceiro trimestre, com
a alta nas exportações e a recuperação do investimento em estoques compensando a desaceleração nos
gastos do consumidor.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2,9% após expansão de 1,4% no segundo
trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (28) em sua primeira estimativa. Essa
foi a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2014.
Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento a uma taxa anual de 2,5% no terceiro
trimestre.
39
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/confianca-economica-da-zona-do-euro-cresce-em-outubro.html
40
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/10/petrobras-conclui-compra-de-ativos-na-argentina-e-bolivia.html
41
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/exportacoes-impulsionam-alta-do-pib-dos-eua-no-3trimestre.html

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Apesar da moderação nos gastos do consumidor, o crescimento no terceiro trimestre poderia ajudar a
dissipar quaisquer preocupações de que a economia corre o risco de estagnar. Ao longo do primeiro
semestre do ano, o crescimento teve média de apenas 1,1%.
Embora o Federal Reserve esteja principalmente focado no emprego e na inflação, sinais de força
econômica darão suporte ao aumento da taxa de juros em dezembro. O banco central norte-americano
elevou seus juros em dezembro passado pela primeira vez em quase uma década.
Os gastos do consumidor continuaram sustentando a economia no terceiro trimestre, mesmo que o
ritmo tenha desacelerado ante os 4,3% no segundo trimestre. Os gastos do consumidor, que respondem
por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram a uma taxa de 2,1%.
Um aumento nas exportações de soja ajudou a diminuir o déficit comercial no terceiro trimestre. As
exportações cresceram a uma taxa de 10%, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Como
resultado, o comércio contribuiu com 0,83 ponto percentual ao crescimento do PIB, após somar apenas
0,18 ponto percentual no trimestre entre abril e junho.
As empresas elevaram os gastos para refazer os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de
US$ 12,6 bilhões no último trimestre, contribuindo com 0,61% para a expansão do PIB.

22,5% dos brasileiros não sabem o que farão com a 1ª parcela do 13º42
Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) feita entre os dias 1º e 12 de outubro em
todo o país mostra que 22,5% dos brasileiros não sabem como aplicarão a 1ª parcela do 13º salário. É o
dobro do ano passado, quando os indecisos somavam 11,8%.
“Esse resultado gera incerteza sobre o desempenho do Natal. O varejo poderá ser beneficiado se os
indecisos resolverem comprar”, diz Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Segundo ele,
para que isso se concretize, o comércio precisa focar em ofertas, promoções e descontos, a fim de atrair
quem está indeciso.
A enquete da ACSP aponta que 42,5% dos consumidores usarão a primeira parcela para quitar débitos
– situação estável frente ao ano passado (41,2%).
Os que têm intenção de guardar o dinheiro somam 20%, contra 29,4% no ano passado. Já os que vão
gastar com presentes são 5% (8,8% em 2015).
Os que utilizarão o benefício para viajar são 2,5%, sendo que no ano passado eram 5,9%. Para Burti,
a parcela poderá aumentar se as agências investirem em pacotes promocionais e se o dólar continuar
em queda.
Reformar a casa deve ser opção de 2,5% dos brasileiros (2,9% em 2015). Embora a parcela seja
pequena, é significativa, o que se explica pela desistência de pessoas de comprar imóveis – optando pela
reforma, segundo a ACSP. Assim, é uma boa perspectiva para lojas de material de construção.

'Inflação do aluguel' acumula alta de 8,78% em 12 meses, diz FGV43


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) fechou o mês de outubro em 0,16%, depois de avançar
0,20% em setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Um ano atrás, a variação foi de 1,89%.
No ano, de janeiro a outubro, o índice acumula alta de 6,63% e, em 12 meses, de 8,78%.
Usado no cálculo do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no
atacado, variou de 0,18% para 0,15%.
Já o índice que calcula os preços no varejo e é usado no IGP-M registrou variação de 0,17%, em
outubro, ante 0,16%, em setembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que também entra no cálculo do IGP-M, mas com
peso menor do que o dos outros, desacelerou, de 0,37% em setembro para 0,17%, no mês seguinte.

Leilão linhas de transmissão e subestações da Aneel é nesta sexta44


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira (28) o leilão de 6,8 mil
quilômetros de linhas de transmissão e 16 subestações. A disputa deve ter início às 11h30 na sede da
BM&FBovespa, em São Paulo.
Estão sendo oferecidos 24 lotes de empreendimentos que vão passar por 10 estados: Bahia, Ceará,
Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

42
28/10/2016 Fonte http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2016/10/225-dos-brasileiros-nao-sabem-o-que-farao-com-1-parcela-
do-13.html
43
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/inflacao-do-aluguel-acumula-alta-de-878-em-12-meses-diz-fgv.html
44
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/leilao-da-aneel-de-linhas-de-transmissao-e-subestacoes.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Trata-se do primeiro grande leilão da Aneel sob o governo do presidente Michel Temer, o que faz do
certame uma espécie de teste do nível de disposição dos investidores em relação à investimentos de
infraestrutura no Brasil.
Se todos os lotes forem arrematados, a Aneel estima que deverão ser investidos R$ 12,6 bilhões na
construção dessas novas linhas e que elas devem entrar em operação num prazo de até 60 meses após
a assinatura dos contratos, prevista para fevereiro de 2017.

Regras do leilão
Pelas regras do leilão, o vencedor de cada lote será o grupo que se dispuser a receber a remuneração
mais baixa pela construção e operação da linha de transmissão em relação ao valor teto fixado pela
Aneel. O remuneração máxima de todos os lotes é de R$ 2,6 bilhões anuais. O concessionário vencedor
terá direito ao recebimento da chamada RAP (Receitas Anuais Permitidas) por 30 anos.
O teto de remuneração foi elevado pela Aneel para tornar os empreendimentos mais atrativos a
investidores. No leilão anterior, realizado em abril, o teto de remuneração foi de R$ 2,3 bilhões anuais e
10 dos 24 lotes ofertados não receberam propostas.
A Aneel adotou também para este leilão os chamados “lotes condicionantes” e “lotes condicionados”.
Caso o lote condicionante não receba nenhuma proposta financeira, os lotes que são condicionados a
ele não podem ser licitados. Essa mudança ocorreu por causa da interdependência entre os sistemas de
transmissão.
O edital manteve a proibição de participação de empresas que nos últimos três anos tenham um atraso
médio superior a seis meses na entrada de operação comercial de instalações de transmissão, que
tenham cometido no mesmo período três ou mais infrações por atraso na execução de obras de
transmissão, que sejam concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia ou que estejam
em recuperação judicial ou extrajudicial.

Expectativas
A Aneel espera ter investidores para todos projetos, inclusive com competição em alguns deles. A
expectativa do mercado é de que haja maior interesse de investidores neste leilão, inclusive com disputa
entre empresas e presença de concorrentes não tradicionais, embora linhas vistas como mais complexas
por questões ambientais ou fundiárias ainda possam ficar sem proposta.
O receio de que não haverá participantes suficientes para todos lotes deve-se principalmente à
conjuntura econômica do país, que ainda apresenta condições muito limitadas de financiamento. O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, vai oferecer empréstimos a
custo de mercado para os participantes da licitação, e não mais pela Taxa de Juros de Longo Prazo
(TJLP).
Além disso, a estatal Eletrobras já avisou que não deverá participar do leilão, enquanto prioriza colocar
no prazo uma série de obras atrasadas de suas subsidiárias.

FMI vê recuperação lenta no Brasil e alerta para riscos à frente45


O comitê executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta terça-feira (15/11/2016) que a
economia brasileira pode estar perto de sair de uma forte recessão, mas enfrenta um longo e duro
caminho de recuperação que depende da aprovação de reformas impopulares.
"O Brasil está pronto para sair de recessão profunda", disse o FMI nas considerações do relatório anual
sobre o Brasil. O comitê executivo afirma, entretanto, que apesar dos esforços do novo governo para
evitar uma crise fiscal, eles esperam uma recuperação gradual da economia brasileira, destacando que
a atividade deverá permanecer "fraca por um período prolongado".
Os diretores elogiaram as medidas de controle das despesas apresentadas pelo governo, como a PEC
do teto de gastos, mas destacaram a necessidade de medidas complementares como a de uma reforma
da Previdência para a "consolidação fiscal para garantir estabilidade macroeconômica".

Projeções e riscos
Dados decepcionantes de produção industrial e consumo têm abalado as esperanças de uma
recuperação mais rápida no próximo ano, com algumas autoridades do governo reduzindo suas projeções
de crescimento de 2% para 1% em 2017, destaca a agência Reuters.

45
15/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/fmi-ve-recuperacao-lenta-no-brasil-e-alerta-para-riscos-a-frente-
20161115182005540917.html

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O FMI está ainda mais pessimista, com uma projeção de expansão de 0,5% no próximo ano (para
2016, a estimativa é de queda de 3,3%), após dois anos seguidos de queda na economia. As projeções
feitas pelo fundo para a economia brasileira seguem as mesmas feitas em relatório de outubro.
Para o fundo, as perspectivas para o Brasil ainda estão sujeitas a riscos como incertezas políticas
decorrentes da evolução das investigações de corrupção e da desaceleração do crescimento nos países
emergentes, especialmente a China, o que têm provocado queda nos preços das commodities e trazido
condições financeiras mais apertadas.

Efeito Trump
Uma forte valorização do dólar frente ao real desde a semana passada em meio a preocupações com
uma mudança em políticas econômicas nos Estados Unidos após a eleição de Donald Trump para a
Presidência norte-americana também levantou preocupações sobre a recuperação.
Segundo a Reuters, uma autoridade do FMI disse que ainda é muito cedo para medir o impacto de
futuras políticas de Trump sobre o Brasil, mas que as amplas reservas do país e o regime de câmbio
flutuante podem oferecer alguma proteção.

Taxa de juros
O fundo recomenda ainda que o Banco Central mantenha uma política monetária (de definição da taxa
básica de juros) "relativamente apertada". Ou seja, de cautela na redução dos juros, até a realização de
progressos no processo de aprovação de medidas fiscais no Congresso e maior convergência das
expectativas de inflação para a meta do BC.
Após vitória de Trump, o mercado passou a estimar uma queda menor dos juros na última reunião do
Comitê de Política (Copom) do Banco Central deste ano, marcada para o final de novembro. A expectativa
agora é de uma redução de 0,25 ponto percentual - para 13,75% ao ano.
Esperanças de uma rápida recuperação haviam sido levantadas após Michel Temer assumir a
Presidência em decorrência do impeachment de Dilma Rousseff.
Temer apresentou uma medida para limitar o crescimento do gasto público, em tramitação no
Congresso Nacional, e prometeu rever o custoso sistema previdenciário do país.
Embora elogiem essas reformas, a maioria dos diretores do comitê do FMI acredita que o Brasil poderia
se beneficiar mais acelerando a consolidação fiscal com medidas para aumentar a receita.
Entretanto, Temer disse que não planeja elevar impostos a menos que essas reformas não passem, o
que ecoa a opinião de alguns diretores do FMI que alertaram que aumento de impostos pode precisar
esperar até que a economia esteja em um passo mais firme.
O comitê foi unânime em suas preocupações sobre as fracas finanças dos Estados e municípios do
Brasil. Muitos Estados brasileiros, incluindo o Rio de Janeiro, estão sofrendo para pagar seus funcionários
e honrar suas dívidas.

Petróleo sobe mais de 5% diante de eventual acordo da Opep46


Os preços do petróleo fecharam em alta de mais de 5% nesta terça-feira (15/11/2016), recuperando-
se de mínimas em vários meses diante das expectativas do mercado e que a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) possa fechar no final deste mês um acordo para cortar a produção e
reduzir um excesso de oferta global.
Nos EUA, o barril WTI fechou em forte alta de 5,75%, cotado a US$ 45,81, a maior alta diária desde o
último mês de abril. Ao final do pregão na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do
WTI para entrega em dezembro subiram US$ 2,49 em relação ao fechamento de ontem, segundo a
agência Efe.
O petróleo Brent subiu 5,7% no mercado de futuros de Londres, cotado a US$ 46,95, no maior ganho
percentual diário desde 28 de setembro.
Ambos os contratos recuperaram-se de uma mínima de três meses atingida na segunda-feira.
Um esboço do acordo entre os profutores foi fechado em setembro, mas as negociações para detalhá-
lo estão se mostrando difíceis, segundo autoridades. Se for confirmado o corte na prosução, será o
primeiro do gênero desde 2008.
O secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, vai viajar para diversos países do grupo ao longo
dos próximos dias, incluindo Irã e Venezuela, para discutir um acordo antes do encontro do grupo que
acontece em Viena no dia 30 de novembro.

46
15/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/petroleo-sobe-mais-de-5-nos-eua-diante-de-eventual-acordo-da-
opep.html

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O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, deve viajar nesta semana para Doha, capital
do Catar, onde terá encontros com países produtores de petróleo, incluindo a Rússia, informa a Reuters.
O sócio da Commodity Research Group, Andrew Lebow, disse à Reuters havia especuladores
vendidos na crença de que a Opep não seria capaz de chegar a um acordo e que essas apostas foram
pressionadas conforme um acerto entre os membros da Opep pareceu mais provável, o que explicou boa
parte da alta nesta terça-feira.
Os preços do petróleo despencaram em 2014 e seguem há mais de 1 ano abaixo de US$ 50 devido a
uma oferta muito elevada, resultante do "boom" de hidrocarbonetos de xisto americanos e da estratégia
da Opep de manter sua produção para não perder fatias de mercado.

Mercado estima menos inflação para este ano e 'tombo' maior do PIB47
Os economistas das instituições financeiras previram menos inflação para este ano e um
"encolhimento" maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, além de uma expansão mais fraca da
economia no próximo ano.
As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-
feira (21/11/2016) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem
instituições financeiras foram ouvidas.
A estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano
recuou de 6,84% para 6,80% na semana passada. Mesmo assim, permanece acima do teto de 6,5% do
sistema de metas de inflação e bem distante do objetivo central fixado para 2016, que é de inflação de
4,5%.
Para 2017, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,93%. O índice
está abaixo do teto de 6% para o IPCA, fixado para o ano que vem, mas ainda acima da meta central,
que de inflação de 4,5%.
O BC tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a
inflação para a meta central de 4,5% em 2017.

Produto Interno Bruto


Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, o mercado financeiro prevê agora um encolhimento de
3,40%. Na pesquisa anterior, feita na semana retrasada, a previsão era de queda de 3,37%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de
quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da
economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%,
o maior em 25 anos.
Os economistas das instituições financeiras também baixaram a previsão de alta do PIB em 2017, de
1,13% para 1%, informou o BC.
Nesta semana, o governo divulga sua nova previsão para o crescimento do PIB do ano que vem.
Atualmente, a estimativa é de uma alta de 1,6%.

Taxa de juros
O mercado financeiro manteve, na última semana, a previsão para a taxa de juros no fim de 2016 em
13,75% ao ano. Atualmente, os juros estão em 14% ao ano. Com isso, a estimativa do mercado é de mais
um corte nos juros até o fim de 2016.
Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 10,75% ao ano - o
que pressupõe continuidade do processo de corte dos juros no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo
sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-
determinados.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos
preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar
os juros.

47
21/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/11/mercado-estima-menos-inflacao-para-este-ano-e-tombo-
maior-do-pib.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de
2016 subiu de R$ 3,22 para R$ 3,30. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o
dólar ficou estável em R$ 3,40.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as
importações) em 2016 recuou de US$ 47,6 bilhões para US$ 47,4 bilhões de resultado positivo. Para o
próximo ano, a previsão de superávit permaneceu em US$ 45 bilhões.
Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu
inalterada em US$ 65 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas continuou em US$ 70 bilhões.

Prévia da inflação oficial é a menor para novembro desde 200748


O Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial,
ganhou força de outubro para novembro, ao passar de 0,19% para 0,26%, segundo informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (22/11/2016).
Apesar de ter avançado de um mês para o outro, a taxa é a menor para novembro desde 2007, quando
chegou a 0,23%.
No ano, a prévia do IPCA acumula alta de 6,38%. No mesmo período de 2015, o avanço era de 9,42%.
Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 7,64%, abaixo dos 8,27% registrados nos 12 meses
imediatamente anteriores - mesmo assim, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas de
inflação e bem distante do objetivo central fixado para 2016, que é de inflação de 4,5%.
O que mais impactou a alta do IPCA-15 em novembro foi o etanol, que ficou 7,29% mais caro. O preço
das multas de trânsito, que foram reajustados no início do mês, também pressionou o índice, ao subir,
em média, 23,72%.
Também influenciaram a prévia da inflação oficial os preços de seguro de veículo (2,61%), de plano
de saúde (1,07%), de empregado doméstico (0,87%), de mão de obra para pequenos reparos (0,87%),
de artigos de higiene pessoal (0,87%), de emplacamento e licença (0,80%), de cabeleireiro (0,67%) e de
gasolina (0,59%).

Grupos de gastos
Na análise dos grupos de gastos, o maior aumento de preços partiu de saúde e cuidados pessoais,
cuja alta passou de 0,28%, em outubro, para 0,68%, no mês seguinte.
Os alimentos e bebidas também contribuíram com o avanço do IPCA-15. Isso porque a queda de
preços perdeu força em novembro, ao passar de -0,25% para - 0,06%. Ficaram mais caros: açúcar cristal
(3,73%), pescados (3,91%), batata-inglesa (3,26%), cerveja (2,36%) e carnes (1,43%). Ficaram mais
baratos: leite longa vida (-10,52%), feijão-carioca (-11,84%), feijão-mulatinho (-7,82%), tomate (-6,61%)
e cenoura (-4,31%).

Região
O IPCA-15 mais elevado partiu da região metropolitana do Recife (0,55%), puxado pelo preço do litro
da gasolina (4,11%). Na outra ponta está Goiânia (-0,03%), sob influência da queda de 4,15% da energia
elétrica.

Previsão do mercado financeiro


A estimativa dos economistas para o IPCA deste ano está em 6,80%, segundo o boletim Focus, do
Banco Central, mais recente.

Após 'repatriação', contas públicas têm 1º superávit em 18 meses49


O setor público consolidado, o que inclui o governo federal, os estados, municípios e as empresas
estatais, conseguiu economizar, em outubro, o suficiente não só para pagar as despesas correntes, mas
também os gastos com juros da dívida pública, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta
sexta-feira (28).
É a primeira vez em 18 meses que é registrado um "superávit nominal" nas contas públicas - conceito
que é mais utilizado para comparações internacionais. O saldo positivo, por essa metodologia, somou R$
3,38 bilhões no mês passado.

48
23/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/previa-da-inflacao-oficial-fica-em-026-novembro.html
49
28/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/contas-publicas-tem-1-superavit-em-18-meses-apos-pagar-juros-da-
divida.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
A última vez que as contas públicas tinham ficado no azul, mesmo após contabilizar as despesas com
juros, havia sido em abril de 2015, quando o saldo positivo somou R$ 11,23 bilhões, de acordo com dados
oficiais.
O bom resulado das contas públicas em outubro deste ano só foi possível por conta do ingresso dos
recursos da regularização de ativos no exterior, a chamada "repatriação", que gerou arrecadação de R$
45 bilhões no mês passado. O prazo para os sonegadores regularizarem sua situação, com desconto de
multa e imposto devido, terminou em 31 de outubro.
Sem contar juros, superávit bate recorde
No cálculo que considera apenas as receitas e as despesas correntes, sem contar o que foi pago de
juros da dívida pública, chamado de resultado "primário", as contas públicas registraram em outubro
economia recorde. A série histórica do BC começa em dezembro de 2001.
O superávit primário no mês passado foi de R$ 39,58 bilhões, informou o Banco Central. Até então, o
maior saldo positivo, pelo conceito primário, havia acontecido em janeiro de 2013, com um superávit de
R$ 30,25 bilhões.
Nos últimos cinco meses, as contas estavam no vermelho, até mesmo considerando essa metodologia
(primário), por conta da recessão na economia, que tem diminuído as receitas com impostos não somente
do governo, mas também dos estados e municípios.
Os números do Banco Central revelam, entretanto, que sem os recursos da "repatriação" (R$ 45
bilhões), o resultado do setor público consolidado teria registrado novo déficit, de R$ 5,4 bilhões, em
outubro deste ano. Seria o sexto mês seguido com as contas no vermelho pelo conceito primário.

Acumulado do ano e meta fiscal


Apesar do bom resultado em outubro, fruto do ingresso dos recursos da "repatriação" de ativos, no
acumulado dos dez primeiros meses deste ano as contas públicas continuaram no vermelho, quer seja
pelo conceito primário (que não considera os gastos com juros da dívida) ou nominal (que inclui os juros
na conta).
De janeiro a outubro, foi registrado um déficit primário de R$ 45,91 bilhões. Foi disparado o maior
rombo primário para este período desde o início da série histórica do Banco Central, em dezembro de
2001. Até então, o maior rombo fiscal, para este período, havia sido registrado no ano passado (-R$ 19,95
bilhões).
Pelo conceito nominal, que considera os juros da dívida pública no cálculo, o déficit das contas públicas
somou expressivos R$ 377 bilhões de janeiro a outubro - com queda frente ao mesmo período do ano
pasado, quando totalizou R$ 446 bilhões. Em doze meses até outubro, o rombo fiscal pelo conceito
nominal - que é olhado com atenção por investidores - somou R$ 544 bilhões, ou 8,8% do PIB.
O bom resultado de outubro, obtido com a entrada dos recursos da repatriação, ajuda no atingimento
da meta fiscal deste ano - que foi fixada em um déficit de até R$ 163,94 bilhões.
Esse número considera um superávit, ou seja, resultado positivo, de R$ 6,55 bilhões dos estados e
municípios. Se confirmado este valor, também será o pior resultado da série histórica, que começa em
dezembro de 2001.
Em 2016, o Brasil registrará o terceiro ano seguido com as contas no vermelho. Em 2014, houve um
déficit de R$ 32,5 bilhões e, em 2015, um rombo recorde de R$ 111 bilhões.

Dívidas líquida e bruta


Segundo números do Banco Central, a dívida líquida do setor público (governo, estados, municípios e
empresas estatais) subiu de R$ 2,69 trilhões em setembro, ou 44,1% do PIB, para R$ 2,72 trilhões em
outubro deste ano – o equivalente a 44,2% do PIB.
A dívida líquida considera os ativos do país como, por exemplo, as reservas internacionais –
atualmente ao redor de US$ 370 bilhões.
No caso da dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional (que
não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais), o endividamento brasileiro também
cresceu. Esse indicador é acompanhado mais atentamente pelas agências de classificação de risco.
Em dezembro de 2015, a dívida estava em 66,5% do PIB (R$ 3,92 trilhões). Em setembro, já havia
avançado para R$ 4,32 trilhões, ou 70,7% do PIB mas, em outubro, recuou em termos percentuais do
PIB - para 70,3%. Em reais, porém, avançou para R$ 4,33 trilhões no mês passado.
Se for considerado o conceito usado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) - que leva em conta os
títulos livres na carteira do BC – a dívida bruta estaria em 74,5% do PIB em setembro deste ano.

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Previdência: como é e como pode ficar50
O Governo anunciou nesta terça-feira (6/12/2016) os detalhes da reforma da Previdência, que foi
enviada ao Congresso Nacional. A proposta de emenda constitucional (PEC), que recebeu o número 287,
é uma das principais medidas do governo para tentar reequilibrar as contas públicas.
Uma das principais mudanças é que a idade mínima para se aposentar passaria para 65 anos, tanto
para homens quanto para mulheres. Para os homens com menos de 50 anos atualmente e as mulheres
com menos de 45, haverá uma regra de transição: o tempo que faltaria para que o trabalhador se
aposentar pela regra atual seria acrescido de 50%.
Por exemplo: para um homem de 50 anos e 34 de contribuição, será aplicado 50% sobre o tempo que
restava para se aposentar. Nesse caso, seria acrescido 50% sobre um ano que faltava, que resultará em
1 ano e meio a mais de contribuição.

Veja abaixo as principais mudanças:

Pensão por morte


Foram anunciadas também mudanças no valor pago à viúva ou ao viúvo, que passaria a ser de 50%
do valor do benefício recebido pelo contribuinte que morreu com um adicional de 10% para cada
dependente do casal.
A regra proposta pelo governo prevê, por exemplo, que uma viúva poderá receber 60% do benefício
se o casal tiver um filho. O INSS pagará 100% do benefício apenas aos pensionistas que tiverem cinco
filhos.
Além disso, o valor extra pago por conta do número de dependentes não será agregado à pensão no
momento em que os filhos completarem 18 anos. Também não será possível acumular esse benefício
com outra aposentadoria ou pensão.

50
06/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/veja-como-e-e-o-que-muda-na-previdencia.ghtml

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Impacto na economia
De acordo com estimativas do governo, os gastos com a Previdência passarão de 0,3% do Produto
Interno Bruto em 1997 para estimados 2,7% do PIB em 2017. Atualmente, representam 40% do gasto
primário do governo.
O pagamento de aposentadorias e outros benefícios do INSS não pode sofrer cortes e abocanha mais
de 40% dos gastos primários (sem contar os juros da dívida). Estes gastos obrigatórios crescem conforme
a população envelhece e mais pessoas se aposentam, mesmo que as contribuições não arrecadem na
mesma proporção.
Em 10 anos, os gastos do sistema passaram de R$ 146 bilhões para R$ 436 bilhões até 2015, um
aumento de quase 200%, segundo dados da Previdência Social. Essas despesas subiram 4,3% acima
da inflação entre 2011 e 2015. Até 2037, os gastos com aposentadoria e pensões vão chegar a R$ 2,6
trilhões, apontam as projeções do próprio governo que consideram as regras atuais da Previdência Social.
Outros gastos sociais cresceram mais que a Previdência nos últimos anos, mas eles têm pesos
menores no Orçamento não geram a mesma pressão sobre as contas públicas. Um exemplo é o Bolsa
Família, que nos últimos quatro anos teve despesas 7,1% acima da inflação, mas representa apenas
2,3% dos gastos primários do governo.

Regras da previdência rural


Atualmente, as regras de aposentadoria para quem trabalha no campo são diferentes das do
trabalhador da cidade. Enquanto o trabalhador da cidade contribui com um valor fixo no mês, o produtor
rural paga um percentual sobre a receita bruta de sua produção, que é variável. Pela regra atual, ele não
precisa cumprir um tempo mínimo de contribuição e se aposenta por idade.
Para receber 100% do benefício, os urbanos precisam obter a soma da idade e tempo de contribuição
de 85, no caso das mulheres, e 95, no caso dos homens. O tempo mínimo de contribuição para elas é de
30 anos e, para eles, de 35 anos.
Os trabalhadores rurais continuam com o direito de se aposentar aos 60 anos (homens) e 55 anos
(mulheres), mesmo sem ter cumprido a exigência por tempo de contribuição feita ao trabalhador urbano.
Em 2015, as contribuições rurais representaram apenas 2% do total recolhido à Previdência, mas os
gastos chegaram a 22,4% dos pagamentos.
O resultado da previdência urbana é positivo desde 2009, fruto do aumento do emprego e da menor
informalidade. Em 2015, o superávit foi bem menor devido à queda na arrecadação. A previdência rural
sempre foi deficitária. O rombo se intensificou a partir de 2007, passando de quase R$ 20 bilhões, há dez
anos, para mais de R$ 90 bilhões em 2015.

Senado aprova limite para supersalários de servidores públicos51


O Senado aprovou, na terça-feira (13), o projeto que limita os supersalários dos funcionários públicos.
É outra medida que reduz gastos, mas também é uma cutucada do Congresso no Judiciário. Mais um
capítulo do embate envolvendo os supersalários: Senado versus Judiciário.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, levou à votação, tarde da noite, medidas para acabar com
os salários que passam do teto constitucional de R$ 33,7 mil. É quando o contra-cheque vai acumulando
salário, gratificação e outros tipos de benefícios. O projeto sai cortando o salário dos servidores públicos,
dos magistrados.
A relatora, senadora Katia Abreu, propôs três projetos de lei. Entre eles, o que vai definir quais
benefícios pagos aos servidores públicos devem ser submetidos ao teto de R$ 33,7 mil, auxílios,
gratificações e assistências.
Ela também recomendou a votação da Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o chamado
"efeito cascata", que seria o reajuste automático de toda a magistratura com base nos aumentos
concedidos aos ministros dos tribunais superiores. O texto aprovado pelo Senado segue agora para o
plenário da Câmara dos Deputados.
Ao longo da sessão na terça-feira (13/12/2016), Renan Calheiros deixou claro que continua na pauta
o projeto apresentado por ele que trata dos crimes de abuso de autoridade. O assunto está polêmico.

51 http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/12/senado-aprova-limite-para-supersalarios-de-servidores-
publicos.html

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Mercado prevê déficit fiscal de R$ 151 bilhões em 2017 e estouro da meta52
Os economistas do mercado financeiro elevaram para R$ 151,7 bilhões sua previsão para o déficit
primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) em 2017. Com isso,
seguem prevendo estouro da meta fiscal fixada pelo governo para o ano que vem.
O valor está no mais recente levantamento feito pela Secretaria de Política Econômica do Ministério
da Fazenda e divulgada nesta quinta-feira (15/12/2016) dentro do chamado "Prisma Fiscal". No mês
passado, a mesma pesquisa informava que os analistas estimavam um rombo menor para o ano que
vem, de R$ 144,7 bilhões.
A meta fiscal para 2017 é de déficit primário de R$ 139 bilhões. Isso significa que o governo prevê que
seus gastos vão superar a arrecadação com impostos neste valor. Essa meta não inclui despesas com
pagamento de juros da dívida pública.
A piora da estimativa para o resultado das contas do governo central (União, Previdência Social e
Banco Central) acontece em um ambiente de fraco nível de atividade econômica. Nas últimas semanas,
tanto o governo quanto o mercado financeio baixaram suas estimativas para o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) do ano que vem.
A lógica é que, com menos atividade, também há uma arrecadação menor de impostos e contribuições
federais, o que contribui para uma deterioração no perfil das contas públicas.
Ano de 2016
Para o ano de 2016, o mercado financeiro baixou sua estimativa para o déficit primário de R$ 159,51
bilhões para R$ 156,63 bilhões - abaixo, portanto, da meta de um resultado negativo de até R$ 170,5
bilhões fixada para este ano.
Apesar de a economia estar em forte recessão neste ano, o que tem derrubado a arrecadação, o
governo contou, em 2016, com ingresso dos recursos da chamada repatriação de ativos no exterior - que
somou R$ 46,8 bilhões. Parte desses valores será repassada dos estados e municípios.
Ajuste fiscal
A estimativa dos analistas de bancos para o rombo fiscal em 2017 tem crescido diante da ausência de
medidas de curto prazo para tentar reequilibrar as contas públicas e da autorização do governo para
novas despesas, como reajustes para servidores públicos, para o Bolsa Família e para a tabela do
Imposto de Renda das Pessoas Físicas em 2017.
Para a retomada da confiança na economia brasileira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem
dito que é importante reequilibrar as contas públicas - que passam atualmente por forte deterioração.
Foi aprovada recentemente ao Congresso Nacional uma proposta de emenda constitucional que
institui um teto para os gastos públicos por um período de 20 anos, podendo ser alterado o formado de
correção a partir do décimo ano.
A proposta é que a despesa de um ano não possa crescer acima da inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a partir de 2017 – envolvendo a União, o Legislativo, o Tribunal de
Contas da União, o Judiciário, o Ministério Público, e a Defensoria Pública da União. Para os gastos com
saúde e educação, a correção pela inflação começará de 2018 em diante.
De acordo com analistas do mercado financeiro, a proposta, embora tenha impacto maior nas contas
públicas no médio e longo prazos, tem pouca influência para melhorar o resultado em 2017.
Para complementar o ajuste fiscal, e o humor dos investidores, o governo também defende uma
reforma na Previdência Social - que foi recentemente enviada ao Legislativo com proposta de uma idade
mínima de 65 anos para homens e mulheres.
Cinco anos de contas no vermelho
Se o cenário para as contas públicas previsto pelo governo e pelo mercado se concretizar, serão pelo
menos cinco anos consecutivos com as contas públicas no vermelho.
O governo vem registrando déficits fiscais desde 2014. Em 2015, o rombo, de R$ 114,9 bilhões, foi
recorde e gerado, em parte, pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais" - repasses a bancos
oficiais que estavam atrasados.
Para 2016 e 2017, a meta é de rombos bilionários nas contas públicas e, nos últimos meses, o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que espera que o país volte a registrar superávit primário
(receitas com impostos superiores às despesas, com sobra de recursos) somente em 2019.
“Estamos trabalhando para que possamos gerar um pequeno superávit em 2019 (...) Acredito que é
provável que já possamos mostrar o país com um superávit no ano de 2019”, declarou ele recentemente.

52 http://g1.globo.com/economia/noticia/mercado-preve-deficit-fiscal-de-r-151-bilhoes-em-2017-e-estouro-da-
meta.ghtml

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NOÇÕES DE CIDADANIA

Conforme texto de Orson Camargo53, temos que, no decorrer da história da humanidade surgiram
diversos entendimentos de cidadania em diferentes momentos – Grécia e Roma da Idade Antiga e Europa
da Idade Média. Contudo, o conceito de cidadania como conhecemos hoje, insere-se no contexto do
surgimento da Modernidade e da estruturação do Estado-Nação.
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". A palavra
cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos
que essa pessoa tinha ou podia exercer. Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a
uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e
obrigações, sob vigência de uma constituição. O termo cidadão refere-se ao habitante da “cidade”, o
indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um determinado Estado.
Segundo Dalmo Dallari:
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar
ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou
excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do
grupo social”.54
Ao contrário dos direitos humanos – que tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua
dignidade –, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas concepções mais antigas, possui um
caráter próprio e possui duas categorias: formal e substantiva.
A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de pertencimento
a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em segundo lugar, na
ciência política e sociologia o termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida
como a posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.
A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de T.H.
Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a extensão dos direitos civis, políticos e
sociais para toda a população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª Guerra
Mundial, após 1945, com aumento substancial dos direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-
Estar Social (Welfare State) – estabelecendo princípios mais coletivistas e igualitários. Os movimentos
sociais e a efetiva participação da população em geral foram fundamentais para que houvesse uma
ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar
econômico, lazer, educação e político.
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade,
através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e
coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.
No Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das extraordinárias
conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está muito
distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar
o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da taxa significativa
de analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial.
Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil a trajetória dos direitos seguiu
lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais, implantados em
período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou
popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto deu-se em
outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em peça decorativa
do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de cabeça para baixo”.55
Nos países ocidentais, a cidadania moderna se constituiu por etapas. T. H. Marshall afirma que a
cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito:
1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; direito de
propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;
2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto
das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;
3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao
direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes na sociedade, que são conquistas
do século 20.

53
O QUE É CIDADANIA? Disponível em http://www.brasilescola.com/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm.
54
DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14
55
CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. pp. 219-29.

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Ainda com base no que dispõe a doutrina, o conceito de cidadania comporta duas concepções, sendo
estas de cidadania em sentido estrito e em sentido amplo.
A cidadania em sentido estrito, de acordo com a terminologia tradicional, adotada pela legislação
infraconstitucional e pela quase unanimidade dos autores de direito constitucional, é o direito de participar
da vida política do País, da formação da vontade nacional, abrangendo os direitos de votar e ser votado.
É uma qualidade própria do cidadão, que é justamente o nacional no gozo de direitos políticos.
Por sua vez, a cidadania em sentido amplo, quer significar a participação do cidadão em diversas
atividades ligadas ao exercício de direitos individuais, fundamentando-se, então, no artigo 1º da
Constituição da República. Esta tem um alcance maior. Adotado este sentido mais abrangente, os
nacionais identificam-se como os cidadãos de um Estado.
Existem duas espécies de cidadania: ativa e passiva. A primeira é o direito de votar, enquanto a
segunda, o de ser votado.

A Constituição Federal (CF/88), chamada de “constituição cidadã”, por ser considerada a mais
completa entre as constituições brasileiras, com destaque para os vários aspectos que garantem o acesso
à cidadania, traz já em seu artigo 1º, inciso II, a cidadania como direito fundamental.56 A preocupação
com os direitos do cidadão é claramente uma resposta ao período histórico diretamente anterior ao da
promulgação da constituição.

Questões

01. (Prefeitura de Nova Friburgo/RJ - Inspetor de Alunos - EXATUS-PR/2015) Qual o significado


de Cidadania?
(A) cidadania significa a atitude e o comportamento do indivíduo na sociedade.
(B) cidadania significa somente que o indivíduo tem direito a um trabalho garantido.
(C) cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo se relaciona
com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do latim, “civitas" que quer dizer “cidade".
(D) falar que uma pessoa é cidadã é o mesmo que dizer que ela pode ter lazer nos finais de semana.

02. (MPE/SC - Motorista – FEPESE) Assinale a alternativa correta em relação à cidadania.


(A) A cidadania somente pode ser exercida durante o período eleitoral.
(B) A cidadania é um instituto recente no Brasil, que foi instituído por meio da Constituição Federal de
1988.
(C) O cidadão poderá a qualquer momento renunciar ao seu direito à cidadania.
(D) Ao passar para a inatividade, o servidor público perde o direito de exercer a sua cidadania.
(E) É considerada direito fundamental expresso, de acordo com a Constituição Federal de 1988.

03. (PC/SP -Auxiliar de Papiloscopista Policial – VUNESP/Adaptada) Com relação à cidadania,


assinale a alternativa correta.
(A) A cidadania confere à pessoa um conjunto de direitos para que participe ativamente do governo de
seu povo, porém não implica a observância de obrigações e deveres, uma vez que deve ser exercida de
forma plena.
(B) O conceito contemporâneo de cidadania compreende sua autonomia e ausência de dependência
ou relação com os direitos humanos.
(C) A cidadania não tem conceito estanque, mas histórico, uma vez que varia no tempo e no espaço.
(D) A cidadania é exercida por indivíduos, não podendo ser exercida por grupos de pessoas ou por
instituições.
(E) O conceito de cidadania, atualmente, restringe-se à “qualidade de gozar direitos políticos”.

56
CF/88: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.

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04. (UFPB - Assistente Administrativo - INSTITUTO AOC) Assinale a alternativa que apresenta o
que significa cidadania
(A) O direito de agir somente por meio de recompensas pessoais.
(B) O direito de viver como bem entender.
(C) O direito de falar o que quiser e a quem quiser de forma completamente imune.
(D) O direito de exigir sempre e da forma que julgar conveniente.
(E) O direito de viver decentemente.

05. (PC-AL - AGENTE DE POLÍCIA – CESPE/Adaptada) A Constituição Federal de 1988 pode ser
considerada democrática e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
(...) Certo
(...) Errado

Respostas

01. Resposta: C.
Diante dos ensinamentos esculpidos pela doutrina cidadania significa o conjunto de direitos e deveres
pelo qual o cidadão, o indivíduo se relaciona com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do
latim, “civitas" que quer dizer “cidade".

02. Resposta: E.
Está expressa no Art.1º da CF/88:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

03. Resposta: C.
A Constituição Brasileira de 1988 acolheu a concepção contemporânea de cidadania. A começar pelo
caráter indivisível, interdependente e inter-relacionado dos direitos humanos.

04. Resposta: E.
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade,
através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e
coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.
Está é um direito fundamental que objetiva conceder aos cidadãos as condições para viver decentemente.

05. Resposta: CORRETA.


Art. 1º, CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.

SOCIEDADE

Perdas e danos57
Há dez anos o Brasil aprovava um novo marco legal para o combate às drogas. A Lei 11.343/2006
nascia com a perspectiva de intensificar penas para o crime de tráfico e reduzir a criminalização dos

57
23/08/16 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/23/opinion/1471971725_335436.html

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usuários. Seu efeito, porém, mostrou-se desastroso: cadeias superlotadas, mais mulheres nas prisões e
criminalização da população negra e pobre. Por outro lado, não há nenhum indicador de que as redes de
tráfico tenham sido coibidas.
De 2005 até dezembro de 2014, segundo dados do Ministério da Justiça, a população carcerária teve
um salto vertiginoso de 111,4%, ultrapassando a marca de 620 mil presos. Isso colocou o Brasil na
vergonhosa posição de quarto país com a maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos EUA,
China e Rússia.
Em 2005, o porcentual de pessoas incriminadas por tráfico de drogas correspondia a 11% da
população carcerária. Em 2014, segundo dados do Infopen, esse número alcançou 27%. Se
considerarmos apenas as mulheres, o impacto foi ainda mais cruel: 64% das presas no Brasil respondiam
por tráfico de drogas.
O grande responsável por essa desastrosa situação foi o aumento da pena mínima de três para cinco
anos, mesmo para pequenos traficantes. Soma-se a isso a relutância dos juízes em aplicar a diminuição
de pena para réus primários e a insistência no encarceramento, muito embora o Supremo Tribunal Federal
já tenha decidido que a equiparação a crime hediondo não impede a aplicação de penas alternativas,
como ocorre para outros crimes não violentos como o furto.
O resultado é uma distorção racista e classista, já enraizada na cultura brasileira, mas bastante
escancarada no sistema prisional: embora não existam dados sociodemográficos específicos dos presos
por tráfico de drogas, o perfil geral da população prisional brasileira é composto majoritariamente por
negros (61,6%) e de baixa escolaridade (oito em cada dez estudaram, no máximo, até o ensino
fundamental). O foco da atuação policial no combate à venda de drogas no varejo e ao transporte feito
por "mulas" faz com que um contínuo fluxo de jovens desempregados sejam levados ao sistema prisional
mesmo sem praticar qualquer ato violento, enquanto as grandes organizações têm seu complexo sistema
de comércio e corrupção inalterado.
A lógica militar de combate às drogas faz com que 90% das prisões por tráfico sejam em flagrante e
por pequenas quantidades. Esta pessoa provavelmente passará todo o processo no regime fechado de
prisão por suposto "perigo à ordem pública" - pautado não na violência da pessoa, mas na ideia abstrata
do "inimigo traficante" produzida pela mídia. A guerra às drogas é a grande responsável por manter em
prisão provisória, ou seja, sem julgamento definitivo, 40% dos atuais presos do Brasil.
Em uma década, o Brasil acumulou conhecimento e dados suficientes para deixar claro que sua
política antidrogas vem promovendo um violento massacre às populações mais vulneráveis e tornado
cada vez mais insustentável o sistema prisional. Existe uma demanda crescente dentro e fora do país
para a revisão da abordagem proibicionista e tratamento da questão dentro de seu devido lugar, que é a
saúde pública.
Nesse sentido, o STF (Supremo Tribunal Federal) tem em suas mãos uma oportunidade histórica.
Ainda nesse semestre deve ser retomado o julgamento sobre o Recurso Extraordinário nº 635.659, da
Defensoria Pública de São Paulo, que discute a descriminalização do porte de drogas para consumo
pessoal.
Esperamos que os ministros do Supremo assumam para a si a responsabilidade de corrigir essa
distorção, deixando de punir usuários e abrindo caminho para uma política de drogas menos violadora,
menos encarceradora e menos seletiva.

Mais de 5.200 migrantes morreram no mundo neste ano, diz OIM58


Mais de 5.200 migrantes morreram até agora este ano em todo o mundo, um número em alta de 20%
em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou nesta sexta-feira (28) a Organização
Internacional para as Migrações (OIM).
De um total de 5.238 mortes, 3.930 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo, 170 a mais
que durante todo o ano de 2015, informa a agência com sede em Genebra em um comunicado.
O Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (ACNUR) anunciou na quarta-feira um
balanço diferente, de mais de 3.800 mortos no Mediterrâneo desde janeiro, indicando que é um recorde
em comparação a 2015.
A rota marítima mais perigosa continua sendo a que leva para a Itália. Esta semana, mais de 280
migrantes morreram em barcos que partiram da Líbia para a Itália, de acordo com a OIM.
Este balanço de mortos e desaparecidos no mundo significa que 13 migrantes morreram a cada dia
em 2016, enfatiza a agência. Os corpos de mais de 60% deles não foram encontrados.

58
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/mais-de-5200-migrantes-morreram-no-mundo-este-ano.html

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A OIM também observou que mais de 500 migrantes morreram na América Latina, citando o caso de
87 hondurenhos, 10 deles crianças, que morreram ao tentar atravessar o México entre 1º de janeiro e 23
de outubro.

Paris abre 1º centro humanitário para receber migrantes59


Paris inaugurou nesta quinta-feira (10/11/2016) o 1º centro humanitário para migrantes e refugiados,
como parte das medidas adotadas pelas autoridades francesas para evitar a formação de acampamentos
informais nas ruas.
O centro instalado em uma antiga estação ferroviária ao norte da capital, com capacidade para 400
pessoas, receberá migrantes durante cinco a 10 dias.
Destinado apenas para homens, o centro acolherá por dia de 50 a 80 pessoas, o que corresponde ao
número de migrantes que chegam diariamente a Paris.
Lá, os migrantes poderão passar por exames médicos, receber ajuda psicológica e assistência jurídica,
antes da transferência para outras instalações, de acordo com a situação pessoal.
"A ideia é criar um lugar onde cada migrante poderá ser recebido de forma digna e humana", afirmou
a associação humanitária Emmaüs, que administrará o local.
Os migrantes receberão informações sobre seus direitos e como proceder para obter asilo.
"Também vamos propor uma ajuda de retorno voluntário a seus países", explicou Didier Leschi, diretor
do Escritório Francês de Imigração e Orientação (Ofii).
Um segundo estabelecimento destinado a mulheres e famílias com filhos será inaugurado no início de
2017 na periferia sudeste da capital.
A Europa vive sua pior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial, com a chegada de 1,5 milhão
de migrantes que cruzaram o Mediterrâneo desde 2014, fugindo da guerra e da pobreza.
A França foi considerada durante muito tempo um país de trânsito. Em 2015 recebeu 80.000 pedidos
de asilo, contra quase um milhão na Alemanha. Mas este ano, o número de solicitações deve alcançar
100.000.
Apesar do aumento ser considerado modesto na comparação com outros países, as autoridades se
viram obrigadas a criar de forma urgente novas estruturas de abrigo.
O centro, em uma antiga área industrial de 10.000 metros quadrados, está dividido em oito
departamentos com 50 vagas cada. Cada estrutura tem 12 cabines de madeira com calefação e cama,
sala de jantar e banheiro. Também serão disponibilizadas áreas de lazer, com mesas de pingue-pongue
e totó.
O projeto tem valor total de 16,4 milhões de euros entre o investimento e os custos operacionais.
Para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, filha de imigrantes da Andaluzia, o centro é "uma alternativa
digna" para que os migrantes não permaneçam nas ruas.
As autoridades desmantelaram na semana passada um grande acampamento improvisado ao
nordeste da capital com mais de 3.800 pessoas.
Em outubro, a polícia desalojou a 7.000 migrantes, incluindo 2.000 menores de idade, de um
acampamento de migrantes em Calais, norte da França, onde as pessoas viviam em condições
miseráveis à espera de uma oportunidade para tentar chegar ao Reino Unido.
A seis meses da eleição presidencial, a questão dos migrantes e refugiados se tornou um tema central
da campanha.
O governo do presidente François Hollande, que bate recordes de impopularidade, tenta demonstrar
que controla a situação.

Em Fortaleza, Parada pela Diversidade Sexual reivindica cidadania plena60


A 17ª Parada pela Diversidade Sexual de Fortaleza reúne neste domingo (13/11/2016) centenas de
pessoas na Avenida Beira Mar, em Fortaleza, para reivindicar cidadania plena para lésbicas, gays,
bissexuais e transexuais. Com o tema “Basta de close errado”, o evento, organizado pelo Grupo de
Resistência Asa Branca (Grab), enfatiza a exigência por igualdade de direitos.
“Esse tema tem o objetivo de fazer a denúncia dos closes errados, que são a tentativa de diminuição
dos direitos sociais, incluindo o direito à homossexualidade plena, e o combate às vulnerabilidades e às
violências estruturais. A parada celebra a diversidade, os direitos das comunidades LGBTs [Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] e denuncia esse cenário, que torna cada vez
mais importante que haja políticas efetivas e concretas de combate a essas vulnerabilidades”, explica o
presidente do Grab, Francisco Pedrosa.
59
10/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/paris-abre-1-centro-humanitario-para-receber-migrantes.html
60
13/11/2016 Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-11/em-fortaleza-parada-pela-diversidade-sexual-
reivindica-cidadania

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Na Avenida Beira Mar, um dos cartões-postais da capital cearense, os participantes da parada deram
voz ao tema do evento. A estudante Louisy Guardekey, junto a amigas, levaram cartazes pedindo respeito
ao público LGBT. Ela conta que tomou a iniciativa de se expressar durante o evento pelo fato de o pai ser
gay e sofrer preconceito com frequência.
“As pessoas demonstram preconceito quando riem e fazem piada com o modo dele de falar. A minha
relação com amigos, por conta disso, já foi bastante crítica, mas hoje eles já entenderam. Eu só espero
da sociedade mais igualdade.”

Mais de 18 milhões recebem tratamento para HIV no mundo, diz Unaids61


Mais de 18 milhões de pessoas estão recebendo tratamento para Aids atualmente, 1,2 milhão a mais
do que no final do ano passado, informou o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids
(Unaids) nesta segunda-feira (21).
Em um relatório sobre a pandemia de Aids, que infectou 78 milhões de pessoas e matou 35 milhões
desde que teve início nos anos 1980, a Unaids disse que a intensificação consistente dos tratamentos fez
as mortes anuais relacionadas à Aids diminuírem 45 por cento, ou para 1,1 milhão, em 2015 -- o pico foi
de cerca de 2 milhões em 2005.
Mas agora que mais pessoas com o vírus vivem mais tempo, os desafios de cuidar delas à medida
que envelhecem, de evitar que o vírus se dissemine e de reduzir novas infecções são duros, afirmou a
Unaids, embora os remédios possam diminuir os níveis de vírus no sangue dos pacientes para quase
zero e reduzir significativamente o risco de transmiti-lo.
"O progresso que fizemos é notável, particularmente nos tratamentos, mas também é incrivelmente
frágil", disse o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, por ocasião da publicação do relatório.
Com dados detalhados mostrando algumas das muitas complexidades da epidemia de HIV, o
documento revelou que as pessoas são especialmente vulneráveis ao vírus em certas épocas da vida. O
estudo pediu uma abordagem de "ciclo de vida" para oferecer ajuda e medidas preventivas a todas as
pessoas em todas as fases da vida.
À medida que as pessoas portadoras da HIV envelhecem, correm o risco de desenvolver efeitos
colaterais do tratamento para HIV, criando resistências aos medicamentos e necessitando de cuidados
para outras doenças, como tuberculose e hepatite C.
O relatório também citou dados da África do Sul que mostram que mulheres jovens que se infectam
com o vírus com frequência o recebem de homens mais velhos, e disse que a prevenção é vital para
acabar com a epidemia entre mulheres jovens e que o ciclo de infecção de HIV precisa ser interrompido.
"As mulheres jovens estão enfrentando uma ameaça tripla", disse Sidibé. "Elas têm alto risco de
infecção de HIV, taxas baixas de exame de HIV e pouca adesão ao tratamento".
O documento, que afirma que o número de pessoas com HIV recebendo remédios que salvam suas
vidas é de 18,2 milhões, também mostrou que o progresso rápido na obtenção de medicamentos para
Aids para os necessitados está tendo um impacto significativo no prolongamento de suas vidas.
Em 2015 havia 5,8 milhões de pessoas acima de 50 anos vivendo com HIV, mais do que nunca.
A Unaids disse que se as metas de tratamento forem alcançadas --a entidade pretende ter 30 milhões
de pessoas em tratamento até 2020-- esse número irá disparar.

Taxa de analfabetismo cai pelo quarto ano no Brasil, mas sobe na Região Norte62
A Taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu pelo quarto ano consecutivo,
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta sexta-feira (25/11/2016). O índice foi estimado
em 8% da população (12,9 milhões de pessoas). Em 2014, ele ficou em 8,3%; em 2013, a taxa era de
8,5% e, em 2012, era de 8,7%.
Em todas as regiões do país a taxa de analfabetismo caiu, com exceção da Região Norte, onde ela
avançou de 9% para 9,1%, depois de quatro quedas seguidas. De acordo com os dados divulgados nesta
sexta, a Região Nordeste continua registrando a taxa mais alta de analfabetismo no país. O índice ficou
em 16,2% nos estados nordestinos, ante 16,6% na edição anterior da pesquisa.
A Pnad aponta que a taxa de analfabetismo varia conforme a idade dos adultos. Entre os jovens de 15
a 19 anos, a taxa registrada foi de 0,8%; já entre as pessoas com 60 anos ou mais, o índice de
analfabetismo sob para 22,3%, segundo as estimativas de 2015. Isso quer dizer que pelo menos um a
cada cinco idosos brasileiros não sabem ler nem escrever.

61
21/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/mais-de-18-milhoes-recebem-tratamento-para-hiv-no-mundo-diz-unaids.ghtml
62
25/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/taxa-de-analfabetismo-cai-pelo-quarto-ano-no-brasil-mas-sobe-na-regiao-
norte.ghtml

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Analfabetismo funcional
A taxa de brasileiros considerados analfabetos funcionais – ou seja, que têm 15 anos ou mais de idade,
mas tiveram menos de quatro anos de estudo formal, caiu de 17,6% em 2014 para 17,1% em 2015. Nesse
caso, o índice caiu em todas as regiões, e a Região Nordeste é, mais uma vez, a que registrou a taxa
mais alta (26,6%, contra 27,1% no ano anterior).
Entre 2004 e 2015, os dados registram um crescimento de 20% na escolaridade média dos brasileiros
de 10 anos ou mais: em 2004, o número médio de anos de estudo das pessoas nessa faixa etária era de
6,5. Em 2015, essa média subiu para 7,8 anos. A Região Sudeste é a que tem a maior média de anos de
estudo (8,5), seguida pelo Sul (8,3), o Centro-Oeste (8,2), o Norte (7,3) e o Nordeste (6,7).

Escolaridade
Considerando a população com 25 anos ou mais de idade, o Brasil registrou um ligeiro aumento no
número de pessoas com diploma, e uma pequena redução no número de pessoas com ciclos de ensino
incompletos. O número de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 11,7%
para 11,1%; o de pessoas com ensino fundamental incompleto caiu de 32% para 31,3%. Já a taxa de
pessoas com ensino médio incompleto era de 4,2% em 2014 e foi de 4,1% em 2015; e o número de
pessoas com ensino superior incompleto mudou de 3,9% para 3,8%.
Por outro lado, o número de brasileiros com 25 anos ou mais com ensino fundamental completo mudou
de 9,5% para 9,6%; o de pessoas com ensino médio completo foi de 25,5% para 26,4%, e a população
com diploma do ensino superior foi de 13,1% para 13,5%.

Frequência escolar
Entre as crianças e adolescentes em idade escolar, a Pnad mostrou que, depois de três anos de
estagnação, voltou a crescer ligeiramente a taxa de escolarização da população de 15 a 17 anos. A taxa
foi de 84,2% em 2012, 84,3% em 2013 e 84,3% em 2014. Em 2015, ela foi para 85%.
Já entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização avançou de 82,7% para 84,3% entre a
Pnad 2014 e a Pnad 2015.
De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), os estados e municípios deveriam garantir, até
o final de 2016, que 100% das crianças e adolescentes dessas duas faixas etárias estejam matriculados
na escola. Porém, o governo federal já anunciou que não será possível cumprir essa meta.
Em relação às crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização pouco mudou: era de
98,5% em 2014 e foi para 98,6% em 2015.

Rede pública x rede privada


Os dados da pesquisa do IBGE divulgados nesta sexta mostram que três quartos dos estudantes com
quatro anos ou mais de idade estão matriculados na rede pública de ensino. O número é mais alto no
ensino básico: do total da população matriculada na escola, 85,3% dos alunos do ensino fundamental
estudam em escolas públicas; o mesmo vale para 88,1% dos estudantes do ensino médio.

População parda quase se iguala à branca no país, segundo Pnad63


O percentual da população que se autodeclara parda no país quase se igualou à de brancos, segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, divulgada nesta sexta-feira
(25/11/2016) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2015, a população residente era composta por 45,2% de pessoas de cor branca, 45,1% de pardos
e 8,9% de pretos. Segundo a Pnad, não houve alteração significativa dessa distribuição quando
comparada à do ano anterior, mas, desde 2004, houve redução da população branca e aumento das
demais.
A partir de 2006, a participação da população branca passou a ser inferior à das populações parda e
preta em conjunto. “Em 2015, a participação da população parda praticamente se igualou à da branca”,
diz o estudo.
Em números absolutos, eram 92,636 milhões de brancos, 92,310 milhões de pardos e 18,153 milhões
de pretos que se autodeclararam assim, em 2015.
Conforme a Pnad, 76,7% da população da região Sul declarou-se de cor branca. Essa proporção foi
de 21,2% no Norte e de 26,4% no Nordeste. Nestas regiões, a maioria se declarou parda, com 70,2% e
62,0%, respectivamente.
Em todas as regiões, o percentual de mulheres que se declararam brancas foi superior ao de homens
brancos. No Brasil, 46,4% das mulheres e 44,0% dos homens se declararam brancos.

63
25/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/populacao-parda-quase-se-iguala-branca-no-pais-segundo-pnad.html

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População
Segundo os dados da Pnad, a população residente no Brasil foi estimada em 204,9 milhões de pessoas
em 2015, um crescimento de 0,8% em comparação com o ano anterior, ou 1,7 milhão de pessoas a mais.
Os maiores aumentos ocorreram nas regiões Norte (1,4%) e Centro-Oeste (1,5%). O Sudeste possui a
maior população, de 85,9 milhões de pessoas (41,9% do total).
A Pnad também constatou o envelhecimento da população, com a redução nas faixas até 24 anos de
idade. A partir do grupo de 25 a 39 anos de idade, houve crescimento, em especial da população de 60
anos ou mais de idade, que, em 2004, era de 9,7% e, em 2015, atingiu 14,3%.
Sudeste e Sul registraram os maiores percentuais de idosos (15,7% e 16%, respectivamente), e o
Norte, o menor (10,1%).
Em 2015, as mulheres representavam 51,5% (105,5 milhões), enquanto os homens, 48,5% (99,4
milhões). A única região em que os homens alcançaram uma proporção maior que a das mulheres foi a
Norte (49,6% para as mulheres e 50,4% para os homens).
As mulheres são maioria nos grupos de idade mais altas, e os homens, nas mais baixas. Até o grupo
de 20 a 24 anos de idade, os homens eram 19% do total da população residente (23,4% em 2004), e as
mulheres, 18,2% (22,9% em 2004).
A partir dos 25 anos de idade, a situação se inverte. Em 2015, as mulheres de 60 anos ou mais de
idade correspondiam a 8% da população total (5,4% em 2004), enquanto os homens representavam 6,3%
(4,3% em 2004).

Avião da Chape cai, e autoridades informam: 71 mortos e 6 sobreviventes64


Uma tragédia no futebol mundial e especialmente brasileiro. O avião que transportava a delegação da
Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional fez um
pouso forçado na madrugada desta terça-feira na região de Antióquia, em gravíssimo acidente na
Colômbia. Segundo informações do chefe da polícia colombiana, José Acevedo, 71 pessoas morreram e
seis sobreviveram. O zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o goleiro Follmann estão entre os
sobreviventes, sendo que Follmann teve uma perna amputada. Os outros três que escaparam vivos da
tragédia são o jornalista Rafael Henzel e dois integrantes da tripulação: Ximena Suárez e Erwin Tumiri. O
goleiro Danilo chegou a ser resgatado com vida, mas de acordo com informações do SporTV, não resistiu.
Inicialmente, as autoridades informaram que eram 75 mortos, mas quatro pessoas não chegaram a
embarcar.
A delegação da Chapecoense saiu de Guarulhos para a Bolívia em voo comercial com 72 passageiros
e nove tripulantes. Após escala técnica, deixou Santa Cruz de La Sierra em direção a Medellín. Quando
sobrevoava as cidades colombianas de La Ceja e Abejorral, perdeu contato com a torre de controle do
aeroporto José Maria Córdova. A causa do acidente teria sido uma pane elétrica. De acordo com a
imprensa local, o piloto teria liberado combustível para evitar explosão após o pouso forçado.
A delegação viajaria diretamente para Medellín em um voo fretado, o que foi desautorizado pela
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Assim sendo, o time foi forçado a mudar seus planos e
embarcar primeiro para São Paulo. De lá, pegou o voo para a cidade colombiana.
O local da queda do avião é de difícil acesso. Além disso, o mau tempo na região metropolitana de
Medellín, além da baixa temperatura - 5º C durante a madrugada, atrapalhou ainda mais o resgate. Dois
helicópteros da força aérea do país sobrevoam a área para auxiliar no trabalho das equipes de resgate.
De acordo com informações fornecidas pelo aeroporto José Maria Córdova, a aeronave perdeu contato
com a torre de controle às 21h33 locais (0h33 de Brasília) e caiu às 22h15 (01h15 de Brasília).
"O Comitê Operativo de Emergência do aeroporto José Maria Córdova informa que às 10 horas da
noite uma aeronave com matrícula CP2933 proveniente de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, da
empresa Lamia Corporation, com matrícula boliviana se declarou em emergência entre o município de
Ceja e La Union, a aeronave se declarou com falhas elétricas, segundo foi informado a Torre de Controle
da Aeronáutica".
Devido ao difícil acesso e às condições climáticas de baixa visibilidade, está sendo difícil o trabalho de
resgate dos feridos. Autoridades locais pedem aos moradores da região que possuam camionetes 4x4
que auxiliem na busca das vítimas. Residentes dos arredores dizem não ter ouvido estrondos de queda.
Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a
partida, duelo de ida pela final da Sul-Americana, que estava marcada para quarta-feira às 21h45 (de
Brasília) em Medellín.

64
29/11/2016 Fonte: http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/chapecoense/noticia/2016/11/imprensa-colombiana-diz-que-aviao-que-
transporta-chape-esta-desaparecido.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
“A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma que há sido notificada por autoridades
colombianas que o avião em que viajava a delegação do Atlético Chapecoense do Brasil sofreu um
acidente em sua chegada à Colômbia. Estamos em contato com as autoridades e à espera de
informações oficiais. A família Conmebol lamenta enormemente o ocorrido. Todas as atividades da
Confederação ficam suspensas até novo aviso.”

Confira a lista dos jogadores que viajaram para a Colômbia


Jogadores
Goleiros: Danilo e Follmann;
Laterais: Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo;
Zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto;
Volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco;
Meias: Cleber Santana e Arthur Maia;
Atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.

Comissão técnica
Treinador - Caio Júnior
Auxiliar técnico - Duca
Preparador Físico - Anderson Paixão
Preparador de Goleiros - Boião
Fisiologista - Cezinha
Médico - Dr. Marcio
Fisioterapeuta - Rafael Gobbato
Analista de Desempenho - Pipe Grohs

Veja abaixo a lista com os profissionais de imprensa que estavam no voo:


Victorino Chermont (FOX), Lilacio Pereira Jr. (FOX), Rodrigo Santana Gonçalves (FOX),Deva
Pascovicci (FOX), Mário Sérgio (FOX), Paulo Julio Clement (FOX), Guilherme Marques (TV Globo),
Guilherme Van der Laars (TV Globo), Ari de Araújo Jr. (TV Globo), Laion Espíndola (GloboEsporte.com),
Giovane Klein Victória (RBS), André Podiacki (RBS), Bruno Mauri da Silva (RBS), Djalma Araújo Neto
(RBS), Gelson Galiotto (Rádio Super Condá), Edson Luiz Ebeliny (Rádio Super Condá), Fernando
Schardong, Douglas Dorneles (Rádio Chapecó), Jacir Biavatti, Renan Agnolin (Rádio Oeste Capital).

TECNOLOGIA

Nasa lança sonda que viajará até asteroide para coletar poeira cósmica65
A agência espacial americana Nasa lançou na noite desta quinta-feira (08/09/16), às 20h05, uma nova
sonda para descobrir um pouco mais sobre a origem da vida na Terra. A Osiris-Rex vai viajar até o
asteroide Bennu e coletar poeira e detritos - pó cósmico igual ao que, em choque com o nosso planeta
há bilhões de anos, pode ter originado os primeiros seres vivos. O foguete que transporta a sonda não
tripulada decolou de Cabo Canaveral, na Flórida. A Osiris-Rex deverá chegar ao asteroide em 2018. Se
a missão for concluída com sucesso, a amostra do Bennu deverá chegar à Terra em 2023.
A poeira do asteroide será analisada pela Nasa, mas já se sabe que é rica em carbono. A agência
deverá estudar mais sobre a distribuição de seus minerais e se há matéria orgânica. Serão mapeadas
todas as propriedades químicas e mineralógicas do Bennu para tentar definir sua história geológica.
Também serão documentadas a textura, morfologia e todo o material da superfície do local de retirada
amostra. A missão custará US$ 800 milhões à Nasa. Bennu foi escolhido entre os cerca de 500 mil
asteroides do sistema solar porque ele orbita perto da rota da Terra em torno do Sol, é do tamanho
adequado para um estudo científico e é um dos asteroides mais antigos conhecidos pela agência espacial.

Após um ano isolado em vulcão, grupo diz ser possível viver em Marte66
Um grupo de seis pessoas completou uma missão da Nasa na qual simularam como seria viver em
Marte por um ano.
Eles conviveram em isolamento quase total, em um ambiente fechado no Havaí, nos Estados Unidos,
sem acesso ao mundo exterior, comida fresca ou privacidade.

65
08/09/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/sonda-da-nasa-decola-com-sucesso-para-pesquisas-sobre-origem-da-
vida.ghtml
66
29/08/16 – Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/apos-um-ano-isolado-em-vulcao-grupo-diz-ser-possivel-viver-em-
marte.html

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Especialistas estimam que uma missão humana ao planeta vermelho levaria de um a três anos. O
grupo contava com um francês que é astrobiólogo (estuda a origem e o futuro da vida no Universo), um
físico alemão e quatro americanos: Carmel, um piloto, um arquiteto e um jornalista. Durante a simulação,
o grupo teve de viver com poucos recursos, usar roupas de astronauta ao sair e trabalhar para evitar
conflitos pessoais. Entre as comidas disponíveis estavam queijo ralado e atum enlatado. Após os 12
meses nesta situação, os seis participantes afirmaram estar confiantes.
"Posso dar minha impressão pessoal, que é a de que a missão para Marte no futuro próximo é realista",
afirmou o francês Cyprien Verseux, que integra o grupo. "Acredito que os obstáculos tecnológicos e
psicológicos podem ser superados."
Mas a comandante da missão, a cientista Carmel Johnston, disse que não ter privacidade por um ano
não foi fácil.
"É como dividir o quarto com colegas que estão sempre presentes, e você nunca consegue se
distanciar deles - tenho certeza de que todo mundo consegue imaginar como é conviver assim com
qualquer pessoa." O americano Tristan Bassingthwaghte, doutor em arquitetura pela Universidade do
Hawaí, elogiou a missão.
"Essa pesquisa é vital no momento em que for preciso escolher a equipe (que irá a Marte), descobrir
como as pessoas se comportam de verdade em diferentes tipos de missões e lidar com o fator humano
em viagens espaciais, colonizações ou o que mais estiver sendo analisado", disse o arquiteto.

Cientistas descobrem objeto misterioso que se esconde atrás de Netuno67


Um grupo internacional de pesquisadores descobriu um pequeno corpo celeste por trás de Netuno
com uma órbita que não é típica do sistema solar, informa a edição da revista New Scientist.
Conforme estimativas dos especialistas, o achado enigmático é 160 mil vezes menos brilhante que
Netuno. O diâmetro do corpo é cerca de 200 quilômetros.
Os cientistas assinalam que o corpo celeste possui uma órbita muito estranha: objeto gira em torno do
Sol de modo quase perpendicular relativamente aos outros planetas. O achado foi batizado de Niku, que,
em chinês, significa "rebelde", "indócil".
O descobrimento foi feito com ajuda do sistema de telescópios Pan-Starrs, no Havaí.

Tecnologia: uso de drones dispara e equipamentos prometem mudar o mundo68


- Drones são veículos não tripulados, controlados à distância.
- Esses equipamentos já são usados há muito tempo na área militar, mas nos últimos anos, viraram
uma febre para as mais diversas finalidades.
- A segurança do espaço aéreo e a garantia de privacidade da população são questões que preocupam
a população em relação aos drones.
Eles são leves, voam em uma altura que os helicópteros não alcançam, entram em espaços
considerados pequenos e fazem manobras com facilidade. Mas não são aviões. As aeronaves
remotamente pilotadas (RPAs), mais popularmente conhecidas como drones, são máquinas voadoras
operadas a distância por controle remoto.
Os drones aéreos surgiram durante a Segunda Guerra Mundial e buscavam evitar mortes de soldados
em operações de risco. Durante a Guerra Fria, foram usados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos
em operações de espionagem. Na Guerra do Iraque, em versões modernizadas, foram usados para
bombardeios.
Em 2014, o presidente Barack Obama anunciou que os EUA passariam a utilizar drones em operações
antiterroristas para combater grupos jihadistas em países como a Síria, Afeganistão, Somália e Iêmen.
Na última década, a frota de drones dos EUA aumentou de 50 para mais de 7 mil aeronaves, incluindo
minidrones e drones sem armas, que podem ser pilotados a partir de bases norte-americanas.
Cientistas apostam em uma terceira revolução na tecnologia bélica (depois da pólvora e das armas
atômicas) na qual a guerra passa a se fazer por automação e inteligência artificial, com drones terrestres,
marítimos e subterrâneos. Seu uso militar promete “uma guerra sem combate”. Segundo David Deptula,
um oficial da força aérea norte-americana, a verdadeira vantagem deles é “projetar poder sem projetar
vulnerabilidade”, ou seja, não é necessário enviar tropas e coloca-las em risco.

67
12/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-08/cientistas-descobrem-objeto-misterioso-que-se-
esconde-atras-de-netuno
68
11/07/2016 – Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/tecnologia-uso-de-drones-dispara-e-equipamentos-
prometem-mudar-o-mundo.htm

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China finaliza o maior radiotelescópio do mundo69
O maior radiotelescópio do mundo está prestes a entrar em funcionamento.
A China colocou a peça final do aparelho no último domingo(03/07/2016) e, em setembro, ele
começará a funcionar, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.
O telescópio tem o tamanho de 30 campos de futebol (500 metros de diâmetro), é considerado o maior
do mundo e sua construção custou US$ 180 milhões.
Com ele, a China espera conseguir explorar o espaço em busca de vida extraterrestre.
O subdiretor nacional de Observação Astronômica da Academia Chinesa de Ciências, Zheng Ziaonian,
anunciou que, a partir de agora, os cientistas começam o processo de testes para detectar e corrigir
problemas no telescópio.
O Telescópio de Abertura Esférica de 500 metros (ou Fast, na sigla em inglês) fica na Província de
Guizhou, sudoeste da China, uma área favorável para a atividade de pesquisa astronômica pois o relevo
dos arredores do radiotelescópio o protege naturalmente de perturbações eletromagnéticas.

Hidrogênio
O Fast será usado para tentar descobrir a existência de hidrogênio neutro em galáxias distantes e
também pulsares distantes ("bolas" de nêutrons muito magnetizadas).
Além disso, o radiotelescópio também aumenta a possibilidade de detectar ondas gravitacionais de
baixa frequência.
O Fast vai tomar o lugar do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, que mede 300 metros diâmetro,
como o maior telescópio do mundo.
Sua construção ocorreu em tempo recorde: apenas cinco anos.
E, apesar de as autoridades chinesas afirmarem que seu programa espacial tem fins pacíficos, o
Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que o objetivo real da China é "evitar que seus
adversários usem dispositivos espaciais em uma crise".
O programa espacial do país se transformou em uma das prioridades do governo chinês. Em 2018 o
país deve lançar um "módulo central" para sua primeira estação espacial.

Preço da banda larga fixa cai 71% em 6 anos no Brasil, diz Anatel70
O preço médio da banda larga fixa caiu 71% em seis anos, apontou a Agência Nacional das
Telecomunicações (Anatel) em seu relatório anual referente ao ano de 2015.
A agência usa como base de comparação o cálculo do preço médio mensal pago por 1 Megabit por
segundo (Mbps) por serviços de comunicação multimídia (SCM). Para chegar aos valores, usa como
indicadores o número de usuários por faixa de velocidade, taxa média de transferência de dados e a
receita das prestadoras.
Com isso, o valor médio pago pelos consumidores ficou em R$ 5,98 em 2015 –era de R$ 21,18 em
2010. Como a internet fixa era ofertada por R$ 7,08 em 2014, a queda de um ano para o outro foi de
15,5%.
No ano passado, apenas Telefonica (R$ 10,27) e Oi (R$ 9,36) estava acima da média do mercado.
Estavam abaixo Sercomtel (R$ 5,29), GVT (R$ 2,73), Claro/NET (R$ 2,26) e TIM (R$ 2,04).
Entre 2010 e 2015, apenas Telefonica e Claro reduziram seus preços acima da média registrada no
segmento. Os preços da primeira, de R$ 41,55, caíram 77,4%, enquanto os da segunda, de R$ 8,24,
ficaram 72,57% menores.
Oi, Sercomtel e GVT registraram quedas inferiores, de 70,2%, 68,6% e 42,7%, respectivamente. A TIM
só começou a oferecer o serviço em 2014.
Segundo a agência, o número de prestadoras de banda larga fixa cresceu 137% entre 2010 e 2015.
Com isso, o ano passado fechou com 5.555 companhias ofertando serviços de internet fixa. A ampliação
da competição ocorreu devido à simplificação do regulamento de SCM, de 2013, que reduziu o valor da
autorização de R$ 9 mil para R$ 400.
Essas empresas ampliaram a participação das pequenas em número de assinantes. Se, em 2014,
respondiam por 10,16% dos acessos, em 2015, passaram a atender 12,73% dos assinantes.
O ano passado, no entanto, registrou uma concentração em torno da Telefonica, que incorporou a
GVT, e passou a atender 28,63% dos usuários de banda larga fixa no Brasil.
Isso fez a empresa passar a Oi, responsável por 25% da oferta, e assumir a segunda posição, atrás
da Claro/NET/Embratel, que detém 31,84% do mercado.

69
05/07/2016
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/china-finaliza-o-maior-radiotelescopio-do-mundo.html
70
21/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/06/preco-da-banda-larga-fixa-cai-71-em-6-anos-diz-anatel.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
O SCM é, assim como a telefonia móvel, um serviço privado e, por isso, não é regulado pela agência.
O relatório da agência traz apenas o valor cobrado pelos minutos falados no celular. Entre o primeiro
trimestre de 2012 e o terceiro de 2015, a queda foi de 26,3%, de R$ 0,19 para R$ 0,14.

China passa EUA e vira o país com mais supercomputadores do mundo71


A China passou os Estados Unidos e se tornou o país com o maior número de supercomputadores do
mundo, aponta o ranking Top 500, divulgado nesta segunda-feira (20/06/2016). Já o Brasil, que chegou
a ter seis máquinas na lista e estava no grupo das dez nações com maior potencial de computação de
alto nível, teve sua participação reduzida para apenas quatro representantes.
De 2015 para 2016, a China pulou de 109 supercomputadores para 167. Nesse meio tempo, o total de
máquinas norte-americanas caiu de 199 para 165, na lista que reúne computadores tão velozes a ponto
fazer milhões de milhões de cálculos enquanto você nem terminou de piscar os olhos.
A máquina mais rápida do ano passado já era chinesa. Agora, o topo do ranking é do Sunway
TaihuLight, do Centro de Supercomputação Nacional, também da China. Só que o dispositivo é três vezes
mais rápido que o antigo líder, o Tianhe-2 (Universidade Nacional de Tecnologia para a Defesa), e cinco
vezes mais ágil que o primeiro norte-americano da lista, o Titan (Laboratório Nacional Oak Ridge), no
terceiro lugar.
O critério dos cientistas do Laboratório Nacional de Berkeley, Universidade do Tennessee e da
Prometeus, que elaboram o ranking, é a capacidade de executar cálculos. O Sunway faz 93.014 teraflops,
equivalente a 456 trilhões de cálculos de ponto-flutuante por segundo (trocando em miúdos: contas de
soma e subtração por segundo). Já a potência do Tianhe-2 é de 33.862 TFlops e a do Titan, de 17.590
TFlops.
Antes no top 10 dos países com maior número de supercomputadores no ranking, o Brasil passou a
ocupar a 11ª posição. No ano passado, eram seis os representantes brasileiros: Três deles são do
Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), um do Cimatec, em Salvador
(BA), um do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), de São Paulo (SP), e um da Petrobras. Em
2016, saíram da lista as máquinas do Inpe e da Petrobras.

Facebook alerta que crescimento vai desacelerar e ações caem mais de 6%72
As ações do Facebook caíram mais de 6% nesta quarta-feira (2/11/2016) depois que a companhia
alertou que o crescimento da receita vai desacelerar neste trimestre, ofuscando um balanço positivo que
ficou acima das expectativas de Wall Street.
Em uma teleconferência com analistas, o diretor financeiro do Facebook, David Wehner, disse que o
crescimento dos ganhos com anúncios provavelmente vai diminuir "significativamente" devido a limites
no número de anúncios que o Facebook pode colocar diante de seus clientes.
Ele também disse que 2017 será um ano de investimento agressivo, o que representará uma elevação
substancial dos gastos. As ações do Facebook caíram 6,9%, a US$ 118,45.
Receita cresce 56% no trimestre
Apesar de o alerta sobre o quarto trimestre ter assustado alguns investidores, a empresa bateu as
expectativas dos analistas em seu resultado do último trimestre.
A empresa registrou um aumento de 55,8% na receita trimestral, com uma disparada em suas vendas
de publicidade móvel. A receita total subiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 7,01 bilhões, superando as
expectativas.
A receita com propaganda móvel foi responsável por 84% do total de US$ 6,82 bilhões que o Facebook
arrecadou com anúncios no terceiro trimestre, terminado em 30 de setembro, acima da fatia de 78% um
ano atrás.
Analistas esperavam um total de rendimentos com anúncios de US$ 6,71 bilhões, de acordo com a
empresa de pesquisas FactSet StreetAccount.
Mais de 90% dos usuários do Facebook entram na rede social via dispositivos móveis.
A expectativa é que o Facebook gere cerca de US$ 22 bilhões em propaganda móvel em 2016,
segundo a eMarketer, um aumento de cerca de 67% em relação a 2015. A receita total com anúncios
deve aumentar para cerca de US$ 26 bilhões, um crescimento de cerca de 52%.

71
20/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/06/china-passa-eua-e-vira-o-pais-com-mais-supercomputadores-do-mundo.html
72
02/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/11/facebook-alerta-que-crescimento-vai-desacelerar-e-acoes-
caem-mais-de-6.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Alemanha critica ação de Facebook, Twitter e YouTube na luta ao racismo73
O ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, afirmou nesta terça-feira, 1º, que o número de
mensagens de ódio ou racistas apagadas por Twitter, Facebook e YouTube após denúncias de usuários
é muito pequeno e alertou que, se não houver maior cooperação, o governo alemão tomará medidas
legais em 2017.
Em um encontro com a Associação da Imprensa Estrangeira na Alemanha (VAP), Maas lembrou o
acordo firmado com Google (dono do YouTube), Twitter e Facebook no ano passado, diante do alarmante
aumento dos crimes de ódio na internet -- alta de 176% em 2015 --, mas expressou dúvidas quanto à
eficácia da autorregulação das empresas.
Na época, as redes sociais se comprometeram a implementar mecanismos simples para processar
denúncias de comentários xenófobos. Tentariam ainda eliminar em menos de 24 horas as mensagens de
ódio racial que infringissem o Código Penal da Alemanha.
Em maio deste ano, a Comissão Europeia, braço administrativo da União Europeia, anunciou que
Facebook, Microsoft, YouTube (Google) e Twitter aceitaram seguir um manual de conduta para combater
o discurso de ódio em suas plataformas.

Taxas baixas
De acordo com os dados do Ministério da Justiça, após uma primeira avaliação do acordo, o Facebook
apagou 46% das mensagens puníveis denunciadas pelos usuários, o YouTube, 10%, e o Twitter, apenas
1%. As taxas melhoraram quando as denúncias foram reforçadas por e-mail pelos órgãos de proteção da
infância e juventude.
O ministro da Justiça afirmou que, se as taxas seguirem "tão baixas", a Alemanha tomará medidas
legais no próximo ano. Além disso, o ministro ressaltou a importância de analisar o problema em nível
europeu para determinar, por exemplo, se o Facebook é obrigado a apagar as mensagens racistas
denunciadas ou se pode ser forçado a atuar.
O ministro reconheceu a dificuldade para as redes sociais de desenvolver um mecanismo interno para
responder às milhares de denúncias recebidas a cada dia, mas reforçou a ideia de que as empresas
devem cumpri a legislação.
Segundo Maas, liberdade de expressão tem limites. Para o ministro, as mensagens de ódio são crimes
que devem ser combatidos e, por isso, não se deve falar em censura.
Maas também colocou em evidência as deficiências do direito alemão para enfrentar a era digital, como
os que podem ser gerados pelo Google, que controla mais de 95% do mercado de buscadores no país.

Pela 1ª vez, internet em smartphones e tablets supera uso no computador74


Pela primeira vez, o consumo de internet a partir de smartphones e tablets excedeu o uso por meio de
computadores em outubro de 2016, informou nesta terça-feira, 1º, a companha de análise independente
StatCounter.
Dominada por PCs, o uso de internet vem de caindo desde 2009, mas ainda se mantinha à frente. Foi
só apenas no mês passado que o jogo virou. Celulares e tablets passaram a responder por 51,3% do
consumo de conteúdos conectados.
Para efetuar o cálculo, a StatCounter considera o volume de dados gerados – não o tempo gasto em
cada plataforma nem o número de usuários.
Ainda que os dados indiquem o predomínio dos aparelhos móveis em nível mundial, alguns países
ainda não fizeram a migração.
É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, onde 57,97% do uso da internet ainda é feito por desktop,
enquanto smartphones ficam com 33,3% e tablets, com 8,7%.
E também é a mesma situação do Brasil, em que os computadores ainda responder por 68,67% do
uso, smartphones por 29,63% e tablets, por 1,7%.
Em outros grandes emergentes, a situação é inversa e alinhada com a tendência mundial. Na China,
o consumo de smartphones responde por 51,83% do total, enquanto computadores ficam com 45,38%
dessa fatia e tablete, com 2,8%.
O quadro se repete na Índia. Lá, os celulares inteligentes geram 78,05% do consumo, desktops,
21,18%, e tablets, 0,76%.

73
02/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/alemanha-critica-acao-de-facebook-twitter-e-youtube-na-luta-ao-
racismo.html
74
01/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/pela-1-vez-internet-em-smartphones-e-tablets-supera-uso-no-
computador.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Venda de celulares no Brasil avança 7,2% no 3º trimestre de 2016, diz IDC75
O mercado de celulares do Brasil movimentou 12,6 milhões de dispositivos no terceiro trimestre, alta
de 7,2% ante mesmo período de 2015, afirmou nesta sexta-feira (18) a consultoria IDC Brasil.
O crescimento veio após cinco trimestres seguidos de queda. As receitas com as vendas dos aparelhos
no período somaram R$ 10,9 bilhões. Sobre o segundo trimestre, a alta nas vendas foi de 4,2%.
O aquecimento do mercado refletiu a preparação para a Black Friday, neste mês, considerada a data
mais importante do calendário no mercado de celulares, disse o analista da IDC Brasil, Diego Silva.
"Os varejistas anteciparam compras e abasteceram os estoques para a Black Friday, enquanto os
fabricantes enxugaram os portfólios para atender a demanda com preços mais competitivos", disse Silva,
em nota.
Com a alta no terceiro trimestre, a IDC agora prevê uma queda menor das vendas neste ano em
relação a 2015, quando foram comercializadas 47 milhões de unidades. A previsão para 2016 era de 40,3
milhões de aparelhos.

Quase 50% da população mundial estará online no fim de 2016, diz ONU76
Até o fim de 2016, quase metade da população mundial estará conectada na internet, já que as redes
móveis estão crescendo e os preços caindo, mas seus números irão continuar concentrados no mundo
desenvolvido, informou uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22).
Nas nações desenvolvidas, cerca de 80% da população usa a internet, mas só cerca de 40% o fazem
em países em desenvolvimento e menos de 15% em países menos desenvolvidos, de acordo com
relatório da União Internacional de Telecomunicações da ONU (ITU, na sigla em inglês).
Em vários dos Estados mais pobres e frágeis da África, só uma pessoa em cada 10 está online. De
acordo com a ITU, a população desconectada é, em maior parte, feminina, idosa, menos escolarizada,
mais pobre e vive em áreas rurais.
Globalmente, 47% da população navega na rede mundial, ainda bem menos do que a meta da ONU
– 60% por cento até 2020. Aproximadas 3,9 bilhões de pessoas, mais da metade do contingente global,
não o faz. A ITU acredita que 3,5 bilhões de pessoas terão acesso até o final deste ano.
"Em 2016, as pessoas não irão mais ficar online, elas estão online. A disseminação das redes 3G e
4G pelo mundo levou a internet a cada vez mais pessoas", aponta o relatório.
Empresas de telecomunicação e de internet estão se expandindo, já que smartphones mais acessíveis
estão estimulando os consumidores a navegar pela internet, aumentando a demanda por serviços de
dados robustos. Mas os países menos desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês) ainda estão ficando para
trás do restante.
"Os níveis de penetração da internet nos LDCs hoje em dia chegaram ao nível visto nos países
desenvolvidos em 1998, o que leva a crer que os LDCs estão quase 20 anos atrás dos países
desenvolvidos", informa o relatório.
O documento culpou o custo dos serviços e da ampliação da infraestrutura a consumidores em áreas
rurais e remotas, e ainda o preço alto do uso de celulares.

Nº de casas com computador cai pela 1ª vez no Brasil, diz IBGE77


A internet do Brasil enfrentou duas situações distintas em 2015. A quantidade de internautas brasileiros
ultrapassou a casa dos 100 milhões e o ano foi o primeiro a registrar uma redução no número de casas
que possuíam computadores com acesso à internet.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25).
O total de domicílios com a presença de computadores caiu de 32,5 milhões para 31,4 milhões (48,5%
do total para 46,2%) entre 2014 e 2015. É bom notar que essa é a primeira queda em números absolutos.
Em 2014, houve queda percentual.
A quantidade de residências que tinham PCs conectados à internet também recuou no mesmo período.
Passou de 28,2 milhões para 27,5 milhões.
Apenas três unidades federativas não apresentaram recuo na presença dos computadores em
residências: Distrito Federal (70,4%), Santa Catarina (57,3%) e Rio Grande do Norte (37%). A queda foi
generalizada nos outros, mas maior percentualmente no Acre, Mato Grosso e Amapá.

75
18/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/venda-de-celulares-no-brasil-avanca-72-no-3-trimestre-de-2016-diz-
idc.html
76
22/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/quase-50-da-populacao-mundial-estara-online-no-fim-de-2016-diz-
onu.html
77
25/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/n-de-casas-com-computador-cai-pela-1-vez-no-brasil-diz-ibge.html

. 72
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
"Isso se deve ao crescimento do acesso por meio de outros equipamentos e em outros locais que não
o domicílio”, analisa o IBGE.

Com celular
O “outro equipamento” citado pelo instituto é o celular. E esse cenário é um aprofundamento de uma
situação constatada na Pnad de 2014. No relatório daquele ano, o IBGE havia mostrado que os
smartphones tinham passado os computadores e se tornado os aparelhos preferidos dos brasileiros para
acesso à internet.
A Pnad de 2015 mostra que o celular continua tomando espaço de outro equipamento: o telefone fixo.
Os aparelhinhos móveis passaram a ser o único telefone de 58% das casas brasileiras, um avanço de
1,7 ponto percentual. O fenômeno é mais forte nas regiões Norte (74,7%) e Nordeste (72,8%).

Mas nem tanto


Segundo o IBGE, o Brasil tinha 63,5 milhões de casas com telefone (fixo ou celular).
Apesar de ter diminuído em 855 mil o total de domicílios com o aparelho, o percentual de casas com
acesso ao equipamento variou pouco. A penetração dos aparelhos ficou em 93,3%, apenas 0,1 ponto
percentual abaixo do indicado em 2014.

Japão planeja supercomputador para retomar ponta em tecnologia78


O Japão planeja construir o supercomputador mais rápido do mundo, em uma aposta para municiar
as fabricantes do país com uma plataforma para pesquisa que pode ajudá-las a desenvolver e melhorar
os carros autônomos, robótica e diagnósticos médicos.
O Ministério da Economia, Comércio e Indústria investirá o equivalente a US$ 173 milhões no projeto.
O projeto é parte de uma política do governo para retomar a posição do Japão no mundo da tecnologia.
O país perdeu a dianteira em muitas áreas em meio à intensa competição com Coreia do Sul e China,
lar da máquina com melhor performance do mundo atualmente.
Em um movimento que deve colocar o Japão no topo dos supercomputadores, os engenheiros devem
construir uma máquina que pode fazer 130 quadrilhões de cálculos por segundo -- ou 130 petaflops, em
linguagem científica -- no início do ano que vem, disseram fontes envolvidas no projeto.
Nesta velocidade, o computador japonês estaria à frente do chinês Sunway Taihulight, que tem
capacidade de 93 petaflops.
"Até onde sabemos, não há nada que seja tão rápido", disse o diretor geral do Instituo Nacional de
Ciências Industriais Avançadas e Tecnologia do Japão, Satoshi Sekiguchi. O computador será construído
no instituto.
O esforço para retornar à vanguarda acontece num momento de crescente nostalgia do auge da
destreza tecnológica do Japão, que diminuiu desde que a China o superou como a segunda maior
economia do mundo.

Maiores de 40 anos passam jovens em nº de internautas no Brasil, diz IBGE79


Os brasileiros maiores de 40 anos ultrapassaram os jovens em 2015 e passaram a formar um grupo
maior de internautas no Brasil do que o composto por pessoas com idade entre 15 e 24 anos.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25/11/2016).
O número de internautas brasileiros cresceu 7,1% e chegou a 102,1 milhões em 2015. O ano marcou
ainda a primeira vez que caiu o número de domicílios com computador e das casas com PCs conectados
à internet.

'Quarentões' e maiores de 50
Considerando as faixas etárias, os “quarentões” e os “cinquentões” somados às pessoas mais idosas
compõem, respectivamente, o segundo e o primeiro grupos de internautas que mais cresceram em 2015.
As pessoas com idade entre 40 e 49 anos conectadas à internet somaram 15,5 milhões, alta de 13,9%
em relação a 2014. Já os usuários de internet com mais de 50 anos formaram um contingente de 14,8
milhões, 20,1% maior que no ano anterior.
Com isso, os brasileiros “cinquentões” e mais velhos se tornaram mais numerosos na internet que
jovens com idade entre 20 e 24 anos, que eram 12,5 milhões. Eles se tornaram a terceira faixa etária
mais abrangente do Brasil na rede, atrás só de “quarentões” e “trintões” (22,1 milhões).
78
28/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/japao-planeja-supercomputador-para-retomar-ponta-em-tecnologia.html
79
25/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/11/maiores-de-40-anos-passam-jovens-em-n-de-internautas-no-brasil-diz-
ibge.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
O crescimento da presença online dos brasileiros com mais de 40 anos foi suficiente para que, juntos,
chegassem a quase um terço de toda a população brasileira na internet. De quebra, superou os 26,9
milhões de jovens conectados em 2015.
A liderança dos mais velhos tende a crescer nos próximos anos. Isso porque a internet já é difundida
entre jovens (quatro a cada cinco já estavam conectados em 2015), mas apresenta índices menores de
adesão entre a população com idade superior a 30 anos.
Exemplifica a situação a relação entre os índices de conexão das pessoas maiores de 50 anos e o dos
indivíduos com idade entre 20 aos 24 anos: só 27,8% daqueles com mais de cinco décadas de vida
possuíam acesso e 80,7% dos jovens já estavam na rede.

ENERGIA

Na maioria dos países, os investimentos em energia são feitos em diferentes tipos de usinas,
justamente para evitar crises quando uma fonte de energia tem problemas de abastecimento, segundo
ensina a página na internet da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
No Brasil, ao contrário, 91% da eletricidade é de origem hidráulica. A falta de investimentos no setor é
apontada como a principal culpada pela crise atual. Os investimentos, que eram da ordem de US$ 13
bilhões anuais, caíram, na década de 90, para US$ 7 bilhões. O consumo de energia elétrica aumenta
5% ao ano. A propósito, este foi o argumento central para a privatização do setor elétrico brasileiro, fato
que predominou na agenda do setor nos últimos anos, desviando a atenção para a defasagem que se
acentuava entre a oferta e a demanda de energia no país.
Além disso, ao estimular o consumo, o governo promoveu uma maior demanda por parte da indústria.
Os aparelhos eletro-eletrônicos, cada vez mais comuns nas casas dos brasileiros, também absorvem
uma fatia da produção energética, agravando a crise.
Outro problema é a falta de integração existente entre as usinas. Enquanto as hidrelétricas do Sudeste
enfrentam os níveis mais baixos de abastecimento desde que foram construídas, sobra água e energia
no Sul e no Norte, onde as usinas estão, em média, com altos níveis de abastecimento. A falta de linhas
de transmissão de alta capacidade impede a transmissão de energia entre estas regiões.
Segundo muitos estudiosos do setor elétrico, houve excessiva demora na implantação de medidas de
contenção do consumo de energia, incluindo o próprio racionamento, uma vez que a crise já era
anunciada há vários anos.

Os leilões de aquisição de energia80


No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), os agentes vendedores (geradores, comercializadores
e autoprodutores) e as distribuidoras estabelecem Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente
Regulado (CCEAR) precedidos de licitação ressalvados os casos previstos em lei, conforme regras e
procedimentos de comercialização específicos.
A Energia de Reserva é Destinada a aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica ao
Sistema Interligado Nacional - SIN. Esta energia adicional é contratada por meio de Leilões de Energia
de Reserva - LER e busca restaurar o equilíbrio entre as garantias físicas atribuídas às usinas geradoras
e a garantia física total do sistema, sem que haja impacto nos contratos existentes e nos direitos das
usinas geradoras. A contratação desta energia tem por objetivo, ainda, reduzir os riscos de desequilíbrio
entre a oferta e demanda de energia elétrica. Tais riscos decorem, principalmente, de atrasos
imprevisíveis de obras, ocorrência de hidrologias muito críticas e indisponibilidade de usinas geradoras.

Compreendendo um leilão de energia


O conceito “leilão” remete à concorrência entre agentes em um local pré designado, em data marcada.
Não é diferente o caso dos leilões da área de energia elétrica, sendo a partir deles que se realiza a
concessão de novas usinas e se fecham contratos de fornecimento para atender à demanda futura das
distribuidoras de energia. Desse modo, os leilões de energia são de extrema importância para a
sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.
O Leilão de energia elétrica é um processo licitatório, ou seja, é uma concorrência promovida pelo
poder público com vistas a se obter energia elétrica em um prazo futuro (pré-determinado nos termos de
um edital), seja pela construção de novas usinas de geração elétrica, linhas de transmissão até os centros
consumidores ou mesmo a energia que é gerada em usinas em funcionamento e com seus investimentos
já pagos, conhecida no setor como “energia velha”.

80
Disponível em: http://www.mme.gov.br/programas/leiloes_de_energia/menu/inicio.html.
Disponível em: http://www.abradee.com.br/setor-eletrico/leiloes-de-energia.

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Sem os leilões, portanto, seria difícil para o setor elétrico conseguir equilibrar oferta e consumo de
energia e, consequentemente, aumentar-se-iam os riscos de falta de energia e de racionamento. Os
leilões de energia elétrica, ao definirem os preços dos contratos, definem, também, a participação das
fontes de energia utilizadas na geração, o que impacta na qualidade da matriz elétrica de nosso país em
termos ambientais (mais ou menos energia hidrelétrica, nuclear, eólica, queima de combustíveis,
biomassa, etc.), bem como no valor das tarifas pagas pelos consumidores.
No que tange a coordenação hierárquica, todos os leilões de energia passam pela coordenação e
controle da Agência reguladora do setor elétrico, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a qual,
por sua vez, é ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME). Vale acrescentar que o Instituto Acende
Brasil realiza uma análise sistemática dos leilões realizados no setor elétrico, trabalho desempenhado
desde junho/2007 e que pode ser conferido ao clicar no link.

Os leilões de compra / venda de energia


Os leilões de compra / venda de energia elétrica são realizados no âmbito do Ambiente de Contratação
Regulada (ACR) - parte do mercado elétrico em que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) opera, atuando em sua coordenação [encontre o endereço da Câmara em nossa seção de links
do setor elétrico]. A maior parte da energia contratada nessa modalidade de leilões vai para as próprias
Distribuidoras de energia - dentre elas, as associadas da Abradee - para distribuir aos consumidores da
área geográfica em que atuam. Adicionalmente, conforme redação do Decreto nº 5.163 de 2004, em seu
artigo 11, parágrafo 4°, a ANEEL também poderá promover leilões para compra de energia de fontes
alternativas, nos casos em que esteja em risco a obrigação de atendimento de 100% da demanda dos
agentes de distribuição.

Energia Nova ou Energia Existente


Os leilões são divididos de acordo com o tipo de empreendimento: se novo ou existente. Os chamados
leilões de energia existente são aqueles destinados a atender as distribuidoras no ano subsequente ao
da contratação (denominado A-1) a partir de energia proveniente de empreendimentos em operação. Já
os leilões de energia nova destinam-se à contratação de energia proveniente de usinas em projeto ou em
construção, que poderão fornecer energia em 3 (denominado A-3) ou 5 (A-5) anos a partir da contratação.
Esta segmentação é necessária porque os custos de capital dos empreendimentos existentes não são
comparáveis aos de empreendimentos novos, ainda a ser amortizados.
Após o advento da Lei 12.783 de 2013, parte considerável da energia “velha”, proveniente de
empreendimentos hidroelétricos com mais de trinta anos, passou a ser comercializada com preços
regulados pela ANEEL e com montantes contratados pelo regime de cotas nas distribuidoras.
Efetivamente, esses agentes passaram a não poder mais participar dos leilões do ACR.

Contratos por Quantidade ou por Disponibilidade


Os contratos resultantes dos leilões podem ser de duas modalidades diferentes: por quantidade ou por
disponibilidade. Os contratos por quantidade preveem o fornecimento de um montante fixo de energia a
um determinado preço. Nesta modalidade, geralmente utilizada para a contratação de energia hidráulica,
os geradores estão sujeitos a riscos de sobras ou déficits de energia, liquidados ao PLD, sendo que esses
riscos são minimizados pelo chamado Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Esse mecanismo
realoca montantes de energia gerados entre as usinas participantes, reduzindo o risco de exposição de
agentes individuais.
Os contratos por disponibilidade, por sua vez, são destinados à contratação de usinas termelétricas, e
preveem uma remuneração fixa ao agente gerador, independente do que for efetivamente gerado. Nesses
contratos, a parcela fixa é destinada à cobertura dos custos fixos para a disponibilização da usina ao
sistema, que pode ou não ser despachada por conta das condições hidrológicas do sistema interligado.
Todavia, quando essas usinas são despachadas, as distribuidoras devem pagar os curtos variáveis
relativos ao uso do combustível, que serão repassados aos consumidores no momento do reajuste
tarifário. O objetivo dos contratos por disponibilidade é garantir a segurança do sistema hidrotérmico.
Caso as condições hidrológicas sejam desfavoráveis, como em períodos excessivamente secos, essas
usinas podem ser solicitadas a despachar sua energia, reduzindo o risco do déficit de oferta do sistema
como um todo. Ao contrário, quando as condições hidrológicas são favoráveis, essas usinas são deixadas
em estado de espera.

Outras modalidades de leilões de energia


Ademais, fazem parte dos leilões de energia a construção de usinas de geração de eletricidade e de
linhas de transmissão de energia, tanto para a maior parte do Brasil que é integrada ao Sistema Interligado

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Nacional (SIN), quanto aos sistemas isolados de nosso país, onde ainda não foi possível efetuar a
conexão com nosso sistema elétrico principal, o SIN. Nesses leilões, a ANEEL e o MME atuam mais
diretamente, tendo inclusive a ANEEL mantido uma página dedicada à divulgação desses leilões, o
Espaço do Empreendedor.

Novas Tecnologias81
As grandes descobertas de petróleo no Brasil nos últimos anos, em especial na camada de Pré-Sal,
foram determinantes para que a Petrobras ampliasse ainda mais os seus investimentos em tecnologia de
exploração petrolífera, em parceria com universidades, centros de pesquisa e fornecedores. A empresa
já detém a tecnologia mais avançada do mundo em exploração de águas profundas, mas a produção do
Pré-sal, com profundidades superiores a 5 mil metros em relação ao nível do mar e sob lâminas d’água
de mais de 2 mil metros, exige uma revolução no setor.
A empresa conta hoje com 50 redes temáticas em 80 instituições. São investidos US$ 1,3 bilhão ao
ano nessas parcerias. O Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Produção em Águas
Profundas da Petrobras (Procap) engloba cinco áreas de atuação: novo conceito de sistemas de
produção; engenharia de poço; logística; reservatório; e sustentabilidade. Outra iniciativa importante
nessa área é a Rede Galileu, uma parceria da Petrobras com 14 universidades brasileiras, que recebeu
investimentos de R$ 117 milhões.
O Visão Futuro, da Procap, tem o objetivo de dar prioridade ao conteúdo nacional nos projetos. A meta
é promover o desenvolvimento da competência tecnológica e da engenharia brasileiras sempre em bases
competitivas. De acordo com a Petrobras, estimular o conhecimento tecnológico nacional, além de
contribuir para o desenvolvimento tecnológico do País, tornará mais fácil para a empresa no futuro adquirir
produtos no mercado interno, com o desenvolvimento de novos produtos e um suporte local eficiente para
manutenção e reposição de peças e equipamentos.
O carro-chefe do programa é a elaboração de um novo conceito de sistemas de produção inovadores.
Estão sendo desenvolvidos, por exemplo, equipamentos de processamento primário cerca de dez vezes
menores que os tradicionais. Usando-se recursos como força centrífuga ou campo eletrostático, esses
equipamentos, na forma de tubos compactos, podem ser instalados no fundo do mar, em grandes
profundidades, o que facilita a operação e economiza espaço nas plataformas.
Também estão em estudo o desenvolvimento de separadores compactos de fluidos (óleo, água e gás)
por membranas cerâmicas, aminas (composto molecular derivado da amônia) e micro-ondas, entre outras
alternativas. Essas tecnologias permitem maior eficiência energética, menores custos, aumento da
capacidade de produção e armazenagem da plataforma, além de diminuição do uso de produtos
químicos.
A Petrobras já opera atualmente algumas plataformas desabitadas, por meio de salas de controle em
terra, mas o objetivo é avançar ainda mais. Uma das possibilidades em estudo é a automação de
operações que hoje são realizadas passo a passo, como colocar um poço de petróleo em teste, fazer a
passagem do “pig” (equipamento para desobstrução de dutos), entre outras. Entre os benefícios previstos
estão a redução de custos operacionais com logística e do número de pessoas expostas a ambiente de
risco. Serão testados, também, nos próximos anos, diversos equipamentos para operação remota e
automação. Entre eles, robôs industriais com câmeras tridimensionais acopladas para auxiliar na
manutenção de plataformas.

Novas Reservas82
As estimativas de reservas para o Pré-sal brasileiro indicam potencial de 70 a 100 bilhões de barris de
óleo equivalente – boe (somatório de petróleo e gás natural), mas o caminho para a exploração de toda
essa riqueza ainda está em estágio inicial. A produção do primeiro óleo do Pré-Sal foi realizada em
setembro de 2008 no campo de Jubarte, que já produzia óleo pesado do pós-sal no litoral sul do Espírito
Santo. Localizado ao norte da Bacia de Campos, na área conhecida como Parque das Baleias, esse
reservatório está a uma profundidade de cerca de 4,5 mil metros.
A produção do Teste de Longa Duração (TLD) do prospecto de Tupi, atual campo de Lula, iniciou-se
em 1º de maio de 2008 e foi somente ao final de 2010 que a Petrobras e seus parceiros comerciais
iniciaram a produção em escala comercial nos campos do Pré-sal. De acordo com a Petrobras,
atualmente são extraídos cerca de 117 mil barris por dia de óleo no pré-sal das bacias de Santos e de
Campos, ambas no litoral sudeste do Brasil.

81
Fonte: Governo do Brasil
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura
82
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
A Petrobras prevê a “fase zero” de exploração do Pré-sal, ao priorizar a coleta geral de informações e
mapeamento do pré-sal, até 2018. Entre 2013 e 2016 está prevista a “fase 1a”, com a meta de atingir 1
milhão de barris por dia. Após 2017, terá início a “fase 1b”, com incremento da produção e aceleração do
processo de inovação. A Empresa informa que, a partir deste momento, é projetado o uso massivo de
novas tecnologias especialmente desenhadas para as condições específicas dos reservatórios do Pré-
sal.
A Petrobras ressalta ainda que não há nenhum obstáculo tecnológico para a produção nessa nova
fronteira exploratória e que os investimentos em tecnologia diminuem os custos e aumentam a velocidade
de exploração e produção no Pré-Sal. Segundo a Empresa, hoje o tempo médio de perfuração de um
poço equivale a 66% do tempo médio de perfuração de poços entre 2006 e 2007 no Pré-Sal.
Considerando que o afretamento (aluguel) de sondas de perfuração é um dos grandes custos de uma
empresa de petróleo, essa diminuição no tempo de perfuração tem grande impacto positivo na redução
de gastos da companhia.
As reservas conhecidas de petróleo da Petrobras atingiram 16 bilhões de boe em 2010. Com isso, a
participação do Pré-Sal na produção de petróleo passará dos atuais 2% para 18% em 2015 e para 40,5%
em 2020, de acordo com o Plano de Negócios 2011-2015. Hoje, são utilizadas 15 sondas de perfuração
equipadas para trabalhar em lâmina d’água (LDA) acima de 2 mil metros de profundidade. Em 2020, esse
número chegará a 65. Atualmente, são disponibilizados 287 barcos de apoio. O objetivo da Empresa é
atingir 568 barcos em 2020.
Aos poucos a extração nos campos do Pré-sal tem aumentado. No campo Lula (antes conhecido como
Tupi), na Bacia de Santos, está em operação um projeto-piloto que utiliza o FPSO denominada Angra dos
Reis, com capacidade para produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e 4 milhões de m³ de gás.
Trata-se da primeira plataforma de produção programada para operar em escala comercial naquela área.
Atualmente, o navio-plataforma ancorado a cerca de 300 km da costa produz em torno de 25 mil barris
de óleo por dia.
As informações coletadas por essas perfurações e em outras dezenas de poços permitiram reduzir
significativamente as incertezas sobre os reservatórios do Pré-Sal. Várias dessas reservas recém-
descobertas entraram em produção aproveitando plataformas que já operavam no pós-sal (acima da
camada de sal) de campos existentes e foram adaptadas para receber o óleo leve de reservatórios
identificados no Pré-Sal.

Brasil se destaca em ranking de energia eólica83


Com recente ingresso no setor, o Brasil já tem conquistado destaque no ranking de energia
eólica produzida ao redor do mundo. Atualmente, ocupamos a décima posição no ranking dos maiores
produtores de energia eólica e a previsão é de ultrapassarmos a Itália e chegarmos à nona colocação
ainda este ano.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) prevê que, até 2020, o Brasil figure entre os
cinco maiores produtores, que hoje são China, EUA, Alemanha, Índia e Espanha. Além do Brasil e da
Itália, o ranking de energia eólica também é composto por Rússia, Canadá e França.
Os investimentos em energia eólica no Brasil nos últimos dois anos chegam à casa dos R$ 30 milhões
e 81 mil postos de trabalho foram criados na área desde então. São 8,72 GW de capacidade instalada e
distribuída em 349 usinas, a maioria na região Nordeste.

Petróleo sobe após comentários do Kuwait sobre produção84


Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira (05/04/2016) após o Kuwait insistir que os grandes
produtores vão concordar em congelar a produção este mês, mesmo que o Irã obstrua o plano.
Uma reunião de países produtores de petróleo em Doha, no dia 17 de abril, apresentará um acordo
para congelar a produção nos níveis máximos de janeiro, disse o delegado do Kuweit na Opep, após
Teerã jogar água fria no plano novamente.
Os contratos futuros do petróleo, que operaram em queda durante a sessão e se estabilizaram com a
garantia do Kuweit, passaram a subir perto do fechamento com um movimento de cobertura de posições
vendidas.
"Não teve notícias além do barulho em relação ao encontro de 17 de abril, então eu presumo que foi
alguma compra técnica que aconteceu", disse um operador. O Brent encerrou em alta de US$ 0,18, a
US$ 37,87 por barril, após ter tocado mínima de um mês a US$ 37,27 por barril mais cedo no dia.

83
Fonte: ambienteenergia.com.br
84
05/04/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/04/petroleo-sobe-apos-comentarios-do-kuwait-sobre-producao.html

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O petróleo nos EUA encerrou a sessão em alta de US$ 0,19, a US$ 35,89 por barril, após ter tocado
US$ 36,15 logo antes do fechamento do mercado. Mais cedo, o contrato chegou a cair para US$ 35,24
por barril.

Usina de Belo Monte começa a distribuir energia com um ano de atraso85


A hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará, começou a distribuir energia em
abril de 2016. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 5, pela concessionária Norte Energia, dona da
usina. O início da operação ocorre com um pouco mais de um ano de atraso. Pelo cronograma original,
Belo Monte tinha que ter sido acionada em 28 de fevereiro de 2015. Foram ligadas duas turbinas da usina
e conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de transmissão usada para distribuir energia
no País. A primeira turbina, de 611,1 megawatts (MW), foi sincronizada ao sistema no
domingo(03/04/2016). A segunda, de 38,9 MW, foi acionada nesta terça(05/04/2016). Ambas passaram
a fornecer energia em fase de pré-operação comercial.

Capacidade de geração de energia cresce 357 MW em fevereiro86


Em relação ao mesmo período de 2015, houve crescimento de 5,5%. Novas usinas eólicas
adicionaram 270 MW à potência do País
O Brasil registrou a entrada em operação comercial de novos 357,35 Megawatts (MW) de capacidade
instalada em fevereiro. O volume, incluído ao Sistema Interligado Nacional (SIN), tem participação de 270
MW de capacidade eólica e 86 MW hidrelétrica de novos empreendimentos.
Também entraram em operação comercial 289,0 quilômetros de linhas de transmissão em fevereiro.
Os dados são do Boletim Mensal de Monitoramento do Setor Elétrico, divulgado, na última sexta-feira
(1º), pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
De acordo com a boletim, a capacidade instalada total de geração elétrica no Brasil atingiu 142.179
MW em fevereiro. Em relação ao mesmo período de 2015, houve expansão de 7.386 MW (crescimento
de 5,5%), sendo 2.809 MW gerados por fonte hidráulica, 1.799 MW produzidos por térmicas, 2.770 MW
de eólicas e 8 MW de energia solar.
Quanto à produção de energia elétrica, o boletim aponta que, em dezembro de 2015, a geração
hidráulica correspondeu a 71,5% do total gerado no País, 2,0 pontos percentuais (p.p.) acima ao verificado
no mês anterior. Já o segmento eólico apresentou aumento de 0,2 p.p na matriz de produção de energia
elétrica no Brasil. A participação de usinas térmicas caiu 2,2 p.p. entre novembro e dezembro de 2015.
O Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro traz informações atualizadas e
consolidadas sobre a operação eletroenergética no País, para registro e acompanhamento de temas
relevantes do setor elétrico, tais como a expansão e o desempenho dos sistemas de geração, transmissão
e distribuição, as condições hidrometeorológicas e a política operativa adotada, o comportamento do
mercado consumidor e as ocorrências de maior impacto ao Sistema Elétrico Brasileiro (SEB).

Senado aprova projeto que muda regras de exploração do pré-sal87


O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (24/02/2016), por 40 votos favoráveis, 26 contrários e
duas abstenções, o texto substitutivo do projeto de lei que altera as regras de exploração de petróleo do
pré-sal. Os senadores rejeitaram todos os destaques (sugestões de mudança no texto aprovado) ao texto,
que segue agora para apreciação na Câmara dos Deputados.
A proposta retira da Petrobras a exclusividade das atividades no pré-sal e acaba com a obrigação de
a estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da
camada. O projeto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) e foi relatado pelo senador Ricardo
Ferraço (sem partido-ES).
Antes da votação, os senadores discutiram a matéria por mais de quatro horas. Parlamentares
governistas criticavam o projeto, alegando que a aprovação do texto significaria entregar o pré-sal ao
capital estrangeiro em um momento de desvalorização dos barris do petróleo.
"Esse projeto acaba com a política de controle nacional. A Petrobras deixar de ser a operadora única
do pré-sal é um desastre. Nós estamos entregando a preço de banana, US$ 30 o preço do barril. Nós
descobrimos o pré-sal e vamos entregar de bandeja?", protestou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

85
05/04/2016
Fonte: http://economia.uol.com.br/ - Adaptado
86
04/04/2016
Fonte: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/04/capacidade-de-geracao-de-energia-cresce-357-mw-em-fevereiro
87
24/02/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/02/senado-aprova-projeto-que-muda-regras-de-exploracao-do-pre-sal.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Já os senadores favoráveis ao projeto argumentavam que a Petrobras, por conta do alto nível de
endividamento e também por causa dos escândalos de corrupção, não tem mais condições de cumprir
as obrigações previstas em lei.
"A Petrobras era obrigada a ser operadora de todos os blocos de exploração, independente de querer
ou não. A Petrobras não exercia a sua vontade, sua condição de escolher", disse Romero Jucá.
Segundo o substitutivo aprovado, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) definirá quais blocos do pré-
sal serão leiloados. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) será o responsável por decidir,
de acordo com o interesse nacional, quem vai explorar as áreas do pré-sal. Então, o órgão oferecerá a
Petrobras a preferência para ser a operadora dessas áreas, contratadas sob o regime de partilha de
produção.
A Petrobras terá até 30 dias para se manifestar sobre o direito de preferência em cada uma das áreas
ofertadas. Essa decisão será levada à Presidência da República, que dará a palavra final sobre o que a
Petrobras irá efetivamente explorar. Nas áreas de interesse do governo, a estatal deverá participar com
o percentual mínimo de 30% dos investimentos.
O que não for considerado estratégico para o país ser explorado para a Petrobras será colocado em
leilão e poderá ser explorado e operado por qualquer empresa que ganhe a licitação. "Portanto, nós
abrimos o mercado, mas resguardando o filé, a estratégia e a melhor remuneração para a Petrobras",
afirmou o relator da matéria em plenário, Romero Jucá.

Articulação
O senador Romero Jucá explicou que, para ir à votação nesta quarta-feira, o projeto precisou ser
discutido com o governo federal.
"Conversamos com o governo porque nós entendíamos que era possível construir um entendimento
para avançar no projeto. Se procurou uma forma de fortalecer a Petrobras e, a partir daí, o governo vai
ter a decisão de decidir o que será prioridade do governo, da Petrobras. É uma forma inteligente de
reerguer a Petrobras", contou Jucá.
Contrário ao projeto, o senador Lindbergh Farias disse que, ainda que a palavra final seja do governo,
o projeto preocupa a longo prazo. "O governo da presidente Dilma vai até 2018. Até lá, com esse preço
do barril em baixa, poucas áreas vão ser leiloadas. E depois? E se se os tucanos assumirem o governo?
Tudo será entregue ao capital estrangeiro, quase de graça", projetou Lindbergh.
O novo líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE), seguiu na mesma linha do colega de
partido. "Não é uma política de Estado, é uma política de governo. Se o governo mudar, muda a estratégia
para o pré-sal", argumentou Humberto Costa.

Modificações
O texto inicial do senador José Serra não previa a prioridade da Petrobras na escolha dos blocos de
exploração do pré-sal. De acordo com a redação orginal, a ANP determinaria as áreas a serem leiloadas
e seria aberta uma licitação para que Petrobras e demais empresas disputassem o bloco a ser explorado.
Dessa maneira, o texto desagradava governo e senadores da base aliada porque retirava o
protagonismo da estatal na exploração do pré-sal. Diante disso, para que houvesse um entendimento
entre governo e senadores favoráveis ao projeto, ficou estabelecido, no texto aprovado nesta quarta-feira,
que a Petrobras teria preferência nas áreas cuja exploração considerasse estratégica.

Brasil estará entre os 20 países com maior geração solar em 201888


O mundo contabilizou, ao final de 2014, uma potência instalada de geração de energia solar
fotovoltaica de 180 Gigawatts (GW), 40,2 GW a mais que em 2013. Os dados constam do boletim “Energia
Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2014”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia
(MME), e apontam que, em dois anos, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de
energia solar no mundo.
Os cinco primeiros países em potência instalada – Alemanha, China, Japão, Itália e EUA – respondem
por 70% do total mundial nesta fonte. Em 2016, a China deverá alcançar o 1º lugar no ranking mundial
de potência instalada. De acordo com o boletim, a Grécia tem o maior percentual de geração solar em
relação à sua geração total (9,5%), seguida pela Itália (8,6%).
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA) a energia solar poderá responder por
cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050 (5 mil TWh). A área coberta por painéis

88
03/01/2016
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/01/03/brasil-estara-entre-os-20-paises-com-maior-geracao-solar-em-2018/?from_rss=None

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fotovoltaicos capaz de gerar essa energia é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado
(quase uma vez e meia a área do DF).
Em 2018, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia solar, considerando-
se a potência já contratada (2,6 GW) e a escala da expansão dos demais países. O Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE 2024) estima que a capacidade instalada de geração solar chegue a 8.300
MW em 2024, sendo 7.000 MW geração descentralizada e 1.300 MW distribuída. A proporção de geração
solar deve chegar a 1% do total.
Estudos para o planejamento do setor elétrico em 2050 estimam que 18% dos domicílios no Brasil
contarão com geração fotovoltaica (8,6 TWh), ou 13% da demanda total de eletricidade residencial.

Governo contrata estudo sobre hidrelétricas89


O Brasil utilizará recursos do Banco Mundial em um estudo sobre como construir hidrelétricas de uma
maneira que favoreça o desenvolvimento e a sustentabilidade, em um sinal de que os grandes
empreendimentos hídricos não saíram dos planos do país mesmo com a recente negativa do Ibama ao
licenciamento ambiental da megausina São Luiz do Tapajós, no Pará.
A implementação de usinas hídricas de grande porte no Norte do país foi um dos focos da política
energética nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), que definiram esses projetos como
"estruturantes", uma vez que o objetivo era que as obras promovessem crescimento econômico na região.
Os empreendimentos, no entanto, foram alvo constante de críticas e protestos por parte de
ambientalistas e organizações não-governamentais.
Agora, o Ministério de Minas e Energia investirá cerca de R$ 780 mil em um estudo com duração
prevista de 270 dias sobre "implantação de usinas hidrelétricas estruturantes" e a elaboração de planos
de "desenvolvimento regional sustentável".
Os recursos para a contratação vieram do Banco Mundial, por meio de um acordo de colaboração
entre a pasta e a instituição financeira chamado "Projeto Meta".
O ministério disse, em resposta a questionamentos da Reuters, que o estudo não tem como objetivo
atender especificamente um projeto, como o de Tapajós, mas sim buscar melhores práticas para a
implementação de hidrelétricas em geral, que não serão abandonadas pelo novo governo do presidente
Michel Temer.
"As hidrelétricas de todos os portes estão contempladas no planejamento energético do país e
continuam com um papel importante na composição da matriz... a contratação em questão tem o objetivo
de melhorar a forma de implantar esses projetos", explicou a pasta.
As usinas hídricas de grande porte respondem por cerca de 61% da capacidade de geração em
operação no Brasil, enquanto hidrelétricas de pequeno porte representam outros 3%.
O presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, disse em entrevista
recente à Reuters que "o Brasil é um país hidrelétrico", que buscará desenvolver esses empreendimentos
dentro de uma visão de desenvolvimento sustentável. "Lutaremos pelas hidrelétricas", destacou.
Tapajós vive
Em agosto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou
e arquivou um pedido de licenciamento ambiental da usina de São Luiz do Tapajós, prevista para ser uma
das maiores do país quando construída no rio Tapajós, no Pará.
Mas na última sexta-feira a diretora de licenciamento ambiental do órgão, Rose Hofman, disse que não
vetou o polêmico projeto.
"O despacho pelo arquivamento de Tapajós é meramente por não cumprimento de prazos. Se olharem
com cuidado a motivação do meu despacho de arquivamento é meramente falta de entrega de
documentos. Quando o projeto estiver maduro suficiente pode ser protocolado de novo e analisado de
novo", explicou.
Em agosto, após arquivamento do licenciamento pelo Ibama, o ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho Filho, afirmou que o governo iria arquivar o projeto por ora, mas não descartou uma retomada da
usina no futuro.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Desemprego no Japão cai para 3% em julho, melhor resultado em 20 anos90


A taxa de desemprego no Japão caiu em julho um décimo de ponto percentual, para 3%, o que
representa o melhor resultado do país nas duas últimas décadas, segundo o governo. Esta é a taxa de
89
24/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/governo-contrata-estudo-sobre-hidreletricas.html
90
30/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/desemprego-no-japao-cai-para-3-em-julho-melhor-resultado-em-20-
anos.html

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desemprego mais baixa no Japão desde maio de 1995, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior e
Comunicações.
O dado correspondente ao sétimo mês do ano está um décimo acima da maioria das previsões feitas
pelos economistas. O número de pessoas sem emprego em julho foi de 2,03 milhões, o que representa
190 mil pessoas ou 8,6% a menos que no mesmo mês de 2015.
O número de pessoas empregadas aumentou em 980 mil (ou 0,3%) em relação a julho do ano
passado, para 64,79 milhões. Para cada 100 solicitantes de emprego, foram oferecidos no Japão em julho
137 postos de trabalho, mesmo número que em junho. O dado volta a ressaltar a extrema rigidez vivida
pelo mercado de trabalho japonês.
No entanto, o dado recorde foi afetado pela divulgação simultânea da despesa das famílias japonesas
também em julho, mês no qual caiu, em termos reais, 0,5% em taxa anualizada. Embora este retrocesso
do indicador - o quinto consecutivo - seja menor do que o previsto pelos analistas, o número destaca o
enfraquecimento da demanda interna, principal motor da terceira maior economia mundial, e a aparente
incapacidade do governo japonês para virar esta tendência. A maioria dos economistas consultados nesta
terça-feira (30/08/16) pelo jornal econômico "Nikkei" situam as razões por trás desta situação na ausência
de aumentos salariais significativos, apesar da melhora do mercado de trabalho motivada pelas
perspectivas pessimistas, que proporcionam um menor crescimento econômico no país este ano. A
despesa média mensal das famílias com dois ou mais residentes foi de 278.067 ienes (US$ 2.731). A
renda média por família assalariada caiu 1,8% (taxa anualizada) em julho, para 574.227 ienes (US$
5.639).

Vai a 247 o nº de mortos após forte terremoto na Itália91


O número de mortos após o forte terremoto que atingiu a região central da Itália na quarta-feira
(24/08/16) subiu para 247, informou a Defesa Civil nesta quinta (25/08/16), 27 horas após o tremor. O
último balanço aponta ainda que 350 ficaram feridos e centenas seguem desaparecidos.
O tremor matou, por enquanto, 190 na província de Rieti e 57 na província de Ascoli. As buscas por
sobreviventes não tem previsão de interrupção durante a madrugada, segundo as autoridades.
Escavadeiras estão sendo usadas nos maiores desmoronamentos, mas em diversos pontos bombeiros
e socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas.
Na cidade de Accumoli, cerca de 150 sobreviventes passaram a primeira noite após o terremoto em
um abrigo improvisado em um parque público, onde voluntários também estavam recebendo doações. O
município fica no alto de uma colina e sofreu graves danos, com o desabamento de várias casas e
rachaduras nas ruas. Sem luz, os moradores também foram obrigados a enfrentar baixas temperaturas
durante a madrugada.

Mais de 4 mil migrantes morreram até julho no Mediterrâneo92


Mais de 4 mil migrantes e refugiados perderam a vida durante o ano, o que representa um aumento
de 26% em relação ao mesmo período de 2015, anunciou nesta terça-feira (02/08/16) a Organização
Internacional para as Migrações (OIM). Um total de 4.027 migrantes morreram quando tentavam cruzar
o Mediterrâneo, mas também nas estradas do norte da África e na fronteira entre Turquia e Síria, informa
um comunicado da agência com sede em Genebra. Deles, 3.120 pessoas morreram no Mediterrâneo
entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, segundo a OIM.
A rota marítima mais perigosa continua sendo a travessia à Itália, que deixou 2.692 mortos, muito à
frente dos itinerários à Grécia (383 mortos) e à Espanha (45 mortos). Quanto aos desaparecidos no
Mediterrâneo, a OIM aumentou nesta terça-feira o balanço após a descoberta recente de 120 corpos nas
praias da cidade líbia de Sabrata. A organização e a guarda-costeira líbia não souberam informar se estes
desaparecimentos se devem a um ou a vários naufrágios de embarcações de migrantes. Além do
Mediterrâneo, o norte da África foi neste ano a região mais perigosa, com 342 migrantes mortos.

Em carta ao bloco, Serra diz que presidência do Mercosul está vaga93


O ministro das Relações Exteriores, José Serra, enviou carta aos chanceleres do Ururguai, Argentina
e Paraguai na qual declara que o Brasil considera vaga a presidência do Mercosul. Na última sexta-feira
(29/07/16), o Uruguai, então ocupante do cargo, afirmou que seu período na presidência do bloco havia
terminado, sem transferir o mandato para um país sucessor. A sucessora seria a Venezuela. A
presidência pro tempore do Mercosul muda de seis em seis meses, na ordem alfabética dos países. No

91
25/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/vai-247-o-n-de-mortos-apos-forte-terremoto-na-italia.html
92
02/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/mais-de-4-mil-migrantes-ate-julho-de-2016.html
93
02/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/em-carta-ao-bloco-serra-diz-que-presidencia-do-mercosul-esta-vaga.html

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entanto, Brasil, Argentina e Paraguai são contra a presidência dos venezuelanos. Na carta, Serra disse
que a Venezuela não preenche requisitos para presidir o Mercosul.

Proposta da Argentina
Nesta segunda-feira (1/08/2016), a Venezuela rejeitou a reunião de coordenadores proposta pela
Argentina visando resolver as divergências em torno da presidência do Mercosul.
A Argentina propõe que seja feita uma reunião de coordenadores, com representantes de Brasil,
Paraguai e da própria Argentina, para destravar as divergências sobre a Venezuela assumir a presidência
do bloco.

Entenda as diferenças entre União Europeia, zona do euro e espaço Schengen94


Em um referendo histórico realizado no dia 23 de junho de 2016, os britânicos votaram pela saída do
Reino Unido da União Europeia, bloco econômico do qual o Estado começou a fazer parte em 1973. Essa
é a primeira vez em que um membro da UE opta por sair do bloco europeu - decisão que tem muito
potencial para influenciar a geopolítica mundial nos próximos anos.
O Reino Unido já não fazia parte de outros dois acordos característicos da União Europeia: a zona do
euro e o espaço Schengen. Entenda, a seguir, quais são as diferenças entre cada um deles.
União Europeia: é uma união econômica e política formada atualmente por 27 países europeus. Ela
tem suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade Econômica
Europeia (CEE), organizações internacionais formadas pela França, Itália, Alemanha Ocidental, Bélgica,
Holanda e Luxemburgo nos anos 50.
Tratado de Maastricht: a União Europeia do modo como conhecemos hoje foi instituída em 1993 com
o Tratado de Maastricht. A partir dele, foram estabelecidas metas de livre circulação de mercadorias, de
pessoas, de serviços e de capitais, tendo como objetivo a estabilidade política do continente europeu.
Mercado e política: o mercado comum da UE possui um sistema de políticas de regulamentação que
são aplicadas a todos os seus Estados-membros. O bloco econômico também possui diversos tratados
e leis em comum. O conselho da União Europeia é a instituição da UE onde os ministros de cada Estado-
membro aprovam leis e coordenam políticas internas e externas. Sua sede fica em Bruxelas, cidade que
é considerada a capital da União Europeia.
Zona do euro: já a zona do euro, em que é adotada como moeda comum o euro, foi criada somente
em 1998. Ela não é composta por todos os países que fazem parte da União Europeia – atualmente,
apenas 19 dos 27 Estados-membros da UE utilizam o euro como moeda. É o caso, por exemplo, da
República Tcheca, que faz parte da UE mas utiliza como moeda a coroa tcheca(CZK). Existem ainda
alguns pequenos países que não fazem parte da UE oficialmente mas que utilizam o euro, como é o caso
de Andorra, Mônaco e do Vaticano.
Critérios: a criação do euro teve como intenção fortalecer a economia dos países que o adotassem
como moeda e também facilitar e ampliar as relações comerciais entre países da UE. No entanto, foram
estabelecidos alguns critérios para adesão à moeda – o país que desejar aderir ao euro deve ter alta
estabilidade nos preços e não apresentar déficit excessivo no orçamento nacional, por exemplo.
Espaço Schengen: é a área resultante de uma políticade abertura de fronteiras, ou seja, onde a
circulação de pessoas é livre. Ele coincide com grande parte do território da União Europeia – atualmente,
apenas a Irlanda e Reino (que atualmente estuda um processo de saída da EU) integram o bloco e não
assinaram o acordo de Schegen. Além disso, Islândia, Noruega e Suíça, que não são Estados-membros
da UE, fazem parte do acordo.
Fronteiras: dentro do espaço Schengen, as viagens entre um país e outro são consideradas
domésticas. Por isso, não há obrigatoriedade de controle de passaporte nas fronteiras, a não ser quando
se chega de um país de fora ou quando se deixa a zona Schegen.
Documentos: cidadãos residentes dos países que fazem parte do espaço Schengen podem viajar
dentro da zona sem passaporte, portanto apenas um documento de identidade. Os turistas, no entanto,
devem portar obrigatoriamente o passaporte.
Estado de emergência: em casos de risco para a segurança nacional de algum país, é possível que
ele reative o controle das suas fronteiras mesmo dentro do espaço Schengen. É o caso da França, por
exemplo, que decretou um estado de emergência para o país após os atentados terroristas de novembro
de 2015. Com essa medida, a polícia francesa voltou a fazer controle de passaporte tanto na entrada
quanto na saída do país, independentemente da origem ou destino do viajante.

94
22/07/2016 – Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/entenda-diferencas-uniao-europeia-zona-euro-espaco-
schengen-961601.shtml

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O Reino Unido decidiu sair da União Europeia. E agora?95
Aconteceu: o Reino Unido decidiu em referendo que não quer mais ser parte da União Europeia (UE).
Ninguém sabe exatamente o que acontece agora, e esse é justamente o problema. Os mercados
reagiram levando a libra para seu menor nível em 31 anos e derrubando as ações europeias.
O primeiro-ministro David Cameron renunciou e o próprio país pode se desfazer. O "fico" ganhou na
Escócia, que se sente traída, já que os riscos econômicos pesaram na sua decisão de ficar dentro do
Reino Unido em outro referendo, realizado em setembro de 2014. A maioria da população da Irlanda do
Norte também votou por permanecer no bloco, e o partido político Sinn Féin já defende uma votação no
país para decidir sobre uma possível unificação com a República da Irlanda, que não faz parte do Reino
Unido e faz parte da UE.
Em pesquisa antes da votação, 88% dos economistas britânicos concordaram que a economia
britânica seria prejudicada pela Brexit [junção das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit
(saída)]. Na semana passada, 10 vencedores do Nobel divulgaram uma carta alertando para
consequências graves e duradouras.
A economia do país é bastante dependente do comércio internacional e 44% dos bens e serviços
exportados pelo Reino Unido têm a União Europeia como destino. Sair da UE dispara negociações não
só com o resto do continente mas também com cerca de 50 países que têm acordos com o bloco, além
de novas tarifas e barreiras.
É razoável supor que a União Europeia vai dificultar a vida dos britânicos, sob risco de estimular a
debandada demais países. O comércio provavelmente continuará intenso, mas não como antes. Isso
aumenta a incerteza e os custos no curto prazo, especialmente para setores como o financeiro. Não por
acaso, os grandes bancos trabalharam sem parar durante a apuração prevendo uma "catástrofe".

Risco para a União Europeia


"Acreditamos que as implicações para a UE (União Europeia) e a União Monetária Europeia são pelo
menos tão importantes do que para o Reino Unido", diz nota assinada pelo banco inglês Barclays em
janeiro.
A saída do país desperta novamente o temor de dissolução do bloco que tanto assustou os mercados
no pico da última crise do euro.
"O precedente de um estado membro saindo da união abriria a caixa de Pandora: poderia ser usado
como argumento político por partidos extremos e populistas, tanto da direita quanto da esquerda, para
pressionar por uma saída da UE, incluindo em alguns países do euro", diz o texto.

Previsões para o Reino Unido


De acordo com um relatório do think tank independente Open Europe, tudo depende do que o Reino
Unido fará com essa tal liberdade.
Ao decidir sair do bloco, o país perde o poder de voto e a partir daí é o bloco que estabelece o
calendário e os termos do rompimento.
No melhor cenário, o país consegue não apenas manter o livre comércio com a Europa mas também
se abre ainda mais para o resto do mundo. Nesse caso, o PIB seria 1,6% maior em 2030. No pior cenário,
sem acordo algum, o PIB cairia 2,2% no mesmo horizonte. O mais provável, no entanto, é alguma
combinação das duas coisas - colocando as estimativas numa janela mais realista entre perda de 0,8%
e ganho de 0,6%.
Tudo depende também do comportamento da economia europeia nas próximas décadas. Se ela
superar seus desafios e voltar a apresentar dinamismo, o custo da separação aumenta para a Grã-
Bretanha - e vice-versa.
Nenhum país saiu por livre e espontânea vontade da União Europeia até hoje. A Grécia quase saiu
algumas vezes, mas por causa de crises de liquidez e negociações tensas sobre pacotes de resgate, não
por um ato de vontade dos gregos.
"Se o Reino Unido colocasse tanto esforço em reformar a UE como teria de fazer para sair dela com
sucesso, tanto o país quanto a UE ficariam bem melhores", diz o relatório.

Grã-Bretanha é o mesmo que Reino Unido?


O termo "Grã-Bretanha" muitas vezes é usado como sinônimo de "Reino Unido", mas isso não é
inteiramente correto. Grã-Bretanha é o nome da grande ilha onde ficam apenas três dos quatro países
que formam o Reino Unido: Inglaterra, País de Gales e Escócia. O quarto membro, a Irlanda do Norte,
fica em outra ilha: a ilha da Irlanda, onde fica também a República da Irlanda - está um Estado

95
24/06/2016 – Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/reino-unido-votou-sair-uniao-europeia-agora-956652.shtml

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independente que não realizou referendo e continua fazendo parte da União Europeia. No mapa abaixo,
a área em destaque, amarela, representa o Reino Unido.

Começa cessar-fogo do governo colombiano e as Farc96


O esperado cessar-fogo e de hostilidades bilateral e definitivo entre o governo colombiano e a guerrilha
das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começou à 0h (horário local, 2h em Brasília)
desta segunda-feira (29/08/2016).
"Neste 29 de agosto começa uma nova história para a Colômbia. Silenciamos os fuzis. Acabou a guerra
com as Farc!", escreveu à meia-noite o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em sua conta no
Twitter.
O fim das hostilidades é um marco na história da Colômbia que durante 52 anos viveu o conflito armado
com esse grupo guerrilheiro, o maior do país, uma disputa que se calcula deixou 7 milhões de vítimas e
cerca de 260 mil mortos.
Fruto do acordo de paz assinado em Havana na quarta-feira (24), Santos anunciou no dia seguinte
que tinha ordenado iniciar o cessar-fogo a zero hora de hoje. "Quero informar aos colombianos que como
chefe de Estado e como comandante-em-chefe de nossas Forças Armadas, ordenei a cessação de fogo
definitivo com as Farc a partir de zero hora da próxima segunda-feira, dia 29 de agosto", disse na ocasião
o presidente.
Neste domingo (28/08/2016), o chefe das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como
"Timochenko", confirmou o início do cessar-fogo em declaração feita na capital cubana.
"Em minha condição de comandante do Estado-Maior Central das Farc-EP ordeno a todos nossos
comandantes, a todas nossas unidades, a todos e cada um de nossos e nossas combatentes a cessar o
fogo e as hostilidades de maneira definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24h da noite de hoje",
leu o máximo chefe da guerrilha.
No primeiro minuto de hoje, as mensagens relativas ao início do cessar-fogo inundaram as redes
sociais para anunciar o que se denominou popularmente de um "novo amanhecer" para o país.
"A partir desta hora os colombianos começam a viver um momento histórico e desejado por anos
#AdiosALaGuerra", publicou a Chancelaria na rede social.
Desde o dia 20 de julho do ano passado regia no país o último cessar-fogo unilateral das Farc como
medida para gerar confiança no processo de paz, que foi respondido pelo governo com a suspensão de
bombardeios a acampamentos dessa guerrilha, o que reduziu de maneira considerável a intensidade do
conflito.

Acordo histórico
O acordo com as Farc, grupo armado desde 1964 e maior guerrilha da Colômbia, permitirá superar em
grande parte um confronto que já deixou 260 mil mortos, quase 7 milhões de deslocados e 45 mil
desaparecidos.
Entretanto, ainda estão ativos o Exército de Libertação Nacional (ELN) e grupos de crime organizado
dedicados ao tráfico e à mineração ilegal. Além das Farc e do ELN, na chamada guerra interna da
Colômbia, participaram agentes do Estado e grupos paramilitares de extrema-direita.
Um setor influente na Colômbia, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), se opõe
firmemente ao decidido em Havana por considerar que deixará crimes das Farc sem punição.
O acordo é histórico porque desde 1983 o país fracassou em três tentativas de negociar a paz, como
informa o jornal "El Tiempo". Essas tentativas ocorreram durante os governos de Belisario Betancur,
César Gaviria e de Andrés Pastrana.
Após o anúncio, o presidente americano Barack Obama falou ao telefone com Juan Manuel Santos
para o parabenizar pelo acordo. "O presidente reconheceu este dia histórico como um momento crítico
no que será um longo processo para implementar totalmente um acordo de paz justo e duradouro que
pode fazer avançar a segurança e a prosperidade ao povo colombiano", diz o comunicado da Casa
Branca.

População da Colômbia rejeita acordo de paz com as Farc97


Contrariando as expectativas, a população da Colômbia rejeitou o acordo de paz entre o governo e as
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em um plebiscito no domingo (02/10/2016).

96
29/08/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/comeca-cessar-fogo-do-governo-colombiano-e-as-farc.html
97
02/10/2016 Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/populacao-da-colombia-rejeita-acordo-de-paz-com-farc.html

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Com 99,8% das urnas apuradas, o "não" obteve 6.429.730 votos, que equivalem a 50,23% do total,
enquanto o "sim", que começou liderando a apuração, alcançou 6.370.274, que representam 49,76%, de
acordo com o Registro Nacional do Estado Civil.
As pesquisas antes da votação indicavam que o “sim” ganharia com relativa tranquilidade. Uma
consulta do instituto de pesquisas Datexco feita para o jornal "El Tiempo", de Bogotá, e a emissora W
Radio, com 2.019 pessoas, apontava que o "sim" liderava com 59,5% dos entrevistados dizendo que são
a favor do acordo, enquanto 33,2% afirmavam se inclinar pelo "Não". Outros 4,7% se diziam indecisos e
2,6% não opinaram.
Apesar da rejeição, os dois lados envolvidos reiteraram a disposição de manter a paz. Em Havana, o
líder das negociações pelas Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido como Timochenko, disse
pouco depois da divulgação do resultado que "as Farc mantêm sua vontade de paz e reiteram sua
disposição de usar somente a palavra como arma de construção para o futuro". Ele afirmou ainda que
"com o resultado de hoje, sabemos que nosso desafio como movimento político é maior e requer que
sejamos mais fortes para construir uma paz estável e duradoura".
Timochenko encerrou sua declaração com uma mensagem positiva, dizendo que "ao povo colombiano
que sonha com a paz, que conte conosco. A paz triunfará".
Já o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse respeitar a "decisão democrática" e afirmou
que "buscará a paz até o último minuto" de seu mandato. Em um pronunciamento à população, ele
acrescentou que "o cesar fogo e de hostilidades bilateral e definitivo segue vigente e assim continuará".
Ele informou ainda que os chefes da negociação regressarão a Cuba já na segunda-feira e voltarão a
dialogar com os representantes das Farc.
De acordo com especialistas ouvidos pelo "El Tiempo", a decisão final sobre a manutenção da paz
recairia sobre as mãos da Farc, que não parece disposta a retomar o confronto. Além de já ter entregue
armas, a organização também anunciou a decisão de compensar financeiramente suas vítimas e mantém
sua decisão de seguir sua luta politicamente, através de um partido legalmente constituido.
A Anistia Internacional lamentou o resultado do plebiscito. "Hoje entra para a história como o dia em
que a Colômbia deu as costas ao que poderia ter sido o fim de um longo conflito de 50 anos, que devastou
milhões de vidas", disse Erika Guevara-Rosas, diretora para as Américas da AI, segundo a agência EFE.

'Palhaços macabros' começam a se espalhar pelo norte da Europa98


A sombra da febre dos "palhaços macabros" começa a pairar sobre o norte da Europa com a chegada
do Dia das Bruxas, e os casos, que vão da brincadeira de mau gosto ao ataque indiscriminado com facas,
se multiplicam da Suécia até a Alemanha.
Já existem dezenas de incidentes registrados, o medo se espalha e também cresce a lista daqueles
que ficaram feridos por causa deste "comportamento sinistro", que começou nos Estados Unidos,
baseado no subgênero de filmes de terror nascido com a versão cinematográfica de "It: Uma Obra Prima
do Medo", um livro Stephen King.
O episódio mais grave registrado nestes países ocorreu há alguns dias em Varberg, no oeste da
Suécia, quando um homem disfarçado de palhaço esfaqueou, sem falar nenhuma palavra, um jovem e
fugiu provocando ferimentos leves no ombro.
Em Aachen, no oeste da Alemanha, um jovem ciclista ficou ferido no último final de semana ao cair de
sua bicicleta após ser assustado por um palhaço macabro que saltou dos arbustos.
Na cidade dinamarquesa de Frederiksvaerk, no norte de Copenhague, outro palhaço sinistro provocou
na semana passada um acidente de trânsito ao assustar um motorista, que conseguiu escapar ileso.
Especialmente na Suécia e Alemanha foram registrados um aumento de casos nos últimos dias, com
relatos de palhaços que surgem do nada com navalhas, machados e até motosserras para assustar
transeuntes ou viajantes de um trem, puxando uma pessoa para o solo ou até mesmo empurrando para
uma fonte.
As denúncias se multiplicaram nas delegacias desses países, que também recebem várias chamadas
de pessoas - normalmente idosos - preocupadas pela situação.
"Recebemos chamados de muitos idosos que estão preocupados com este tipo de informação", explica
um porta-voz da polícia de Neubrandenburg, na Alemanha, ao jornal "Bild".
A classe política já começou a reagir para tentar evitar que esses incidentes aconteçam nos dias que
antecedem o Dia das Bruxas (31 de outubro), uma festa de origem anglo-saxônica que cada vez mais
ganha força na Europa.

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28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/palhacos-macabros-comecam-se-espalhar-pelo-norte-da-europa.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
O ministro do Interior da Suécia, Anders Ygeman, foi claro recentemente ao afirmar: "Não queremos
situações onde algumas pessoas possam entrar em apuros por colocar uma máscara de palhaço, talvez
de brincadeira".
Segundo apontou, as forças de segurança suecas "estarão em alerta" após o acúmulo de casos nos
últimos dias em diferentes países.
Joachim Herrmann, ministro do Interior da Baviera, advertiu em declarações ao "Passauer Neue
Presse" que "este tipo de brincadeira de mau gosto podem ter consequências fatais" e afirmou que a
polícia perseguirá sem exceção aqueles que efetuarem essas práticas.
O ministro da Justiça do estado federado da Renânia do Norte-Vestfália, Thomas Kutschaty, ressaltou
em declarações ao "Bild" que "ameaçar de morte não é divertido, mas um crime" punível com até "um
ano de prisão".
A polícia do estado alemão de Baden-Wurttemberg recomendou aos cidadãos que não fujam dos
atacantes, mas que enfrentem, sem violência, mas com um contundente "saia!".
Um efeito colateral desta moda de mau gosto são os palhaços profissionais, explica a Associação
Alemã de Empresários Circenses, que já percebem um claro prejuízo a sua imagem.
"Um palhaço deve estar associado a diversão e alegria. As pessoas deveriam rir deles. Com estes
ataques, os palhaços se transformam em objetos de medo", lamentou o presidente deste grupo, Dieter
Seeger.
Na cidade norueguesa de Fredrikstad, uma escola infantil decidiu proibir as fantasias de palhaço na
festa do Dia das Bruxas, depois que vários alunos afirmaram ter sido assustados por palhaços.

Brasil é eleito para Conselho de Direitos Humanos da ONU99


Brasil e Cuba foram escolhidos nesta sexta-feira (28/10/2016) como membros do Conselho de Direitos
Humanos da ONU para o período entre 2017 e 2019.
Os dois países ocuparão as vagas latino-americanas que ficarão vagas a partir do próximo dia 1º de
janeiro de 2017 ao vencerem a Guatemala, terceiro país candidato na disputa, em uma votação realizada
nesta sexta-feira (28) na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
A candidatura cubana obteve o apoio de 160 dos 193 países-membros da ONU. Já o Brasil recebeu
137 votos favoráveis. A Guatemala, por sua vez, terminou a votação com 82 apoios.
Cuba já era membro do Conselho de Direitos Humanos e conquistou a reeleição na votação de hoje.
O Brasil, por sua vez, volta depois de um intervalo de um ano. Bolívia, Equador, El Salvador, Panamá,
Paraguai e Venezuela seguem representando a região no órgão em 2017.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU é formado por 47 membros, que cumprem mandatos de
três anos, com limite de uma reeleição.
Cuba, Rússia e Arábia Saudita
A reeleição de Cuba foi criticada por diferentes organizações de direitos humanos, como a Human
Rights Watch (HRW). Segundo a ONG, para ser uma candidata crível, Havana deveria acabar com a
"repressão sistemática dos dissidentes e com a recusa de permitir visita dos observadores da ONU".
A HRW e outras ONGs também questionaram as candidaturas de outros países, especialmente da
Rússia e Arábia Saudita, por suas ações militares na Síria e no Iêmen, respectivamente. Os sauditas
conseguiram a reeleição, enquanto os russos foram superados por Hungria e Croácia dentro do grupo do
leste europeu.

Merkel deve ser candidata ao 4º mandato para governar a Alemanha100


Angela Merkel anunciou neste domingo (20/11/2016) a seu partido que será candidata a um quarto
mandato de chanceler durante as eleições legislativas de 2017, em um período em que seus partidários
a consideram a última defesa contra o avanço do populismo.
A chanceler, de 62 anos, anunciou sua intenção aos dirigentes da União Democrata Cristã (CDU)
durante uma reunião em Berlim, informaram à AFP fontes próximas ao partido.
A chefe de Governo, que deve abordar a questão em um encontro com a imprensa às 19h (16h de
Brasília), expressou a intenção de ser reeleita como presidente da CDU no Congresso de dezembro, além
de apresentar uma nova candidatura para a chancelaria durante as legislativas.
Após 11 anos à frente do país, Merkel já ostenta o recorde de longevidade entre os atuais governantes
ocidentais.
Julia Klöckner, da CDU e muito próxima a Merkel, defendeu a candidatura e afirmou que a chanceler
é "uma garantia de estabilidade e confiabilidade em um período turbulento".

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28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/brasil-e-eleito-para-conselho-de-direitos-humanos-da-onu.html
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20/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/merkel-deve-ser-candidata-ao-4-mandato-para-governar-alemanha.html

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Recorde de Kohl à vista
A julgar pelas pesquisas, Merkel tem grandes chances de conquistar o quarto mandato como
chanceler.
Ela entraria assim para a história do país ao superar o tempo de poder do icônico chanceler do pós-
guerra Konrad Adenauer (14 anos) e também o de seu próprio mentor político, Helmut Kohl (16 anos).
De acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal Bild, 55% dos alemães desejam que Merkel
permaneça no cargo, contra 39% de opiniões contrárias. Em agosto, o índice favorável à chanceler era
de 50%.
Merkel se encontra em uma situação paradoxal: elogiada no exterior, onde as expectativas a seu
respeito aumentaram após a vitória de Donald Trump na eleição americana, na Alemanha enfrenta um
ano eleitoral um tanto fragilizada pela polêmica provocada pela decisão de receber um milhão de
refugiados no país.
Esta semana, o presidente americano Barack Obama elogiou Merkel em Berlim durante sua última
viagem oficial como chefe de Estado.
"Se fosse alemão, poderia dar meu apoio", disse.
E, diante do avanço das tendências autoritárias no mundo, o jornal The New York Times a chamou de
"último baluarte dos valores humanistas no Ocidente".
Mas seu poder está em queda na Alemanha, de acordo com a revista liberal Die Zeit. Ela conseguiu
recuperar parte da popularidade perdida com a crise migratória, mas o seu grupo político registra de 32
a 33% das intenções de voto nas pesquisas, quase 10% a menos que nas eleições de 2013.
"O recuo criado pela vitória de Trump afeta Merkel quando suas possibilidades de liderança são
limitadas: não pode contar com a Europa para avançar, não tem um partido unido atrás dela e não possui
o apoio popular que tinha há um ano e meio", afirma a Die Zeit.
O atraso no anúncio da candidatura está relacionado com a perda de poder. Após a polêmica sobre a
recepção aos refugiados, ela teve que lidar com a rebelião da CSU, partido aliado bávaro, que ameaçou
não apoiar Merkel em 2017, antes de mudar de opinião ante a falta de alternativa.
A chanceler sofreu outro revés este mês ao não conseguir designar um membro de seu partido como
candidato para ser presidente em 2017, um posto para o qual foi escolhido o social-democrata Frank-
Walter Steinmeier.
Por fim, seu terceiro mandato coincidiu com o avanço de um partido populista na Alemanha, que
disputa espaço com seu partido na direita. O AfD tem grandes chances de entrar para o Bundestag
(Parlamento), o que nenhum grupo deste tipo consegue desde 1945.
Merkel mantém, no entanto, a vantagem sobre os demais, já que não possui rivais fortes em seu partido
e continua sendo muito mais popular que seus adversários social-democratas.

Vitória de Trump gera medo e ansiedade entre brasileiros indocumentados nos EUA101
No dia seguinte à eleição de Donald Trump, o escritório na Flórida da advogada fluminense Renata
Castro Alves encheu de imigrantes brasileiros. Muitos buscavam informações sobre como se proteger de
deportações no governo do próximo presidente americano.
"Eles não queriam esperar outros clientes serem atendidos, todos queriam uma solução imediata para
suas situações", conta Alves à BBC Brasil. "Em 15 anos nos Estados Unidos, nunca vi nada igual, a
comunidade está em pânico."
Dias após a vitória, Trump anunciou numa entrevista que priorizaria a deportação de até 3 milhões de
imigrantes com histórico criminal - um recuo em relação a seu discurso de campanha, quando disse que
mandaria embora todos os cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos.
Na mesma entrevista, ele afirmou que só decidiria o que fazer com os imigrantes indocumentados sem
passagem pela polícia após construir um muro na fronteira com o México, outra promessa de campanha.
Ainda assim, a advogada diz que muitos brasileiros sem histórico criminal estão tentando se regularizar
o quanto antes. Muitos se frustram ao descobrir que a legislação atual oferece poucas opções de
legalização para grande parte dos imigrantes.
"Tenho recomendado que não arrumem confusão com a Justiça e tentem juntar dinheiro, porque na
pior das hipóteses poderão pagar um advogado migratório aqui ou voltar ao Brasil com algo no bolso",
ela diz.
Nos Estados Unidos, estrangeiros só podem ser deportados após um julgamento, quando têm a
oportunidade de se defender.

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21/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/vitoria-de-trump-gera-medo-e-ansiedade-entre-brasileiros-
indocumentados-nos-eua.html

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Não há dados oficiais sobre o total de imigrantes brasileiros nos EUA. Estima-se que somem cerca de
1 milhão, muitos em situação migratória irregular.

Direito adquirido
O advogado brasileiro Alexandre Piquet, que também atende em Miami, diz que nos últimos dias tem
sido procurado por clientes com a mesma intensidade com que foi requisitado após a vitória de Dilma
Rousseff na eleição de 2014. Naquela época, diz ele, muitos brasileiros descontentes com o resultado
eleitoral e a crise econômica no Brasil o procuraram porque queriam migrar para os EUA.
Desta vez, ele diz que muitos que antes da eleição planejavam migrar perguntam se devem manter os
planos. Outros que já migraram o consultam sobre as opções para se legalizar.
Nos dois casos, ele recomenda que os clientes deem entrada nos processos antes da posse do novo
presidente, em 20 de janeiro.
Dessa forma, mesmo que a legislação migratória mude, Piquet diz que esses imigrantes teriam seus
casos analisados pelas regras atuais, conforme o princípio jurídico do direito adquirido.
Ele aconselha que imigrantes brasileiros que entraram nos EUA com vistos de turista e queiram
permanecer no país busquem empregos que lhes permitam conseguir vistos de trabalho, mesmo que os
postos não sejam tão atraentes.
Piquet sugere ainda que brasileiros que têm relacionamentos com americanos e estão pensando em
se casar oficializem logo o matrimônio. Três anos após o casamento, o estrangeiro pode pleitear a
cidadania americana e pedir uma autorização para que seus pais residam nos EUA.
Para o advogado, sob Trump, a agência migratória americana (ICE) deve se tornar "mais agressiva".
Mas ele diz que qualquer mudança mais profunda nas leis migratórias deve levar pelo menos um semestre
para ser aprovada no Congresso.
Segundo Piquet, hoje imigrantes sem documentos já estão bastante vulneráveis nos EUA.
Entre 2009 e 2015, o governo Barack Obama deportou ao menos 2,5 milhões de pessoas, mais do
que qualquer outro presidente americano.
A última vez em que todos os imigrantes indocumentados foram anistiados e puderam se regularizar
nos EUA ocorreu em 1986, quando o republicano Ronald Reagan era presidente. Desde então, medidas
pontuais permitiram a regularização de grupos específicos de imigrantes.
Para Piquet, a eleição de Trump indica que "teremos pelo menos mais quatro anos sem uma anistia".

Jovens imigrantes
Para Lenita Carmo, coordenadora do Centro do Trabalhador Brasileiro, em Boston, há grande
apreensão entre os brasileiros beneficiados por uma ação executiva do governo Obama voltada a
imigrantes jovens.
Em vigor desde 2012, a iniciativa - conhecida pela sigla DACA - protegeu mais de 700 mil imigrantes
de várias nacionalidades de deportação e lhes concedeu permissões para trabalhar.
Quando candidato, Trump prometeu anular o programa se fosse eleito.
Carmo diz que os favorecidos temem não só perder a proteção legal mas também serem perseguidos
em operações contra imigrantes, uma vez que, ao se cadastrar no programa, deram seus dados pessoais
ao governo.
Já boa parte dos imigrantes sem documentos que nunca tiveram problemas com a Justiça americana
não estão nos registros do governo e, em tese, se sentem menos vulneráveis a essas operações, segundo
Carmo.
Ela diz que também há apreensão quanto aos critérios que Trump usará para definir quais imigrantes
poderão ser deportados. "Quando ele diz que deportará quem tem histórico criminal, ele se refere a crimes
graves? Ou isso também inclui quem cometeu infrações de trânsito?", questiona.

Governo da Colômbia assina novo acordo com as Farc102


O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder rebelde marxista das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, assinaram um acordo de paz novo e revisado
nesta quinta-feira (24/11/2016) em uma cerimônia muito mais sóbria do que o primeiro pacto, que foi
rejeitado por milhões de colombianos em um referendo realizado no mês passado.
Santos e "Timochenko", como é conhecido o líder das Farc, assinaram o acordo, que complementa o
original do dia 26 de setembro em Cartagena das Índias, às 11h30 (horário local, 14h30 de Brasília) no
Teatro Colón de Bogotá.

102
24/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/governo-da-colombia-assina-novo-acordo-com-as-farc.ghtml

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A assinatura discreta no Teatro Colón de Bogotá diante de uma maioria de membros do governo e
dignitários locais irá destoou da comemoração de setembro, quando a cidade litorânea de Cartagena
acolheu líderes mundiais e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
A cerimônia de assinatura marca a contagem regressiva de seis meses para que o movimento rebelde
de 7 mil membros abandone as armas e forme um partido político.
O novo acordo para encerrar 52 anos de conflito foi preparado em pouco mais de um mês depois que
o documento original foi recusado de forma surpreendente em uma votação no dia 2 de outubro por uma
pequena diferença de eleitores que o considerou leniente demais com a guerrilha. O "não" ganhou por 57
mil votos em um universo de 13 milhões de eleitores.
Desta vez, o acordo não passará por referendo, mas sim passará pela ratificação do Congresso.
"Espero que, segundo o procedimento estabelecido, o acordo seja aprovado ao longo da próxima
semana. Esse será o dia D", disse Santos em discurso no Teatro de Colón.
Para iniciar o pacto, o presidente disse que convocará todos os partidos políticos para que ajudem a
implementar o mais rápido possível o acordo definitivo. "Convocarei todos os partidos, todos os setores
da sociedade que participem, contribuam e alcancemos assim um grande acordo nacional para a
implementação da paz".
"Em 150 dias, em apenas 150, todas as armas das Farc estarão em mãos das Nações Unidas. As
Farc, como grupo armado, terão deixado de existir", ressaltou o presidente colombiano durante o discurso.
Santos esclareceu que as Farc, como um "partido sem armas" poderão apresentar e promover seu
projeto político. "Serão os colombianos que, com o voto, o apoiarão ou o rejeitarão", explicou.
"Esse é o objetivo de todo processo de paz. Que os que estavam alçados em armas as abandonem,
reconheçam e respeitem as instituições e as leis, podendo participar da disputa política na legalidade",
ressaltou Santos.

Modificações
O documento ampliado e altamente técnico de 310 páginas teve cerca de 50 modificações no texto
original, como esclarecer direitos de propriedade particular e detalhar mais explicitamente como os
rebeldes serão confinados em áreas rurais por crimes cometidos durante o conflito.
Além disso, há uma proibição de magistrados estrangeiros julgarem crimes das Farc ou governo e o
compromisso dos rebeldes em terem seus bens confiscados, inclusive aqueles obtidos através do tráfico
de drogas, para o pagamento e compensações a suas vítimas.
Bogotá e as Farc passaram quatro anos em Havana, em Cuba, trabalhando em um entendimento para
pôr fim a uma guerra de 52 anos que matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões na nação andina.
Presidente colombiano assinou acordo no Teatro Colón de Bogotá

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, morre aos 90 anos


O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado (26/11/2016),
aos 90 anos, na capital Havana. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em
pronunciamento na TV estatal cubana.
"Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo
que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro
Ruz", disse Raúl Castro.
"Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas
primeiras horas" deste sábado, prosseguiu o irmão.
Na segunda e na terça, a população da capital cubana poderá render homenagens a Fidel no Memorial
Martí. Na própria terça, as cinzas de Fidel partem para a caravana de quatro dias pelo país. No dia 4 de
dezembro, a cerimônia para enterrar as cinzas no cemitério Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, começa
às 7h, pela hora local.

Figura controversa
Visto como um grande líder revolucionário por uns, e como ditador implacável por outros, Fidel foi
saindo de cena progressivamente ao longo da última década, morando em lugar não divulgado e fazendo
aparições esporádicas nos últimos anos.
As últimas imagens de Fidel Castro são do dia 15, quando recebeu em sua residência o presidente do
Vietnã, Tran Dai Quang. Antes, ele foi visto em um ato público foi no dia 13 de agosto, na comemoração
de seu 90º aniversário. A festa reuniu mais de 100 mil pessoas. Na época, Fidel apresentou um semblante
frágil, vestido com um moletom branco e acompanhado pelo seu irmão Raúl e o presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro.

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Acordo sobre Brexit deve ser alcançado até outubro de 2018, diz União Europeia103
Acordo sobre uma saída do Reino Unido da União Europeia deve ser alcançado até outubro de 2018,
afirmou o negociador da Comissão Europeia para o Brexit, Michel Barnier.
Se a primeira-ministra britânica, Theresa May, comunicar oficialmente até o fim de março de 2017 sua
vontade de abandonar o bloco, "as negociações poderiam começar algumas semanas depois e o acordo
poderia ser encerrado em outubro de 2018".
Os tratados europeus preveem o início de um período de negociação de dois anos após a comunicação
oficial da saída de um país do bloco. Para Barnier, no entanto, o período real de negociação será de 18
meses para dar tempo à ratificação pelo Conselho Europeu, a Eurocâmara e o Parlamento britânico.
Com base neste calendário, o processo poderia estar concluído em março de 2019, pouco antes das
eleições europeias previstas para este ano, que já não contariam com a participação do Reino Unido.
Michel Barnier fez as declarações em uma entrevista coletiva em Bruxelas na qual falou pela primeira
vez sobre as negociações iniciadas com os demais 27 países da UE para preparar as negociações.
"A UE está preparada para receber a notificação oficial britânica", disse.
May deve comunicar oficialmente até o fim de março a vontade britânica de abandonar a UE, mas um
processo aberto atualmente na justiça britânica pode adiar o calendário.

Dono da Tesla e presidente da GM serão consultores de Trump104


O presidente e fundador da Tesla, Elon Musk, foi convidado para ser consultor do governo Trump.
Além do chefão da montadora de carros elétricos, o futuro presidente dos Estados Unidos convocou o
chefe do Uber, Travis Kalanick, e outros executivos da área de tecnologia. Ele já tinha anunciado também
a presidente-executiva da General Motors, Mary Barra, como integrante.
O grupo terá a missão de discutir soluções para criação de empregos, entre outros temas relacionados
a negócios.
Parte do comitê se reuniu com Trump na última quarta-feira (14/12/2016), na Trump Tower, em Nova
York. Também participaram do encontro os presidentes-executivos da Apple, Tim Cook, e da Amazon,
Jeff Bezos.
Curiosamente, Musk não apoiou a campanha de Trump, mas a de Hillary à presidência. Ele chegou a
criticar o então candidato em entrevista a uma rede de TV: "Provavelmente não é o cara certo".
A parceria com o governo Trump parecia improvável também porque o executivo tem apostado em
tecnologias "verdes", como carros elétricos e paineis solares, enquanto Trump chegou a falar em romper
o acordo do clima assinado em Paris e que o aquecimento global é uma farsa.
O principal apoiador de Trump no Vale do Silício, onde ficam as principais empresas de tecnologia dos
EUA, é Peter Thiel, membro do conselho do Facebook e um dos fundadores do PayPal junto com Musk.

SAÚDE E MEIO AMBIENTE

As inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de


preocupação social e de estudos científicos
Atualmente, as exigências cada vez mais complexas da sociedade moderna vêm acelerando o uso
dos recursos naturais, resultando em danos ambientais que colocam em risco a sobrevivência da
humanidade no planeta. 105
O homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia
e, com isso, garantir uma vida com mais qualidade. Entretanto, é fácil constatar que essa equação
(exploração dos recursos naturais = desenvolvimento econômico e tecnológico = qualidade de vida) não
vem se relevando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados
de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente na própria
condição de vida e de saúde do homem.
Nesse sentido, alguns autores expõe que "tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar
da sociedade e da vida mais confortável
Entretanto, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e
comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. Diante desse quadro,
fica claro que meio ambiente e saúde são temas completamente indissociáveis, sendo certo que o
ordenamento jurídico nacional contempla tal relação

103
06/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/acordo-sobre-brexit-deve-ser-alcancado-ate-outubro-de-2018-diz-negociador.ghtml
104 15/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/2016/12/dono-da-tesla-e-presidente-da-gm-serao-
consultores-de-trump.html
105
www.http://jus.com.br/

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Sem pretensão de exaurir o assunto, o presente trabalho pretende destacar e exemplificar a correlação
entre meio ambiente e saúde, inclusive sob o aspecto legal, e mostrar a importância da aplicação dos
princípios da prevenção e da precaução, basilares do Direito Ambiental Brasileiro.

Meio Ambiente
Existem diversas definições sobre "meio ambiente", algumas abrangendo apenas os componentes
naturais e outras refletindo a concepção mais moderna, considerando-o como um sistema no qual
interagem fatores de ordem física, biológica e sócio-econômica.
Para alguns autores como José Afonso da Silva, meio ambiente é a interação do conjunto de elementos
naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas suas formas.
Entretanto, outros consideram meio ambiente como "o conjunto de elementos físico-químicos,
ecossistemas naturais e sociais em que se insere o Homem, individual e socialmente, num processo de
interação que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas, à preservação dos recursos naturais
e das características essenciais do entorno, dentro de padrões de qualidade definidos".
Com base na legislação pátria, o inciso I, do artigo 3º, da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
Federal nº 6.938/81), define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".
Em função de suas diversas definições pode-se entender que a expressão "meio ambiente" deve ser
interpretada de uma forma ampla, não se referindo apenas à natureza propriamente dita, mas sim a uma
realidade complexa, resultante do conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos e sócio-
econômicos, bem como de suas inúmeras interações que ocorrem dentro de sistemas naturais, artificiais,
sociais e culturais.

Saúde
O termo saúde, assim como meio ambiente, também deve ser compreendida de forma abrangente,
não se referindo somente à ausência de doenças, mas sim ao completo bem-estar físico, mental e social
de um indivíduo. Nesse sentido, é a orientação que se extrai da disposição contida no artigo 3º da Lei nº
8.080/90, onde se consigna que "a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros,
a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais" (grifos nossos).Diante disso, o termo
"saúde" engloba uma série condições que devem estar apropriadas para o bem estar completo do ser
humano, incluindo o meio ambiente equilibrado.

A relação entre Meio Ambiente e Saúde


Embora muitas pessoas não percebam, ] o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição,
precisa diretamente e indiretamente do meio ambiente saudável para ter uma vida salubre. Diante disso,
qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. "A existência
de um é a própria condição da existência do outro" [8], razão pela qual o ser humano deve realizar suas
atividades respeitando e protegendo a natureza.
Com um pouco de atenção, é fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o
meio ambiente e a saúde, senão vejamos.
O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de
alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições
precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o
meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. "A água infectada, além de disseminar
a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos, camarões etc..".
Em meados de 2004 foi noticiado pelo jornal “ A Folha de São Paulo” que as enormes quantidades de
substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente
estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neuro-
comportamentais, de depressão e de perda de memória. Tal reportagem também divulgou dados do
Instituto Nacional do Câncer dos EUA, apontando que dois terços dos casos de câncer daquele país tem
causas ambientais. Tal noticia ainda menciona uma pesquisa feita com cinquenta controladores de
trânsito da cidade de S. Paulo (conhecidos como "marronzinhos"), não fumantes e sem doenças prévias.
A conclusão foi que todos apresentavam elevação da pressão arterial e variação da frequência cardíaca
nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes,
como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.Portanto, diariamente é
possível presenciar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na
saúde e nas condições de vida do homem.

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O sistema jurídico brasileiro contempla a relação entre meio ambiente e saúde, conforme se
exemplifica a seguir.
-O artigo 225, da Constituição Federal do Brasil, estipula que: "Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações". Nota-se que o dispositivo em foco é categórico ao afirmar que o meio ambiente
ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida, ou seja, à própria saúde [12].
-O artigo 200 da Lei Maior fixa algumas atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre os quais
se menciona a fiscalização de alimentos, bebidas e água para o consumo humano (inciso VI) e a
colaboração na proteção do meio ambiente (inciso VIII).
-A Lei Federal nº 6.938/81, conhecida como Política Nacional do Meio Ambiente, tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental favorável à vida e, portanto, à saúde,
visando assegurar condições ao desenvolvimento sócio-econômico e à proteção da dignidade humana
(artigo 2º). Além disso, esta lei define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante
das atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população
(artigo 3º, inciso III, alínea "a").
-A Lei nº 8.080/90, que regula em todo país as ações e serviços de saúde. Essa lei, além de consignar
o meio ambiente como um dos vários fatores condicionantes para a saúde (artigo 3º), prevê uma série de
ações integradas relacionadas à saúde, meio ambiente e saneamento básico.
Não se pretende cansar o leitor citando todas leis pertinentes ao tema ora estudado, bastando afirmar
que são várias as normas legais que mostram a indissociabilidade das questões ambientais e de saúde
humana.

Ações do homem na Natureza

-A degradação ambiental
A degradação ambiental pode ocorrer naturalmente ou por meio dos processos humanos. No segundo
caso, a literatura acadêmica descreve uma degradação resultante do jogo de interação dinâmica
socioeconômica, das atividades organizacionais e tecnológicas.
Conforme o Manual Global de Ecologia (1996) o planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de
anos. Nesse período o ser humano está somente há cerca de 2 a 3 milhões de anos, numa tentativa de
viver em equilíbrio com outras espécies. Contudo, nos últimos 200 anos a relação homem/natureza veio
se deteriorado de forma significativa, gerando uma série de mudanças no planeta.
Nesse cenário, ocorrem mudanças ambientais conduzidas por muitos fatores, tais como: progresso
econômico, crescimento populacional, urbanização, intensificação da agricultura, aumento do uso de
energia e transporte. As áreas de maior de preocupação na atualidade são a perda de florestas tropicais,
a contaminação do ar e da água, diminuição da camada de ozônio e a destruição do meio ambiente
marinho.
Corrobora Dias (2001) que a degradação ambiental se traduz em: desflorestamento; destruição de
habitats; perda da biodiversidade; erosão, desertificação; assoreamento, inundações, secas;
urbanização, lixo, esgotos; poluição da água, ar, solo, sonora, eletromagnética; erosão cultural. Em outras
palavras, a mudanças ambientais implicam em uma infinidade de situações que nada mais nada menos
levam a uma instabilidade ecossistêmica global e consequentemente a deterioração da qualidade de vida.
Essa degradação reflete-se na perda da qualidade de vida, por condições inadequadas de moradia,
poluição em todas as suas expressões, destruição de habitats naturais e intervenções desastrosas nos
mecanismos que sustentam a vida na terra.
Alguns autores revelam que as grandes cidades e áreas metropolitanas são responsáveis por alguns
dos principais problemas ambientais, que é a poluição atmosférica, o efeito estufa, onde gases afetam a
camada de ozônio. Tudo isso fruto de um estilo de vida que demanda muita energia e de uma
concentração da atividade industrial.
Para tanto, a abordagem para esta problemática insurge em uma série de estudos sobre a população
e o meio ambiente como o trabalho de Hogan (2005) que disserta a mobilidade populacional como fator
de mudanças ambientes. De acordo com o autor é preciso identificar os ambientes em situações de risco,
ou regiões ecologicamente frágeis (terras semi-áridas ou montanhosas, os trópicos úmidos, entre outras),
para poder analisar as consequências socioambientais de movimentos da população.
Nessa trajetória de análise, Hogan (2005) aborda que o vínculo entre mobilidade populacional e
ambiente, possui uma flecha causal que geralmente tem ido de população a ambiente, onde os efeitos
vão da concentração de população sobre a integridade ecológica do território. Como consequências do
impacto ambiental o autor ressalta que:

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Terra e água são os maiores exemplos da finitude dos recursos naturais. Mesmo que os avanços
tecnológicos possam diminuir a quantidade de terra necessária para a produção de alimentos, não podem
aumentar a superfície da Terra. E a água, elemento básico da vida, já mostra sinais de ter alcançado seus
limites.
Em um estudo sobre o desmatamento, Bilsborrow e Hogan (1999) analisam sobre o ritmo e os padrões
de assentamento, a mobilidade populacional e os fatores socioeconômicos que interferem nesse
contexto. Turner (1998) descreve que o aumento no uso e cobertura da terra tem levado a mudanças
ambientais significativas a nível global, com uma importante acentuação nas áreas tropicais.
Walker (1987) trata sobre o desflorestamento em países em desenvolvimento, que se produz pela
indústria madeireira e agricultura. O aumento da demanda mundial de alimentos (especialmente no
sudeste de Ásia) acelera o desflorestamento em zonas aptas para a agricultura moderna (por exemplo, a
soja), ameaçando seriamente os ecossistemas, como as florestas tropicais amazônicas e subtropicais
(GRAU e AIDE, 2008).
Falkenmark retorna ao problema da água que "em escala global, a circulação da água entre o oceano,
a atmosfera e os continentes constitui o mais fundamental de todos os sistemas que sustentam a vida".
Desta maneira, o autor discute sobre as reservas e uso da água como limite a atividade humana. Portanto,
a capacidade de suporte endógeno de uma região é dependente significativamente da água.
Muitos lugares utilizam de reservatórios/represas para controlar o uso da água, porém, essa estratégia
no parece não atender a pressão populacional na maioria dos países, principalmente, os que se encontra
em desenvolvimento.
Nunes (2003) comenta que o homem tem uma capacidade de perturbar o sistema ambiental, o que
vem se evidenciando ao longo das últimas décadas, alterando o equilíbrio físico-químico do planeta, a
superfície e a velocidade dos processos. Toda essa transformação é sentida de forma abrupta, causando
impactos significantes como é o caso do aquecimento global.
Frente a esses dilemas Santil (2001) explica as mudanças ambientais foram determinantes para que
vários pesquisadores e ambientalistas começassem a denunciar as consequências das agressões ao
Meio Ambiente, onde a íntima relação entre equilíbrio ecológico e qualidade de vida das pessoas, era
repassada por uso indevido dos recursos naturais.

-106Poluição
A degradação ambiental vem tomando vultos cada vez mais grandiosos em nosso planeta, e tem como
um de seus principais elementos causadores a poluição.
Para que possamos nos aprofundar na questão da poluição, faz-se mister que, a priori, conceituemos
a expressão, o que fazemos a seguir. Poluição é definida pela Lei n. 6.938/81, art. 3°, III, como “a
degradação da qualidade ambiental resultante de atividade que direta ou indiretamente: prejudiquem a
saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”.

As principais formas de poluição

Dependendo do elemento atingido, a poluição poderá ser denominada de: hídrica, atmosférica, do
solo, sonora, visual, radioativa, dentre outras. A seguir analisamos cada uma das formas de poluição:

-Poluição hídrica: Poluição hídrica conforme consta no Decreto n. 73.030/73, art. 13, § 1°, poluição
da água é qualquer alteração de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, que possa importar
em prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-estar das populações, causar dano à flora e à fauna, ou
comprometer o seu uso para fins sociais e econômicos.
Quando se fala em poluição das águas, devem ser abrangidas não só as águas superficiais como
também as subterrâneas. Uma das principais fontes de poluição das águas são os resíduos urbanos,
tanto os industriais quanto os rurais, que são despejados voluntária ou involuntariamente. Como exemplos
de materiais tóxicos que normalmente são despejados nas águas, destacam-se metais pesados como o
cádmio e o mercúrio, o chumbo, nitratos e pesticidas. Estes poluentes representam grande ameaça à
qualidade da água, à saúde e ao meio ambiente, pois são capazes de provocar enormes danos aos
organismos vivos, e, consequentemente à cadeia alimentar e à nossa saúde.

106
Santos, A. S.R. Poluição: consumidores ambientais e jurídicas.

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Portanto, medidas devem ser tomadas no sentido de recuperação dos rios e mananciais atingidos pela
poluição, para que se garanta à população o abastecimento de água não infectada. Dentre essas
medidas, ressalta-se o tratamento dos esgotos urbanos.

- Poluição atmosférica: A Poluição atmosférica do ar pode ser definida como a modificação da sua
composição química, seja pelo desequilíbrio dos seus elementos constitutivos, seja pela presença de
elemento químico estranho, que venha causar prejuízo ao equilíbrio do meio ambiente e,
consequentemente, à saúde dos seres vivos.

Este tipo de poluição pode ser classificado como: poluição pelos detritos industriais, poluição pelos
pesticidas e poluição radioativa e possui como fontes: as fixas (indústrias, hotéis, lavanderias etc.) e as
móveis (veículos automotores, aviões, navios, trens etc.). Já os fatores que a causam podem ser: naturais
e artificiais. Os fatores naturais são aqueles que têm causas nas forças da natureza, como tempestades
de areia, queimadas provocadas por raios e as atividades vulcânicas. Já os fatores artificiais são os
causados pela atividade do homem, como a emissão de combustíveis de automóveis, queima de
combustíveis fósseis em geral, materiais radioativos, queimadas, etc.
Entre as mais graves consequências da poluição atmosférica, podemos citar a chuva ácida, o efeito
estufa e a diminuição da camada de ozônio.
A chuva será considerada ácida quando tiver um pH inferior a 5,0, ocorrendo não apenas sob a forma
de chuva, mas também como neve, geada ou neblina. Decorre da queimada de combustíveis fósseis,
produzindo gás carbônico, formas oxidadas de carbono, nitrogênio e enxofre. Esses gases, quando
liberados para a atmosfera, podem ser tóxicos para os organismos. O dióxido de enxofre provoca a chuva
ácida quando se combina com a água presente na atmosfera, sob a forma de vapor. As gotículas de ácido
sulfúrico resultantes dessa combinação geram sérios danos às áreas atingidas. Além dos sérios danos
ao meio ambiente natural, as chuvas ácidas também constituem séria ameaça ao patrimônio cultural da
humanidade, corroendo as obras talhadas em mármore, que por ser uma rocha calcária, dissolve-se sob
a ação de substâncias ácidas.

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Conforme descrito anteriormente, outro causador da poluição é o chamado efeito estufa, fenômeno
de elevação da temperatura média da Terra, que ocorre pelo aumento considerável na concentração de
gás carbônico na atmosfera, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis e
desmatamentos, formando assim uma espécie de “coberta” sobre a Terra impedindo a expansão do calor.

Ainda temos a diminuição da camada de ozônio como fator de aumento da poluição. O ozônio está
presente na troposfera, que é a camada da atmosfera em que vivemos, e também em zonas mais altas
da estratosfera, entre 12 e 50 km de altitude, tendo como função proteger o planeta da incidência direta
de grande parte dos raios ultravioleta, que é um dos componentes da radiação solar. Com a diminuição
dessa camada de ozônio, os raios ultravioleta atingem a Terra de forma mais brusca, provocando graves
doenças no ser humano, como câncer de pele, distúrbios cardíacos e pulmonares, queimaduras,
problemas de visão, etc. O ambiente também é diretamente atingido pelas modificações na cadeia
alimentar, visto que certas espécies de animais e plantas são extremamente sensíveis a essa radiação,
como os anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas). Além disso, a destruição desta camada de ozônio pode
contribuir com o derretimento de parte do gelo da calota polar, causando o superaquecimento do planeta.

Uma das grandes causas da diminuição da camada de ozônio tem sido a liberação de compostos
químicos industriais na atmosfera, denominados de CFC (clorofluorcarbono), que é um gás não tóxico,
inodoro, e quimicamente inerte. É usado em grande escala como agente refrigerador de geladeiras e
aparelhos de ar condicionado, na manufatura de espumas de plástico e, principalmente, como propelente

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de sprays enlatados, e sua inércia química torna-o capaz de atingir grandes altitudes sem se modificar,
até alcançar a estratosfera, onde a radiação ultravioleta provinda do Sol provoca a sua quebra

Poluição do solo: Poluição do solo conforme estabelece o Decreto n. 28.687/82, art. 72, poluição do
solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou
enterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido ou
gasoso. A degradação do solo pode dar-se por: desertificação, utilização de tecnologias inadequadas,
falta de práticas de conservação de água no solo, destruição da cobertura vegetal. Já a contaminação
dos solos dá-se principalmente por resíduos sólidos e líquidos, águas contaminadas, efluentes sólidos e
líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, etc.

Poluição sonora: Poluição sonora segundo a Cetesb, em definição citada por Luís Paulo Sirvinskas,3
“poluição sonora é a produção de sons, ruídos ou vibrações em desacordo com as precauções legais,
podendo acarretar problemas auditivos irreversíveis, perturbar o sossego e a tranquilidade alheias”.
A poluição sonora pode causar ainda mau humor, doenças cardíacas e, consequentemente, queda na
produtividade física e mental.
Esse tipo de poluição tem como causas principalmente o barulho de automóveis, aviões, obras,
gritarias, etc., podendo ser mais ou menos nociva, conforme sua duração, repetição e intensidade (em
decibéis). Aliás, ultimamente temos observado que a imprensa em geral tem dado atenção às
reclamações das pessoas com referência aos ruídos ou barulhos principalmente em bares, casas noturna,
o que torna as pessoas expostas a todas as formas de barulho.
A poluição sonora dá-se per meio do ruído que é o som indesejado, sendo considerada uma das
formas mais graves de agressão ao homem e ao meio ambiente. Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) o limite tolerável ao ouvido humano é de 65 dB (A), acima disso o nosso organismo sofre
de estresse, o qual aumenta o risco de doenças. Com ruídos acima de 85 dB (A) aumenta o risco de
comprometimento auditivo.

Poluição visual: A Poluição visual trata-se da degradação do ambiente natural ou artificial que
provoca incômodo visual. O excesso de outdoors, propagandas, cartazes etc., faz com que a cidade fique
visualmente poluída, pois estes além de deixarem a cidade feia, ainda a torna cada vez mais suja, devido
aos papéis que são jogados na rua. Deve-se observar ainda que a gravidade deste tipo de poluição será
ainda maior se o bem lesado for um bem tombado.

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Poluição radioativa: Poluição radioativa: radiação é o efeito químico proveniente de ondas e energia
calorífera, luminosa, etc. Existem três tipos de radiação: raios alfa e raios beta, que têm a absorção mais
fácil, e raios gama, que são muito mais penetrantes que os primeiros, já que se tratam de ondas
eletromagnéticas. O contato contínuo à radiação causa danos aos tecidos vivos, tendo como principais
efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da expectativa de vida, mutações genéticas,
lesões a vários órgãos etc.
Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por meio da utilização de
substâncias radioativas naturais ou artificiais. A poluição radioativa tem como fontes as substâncias
radioativas naturais que são as substâncias que se encontram no subsolo, e que acompanham alguns
materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e
espalhadas no meio ambiente por meio de atividades das mineradoras, principalmente. E as substâncias
radioativas artificiais, as que não são radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas
são “provocadas”.

-O lixo
De uma forma sintetizada, o lixo corresponde a todos os resíduos gerados pelas atividades humanas
que é considerado sem utilidade e que entrou em desuso.

O lixo pode ser classificado das seguintes maneiras:


Lixo doméstico :Também chamado de lixo domiciliar ou residencial, é produzido pelas pessoas em
suas residências. Constituído principalmente de restos de alimentos, embalagens plásticas, papéis em
geral, plásticos, entre outros.
Lixo comercial: Gerado pelo setor terceiro (comércio em geral). É composto especialmente por
papéis, papelões e plásticos.
Lixo industrial: Original das atividades do setor secundário (indústrias), pode conter restos de
alimentos, madeiras, tecidos, couros, metais, produtos químicos e outros.
Lixo das áreas de saúde: Também chamado de lixo hospitalar. Proveniente de hospitais, farmácias,
postos de saúde e casas veterinárias. Composto por seringas, vidros de remédios, algodão, gaze, órgãos
humanos, etc. Este tipo de lixo é muito perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta
até a sua deposição final.
Lixo nuclear: decorrentes de atividades que envolvem produtos radioativos, entre outros.
Lixo público: Composto por folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de
construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados

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-O problema do esgoto
Como consequência da utilização da água para abastecimento, há a geração de esgotos. Caso não
seja dada uma destinação adequada aos mesmos, estes acabam poluindo o solo, contaminando as águas
superficiais e subterrâneas e frequentemente passam a escoar a céu aberto, constituindo-se em
perigosos focos de disseminação de doenças.
O esgoto sanitário, segundo definição da norma brasileira NBR 9648 (ABNT, 1986), é o “despejo
líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial
parasitária” . Essa mesma norma define ainda:
- esgoto doméstico é o “despejo líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades
fisiológicas humanas”;
- esgoto industrial é o “despejo líquido resultante dos processos industriais, respeitados os padrões de
lançamento estabelecidos”;
- água de infiltração é “toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que
penetra nas canalizações”;
- contribuição pluvial parasitária é “a parcela do deflúvio superficial inevitavelmente absorvida pela rede
de esgoto sanitário”.

O esgoto sanitário é gerado a partir da água de abastecimento e, portanto, sua medida resulta da
quantidade de água consumida. Esta é geralmente expressa pela “taxa de consumo per capita”, variável
segundo hábitos e costumes de cada localidade. É usual a taxa de 200 l/hab. dia, mas em grandes
cidades de outros países essa taxa de consumo chega a ser três a quatro vezes maior, resultando num
esgoto mais diluído, já que é praticamente constante a quantidade de resíduo produzido por pessoa.
Em média, a composição do esgoto sanitário é de 99,9% de água e apenas 0,1% de sólidos, sendo
que 75% desses sólidos são constituídos de matéria orgânica em processo de decomposição.
Nesses sólidos proliferam microrganismos, podendo ocorrer microrganismos patogênicos,
dependendo da saúde da população contribuinte. Esses microrganismos são provenientes das fezes
humanas. Podem ainda ocorrer poluentes tóxicos, em especial fenóis e os chamados “metais pesados”,
da mistura com efluentes industriais.

- Desmatamento
O desmatamento é um processo que ocorre no mundo todo, resultado do crescimento das atividades
produtivas e econômicas e, principalmente, pelo aumento da densidade demográfica em escala mundial,
pois isso coloca em risco as regiões compostas por florestas. A exploração que naturalmente propicia
devastação através das atividades humanas já dizimou, em cerca de 300 anos, mais de 50% de toda
área de vegetação natural em todo mundo.
O desmatamento de florestas tropicais no Brasil é o maior do mundo (em termos absolutos), de acordo
com dados do relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (Fao)
sobre a avaliação dos recursos florestais mundiais (Global Forest Resources Assessment). Apesar dos
avanços obtidos pelo país no combate à destruição da Floresta Amazônica, nesta última década a
Amazônia brasileira perdeu em média, a cada ano, 17.600 km2 de florestas. Essa área equivale à de
Taiwan e é pouco maior do que o Havaí, ou mais da metade da Holanda (no Brasil, é quase do tamanho
do estado de Sergipe ou três vezes a área do Distrito Federal).
Na época do seu descobrimento, a vegetação do Brasil se caracterizava pelas formações florestais,
que cobriam cerca de 90% do seu território. Elas eram representadas nas tipologias equatorial, tropical,
subtropical, cerrados e caatingas. Os 10% restantes eram 40 basicamente formações campestres.
Segundo dados do IBGE e MMA (Ministério do Meio Ambiente) o Bioma Caatinga é um dos mais
alterados pelas atividades humanas. As áreas extremamente antropizadas na Caatinga correspondem a
35,5% e as muito antropizadas chegam a 13,7%. Entre as principais causas de degradação ambiental da
Caatinga estão o desmatamento, especialmente para a obtenção de lenha, e a agricultura de irrigação,
que avança ao longo do rio São Francisco. Os principais efeitos desta degradação se dão no
assoreamento de áreas especificas, tal como o pólo gesseiro da Chapada do Araripe (CE), e no processo
de desertificação nas regiões de Gilbués (PI), Seridó (RN), Irauçuba (CE) e Cabrobó (PE).
No Bioma Cerrado, dados sobre o estado da cobertura vegetal apontam para uma perda de vegetação
nativa entre 38,9% e 54,9% até o ano 2002. Conforme ISA (2008), a diferença entre estes dados se
relaciona à dificuldade de mapeamento dos diferentes ecossistemas do Cerrado, sobretudo na
diferenciação entre pastagens naturais e plantadas. A dinâmica do desmatamento no Cerrado inicia-se
pela associação entre fazendeiro e carvoeiro, na qual o segundo é pago com a vegetação usada para o
fabrico de carvão vegetal, e o primeiro é beneficiado pela remoção a vegetação, o que diminui os seus
custos de incorporação de terras para cultivo.

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A Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado do planeta, perdendo apenas para as florestas
de Madagascar. Desde o período colonial, a concentração demográfica e econômica da sociedade
brasileira na costa atlântica resultou na quase completa destruição da Mata Atlântica. Os fragmentos
remanescentes não chegam a mais de 7% da cobertura original e não estão distribuídos de forma
equilibrada entre as várias fisionomias do bioma. Considerando áreas que passam por estágios médios
de regeneração, os remanescentes saltam de 7% para 27%.
O Bioma Pampa fica restrito ao estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63,17% da área do estado e
2,08% do território nacional. O Pampa já perdeu quase a metade da cobertura vegetal nativa dos seus
178.243 km² originais, sendo o segundo bioma brasileiro mais antropizado. O avanço do cultivo de
exóticas (principalmente pinus e eucalipto) e a contaminação biológica promovida por elas e a expansão
da cultura da soja e do arroz são os principais promotores do desmatamento no Pampa. O avanço da
soja convencional e transgênica reduz o espaço dos campos naturais e podem degradar o solo com o
uso de herbicidas. O cultivo do arroz muitas vezes é feito com a drenagem de banhados (charcos),
espaços protegidos pela legislação e fundamentais para a reprodução e a alimentação de várias espécies
da fauna silvestre.
O bioma Pantanal é a maior planície inundável do mundo. No Brasil ele se estende por 150.689 km²,
reunindo um mosaico de diferentes ambientes que abrigam rica biota terrestre e aquática. Dos biomas
extra-amazônicos, é o mais preservado, com 86,8% de sua cobertura nativa intacta, muito embora o seu
frágil equilíbrio esteja ameaçado pelas novas tendências do desenvolvimento econômico regional. Os
modelos tradicionais de pesca e pecuária estão sendo substituídos pela exploração intensiva,
acompanhada de desmatamentos e alteração de áreas naturais.
Segundo Velez (2009), o Brasil não se pode mais prosseguir produzindo alimentos baseados apenas
na lógica tradicional de substituição integral da vegetação natural por plantações homogêneas de
espécies exóticas. É necessário identificar quais são as fisionomias predominantes em cada bioma a fim
de estabelecer formas de aproveitamento sustentável e apropriado. Nesse sentido, os biomas de
característica florestal como a Mata Atlântica e principalmente a Amazônia, tem como vocação o uso
sustentável baseado no aproveitamento de recursos madeireiros e não-madeireiros, e não a conversão
de florestas ainda existentes em áreas abertas. Já nos biomas de formações abertas, como o Pampa e o
Pantanal, têm como vocação o uso sustentável dos seus campos em atividades pastoris, com o
aproveitamento dos recursos forrageiros de espécies herbáceas nativas. Por sua vez, os biomas Cerrrado
e Caatinga apresentam perdas de cobertura natural mais acelerada que a Amazônia sem que haja uma
prévia discussão mais aprofundada de como poderia se dar a sua utilização de modo a conciliar a uso
econômico com a preservação.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Desenvolvimento sustentável107
Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a integração entre economia, sociedade e meio
ambiente. Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve levar em consideração
a inclusão social e a proteção ambiental

Gestão do Lixo
O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de gestão sustentável. No entanto, na
última década, o Brasil deu um salto importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados
aos aterros.
Em 2008, esse número subiu para 58%. Além disso, o número de programas de coleta seletiva saltou
de 451, em 2000, para 994, em 2008.
Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, além de
determinar o destino final correto do lixo, o Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei n° 12.305/10), aprovada em agosto de 2010.

Créditos de Carbono
No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida é transformada em
crédito, que pode ser negociado livremente entre países ou empresas.
O sistema funciona como um mercado, só que ao invés das ações de compra e venda serem
mensuradas em dinheiro, elas valem créditos de carbono.

107
Fonte: http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel.html

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Para isso é usado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada
das emissões de gases de efeito estufa. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução
dos gases poluentes tem direito a comercializar os créditos.
Por exemplo, um país que reduziu suas emissões e acumulou muitos créditos pode vender este
excedente para outro que esteja emitindo muitos poluentes e precise compensar suas emissões.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca
de 5% do total mundial e 268 projetos.

Entenda como funciona o mercado de crédito de carbono108


A partir dos anos 2000, entrou em cena um mercado voltado para a criação de projetos de redução da
emissão dos gases que aceleram o processo de aquecimento do planeta.
Trata-se do mercado de créditos de carbono, que surgiu a partir do Protocolo de Quioto, acordo
internacional que estabeleceu que os países desenvolvidos deveriam reduzir, entre 2008 e 2012, suas
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) 5,2% em média, em relação aos níveis medidos em 1990.
O Protocolo de Quioto criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução
certificada das emissões. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução da emissão
de gases poluentes tem direito a créditos de carbono e pode comercializá-los com os países que têm
metas a cumprir.

“O ecossistema não tem fronteira. Do ponto de vista ambiental, o que importa é que haja uma redução
de emissões global”, ressalta o consultor de sustentabilidade e energia renovável, Antonio Carlos Porto
Araújo.
Durante a última Conferência do Clima (COP 17), realizada em 2011, na África do Sul, as metas de
Quioto foram atualizadas e ampliadas para cortes de 25% a 40% nas emissões, em 2020, sobre os níveis
de 1990 para os países desenvolvidos.
“Isso pode significar um fomento nas atividades de crédito de carbono que andavam pouco atraentes”,
disse Araújo, autor do livro “Como comercializar créditos de carbono”.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca
de 5% do total mundial e 268 projetos. A expectativa inicial era absorver 20%. O mecanismo incentivou a
criação de novas tecnologias para a redução das emissões de gases poluentes no Brasil.

Cálculo
A redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é medida em toneladas de dióxido de carbono
equivalente – t CO2e (equivalente). Cada tonelada de CO2e reduzida ou removida da atmosfera
corresponde a uma unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada de Redução
Certificada de Emissão (RCE).
Cada tonelada de CO2e equivale a 1 crédito de carbono. A ideia do MDL é que cada tonelada de CO2
e não emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento possa ser negociada no mercado
mundial por meio de Certificados de Emissões Reduzidas (CER).
As nações que não conseguirem (ou não desejarem) reduzir suas emissões poderão comprar os CER
em países em desenvolvimento e usá-los para cumprir suas obrigações.

Consumo racional109
É um modo de consumir capaz de garantir não só a satisfação das necessidades das gerações atuais,
como também das futuras gerações. Isso significa optar pelo consumo de bens produzidos com tecnologia
e materiais menos ofensivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando-se o
desperdício e o excesso e ainda, após o consumo, cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem
degradação ao meio ambiente. Principalmente: ações no sentido de rever padrões insustentáveis de
consumo e diminuir as desigualdades sociais.
Adotar a prática dos três 'erres': Redução, que recomenda evitar o consumo de produtos
desnecessários; Reutilização, que sugere que se reaproveite diversos materiais; e Reciclagem, que
orienta reaproveitar materiais, transformando-os e lhes dando nova utilidade.

108
Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/entenda-como-funciona-o-mercado-de-credito-de-carbono
109
Texto adaptado de http://www.wwf.org.br/natureza_
brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/

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Aquecimento Global
O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas
pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel
Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século
XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse
aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar
profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica
que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de
transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o
aumento da temperatura consequência desse fenômeno.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades
humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis
fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como
o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das
radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa
o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações
climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.
Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados
Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. Em busca de
alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997.
Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que
provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta teve que ser
cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a
meta fosse atingida, o principal é os Estados Unidos.

Enfraquecido, Protocolo de Kyoto é estendido até 2020


Quase 200 países concordaram em estender o Protocolo da Kyoto até 2020. A decisão foi tomada
durante a COP-18, Cúpula das Nações Unidas sobre Mudança Climática realizada em Doha, no Catar.
Apesar do acordo, Rússia, Japão e Canadá abandonaram o Protocolo: assim, as nações que obedecerão
suas regras são responsáveis por apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa. O acordo
evita um novo entrave nas negociações realizadas há duas décadas pela ONU. Na oportunidade, não foi
possível impedir o aumento das emissões de gases do efeito estufa.
Sem o acordo, a vigência do Protocolo se encerraria no começo de 2013. A extensão do Protocolo o
mantém ativo como único plano que gera obrigações legais com o objetivo de enfrentar o aquecimento
global. Rússia, Belarus e Ucrânia se opõem à decisão de estender o Protocolo para além de 2012. A
Rússia quer limites menos rígidos sobre as licenças de emissões de carbono que não foram utilizadas.
Todos os lados dizem que as decisões tomadas em Doha ficaram aquém das recomendações de
cientistas. Estes queriam medidas mais duras para evitar mais ondas de calor, tempestades de areia,
enchentes, secas e aumento do nível dos oceanos.

Conceito de desenvolvimento sustentável


Usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservar os bens naturais e
a dignidade humana. É o desenvolvimento que não esgota os recursos, conciliando crescimento
econômico e preservação da natureza.
Em Salvador, o TEDxPelourinho foi totalmente dedicado ao tema, e reuniu pensadores de diversas
áreas e regiões do país para compartilhar suas experiências e mostrar como estão ajudando a transformar
os centros urbanos em locais planejados para serem ocupados por pessoas. As iniciativas incluem
ciclovias, centros revitalizados, instrumentos de participação coletiva e empoderamento dos cidadãos,
mais solidários, inclusivos, saudáveis, verdes e humanas. Em relação a capital gaúcha, foi reconhecida
pela IBM com uma das 31 cidades do mundo merecedoras do prêmio Smarter Cities Challenge Summit.
O reconhecimento veio graças ao projeto Cidade Cognitiva, que tem o objetivo de simular os impactos
futuros sobre a vida do município, com as obras e ações realizadas no presente demandadas pelo
orçamento participativo - sistema no qual a tomada de decisões sobre investimentos públicos é
compartilhada entre sociedade e governo.
Quem também fez progressos da área também foi o Rio de Janeiro. A sede das Olimpíadas de 2016
tem investido em um moderno centro integrado de operações para antecipar e combater situações de
calamidade. A tecnologia, desenvolvida em parceria com a IBM, deve ser aplicada nas demais cidades
do país, segundo anunciou o presidente da empresa no Brasil Rodrigo Kede. O prefeito da cidade,

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Eduardo Paes, chegou a palestrar em uma Conferência do TED explicando quatro grandes ideias que
devem conduzir o Rio (e todas as cidades) ao futuro, incluindo inovações arrojadas e executáveis de
infraestrutura.
Mobilizações populares: Os rapazes do Shoot the Shit da cidade de Porto Alegre, usam bom humor
para resolver os problemas locais. Ao longo do ano, o foi noticiado diversas iniciativas populares que
contribuem com as cidades brasileiras. Em Salvador, a jornalista Débora Didonê e seus companheiros do
projeto Canteiros Coletivos mostraram como estão transformando os espaços públicos da capital baiana
utilizando somente pás, mudas e a conscientização dos cidadãos locais.
Megacidades: Prefeitos das maiores cidades do mundo estiveram reunidos na Rio+20. Representantes
das maiores metrópoles do mundo se reuniram para trocar experiências sobre desenvolvimento
sustentável e traçar metas para reduzir os impactos dos grandes centros urbanos no planeta. Prefeitos
das 40 maiores cidades do mundo se encontraram em São Paulo para participar da C40 (Large Cities
Climate Leadership Group). Um dos destaques foi à assinatura de um protocolo de intenções destinado
a viabilizar suporte financeiro a grandes cidades, no intuito de que elas desenvolvam ações de
sustentabilidade. O documento foi assinado pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e pelo
prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, presidente da cúpula. Outro encontro decisivo aconteceu
durante a Rio+20, quando os líderes das 59 maiores cidades do mundo se comprometeram a reduzir em
até 248 milhões de toneladas as emissões de gases do efeito estufa até 2020. Na mesma ocasião, os
prefeitos firmaram o compromisso de engajar 100 metrópoles no caminho do desenvolvimento
sustentável até 2025.

Lixo Eletrônico
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, destaca que 40 milhões de toneladas de
lixo eletrônico são produzidas todos os anos. O descarte envolve vários tipos de equipamentos, como
geladeiras, máquinas de lavar roupa, televisões, celulares e computadores. Países desenvolvidos enviam
80% do seu lixo eletrônico para ser reciclado em nações em desenvolvimento, como China, Índia, Gana
e Nigéria. Segundo a OIT, muitas vezes, as remessas são ilegais e acabam sendo recicladas por
trabalhadores informais. Saúde - O estudo Impacto Global do Lixo Eletrônico, publicado em dezembro,
destaca a importância do manejo seguro do material, devido à exposição dos trabalhadores a substâncias
tóxicas como chumbo, mercúrio e cianeto.
A OIT cita vários riscos para a saúde, como dificuldades para respirar, asfixia pneumonia, problemas
neurológicos, convulsões, coma e até a morte. Orientações - Segundo agência, simplesmente banir as
remessas de lixo eletrônico enviadas países em desenvolvimento não é solução, já que a reciclagem
desse material promove emprego para milhares de pessoas que vivem na pobreza. A OIT sugere integrar
sistemas informais de reciclagem ao setor formal e melhorar métodos e condições de trabalho. Outro
passo indicado no estudo é a criação de leis e associações ou cooperativas de reciclagem.

As principais ONGs ambientais do Brasil


SOS Mata Atlântica - Na década de 1980, cientistas, empresários, jornalistas e defensores da questão
ambiental se aproximam e lançam as bases para a criação da primeira ONG destinada a defender os
últimos remanescentes de Mata Atlântica no país, a Fundação SOS Mata Atlântica. O ideal de
conservação ambiental da entidade, criada em 1986, associa-se ao objetivo de profissionalizar pessoas
e partir para a geração de conhecimento sobre o bioma. A proposta representa também um passo adiante
no amadurecimento do movimento ambientalista no país. A história da Fundação SOS Mata Atlântica foi
construída através da mobilização permanente e da aposta no conhecimento, na educação, na tecnologia,
nas políticas públicas e na articulação em rede para consolidação do movimento socioambiental
brasileiro.

Instituto Socioambiental (ISA) - O Instituto Socioambiental (ISA) é uma organização da sociedade


civil brasileira, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para propor soluções de forma integrada a questões
sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos
ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Desde 2001, o ISA é uma
Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – com sede em São Paulo (SP) e subsedes
em Brasília (DF), Manaus (AM), Boa Vista (RR), São Gabriel da Cachoeira (AM), Canarana (MT),
Eldorado (SP) e Altamira (PA).

Greenpeace Brasil - O Greenpeace chegou ao Brasil no mesmo ano em que o país abrigou a primeira
e mais importante conferência ambiental da História, a Eco-92. O protesto que marca a fundação da
organização por aqui foi uma ação contra a usina nuclear de Angra. Chegando por mar, ao bordo do navio

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Rainbow Warrior, os ativistas fixaram 800 cruzes no pátio da usina, simbolizando o número de mortos no
acidente de Chernobyl. A primeira grande vitória no Brasil se deu um ano após a inauguração do
escritório, com a proibição da importação de lixo tóxico. Ainda na década de 1990, tiveram início as
campanhas contra o uso dos gases CFC – que atacam a camada de ozônio – e de transgênicos, que
levou à aprovação de uma lei para a rotulagem de alimentos com organismos geneticamente modificados.
De olho na proteção da maior floresta tropical do mundo, em 1992 começou a investigação sobre a
exploração ilegal e predatória de madeira na Amazônia. O Greenpeace ajudou o Brasil a levar mais a
sério o debate ambiental, enquanto a realidade do país mostrou à organização que os problemas
ambientais e os sociais caminham juntos. Os desafios da organização cresceram com o país. O ritmo do
desmatamento na Amazônia vem caindo, mas ainda é alarmante, sem que os problemas tenham sido
resolvidos. Por outro lado, o Brasil, que tinha tudo para aproveitar seus recursos naturais para se tornar
uma potência energética de matriz quase 100% limpa, ainda quer investir em energias sujas e perigosas
como petróleo e nuclear – e por isso a organização faz campanha pelo incentivo e pelo investimento em
fontes renováveis de energia, como eólica, solar e biomassa.

WWF Brasil - A história do WWF no Brasil começou em 1971, quando a Rede WWF iniciou o seu
trabalho no país apoiando os primeiros estudos feitos sobre um desconhecido primata ameaçado de
extinção do Rio de Janeiro. Esse trabalho pioneiro viria a se transformar no Programa de Conservação
do Mico-Leão-Dourado, um dos mais bem-sucedidos do gênero no mundo, que há 30 anos vem sendo
executado pelo WWF em parceria com outras organizações. Nos anos seguintes vários pequenos
projetos em todo o Brasil contaram com ao ajuda financeira da entidade. Foi na década de 80 que a
presença do WWF no país aumentou, com o apoio dado aos primeiros anos do Projeto Tamar, entre
outras iniciativas. Ao optar por trabalhar com parceiros locais, o WWF ajudou a criar e fortalecer várias
entidades ambientalistas que hoje ocupam lugar de destaque na área da conservação, como a Fundação
Vitória Amazônica (FVA). Até 1989, diferentes organizações nacionais da rede WWF (WWF-EUA, WWF-
Reino Unido e WWF-Suécia) financiavam diretamente projetos desenvolvidos por instituições ou
estudantes e pesquisadores brasileiros. Todavia, com a ampliação do suporte técnico-financeiro ao longo
dos anos, tornou-se necessária a criação de um escritório de representação. Isso aconteceu em 1990
com a contratação do biólogo Dr. Cléber Alho, que ficou responsável pelo escritório aberto em Brasília. A
unidade passou a ser mantida pelo WWF-EUA que administrava, em nome da Rede, todos os projetos
apoiados pelo WWF no Brasil. A estrutura do escritório e o número de técnicos e funcionários cresceu
continuamente, dentro do objetivo de fortalecer as ações do WWF no Brasil e maximizar o impacto para
a conservação da natureza. Em 1993, para dar mais agilidade ao trabalho, foi nomeado o primeiro diretor
do escritório, o biólogo Eduardo Martins.

Conservação Internacional (CI) - A missão da Conservação Internacional (CI) é promover o bem-


estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza -
nossa biodiversidade global - amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de
campo. A CI é uma organização privada, sem fins lucrativos, dedicada à conservação e utilização
sustentada da biodiversidade. Fundada em 1987, em poucos anos a CI cresceu e se tornou uma das
maiores organizações ambientalistas do mundo. Atualmente, trabalha com foco no tripé conservação da
biodiversidade, serviços ambientais e bem-estar humano em mais de 40 países distribuídos por quatro
continentes. A organização utiliza uma variedade de ferramentas científicas e econômicas, associadas a
estratégias de política e comunicação ambiental, que contribuem para a promoção de um modelo de
desenvolvimento chamado de Economia Verde, ou seja, aquele que tem por base a manutenção ou a
ampliação do capital natural. No Brasil, o primeiro projeto de conservação da CI teve início em 1988. A
CI-Brasil tem sede em Belo Horizonte-MG e possui outros escritórios estrategicamente localizados em
Brasília-DF, Rio de Janeiro-RJ, Belém-PA, Campo Grande-MS e Caravelas-BA.

Instituto Akatu - O Instituto Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que
trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o Consumo Consciente. Defende o ato
de consumo consciente como um instrumento fundamental de transformação do mundo, já que qualquer
consumidor pode contribuir para a sustentabilidade da vida no planeta: por meio do consumo de recursos
naturais, de produtos e de serviços e pela valorização da responsabilidade social das empresas.

Instituto Ecoar - Fundado no ano de 1992, o Instituto ECOAR para a Cidadania é uma OSCIP,
organização da sociedade civil de interesse público, sediada na cidade de São Paulo e formada por
profissionais, estudiosos e ambientalistas que se reuniram logo após a Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92) e o Fórum Global 92, para atuar em questões

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ambientais emergentes, contribuir com a construção de sociedades sustentáveis e influenciar políticas
públicas socioambientalmente corretas.
Um dos criadores do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global, documento referência para educadores e educadoras em todo o mundo, o
Ecoar, ao longo dos anos, vem aprofundando pesquisas e estudos em práticas de educação para
sustentabilidade que promovam a disseminação de conhecimentos, valores, atitudes, comportamentos e
habilidades que contribuam para a sobrevivência de todas as espécies e sistemas naturais do planeta,
para a equidade social e emancipação humana.
O Ecoar atua em regiões metropolitanas, periurbanas e rurais, elabora e implementa programas e
projetos de educação para sustentabilidade, de mitigação do aquecimento global, de adaptação as
mudança climáticas, de gestão compartilhada de áreas densamente urbanizadas, de unidades de
conservação, de parques e demais áreas de propriedade e/ou uso público, gerenciamento participativo
de bacias hidrográficas, de elaboração de Agenda 21 local, de criação e animação de redes, de
minimização e gerenciamento de resíduos e cursos de capacitação em temas ambientais
contemporâneos. Desde 1997, o Ecoar tem se dedicado a estudar o fenômeno do Aquecimento Global e
das Mudanças Climáticas e suas consequências sobre a manutenção da vida, com qualidade, no Planeta.
Criou diversos programas de public awareness, com o objetivo de sensibilizar, informar, formar os
indivíduos e as comunidades para mudanças de práticas e hábitos cotidianos que possam mitigar a
emissão de gases de efeito estufa.
O Ecoar também se destaca na questão da formação e animação de redes, tendo sido fundador e
coordenador da Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA e membro de diversas outras redes,
como a Rede Mata Atlântica, A Reserva da Biosfera, a CAN - Rede Mundial do Clima, etc. A equipe de
educadores do Ecoar tem criado e elaborado material institucional e instrucional, considerados
referências nas esferas ambientalistas, tais como vídeos, livros, cartilhas, agendas, jogos. Buscando cada
vez mais a transparência e sustentabilidade de suas atividades, em 2008 o ECOAR aderiu às diretrizes
da Global Report Initiative (GRI) em seu processo de gestão.
Em dezembro de 2009, durante a COP 15, em Copenhagen, o Ecoar juntamente com a Universidade
de York, do Canadá, lançou o Portal de Justiça Climática Global, com foco na adaptação das
comunidades vulneráveis de todo o mundo às consequências das mudanças climáticas. Em 2010, o
Ecoar inova mais uma vez e lança o primeiro projeto de mensuração, redução e neutralização da emissão
de gases de efeito estufa de um time de futebol brasileiro e de educação ambiental dos times e das
torcidas. Trata-se do projeto Jogando pelo Meio Ambiente, que envolveu os times paulistas, Corinthians
e Palmeiras com o mote “adversários no campo, unidos pelo meio ambiente”.
Em sua trajetória internacional o Ecoar representa a sociedade civil brasileira no Conselho Diretor do
Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata, posto este conquistado graças sua
proposição de ser um espaço de reflexão e construção e difusão de novas metodologias, novos conceitos,
novas tecnologias. O Ecoar, assim como o Centro de Saberes e Cuidados sempre se dispôs a ser um
espaço de diálogos, de encontros entre os múltiplos saberes e fazeres, uma comunidade de
aprendizagem e difusão dos princípios e valores da Educação Ambiental para Sustentabilidade,
acrescidos de cientificidade e eficiência. O amadurecimento e consolidação dos trabalhos do ECOAR
geram constantemente material institucional e instrucional, considerados referência no setor de educação
para a sustentabilidade.

A Agenda 21 Brasileira110
A Agenda 21 Brasileira é um processo e instrumento de planejamento participativo para o
desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a
conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. O documento é resultado de uma
vasta consulta à população brasileira, sendo construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-
se, portanto, de um instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e da
cidadania ativa no País.
A primeira fase foi a construção da Agenda 21 Brasileira. Esse processo que se deu de 1996 a 2002,
foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional
(CPDS) e teve o envolvimento de cerca de 40 mil pessoas de todo o Brasil. O documento Agenda 21
Brasileira foi concluído em 2002.
A partir de 2003, a Agenda 21 Brasileira não somente entrou na fase de implementação assistida pela
CPDS, como também foi elevada à condição de Programa do Plano Plurianual, (PPA 2004-2007), pelo
110
Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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governo. Como programa, ela adquire mais força política e institucional, passando a ser instrumento
fundamental para a construção do Brasil Sustentável, estando coadunada com as diretrizes da política
ambiental do Governo, transversalidade, desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sisnama e
participação social e adotando referenciais importantes como a Carta da Terra.
Portanto, a Agenda 21, que tem provado ser um guia eficiente para processos de união da sociedade,
compreensão dos conceitos de cidadania e de sua aplicação, é hoje um dos grandes instrumentos de
formação de políticas públicas no Brasil.

Implementação da Agenda 21 brasileira (a partir de 2003)


A posse do Governo Lula coincidiu com o início da fase de implementação da Agenda 21 Brasileira. A
importância da Agenda como instrumento propulsor da democracia, da participação e da ação coletiva da
sociedade foi reconhecida no Programa Lula, e suas diretrizes inseridas tanto no Plano de Governo
quanto em suas orientações estratégicas. Outro grande passo foi a utilização dos princípios e estratégias
da Agenda 21 Brasileira como subsídios para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, Conferência das
Cidades e Conferência da Saúde. Esta ampla inserção da Agenda 21 remete à necessidade de se
elaborar e implementar políticas públicas em cada município e em cada região brasileira.
Para isso, um dos passos fundamentais do atual governo foi transformá-la em programa no Plano
Plurianual do Governo (PPA 2004/2007), o que lhe confere maior alcance, capilaridade e importância
como política pública. O Programa Agenda 21 é composto por três ações estratégicas que estão sendo
realizadas com a sociedade civil: implementar a Agenda 21 Brasileira; elaborar e implementar as Agendas
21 Locais e a formação continuada em Agenda 21. A prioridade é orientar para a elaboração e
implementação de Agendas 21 Locais com base nos princípios da Agenda 21 Brasileira que, em
consonância com a Agenda global, reconhece a importância do nível local na concretização de políticas
públicas sustentáveis. Atualmente, existem mais de 544 processos de Agenda 21 Locais em andamento
no Brasil, quase três vezes o número levantado até 2002.

Em resumo, são estes os principais desafios do Programa Agenda 21:


Implementar a Agenda 21 Brasileira. Passada a etapa da elaboração, a Agenda 21 Brasileira tem
agora o desafio de fazer com que todas as suas diretrizes e ações prioritárias sejam conhecidas,
entendidas e transmitidas, entre outros, por meio da atuação da Comissão de Políticas de
Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira (CPDS);implementação do Sistema da Agenda 21;
mecanismos de implementação e monitoramento; integração das políticas públicas; promoção da
inclusão das propostas da Agenda 21 Brasileira nos Planos das Agendas 21 Locais.
Orientar para a elaboração e implementação das Agendas 21 Locais. A Agenda 21 Local é um dos
principais instrumentos para se conduzir processos de mobilização, troca de informações, geração de
consensos em torno dos problemas e soluções locais e estabelecimento de prioridades para a gestão de
desde um estado, município, bacia hidrográfica, unidade de conservação, até um bairro, uma escola. O
processo deve ser articulado com outros projetos, programas e atividades do governo e sociedade, sendo
consolidado, dentre outros, a partir do envolvimento dos agentes regionais e locais; análise, identificação
e promoção de instrumentos financeiros; difusão e intercâmbio de experiências; definição de indicadores
de desempenho.
Implementar a formação continuada em Agenda 21. Promover a educação para a sustentabilidade
através da disseminação e intercâmbio de informações e experiências por meio de cursos, seminários,
workshops e de material didático. Esta ação é fundamental para que os processos de Agendas 21 Locais
ganhem um salto de qualidade, através da formulação de bases técnicas e políticas para a sua formação;
trabalho conjunto com interlocutores locais; identificação das atividades, necessidades, custos,
estratégias de implementação; aplicação de metodologias apropriadas, respeitando o estágio em que a
Agenda 21 Local em questão está.

Agenda 21 brasileira em ação


No âmbito do Programa Agenda 21, as principais atividades realizadas em 2003 e 2004 refletem a
abrangência e a capilaridade que a Agenda 21 está conquistando no Brasil. Estas atividades estão sendo
desenvolvidas de forma descentralizada, buscando o fortalecimento da sociedade e do poder local e
reforçando que a Agenda 21 só se realiza quando há participação das pessoas, avançando, dessa forma,
na construção de uma democracia participativa no Brasil. Destacamos as seguintes atividades:
Ampliação da CPDS: Criada no âmbito da Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, do Conselho
de Governo, a nova constituição da CPDS se deu por meio de Decreto Presidencial de 03 de fevereiro de
2004. Os novos membros que incluem 15 ministérios, a Anamma e a Abema e 17 da sociedade civil
tomaram posse no dia 1º. de junho de 2004. A primeira reunião da nova composição aconteceu no dia 1º

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de julho, e a segunda em 15 de setembro de 2004. Realização do primeiro Encontro Nacional das
Agendas 21 Locais, nos dias 07 e 08 de novembro de 2003, em Belo Horizonte, com a participação de
cerca de 2.000 pessoas de todas as regiões brasileiras. O II Encontro das Agendas 21 Locais será
realizado em janeiro de 2005, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre-RS.
Programa de Formação em Agenda 21, voltado para a formação de cerca de 10 mil professores das
escolas públicas do País que, através de cinco programas de TV, discutiram a importância de se
implementar a Agenda 21 nos municípios, nas comunidades e na escola. Esse programa, veiculado pela
TVE em outubro de 2003, envolveu, além dos professores, autoridades governamentais e não
governamentais, e participantes dos Fóruns Locais da Agenda 21, da sociedade civil e de governos.
Participação na consolidação da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento Sustentável e
Apoio às Agendas 21 Locais. Esta frente, composta de 107 deputados federais e 26 senadores, tem como
principal objetivo articular o poder legislativo brasileiro, nos níveis federal, estadual e municipal, para
permitir uma maior fluência na discussão dos temas ambientais, disseminação de informações
relacionadas a eles e mecanismos de comunicação com a sociedade civil.
Elaboração e monitoramento, em conjunto com o FNMA, do Edital 02/2003 - Construção de Agendas
21 Locais, que incluiu a participação ativa no processo de capacitação de gestores municipais e de ONGs,
em todos os estados brasileiros, para a confecção de projetos para o edital. Ao todo foram cerca de 920
pessoas capacitadas em 25 eventos. No final do processo, em dezembro de 2003, foram aprovados, com
financiamento, 64 projetos de todas as regiões brasileiras.
Publicação da Série Cadernos de Debate Agenda 21 e Sustentabilidade com o objetivo de contribuir
para a discussão sobre os caminhos do desenvolvimento sustentável no País. São seis os Cadernos
publicados até o presente: Agenda 21 e a Sustentabilidade das Cidades; Agenda 21: Um Novo Modelo
de Civilização; Uma Nova Agenda para a Amazônia; Mata Atlântica o Futuro é Agora; Agenda 21 e o
Setor Mineral; Agenda 21, o Semiárido e a Luta contra a Desertificação.
Publicação de mil exemplares da segunda edição da Agenda 21 Brasileira: Ações Prioritárias e
Resultado da Consulta Nacional, contendo apresentação da Ministra Marina Silva e a nova composição
da CPDS.
Ainda, foram efetivadas parcerias e convênios com o Ministério da Educação, Ministério da Saúde,
Ministério das Cidades, Ministério da Cultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e Ministério de Minas e Energia; Fórum Brasileiro das ONGs para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento; Confea/CREA, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do
Nordeste e prefeituras brasileiras.

Biomas111
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica, Pampa e Pantanal.
Cada um desses ambientes abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna.
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e
de continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a manutenção de serviços
ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas.
Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas
ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de
benefícios da biodiversidade.

Amazônia
A Amazônia é quase mítica: um verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores
imensas escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um-terço das espécies que
vivem sobre a Terra.
Os números são igualmente monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,
196.943 milhões de km² (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira
tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).
A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km² e tem
1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico,
lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

111
Fonte: http://www.mma.gov.br/biomas

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos
naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por
exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza
cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais
sem esgotá-los nem destruir o habitat natural.
Toda essa grandeza não esconde a fragilidade do ecossistema local, porém. A floresta vive a partir de
seu próprio material orgânico, e seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a quaisquer
interferências. Os danos causados pela ação antrópica são muitas vezes irreversíveis.
Ademais, a riqueza natural da Amazônia se contrapõe dramaticamente aos baixos índices
socioeconômicos da região, de baixa densidade demográfica e crescente urbanização. Desta forma, o
uso dos recursos florestais é estratégico para o desenvolvimento da região.

Caatinga
A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do
território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178
espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221
abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos
do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços
ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o
desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades
econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de
cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos
últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e
insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e
agricultura. Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma, segundo dados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca concretizar uma agenda de criação de mais
unidades de conservação federais e estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso
sustentável da sua biodiversidade.
Em relação às Unidades de Conservação (UC´s) federais, em 2009 foi criado o Monumento Natural
do Rio São Francisco, com 27 mil hectares, que engloba os estados de Alagoas, Bahia e Sergipe e, em
2010, o Parque Nacional das Confusões, no Piauí foi ampliado em 300 mil hectares, passando a ter
823.435,7 hectares. Em 2012 foi criado o Parque Nacional da Furna Feia, nos Municípios de Baraúna e
Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, com 8.494 ha. Com estas novas unidades, a área protegida
por unidades de conservação no bioma aumentou para cerca de 7,5%. Ainda assim, o bioma continuará
como um dos menos protegidos do país, já que pouco mais de 1% destas unidades são de Proteção
Integral. Ademais, grande parte das unidades de conservação do bioma, especialmente as Áreas de
Proteção Ambiental – APAs, têm baixo nível de implementação.
Paralelamente ao trabalho para a criação de UCs federais, algumas parcerias vêm sendo
desenvolvidas entre o MMA e os estados, desde 2009, para a criação de unidades de conservação
estaduais. Em decorrência dessa parceria e das iniciativas próprias dos estados da caatinga, os
processos de seleção de áreas e de criação de UC´s foram agilizados. Os primeiros resultados concretos
já aparecem, como a criação do Parque Estadual da Mata da Pimenteira, em Serra Talhada-PE, e da
Estação Ecológica Serra da Canoa, criada por Pernambuco em Floresta-PE, com cerca de 8 mil hectares,
no dia da caatinga de 2012 (28/04/12). Além disso, houve a destinação de recursos estaduais para criação
de unidades no Ceará, na região de Santa Quitéria e Canindé.
Merece destaque a destinação de recursos, para projetos que estão sendo executados, a partir de
2012, na ordem de 20 milhões de reais para a conservação e uso sustentável da caatinga por meio de
projetos do Fundo Clima – MMA/BNDES, do Fundo de Conversão da Dívida Americana – MMA/FUNBIO
e do Fundo Socioambiental - MMA/Caixa Econômica Federal, dentre outros (documento com relação dos
projetos). Os recursos disponíveis para a caatinga devem aumentar tendo em vista a previsão de mais
recursos destes fundos e de novas fontes, como o Fundo Caatinga, do Banco do Nordeste - BNB, a ser
lançado ainda este ano. Estes recursos estão apoiando iniciativas para criação e gestão de UC´s,
inclusive em áreas prioritárias discutidas com estados, como o Rio Grande do Norte.
Também estão custeando projetos voltados para o uso sustentável de espécies nativas, manejo
florestal sustentável madeireiro e não madeireiro e para a eficiência energética nas indústrias gesseiras
e cerâmicas. Pretende-se que estas indústrias utilizem lenha legalizada, advinda de planos de manejo
sustentável, e que economizem este combustível nos seus processos produtivos. Além dos projetos

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
citados acima, em 2012 foi lançado edital voltado para uso sustentável da caatinga (manejo florestal e
eficiência energética), pelo Fundo Clima e Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – Serviço
Florestal Brasileiro, incluindo áreas do Rio Grande do Norte.
Devemos ressaltar que o nível de conhecimento sobre o bioma, sua biodiversidade, espécies
ameaçadas e sobreexplotadas, áreas prioritárias, unidades de conservação e alternativas de manejo
sustentável aumentou nos últimos anos, fruto de uma série de diagnósticos produzidos pelo MMA e
parceiros
Da mesma forma, aumentou a divulgação de informações para a sociedade regional e brasileira em
relação à caatinga, assim como o apoio político para a sua conservação e uso sustentável. Um exemplo
disso é a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na
Rio+20, realizada em maio deste ano, que formalizou os compromissos a serem assumidos pelos
governos, parlamentos, setor privado, terceiro setor, movimentos sociais, comunidade acadêmica e
entidades de pesquisa da região para a promoção do desenvolvimento sustentável do bioma. Estes
compromissos foram apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável - Rio +20.
Por outro lado, devemos reconhecer que a Caatinga ainda carece de marcos regulatórios, ações e
investimentos na sua conservação e uso sustentável. Para tanto, algumas medidas são fundamentais: a
publicação da proposta de emenda constitucional que transforma caatinga e cerrado em patrimônios
nacionais; a assinatura do decreto presidencial que cria a Comissão Nacional da Caatinga; a finalização
do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Caatinga; a criação das Unidades de
Conservação prioritárias, como aquelas previstas para a região do Boqueirão da Onça, na Bahia, e Serra
do Teixeira, na Paraíba, e finalmente a destinação de um volume maior de recursos para o bioma.

Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km², cerca
de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e
Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-
se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São
Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.
Considerado como um hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância
de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. Do ponto de vista da diversidade
biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627
espécies de plantas nativas já catalogadas. Existe uma grande diversidade de habitats, que determinam
uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias. Cerca de 199 espécies de mamíferos
são conhecidas, e a rica avifauna compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200
espécies), répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados. O número de peixes endêmicos
não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%,
respectivamente. De acordo com estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35%
das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.
Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações
sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos,
babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e
cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. Mais de 220 espécies têm
uso medicinal e mais 416 podem ser usadas na recuperação de solos degradados, como barreiras contra
o vento, proteção contra a erosão, ou para criar habitat de predadores naturais de pragas. Mais de 10
tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros
urbanos, como os frutos do Pequi (Caryocar brasiliense), Buriti (Mauritia flexuosa), Mangaba (Hancornia
speciosa), Cagaita (Eugenia dysenterica), Bacupari (Salacia crassifolia), Cajuzinho do cerrado
(Anacardium humile), Araticum (Annona crassifolia) e as sementes do Barú (Dipteryx alata).
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das
espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de
animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o
bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para a
abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido
um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Nas três últimas décadas, o Cerrado vem
sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além disso, o bioma Cerrado é palco de
uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão.

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Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é
o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu
território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de
conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo
RPPNs (0,07%).

Mata Atlântica
A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa,
Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas
associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam originalmente por
aproximadamente 1.300.000 km² em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de
vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes
estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100
hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000
espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies
endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies
na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente prioritária
para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à fauna, os levantamentos já realizados
indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de
répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.
Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem importância vital para
aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados
aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo
dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas,
controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio
histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e as
Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da
diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.
A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos
anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais
e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece
sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas,
as estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de
incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da recuperação
de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento
pelos serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento
para a conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 11.428, de 2006
e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei.

Pampa
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE).
Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do
Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso
patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo
predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas
de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc.
Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande
biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de
3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-
forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras). Nas áreas de
campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como
a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem
ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale
destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos
remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra
do Quaraí.
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o
perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus chilensis), o
caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus

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saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de
mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex
gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o
preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema
muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-
barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e
algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-
pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o
picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil).
Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Também é no
Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani.
Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos tem sido a principal
atividade econômica da região. Além de proporcionar resultados econômicos importantes, tem permitido
a conservação dos campos e ensejado o desenvolvimento de uma cultura mestiça singular, de caráter
transnacional representada pela figura do gaúcho.
A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm
levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa. Estimativas de
perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da
vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA).
A perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da região, seja
perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo comprometimento dos
serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como o controle da erosão do solo e o
sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas, por exemplo.
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem
representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas
0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A Convenção sobre
Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário, em suas metas para 2020, prevê a proteção
de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da heterogeneidade de cada bioma.
As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da
Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma
Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km²) foram consideradas de importância biológica extremamente
alta.
Estes números contrastam com apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação (2,4% de uso
sustentável e 0,9% de proteção integral), com grande lacuna de representação das principais fisionomias
de vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de unidades de
conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram
identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação
ambiental.
O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial para assegurar a
conservação do Pampa. A diversificação da produção rural a valorização da pecuária com manejo do
campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o zoneamento ecológico-econômico e o respeito
aos limites ecossistêmicos são o caminho para assegurar a conservação da biodiversidade e o
desenvolvimento econômico e social.
O Pampa é uma das áreas de campos temperados mais importantes do planeta.
Cerca de 25% da superfície terrestre abrange regiões cuja fisionomia se caracteriza pela cobertura
vegetal como predomínio dos campos – no entanto, estes ecossistemas estão entre os menos protegidos
em todo o planeta.
Na América do Sul, os campos e pampas se estendem por uma área de aproximadamente 750 mil
km², compartilhada por Brasil, Uruguai e Argentina.
No Brasil, o bioma Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km² – o que
corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional.
O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. Em sua paisagem
predominam os campos, entremeados por capões de mata, matas ciliares e banhados.
A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é mais simples
e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e dos serviços
ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de carbono e no
controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na
base de nossa cadeia alimentar.

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Pantanal
O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Este bioma
continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este dado em nada
desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área aproximada é 150.355 km²,
ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu espaço territorial o bioma, que é uma
planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência
direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso sofre
influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia).
O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não florestal (savana
[cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão ecológica ou contatos
florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma. Desses, 52,60% são cobertos
por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição ecológica ou ecótonos. Os tipos de
vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta estacional decidual) representam 5,07%
do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma alterados por ação antrópica é utilizada para a criação
extensiva de gado em pastos plantados (10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura.
Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do
Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do
Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies catalogadas: 263
espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132
espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de
plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, e algumas
apresentam vigoroso potencial medicinal.
Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação humana,
principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma.
Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das
comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio
Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas comunidades
influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira.
Apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação, dos quais 2,9%
correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no Pantanal,
até o momento).

Julho foi o mês mais quente já registrado, segundo dados da Nasa112


Dados divulgados nesta segunda-feira (15/08/2016) pela Agência Espacial Americana (Nasa) revelam
que o mês de julho passado atingiu alta recorde de temperatura.
Mesmo após o enfraquecimento do fenômeno "El Niño", que eleva as temperaturas globais em
conjunto com as mudanças climáticas, o mês de julho de 2016 foi 0,84ºC mais quente do que a média
registrada entre 1950 e 1980, e 0,11ºC acima dos meses de julho mais quentes até então registrados, em
2011 e 2015.
O diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, Gavin Schmidt, divulgou através do
Twitter um gráfico com o aumento da temperatura em julho de 2016, afirmando ser este o mais quente
desde o início dos registros.
Os cientistas atribuem a alta das temperaturas principalmente às mudanças climáticas provocadas
pela queima de combustíveis fósseis, além de uma intensificação do El Niño, que, com intervalo de alguns
anos, provoca um aquecimento natural em regiões do Oceano Pacífico, modificando as temperaturas em
todo o mundo.
Segundo a Nasa, este é o décimo mês mais quente registrado em sequência. "O mais assustador é
que entramos numa era onde será surpreendente quando cada novo mês de um ano não for o mais
quente já registrado", observa Chris Field, cientista do clima da Universidade de Stanford e do Instituto
Carnegie.

Programa tem mais de R$ 1 bilhão para financiar projetos minerais sustentáveis113


Projetos de inovação sustentáveis na área de mineração contarão com financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), no montante de R$ 1,18 bilhão. Com essa finalidade, as duas instituições lançaram hoje

112
16/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/08/julho-foi-o-mes-mais-quente-ja-registrado-segundo-dados-da-nasa.html
113
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-08/programa-vai-apoiar-projetos-minerais-
inovadores-e-sustentaveis

. 111
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
(02/08/2016), no Rio de Janeiro, o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação no Setor de
Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral).
Esses projetos abrangem desde pesquisa e desenvolvimento para substituição de produtos
alergênicos ou carcinogênicos até o desenvolvimento de fibras de carbono para os setores aeroespacial
e de petróleo e gás, entre outros, passando pelo desenvolvimento de fragrâncias a partir de frutas, flores
e plantas brasileiras, informou o BNDES.
Foram recebidos, ao todo, 62 planos de negócios para o Padiq, que somaram recursos de R$ 2,9
bilhões para o biênio 2016/2017. Dos 27 projetos escolhidos, 12 foram apresentados por micro, pequenas
e médias empresas.
A maior indicação de aporte (70%) é para projetos químicos a partir de fontes renováveis. As restantes
cinco áreas temáticas do programa são fibras de carbono, insumos para higiene pessoal e cosmético,
aditivos químicos para alimentação animal, aditivos químicos para exploração e produção de petróleo e
derivados de silício. Claudia Prates disse que o Padiq tem previsão de vigência de cinco anos. O objetivo,
destacou a diretora do banco, é procurar parceiros para investimentos de longo prazo, de forma a “Trazer
o mercado para participar conosco nos projetos".

Ministério Público Federal teme fim de licença ambiental114


Na segunda-feira (09/05/2016), o Tarde Nacional falou sobre a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) de número 65, de 2012, em tramitação no Senado Federal, que pretende
acrescentar o § 7º ao art. 225 da Constituição, para assegurar a continuidade de obras públicas após a
concessão da licença ambiental.
Para os parlamentares que defendem a proposta, a mudança vai combater o desperdício público com
obras inacabadas. Mas o Ministério Público Federal tanto discorda desse argumento que chegou a
divulgar uma nota técnica contrária à PEC 65.
Quem falou sobre o assunto ao Tarde Nacional foi a Coordenadora da Câmara de Meio Ambiente e
Patrimônio Cultural, subprocuradora-geral da República, Sandra Cureau.
Sandra falou sobre os motivos que levam o Ministério Público a acreditar que a PEC 65 põe fim ao
processo de licenciamento ambiental. “Da forma que a PEC está redigida, o poder judiciário não poderia
conceder uma liminar por pior que fosse o estudo de impacto ambiental, por mais nocivo que fosse ao
meio ambiente e às populações tradicionais”, disse a subprocuradora-geral.
Ela também comentou os argumentos apresentados por parlamentares favoráveis à proposta ouvidos
em reportagem da Rádio Senado.

Cientistas descobrem grande recife de coral na foz do Rio Amazonas115


Cientistas descobriram um grande recife de coral sob a pluma do Rio Amazonas, onde o rio deságua
no Atlântico e sua água se mistura com a água salgada do oceano entre a Guiana Francesa e o estado
do Maranhão.
A descoberta foi liderada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e publicada na semana passada na revista "Science
Advances".
Os pesquisadores já desconfiavam da possibilidade de haver recifes de coral nessa região por causa
da coleta de peixes típicos de regiões de coral.
Em 2014, uma expedição organizada pelos pesquisadores brasileiros foi capaz de coletar exemplares
e descrever a descoberta de um grande recife de coral de cerca de 9,5 mil km².
O achado foi uma surpresa, já que se considerava que as condições da região não eram propícias
para o desenvolvimento de corais. A pluma do rio faz com que uma grande área do norte do Oceano
Atlântico seja afetada em termos de salinidade, pH, penetração de luz e sedimentação, criando um hiato
nos recifes do Atlântico.

Ambiente insalubre está por trás de 23% das mortes no mundo, diz OMS116
Quase um quarto das mortes registradas no mundo têm causas relacionadas a fatores ambientais
como poluição do ar, água e solo, exposição a químicos, mudanças climáticas e radiação ultravioleta
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

114
16/05/2016 - Fonte: http://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/edicao/2016-05/para-mpf-pec-65-poe-fim-ao-licenciamento-ambiental
115
26/04/2016 - Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/04/cientistas-descobrem-grande-recife-de-coral-na-foz-do-rio-
amazonas.html
116
15/03/2016 -Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/03/ambiente-insalubre-esta-por-tras-de-23-das-mortes-no-mundo-diz-
oms.html

. 112
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Um relatório da OMS, publicado nesta terça-feira (15/03/2016), estima que em 2012 12,6 milhões de
mortes se deveram a esses fatores de risco, que provocam uma centena de doenças ou traumas nos
humanos.
A OMS, que havia elaborado um primeiro quadro do impacto ambiental em sentido amplo em 2002,
estabelece uma lista das dez primeiras patologias vinculadas ao ambiente.

Poluição
A organização afirma que 8,2 milhões de mortes por doenças não-transmissíveis podem ser atribuídas
à poluição do ar.
Tratam-se, sobretudo, dos acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças cardíacas, câncer e
doenças respiratórias.

Acidentes
Os traumas não-intencionais, como os acidentes de trânsito, também são classificados pela OMS entre
as patologias relacionadas ao meio ambiente e representam 1,7 milhão de mortes em 2012.
A OMS considera que os acidentes de circulação também estão relacionados ao meio ambiente porque
com frequência são causados pelo mau estado das estradas.

Falta de saneamento
A OMS também acredita que a diarreia, que ocupa o sexto lugar no grupo das dez doenças listadas
pela OMS, é provocada com frequência por uma rede sanitária fraca, provocando 846 mil mortes anuais.
Os "traumatismos voluntários", que incluem os suicídios, são a décima causa das mortes relacionadas
ao meio ambiente. Para a OMS, certos suicídios são provocados por um acesso a produtos tóxicos, como
os pesticidas, e portanto relacionados ao ambiente.
Para a organização internacional, "uma melhor gestão do meio ambiente permitiria salvar todos os
anos" 1,7 milhão de crianças com menos de 5 anos e 4,9 milhões de idosos.
"Em 2002, tínhamos mais ou menos 25% das mortes mundiais causadas pelo meio ambiente, hoje
são 23%, um pouco menos, mas como a população aumentou em dez anos a quantidade final continua
sendo alta", comentou a médica María Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio
Ambiente.
Na Ásia do sudeste é onde é registrado o maior número de mortes vinculadas ao meio ambiente, um
total de 3,8 milhões. Em segundo lugar figura a região do Pacífico (3,5 milhões), seguida da África (2,2
milhões), Europa (1,4 milhão), Oriente Médio (854.000) e América (847.000).
Para resolver a situação, a OMS propõe receitas simples: reduzir as emissões de carbono, desenvolver
os transportes coletivos, melhorar a rede sanitária, combater os modos de consumo para utilizar menos
produtos químicos, se proteger do sol e impor proibições de fumar.

Brasília sedia fórum que financia conservação do meio ambiente117


Quem diria que um grande contador de histórias no cinema iria se deixar encantar por um famoso
plantador de sementes que, na luta para salvar a floresta do lugar onde nasceu, já conseguiu recuperar
mais de 7.500 hectares numa das regiões mais degradadas do Brasil e que, há um ano, foi palco do maior
desastre ambiental de nosso país, no Vale do Rio Doce!
Era uma vez um rio...
E parte dessa triste história foi contada ontem (2), em Brasília, na abertura oficial da RedLAC, o maior
fórum de representantes de fundos que financiam os mais importantes projetos de conservação do meio
ambiente, na América Latina e no Caribe, pelo fotógrafo Sebastião Salgado, que, nas palavras do cineasta
Fernando Meirelles, que também participou do primeiro dia do evento num painel sobre comunicação, é
um grande contador de histórias.
Em sintonia com as palavras de Fernando Meirelles, a secretária-geral do Fundo Brasileiro para a
Biodiversidade (Funbio), Rosa Lemos de Sá, responsável pela organização do encontro, fala sobre a
felicidade da escolha de Sebastião Salgado, para a abertura da RedLAC, e elenca as razões para isso.
Desde o início da década de 80, as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30
anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas
com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher. Em formato de programete, o
Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC.

117
03/11/2016 Fonte: http://radios.ebc.com.br/viva-maria/edicao/2016-11/brasilia-sedia-forum-que-financia-conservacao-do-meio-ambiente

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Instituto nacional apresenta projeto para MS reduzir atropelamento de antas118
Em apenas três anos 250 antas morreram atropeladas em rodovias de Mato Grosso do Sul, sendo 93
na BR-267; 74 na MS-040 e 46 na BR-262. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) durante uma
reunião técnica realizada no gabinete do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
O estudo elaborado e apresentado por pesquisadoras do IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas), foi
realizado através de uma iniciativa nacional para a conservação da anta brasileira, e monitorou um total
de 1.300 quilômetros de forma sistemática ou aleatória.
A reunião técnica entre representantes da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Econômico), Imasul e a 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, foi o primeiro
passo para buscar a redução no número de atropelamentos e também para manter a segurança dos
usuários das estradas.
Pesquisa - Durante a reunião, as pesquisadoras do instituto Patrícia Medici e Fernanda Abra
apresentaram os resultados do monitoramento de atropelamentos de Anta Brasileira.
Em 10 metros de oito rodovias sul-mato-grossenses, que incluem três rodovias federais (BR-267, BR-
262 e BR-163) e cinco rodovias estaduais (MS-040, MS-080, MS-134, MS-145 e MS-395,
aproximadamente 93 animais morreram na BR-267 e 74 na MS-040.
Soluções também foram apresentadas durante o encontro para que os números diminuam. Entre eles
os mais eficazes, segundo as pesquisadoras, seriam o passador de fauna e o cercamento para os
animais.

Foi comprovado também, durante a pesquisa, que as placas de sinalização ao longo das rodovias,
possuem eficiência zero. Ainda segundo a pesquisa, durante os seis anos de monitoramento, 18 pessoas
morreram em acidentes envolvendo os animais nas rodovias e 20 pessoas ficaram feridas nesse mesmo
período.
Idade - Só na MS-040 das 49 carcaças de antas encontradas vítimas de atropelamentos, 17 eram
machos, 7 fêmeas e 25 eram de sexo não determinado devido às condições da carcaça. Já as idades
dos animais, 30 eram adultas, 10 sub-adultas, 3 filhotes ou juvenis e 6 eram de classe de idade não
determinada devido às condições da carcaça.
Nas demais rodovias, 165 antas foram atropeladas entre abril de 2013 e novembro deste ano. 32 eram
fêmeas, 55 machos e 78 de sexo não determinado devido às condições da carcaça. Já as idades eram
de 96 adultas, 25 sub-adultas, 9 filhotes ou juvenis e 35 de classe de idade não determinada devido às
condições da carcaça.
Pontos críticos - Dados coletados durante a pesquisa demonstram que alguns trechos das rodovias
monitoradas possuem situações mais críticas de atropelamentos, esses trechos foram chamados de
hotspots. Na BR-267 foram registrados 3 hotspots; na BR-262 sentido Campo Grande – Três Lagoas
foram 3 hotspots. Já na MS-040 o monitoramento apontou a existência de 4 hotspots.
Segundo o levantamento, os pontos críticos em algumas regiões podem ocorrer em razão de uma
provável estrutura da paisagem, como presença de corpos d’água, fragmentos florestais e oferta de
recursos alimentares. Situações que são determinantes para que os animais utilizem mais ou menos,
alguns trechos da rodovia.

Duas novas espécies de plantas são descobertas no Vale do Itajaí, em SC119


Duas novas espécies de plantas, descobertas no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foram catalogadas
na revista "Phytotaxa", de circulação internacional. A Siphocampylus sevegnaneae e Siphocampylus
baccae só foram encontradas, até agora, na região de Benedito Novo, conforme mostrou a RBS TV.
O responsável pela descoberta foi Luis Funez, de 25 anos, biólogo e mestre em botânica. A pesquisa
que levou ao novo achado começou há dois anos, no Morro da Tirolesa, divisa entre as cidades de Rodeio
e Benedito Novo.
Foi nesse local que Luis encontrou a espécie Siphocampylus baccae, cujo nome homenageia o
professor da Furb Lauro Bacca. "Podemos caraterizá-la pelo caule avermelhado, a borda da folha com
dentinhos. Quando quebra as folhas, secreta um látex, essa seiva branca", explica o biólogo.
A poucos quilômetros da localidade, em uma fazenda com 1.400 hectares de mata nativa, na
Cachoeira do Zinco, foi encontrada a segunda espécie: a Siphocampylus sevegnaneae, que recebeu o
nome nome em homenagem à professora e ambientalista Lúcia Sevegnani, morta no ano passado. "É
parecida com a outra, mas tem certos detalhes diferentes. Ela emite raízes no caule a folha é bem maior".

118
03/11/2016 Fonte: http://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/instituto-nacional-apresenta-projeto-para-ms-reduzir-
atropelamento-de-antas
119
02/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/11/duas-novas-especies-de-plantas-sao-descobertas-no-vale-do-
itajai-em-sc.html

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Por enquanto, os benefícios das plantas seguem incertos. "Existem plantas que têm essa seiva, o
látex, estão sendo promissoras no tratamento contra o câncer. Cabe aos farmacêuticos e bioquímicos
desvendarem o que essa planta pode trazer de benefícios para a população em geral", diz o pesquisador.
O proprietário da fazenda onde foi feita uma das descobertas comemora: "Além da nossa paixão pela
propriedade, é um motivo extra para continuar preservando", diz Andreas Koprowski.

Na Cúpula do Clima, muito discurso e uma certeza: países pobres estão sozinhos120
“Vocês estão sozinhos nessa”. Foi esta a mensagem que os países ricos deixaram para os pobres ao
fim da Cúpula do Clima que acabou de acontecer durante dez dias em Marrakesh, no país africano do
Marrocos. Os pobres reivindicam ajuda para suportarem os revezes trágicos causados pelas mudanças
climáticas, fenômeno que, conforme cientificamente provado, está acontecendo, em grande parte, porque
os ricos consomem excessivamente o combustível fóssil.
A informação chegou-me há pouco, via mensagem eletrônica enviada pela ActionAid, organização
não-governamental internacional que tem foco no combate à pobreza que acompanhou a COP22 lá no
Marrocos. O coordenador global de assuntos climáticos da organização, Harjeet Singh, escreveu sobre o
que chamou de travamento dos trabalhos por causa da questão financeira:
“Embora vários países tenham feito contribuições bem-vindas para as necessidades imediatas de
financiamento, os países ricos têm tentado se livrar de suas responsabilidades de ajudar as nações mais
pobres a lidar com os custos de enfrentar os impactos das mudanças climáticas e tornar suas economias
mais ecológicas. A ação climática custará dinheiro que os países mais pobres simplesmente não têm. A
mensagem geral aos países em desenvolvimento é ‘você está sozinho’. Sem financiamento real e cortes
drásticos nas emissões de gases pelos países desenvolvidos, o planeta não tem chance de ficar abaixo
do aquecimento de 1,5°C. Os governos das nações ricas devem se lembrar que, mesmo que tenham
ganhado a luta financeira na sala de conferências, eles ainda serão os perdedores em um planeta mais
quente".
Para os brasileiros, as notícias também não são boas. No penúltimo dia da Cúpula do Clima, os
ministros José Sarney Filho e Blairo Maggi, do Meio Ambiente e da Agricultura, respectivamente,
receberam uma carta assinada pelo Observatório do Clima em que a organização demonstra
preocupação – para usar uma expressão bem polida – com algumas declarações dadas por Blairo Maggi
no encontro mundial.
“Nos últimos dias, o ministro Maggi já disse que a ‘consciência’ dos produtores mantém florestas
preservadas; que assassinatos de ambientalistas no Brasil são ‘problemas de relacionamento’; e que a
agropecuária ‘não é a vilã’ das mudanças climáticas”, diz o texto que recebi por mensagem eletrônica.
Ontem (17/11/2016), ainda segundo o texto, Maggi foi além disso. Numa reunião com representantes
da organização Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, ele disse que o compromisso assumido
pelo governo passado com os líderes da Cúpula do Clima de Paris, que conseguiu o Acordo histórico
para baixar emissões de carbono, são “intenções”. É, claramente, uma posição que serve para
enfraquecer o que deveria ser uma determinação, um pacto assumido diante da comunidade
internacional. Vale lembrar que Blairo Maggi é exportador de soja e que a soja é uma das causas do
desmatamento.
Na carta, os ambientalistas do OC, uma coalizão de organizações da sociedade civil para discutir
mudanças climáticas, lembram ainda que “O setor rural brasileiro tem uma imensa responsabilidade sobre
a contribuição brasileira para as emissões globais de gases de efeito estufa e, portanto, para o
aquecimento global”. Embora tenha havido avanços na luta contra o desmatamento, não se pode falar,
ainda, em agropecuária sustentável.
Outra declaração pontuada pelos ambientalistas como polêmica foi quando Maggi comentou, em
painel da Cúpula de Marrakesh durante o Global Landscape Forum, no dia 16 de novembro, os crimes
acontecidos na floresta como “problemas de relacionamento de pessoas de determinados lugares’.
“O Brasil não é apenas o país do mundo onde mais se mata ambientalistas. Segundo a Global Witness,
organização estabelecida em 1993, apenas em 2015 foram 50 mortes, um terço do total mundial – em
sua maioria na Amazônia brasileira. Afirmar, portanto, que esses óbitos se devem a “problemas de
relacionamento” pode ser comparado ao negacionismo climático expresso, por vezes, pelo presidente
eleito dos EUA, Donald Trump, como quando disse o aquecimento global é invenção dos chineses para
tornar a indústria americana menos competitiva”, diz a carta, assinada por André Ferreti e Carlos Ritl,
coordenador-geral e secretário-executivo do Observatório do Clima.
O desabafo dos brasileiros foi ouvido pelo ministro numa reunião. E só.

120
18/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/na-cupula-do-clima-muito-discurso-e-uma-certeza-paises-
pobres-estao-sozinhos.html

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Segundo um estudo feito e publicado (sem contestação por parte de nenhuma autoridade
governamental) pelo Observatório do Clima, o desmatamento respondeu por 35% do total dos gases do
efeito estufa do Brasil em 2013.
Sendo assim, além do fato de a Cúpula ter terminado sem manchetes, não deixou muito o que celebrar
para a sociedade civil. A expectativa era de que o encontro formatasse o Acordo de Paris conseguido no
fim da COP21, que terminou em dezembro do ano passado e conseguiu, por causa do compromisso
mundial, holofotes da imprensa mundial. Não está sendo o caso agora. O texto final da COP22 apenas
reiterou os compromissos de baixar emissões, de adaptar os territórios para as mudanças climáticas,
consideradas já irreversíveis. Os países apenas reafirmaram um compromisso de tentar mobilizar 100
bilhões de dólares anuais para os mais pobres. Se alguém aí está pensando em retórica inútil não estará
muito distante da realidade.
“A Cúpula de Marrakesh marcou um ponto de inflexão em nosso compromisso de trazer toda a
comunidade internacional para atacar um dos maiores desafios de nossa era”, diz o texto final do
documento. O excesso de palavras que não concluem uma ação dá o tom do encontro.
O fato de os norte-americanos terem eleito Donald Trump, um cético do clima que já anunciou que
pretende não levar a sério a necessidade de baixar as emissões de carbono, pode ter contribuído para
esse final bem infeliz para os países pobres. Mas, de verdade mesmo, nunca houve mais do que
promessas, desde que esse fundo para os pobres foi pensado, em 2009.
Vida que segue. Ano que vem o encontro mundial dos líderes para debater sobre o clima será nas
Ilhas Fiji, uma das nações que corre o sério risco de desaparecer do mapa, engolfada pelas águas do
Oceano Pacífico. Mudanças profundas estão acontecendo nas grandes massas de gelo das regiões
polares, o que está fazendo aumentar a temperatura nos polos, em especial no Ártico. O gelo derrete e
vai parar nos oceanos, cujas águas vão encontrar pouso nas terras antes agricultáveis das pequenas
nações-ilhas localizadas por lá. Sem agricultura, sem alimento. Sem alimento, sem humanidade. É do
que se trata.

ONU alerta para situação 'insustentável' do acesso à água potável no mundo121


Líderes da ONU e de vários países insistiram nesta segunda-feira (28/11/2016) que o mundo se
encaminha para uma crise insustentável de desabastecimento de água potável devido a fatores como a
mudança climática e o crescimento da população.
"O mundo avança por um caminho que segue em direção ao insustentável", afirmou o presidente da
Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, um dos participantes da Cúpula da Água, que acontece entre
hoje e quarta-feira em Budapeste, a capital da Hungria.
Thomson se referiu ao sexto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, aprovado pela ONU em 2015,
que adverte que a escassez de água, que já afeta mais de 40% da população mundial, crescerá com o
aumento das temperaturas devido à mudança climática.
"A humanidade não entende, por enquanto, a importância disto", acrescentou Thomson, que afirmou
que ainda há esperanças se a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média
abaixo de dois graus centígrados for cumprida.
O presidente húngaro, János Áder, acrescentou por sua vez que "é preciso repensar as estratégias
relacionadas com a água" e encontrar uma solução para assegurar os recursos financeiros para que este
bem esteja disponível para todos.
Na abertura da conferência, na qual participam representantes de 117 países, foi lida uma mensagem
do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na qual o diplomata sul-coreano reivindicou mudanças para
assegurar o acesso universal à água potável e limpa.
Os participantes da Cúpula de Água de Budapeste tratarão nos próximos dois dias de assuntos
relacionados com esse recurso, como o fornecimento, os impactos da mudança climática e o
financiamento das políticas relacionadas com o tema.
Espera-se a aprovação de uma declaração final sobre políticas relacionadas com a água, que será
depois debatida na cúpula sobre os oceanos que será realizada em 2017 em Nova York, segundo
antecipou Thomson.

Grupo de 800 cientistas pede a Trump que não ignore mudança climática122
Um grupo de 800 cientistas enviou nesta terça-feira (6/12/2016) uma carta ao presidente eleito dos
Estados Unidos, o republicano Donald Trump, para que esteja consciente dos efeitos da mudança
121
28/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/onu-alerta-para-situacao-insustentavel-do-acesso-a-agua-potavel-no-
mundo.ghtml
122 06/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/grupo-de-800-cientistas-pede-a-trump-que-nao-
ignore-mudanca-climatica.ghtml

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climática e não vire as costas para as ações necessárias para combater esse fenômeno, como anunciou
durante sua campanha eleitoral.
A carta, publicada pela revista "Scientific American", sugere que Trump escute os cientistas sobre
temas relacionados à mudança climática e que comece a aliviar as preocupações levantadas em relação
à sua opinião sobre o assunto.

Peruanos estendem tecidos em montanhas para captar água de neblina123


Lima, capital do Peru, é a segunda maior cidade do mundo localizada em um deserto - fica atrás só de
Cairo, no Egito.
Com menos de 4 cm de chuva por ano, é comparável à parte mais seca do Saara.
A maior parte da água que abastece a cidade vem dos distantes lagos andinos, mas dificilmente chega
regularmente nos bairros periféricos, situados nas montanhas próximas do centro urbano.
Para melhorar o suprimento de água à população mais pobre, que mora nessas regiões, uma ONG
deu início a um projeto ousado: está captando água da neblina.
A iniciativa se aproveita do fato de que a região de Lima fica coberta por uma neblina espessa por até
nove meses ao ano.
Abel Cruz descobriu como captar gotículas de água que ficam suspensas nessa névoa: o grupo dele
estende grandes de redes de tecido que ficam conectadas a uma tubulação e reservatórios.
Por dia, elas são capazes de extrair de 200 a 400 litros de água da neblina.
Hoje, 60 redes fornecem água gratuitamente a 250 famílias.

Girafas enfrentam risco de extinção após queda de 40% de população3


As grafas, que perderam 40% de sua população nos últimos trinta anos, são agora classificadas como
vulneráveis e em perigo de extinção, alertou nesta quinta-feira (8/12/2016) a União Internacional para a
Conservação da Natureza (UICN).
A população do mais alto animal terrestre caiu para menos de 100 mil em 2015, principalmente devido
a ameaças a seu habitat e caça furtiva, diz a organização de referência que, através da sua "lista
vermelha", monitora o estado das espécies animais e vegetais no mundo.
"Estes majestosos animais estão enfrentando uma extinção silenciosa", observa Julian Fennessy, co-
presidente do grupo encarregado de monitorar as girafas para UICN.
Agora, as girafas, até então consideradas pouco ameaçadas, estão na lista de animais "vulneráveis",
primeiro nível que leva ao risco de extinção.
De nove espécies diferentes, três estão bem, uma estável, mas as outras cinco têm visto um declínio
acentuado de sua população, segundo o relatório divulgado no México, à margem da Conferência da
ONU sobre Biodiversidade em Cancún.

SEGURANÇA

Brasil tem 6,5 homicídios por hora, aponta Mapa da Violência124


O Brasil registrou 57 mil homicídios em 2014, aponta um estudo coordenado pelo professor e sociólogo
Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari e coordenador da Área de Estudos sobre
Violência da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). O dado corresponde a 6,5
assassinatos por hora.
- O Brasil teve 29 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2014.
- São Luís, no Maranhão, foi a cidade mais violenta do país, com 90 homicídios para cada 100 mil
habitantes.
- Alagoas foi o estado mais violento para a população negra. A cada 13 vítimas de homicídio, 12 eram
negras.

Mortes por armas de fogo


Nesta quinta-feira (25/08/16), Waiselfisz divulgou o Mapa da Violência 2016. Nele, o pesquisador
detalha os homicídios cometidos por armas de fogo no país, que somaram 42.291 casos em 2014, ou
21,2 para cada 100 mil habitantes. Em 2004, essa taxa era de 20,7.
"Ficou evidente, nesse estudo, o progressivo, sistemático e ininterrupto incremento das taxas de
homicídio por arma de fogo", escreveu o pesquisador. Veja os destaques:

123 06/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/peruanos-estendem-tecidos-em-montanhas-para-


captar-agua-de-neblina.ghtml
124
25/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/brasil-tem-65-homicidios-por-hora-aponta-mapa-da-violencia.html

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- Fortaleza (CE) foi a capital com maior taxa de homicídios por armas de fogo em 2014, com 81,5
vítimas a cada 100 mil habitantes.
- Recife (PE), que em 2004 liderava a lista, caiu para a 13ª posição. A taxa de homicídios por arma de
fogo na cidade caiu de 77,8, naquele ano, para 35,8 em 2014.
- Boa Vista (RR) foi a capital com a menor taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 9,1 para
cada 100 mil habitantes.
- Alagoas foi o estado com maior taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 56,1 mortes para
cada 100 mil habitantes.
- O estado do Rio de Janeiro, que em 2004 liderava a lista, caiu para a 15ª posição. A taxa no estado
caiu de 47, naquele ano, para 21,5 em 2014.
- Santa Catarina foi o estado com menor taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 7,5 mortes
para cada 100 mil habitantes.

Último suspeito de terrorismo preso deve ser levado a presídio federal125


O mecânico Leonid El Kadre de Melo, último foragido da "Operação Hashtag" preso neste domingo
(24/07/2016) em Comodoro, a 656 km de Cuiabá, em Mato Grosso, deve ser levado para o presídio
federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. No local, já estão as outras 11 pessoas suspeitas de
planejar ataques terroristas na Olimpíada do Rio de Janeiro.
Leonid foi preso pela Polícia Militar por volta das 19h30 na rodoviária de Comodoro após ser
reconhecido por conta das fotos divulgadas pela imprensa. Uma denúncia dizia que um homem estava
tentando comprar uma passagem sem documentos. Os policiais chegaram até o local, o reconheceram
e deram voz de prisão. Ele foi levado para a delegacia para prestar depoimento.
Na sexta-feira (22/07/2016), o penúltimo foragido, Valdir Pereira da Rocha, se entregou à Polícia
Federal na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá. Todos os presos na ação
estão no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A unidade é de segurança máxima
e recebe presos de alta periculosidade.

Operação Hashtag
A chamada "Operação Hashtag" foi lançada na semana passada pela Polícia Federal, resultando na
prisão de dez pessoas em sete estados, informou o Ministério da Justiça.
Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março
pela presidente afastada, Dilma Rousseff.
Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico,
que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo
(8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais
e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.

'Célula amadora'
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse, em coletiva na semana passada, que os
investigados na operação não tiveram contato com membros do Estado Islâmico e que se trata de uma
"célula absolutamente amadora", porque não tinha "nenhum preparo".
"Mas obviamente que não podemos – nenhuma força de segurança – ignorar isso. [...] Só o fato de
começarem atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver, e o melhor era decretar a
prisão deles", afirmou o ministro.
Moraes disse que o grupo mencionava a intenção de comprar um fuzil AK-47 em uma loja clandestina
no Paraguai.
Segundo Moraes, os investigados na operação, batizada de Hashtag, nunca tinham se encontrado
pessoalmente e eram monitorados há meses pela polícia. Eles costumavam se comunicar pela internet,
por meio dos aplicativos de mensagem instantânea WhatsApp e Telegram.
Questionado sobre como foi o monitoramento dos suspeitos, já que o WhatsApp foi bloqueado mais
de uma vez pela Justiça brasileira justamente por não fornecer dados para investigações, o ministro
inicialmente não quis responder. Depois disse que revelar como se deu o monitoramento atrapalharia a
investigação.

125
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/ultimo-suspeito-de-terrorismo-preso-deve-ser-levado-presidio-
federal.html

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Ministério da Justiça quer fim de torres de telefonia próximo a presídios126
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta terça-feira (07/06/2016) que vai propor uma
regulamentação para evitar torres de telefonia instaladas próximas a presídios. Segundo ele, as estruturas
dificultam o bloqueio de sinal telefônico e de internet nas unidades. As regras ficariam a cargo da Agência
Brasileira de Telecomunicações (Anatel) e, segundo ele, são "unanimidade" entre os responsáveis pelo
sistema prisional do país.
“Nós temos que ter uma legislação federal, uma regulamentação pela Anatel, porque as torres
próximas dificultam muito o bloqueio e encarecem muito o bloqueio [de sinal]. Se houver uma distância
mínima para a instalação isso favorece o bloqueio num custo muito menor”, disse.
O ministro falou à imprensa após se reunir com representantes dos estados e do DF. Ele informou que
pediu apoio dos secretários para um projeto de lei proposto por ele que altera a regulação do sistema
prisional.
Se aprovada, a lei determina que as unidades da federação tenham autonomia para legislar sobre o
cumprimento da pena em pontos como progressão de regime, monitoramento eletrônico e medidas de
trabalho alternativas.
O ministro afirmou que 41% dos detentos atuais ainda aguardam julgamento. “Em alguns estados esse
número chega a 70% dos presos”, afirmou. Em outros países, a média é de 20% da população carcerária,
de acordo com o ministro. Uma das medidas que ele sugere são mutirões para desafogar o sistema
penitenciário, em parceria com o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça.
Segundo o ministro, o país deve “priorizar a porta de entrada e de saída”, fazendo com que as cadeias
sejam ocupadas por quem comete crimes mais graves. Entre os exemplos que ele citou estão tráfico,
corrupção e crimes de grave ameaça. Assim, ele estimou que será possível “investir mais e investir
melhor” no sistema penitenciário.
Questionado, o ministro reconheceu que as medidas propostas dependem de aprovação legislativa ou
de uma mudança no entendimento do Judiciário. Ele afirmou não ter discutido com os secretários
questões práticas sobre infraestrutura dos presídios.

Reunião com governadores


Segundo informou a Secretaria de Imprensa da Presidência, o presidente em exercício, Michel Temer,
convidou todos os governadores para uma reunião no Palácio do Planalto, na próxima quinta-feira
(09/06/2016), para discutir a renegociação das dívidas dos estados.
Na semana passada, os secretários estaduais de Fazenda se reuniram em Brasília para discutir o
assunto, e o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), chegou a sugerir a Temer que renegocie
caso a caso as dívidas dos estados com a União, e não defina um modelo para as 27 unidades da
federação.

Rio 2016: Estado e União apresentam protocolos de segurança127


A Comissão Estadual de Segurança e Defesa Civil do Rio definiu nesta quarta-feira (01/06/2016) 11
protocolos de segurança para a disputa dos Jogos Olímpicos e paralímpicos do Rio, em apresentação
junto com o Ministério da Justiça no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio.
Entre os protocolos, como mostrou o RJTV, estão o enfrentamento ao terrorismo, vistorias e
contramedidas de bombas, além da segurança das cerimônias. São eles que determinam como cada
órgão de segurança vai atuar nos jogos.
Esses protocolos vêm sendo montados há mais de um ano, com a realização de exercícios, simulados
e eventos-teste. O governo federal vai investir R$ 350 milhões na segurança da olimpíada. 85 mil homens,
das polícias militar, civil e federal, além das forças armadas, vão participar do esquema. As delegações
poderão ser monitoradas em tempo real.
"Vamos pedir sim ao ministério da Defesa. Vamos entregar um pedido a eles com relação a áreas, por
exemplo na Avenida Brasil. Ai eles definem com quantos homens eles vêm, que planejamento eles vão
usar", disse o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
"Aqui no Rio de Janeiro, são os maiores Jogos Olímpicos da história. É o maior número de países
participantes, de atletas, o maior número de competições, e consequente a maior operação, de maneira
que precisamos ter uma programação intensa", disse Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de
Grandes Eventos do Ministério da Justiça.

126
07/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/06/ministerio-da-justica-quer-fim-de-torres-de-telefonia-proximo-presidios.html
127
01/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/06/rio-2016-estado-e-uniao-apresentam-esquema-de-
seguranca.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
WhatsApp começa a identificar conversas com criptografia128
Uma atualização do comunicador WhatsApp passou a identificar o uso de criptografia nas conversas
realizadas pelo aplicativo. Nada muda para quem usa o programa, mas as conversas criptografadas
trafegam de maneira "embaralhada" pela internet, de tal maneira que nem mesmo um grampo policial é
capaz de enxergar o conteúdo do bate-papo e dos arquivos que são transferidos.
É possível perceber a mudança com um aviso que agora aparece nas conversas: "as mensagens que
você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta".
Essa segurança é parecida com a utilizada em comunicações militares sigilosas.
O WhatsApp já vinha criptografando parte das conversas desde 2014, porém a empresa não havia
deixado explícita a existência do recurso. Segundo uma reportagem publicada no site da revista "Wired",
o motivo é que o WhatsApp queria anunciar o recurso definitivamente só depois que todos os aparelhos
com WhatsApp fossem compatíveis com a novidade. Isso significa que até antigos celulares com o
sistema Symbian, da Nokia, agora têm conversas criptografadas.
Com um bilhão de usuários, o WhatsApp passa a ser o maior sistema de criptografia de comunicação
em uso no planeta. Segundo a empresa, o sistema não conta com uma "porta dos fundos", o que significa
que uma conversa protegida não pode ser desembaralhada nem pelo próprio WhatsApp.
Na prática, a empresa não pode cumprir ordens judiciais que solicitem a conversa dos usuários, por
exemplo. Salvo pela existência de alguma falha de segurança no sistema, a única maneira de a polícia
obter uma conversa pelo WhatsApp é por meio da apreensão do celular. Como os celulares também
usam criptografia, porém, acessar os dados pode ser um desafio.
"Embora reconheçamos o importante trabalho da Justiça em manter as pessoas seguras, os esforços
para enfraquecer a criptografia arriscam a exposição de informações dos usuários ao abuso de criminosos
virtuais, hackers e regimes opressivos", justificou a o CEO da companhia, Jan Koum.
A atitude do WhatsApp mostra que a empresa não está "mudando de rumo" em relação à segurança,
apesar de conflitos com autoridades policiais e com a Justiça, inclusive no Brasil. O app chegou a
ser bloqueado no país em dezembro.

Aplicativo já foi inseguro


O WhatsApp já foi um dos aplicativos de comunicação mais inseguros do mundo. Quando foi lançado,
todas as mensagens eram transmitidas em texto simples. Qualquer pessoa na mesma rede que um
usuário do WhatsApp (por exemplo, na mesma Wi-Fi em uma cafeteria) poderia, com algumas
ferramentas simples, monitorar todas as conversas.
O passo seguinte do WhatsApp foi a melhoria dos sistemas de autenticação e a adoção da transmissão
de dados por SSL. Nesse cenário, o WhatsApp tinha acesso ao conteúdo das mensagens, mas, em
trânsito, a informação estava embaralhada. Nessa situação, o WhatsApp ainda poderia cumprir ordens
da Justiça que solicitassem o conteúdo das conversas.
Agora, com o novo sistema, a transmissão ocorre totalmente embaralhada, de um usuário até o outro.
Esse sistema é chamado de "criptografia ponta-a-ponta".
No entanto, caso uma conversa seja iniciada com alguém que ainda não atualizou o programa, e que,
portanto, não tem compatibilidade com a criptografia, o WhatsApp continuará usando o sistema anterior,
com criptografia apenas em trânsito.
Além do WhatsApp, diversos outros comunicadores também são compatíveis com conversas
criptografadas. Alguns deles são o Telegram, o Wickr, o Sicher e o Signal, cuja tecnologia TextSecure
serviu de base para a criação do recurso no WhatsApp.

Segurança ideal exige contato para verificação da chave


Embora o WhatsApp facilite o uso da criptografia ponta-a-ponta em todos os casos, o uso ideal desse
recurso exige um contato pessoal ou por outro meio absolutamente confiável. Isso porque os participantes
da conversa precisam verificar se a chave usada está correta. Do contrário, existe a possibilidade de que
alguém esteja interferindo na comunicação - o chamado ataque de "homem no meio", em que o espião
consegue intermediar o tráfego entre as duas partes.
O WhatsApp fornece um meio para a verificação dessa chave de maneira segura, com um código QR
ou pela verificação de números na tela. A informação fica no perfil do contato.

128
05/04/2016
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/whatsapp-comeca-identificar-conversas-com-criptografia.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Segurança na Europa está reforçada após ataques em Bruxelas129
Em vários países da Europa a segurança está reforçada. Policiais patrulham de forma ostensiva as
fronteiras e os serviços de transporte.
Com seus maiores monumentos iluminados com as cores da bandeira da Bélgica, a Europa acerta as
contas com os atentados de Bruxelas. O que mais preocupa os europeus é que antes dos ataques de
terça-feira (22/03/2016), a capital belga estava blindada e mesmo assim sofreu duas grandes agressões
com consequências trágicas.
Londres, Paris e Frankfurt reforçam o número de policiais em patrulha nos seus aeroportos e em outros
terminais de transportes. O aeroporto de Bruxelas anunciou que vai continuar fechado nesta quarta-feira
(23/03/2016).

Número de assassinatos em SP é maior do que o divulgado pela gestão Alckmin130


O número de assassinatos em São Paulo é maior do que o divulgado pela Secretaria da Segurança
Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em boletins de ocorrência registrados pela
Polícia Civil como "morte suspeita" no primeiro semestre de 2015 na capital paulista achou 21 casos que
ficaram de fora das estatísticas criminais.
Eles foram depois reclassificados, na maioria, como "lesão corporal seguida de morte", apesar de
terem um histórico de homicídio. Isso aconteceu mesmo sem a polícia saber se a intenção do autor do
crime era ferir ou matar a vítima. Assim, os casos continuaram sem constar das estatísticas desse crime.
Se os 21 casos tivessem sido incluídos nas estatísticas, o primeiro semestre de 2015 teria fechado
com 3,6% mais vítimas de assassinato na cidade, ou 590 pessoas mortas em vez das 569 divulgadas
pela secretaria.
O número significaria uma variação positiva de 0,3% no total de vítimas de homicídios em relação ao
mesmo período de 2014, que teve 588 mortes oficiais. Pela estatística do governo, no entanto, houve
queda de 3,2% nas vítimas de homicídios em comparação com 2014. Em média, pelo menos 3,5 casos
de mortes violentas foram registrados como "lesão corporal" ou "morte suspeita" por mês pela polícia.
Depois de obter os dados sobre os casos por meio de quatro pedidos feitos com base na Lei de Acesso
à Informação, a reportagem procurou policiais civis, testemunhas e familiares das vítimas, que relataram
que os crimes foram cometidos por traficantes de drogas, desafetos pessoais e até por assaltantes. Até
agora, ninguém foi preso.
A relação de ocorrências traz casos de pessoas mortas a tiros, facadas e pauladas. As vítimas eram,
na maioria, trabalhadores braçais, moradores de rua, dependentes químicos e estrangeiros. Há uma
distribuição aleatória dos 21 casos, mas a maioria aconteceu na periferia.
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, sustenta que "as estatísticas da secretaria
são 99,9% confiáveis". Com base no levantamento da reportagem, o secretário informou que os BOs
foram reclassificados, durante as investigações, para outros delitos. "Seis como homicídios, que logo
foram colocados na estatística."
Desde janeiro de 2015, o site da secretaria registrou apenas uma vez, em março daquele ano, uma
atualização de dados após sua publicação mensal, a fim de incluir um caso de homicídio. Moraes entregou
ainda uma planilha em que informava que 11 "mortes suspeitas" haviam sido reclassificadas como "lesão
corporal seguida de morte".

Planilha
A reportagem ouviu os desembargadores Amaro José Thomé Filho e Ivana David, do Tribunal de
Justiça de São Paulo, a promotora de Justiça Mildred de Assis Gonzales, que trabalha há 20 anos no
Tribunal do Júri, a professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP) Helena Regina Lobo
da Costa e os delegados Marcos Carneiro Lima e Nelson Silveira Guimarães, ex-diretores da Divisão de
Homicídios.
Todos afirmaram que, sem conhecer o autor do crime e saber qual era sua vontade --ferir ou matar a
vítima--, a polícia não podia registrar os casos como lesão corporal seguida de morte.
"Se você não identifica o autor, mas ouve uma testemunha que esclarece que ele não tinha motivação
de matar, pode ser que mude o caso. Mas eu não sei como pode transformar um caso de homicídio em
lesão corporal sem identificar o autor", disse Silveira Guimarães.

129
23/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/03/seguranca-na-europa-esta-reforcada-apos-ataques-em-bruxelas.html
130
03/03/2016
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/03/numero-de-assassinatos-em-sp-e-maior-do-que-o-divulgado-
pelo-governo-do-estado.htm

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
A Justiça já discordou da classificação de "lesão corporal" ou "morte suspeita" dada pela polícia em
cinco desses casos e em um de "suicídio" e enviou os inquéritos à Varas do Júri, que cuidam de
assassinatos. "Há uma resolução de 1998, do Tribunal de Justiça, de que, na dúvida, os casos devem ir
para a Vara do Júri", disse Mildred. Após ser alertada pela reportagem, a secretaria confirmou ontem a
informação - reafirmou, no entanto que cinco casos continuavam em varas que analisam lesões.
Ao classificar os homicídios como lesão, a polícia deixa de encaminhar os casos ao setor
especializado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) - ele foi o destino de só 4 dos
21 casos.
Além de lesão, a polícia registrou casos como o de um corpo carbonizado como "óbito", as mortes de
supostos ladrões se tornaram "roubo", um linchamento virou "overdose" e um espancamento,
"atropelamento". Até a quarta-feira (02/03/2016) nenhum dado havia sido retificado na estatística oficial.

Brasil tem 21 das 50 cidades mais violentas do mundo131


O Brasil é o país com o maior número de cidades entre as mais violentas do mundo em 2015, de
acordo com um ranking internacional publicado nesta segunda-feira (25) por uma ONG mexicana. Das
50 cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2015, 21 são brasileiras.
A lista, divulgada anualmente pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, leva
em conta o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas cidades com 300 mil habitantes
ou mais. Foram excluídos países que vivem “conflitos bélicos abertos”, como Síria e Iraque.
Apesar de o Brasil ser o país com mais representantes, o maior índice de violência foi detectado nas
cidades da Venezuela. A taxa média brasileira foi de 45,5 homicídios por 100 mil habitantes e a
venezuelana, de 74,65. Caracas, capital do país, lidera o ranking geral, com 119,87 homicídios dolosos
para cada 100 mil habitantes.
Primeiro lugar por 4 anos seguidos, San Pedro Sula, em Honduras, conseguiu reduzir o número de
homicídios e passou para o segundo lugar. San Salvador, capital de El Salvador, ficou em terceiro.

As mais violentas do Brasil


Das cidades brasileiras, a primeira a aparecer é Fortaleza, em 12º lugar.
Das 50, 41 ficam na América Latina: 21 no Brasil, 8 na Venezuela, 5 no México, 3 na Colômbia, 2 em
Honduras, uma em El Salvador e uma na Guatemala. Outros países com cidades na lista foram África do
Sul, Estados Unidos e Jamaica.
O estudo é feito com base em dados oficiais ou de fontes alternativas, como ONGs.

AS CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO, SEGUNDO O RANKING


1° - Caracas (Venezuela) - 119.87 homicídios/100 mil habitantes
2° - San Pedro Sula (Honduras) - 111.03
3° - San Salvador (El Salvador) - 108.54
4° - Acapulco (México) - 104.73
5° - Maturín (Venezuela) - 86.45
6° - Distrito Central (Honduras) - 73.51
7° - Valencia (Venezuela) - 72.31
8° - Palmira (Colômbia) - 70.88
9° - Cidade do Cabo (África do Sul) - 65.53
10° - Cali (Colômbia) - 64.27
11° - Ciudad Guayana (Venezuela) - 62.33
12° - Fortaleza (Brasil) - 60.77
13° - Natal (Brasil) - 60.66
14° - Salvador e região metropolitana (Brasil) - 60.63
15° - ST. Louis (Estados Unidos) - 59.23
16° - João Pessoa; conurbação (Brasil) - 58.40
17° - Culiacán (México) - 56.09
18° - Maceió (Brasil) - 55.63
19° - Baltimore (Estados Unidos) - 54.98
20° - Barquisimeto (Venezuela) - 54.96
21° - São Luís (Brasil) - 53.05
22° - Cuiabá (Brasil) - 48.52

131
25/01/2016
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/brasil-tem-21-cidades-em-ranking-das-50-mais-violentas-do-mundo.html

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23° - Manaus (Brasil) - 47.87
24° - Cumaná (Venezuela) - 47.77
25° - Guatemala (Guatemala) - 47.17
26° - Belém (Brasil) - 45.83
27° - Feira de Santana (Brasil) - 45.50
28° - Detroit (Estados Unidos) - 43.89
29° - Goiânia e Aparecida de Goiânia (Brasil) - 43.38
30° - Teresina (Brasil) - 42.64
31° - Vitória (Brasil) - 41.99
32° - Nova Orleans (Estados Unidos) - 41.44
33° - Kingston (Jamaica) - 41.14
34° - Gran Barcelona (Venezuela) - 40.08
35° - Tijuana (México) - 39.09
36° - Vitória da Conquista (Brasil) - 38.46
37° - Recife (Brasil) - 38.12
38° - Aracaju (Brasil) - 37.70
39° - Campos dos Goytacazes (Brasil) - 36.16
40° - Campina Grande (Brasil) - 36.04
41° - Durban (África do Sul) - 35.93
42° - Nelson Mandela Bay (África do Sul) - 35.85
43° - Porto Alegre (Brasil) - 34.73
44° - Curitiba (Brasil) - 34.71
45° - Pereira (Colômbia) - 32.58
46° - Victoria (México) - 30.50
47° - Johanesburgo (África do Sul) - 30.31
48° - Macapá (Brasil) - 30.25
49° - Maracaibo (Venezuela) - 28.85
50° - Obregón (México) - 28.29

Com PEC do Teto, segurança vai "parar" se não melhorar gastos, diz especialista132
O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirmou ao
UOL que a PEC do Teto pode causar graves problemas no combate à violência no país. Segundo ele,
sem mais investimentos e sem melhoras na forma como se gasta os poucos recursos, a segurança
pública "vai parar" antes de 2020.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) congela os gastos do governo federal pelos próximos 20
anos. Ela já passou pela Câmara e ainda será votada pelo Senado.
"Pelo o que se percebe, olhando por gastos hoje, quem sustenta a segurança são os municípios --que
vivem crise aguda na área e nas finanças púbicas-- e os Estados. E pelo cenário traçado, não teremos
mais dinheiro. Ou avança para melhorar a qualidade do gasto público. Ou, em dois, três anos, a segurança
não só vai entrar em colapso, porque acredito que ela já está, ela vai parar", disse.

Segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Fórum, os
gastos com segurança pública no país totalizaram R$ 76,2 bilhões em 2015, 11,6% maior que o ano
anterior (sem levar em conta a inflação de 2014, que foi de 6,41%).
O especialista explica que, desde 2010, os investimentos federais vêm sendo reduzidos, e que o
cenário para os próximos anos é preocupante.
"Se a média dos gastos federais se mantiver como nos últimos anos, não teremos dinheiro federal para
dar conta das parcerias com Estados e municípios. O dinheiro já tinha sido reduzido e hoje é quase todo
direcionado às polícias Federal e Rodoviária Federal", disse.
Ele explica que o Fundo Nacional de Segurança Pública representa apenas 3% do orçamento do
Ministério da Justiça, valor insuficiente até para ampliar o efetivo da Força Nacional, como planeja o
Ministério da Justiça. A Força Nacional é uma tropa emergencial do governo federal utilizada para
estancar picos de criminalidade.
"Quase metade dos gastos do Fundo são com a Força Nacional. O governo quer aumenta de 1.500
para 7.000 policiais. O primeiro raciocínio é: de onde vai sair esse dinheiro? O Fundo não tem a

132
03/11/2016 Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/11/03/com-pec-do-teto-seguranca-vai-parar-se-nao-
melhorar-gastos-diz-especialista.htm

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
capacidade para financiar esses adicionais. Pelos números do gasto dos últimos anos, vai ter ser dinheiro
novo", disse.
Como a segurança não possui limite mínimo de investimento federal, Lima acredita que o setor pode
ficar à mercê com outras áreas e lutando pelos recursos que sobrarem.
"A pergunta é: de onde sairá o dinheiro, já que nós estaremos constrangidos pelo financiamento do
teto de gastos? Saúde e educação têm suas vinculações orçamentárias. A Previdência tem seus próprios
custos. Ou seja, o que sobrar vai ser disputado pelas várias áreas", diz, citando uma fala do presidente
Michel Temer como um possível caminho a ser trilhado pelo governo federal nos próximos anos.
"O presidente declarou, na semana passada, que responsabilidade da segurança é dos Estados. Ali
talvez seja a deixa de que não vai ter dinheiro", finalizou.

SP é o Estado que mais gasta com segurança


Segundo o Anuário, somente São Paulo gastou R$ 11,3 bilhões com segurança pública, 24,6% a mais
que os gastos da União com a área --que somaram R$ 9 bilhões, apenas 1% a mais que em 2014, quando
havia gasto R$ 8,9 bilhões (valor não corrigido pela inflação). Os gastos dos municípios com o setor
totalizaram R$ 4,4 bilhões.
Percentualmente, o Estado de Minas Gerais é o que mais gasta com segurança, investindo 17% das
receitas na área. O Piauí está na outra ponta, gastando apenas 3,2% do orçamento com a segurança.
O levantamento também traz, pela primeira vez, os gastos da Força Nacional de Segurança Pública.
Desde 2004, quando foi criada, ela já gastou R$ 1,2 bilhão em 239 operações. Desse montante, R$ 162,6
milhões foram consumidos em 2015. Em setembro do ano passado, o efetivo da força era de 1.446
policiais.

CULTURA

A cultura no Brasil é um reflexo da formação do país, já no período colonial, quando começam a surgir
as primeiras relações entre portugueses e indígenas, no primeiros anos do contato. Ao longo de mais de
cinco séculos de transformação, ela incorpora elementos de todos aqueles que ajudaram a criar o país
ou que vieram para o Brasil em buscas de vida nova. Do churrasco ao acarajé, catolicismo a umbanda,
norte ao sul, o Brasil é um país de contrastes, definidos por seus habitantes que convergem seus
costumes, crenças e práticas em território nacional.
Mesmo admitindo a existência de diversos estudos e discussões antropológicas sobre o conceito de
cultura, podemos considerá-la, grosso modo, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de
hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como
forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Dessa forma,
podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela possui suas
particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre
um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos e que sofreu ainda a
influência de povos do Oriente Médio e da Ásia. Além de celebrar seus escritores, como Nelson
Rodrigues, dramaturgo, jornalista e escritor, que deixou um legado que ressurge cada vez mais forte
através de suas obras sempre atuais, inexoráveis ao tempo, o cenário cultural brasileiro é marcado pelo
retomada da produção cinematográfica que tem levado alguns cineastas do Brasil a dirigir filmes na
Europa e nos Estado Unidos. José Padilha é o exemplo mais recente deste fenômeno. Depois do sucesso
com “Tropa de Elite”, ele dirigiu o remake de Robocop. No embalo da Copa do Mundo e das Olimpíadas
do Rio de Janeiro, que acontecem em 2016, ritmos musicais de diversas regiões do Brasil têm feito muito
sucesso no exterior. A culinária brasileira, conhecida pela forte influência europeia, africana e indígena
também ganha lugar de destaque.

Diversidade Cultural no Brasil


A diversidade cultural reflete os diferentes costumes e práticas que compõem a sociedade brasileira.
O Brasil é um país de dimensões continentais, que passou por diversos processos de ocupação,
migração, imigração e emigração, incorporando os traços de diversos povos e sociedades para compor
uma cultura única e diversificada. Além disso, por conter um extenso território, apresenta diferenças
climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.
Entre as principais fontes de contribuição para a formação da cultura brasileira, estão os diferentes
povos indígenas que habitaram e ainda habitam o território brasileiro, os africanos escravizados e os
colonizadores e imigrantes europeus.

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Para facilitar o entendimento da diversidade cultural brasileira é possível dividi-la pelas cinco regiões,
lembrando porém que cada localidade possui características únicas, que muitas vezes não podem
simplesmente serem englobadas de maneira simples.

Arte Brasileira133
A arte brasileira surge da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da Pré-História há mais
de 5 mil anos, até a arte primitiva. Ela também foi influenciada pelo estilo artístico de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da Pré-História brasileira, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo
território e tombados pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra a ser citada
é a arte indígena, na época do descobrimento do Brasil, quando no início, havia cerca de 5 milhões de
índios. Atualmente, esse número foi reduzido, assim como parte de sua cultura.
Outra arte brasileira a ser citada é a do Período Colonial. O Brasil transformou-se em colônia de
Portugal, depois da chegada de Cabral e eram feitas construções simples, como as feitorias, várias vilas,
engenhos de açúcar como representação da arte. Após a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, foi
necessária a construção de casas para os colonizadores.
Na invasão dos holandeses que ficaram no nordeste do Brasil por quase 25 anos, no início de 1624,
se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem defendido o Brasil
de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram para o Recife, trazendo a
cultura holandesa. Outro estilo surgido foi o Barroco, ligado ao catolicismo. A influência da Missão Artística
Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população começou
a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens dos índios
brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que
era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes). Já no início
do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte
Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall
(1891-1957) que contribui para o Modernismo. Após a Semana de Arte Moderna, vários artistas
começaram a desenvolver um estilo próprio de pintura, sendo ela mais valorizada no país.
Além do já citado Lasar Segall, o Brasil tem grandes pintores, cujas obras têm reconhecimento
internacional. Entre os principais destaques, podemos incluir:

Cândido Portinari - Foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Nasceu na cidade de Brodowski
(interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia
e política. Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos
países, como a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos. No ano de 1935 ele recebeu
uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser
mundialmente conhecida. Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco
de Assis" e “Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu autorretrato, o retrato de sua mãe e o do
famoso escritor brasileiro Mário de Andrade. Características principais de suas obras: Retratou questões
sociais do Brasil; Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia; Suas obras de arte
refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos; Arte figurativa,
valorizando as tradições da pintura.

Anita Malfatti - Foi uma importante e famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu
na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro
de 1964. Era filha de Bety Malfatti (norte-americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em
escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova
Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a
influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato com o movimento modernista. Em 1917, Anita
Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo
revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos
centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras. Em
1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do
Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e
Menotti del Picchia. Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou a São Paulo em 1928 e
passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente
do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas

133
Textos adaptados de: Ministério da Cultura, www.historias-da-arte.info e www.suapesquisa.com

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
dependências de sua casa. Principais obras: “A boba”, “As margaridas de Mário”, “Natureza Morta -
objetos de Mário”, “A Estudante Russa”, “O homem das sete cores”, “Nu Cubista”, “O homem amarelo”,
“A Chinesa”, “Arvoredo” e “Interior de Mônaco”, entre outros.

Di Cavalcanti - Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di


Cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nasceu no Rio de Janeiro, em 6
de setembro de 1897. Desde jovem demonstrou grande interesse pela pintura. Com onze anos de idade
teve aulas de pintura com o artista Gaspar Puga Garcia. Seu primeiro trabalho como caricaturista foi para
a revista Fon-Fon, em 1914. Participou do Primeiro Salão de Humoristas em 1916. Mudou para São Paulo
em 1917. No mesmo ano, fez a primeira exposição individual para a revista "A Cigarra". Participou da
Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo. Em 1923,
foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil
dois anos depois e foi morar no Rio de Janeiro. Em 1926, fez a ilustração da capa do livro O Losango de
Cáqui de Mário de Andrade. Neste mesmo ano participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da
Noite. Foi premiado, junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São
Paulo. Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas
mexicanos (Diego Rivera, por exemplo). Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o
samba. O cenário geográfico brasileiro também foi muito retratado em suas obras. Em suas obras são
comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).
Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos.
Principais obras: “Pierrete”, “Samba”, “Mangue” e “Cinco Moças de Guaratinguetá”, entre outras.

Tarsila do Amaral - foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista.
Nasceu na cidade de Capivari (interior de São Paulo), em 1º de setembro de 1886. Na adolescência,
Tarsila estudou no Colégio Sion, localizado em São Paulo, porém, completou os estudos numa escola de
Barcelona (Espanha). Desde jovem, demonstrou muito interesse pelas artes plásticas. Aos 16 anos,
pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Coração de Jesus. Em 1906, casou-se pela primeira vez
com André Teixeira Pinto e com ele teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começa a estudar
escultura. Somente aos 31 anos começou a aprender as técnicas de pintura com Pedro Alexandrino
Borges (pintor, professor e decorador). Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de
artes plásticas) na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salão Oficial dos Artistas da França, utilizando
em suas obras as técnicas do cubismo. Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco",
junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Este grupo foi o
mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos
com vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as décadas de 1920 e
1930, pintou suas obras de maior importância e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre
as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operários (1933). No final da
década de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico. Entre as propostas desta fase,
Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europeia, porém deveriam criar
uma estética brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus. Características de suas obras: Uso
de cores vivas; Influência do cubismo (uso de formas geométricas); Abordagem de temas sociais,
cotidianos e paisagens do Brasil; Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase
antropofágica). Principais obras: “Abaporu”, “Autorretrato”, “Retrato de Oswald de Andrade”, “Estudo
(Nu)”, “Natureza-morta com relógios”, entre outras.

Volpi - Alfredo Foguebecca Volpi, artista plástico ítalo-brasileiro. É considerado um dos principais
artistas da Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Ganhou destaque com pinturas representando
casarios e bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada). Nasceu na cidade de Lucca (Itália) em
14 de abril de 1896. Atuou como pintor decorador de residências de famílias da alta sociedade paulistana,
fazendo pinturas em paredes e murais; Ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na Bienal de Artes de
1953; Fez afrescos na Capela São Pedro de Monte Alegre e Participou da 1ª Exposição de Arte Concreta
em 1956. Estética: explorou as formas e composição de cores com grande impacto visual. Nos anos 50
enveredou para o campo do abstracionismo geométrico. Foi neste período que começou a retratar
bandeirinhas de festas juninas. Principais obras: "Mulata", "Fachada e Rua", "Festa de São João",
"Grande Fachada Festiva" e "Fachadas".

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Literatura brasileira134
A literatura no Brasil viveu vários períodos, geralmente recebendo influência de escolas europeias.
Houve ainda um movimento que tentou criar uma identidade puramente nacional, voltada à abordagem
de temas cotidianos. Os principais momentos da produção literária no Brasil foram:

Quinhentismo (século XVI) - Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo
da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de
Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com
sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de
Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma
literatura de Informação (de viagem) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal
sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.

Barroco (século XVII) - Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse
contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras
são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses
e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais
representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopeia; Gregório de Matos Guerra (Boca do
Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo
Antônio ou dos Peixes.

Neoclassicismo ou Arcadismo (século XVIII) - O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia
e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações
e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa
é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados (fugere urbem = fuga
das cidades) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher
amada. As principais obras desta época são: Obra Poética, de Cláudio Manoel da Costa; O Uraguai, de
Basílio da Gama; Cartas Chilenas e Marília de Dirceu, de Tomás Antonio Gonzaga; e Caramuru, de Frei
José de Santa Rita Durão.

Romantismo (século XIX) - A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real
portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na
literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar: individualismo,
nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e
sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos
citar: O Guarani, de José de Alencar; Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães;
Espumas Flutuantes, de Castro Alves; e Primeiros Cantos, de Gonçalves Dias. Outros importantes
escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e
Souza.

Realismo - Naturalismo (segunda metade do século XIX) - Na segunda metade do século XIX, a
literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam
a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características
desta fase, podemos citar: objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de
personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade.
O principal representante desta fase foi Machado de Assis, com as obras: Memórias Póstumas de Brás
Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas
Aluísio de Azedo, autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia, autor de O Ateneu.

Parnasianismo (final do século XIX e início do século XX) - O parnasianismo buscou os temas
clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma
linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam
a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não
retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são:
Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

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Texto adaptado de www.suapesquisa.com

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Simbolismo (fins do século XIX) - Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broqueis,
de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo
suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos,
carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza
e Alphonsus de Guimaraens.

Pré-Modernismo (1902 até 1922) - Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só
começou em 1922, com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo,
positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os
principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima
Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma, e Augusto dos Anjos.

Modernismo (1922 a 1930) - Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As
principais características da literatura modernista são: nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos),
linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas:
Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.
Neorrealismo (1930 a 1945) - Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e
as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos
também são retomados. Destacam-se as seguintes obras: Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Fogo
Morto, de José Lins do Rego; O Quinze, de Raquel de Queiroz; e O País do Carnaval, de Jorge Amado.
Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília
Meireles.

Arquitetura Brasileira135
A arquitetura indígena é baseada nas convicções mágicas que tinham tanto para a moradia quanto
para o conjunto urbano. A disposição geométrica de uma aldeia visa funcionalidade, mas também é
orientada pelo gosto. Uma aldeia circular, com orientação norte-sul, tendo como eixo a casa central
servindo de passagem e como espaço de reuniões, seu conceito é a “aldeia do além”: assim, o arco da
existência supera o tempo e o trânsito terreno em função do infinito. Esta filosofia governa os atos de
viver, as expressões plásticas e mais ainda a poesia, compondo uma cultura bem definida.
Já os portugueses começam da estaca zero, os pioneiros improvisavam-se construtores para levantar
moradias e entrincheiramento a fim de se defenderem dos índios e de outros brancos. Na necessidade
da conquista e manutenção do espaço cria-se um sistema feudal e organizam-se os arraiais, como no
caso de Salvador uma cidade cercada por muros de taipa, essa técnica, embora precária quando bem
mantida, perpetua-se ao longo dos séculos. Em cada uma das regiões ocupadas recursos locais são
utilizados na construção, como a carnaúba no Piauí que ainda hoje é utilizada.
Até a primeira metade deste século grande parte das casas no Recife era construída como no século
do descobrimento. A “casa-fortaleza”, como era denominada, utilizava pedra, cal, pau a pique e era
telhada e avarandada. Não se tem amostras, mas sabe-se através dos documentos que obedeciam às
prescrições da Coroa ao conceder-se uma sesmaria. Com o crescimento das vilas, os construtores
começam a procurar materiais mais resistentes e passam a utilizar a pedra. A primeira obra em pedra
parece ter sido a torre de Olinda, construída por seu primeiro donatário (Duarte Coelho).
A grande produção desta época é de fortalezas e o número de arquitetos é grande, porém a maioria
ocultos. A arquitetura “arte” foi preocupação dos missionários, pois sabiam da importância da construção
das Igrejas na catequese. Esta arquitetura toma vulto com a chegada de Francisco Dias e Luís Dias,
assim como Grandejean de Montiny, no século XIX e Le Corbusier no século XX. Deve-se notar aqui as
conquistas holandesas, os batavos muito produziram com alta qualidade e fazem com que Recife torne-
se a cidade mais importante da colônia, porém não se misturam com os produtores da insipiente arte
local. É com a ajuda de Pieter Post, arquiteto incluído na expedição de Nassau, que se realizam um
conjunto de obras urbanísticas e arquitetônicas notáveis. É nesta época que o barroco começa a dar
sinais de vida, e as Igrejas buscam construir com luxo, enquanto o povo continuará a viver da maneira
mais simples até os anos setecentos. A prosperidade da arquitetura religiosa deve-se, também, à
instituição das Irmandades que construíam suas igrejas, às vezes, rivalizando com as Ordens. Os artistas
eram disputados e razoavelmente retribuídos.
Nosso barroco floresce de maneira torta e não é comparável aos outros movimentos no mundo, pode-
se dizer que é mais parecido com o alemão do que com o italiano. A arquitetura civil é inexpressiva e
servia, praticamente, a fins religiosos. Quase todos os arquitetos brasileiros da primeira metade do século

135
http://www.coladaweb.com/artes/arquitetura/arquitetura-brasileira

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XVIII, constroem igrejas de nave octogonal, a primeira, construída entre 1714 e 1730, é a de Nossa
Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, muito importante por representar uma evolução em
relação às igrejas portuguesas ou mesmo qualquer igreja da época. Outras Igrejas brasileiras de plano
octogonal são: a igreja paroquial de Antônio Dias (1727); a Igreja de Santa Efigênia em Ouro Preto (1727),
ambas atribuídas a Manuel Francisco Lisboa, pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho; igreja do
Pilar em Ouro Preto (1720); igreja de São Pedro dos Clérigos de Recife (1728-1782), de Manoel Ferreira
Jácome; igreja da Conceição da Praia em Salvador, projetada por Manoel Cardoso Saldanha, que foi a
última de importância construída na Bahia, também a última de plano octogonal a ser erguida, tanto no
Brasil quanto em Portugal.
Na segunda metade do século XVIII, Minas Gerais passa a dominar a arquitetura religiosa em igrejas
como: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (1757-1770); a de São Pedro
dos Clérigos, em Mariana (1771) e a Capela do Rosário de Ouro Preto. Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho principal escultor e arquiteto da época deixou vasta obra, adepto do estilo rococó, soube
integrar melhor do que ninguém a arquitetura e a escultura, a decoração rebuscada à sobriedade da
arquitetura religiosa portuguesa. Ele modifica a estrutura do altar suprimindo o baldaquim ou elevando-o
até a abóbada. A igreja de São Francisco em Ouro Preto foi inteiramente projetada, construída e decorada
por Aleijadinho num espaço de vinte e oito anos entre 1766 e 1794, o que explica sua extraordinária
unidade. Sua capela-mor é uma das obras mais importantes de Aleijadinho.
A transferência da Corte de Dom João VI para o Brasil provoca mudanças sensíveis na arquitetura.
Em 1816 chega ao Rio de Janeiro a chamada Missão Francesa incumbida, por Dom João, da educação
artística do povo brasileiro. Liderada por Lebreton, a missão trouxe como arquiteto Auguste-Henri-Victor
Grandjean de Montigny (1776-1850), que introduziu o Neoclassicismo e fez adeptos. A primeira obra, que
foi encomendada a ele, foi a da Academia de Belas-Artes, edifício cujas obras paralisadas durante anos,
por ocasião da morte do Conde da Barca, responsável pela vinda de Grandjean. Tal fato faz com que o
arquiteto passe a dedicar-se a outros projetos, como o edifício da Praça do Comércio, já demolido, a
Alfândega, o antigo Mercado da Candelária e várias residências, além de ter sido o primeiro professor de
arquitetura do Brasil. Atuaram também nesta época os arquitetos José da Costa e Silva, Manuel da Costa
e o Mestre Valentim da Fonseca e Silva, autor da ornamentação do passeio público do Rio de Janeiro.
Já no começo do século, o Art Nouveau e o Art Deco aparecem de forma restrita, principalmente em
São Paulo, e seu expoente máximo é Victor Dubugras, que faleceu em 1934. A Semana de Arte Moderna
de 1922 e a sequente revolução de 1930 são a alavanca da arquitetura moderna no Brasil. Já em 1925 o
arquiteto Gregori Warchavchik publicou seu Manifesto da Arquitetura Funcional. É interessante notar que
a Casa Modernista que Warchavchik construiu em São Paulo, em 1928, é anterior à construção da Casa
das Rosas, da Av. Paulista. Le Corbusier, arquiteto modernista francês, visitou o Brasil pela primeira vez
em 1929 e realizou conferências no Rio e em São Paulo; chegou a propor um plano de urbanização para
o Rio de Janeiro que não foi executado. Provavelmente o seria, não fosse a Revolução que colocou
Getúlio Vargas no poder e Júlio Prestes no exílio. Mas a revolução traz vantagens para a arquitetura:
Lúcio Costa torna-se diretor da Escola Nacional de Belas Artes, para onde chama Warchavchik. Por
motivos políticos, sua gestão não dura um ano, mas não sem frutos. Cedo uma nova geração de
arquitetos surgia: Luiz Nunes, os irmãos M.M.M. Roberto, Aldo Garcia Roza, entre outros.
Em 1935, é realizado o concurso para o prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, cujo
primeiro prêmio foi para um projeto puramente acadêmico; porém, por decisão do Ministro Gustavo
Capanema, o projeto passa para as mãos de Lúcio Costa, que reúne uma equipe com outros
concorrentes, entre eles Oscar Niemeyer. Le Corbusier faz nova visita ao Brasil para opinar sobre o
projeto do concurso e também para discutir o projeto da Cidade Universitária do Rio de Janeiro. Lúcio
Costa deixou, em 1939, a chefia da equipe que construía o Ministério da Educação e em seu lugar assume
Oscar Niemeyer, no início de uma carreira brilhante, que tem seu apogeu juntamente com Lúcio Costa,
com a construção de Brasília, vinte anos mais tarde. No mesmo ano de 1939, acontece a Exposição
Internacional de Nova York, onde o Pavilhão do Brasil, obra de Lúcio e Oscar, causa furor.
A arquitetura brasileira dá sinais de vida mundialmente. Niemeyer constrói o conjunto da Pampulha
em Belo Horizonte durante a prefeitura de Juscelino Kubitschek, que depois o leva para Brasília, onde
realizará um conjunto de obras notáveis juntamente com o plano geral de Lúcio Costa. Oscar Niemeyer
também esteve à frente da equipe que construiu o parque do Ibirapuera em São Paulo entre 1951 e 1955.
No Ibirapuera, o paisagismo é de Roberto Burle Marx, que tem vasta obra a ser apreciada e é o maior
expoente dessa arte no país.
Em 1954, foi construído o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy. Outro
arquiteto modernista de grande importância é Villanova Artigas, autor, entre outras obras, da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Artigas, que esteve exilado por causa do

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regime militar, quando retornou ao Brasil, viu-se obrigado a fazer uma prova de admissão para poder
lecionar na faculdade que ele mesmo projetara, prova que ficou registrada em forma de livro.
Não é possível, neste breve esforço, abranger toda a produção arquitetônica contemporânea, porém
não podemos deixar de citar aqui a grande obra de Lina Bo Bardi, mulher de Pietro Maria Bardi, autora
de projetos como o do SESC Pompéia, em São Paulo ou o do MASP (Museu de Arte de São Paulo), cuja
arrojada estrutura foi uma imposição do terreno. O projeto deveria conservar o antigo belvedere, e a
solução encontrada por Lina foi construir um prédio sustentado apenas por quatro pilares nas
extremidades do terreno, uma vez que o túnel da Av. 9 de julho, que passa por baixo do terreno, não
permitia outra conformação. O resultado é uma grande caixa de vidro suspensa, envolta em dois pórticos,
formados pelos pilares somados às vigas de sustentação da cobertura. Seu vão livre, de setenta e dois
metros em concreto protendido, é uma aventura a ser apreciada.

Cinema no Brasil136
Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram
realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica
industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver. Nesta fase predominou
filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio
Leal e dos irmãos Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que
o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas salas de exibição, os
cinejornais e documentários é que captavam recursos para as produções de ficção. Em 1925, a qualidade
e o ritmo das produções aumenta, o cinema mudo brasileiro se consolida e os veículos de comunicação
da época inauguram colunas para divulgar o nosso cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre
um reinício para a produção nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como
chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo.
A década de 30 foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida. No período de 1950 a 1960,
em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e abertura do Museu de Arte
Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais
estrangeiros busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação
estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo
Duarte, Jardel Filho, entre outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe
uma distribuidora própria e salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em
Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto. Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem
cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera
Cruz, como por exemplo Walter Hugo Khouri, e uma esfera neorrealista, com o filme “Rio 40°” de Nelson
Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o
“Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abarca o que há de
melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber
Rocha, Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.

Televisão no Brasil137
A primeira emissora de televisão no Brasil, a TV Tupi, foi inaugurada há 60 anos, em 18 de setembro
de 1950. No começo, os programas eram ao vivo e caracterizados pela improvisação, experimentação
em linguagem (adaptada do rádio e do teatro) e falta de aparelhos receptores, devido ao alto custo.
O idealizador da TV brasileira foi Assis Chateaubriand (1892-1968), dono dos Diários Associados, um
império de comunicação que incluía dezenas de jornais, revistas e rádios. Como não havia televisores no
país, o empresário contrabandeou 200 aparelhos. Até os anos 1960, novas emissoras foram inauguradas,
como a TV Excelsior, a Globo, a Bandeirantes e a Rede Record. Nesse período a TV Tupi entrou em
decadência, até ter a concessão cassada em 1980.
Segundo o IBGE, há hoje nos domicílios brasileiros mais TVs (95%) do que geladeiras (92%). Nesta
primeira década do século, o veículo passa por transformações, como a chegada da TV Digital e a
convergência com outras mídias. A despeito disso, a regulamentação para o setor no Brasil é um das
mais atrasadas do mundo e favorece a manutenção de oligopólios.

136
http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema-brasileiro/
137
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/

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Música Brasileira138
Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários
estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturaram-se em nossa terra as cantigas populares, os sons de
origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas europeias. Também
contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais. Nos séculos
XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e aumentando
demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu,
de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de
origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita. Na segunda metade
do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão
europeia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas
marchinhas carnavalescas da história. Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria
o samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de
capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás.
O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e negros ex-
escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que
se tem notícia: Pelo Telefone. Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante
cantor e compositor da MPB do início do século XIX. Com o crescimento e popularização do rádio nas
décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio
brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores: Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de
O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes
intérpretes da música popular brasileira: Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves. Na década de
1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da
seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson
do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção.
Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se
neste contexto musical: Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela
Maria e Caubi Peixoto. Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado
e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas
brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos. A televisão
começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV
Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton
Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período,
a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e
Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa. Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso
nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da
Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades.
O mesmo acontece com Djavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de
Minas Gerais), Belchior e Fagner (ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho
(da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk
aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor. Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos
estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new
wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma
temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas
musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe
Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem
sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul
Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste
contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical: Chitãozinho e Xororó, Zezé di
Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel. Nesta época, no cenário pop destacam-
se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9. O século XXI começa com
o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público jovem e adolescente. São exemplos:
Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM 22.

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http://www.suapesquisa.com/mpb/

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Teatro no Brasil139
Uma das primeiras manifestações do teatro no Brasil ocorreu no século XVI como forma de
catequização. O teatro era utilizado pelos jesuítas para instruir religiosamente os índios e colonos. O
padre Anchieta é um dos principais jesuítas que utilizou estes tipos de representações que eram
chamadas de teatro de catequese. Esse teatro possuía uma preocupação muito mais religiosa do que
artística, os atores eram amadores e não existiam espaços destinados à atividade teatral, as peças eram
encenadas em praças, ruas, colégios entre outros. Já no século XVII, além do teatro de catequese emerge
outros tipos de teatros que celebram festas populares e acontecimentos políticos, alguns lembram muito
o carnaval como conhecemos hoje, as pessoas saíam às ruas para comemorações vestidas com
adereços, desfilando mascaradas, dançando, cantando e tocando instrumentos.
Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, o teatro dá um grande salto. D. João VI assina um
decreto de 28 de maio de 1810 que reconhece a necessidade da construção de "teatros decentes" para
a nobreza que necessitava de diversão. Grandes espetáculos começaram a chegar ao Brasil porém, além
de serem estrangeiros e refletirem os gostos europeus da época eram somente para os aristocratas e o
povo não tinha qualquer participação, o teatro não tinha uma identidade brasileira. No século XIX o teatro
brasileiro começa a se configurar e um grande marco foi a representação da tragédia Antônio José ou O
Poeta e a Inquisição de Gonçalves Magalhães em 13 de março de 1838. Esse drama foi encenado por
uma companhia genuinamente brasileira, com atores e propósitos nacionalistas formado pelo ator João
Caetano.
Nessa época surgem as Comédias de Costume com o escritor teatral Luiz Carlos Martins Pena que
buscava em fatos da época situações para arrancar da plateia muitos risos. Muitos autores teatrais
surgiram como Antônio Gonçalves Dias, Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro
Alves, Luís Antônio Burgain, Manuel de Araújo Porto Alegre, Joaquim Norberto da Silva, Antônio
Gonçalves Teixeira e Souza, Agrário de Menezes, Barata Ribeiro, Luigi Vicenzo de Simoni e Francisco
José Pinheiro Guimarães. Em 1855 surge o teatro realista no Brasil, o teatro deixa de lado os dramalhões
e visa o debate de temas atuais, problemas sociais e conflitos psicológicos tentando mostras e revelar o
cotidiano da sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos. Um dos mais importantes
autores dessa época é Joaquim Manoel de Macedo, autor da obra-prima A Moreninha, de Arthur Azevedo.
A Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para as artes não abrangeu o teatro que ficou
esquecido, adormecido por longos anos.
A renovação do teatro brasileiro veio em 1943, com a estreia de Vestido de Noiva, de Gianfrancesco
Guarnieri e Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, que escandalizou o público e modernizou o
palco brasileiro. Vestido de Noiva fez um grande sucesso assim como o Auto da Compadecida, de Ariano
Suassuna. Vale destacar Teatro Brasileiro de Comédia formado por grandes artistas como Cacilda
Becker, Tônia Carrero, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Fernanda Montenegro, entre outros e o Teatro de
Arena que encenou a peça Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, um grande
sucesso. Com o golpe militar em 1964 veio a censura e um número enorme de peças foram proibidas e
somente a partir dos anos 70 o teatro novamente ressurge mostrando produções constantes.

Centenas de obras de arte estão em risco após terremoto na Itália140


Enquanto continuam as buscas por sobreviventes entre os escombros do terremoto de magnitude 6.2
que atingiu a Itália, um outro alerta veio à tona: o patrimônio histórico e cultural da região corre perigo.
Segundo um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério para os Bens Culturais, 293
bens históricos e culturais foram destruídos ou estão seriamente ameaçados em um raio de 20 km do
epicentro do terremoto.
A maior parte dos danos aconteceu em Amatrice, onde basílicas, igrejas, bibliotecas, portas romanas,
torres e pontes de grande valor histórico viraram pó.
"Amatrice era muito importante porque foi uma cidade fundada na metade do século 12. Não é um
vilarejo que cresceu, foi uma cidade projetada, como Brasília. O plano da cidade é único na Itália", explicou
à BBC Brasil o professor Alessandro Viscogliosi, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Sapienza,
em Roma.
Há anos ele pesquisa e escreve sobre a região, onde tinha uma casa que também desabou no
terremoto.
"No momento do terremoto eu deveria estar em Amatrice com um grupo de seis estudantes e outros
colegas professores", contou Viscogliosi. O grupo adiou a pesquisa por questões médicas.

139
www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196
140
29/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/centenas-de-obras-de-arte-estao-em-risco-apos-terremoto-na-italia.html

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Ele coordena um projeto de pesquisa sobre o patrimônio histórico e urbanístico da região. No verão,
quando o clima é quente, costumam acontecer os trabalhos de pesquisa de campo. "Amatrice era uma
cidade especial também porque dela dependiam cerca de 80 outros vilarejos menores vizinhos. São
muitas casas medievais e igrejas com obras de arte espalhadas pela região", afirmou Viscogliosi.
Até o momento, sabe-se que na cidade foram gravemente atingidas pelo terremoto a basílica de São
Francisco, a Igreja de Santo Agostinho e o museu cívico.
A cidade vizinha de Accumoli também abriga portas medievais e palácios, e sua história remonta ao
século 11. Em 1643, a vila foi comprada pela família Medici (mecenas de grandes artistas como
Michelangelo e Rafael) e mais tarde vendida ao reino de Nápoles.

Próximos passos
O Ministério para Bens Culturais ativou quatro unidades de crise para avaliar os danos e prevenir
maiores estragos.
"Agora ainda estamos buscando sobreviventes. Assim que as condições mínimas de segurança forem
garantidas, equipes irão à região", disse à BBC Brasil por telefone a partir de Roma, Paolo Iannelli,
engenheiro membro da unidade de crise.
Segundo ele, o ministério conta com protocolos e procedimentos que já foram usados em outras
situações de emergência. Os próximos passos incluem mapeamento dos danos e análise técnica dos
bens a serem retirados do local, protegidos ou restaurados.
"Agora o maior desafio é minimizar o dano aos bens culturais que ainda estão em pé. Se chove, por
exemplo, pode se perder o material sob os escombros em museus e bibliotecas", acrescentou Ianello.
Outro risco também seriam possíveis roubos e danos, principalmente a obras de arte dentro das
igrejas.
"A grande desgraça do terremoto em Áquila (em 2009) foi que preciosas estátuas de terracota
desabaram no chão e se quebraram. Mas também é preciso ficar atento aos ladrões de obra de arte",
afirmou o professor Viscogliosi.
Em gesto de solidariedade, o governo convidou os italianos a visitarem museus neste domingo, 28,
quando toda a arrecadação dos ingressos será doada aos esforços de reparação dos bens artísticos
atingidos pelo terremoto.

'Aquarius', de Kleber Mendonça Filho, é selecionado para festival de NY141


"Aquarius", filme do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho protagonizado por Sonia Braga,
estará na 54ª edição do Festival de Cinema de Nova York, um dos mais importantes dos Estados Unidos.
A lista de 25 filmes da mostra principal foi anunciada nesta terça-feira (09/08/2016) e inclui importantes
nomes da indústria cinematográfica, entre eles Pedro Almodóvar, que exibirá o seu "Julieta", e Ken Loach,
com "I, Daniel Blake", vencedor da Palma de Ouro em Cannes neste ano.

Repercussão em Cannes
Com estreia prevista para 1º de setembro de 2016, o longa disputou a Palma de Ouro no Festival de
Cannes, em maio. O júri, no entanto, escolheu como vencedor o representante britânico de Loach. No
festival francês, o filme ficou marcado pelo protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff que o diretor
e o elenco fizeram no tapete vermelho.
Além disso, ganhou a simpatia da crítica, tendo sido aplaudido por vários minutos após o fim da sessão.
O jornal britânico "Daily Telegraph" deu o seguinte título à resenha: "'Aquarius' vai fazer você querer morar
no Brasil". A atuação de Sonia Braga no papel de uma mulher que se recusa a deixar de viver do modo
como deseja, também foi elogiada.

O abraço da serpente' é vencedor nos Prêmios Platino com 7 estatuetas142


O filme colombiano "O abraço da serpente" (2015), de Ciro Guerra, foi o grande vencedor da terceira
edição dos Prêmios Platino de Cinema Ibero-Americano, ao ganhar em sete das oito categorias às quais
concorria, entre elas as de melhor filme de ficção e direção (veja, abaixo, a lista de ganhadores). A
cerimônia de entrega aconteceu neste domingo (24/07/2016) no Centro de Convenções de Punta del
Este, no Uruguai. O filme brasileiro "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert levou um prêmio fora de
competição.

141
10/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/08/aquarius-de-kleber-mendonca-filho-e-selecionado-para-festival-
de-ny.html
142
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/07/o-abraco-da-serpente-e-vencedor-nos-premios-platino-com-7-
estatuetas.html

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Nova regra da Lei Rouanet pode gerar prejuízos aos cofres públicos, diz TCU143
Medida tomada pouco antes do afastamento da presidenta Dilma Rousseff para acelerar a análise da
prestação de contas de projetos da Lei Rouanet pode gerar prejuízos, conforme entendimento do Tribunal
de Contas da União (TCU). Pela medida, são dispensados de análise financeira os projetos cujo valor
captado seja menor ou igual a R$ 600 mil. De acordo com o TCU, tais projetos correspondem a 88,39%
dos beneficiados pelo programa e a aproximadamente R$ 2,3 bilhões, ou 41,68% do montante total dos
recursos captados, considerando o período de 2007 a 2011.
A análise financeira é a segunda etapa da análise da prestação de contas de projetos financiados por
meio de incentivos fiscais. Nessa etapa, é analisada a regularidade das demonstrações financeiras, dos
documentos comprobatórios das despesas e do nexo causal com o objeto pactuado. A primeira etapa é
uma análise técnica da execução do projeto, do alcance dos objetivos e da finalidade, proporcionais à
captação de recursos para o projeto cultural. Para o TCU, a dispensa da segunda etapa pode resultar em
potencial risco de danos ao erário porque analisar apenas a execução do projeto não comprova o
adequado emprego de recursos federais envolvidos.
A medida consta na Portaria 58, de 10 de maio de 2016 do Ministério da Cultura, publicada ainda na
gestão de Juca Ferreira. Ao assumir a pasta, o ministro Marcelo Calero enviou uma consulta ao TCU
sobre a regularidade do normativo. A intenção era rever, se necessário, a medida e eliminar o "grande
estoque de prestações de contas ainda pendentes desde 2011", como consta no relatório do TCU. Dados
de junho do Ministério da Cultura mostram que havia 12.109 projetos no passivo da Lei Rouanet,
propostas aprovadas entre 1992 e 2011, que não tiveram as contas examinadas.

Olimpíada
O TCU também se manifestou sobre a Instrução Normativa 7, de 10 de maio de 2016, segundo a qual
projetos da Lei Rouanet ligados ao Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano podem captar recursos
acima do atual limite de renúncia, que é de 0,05% para pessoa física e de 3% para pessoa jurídica. Para
o Tribunal de Contas, essa medida é regular.
No entendimento do TCU, a exceção já existe em casos de projetos ligados à restauração ou
recuperação de bens de valor cultural reconhecido pelo ministério, e a medida apenas a amplia para os
Jogos, o que é regular, dada a "relevância e o ineditismo" dos eventos.
Questionado sobre o impacto dos posicionamentos do TCU e as medidas que serão adotadas a partir
de agora, o Ministério da Cultura disse que seguirá as recomendações do TCU.

Garry Marshall, diretor de 'Uma linda mulher', morre aos 81 anos144


Conhecido por comédias românticas, ele teve complicações de pneumonia. Conhecido ainda por
comédias românticas como "Um salto para a felicidade" (1987), "Noiva em fuga" (1999), "Diário de
princesa" (2001) e a sequência "Diário de princesa 2: Casamento real" (2004), Marshall também criou um
clássico da TV americana, a série de TV "Happy days", exibida entre 1974 e 1984.
Mas o principal trabalho do diretor foi mesmo "Uma linda mulher", espécie de conto de fadas
ambientado nos anos 1990 que transformou Julia Roberts na "namoradinha da América" e estabeleceu
Richard Gere de vez como um dos grandes galãs de Hollywood. Para muitos, é a comédia romântica por
excelência.
Os Prêmios Platino do Cinema Ibero-Americano valem para o cinema em espanhol e em português.
Quem promove é Entidade Espanhola de Gestão de Direitos Audiovisuais (Egeda) em parceria com a
Federação Ibero-Americana de Produtores (FIPCA).
Das oito categorias em que estava indicado, "O abraço da serpente" não levou apenas o prêmio de
melhor roteiro, que foi o chileno "O clube", escrito por Pablo Larraín, Guillermo Calderón e Daniel
Villalobos.

Lei Rouanet: entenda como funciona a Lei de Incentivo à Cultura145


Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como a Lei Rouanet, foi assim batizada
por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet.

143
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-08/nova-regra-da-lei-rouanet-pode-gerar-prejuizos-ao-
governo-diz-tcu
144
20/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07/diretor-de-uma-linda-mulher-garry-marshall-morre-aos-81.html
145
15/04/2016
Fonte: http://www.ebc.com.br/cultura/2016/04/lei-rouanet-entenda-como-funciona-lei-de-incentivo-cultura - Adaptado

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A lei é conhecida por sua política de incentivos fiscais para projetos e ações culturais: por meio dela,
cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) podem aplicar nestes fins parte de seu Imposto de
Renda devido. Atualmente, mais de 3 mil projetos são apoiados a cada ano por meio desse mecanismo.

A Lei Rouanet (8.313/91) institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que tem o
objetivo de apoiar e direcionar recursos para investimentos em projetos culturais. Os produtos e
serviços que resultarem desse benefício serão de exibição, utilização e circulação públicas.

O mecanismo de incentivos fiscais da Lei Rouanet é apenas uma forma de estimular o apoio da
iniciativa privada ao setor cultural. Ou seja, o governo abre mão de parte dos impostos, para que esses
valores sejam investidos na Cultura.
Podem solicitar o apoio por meio da Lei Rouanet pessoas físicas que atuam na área cultural, como
artistas, produtores e técnicos, e pessoas jurídicas, como autarquias e fundações, que tenham a cultura
como foco de atuação. As propostas enviadas ao Ministério da Cultura (MinC) podem abranger diversos
segmentos culturais, como espetáculos e produtos musicais ou de teatro, dança, circo, literatura, artes
plásticas e gráficas, gravuras, artesanato, patrimônio cultural (museus) e audiovisual (como programas
de rádio e TV).
No processo para receber o benefício, a proposta deve ser aprovada pelo MinC e, se isso ocorrer, o
titular do projeto pode captar recursos com cidadãos ou empresas. O ciclo de aprovação de projetos
incluem diversas etapas e se finaliza com a avaliação da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
(CNIC), que é formada com paridade de membros do poder público e da sociedade civil. Todas as
decisões são públicas e podem ser consultadas no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(Salic).

Incentivos
Quem fornece os recursos é chamado de incentivador e, com a Lei Rouanet, tem parte ou o total do
valor do apoio deduzido no Imposto de Renda devido. O valor do incentivo para cada projeto cultural pode
ser feito por meio de doação ou patrocínio. No caso da doação, o incentivador não pode ser citado ou
promovido pelo projeto. Podem ser beneficiados nesta modalidade apenas pessoas físicas ou jurídicas
sem fins lucrativos.
Quando o incentivo é realizado por patrocínio, é permitida a publicidade do apoio, com identificação
do patrocinador, que também pode receber um percentual dos produtos que projeto, como CDs, ingressos
e revistas, para distribuição gratuita.

Fundo Nacional de Cultura


A Lei Rouanet também inclui o Fundo Nacional de Cultura (FNC), constituído de recursos destinados
exclusivamente à execução de programas, projetos ou ações culturais. Para receber este apoio,
propostas são escolhidas por processos seletivos realizados pela Secretaria de Incentivo e Fomento à
Cultura (Sefic). As iniciativas aprovadas celebram um convênio ou um contrato de repasse de verbas com
o FNC.

Com os recursos do FNC, o MinC pode conceder prêmios, apoiar a realização de intercâmbios
culturais e propostas que não se enquadram em programas específicos, mas que têm afinidade
com as políticas da área cultural e são relevantes para o contexto em que irão se realizar (essas
iniciativas são chamadas de propostas culturais de demanda espontânea).

Polêmicas
A Lei Rouanet costuma ser alvo de dúvidas sobre a destinação das verbas para projetos culturais.
Sobre o tema, no início de abril de 2016 o Ministério da Cultura esclareceu por meio de nota que "a
concessão de incentivo fiscal a projetos culturais é uma possibilidade disponível a qualquer cidadão
brasileiro que atua na cultura".
O repasse de recursos não é feito de forma direta para nenhum projeto aprovado por meio do incentivo
fiscal: "quem decide o financiamento são as empresas ou cidadãos que patrocinam ou doam aos projetos.
A decisão não é do governo", explica o MinC, que diz ainda que "o posicionamento político, artístico,
estético ou qualquer outro relacionado à liberdade de expressão (do artista ou prjeto avaliado) não é
objeto de análise, sendo que a Lei veta expressamente 'apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico
ou cultural'".

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Mulher negra substituirá Tony Stark como Homem de Ferro nas HQs146
Uma mulher negra vai substituir Tony Stark como Homem de Ferro em um nova série do herói nos
quadrinhos, informa nesta quarta-feira (06/07/2016) a revista "Time". A versão sairá após a conclusão de
"Guerra Civil II", que está começando agora nos Estados Unidos.
Riri Williams, descrita como um "gênio da ciência que entrou no MIT aos 15 anos, é uma nova
personagem que já havia aparecido em um número de "Invincible Iron Man" lançado em maio.
A personagem havia criado sozinha uma armadura própria baseada em um modelo antigo feito por
Tony Stark.
Em entrevista à "Time", o roteirista Brian Michael Bendis, criador de Riri Williams, explicou que a
personagem surgiu "de maneira orgânica", e não em uma reunião na qual alguém determinou sua
aparição. "É inspirada no mundo ao meu redor e que não é suficientemente representado na cultura
popular", afirmou Bendis.
Ao comentar recepção de Riri Williams entre os fãs de quadrinhos, o roteirista citou outros heróis
surgidos nos quadrinhos da Marvel nos últimos anos e a versão negra e latina do Homem-Aranha
lançada em 2012.
"Felizmente, por causa de meu envolvimento na criação de Miles Morales, Jessica Jones e outros
personagens, temos o benefício da dúvida mesmo entre os fãs mais ardorosos. Há fãs que dizem
'mostrem coisas novas' e há fãs que dizem 'não faça nada diferente do que tinha quando eu era criança'.
Então, quando você está apresentando novos personagens, sempre vai ter gente ficando paranoica a
respeito do fato de você estar arruinando a infância delas", brincou.
"Tenho passado por isso com Miles Morales, Jessica Jones, Maria Hill. Eu sabia que estava em boas
mãos com Mike Deodato e outros artistas que me ajudaram a visualizar Riri." Nome artístico do paraibano
Deodato Taumaturgo Borges Filho, Mike é um desenhista brasileiro que já assinou HQs do Homem-
Aranha, Hulk, Thor e Vingadores, dentre outros.

Por 8 votos a 1, Supremo declara válida lei sobre direitos autorais147


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou hoje, por oito votos a um, a lei aprovada pelo
Congresso, em vigor desde 2013, que regulamenta a gestão dos direitos autorais, recebidos pelos artistas
como remuneração pela veiculação de suas músicas.
O Supremo concluiu o julgamento, iniciado em abril deste ano, de duas ações apresentadas por
associações de músicos e compositores para derrubar trechos da lei, que alterou as regras dos direitos
autorais e permitiu participação do governo na arrecadação e distribuição dos valores.
De 1998 a 2013, a gestão dos direitos autorais era realizada somente pelo Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição (Ecad), integrada por nove associações, que representam diversas categorias
do setor: músicos, arranjadores, regentes, intérpretes, compositores, entre outros.
Parte da categoria, no entanto, apontava abusos nas taxas cobradas de rádios e emissoras de TV, por
exemplo, bem como desigualdade na remuneração dos artistas. Por isso, apoiaram a lei, que introduziu
a participação do Ministério da Cultura na gestão.
Nesta quinta, a análise do caso continuou com o voto do ministro Marco Aurélio Mello, que havia
pedido, em abril, mais tempo para analisar a questão.
Marco Aurélio foi o único que concordou com os pedidos das entidades, que argumentava que as
mudanças levaram à intervenção pública no setor.
Oito dos 11 ministros votaram contra as ações: além do relator, ministro Luiz Fux, também foram
contrários os ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen
Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello não estavam no plenário e não participaram do
julgamento.
O relator Luiz Fux considerou que a nova legislação garante transparência na gestão dos recursos e
busca preservar os autores.

Votos
Nesta quinta, Marco Aurélio Mello entendeu que a nova legislação fere o princípio de liberdade das
associações. "A liberdade das associações está garantida na Constituição e é pressuposto da
democracia", disse o ministro.
Ricardo Lewandowski, que concordou com o relator Luiz Fux, apontou que é papel do Estado atuar
para garantir o direito de cultura por parte dos cidadãos.
146
06/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07/adolescente-negra-substituira-tony-stark-como-homem-de-ferro-nas-hqs.html
147
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/por-8-votos-1-supremo-declara-valida-lei-sobre-direitos-autorais.html

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Em seu voto, em abril, Luís Roberto Barroso afirmou que CPIs no Congresso e audiências no STF
atestaram falhas na gestão dos direitos autorais que justificaram a intervenção do Legislativo.
“As alterações promovidas garantem maior transparência, eficiência, modernização e fiscalização na
gestão dos direitos coletivos. Eu, por convicção filosófica, acho que os monopólios, sejam estatais ou
privados, são por definição problemáticos e tendem a produzir ineficiência e abuso de poder”, afirmou,
em referência ao poder do Ecad anterior à norma.
Na mesma linha, Rosa Weber entendeu não haver intervencionismo do governo na gestão, mas
“necessária correção de rumos”. “Em jogo uma atividade privada de interesse público, eu não visualizo
intervencionismo estatal em contrariedade à nossa lei fundamental [Constituição], e sim uma atuação
fiscalizadora no exercício de legítimo poder de polícia”, disse.

Hacker pega 18 meses nos EUA por vazar na web fotos de famosas nuas148
Um homem de 36 anos foi condenado nos Estados Unidos a 18 meses de prisão por envolvimento no
vazamento de fotos de famosas nuas, como a atriz Jennifer Lawrence e a modelo Kate Upton.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar, no título, que o hacker havia sido
condenado a 18 anos de cadeia. No texto, a informação estava correta).
De acordo com a sentença, Ryan Collins, nascido na Pensilvânia, acessou ilegalmente mais de 100
contas pessoais da Apple e Google, incluindo de algumas celebridades do show business, segundo
informou nesta quinta-feira (27) a Promotoria americana.
Entre novembro de 2012 e setembro de 2014, Collins enviou e-mails para suas vítimas em potenciais
sob o disfarce de um representante da Apple e Google, fazendo com que lhe fornecessem seus nomes
de usuário e senhas.
Com as respostas, ele acessou ilegalmente as contas e roubou informações pessoais, incluindo
imagens e vídeos privados que mais tarde foram veiculados na internet.
Os investigadores identificaram mais de 600 vítimas de Collins, muitas das quais pertenciam a indústria
do entretenimento de Los Angeles.
O vazamento em massa de fotografias nuas e privadas de celebridades foi conhecido como o
"celebgate" e afetou, a partir de agosto de 2014, entre outras, Jennifer Lawrence, Ariana Grande, Kate
Upton, Kim Kardashian, Rihanna, Scarlett Johansson, Mary Elizabeth Winstead e Kirsten Dunst.
No mês de maio, Collins já se tinha declarado culpado das acusações.

Quadro 'Meule', de Claude Monet, é leiloado por US$ 72,5 milhões149


"Meule", do francês Claude Monet, pintado em 1891, foi leiloado nesta quarta-feira (16), na Christie's,
por US$ 72,5 milhões. Se trata de uma pintura que faz parte da série "Grainstack", de um total de 25,
poucas em mãos privadas.
"Meule" mostra um campo rústico ao entardecer, uma vista que o pintor contemplava a partir de sua
vila, em Giverny.
O leilão, que superou algumas expectativas que era em torno de US$ 54 milhões, não alcançou o
recorde do leilão por um Monet (1840-1926) conseguido em 2008 e que chegou aos US$ 80,4 milhões.
A noite de arte moderna e impressionista da casa britânica também inclui obras de Pablo Picasso,
René Magritte, Paul Cézanne, entre outros.

Nomeação de Roberto Freire para a Cultura é publicada no 'Diário Oficial'150


O governo publicou na edição desta terça-feira (22/11/2016) do "Diário Oficial da União" a nomeação
do deputado Roberto Freire (PPS-SP) para o cargo de ministro da Cultura.
Presidente nacional do PPS, Freire assume o posto no lugar do diplomata de carreira Marcelo Calero,
que pediu demissão do cargo na semana passada alegando "divergências" com integrantes do governo.
Segundo Calero, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" e em evento artístico no Rio de Janeiro, o
motivo de sua saída seria uma pressão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para
liberar um empreendimento imobiliário de alto luxo no centro histórico de Salvador no qual Geddel tinha
comprado um apartamento.
À Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Geddel admitiu ter conversado com Calero sobre o assunto, mas
negou que tenha havido pressão.

148
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/homem-e-condenado-nos-eua-por-roubar-e-vazar-na-web-fotos-de-
famosas-nuas.html
149
17/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/11/quadro-meule-de-claude-monet-e-leiloado-por-us-725-milhoes.html
150
22/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/nomeacao-de-roberto-freire-para-cultura-e-publicada-no-diario-oficial.html

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Segundo o próprio Roberto Freire, a cerimônia de posse deve ser realizada nesta quarta (23), no
Palácio do Planalto. Ele disse ao G1 que a data foi acertada com o presidente da República, Michel
Temer, durante almoço no Palácio da Alvorada.
Ao G1, Roberto Freire afirmou que, na conversa com Temer, eles não chegaram a discutir as ações
que deverão ser tomadas na pasta a partir do momento que assumir o ministério. Ele acrescentou, porém,
que buscará dar continuidade ao trabalho de Calero.
"Vou seguir o princípio da continuidade. Vou conversar com secretarias e gabinetes, sem mudanças
drásticas", disse.
Sobre o episódio envolvendo Calero e Geddel, Freire disse não ter como fazer uma avaliação. "O
Ministério da Cultura já resolveu a questão de apoiar a decisão do Iphan e não tem mais nada a ver com
isso", acrescentou.

Caso Geddel
Nesta segunda, um grupo de parlamentares que faz oposição ao governo do presidente Michel Temer
pediu à Procuradoria Geral da República que investigue o ministro da Secretaria de Governo e apure se
ele cometeu crime no episódio com Marcelo Calero.
Após a ação da oposição, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
acusou os parlamentares de tentarem criar um "fato político".
Em meio aos desdobramentos políticos do caso, o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola,
convocou a imprensa para um pronunciamento no Palácio do Planalto no qual disse que o presidente
Michel Temer decidiu manter o ministro no cargo.
Em razão do episódio, nesta segunda, a Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu abrir um
processo para apurar a conduta de Geddel Vieira Lima.

'Verdades secretas' ganha o Emmy Internacional 2016151


A produção brasileira "Verdades secretas", exibida pela TV Globo, ganhou nesta segunda-feira (21) o
Emmy Internacional, considerado o Oscar da TV mundial. A cerimônia de entrega do evento organizado
pela Academia Internacional de Artes & Ciências Televisivas aconteceu em Nova York, nos Estados
Unidos.
Com autoria de Walcyr Carrasco e direção artística de Mauro Mendonça Filho, "Verdades secretas"
concorria com outra produção da emissora, "A regra do jogo", de João Emanuel Carneiro. Também
disputavam uma produção canadense e outra filipina.
"'Verdades secretas' foi uma novela onde mergulhei profundamente, um trabalho feito com a alma",
afirmou Carrasco, que foi ao palco da premiação acompanhado das atrizes Camila Queiroz, Grazi
Massafera, Guilhermina Guinle e Agatha Moreira, dos diretores-gerais André Felipe Binder e Natalia
Grimberg, do diretor Allan Fiterman e da produtora de elenco Bruna Bueno.
O autor citou que a trama "foi uma novela inovadora, que trouxe assuntos polêmicos, como a
prostituição no mundo da moda – o famoso book rosa – e a destruição humana causada pelo crack". E
concluiu: "Foi libertador escrevê-la. Em si só, uma viagem profunda ao meu interior como artista".
Em nota, o diretor Mauro Mendonça Filho, que não pôde estar em Nova York, parabenizou o autor:
"Estou muito feliz pelo Walcyr. Ele merece, pois foi uma novela ousada".
Ao todo, a Globo tinha seis nomes entre os indicados ao prêmio, em cinco categorias diferentes. Na
história, a emissora tem agora 15 prêmios Emmy Internacional.
O diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, comemorou a premiação da edição 2016:
"Acho que tem uma preocupação constante de buscar temas que a sociedade gostaria de ver no ar. E a
gente tenta ouvir a sociedade e traduzir através de conteúdo, através de uma produção que – seja de
ficção ou seja de realidade – traga de volta para ela aquilo que ela deseja ver no ar".

Grazi e Nero não levaram


Grazi Massafera ("Verdades secretas") e Alexandre Nero ("A regra do jogo") estavam entre os
concorrentes aos prêmios de melhor atriz e ator.
Em entrevista ao "Bom Dia Brasil" ainda no tapete vermelho, Nero, que na novela interpretou o ex-
vereador corrupto Romero Rômulo, comemorou a indicação. "É meio fantasioso, uma brincadeira de
criança. É muito mais longe do que a gente esperava", disse.
O vencedor na categoria foi o americano Os vencedores foram americano Dustin Hoffman ("Roald
Dahl's esio trot")

151
22/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/11/novela-verdades-secretas-ganha-o-emmy-internacional-2016.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Já na categoria de Grazi, que na novela viveu uma modelo viciada em crack, a vencedora foi a atriz
britânica Christiane Paul ("Under the radar"). Após a entrega do prêmio de melhor novela para "Verdades
secretas", Grazi disse sentir "muito orgulho" do trabalho.

'Zorra' e 'Os experientes' concorreram


O humorístico "Zorra", reformulado no ano passado, foi indicado a melhor série de comédia e perdeu
para a produção britânica "Hoff the Record".
Ainda disputou o prêmio na noite "Os experientes", coprodução da Globo com a O2 Filmes, indicada
a melhor minissérie, que que perdeu para "Capital", da BBC.
Pelo Brasil, também concorria "Adotada", da MTV, na categoria melhor programa de entretenimento
não roteirizado. A produção suíça "Allt För Sverige" venceu a categoria.
No ano passado, duas produções da Globo foram premiadas com o Emmy Internacional. "Império"
levou o prêmio de melhor novela e o especial "Doce de mãe" ganhou como melhor comédia.

Morte de Gullar marca o fim de uma era152


Neste momento, detalhes sobre a biografia e a trajetória literária de Ferreira Gullar já estão disponíveis
em diversos artigos e reportagens na Internet – muitos recorrendo, justificadamente, à expressão “perda
irreparável”. No caso do poeta maranhense, o clichê se torna exato e verdadeiro como um verso: esta é
mesmo uma perda irreparável. A excelência e a consistência de sua produção poética ao longo de mais
de seis décadas (seu primeiro livro, “A luta corporal”, começou a ser escrito em 1950), não encontram
termo de comparação no Brasil de hoje.
Mas a morte de Ferreira Gullar também tem um impacto simbólico que supera o da partida de outros
escritores: ela marca o fim de uma era na cultura brasileira, em dois aspectos igualmente importantes.

Primeiro:
Ferreira Gullar foi o último poeta realmente grande, daqueles que podem ser chamados de “poetas
nacionais” – na linhagem de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo
Neto. Um poeta nacional é aquele que representa, com sua obra, a identidade e os valores de uma cultura;
é um artista perene, ao contrário de muitos poetas laureados que ocupam cargos públicos, ou de muitos
poetas descolados e cultuados, de forma passageira, em festas literárias.
Não que não existam poetas muito bons em atividade. Mas nenhum deles tem sequer essa ambição.
E talvez nem se trate de uma questão de ambição: talvez tenha morrido, antes mesmo de Gullar, uma
cultura em que havia espaço para poetas nacionais. Hoje só há lugar para poetas menores e modestos
– o que reflete o espaço menor que a poesia passou a ocupar no mundo.

Segundo:
Ferreira Gullar foi o último representante relevante de uma época em que escritores, artistas e
intelectuais tinham a obrigação moral de se associar incondicionalmente à esquerda. Não que ele tenha
abandonado seus ideais (os que permaneceram esquerdistas de forma acrítica é que abandonaram,
ainda que inconscientemente, esses ideais).
Gullar foi um dos poucos que entenderam o que aconteceu no Brasil e no mundo, em termos de
ideologia, e pagou um preço alto por sua independência. Crítico contumaz dos rumos que a esquerda
tomou no país nas últimas décadas, foi jogado para escanteio pela “inteligência” ligada ao campo no
poder. Inatacável em sua poesia e pelo seu passado – ele foi militante do PCB e, exilado pela ditadura
militar, viveu na União Soviética, na Argentina e Chile (foi no exílio argentino, aliás, que escreveu o
magistral “Poema sujo”, publicado em 1976) – Gullar se tornou uma presença incômoda para muita gente.
Quando, em uma entrevista recente, lhe perguntaram se ele tinha passado para a direita, Ferreira
Gullar respondeu:
“Eu, de direita? Era só o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia,
ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é.”

SAÚDE

Mosquitos adultos podem passar zika para sua prole, diz estudo153
Mosquitos adultos fêmeas podem repassar o vírus da zika para sua prole, disseram pesquisadores
dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29/08/16). A descoberta, publicada no periódico "American

152
04/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/morte-de-gullar-marca-o-fim-de-uma-era.html
153
29/08/16 – Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/08/mosquitos-adultos-podem-passar-zika-para-sua-prole-diz-estudo.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Journal of Tropical Medicine and Hygiene", mostra que o vírus da zika se comporta como vírus
relacionados, incluindo o da dengue e o da febre amarela.
Robert Tesh, do departamento de medicina da Universidade do Texas em Galveston, um dos autores
do estudo, declarou que o fato de o vírus poder ser repassado para a prole do mosquito torna o zika mais
difícil de controlar.
"A pulverização afeta os adultos, mas não mata geralmente as formas imaturas, como ovos e larvas.
Pulverização vai reduzir a transmissão, mas pode não eliminar o vírus”, afirmou ele.
O Aedes aegypti, o mosquito que transmite o vírus da zika, coloca ovos em pequenos acúmulos de
água. Cientistas queriam descobrir se alguma parte da prole desses mosquitos tropicais poderia carregar
o vírus, ajudando a perpetuar o surto durante as estações secas.
Para isso, eles injetaram o vírus da zika em mosquitos Aedes aegypti fêmeas criados em laboratório.
Eles foram alimentados e, em uma semana, colocaram ovos. A equipe coletou e cuidou dos ovos até eles
darem vida a mosquitos adultos, quando ela contou o número deles que carregava o vírus. Em cada 290
mosquitos testados, eles encontraram o vírus em um mosquito.
"A proporção pode parecer baixa”, disse Tesh, “mas, quando você leva em conta o número de Aedes
aegypti numa comunidade urbana tropical, ela é provavelmente alta o suficiente para permitir que o vírus
persista, mesmo quando os adultos infectados são mortos.”

Vacina contra dengue já pode ser comercializada no Brasil154


Após sete meses registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a vacina contra a dengue já
pode ser comercializada no Brasil. O Comitê Técnico Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (Cmed) determinou que o preço da Dengvaxia, como é chamada a vacina da Sanofi
Pasteur, vai variar entre R$ 132,76 e R$ 138,53, dependendo do ICMS adotado em cada estado.
O valor estipulado é o que será pago ao fabricante por clínicas, hospitais e distribuidores e deve ser
bem diferente do que será cobrado do consumidor final. "Os valores para um mercado privado não
refletem o que vai ser praticado. As clínicas tem taxa de aplicação, tem tributação da clínica, tem que
pagar sua estrutura. Esse preço é muito longe do que o mercado vai trabalhar para o consumidor final.
Esse é o preço de fábrica que a Sanofi vai colocar no comércio", explicou Renato Kfouri, vice-presidente
da Sociedade Brasileira de Imunizações.
De acordo com o infectologista, o produto é um avanço, considerando que o Brasil vivencia há muitos
anos um grande problema de saúde pública devido ao vírus da dengue. Em 2016, até 11 de junho, mais
de 1,3 milhão de pessoas tiveram dengue em todo o país e 318 pessoas morreram em decorrência da
infecção pelo vírus.
Fabricada pela empresa francesa Sanofi Pasteur e registrada no Brasil desde dezembro de 2015, a
Dengvaxia é a primeira vacina desenvolvida contra a dengue no mundo e só precisava da determinação
do valor de fábrica para poder ser vendida. Segundo a Anvisa, a demora ocorreu devido ao ineditismo do
produto, já que normalmente a estipulação de preços leva em conta outros produtos semelhantes no
mercado.
O imunizante é indicado para pessoas entre 9 e 45 anos, deve ser aplicado em três doses com intervalo
de seis meses entre elas. O fabricante garante proteção contra os quatro tipos do vírus da dengue.
Segundo os estudos, a proteção é de 93% contra casos graves da doença, redução de 80% das
internações e eficácia global de pouco mais de 60% contra todos os tipos do vírus. A capacidade de
produção do laboratório é de 100 milhões de doses por ano.
Para Kfouri, a eficácia da vacina é satisfatória e segue o padrão de vacina como a contra varicela e
contra o rotavírus, que evitam completamente cerca de 60% dos casos das doenças, mas tem um impacto
maior na redução de casos graves, que poderiam levar a hospitalizações e à morte.

SUS
Apesar de poder ser comercializada em todo o Brasil, ainda não há determinação sobre se a Dengvaxia
será utilizada na rede pública. Para isso, o Ministério da Saúde deve fazer estudos sobre o custo/benefício
da compra e distribuição do produto e de qual seria a estratégia de aplicação para ter impacto em termos
de saúde pública.

154
26/07/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-07/vacina-contra-dengue-ja-pode-ser-
comercializada-no-brasil

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Testes da “pílula do câncer” em humanos começam nesta segunda em São Paulo155
Os testes clínicos para tratamento de câncer com a fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida
como “pílula do câncer”, começam na próxima segunda-feira (25/07/2016) em São Paulo. A pesquisa
será conduzida pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
O início dos testes em humanos será possível após aprovação da Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa, do Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório oficial da
Secretaria de Saúde do estado, forneceu as cápsulas suficientes da substância para realização da
pesquisa.
“O projeto de pesquisa clínica foi desenhado sob a ótica de especialistas de alto conhecimento técnico.
Nossa prioridade é a segurança dos pacientes, por isso, primeiro vamos avaliar, com grande
responsabilidade, se a droga é segura e se há evidência de atividade. É um processo extenso, que deve
ser acompanhado com cautela”, diz, em nota, o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp.
Segundo a Secretaria de Saúde, o pesquisador aposentado da Universidade de São Paulo (USP) de
São Carlos Gilberto Chierice tem acompanhado todo o processo. A fosfoetanolamina sintética foi
estudada por Chierice, enquanto ele ainda estava ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de
Polímeros da universidade. Algumas pessoas tiveram acesso às cápsulas contendo a substância,
produzidas pelo professor, que usaram como medicamento contra o câncer.
“É a primeira vez na história que a fosfoetanolamina sintética será testada em humanos, por iniciativa
do governo de São Paulo. O objetivo é avaliar a eficácia da substância no combate ao câncer”, informa,
em nota, a secretaria. O estudo prevê avaliação de 10 pacientes na primeira fase, para determinar a
segurança da dose que vem sendo usada na comunidade.
Após a primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.
No chamado Estágio 1, está prevista a inclusão de mais 21 pacientes para cada um dos 10 grupos de
tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma,
pâncreas, estômago e fígado.
Se o Icesp observar sinais de atividade da substância nessa fase, o Estágio 2 começa com mais 20
participantes em cada grupo. Progressivamente, desde que se comprove atividade relevante, a inclusão
de novos pacientes continuará até atingir o máximo de mil pessoas, ou seja, 100 para cada tipo de câncer.

Alimentos passam a ter de listar ingredientes alergênicos nos rótulos156


Os rótulos dos alimentos passam a ter de sair da fábrica com informação sobre ingredientes
alergênicos a partir deste domingo (03/07/2016). São 17 os itens a serem listados, como trigo, crustáceos,
leite e nozes. A decisão partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda em 2015 e foi
reforçada no início de junho.
Aprovada em junho do ano passado, a resolução obriga a indústria alimentícia a informar nas
embalagens dos produtos se há presença dos principais alimentos que causam alergias alimentares. O
regulamento abrange tanto alimentos e quanto bebidas, ingredientes e aditivos.
Os rótulos dos produtos fabricados a partir de agora deverão deverão informar se os alimentos
possuem alguns dos seguintes alimentos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas);
crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha de
caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas, além de látex natural.
Os derivados desses produtos deverão trazer na embalagem as seguintes informações:
- Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares);
Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias);
Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados.
A Anvisa determinou também a forma de dispor esses dados. Os detalhes sobre alergênicos deverão
ser exibidos logo abaixo da lista de ingredientes. Além disso, as palavras têm de estar em caixa alta, em
negrito e com cor diferente do rótulo. A letra não pode ser menor do que a da lista de ingredientes.
Os fabricantes tiveram um ano para adequar as embalagens às novas regras. Os produtos fabricados
até o fim do prazo de adequação, este sábado (02/07/2016), poderão ser comercializados até o fim do
prazo de validade.
Segundo o diretor-relator da matéria, Renato Porto, a demanda nasceu “fortemente da sociedade”, o
que fez com que toda a diretoria votasse unilateralmente pela regulamentação.

155
25/07/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-07/testes-da-pilula-do-cancer-em-humanos-
comecam-nesta-segunda-em
156
03/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/alimentos-passam-ter-de-listar-ingredientes-alergenicos-nos-rotulos.html

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“A sociedade pode agora ter certeza que terá rótulos de produtos muito mais adequados, que vão dar
a possibilidade do consumidor de escolher adequadamente seus produtos, dado que a melhor maneira
de se prevenir [de uma crise alérgica] é evitando o consumo”, explicou.
Segundo a Anvisa, no Brasil, de 6% a 8% das crianças de 6 a 8 anos sofrem de algum tipo de alergia.

Busca por medicamentos é principal motivo para ações judiciais na saúde157


Uma pesquisa mostra que quase a metade das ações judiciais na área da saúde é proposta por
doentes tentando exigir, do governo ou dos planos, o pagamento por tratamentos. A maioria dos pedidos
é para conseguir medicamentos, que às vezes nem foram incorporados pelo SUS. São Paulo é o
campeão desta judicialização da saúde.
Segundo a pesquisa feita pela Interfarma, das quase 15 mil ações na área da saúde em São Paulo,
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, quase a metade é de judicialização da saúde, quando
a ação é para obrigar o poder público ou o plano de saúde a pagar por tratamento, hospitalização e
medicamentos.
Os remédios lideram estes pedidos: 64% das ações são para consegui-los. A Justiça concede liminar
em pelo menos 87% dos casos. O estudo cita como causas para a judicialização da saúde os cortes no
orçamento e a demora para incorporar novas drogas no SUS.

Para substituir cubanos, Mais Médicos abre mil vagas para brasileiros158
O Ministério da Saúde lançará nesta sexta-feira (11/11/2016) um edital para chamar 1.004 médicos
brasileiros em 462 municípios para o programa Mais Médico. A intenção do governo é substituir 838 vagas
ocupadas hoje por profissionais cubanos e repor 166 cargos de médicos que desistiram do programa.
Nesta terça (8/11/2016), o ministério informou que após selecionado, o médico brasileiro terá 15 dias
para fazer permuta de vagas a fim de ficar em uma cidade onde tem interesse.
Quando o candidato se inscrever no programa, fará opção por quatro cidades. Levando em conta
critérios como experiência e especialização, ele será designado para uma localidade. Em um período de
15 dias, um sistema poderá identificar candidatos insatisfeitos com sua cidade e oferecer trocas entre
aqueles que estão concorrendo ao mesmo edital.
Editais semelhantes serão publicados de três em três meses com ofertas a brasileiros formados no
Brasil ou em instituições de qualquer país.
A maioria das vagas disponíveis estão em capitais e em regiões metropolitanas. Com isso, o governo
pretende aumentar o interesse de médicos brasileiros em concorrer aos postos. A região Nordeste
concentra 40% das vagas disponíveis. Elas ficam em 223 municípios da região, dentre as quais 57 são
capitais.
Em setembro, o governo já tinha anunciado a pretensão de reduzir em 35% a participação de médicos
cubanos no programa em três anos. A meta do governo federal é que a quantidade de médicos da ilha
caribenha atuando no programa passe de 11,4 mil para 7,4 mil nesse período. Apesar disso, caso as
vagas não sejam preenchidas por brasileiros, existe a possibilidade de convocar novos grupos de
profissionais cubanos.
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o Brasil vai manter o contrato com a Organização Pan-
americana da Saúde (Opas), responsável pelo convênio com Cuba, enquanto os brasileiros não
ocuparem todas as vagas. De acordo com o ministro, a vinda dos profissionais cubanos correspondia,
desde o princípio, a uma política temporária de saúde, e que a prioridade é contratar profissionais
brasileiros.
Ao todo, existem 11.429 médicos cubanos atuando no Brasil. O número corresponde a 62,6% dos
18.240 médicos participantes no programa Mais Médicos. O índice de profissionais com registro médico
brasileiro é de apenas 29%. Os intercambistas correspondem a 8,4%.

Ministério adota mais critérios para diagnosticar danos por zika em bebês159
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (18/11/2016) que vai passar a levar em conta critérios
como perda de visão, audição, comprometimento e deficiência de membros para avaliar se uma criança
tem danos de desenvolvimento provocados pelo vírus da zika. Até agora, o principal critério levado em
consideração era o perímetro da cabeça dos bebês.

157
28/09/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/09/busca-por-medicamentos-e-principal-motivo-para-acoes-judiciais-
na-saude.html
158
08/11/2016 fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/11/para-substituir-cubanos-mais-medicos-abre-mil-vagas-para-
brasileiros.html
159
18/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/11/ministerio-adota-novos-criterios-para-diagnosticar-microcefalia-em-
bebes.html

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A nova medida foi tomada com base em evidências científicas de que mesmo crianças com tamanho
de cabeça dentro dos parâmetros considerados "normais" podem apresentar consequências do vírus.
Desde a descoberta da microcefalia, pesquisadores apontaram outras doenças relacionadas à
infecção e isso levou à Organização Munidal da Saúde (OMS) a determinar a síndrome congênita do zika.
Segundo a pasta, o objetivo é garantir cuidado a todas as crianças, inclusive as que apresentaram
alterações tardias - o ministério informou que vai passar a acompanhar por três anos crianças de mães
que tiveram zika durante a gravidez. Até então, só eram monitorados bebês com microcefalia. Os novos
critérios afetam as regras para notificação, investigação e classificação final de casos suspeitos da
doença.
"A criança pode ter um perímetro encefálico maior e pode sofrer efeitos do zika. Não necessariamente
a redução do perímetro encefálico aponta o dano do cérebro. É essa nova possibilidade que vamos
acompanhar com as crianças e vai nos fazer se preocupar em ver a relação causa-efeito sobre eventuais
incidências que ocorram com a criança e que tenham ou não relação com o zika pela mãe", afirmou o
ministro Ricardo Barros.
O governo também passa a recomendar uma segundo ultrassom no sétimo mês de gravidez. Hoje, o
exame já é realizado no primeiro mês de gestação. O objetivo é identificar possíveis malformações na
etapa final da gestação, atendendo a orientações da OMS.
Para garantir o exame, o ministro anunciou que o governo vai liberar repasses mensais aos estados
para que a rede pública realize essa segunda ultrassonografia. A estimativa é de gastar até R$ 52,6
milhões por ano com este exame.

Microcefalia
O ministério também mudou os critérios de medição da cabeça do bebê. São suspeitos de microcefalia
meninos com cabeça menor que 30,5 cm e meninas com 30,2 cm (até então as medidas eram 31,9 cm e
31,5 cm, respectivamente). Esta é a segunda vez em que o ministério faz uma alteração do tipo.
Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica, Wanderson Oliveira, a mudança segue uma
regra da OMS de 30 de agosto. “Acompanhamos [as novas medições] por dois meses para ver o perfil
epidemiológico no Brasil, e por isso estamos adotando as medidas neste momento. É uma qualificação
das medidas que já foram adotadas.”
Todas essas novas regras serão divulgadas para profissionais de saúde, cuidadores e familiares de
pacientes. Além das mudanças das normas sobre o vírus da zika, as novas diretrizes vêm com passos
para que qualquer profissional da Atenção Básica também possa tratar crianças com alterações no
desenvolvimento. Também há um guia sobre como cuidar de bebês recém-nascidos e estimulá-los (com
massagens e estratégias para estimular a amamentação, por exemplo).

Desde novembro do ano passado, o ministério contabiliza 2.143 casos confirmados de Zika, 3.086 em
investigação e 4.890 descartados. Ao todo, 78% dos casos confirmados se concentram na região
Nordeste do país.

Sobre a síndrome
A síndrome congênita do zika, reconhecida pela OMS, é um conjunto de malformações e problemas
apresentados por bebês que tiveram mães infectadas pelo vírus da zika durante a gestação. A
microcefalia é só uma das consequências. As crianças também podem ter o sistema nervoso central
afetado, apresentando epilepsia, deficiências auditivas e visuais, prejuízo no desenvolvimento
psicomotor, bem como efeitos negativos sobre ossos e articulações.

'Bactéria do bem' é a mais promissora pesquisa contra zika, diz ministro160


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quarta-feira (16/11/2016) que a pesquisa que utiliza
a bactéria Wolbachia, também chamada de “bactéria do bem”, é a “mais promissora” no combate ao vírus
da zika.
“Combate ao Aedes é uma prioridade. Temos vários investimentos para o controle dessas endemias.
A pesquisa mais promissora é a Wolbachia, (...), que quando infecta o mosquito Aedes Aegypti tira dele
a capacidade de ser transmissor universal. (...) E temos a vacina da zika na Fiocruz e a vacina da zika na
Evandro Chagas”, disse o ministro num evento sobre hospitais privados em São Paulo.
Os resultados da pesquisa que envolve a bactéria Wolbachia têm animado os pesquisadores da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que começou os estudos no Rio de Janeiro e em Niterói. Se injetada

160
16/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/11/bacteria-do-bem-e-mais-promissora-pesquisa-contra-zika-diz-
ministro.html

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em ovos do mosquito, a “bactéria do bem” pode neutralizar a transmissão das doenças causadas pelo
Aedes.
O ministro também lembrou do início da campanha do governo contra o Aedes aegypti, no domingo
(20/11/2016), e o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito será no dia 25.
Todas as sextas-feiras deverão ser "dia nacional de conscientização contra o Aedes", explicou.
De acordo com o ministério, a campanha deste ano deverá conscientizar sobre as consequências das
diversas doenças causadas pelo mosquito. No último ano, com o aumento dos casos de dengue, a doença
ficou em destaque. Marcela Temer, mulher do presidente Michel Temer, poderá ser madrinha da
campanha deste ano.

PEC 241
Barros também fez um panorama sobre a saúde no Brasil. Ele disse que, mesmo com a atual situação
econômica, o “teto de gastos é global” e que “a saúde tem piso na PEC 241, mas não tem teto”.
O ministro avaliou que deverá aumentar a porcentagem de recursos totais destinados à saúde no Brasil
em relação a estados e municípios. Atualmente, o ministério é responsável por cerca de 43% dos recursos
e, segundo Barros, isso deverá alcançar 50%. Essa meta deverá diminuir os peso dos gastos dos
municípios.
“O que existe hoje é uma limitação financeira que decorre do limite da capacidade contributiva do
cidadão. O governo não fabrica dinheiro. (...) Então, o que estamos deixando claro é que é preciso ter
conexão com a realidade, há um limite orçamentário e esse limite vamos aplicar da melhor maneira
possível”, disse.
Barros informou que existe um grupo de trabalho buscando alternativas para ampliar a oferta de planos
de saúde privados. "Os planos de saúde são de livre adesão, ninguém é obrigado a aderir e nem a
permanecer nos planos de saúde. Mas atendem a quase 50 milhões de brasileiros, e esses brasileiros
atendidos nos planos de saúde deixam de pressionar o SUS com suas demandas. Então, se nós tivermos
mais brasileiros que estejam atendidos nos planos de saúde, teremos menos pressão sobre o SUS e
mais atendimentos para aqueles que só dependem do SUS”.

Brasil tem mais casos de chikungunya do que de zika em 2016161


O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (24/11/2016) que os casos de chikungunya tiveram
um crescimento de 850% em 2016, e que o ano de 2017 terá ainda mais casos. Os dados são do
Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti.
De acordo com o ministro Ricardo Barros, foram 251.051 casos da doença neste ano, contra 26.435
em 2015 - os registros superam os de zika no mesmo período, com 208.867 notificações e apenas 3
mortes.
Em 2016, morreram 138 pessoas por chikungunya enquanto que, no ano passado, foram somente seis
óbitos. O pico da doença ocorreu em março. Questionado pelo G1 sobre o motivo da alta taxa de
crescimento, Ricardo Barros disse que é "uma estatística".
"É uma estatística. Nós tivemos uma infestação maior e esperamos que esse resultado alerte as
pessoas para se protegerem mais", afirmou.
Para ele, o ministério não falhou nas ações e tem feito o planejamento para quando houver surtos de
doenças. "Não [falhou], é uma incidência, gente. Não há como se prever a incidência das doenças. O que
temos feito é uma estatística e um planejamento para que estejamos preparados, para que quando
acontece, a saúde pública esteja em condições de atender".

As doenças do Aedes
Além do alerta sobre a chikungunya, Barros fez um balanço sobre as doenças causadas pelo mosquito
Aedes. Ele afirmou que os casos de zika e dengue deverão se manter estáveis em 2017 e ter o mesmo
número de registros. "Nós não esperamos que aumentem os casos de dengue e zika", disse. "Este ano
a nossa maior preocupação é a chikungunya”, completou.
No caso da dengue, foram 1.458.355 casos prováveis em 2016, contra 1.543.000 em 2015. Houve
uma redução de 50% nos casos graves da doença e de 36% em relação aos óbitos do ano anterior.
Os casos confirmados de microcefalia chegam a 2.159, sendo que 3.115 continuam em observação e
4.925 foram descartados. O Nordeste concentra 66% do total de casos confirmados da malformação.
Para os moradores da região, Barros pediu "mais cuidado e atenção".
"É preciso que haja da população do Nordeste mais cuidado, mais atenção, para que esses casos não
se multipliquem tanto nessa região."

161
24/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/brasil-tem-alta-850-nos-casos-de-chikungunya-diz-ministerio.ghtml

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A zika atingiu 2.281 municípios e teve seu pico em fevereiro, com 17.541 ocorrência por semana, em
média. A pasta estima que, dos mais de 200 mil casos notificados, 16.696 casos tenham sido em
gestantes.
Investimento
Segundo o ministro, no ano passado foram gastos cerca de R$ 500 milhões no combate às doenças
propagadas pelo Aedes aegypti. O orçamento para a área em 2017 ainda não foi definido e está em
votação no Congresso.
"O dinheiro foi aplicado em diversas frentes, disse, como no combate direto ao mosquito com a compra
de larvicidas e equipamentos de pulverização, além de investimentos em pesquisas, [...] entre elas, para
vacinas", acrescentou.
Ao todo, segundo levantamento da pasta, 855 cidades, que representam 34% dos municípios
pesquisados, se encontram em situação de alerta e risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
Atualmente, a adesão à pesquisa do ministério é voluntária, mas Barros anunciou que vai propor que, a
partir de 2017, ela seja obrigatória a todos os municípios com mais de 2 mil imóveis.
Das 22 capitais levantadas pelo ministério, Cuiabá é a única em situação de alto risco. Já nove estão
em alerta e 12 em condições satisfatórias.

O que é a chikungunya?
A doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue e do zika é uma epidemia de dores nas
articulações. Estudos mostram que a chikungunya deixa rastros, metade deles crônicos. O vírus tem uma
predileção pelas articulações e causa uma cascata inflamatória no local. Os pacientes, principalmente as
mulheres, desenvolvem dores incapacitantes crônicas e não conseguem abotoar uma camisa, pentear o
cabelo, sem dores.
O tratamento é feito com analgésicos e anti-inflamatórios. Entretanto, é preciso procurar um médico,
porque a doença pode trazer risco de sangramento. Tratamentos não medicamentosos como acupuntura,
fisioterapia e compressas podem ajudar a aliviar a dor.

ESPORTE

E tudo saiu bem na Rio 2016, imperfeitamente maravilhosa162


A finlandesa Leslie Shannan, que veio ao Brasil acompanhar a Rio 2016, resumiu sua passagem pela
Olimpíada brasileira com uma frase que caberia na boca de muita gente. “Fomos muito injustos com
vocês. Tudo foi perfeito”, afirmou ao repórter Felipe Betim. Muita gente pode vestir a carapuça da turista
entusiasmada Shannan, mas ela não estava sozinha quando tinha dúvidas e medo do que o evento tinha
a oferecer. Havia inúmeros motivos para acreditar que o Brasil passaria uma vergonha mundial com os
Jogos Olímpicos, listados exaustivamente pela imprensa nacional e internacional, incluindo o EL PAÍS. E
de véspera, torturamos o mundo mostrando tudo que podia dar muito errado.
Era zika vírus, era a Baía da Guanabara imunda, consertos inacabados na Vila Olímpica, uma empresa
de fundo de quintal contratada para vigilância nos aeroportos, um pedido de socorro financeiro de
emergência para evitar o estado de calamidade a um mês e meio da estreia. Até o Estado Islâmico deu
o ar da sua graça para aumentar a síndrome de fracasso que a Olimpíada do Rio precisou enfrentar.
No final, deu tudo certo. Nada de extrema gravidade se confirmou como se imaginava inicialmente.
Para entender o antes e depois da expectativa e realidade, dê um Google e veja com seus próprios olhos.
A poucos dias da abertura no dia 5, o festival de profecias pessimistas reforçou um verdadeiro pavor
sobre o que seria o evento. Lote de ingressos encalhado, roubo de atletas, falta de segurança de
alojamentos, fumaça no prédio onde ficaram os atletas australianos.
Intimamente, entre os brasileiros havia um sentimento similar ao do dia em que temos de receber
visitas ilustres e seu pai que bebe demais está em casa. Você não sabe em que momento ele vai dar
vexame... O Rio tinha potencial para algo muito mais vexaminoso do que a bebedeira de um familiar. É a
cidade das balas perdidas que explodem a cabeça de crianças inocentes e o pânico de que isso
acontecesse com os visitantes e virássemos motivo para (mais) humilhação mundial era legítimo.
Com ou sem o drink brasileiro, por 16 dias o Rio se transformou. Virou palco de momentos
inesquecíveis para o esporte. Foi aqui que o astro mundial da natação Phelps fechou seu ciclo vitorioso
nas piscinas, com cinco medalhas de ouro e uma de prata. O Brasil conheceu de perto a ginasta Simone
Biles, viu a nobre vitória da judoca Majlinda Kelmendi, de Kosovo, e assistiu ao jamaicano Usain Bolt
aumentar sua coleção de pódiuns, tornando-se tricampeão olímpico em três categorias. Bolt, aliás, cativou
e foi cativado pelos brasileiros. Beijou o chão do ginásio, correu enrolado a uma bandeira brasileira,

162
29/08/16 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/21/opinion/1471813304_331779.html

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sambou, beijou na boca e ainda foi o pé quente em meio à torcida brasileira que lotou o Maracanã contra
a rival Alemanha no futebol.
A Alemanha... Quis o acaso, o destino (isto é axé, e não candomblé, querido Le Monde) que o Brasil
encarasse de frente o seu fantasma popular. E venceu com gol de Neymar, que soltou o choro preso não
só dele como de todos que andavam macambúzios com o esporte bretão.
Apesar do inverno, houve sol que proporcionou dias especiais na cidade maravilhosa. As praias
ficaram lotadas. O astro rei garantiu ângulos privilegiados das montanhas e daquele mar singular,
veiculadas à exaustão na imprensa mundial. Como não reconhecer que foi um sucesso?
Houve problemas, não se pode negar. Notícias (verdadeiras) de furtos e incidentes ficaram perdidas
no meio da euforia com as competições. Filas, preços altos, falta de voluntários. Um quase incidente
diplomático pela mentira dos nadadores americanos sobre o assalto falso. A morte de um soldado da
Força Nacional, Hélio de Andrade, no complexo da favela da Maré, que estava em missão para garantir
a segurança dos Jogos. Um acidente de trânsito que levou a vida do alemão Stefan Henze. Alguns
chegaram a avaliar que ele poderia ter sido salvo se houvesse uma boa infraestrutura de saúde para
atendê-lo na hora do acidente.
Como disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, a Rio 2016 não ficou isolada
do resto do Brasil. “Os Jogos não foram organizados numa bolha, mas em uma cidade em que há
problemas sociais, e onde a vida real continua durante a olimpíada”, afirmou neste sábado. É parte da
cultura dos brasileiros conviver com essa incompletude diária, mas que em momentos decisivos é
preenchida pelas nossas famosas gambiarras.
Não foi diferente agora. Assim como no futebol masculino, o Brasil enfrentou seu fantasma do fracasso
com a olimpíada e saiu-se melhor do que o mundo esperava. Muito há de se discutir daqui para a frente,
excessos serão identificados, a certeza de que houve segurança porque o Exército foi convocado
extraordinariamente. E toda sorte de críticas necessárias para manter os pés do chão. Haverá de se
reconhecer, contudo, os passos certos para que o país fechasse bem esta olimpíada, inclusive com o
melhor quadro de medalhas da sua história: 19 no total, sendo sete de ouro, e o 13° lugar no ranking final.
Em 2012, em Londres, fomos 22°, em Pequim (em 2008), chegamos a 23°. A melhor posição até então
era a Olimpíada de Atenas, em 2004, quando o Brasil ficou em 16°. A despedida ainda garantiu uma festa
com algumas pérolas, como Martinho da Vila cantando Pixinguinha, ou o grupo Corpo dançando Tom Zé.
Foi bonito.

Nadador norte-americano pagará R$ 35 mil para encerrar inquérito163


O nadador norte-americano James Feigen fechou na madrugada desta sexta-feira (19/08/2016) um
acordo na Justiça para se livrar de um eventual processo criminal por falsa comunicação de crime e ter
de volta o seu passaporte, relatou o noticiário Bom Dia, Rio, da Rede Globo. Um dos quatro atletas dos
EUA envolvidos em um incidente em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, inicialmente relatado como
assalto e ocorrido no domingo, 14, Feigen acertou o pagamento de R$ 35 mil de multa.
O dinheiro será doado ao Instituto Reação, ONG voltado para atletas em comunidades carentes,
formador da judoca Rafaela Silva, medalha de ouro na Rio-2016.
Feigen também pediu desculpas pelo transtorno. Assim como os colegas Gunnar Bentz e Jack Conger,
que deixaram o Brasil na noite da quinta-feira, 18/08/2016, Feigen, em depoimento, responsabilizou o
nadador Ryan Lochte pela versão mentirosa em relação à confusão. Ele também disse que foi Lochte
que danificou um painel no posto, onde os nadadores tinham parado para urinar – e acabaram urinando
fora do banheiro. O atleta afirmou ainda que depois da confusão o grupo foi impedido por homens
armados de deixar o posto e contou que ofereceu, sem que lhe exigissem, US$ 20 para pagar os
prejuízos. Um homem que falava inglês ajudou na negociação. Depois, os quatro voltaram de táxi à Vila
dos Atletas. Com o acordo, o Ministério Público abrirá mão de processar Feigen, que, segundo o noticiário,
foi indiciado pela Polícia por falsa comunicação de crime. A investigação será arquivada, assim que o
dinheiro for depositado. O atleta deixou o Juizado às 3h30 sem dar entrevistas.

Dirigente irlandês do COI é encaminhado para prisão no Rio164


O presidente do Comitê Olímpico Irlandês e ex-executivo do Comitê Olímpico Internacional, Patrick
Hickey, foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu na madrugada desta sexta-feira
(19/08/2016). A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

163
19/08/2016 – Fonte: http://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-olimpicos,nadador-norte-americano-pagara-r-35-mil-para-encerrar-
inquerito-sobre-falso-testemunho,10000070587
164
19/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/dirigente-irlandes-do-coi-e-encaminhado-para-
prisao-no-rio.html

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Hickey, suspeito de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos para a Olimpíada, deixou
na quinta-feira (18/08/206) o hospital onde estava internado desde quarta-feira (17/08/2016). Em seguida,
ele prestou depoimento sobre o caso na Delegacia de Defraudações, na Cidade da Polícia. Hickey foi
levado para o Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por ter se sentido mal ao
receber voz de prisão. O dirigente, que também é membro do Comitê Executivo do Comitê Olímpico
Internacional (COI), foi preso por suspeita de facilitar a ação de cambistas, marketing de emboscada e
formação de quadrilha. Ainda segundo o comitê irlandês, Hickey foi levado para prestar depoimento sobre
o caso.
De acordo com as investigações, o esquema do qual o irlandês fazia parte envolvia as empresas Pro
10 e THG e movimentaria mais de US$ 10 milhões (cerca de R$ 32,3 milhões).

Quanto custa uma medalha de ouro – e por que as do Rio 2016 são diferentes165
Elas são os objetos mais desejados nesses dias no Rio de Janeiro, o reconhecimento com o qual
10.500 atletas de 206 países sonham para coroar os esforços de anos de treinamento e dedicação. Os
organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016 encomendaram 2.488 medalhas para recompensar seus
atletas, dos quais 812 são de ouro.
Mas quanto vale uma medalha de ouro da Rio 2016?
Para estimar um valor, a primeira coisa a considerar é que no caso de medalhas olímpicas, nem tudo
que reluz é ouro. Sua composição atual é de 92,5% de prata; 6,16% de cobre e apenas 1,34% de ouro.
O Comitê Olímpico Internacional estabelece que cada medalha de ouro deve conter pelo menos 6
gramas de ouro 24 quilates. As da Rio 2016 pesam cerca de 500 gramas. Seu valor, calculado com base
na sua composição, é de cerca de US$ 600, de acordo com estimativas do Conselho Mundial de Ouro.
As últimas medalhas douradas feitas inteiramente de ouro foram entregues nos Jogos Olímpicos de 1912.

Preços recordes
Uma vez que estas medalhas são entregues, o seu valor de mercado pode ir muito além do custo dos
materiais que a compõem pois tornam-se um objeto precioso para colecionadores. Assim, uma medalha
de ouro de qualquer esporte, mesmo ganha por um atleta pouco conhecido, pode ser vendido a US$ 10
mil em casas de leilão.
Mas se é uma medalha que tem uma história particular que pode torná-la mais valiosa, os números
sobem muito, como foi mostrado pelo US$ 1,47 milhão pago em 2013 pela última das quatro medalhas
de ouro ganhas por Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. O preço foi recorde.

Medalhas ecológicas
As medalhas Rio 2016 foram produzidas pela Casa da Moeda do Brasil. Com um diâmetro de 85 mm
e um peso de 500 gramas são as maiores e mais pesadas da história.
Seu projeto mostra algumas folhas de louro - símbolo da vitória na Grécia antiga - em torno do logotipo
da Rio 2016. Com elas, o objetivo era representar não só excelência atlética, mas também as forças da
natureza e os princípios da sustentabilidade e acessibilidade. As medalhas vêm em uma caixa de madeira
em forma de pedra, que foi certificada pelo Conselho para a Proteção das Florestas, garantindo que o
material procede exclusivamente de florestas que atendam aos mais altos padrões de sustentabilidade.

As medalhas vêm em uma caixa de madeira produzida de forma sustentável (Foto: BBC)

Para fazer isso, exigiu-se o cumprimento dos critérios ambientais rigorosos e de padrões de trabalho.
Por exemplo, no processo de obtenção de ouro foi proibido o uso de mercúrio, um grande poluente.

165
09/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/quanto-custa-uma-medalha-de-ouro-e-por-que-
do-rio-2016-sao-diferentes.html

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Para as medalhas de prata e bronze, 30% do material usado é reciclado. Da mesma forma, metade
do plástico usado para fazer as fitas das medalhas vem de garrafas recicladas.
Quanto às medalhas dos Jogos Paralímpicos, elas vão incorporar um pequeno dispositivo interno que
faz barulho quando elas são sacudidas para ajudar os atletas com deficiência visual a reconhecer o que
ganharam. O ouro é o mais barulhento; o bronze menos.

Ok, eu me rendo à fantasia dos Jogos Olímpicos166


A cerimônia de abertura derreteu até os corações mais cascudos para o que mais interessa: assistir
aos atletas que furam o bloqueio do Brasil real para brilhar durante os Jogos.
O país está cansado de tanto excesso de realidade que tivemos de encarar até aqui com essas
trapaças políticas que nos roubaram a esperança. Mas veio a festa. E a fantasia. A projeção do Brasil
que queremos ser, que acolhe negros, transexuais, e respeita indígenas, ainda que os que se sentaram
nas tribunas de autoridade não deixem que esse país (ainda) utópico aconteça. Ousado ainda para um
país campeão de desmatamento dar lições de preservação do meio ambiente… Mas (ainda) somos a
cultura do contraditório ambulante, e isso nós sabemos desde que nascemos.
A cerimônia de abertura conseguiu ser uma janelinha de calor que derreteu os corações mais
cascudos. O cineasta Fernando Meirelles e a coreógrafa Débora Colker foram de sensibilidade ímpar.
Artistas… justamente os que foram desrespeitados pelo presidente em exercício Michel Temer quando
assumiu o Governo e tentou aniquilar o ministério que os protege.
Não é Temer, não é Dilma Rousseff, não é a corrupção da Odebrecht que devem ser lembrados por
esta abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. Os louros não são deles. Os voluntários que trabalharam de
graça pelo evento, os profissionais que se dedicaram com afinco para fazer uma festa tão bonita são os
verdadeiros merecedores do reconhecimento.

Transatlântico que hospedará time de basquete dos EUA já está no Rio167


O transatlântico Silver Cloud, que atracou neste domingo (31/07/2016) no Píer Mauá, será a casa dos
times masculino e feminino de basquete dos Estados Unidos. São 196 cabines e capacidade para
hospedar até 400 pessoas, mas esse espaço todo ficará só para os jogadores, para a comissão técnica
e para convidados muito especiais. No Píer Mauá, 250 agentes vão estar de olho em cada passo dos
jogadores. A Polícia Federal já começou a patrulhar a Baía de Guanabara para impedir a aproximação
de outras embarcações.

Delegação da Suécia reclama de estrutura e limpeza na Vila Olímpica168


Atletas da delegação da Suécia também reclamaram das instalações da Vila Olímpica, na Zona Oeste
do Rio. Na madrugada desta terça-feira (26/07/2016), eles deixaram o local e reclamaram da estrutura
dos apartamentos. A delegação se queixou da falta de limpeza e de problemas no acabamento dos
apartamentos. Os atletas da Suécia foram de táxi para os hotéis onde vão passar os próximos dias,
enquanto os ajustes são feitos.
No aeroporto Tom Jobim, atletas de vários outros países chegavam para ter o primeiro contato com a
cidade. Nessa madrugada, quem também chegou em solo brasileiro foram os Cubanos. Eles
desembarcaram na Vila Olímpica pouco antes das 3h.

Outras reclamações
O presidente do Comitê Olímpico Argentino (COA), Gerardo Werthein, disse nesta segunda-feira (25)
que a entidade reservou alojamentos fora da Vila Olímpica no Rio de Janeiro para parte da delegação,
por problemas nas instalações de dois dos cinco andares reservados para a equipe.
"Os apartamentos, apesar de terminados por fora e parecerem terminados por dentro, quando são
testados evidenciam alguns problemas que têm a ver basicamente com instalações hidráulicas e elétricas,
que é o final da obra", explicou o dirigente.
A delegação argentina é a segunda a fazer reclamações públicas sobre as condições da Vila: no
domingo, o Comitê Olímpico da Austrália afirmou que o prédio reservado a seus atletas não era seguro.
A 11 dias dos Jogos 2016, 115 das 206 delegações já estão no Rio

166
06/08/2016 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/06/opinion/1470453250_430888.html
167
01/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/transatlantico-que-hospedara-time-de-
basquete-dos-eua-ja-esta-no-rio.html
168
26/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/07/delegacao-da-suecia-reclama-de-estrutura-e-
limpeza-na-vila-olimpica.html

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Com a proximidade da abertura oficial para os Jogos, no dia 5 de agosto, aos poucos os países
participantes vão chegando à cidade. Dos 206 países que participarão do evento, 115 chegaram na
cidade até o fim de segunda-feira (25/07/2016).
O destino da maioria desses atletas é a Vila Olímpica, na Zona Oeste do Rio. A previsão é de que
desembarquem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, cerca de 1.500 pessoas, destes, 450
serão atletas. Ao pisarem no saguão do aeroporto, os turistas têm recebido uma calorosa recepção, que
teve direito até a mascote.

Comitê australiano proíbe que seus atletas se instalem na Vila Olímpica169


O comitê olímpico da Austrália determinou que nenhum atleta do país entrasse hoje na Vila Olímpica.
Os australianos protestam contra o que chamam de uma Vila suja, inacabada, com fiação exposta, água
pingando do teto. O prédio reservado aos australianos, já com faixas com o nome do país, segue vazio.
Na cerimônia de abertura da Vila, todas as perguntas de repórteres e correspondentes estrangeiros
foram sobre as más condições das instalações.
"É natural que se tenha algum tipo de ajuste a fazer, mas nós vamos fazer os australianos se sentirem
em casa aqui. Tô quase colocando um canguru aqui na frente, para pular na frente deles aqui", declarou
o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
A Vila Olímpica tem 31 prédios de 17 andares. São 3.600 apartamentos para 15 mil atletas, de 206
nacionalidades.
"Quando começa a funcionar tudo o que tem dentro dos apartamentos, aparecem problemas", declarou
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio / 2016.
Na rua, em frente à Vila, a chefe da delegação australiana reuniu jornalistas para explicar a decisão
de impedir a entrada dos atletas. Disse que é a quinta Olimpíada dela e que nunca viu tantos problemas
a tão poucos dias dos Jogos. Informou ainda que está acomodando a delegação em hotéis, por enquanto,
e que vai acompanhar dia a dia as condições dos apartamentos na Vila. "Temos esperança de que tudo
vá se resolver, para que tenhamos uma experiência olímpica positiva. É o que todos queremos", disse
ela.
Mais de 500 bombeiros e eletricistas foram contratados pelo comitê organizador, para minimizar os
problemas, que não são exclusividade dos prédios dos australianos. Vários edifícios como o da Austrália
já exibem nomes e bandeiras dos países.
Apesar do constrangimento, de repercussão mundial, uma Vila Olímpica é sempre um espaço de
grande simbolismo para os atletas, ambiente de convívio e confraternização. Com graça e alegria, 30
bailarinos brasileiros se esforçaram para receber bem as delegações, apesar de tudo.
A prefeita da Vila, a medalhista olímpica Janeth Arcain, ex-jogadora de basquete, disse que a situação
deverá ser solucionada em até 48 horas.

Olimpíadas do Rio de Janeiro 2016170


Acontecerão no mês de agosto de 2016 na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), os XXXI Jogos Olímpicos
de Verão. A abertura será realizada no dia 5 de agosto. A cerimônia de encerramento ocorrerá no dia 21
de agosto. O lema dos jogos será "Viva sua paixão". As duas cerimônias acontecerão no Estádio do
Maracanã.
O estádio do Maracanã foi totalmente reformado e modernizado. Sua capacidade atual é de 82.000
espectadores.
As cerimônias de abertura e encerramento serão vistas pela televisão por, aproximadamente, 4,5
bilhões de pessoas no mundo todo (estimativa).
A expectativa é de que participem, nas Olimpíadas 2016, cerca de 10.500 atletas de 206 nações.

Saiba mais:
- Em 14/06/16, foram apresentadas as medalhas que serão distribuídas aos atletas nos Jogos
Olímpicos de 2016. A novidade é que elas são sustentáveis. As medalhas de ouro são totalmente livres
de mercúrio. Já as medalhas de prata e bronze possuem, em sua composição metálica, 30% de material
de origem reciclável.
- Em 2020, as Olimpíadas ocorrerão na cidade do Tóquio (capital do Japão).
- A tocha olímpica foi acessa em 21 de abril de 2016, na cidade de Olímpia (Grécia). A pira olímpica
será acessa em 5 de agosto de 2016, no Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro). A tocha olímpica chegará

169
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/07/comite-australiano-proibe-que-seus-atletas-se-instalem-na-vila-
olimpica.html
170
05/05/2016 – Fonte: http://www.suapesquisa.com/olimpiadas2016/

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ao Brasil em 3 de maio. Em nosso país, será conduzida por 12 mil pessoas, passando por mais de
trezentas cidades.
- Serão disputadas 306 provas com medalhas. Serão 161 provas masculinas, 136 femininas e 9 mistas.
- Antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, serão realizados 39 eventos-teste. Estes tem
como objetivo principal identificar possíveis falhas ou possibilidades de melhorias.
- Outro número que impressiona neste evento é o número de ingressos colocados à disposição: 7,5
milhões.

- Cerca de 45 mil voluntários participarão da organização das Olimpíadas de 2016.


- Haverá pela primeira vez, no Brasil, um álbum de figurinhas dos Jogos Olimpicos. A empresa Panini
deverá dar destaque para os atletas olímpicos brasileiros que participarão das Olimpíadas de 2016.

Campeões das principais categorias do esporte:

MUNDIAL DE VÔLEI (2014)

Masculino: Polônia (2º título)


Feminino: Estados Unidos (1º título)

ARTES MARCIAIS

BOXE
Peso pesado: Deontay Wilder
Meio médio: Floyd Mayweather

UFC:
Peso Mosca: Demetrious Johnson (EUA)
Peso Galo: Dominick Cruz (EUA)
Peso Pena: Conor McGregor (IRL)
Peso Leve: Rafael dos Anjos (BRA)
Peso Meio-médio: Robbie Lawler (EUA)
Peso Médio: Luke Rockhold (EUA)
Peso Médio: Luke Rockhold (EUA)
Peso Pesado: Fabricio Werdum (BRA)

Feminino:
Peso Palha: Joanna Jedrzejczyk (POL)
Peso Galo: Miesha Tate (EUA)

AUTOMOBILISMO
Formula 1:Lewis Hamilton (Inglaterra) (3º Campeonato)
Moto GP: Jorge Lorenzo (Espanha) (3º campeonato)
NASCAR: Kyle Busch
Stock Car: Marcos Gomes

Massa abandona seu último GP do Brasil, vai às lágrimas e é ovacionado171


Felipe Massa terminou o GP do Brasil deste domingo em lágrimas. Não por tristeza pela batida a 23
voltas do fim, mas sim pela emoção de ter disputada sua última corrida em casa pela Fórmula 1, diante
de uma torcida que sempre o tratou com tanto carinho ao longo da carreira. Assim que deixou sua Williams
na subida da reta de Interlagos, o piloto de 35 anos acenou para o público em Interlagos, pegou uma
bandeira do Brasil e a levou às costas.
Chorando, caminhou debaixo de chuva rumo ao pitlane. No trajeto, o brasileiro, muito querido pelo
mundo da F1, recebeu apoio dos torcedores e aplausos também dos mecânicos da Williams e de outras
equipes. Ganhou o carinho da esposa (Raffaela), do filho (Felipinho), do irmão (Dudu) e dos pais (Titônio
e Ana Elena).

171
13/11/2016 fonte: http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2016/11/massa-abandona-seu-ultimo-gp-do-brasil-se-emociona-
e-vai-lagrimas.html

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– Não esperava. É uma emoção difícil de explicar. É um momento único, especial. Peço desculpas
pelo resultado, não era o que eu queria. Eu gostaria de ter acabado a corrida. O dia de hoje,
independentemente do resultado que não era o que eu gostaria, vai ser inesquecível para a minha vida.
Penso em tudo. É um momento do final. Uma carreira pela qual sou muito orgulhoso de tudo o que passei,
que vivi – foram algumas das primeiras palavras.
Depois da breve entrevista, por precaução, ele teve que passar pelo centro médico do autódromo. A
batida que antecipou o final de sua prova – e a despedida de Interlagos dentro do cockpit de um Fórmula
1 –, no entanto, não lhe causou dano algum à saúde, e ele rapidamente seguiu ao paddock, onde foi mais
uma vez reverenciado. Desta vez por repórteres estrangeiros que o acompanham em todo o circuito.
– Muito obrigado – respondeu, em inglês, virando-se para os jornalistas.
Na primeira pergunta, voltou a se emocionar. Mesmo na entrevista seguinte, já em português, a voz
ainda custava a firmar.
– É difícil conter a emoção. Fico chateado em não ter terminado a corrida, queria dar meu melhor para
a torcida, que sempre me apoiou em cada momento. Deus sabe o que faz. É difícil explicar esse carinho
não só da torcida, mas de todas as pessoas desse paddock aqui. Só agradeço, é um dia que nunca vou
esquecer na minha vida. Obrigado por terem torcido por mim – comentou o piloto, ao lembrar que não
está se aposentando.
– Espero correr em outra categoria. Mas (se despedir daqui) pela Fórmula 1 é algo muito especial. O
carinho da torcida descendo do carro me dá muito orgulho de ser brasileiro. Mostro, sem vergonha
nenhuma, a bandeira do meu país, num momento não fácil como é esse do Brasil. No esporte é bacana
a gente conseguir representar e mostrar quem somos. Vou sempre torcer pelo melhor do meu país e o
melhor das pessoas.
Mais tarde, nas redes sociais, o brasileiro agradeceu: "Obrigado, Deus. Obrigado a todos. Não
encontro palavras para expressar o sentimento que vocês me fizeram sentir. Um dia inesquecível".
O vencedor da prova foi o britânico Lewis Hamilton, que assim evitou o título do alemão Nico Rosberg,
segundo a cruzar a linha de chegada – o holandês Max Verstappen, da RBR, completou o pódio ao lado
da dupla da Mercedes. O brasileiro Felipe Nasr, que recebeu um forte abraço de Massa, levou sua Sauber
ao nono lugar. A decisão do Mundial de Pilotos fica para a última etapa, no dia 27 de novembro, em Abu
Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

A Era Tite - Jogo 6. Competência e técnica para controlar a pressão e ganhar mais uma172
Mais uma vitória da seleção comandada por Tite, agora com um 2 a 0 sobre a seleção peruana. No
jogo, o Brasil soube controlar a pressão do adversário no início dos dois tempos para conseguir o triunfo
fora de casa, fazendo seus gols na etapa final.
Como esperado, a seleção peruana, precisando da vitória e empolgada com a goleada sobre o
Paraguai, começou pressionando o Brasil. Usando a velocidade e com Cueva conseguindo fugir da
marcação brasileira, os peruanos criaram sua melhor chance na etapa inicial, com Carrillo acertando a
trave brasileira.
Mesmo sem conseguir trocar passes seguidos, o Brasil, em um contra-ataque puxado por Neymar,
criou uma grande chance, com uma boa finalização de Paulinho, que apareceu dentro da área peruana.
A partir dessa jogada, a seleção brasileira começou a dominar a partida.
O time acertou a marcação, começou a ter a posse de bola e ficava no campo de ataque. Com boas
jogadas pela direita, com a movimentação de Phillippe Coutinho se deslocando para o meio e Renato
Augusto caindo pelo lado direito. Foi com o camisa 8 (foto) caindo pelo setor que a seleção criou boa
oportunidade.
Mesmo dominando a partida, o Brasil finalizou pouco e até o final da etapa inicial, no período só criou
uma grande oportunidade, em uma cabeçada de Fernandinho, após a cobrança de um escanteio. Ou
seja, com os homens de ataque marcados, o Brasil teve chances quando teve seus apoiadores
aparecendo no campo de ataque.
Para o início do segundo tempo, como no início do jogo, os peruanos tentaram pressionar e o Brasil
controlava a pressão do adversário tocando a bola. Com volume de jogo e boas jogadas individuais de
Phillippe Coutinho, a seleção rondava a área peruana e na primeira chance finalização Gabriel Jesus
acertou uma belo chute no contrapé do arqueiro e fez Brasil 1 a 0.
Com a vantagem brasileira no placar, os peruanos no desespero cruzavam muitas bolas para a área
brasileira, dando alguns sustos e exigindo uma boa defesa de Alisson.

172
16/11/2016 Fonte: http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/peron-na-arquibancada/post/era-tite-jogo-6-competencia-e-tecnica-
para-controlar-pressao-e-ganhar-mais-uma.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Havia espaço para o Brasil usar os contra-ataques. Faltava acertar uma jogada para decidir o jogo.
Neymar acertou um chute no travessão e minutos depois, Gabriel Jesus recebeu livre na grande área e
com um passe perfeito deixou Renato Augusto, apoiando mais uma vez pela direita, marcar o segundo
gol brasileiro.
Com seis vitórias conseguidas no espaço de dois meses, o Brasil termina o ano bem próximo de
garantir uma vaga para a próxima Copa do Mundo. Agora, eliminatórias apenas em março do próximo
ano.

Brasil de Tite volta a ganhar rumo ao Mundial 2018


O Brasil reforçou a liderança da zona sul-americana de apuramento para o Mundial de futebol de 2018,
ao vencer por 2-0 no Peru, com o jovem Gabriel Jesus em destaque, no fecho da 12ª jornada.
O jogador do Palmeiras, de 19 anos, já contratado para rumar aos ingleses do Manchester City em
janeiro, inaugurou o marcador, aos 58 minutos, e assistiu Renato Augusto para o segundo, aos 68.
Na formação da casa, o benfiquista Andre Carrillo foi titular e rematou ao poste esquerdo logo aos sete
minutos, acabando por ser substituído aos 62.
Com este resultado, o "escrete canarinho" manteve-se 100 por cento vitorioso na "era Tite", com seis
triunfos em seis encontros, e reforçou a liderança na América do Sul, agora com 27 pontos, mais quatro
do que o Uruguai, segundo classificado.

Avião da Chape cai, e autoridades informam: 71 mortos e 6 sobreviventes173


Uma tragédia no futebol mundial e especialmente brasileiro. O avião que transportava a delegação da
Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional fez um
pouso forçado na madrugada desta terça-feira na região de Antióquia, em gravíssimo acidente na
Colômbia. Segundo informações do chefe da polícia colombiana, José Acevedo, 71 pessoas morreram e
seis sobreviveram. O zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o goleiro Follmann estão entre os
sobreviventes, sendo que Follmann teve uma perna amputada. Os outros três que escaparam vivos da
tragédia são o jornalista Rafael Henzel e dois integrantes da tripulação: Ximena Suárez e Erwin Tumiri. O
goleiro Danilo chegou a ser resgatado com vida, mas de acordo com informações do SporTV, não resistiu.
Inicialmente, as autoridades informaram que eram 75 mortos, mas quatro pessoas não chegaram a
embarcar.
A delegação da Chapecoense saiu de Guarulhos para a Bolívia em voo comercial com 72 passageiros
e nove tripulantes. Após escala técnica, deixou Santa Cruz de La Sierra em direção a Medellín. Quando
sobrevoava as cidades colombianas de La Ceja e Abejorral, perdeu contato com a torre de controle do
aeroporto José Maria Córdova. A causa do acidente teria sido uma pane elétrica. De acordo com a
imprensa local, o piloto teria liberado combustível para evitar explosão após o pouso forçado.
A delegação viajaria diretamente para Medellín em um voo fretado, o que foi desautorizado pela
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Assim sendo, o time foi forçado a mudar seus planos e
embarcar primeiro para São Paulo. De lá, pegou o voo para a cidade colombiana.
O local da queda do avião é de difícil acesso. Além disso, o mau tempo na região metropolitana de
Medellín, além da baixa temperatura - 5º C durante a madrugada, atrapalhou ainda mais o resgate. Dois
helicópteros da força aérea do país sobrevoam a área para auxiliar no trabalho das equipes de resgate.
De acordo com informações fornecidas pelo aeroporto José Maria Córdova, a aeronave perdeu contato
com a torre de controle às 21h33 locais (0h33 de Brasília) e caiu às 22h15 (01h15 de Brasília).
"O Comitê Operativo de Emergência do aeroporto José Maria Córdova informa que às 10 horas da
noite uma aeronave com matrícula CP2933 proveniente de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, da
empresa Lamia Corporation, com matrícula boliviana se declarou em emergência entre o município de
Ceja e La Union, a aeronave se declarou com falhas elétricas, segundo foi informado a Torre de Controle
da Aeronáutica".
Devido ao difícil acesso e às condições climáticas de baixa visibilidade, está sendo difícil o trabalho de
resgate dos feridos. Autoridades locais pedem aos moradores da região que possuam camionetes 4x4
que auxiliem na busca das vítimas. Residentes dos arredores dizem não ter ouvido estrondos de queda.
Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a
partida, duelo de ida pela final da Sul-Americana, que estava marcada para quarta-feira às 21h45 (de
Brasília) em Medellín.

173
29/11/2016 Fonte: http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/chapecoense/noticia/2016/11/imprensa-colombiana-diz-que-aviao-que-
transporta-chape-esta-desaparecido.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
“A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma que há sido notificada por autoridades
colombianas que o avião em que viajava a delegação do Atlético Chapecoense do Brasil sofreu um
acidente em sua chegada à Colômbia. Estamos em contato com as autoridades e à espera de
informações oficiais. A família Conmebol lamenta enormemente o ocorrido. Todas as atividades da
Confederação ficam suspensas até novo aviso.”

Confira a lista dos jogadores que viajaram para a Colômbia


Jogadores
Goleiros: Danilo e Follmann;
Laterais: Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo;
Zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto;
Volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco;
Meias: Cleber Santana e Arthur Maia;
Atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.

Comissão técnica
Treinador - Caio Júnior
Auxiliar técnico - Duca
Preparador Físico - Anderson Paixão
Preparador de Goleiros - Boião
Fisiologista - Cezinha
Médico - Dr. Marcio
Fisioterapeuta - Rafael Gobbato
Analista de Desempenho - Pipe Grohs

Veja abaixo a lista com os profissionais de imprensa que estavam no voo:


Victorino Chermont (FOX), Lilacio Pereira Jr. (FOX), Rodrigo Santana Gonçalves (FOX),Deva
Pascovicci (FOX), Mário Sérgio (FOX), Paulo Julio Clement (FOX), Guilherme Marques (TV Globo),
Guilherme Van der Laars (TV Globo), Ari de Araújo Jr. (TV Globo), Laion Espíndola (GloboEsporte.com),
Giovane Klein Victória (RBS), André Podiacki (RBS), Bruno Mauri da Silva (RBS), Djalma Araújo Neto
(RBS), Gelson Galiotto (Rádio Super Condá), Edson Luiz Ebeliny (Rádio Super Condá), Fernando
Schardong, Douglas Dorneles (Rádio Chapecó), Jacir Biavatti, Renan Agnolin (Rádio Oeste Capital).

Chape é declarada campeã e garante ao menos US$ 4,8 mi em premiações174


A Conmebol definiu nesta segunda-feira, em reunião virtual, por teleconferência, que a Chapecoense
é a campeã da edição de 2016 da Copa Sul-Americana. A decisão já estava tomada desde a última
quinta-feira, como revelado pelo GloboEsporte.com, e foi oficializada em reunião virtual do Conselho da
entidade – que tem representantes dos 10 países sul-americanos.
A decisão foi comunicada pela Conmebol em seu site oficial. A nota publicada pela confederação diz
que a Chapecoense "receberá todas as honras e prerrogativas de campeão da Copa Sul-Americana de
2016". O texto reconhece o Atlético Nacional como vice-campeão da competição.
Além disso, o clube colombiano receberá o prêmio "Centenário da Conmebol ao Fair Play", pela atitude
de ter pedido o título para a Chapecoense.
A Chape, que na semana passada perdeu jogadores, comissão técnica e dirigentes na tragédia da
Colômbia, agora tem vaga garantida na Recopa Sul-Americana de 2017 (que disputará contra o Atlético
Nacional de Medellín em data a ser definida) e na fase de grupos da Taça Libertadores do ano que vem.
A decisão da Conmebol reforça as finanças da Chape. Pelo título da Sul-Americana, o clube
catarinense vai receber premiação de US$ 2 milhões (R$ 6,86 milhões). Pela vaga na Recopa, mais US$
1 milhão (R$ 3,43 milhões). A participação na Libertadores renderá ainda mais US$ 600 mil (pouco mais
de R$ 2 milhões) por jogo como mandante. Como fará ao menos três partidas na fase de grupos, o time
catarinense já garantiu US$ 1,8 milhão (R$ 6,17 milhões).

174
05/12/2016 Fonte: http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/chapecoense/noticia/2016/12/chape-e-declarada-campea-e-garante-
ao-menos-us-48-mi-em-premiacoes.html

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EDUCAÇÃO

Alunos gays sofrem mais agressão do que héteros, diz estudo nos EUA175
Uma pesquisa nos Estados Unidos mostrou que a probabilidade de um ou uma adolescente sofrer
estupro ou agressão durante um encontro romântico é mais alta se a vítima for gay, lésbica e bissexual,
em comparação com os demais estudantes de high school (o equivalente ao ensino médio nos EUA). A
pesquisa, feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) é a primeira
em âmbito nacional feita sobre esse tema, e foi divulgada em agosto.
O estudo ouviu, de forma anônima, mais de 15 mil jovens numa escala nacional. Os dados levantados
a partir da resposta dos adolescentes mostram, por exemplo, que cerca de um terço dos estudantes LGBT
sofreram bullying no colégio, contra cerca de 20% dos estudantes héteros. A taxa de tentativas de suicídio
nos 12 meses anteriores à pesquisa foi de cerca de 25% entre os homossexuais, quatro vezes mais alta
que entre os heterossexuais. A taxa de adolescentes que relataram ter sofrido um estupro em algum
momento da vida também foi quatro vezes mais alta entre gays, lésbicas e bissexuais do que entre
adolescentes heterossexuais.
Os resultados são semelhantes a levantamentos de menor abrangência e dados levantados por grupos
de lobby, mas essa é a primeira pesquisa feita pelo governo norte-americano para abordar essas
questões em todo o país.
Durante anos, grupos e ONGs têm dito que a frequência de bullying e ostracismo é maior entre
adolescentes gays e lésbicas, e que eles sofrem maior risco de enfrentar muitos outros problemas. Mas,
antes, as pesquisas governamentais eram limitadas a poucas cidades e estados. A nova pesquisa inclui
também estudantes de áreas rurais e outras partes dos Estados Unidos.

Enquete nacional
Os resultados da pesquisa estão baseados em respostas de cerca de 15.600 estudantes em uma
enquete anônima conduzida no ano passado pelo CDC. O relatório foi divulgado na última quinta-feira
(11/08/2016).

Veja alguns dos dados levantados pelo CDC:


- Quase um em cada cinco estudantes gays, lésbicas e bissexuais afirmaram que sofreram estupro
em algum momento de suas vidas, em comparação com um em cada 20 estudantes heterossexuais
- Quase um em cada cinco estudantes gays, lésbicas e bissexuais que foram a um encontro romântico
com alguém no ano passado afirmaram que sofreu uma agressão física do par, como ser empurrado
contra uma parede ou apanhado. Isso é mais do que o dobro do reportado pelos jovens héteros.
- Um em cada três disse que sofreu bullying na escola, contra um em cada cinco estudantes
heterossexuais.
- Mais de um em cada dez disse que perdeu aulas no último mês por preocupação com sua segurança.
Menos de um em cada 20 heterossexuais afirmaram o mesmo.
- Mais de um em cada quatro estudantes LGBT disseram que tentaram suicídio nos últimos 12 meses.
Em comparação, cerca de um em cada 16 alunos heterossexuais admitiram ter tentado se matar
recentemente.

Escola de ensino integral é modelo na superação da desigualdade, mostra pesquisa176


Pesquisa que mapeou escolas brasileiras e estrangeiras mostra que o ensino integral no ensino médio
ajuda a superar as desigualdades em questões como inclusão social, autonomia, etnia, raça, gênero e
sexualidade. O estudo foi divulgado hoje (02/08/16), na capital paulista, durante o Seminário Internacional
Educação Integral e Ensino Médio: Desafios e Perspectivas na Garantia da Equidade, promovido pelo
Centro de Referências em Educação Integral, Instituto Unibanco e Cidade Escola Aprendiz.
Foram selecionadas 29 escolas (12 delas estrangeiras), que se destacaram pela qualidade na
educação ao vencer prêmios ou por indicação de secretarias municipais e estaduais de educação. Os
pesquisadores escolheram instituições de países como Estados Unidos, Afeganistão, Peru e Argentina.
A partir das conclusões do estudo, foram elaboradas 92 recomendações para as escolas interessadas
em introduzir o ensino integral. Além de derrubar preconceitos, os pesquisadores recomendam o
fortalecimento da autonomia do estudante, a possibilidade de intervir no seu próprio currículo escolar, nas
decisões da escola e a promoção da diversidade.

175
16/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/alunos-gays-sofrem-mais-agressao-do-que-heteros-diz-estudo-nos-eua.ghtml
176
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-08/escola-de-ensino-integral-e-modelo-na-superacao-da-
desigualdade-diz

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PARA QUE SERVE O ENEM?177
Criado para avaliar os conhecimentos dos estudantes que concluíram o ensino médio, a prova agora
também substitui vestibulares no acesso a instituições federais de ensino superior. No entanto, essa não
é sua única função.
As notas do Enem são usadas por quem tem mais de 18 anos para obter a diploma do ensino médio.
Também são exigidas para o candidato que pretende uma bolsa de estudos pelo ProUni ou financiamento
estudantil pelo Fies.
O Ciência sem Fronteiras é outro programa federal que pede boas notas no exame nacional como
critério de seleção.
Veja abaixo as funções do Enem e suas regras:

SELEÇÃO PARA UNIVERSIDADES


As notas do Enem são usadas para selecionar alunos para as vagas em universidades federais e
outras instituições de ensino.
As universidades podem usar o Enem como único método de seleção, pelo Sistema de Seleção
Unificada (Sisu), ou fazer uma combinação entre as notas do Enem e seu vestibular próprio. O Sisu já
recebeu a adesão da maioria das universidades e institutos federais e, na última edição, ofereceu mais
de 205 mil vagas.

PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI)


Para disputar uma bolsa de estudos do Prouni, que varia de 50% a 100% do curso de uma instituição
de ensino superior privada, o candidato precisa ter obtido nota mínima de 450 pontos no Enem e não
pode ter zerado a redação. Na última edição do programa, foram ofertadas 213.113 bolsas em 1.117
instituições.

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES)


Estudantes que concluíram o ensino médio a partir de 2010 e querem solicitar o Fies devem ter feito
Enem, caso contrário, não poderão solicitar o benefício. A partir deste ano, o candidato precisa ter obtido
450 pontos no exame nacional e não pode ter zerado a redação.
Pelo Fies é possível financiar os cursos de graduação bem avaliados junto ao MEC. A taxa de juros é
de 3,4% ao ano para todos os cursos. Ele pode ser solicitado pelo estudante em qualquer etapa do curso
e em qualquer mês.

SELEÇÃO PARA ENSINO TÉCNICO (SISUTEC)


Quem estiver interessado em uma vaga gratuita de cursos técnicos oferecidos em instituições públicas
e privadas pelo Sisutec deverá ter feito as provas do Enem. As notas no exame serão usadas para
classificação dos concorrentes.

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS


O programa do governo federal oferece bolsas de estudo para intercâmbios no exterior destinado a
alunos de graduação e pós. Para participar da seleção de bolsas durante a graduação, é preciso ter feito
qualquer edição do Enem a partir de 2009 e conseguido a média mínima de 600 pontos. Os candidatos
também são avaliados de acordo com seu aproveitamento acadêmico na universidade.

CERTIFICAÇÃO DO ENSINO MÉDIO


Quem tem no mínimo 18 anos e não concluiu o ensino médio pode conseguir a certificação por meio
do Enem. A pontuação mínima é 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e 500 pontos na
redação.

Pronatec terá 2 milhões de vagas em 2016 e governo vai criar 'MECFlix'178


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira (09/03/2016) que o governo vai
ofertar neste ano 2 milhões de vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec). O número é maior do que oferecido no ano passado, quando foram disponibilizadas 1,3 milhão
de matrículas.

177
05/04/2016
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/enem/2016/noticia/2016/04/mec-lanca-hora-do-enem-programa-de-tv-e-plataforma-de-estudos.html
178
09/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/03/pronatec-vai-ofertar-2-milhoes-de-vagas-neste-ano-diz-mercadante.html

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Mercadante anunciou ainda que, neste ano, haverá uma versão do Pronatec destinada à educação de
jovens e adultos (EJA), onde os alunos poderão concluir o ensino médio e fundamental junto com a
qualificação profissional.
Além disso, neste ano, segundo o ministro, os estudantes poderão fazer cursos do Pronatec à
distância. O MEC vai criar uma plataforma chamada de MECFlix, em parceria com mais de 30 TVs
públicas pelo país, para transmitir aulas, permitir orientação dos professores e diálogo entre os alunos.

Vagas do Pronatec regular


Segundo o MEC, do total de vagas regulares para este ano, aproximadamente 1,6 milhão serão em
cursos de qualificação profissional de curta duração (até dois meses), enquanto as outras cerca de 400
mil serão disponibilizadas em cursos técnicos, de duração maior (dois a três anos).
Mercadante disse que o número mostra um “saldo extraordinário” para o programa. “Mostrando que é
possível fazer mais e melhor do que estávamos fazendo. São 2 milhões de matrículas para este ano, o
que mostra um grande êxito do programa e medidas inovadoras”, declarou.
No ano passado, os cursos mais procurados foram de técnico em informática, técnico em segurança
do trabalho e técnico em logística. Já nos casos de qualificação profissional, os cursos mais procurados
foram operador de computador, assistente administrativo e horticultor orgânico.
No ano passado, o programa, uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff na eleição
de 2014, teve dificuldades financeiras e alguns professores tiveram seus salários atrasados. Além disso,
no ano passado o Ministério da Fazenda divulgou estudo, rebatido pelo MEC, que aponta que as
beneficiados por cursos não tiveram vantagem para se inserir no mercado de trabalho perante aqueles
que não participaram do programa.

Objetivos do Pronatec
O Pronatec é um programa voltado para a capacitação profissional técnica de jovens e adultos. Foi
criado em 2011, no primeiro mandato da presidente Dilma, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos,
com a meta de criar 8 milhões de vagas até o fim de 2014.
Em junho de 2014, o governo anunciou uma nova fase do programa, com a meta de gerar mais 12
milhões de matrículas até 2018. No evento, também foi divulgado o balanço do Pronatec até aqui,
segundo o qual foram geradas 9,4 milhões de matrículas entre 2011 e 2015, em 4,3 mil municípios.

Meta
Após a cerimônia no Planalto, Mercadante concedeu entrevista à imprensa. Perguntado sobre se o
governo mantém a previsão de ofertar 12 milhões de vagas no Pronatec até 2018, como foi anunciado
em 2014, Mercadante disse que não pode dizer o que acontecerá até lá “diante do atual cenário em que
estamos”.
“O que eu posso garantir é que em 2016 nós teremos 2 milhões de matrículas. […] Vamos ter 2 milhões
neste ano e vamos aguardar a economia. E eu acredito que a economia vai se recuperar, a receita vai
melhorar e nós poderemos acelerar o programa”, declarou.
“Mesmo em quadro de crise, temos de eleger prioridades e o Pronatec é prioridade. Se não formarmos
com mais qualificação profissional, com mais formação técnica, nós não aumentamos a produtividade e
a competitividade da economia”, acrescentou.

Tribunal de SP vai auditar contratos da merenda após suspeita de fraude179


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) instaurou auditoria para apurar supostas
irregularidades na utilização de recursos da merenda escolar. Os contratos do governo Geraldo Alckmin
(PSDB) e de municípios paulistas com a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) investigados por
fraude serão auditados.
A fraude na compra de alimentos para a merenda é investigada pela Polícia Civil e o Ministério Público
Estadual de São Paulo. O tamanho do desvio ainda não foi identificado, mas as suspeitas recaem sobre
contratos feitos com creches e escolas públicas de ao menos 19 cidades nos últimos dois anos. Entre os
investigados, estão o presidente da Assembleia Paulista, Fernando Capez (PSDB) e o ex-chefe de
gabinete da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
Como se trata de auditoria extraordinária, o TCE pode solicitar informações de quaisquer órgãos que
estejam envolvidos no sentido de trazer dados e esclarecimentos para subsidio da fiscalização.

179
09/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/03/tribunal-vai-auditar-contratos-da-merenda-de-sp-apos-suspeita-de-fraude.html

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O TCE oficiou o procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, o secretário da Segurança, Alexandre
de Moraes, e o secretário da Educação, José Renato Nalini, para que compartilhem informações com o
órgão.
O TCE também pediu informações aos ministérios da Educação e da Justiça e à Controladoria-Geral
da União, que também abriram procedimento investigativo.
O conselheiro relator designado, Edgard Camargo Rodrigues, coletará as informações e encaminhará
para o Departamento de Fiscalização, onde cada caso será analisado e checado.
Depois da auditoria, o processo será julgado pelo plenário do órgão. Não há prazo para o julgamento.

Esclarecimentos
O TCE deu prazo de 15 dias para que o secretário Nalini preste esclarecimentos sobre o fornecimento
de merenda em escolas estaduais. Desde o retorno às aulas, algumas unidades da Grande São Paulo e
interior paulista passaram a oferecer achocolatado, bolachas ou bolinhos industrializados no lugar
de comida, como arroz e feijão, para os alunos, segundo informou o SPTV.
No despacho publicado nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial do Estado, o conselheiro do TCE-SP
Antonio Roque Citadini cita algumas questões relatados por pais e alunos, como alteração no cardápio
após a volta às aulas em 2016, a não renovação do convênio do governo com prefeituras por causa do
baixo valor de repasse estadual, e o fato de administrações municipais terem assumido integralmente o
fornecimento da merenda.
O Tribunal de Contas pediu a confirmação, por parte da Secretaria da Educação, sobre a mudança no
cardápio desde o início do ano, cobrando justificativas para a alteração e se ela atinge todas as cidades
conveniadas. O TCE pediu também a lista de cidades conveniadas, a situação de cada uma delas, se há
diferença no valor repassado ao município.
O despacho solicita ainda explicações sobre como é operado o fornecimento da merenda escolar aos
alunos da rede estadual, se há alguma diferença no procedimento quando é feito convênio com a
Secretaria, qual o valor recebido do repasse federal por aluno e por tipo de refeição, a periodicidade desse
repasse.
A Secretaria de Estado da Educação informou, por meio da assessoria de imprensa, que está à
disposição do Tribunal de Contas e que prestará todos os esclarecimentos solicitados.

Reforço do lanche
Escolas estaduais de São Paulo que estão oferecendo achocolatado, bolachas ou bolinhos
industrializados no lugar de comida na merenda estão pedindo para que pais dos alunos da Grande São
Paulo enviem lanches de casa para reforçar a alimentação das crianças no período de aula. As
informações foram divulgadas pelo SPTV há uma semana.
Em nota, a Secretaria diz que as escolas estaduais Benedito Fagundes Marques, Doutor Nelson
Manzanales e Professora Mercedes Valentina Giannocario, citadas em reportagens do SPTV, já servem
merenda manipulada. "Com relação a Escola Estadual José Borges Andrade, a Diretoria de Ensino Leste
2 esclarece que a empresa prestadora do serviço teve o contrato descontinuado por não cumprir os pré-
requisitos legais. Por isso, a Diretoria precisou abrir uma nova licitação que será realizada no dia 8 de
março. Até lá, os alunos recebem merenda que não necessita de manipulação, mas com valor nutritivo
como, lanches, suco, leite achocolatado, bolo e frutas", diz a nota.

MP da reforma do ensino médio tem vigência prorrogada por 60 dias180


Medida Provisória 746 que institui a reforma do ensino médio teve sua vigência prorrogada pelo
período de 60 dias. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16).
A proposta da reforma foi apresentada pelo governo federal no dia 22 de setembro. Por ser uma
medida provisória, ela passa a entrar em vigor imediatamente após a sua edição pelo Executivo. Mas,
para virar lei em definitivo, precisa ser analisada em uma comissão especial do Congresso e depois
aprovada pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias para não perder a validade.
Um dos programas da MP prevê apoiar a criação de novas 257.400 vagas no ensino médio integral
em até 572 escolas públicas brasileiras. Atualmente, o país já tem 384.635 estudantes cursando o ensino
médio regular em tempo integral, o que representa 5,6% do total de matrículas.
O projeto de reforma do ensino médio é alvo de críticas de especialistas e recebeu mais de 500
emendas. Estudantes de todo o país ocuparam instituições de ensino em protesto ao projeto. O Ministério
da Educação adiou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 405 que estavam ocupadas por este
motivo. Mais de 270 mil alunos inscritos nestes locais farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro.

180
16/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/mp-da-reforma-do-ensino-medio-tem-vigencia-prorrogada-por-60-dias.ghtml

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Polêmica
Um dos pontos mais polêmicos propostos pelo governo é que o conteúdo obrigatório será diminuído
para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências
humanas e formação técnica e profissional.
O objetivo do governo federal é incentivar que as redes de ensino ofereçam ao aluno a chance de dar
ênfase em alguma dessas cinco áreas. Já entre os conteúdos que deixam de ser obrigatórios nesta fase
de ensino estão artes, educação física, filosofia e sociologia. Entretanto, o conteúdo dessas disciplinas
não será propriamente eliminado, mas o que será ensinado de cada uma delas dependerá do que estiver
dentro do conteúdo obrigatório previsto na futura Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O segundo destaque da reforma será o aumento da carga horária. Ela deve ser ampliada
progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800, de acordo com o MEC.
Com a medida, a intenção do Ministério da Educação é incentivar o ensino em tempo integral, e para isso
prevê programa específico com R$ 1,5 bilhão para incentivar que escolas adotem o ensino em tempo
integral.

VEJA ABAIXO OS DESTAQUES DA REFORMA


Áreas de concentração e ensino técnico
A medida provisória prevê que o currículo do ensino médio será definido pela Base Nacional Comum
Curricular. A reforma dá opção para que as escolas ofereçam aos alunos cinco possibilidades de áreas
nas quais queiram empregar mais tempo. São os chamados "itinerários formativos": linguagens,
matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
Entretanto, vale a ressalva de que a medida provisória não dá diretamente ao aluno a chance de
escolher sua área de concentração. Isso vai depender de como cada sistema de ensino (escolas
estaduais ou da rede privada) vai elaborar seu próprio currículo. Por exemplo, pode ser que o aluno queira
optar por concluir o ensino médio com ênfase na formação técnica e profissional, mas dependerá de a
rede estadual oferecer essa formação.

Quando entra em vigor?


Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, diz que a primeira turma ingressando no novo
modelo poderia ser em 2018. O ministro da Educação, Mendonça Filho, diz que não há um prazo máximo
para que todos os estados estejam no novo modelo, e diz que espera que haja uma demanda dos próprios
estados para acelerar o processo.
Apesar de depender da aprovação da BNCC, o MEC ainda faz a ressalva de que a MP já terá valor de
lei e que escolas privadas e redes estaduais já podem fazer adaptações seguindo os seus currículos já
em vigor.

Aumento da carga horária


A carga horária mínima deve ser progressivamente ampliada para 1.400 horas. Antes, a LDB
estabelecia em 800 horas anuais, distribuídas em um mínimo de 200 dias letivos. A MP não estabelece
o mínimo de dias letivos.
Além disso, o texto não especifica prazos para que essa ampliação da carga horária aconteça. Em
outro artigo, a MP ainda limita em 1.200 horas a carga horária total (dos três anos do ensino médio) que
as escolas devem dedicar ao ensino do currículo definido pela Base.
Segundo Maria Helena Guimarães, secretária-executiva do MEC, metade da carga horária de todo o
ensino médio deverá ser usada no conteúdo obrigatório que será determinado pela Base Nacional.

Inglês passa a ser obrigatório


O ensino da língua inglesa passa a ser obrigatória a partir do sexto ano. Antes, era obrigatória a
inclusão de uma língua estrangeira moderna a partir do quinto ano. A escolha do idioma, até então, era
de responsabilidade da "comunidade escolar". O ensino de um segundo idioma, preferencialmente o
espanhol, deverá ser optativo.

Vestibulares - seleção para universidades


Os vestibulares deverão cobrar apenas o que for determinado pela Base Nacional Comum Curricular.
"(O processo seletivo) considerará exclusivamente as competências, as habilidades e as expectativas de
aprendizagem das áreas de conhecimento definidas na Base Nacional Comum Curricular", afirma o texto
da MP.
Atualmente, as universidades são livres para definir que conteúdos que exigem das provas para
selecionar os calouros, levando em consideração o impacto da exigência no ensino médio.

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Professores sem diploma específico
A MP vai permitir que profissionais com notório saber, que seja reconhecido pelos respectivos sistemas
de ensino, possam dar aulas de conteúdos de áreas afins à sua formação.
Artes, educação física, filosofia e sociologia
Na versão anterior da LDB, o ensino de artes e de educação física estava explicitamente previsto em
todas as etapas da educação básica (infantil, fundamental e médio). Agora, a MP prevê que o ensino
dessas duas disciplinas será obrigatório apenas nos ensinos infantil e fundamental.
Ou seja, no ensino médio, o ensino dessas disciplinas vai depender do que será incluído dentro do
conteúdo obrigatório da BNCC. O mesmo acontece com as disciplinas de filosofia e sociologia: um inciso
da lei indicava que o ensino delas era obrigatório nos três anos do ensino médio. A MP derrubou esse
inciso.
O texto da medida provisória é explícito agora apenas em relação a duas disciplinas: "o ensino de
língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio", afirma o texto.

Prazos de implantação
O MEC ressaltou que a previsão é que as primeiras turmas a adotarem o novo modelo sejam as que
ingressarem em 2018.
Além disso, a MP dá o prazo de dois anos, após a publicação do texto, para que os currículos dos
cursos de formação de professores tenham por referência Base Nacional Comum Curricular.
A MP estipula que a carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não
poderá ser superior a mil e duzentas horas da carga horária total do ensino médio. Essa mudança deve
ser implementada no segundo ano letivo após a data de publicação da Base.

Incentivo ao ensino médio integral


O documento institui uma política de incentivo financeiro às escolas de ensino médio em tempo integral
que forem implementadas a partir da medida provisória. O Ministério da Educação transferirá recursos
para os Estados e para o Distrito Federal, anualmente, por no máximo quatro anos para cada escola. O
objetivo é que os colégios possam bancar as despesas – é permitido, também, investir na expansão da
merenda escolar.
Os valores serão repassados por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com a MP, ainda não foi definida a quantia que será transferida às escolas. Ela vai variar de
acordo com o número de alunos que estudam na instituição de ensino beneficiada. Os colégios serão
obrigados a comprovar, sempre que pedido, como estão administrando o dinheiro recebido.

Nível de escolaridade dos pais influencia rendimento dos filhos181


O nível de escolarização dos pais influencia na formação profissional e nos rendimentos dos filhos. É
o que apontam os dados suplementares da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de
2014 divulgada nesta quarta-feira (16/11/2016) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento considerou diversos indicadores relacionados ao grau de instrução, formação
profissional e renda dos pais para analisar a mobilidade sócio-ocupacional dos filhos. “A estrutura familiar
parece ter uma importância muito grande em relação tanto ao nível de instrução dos filhos quanto aos
índices de alfabetização”, disse a gerente da pesquisa, Flávia Vinhaes.
O levantamento abrange entrevistas realizadas em 2014 com 58 mil pessoas de 16 anos ou mais.
Foram consideradas as posicionais sócio-ocupacionais dos pais e mães quando os entrevistados tinham
15 anos de idade.
De acordo com a pesquisa, o rendimento dos filhos está associado ao grau de escolaridade dos pais.
Em 2014, a média de rendimentos do trabalho de pessoas com nível superior completo cujas mães não
tinham instrução era de R$ 3.078, chegando a R$ 5.826 para aquelas com mães com ensino superior
completo.
Já em relação ao pai, o rendimento médio do trabalho de pessoas com nível superior era de R$ 2.603
quando o pai não tinha instrução, chegando a R$ 6.739, no caso de pessoa cujo pai tinha nível superior.
Para pessoas com ensino médio completo, o rendimento médio variava de R$ 1.431, quando a mãe
não tinha instrução, a R$ 2.209, para aquelas cuja mãe tinha nível superior; e de R$ 1.367, para aquelas
cujo pai não tinha instrução, a R$ 2.884,00 no caso de o pai ter nível superior.
A pesquisa mostrou também que a presença do pai ou da mãe no ambiente doméstico influencia
diretamente na escolaridade dos filhos. “O fato dos filhos morarem com a mãe ou com o pai e a mãe teve
uma forte influência no índice de formação”, afirmou Flávia Vinhaes.

181
16/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/nivel-de-escolaridade-dos-pais-influencia-rendimento-dos-filhos.html

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Segundo a pesquisa, o índice de alfabetização foi menor entre aquelas pessoas que não moravam
com a mãe. A taxa de alfabetização daqueles que moravam com a mãe quando tinham 15 anos de idade
chegou a 92,2%, enquanto entre aqueles que não moraram com a mãe na mesma idade foi de 88,1%.
Em relação ao grau de instrução, a pesquisa mostrou que foi maior a taxa dos filhos se instrução que
moravam somente com o pai aos 15 anos de idade (16,2%). Os menores percentuais das pessoas sem
instrução foi observado entre aqueles que moravam com ambos os pais ou somente com a mãe (10,8%
e 10,3%, respectivamente.
Ainda segundo a pesquisa, mais da metade dos filhos (51,4%) tiveram ascensão sócio ocupacional
em relação à mãe, enquanto 47,4% tiveram ascensão em relação ao pai.
Segundo a gerente da pesquisa, Flávia Vinhaes, não há pesquisa anterior para se poder comparar os
dados. Ela destacou, no entanto, ser possível afirmar que a ascensão a ascensão tanto no nível de
escolaridade quanto de renda está relacionada com a estrutura doméstica.
“Não é só com a estrutura ocupacional ou nível de instrução dos pais, mas com o ambiente doméstico,
com os estímulos que os filhos recebem. Não é só uma dependência de renda, não é o capital econômico
só que influencia econômico social cultural pessoal. Uma criança que recebe atendimento dos pais, um
Questionada sobre porquê filhos que moraram só com a mãe tiveram maior ascensão quanto ao nível
de instrução, Flávia Vinhaes esclareceu que a pesquisa não tem base de apoio para fazer esta análise.
Todavia, ela sugeriu que os cuidados maternos podem ter maior peso na formação sócio-cultural dos
filhos que os paternos.
“Uma criança que recebe atendimento dos pais, que é estimulada pelos pais através de um ambiente
familiar que propicie isso, que gere algum desenvolvimento cognitivo, ela vai ter uma posição no mercado
de trabalho e uma posição social melhor do que uma criança que não teve esses estímulos, esses
cuidados. Eu imagino que seja por isso que a importância [da presença da mãe] é tão fundamental”,
ponderou.

Temer critica radicalizações na ocupação de escolas182


O presidente Michel Temer defendeu nesta terça-feira (08/11/2016) mudanças no ensino médio e
criticou radicalizações na ocupação de escolas.
No Paraná, onde havia o maior número de ocupações, quase todas as escolas foram liberadas depois
de decisões da Justiça, inclusive o Colégio Estadual do Paraná, o maior de todos, que ficou 33 dias
ocupado.
As ocupações são um protesto contra a PEC do teto dos gastos públicos e a medida provisória de
reforma do Ensino Médio.
Mas em todo o país, no último fim de semana, o impacto direto foi em cima do Enem. As ocupações
impediram a realização das provas em 405 locais em 20 estados e no Distrito Federal. Por causa disso,
271 mil terão que fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro.
A situação provocou tensão. Candidatos que não puderam fazer a prova, ficaram revoltados e
criticaram as ocupações, que segundo eles, impediram o direito de milhares de pessoas.
Em Florianópolis, por exemplo, um pai discutiu com os manifestantes. “Devia tirar todo mundo aí de
dentro para gente poder fazer prova”, afirmou ele.
Já os manifestantes, defendem as ocupações. “A gente acredita que esse incremento da luta contra a
PEC 241 é necessário agora para que a gente possa garantir uma universidade nos próximos 20 anos de
qualidade, que possa se expandir", disse um estudante.
A Defensoria Pública da União que presta assistência jurídica a quem não pode pagar advogados,
recomendou ao MEC que evite identificar e punir os envolvidos nas manifestações. O ministério disse
que ainda não foi notificado, mas afirmou que a constituição assegura tanto o direito de manifestação,
quanto o direito de ir e vir e a educação para quem quer estudar.
O presidente Michel Temer disse que o governo quer aprovar a reforma do Ensino Médio, mesmo que
não seja por meio da medida provisória apresentada. O presidente criticou a radicalização.
“O que menos se faz hoje é respeitar as instituições. Isso cria problemas. O direito existe exatamente
para regular as relações sociais. Hoje ao invés do argumento oral, do argumento intelectual - ou que não
seja intelectual, mas o argumento verbal - usa-se o argumento físico, a pessoa vai e ocupa não sei o quê,
bota pneu velho e queima estrada para impedir trânsito. Eu vi uma entrevista, uma ocasião desses que
ocupam. Mas você sabe o que é uma PEC? PEC é proposta de ensino comercial, quer dizer, as pessoas
não leem o texto. Não estou dizendo dos que ocupam ou não ocupam. Estou dizendo no geral. A vida é
assim, as pessoas debatem sem discutir sem ler o texto, sem sequer ler o texto”, dizze Temer.

182
08/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/11/temer-critica-radicalizacoes-na-ocupacao-de-escolas.html

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É 'absurdo' achar que não existe racismo, diz goleiro Aranha sobre redação do Enem183
A pova de redação da segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste
domingo (4/12/2016), falou sobre "Caminhos para combater o racismo no Brasil" e recebeu elogios tanto
de professores quanto de famosos e candidatos que fizeram o exame. Em entrevista ao G1, Mário Lúcio
Duarte Costa, conhecido no mundo do futebol como Aranha, afirmou considerar importante que o assunto
apareça na prova do MEC, porque, segundo ele, "a gente tem um hábito ruim de achar que as coisas que
não são debatidas é porque foram resolvidas, ou porque não existe o problema".
Aranha jogava no Santos em 2014 quando, durante uma partida contra o Grêmio, no Rio Grande do
Sul, sofreu ofensas racistas proferidas por diversos torcedores gremistas. O goleiro reagiu ainda dentro
do gramado e obrigou a sociedade – e os torcedores registrados em vídeo – a enfrentar e debater o
problema.
"Você tocar nesse assunto era complicado. Você era visto como inimigo da nação, como uma pessoa
que era frustrada, então, a gente não tinha o hábito de debater e falar sobre esse assunto, coisa que tem
acontecido bastante agora", afirmou ele ao G1.
Hoje com 36 anos recém-completos e atuando pela Ponte Preta, clube em que foi revelado, Aranha
afirma que, caso esse episódio tenha sido citado por candidatos do Enem na redação, provavelmente
eles poderão pensar que foi uma situação isolada.

Brasil cai em ranking mundial de educação em ciências, leitura e matemática184


Os resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em
inglês), divulgados na manhã desta terça-feira (6/12/2016), mostram uma queda de pontuação nas três
áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de pontuação também refletiu uma queda do
Brasil no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação
em matemática.
A prova é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi
aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo
o Brasil. Ela acontece a cada três anos e oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos
estudantes, reúne informações sobre variáveis demográficas e sociais de cada país e oferece indicadores
de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos.

Top 5 do Pisa em CIÊNCIAS:


1- Cingapura: 556 pontos
2- Japão: 538 pontos
3- Estônia: 534 pontos
4- Taipei chinesa: 532 pontos
5- Finlândia: 531 pontos

Top 5 do Pisa em LEITURA:


1- Cingapura: 535 pontos
2- Hong Kong (China): 527 pontos
3- Canadá: 527 pontos
4- Finlândia: 526 pontos
5- Irlanda: 521 pontos

Top 5 do Pisa em MATEMÁTICA:


1- Cingapura: 564 pontos
2- Hong Kong (China): 548 pontos
3- Macau (China): 544 pontos
4- Taipei chinesa: 542 pontos
5- Japão: 532 pontos

Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que não há motivos para comemorar os resultados do país no
Pisa 2015, e afirmaram que, além de investir dinheiro na educação de uma forma mais inteligente, uma
das prioridades deve ser a formação e a valorização do professor. "Questões como formação de
professores, Base Nacional Comum e conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse
jogo", afirmou Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.
183
05/12/2016 Fonte: http://g1.globo.com/educacao/enem/2016/noticia/e-absurdo-achar-que-nao-existe-racismo-diz-goleiro-aranha-sobre-
redacao-do-enem.ghtml
184
06/12/2016 http://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtml

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"É fundamental rever os cursos de formação inicial e continuada, de maneira que os docentes estejam
realmente preparados para os desafios da sala de aula (pesquisas mostram que os próprios professores
demandam esse melhor preparo)", disse Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Movimento Todos pela
Educação.
Para Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, parte da
solução "passa também em superar a baixa atratividade dos jovens brasileiros pela carreira do magistério,
ao contrário do que ocorre nos países que estão no topo do ranking mundial do Pisa. Nesses países, ser
professor é sinônimo de prestígio social".

Participação do Brasil
No país, a prova fica sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep). A amostra brasileira contou com 23.141 estudantes de 841 escolas, que
representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos.
Em cada edição, o Pisa dá ênfase a uma das três áreas. Na deste ano, o foco foi ciências. Em 2015,
a nota do país em ciências caiu de 405, na edição anterior, de 2012, para 401; em leitura, o desempenho
do Brasil caiu de 410 para 407; já em matemática, a pontuação dos alunos brasileiros caiu de 391 para
377. Cingapura foi o país que ocupou a primeira colocação nas três áreas (556 pontos em ciências, 535
em leitura e 564 em matemática).
Segundo o Inep, não existem "evidências empíricas" para afirmar que houve "diferenças
estatisticamente significativas" entre a pontuação dos estudantes brasileiros nas três áreas do Pisa entre
2015 e as três últimas edições da prova (2012, 2009 e 2006).
De acordo com os dados, os resultados dos estudantes em ciências e leitura são distribuídos em uma
escala de sete níveis de proficiência (1b, 1a, 2, 3, 4, 5 e 6). Em matemática, a escala vai de 1 a 6. De
acordo com a OCDE, o nível mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para "a aprendizagem e a
participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo
globalizado".
No Brasil, em todas as três áreas, mais da metade dos estudantes ficaram abaixo do nível 2.
Além disso, 4,38% dos alunos brasileiros ficaram abaixo até do nível mais baixo no qual a OCDE
determina habilidades esperadas para os estudantes em ciências. Em leitura e matemática, esse índice
foi de 7,06% e 43,74% em matemática (no caso, da matemática, porém, há seis níveis de proficiência, e
não sete).
Participaram alunos de todos os estados brasileiros, mas, no Amapá e no Paraná, não houve um
número mínimo de avaliações para garantir uma análise estatística ampla. Por isso, o Inep alerta que os
dados referentes a estes estados sejam analisados com cautela.
Em ciências e leitura, o Espírito Santo foi o estado com a maior média (435 e 441 pontos,
respectivamente). Em matemática, a média do Paraná foi a mais alta, com 406 pontos, e o Espírito Santo
teve a segunda maior média: 405. Já Alagoas registrou a média mais baixa nas três áreas: 360 em
ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.
Para Ricardo Falzetta, do Todos pela Educação, os dados mostram dois problemas principais. "Em
primeiro lugar, que os nossos jovens não estão aprendendo conhecimentos básicos e fundamentais para
que possam exercer plenamente sua cidadania enquanto jovens e depois, enquanto adultos, realizando
seus projetos de vida. Em segundo lugar, a pesquisa aponta novamente – como vemos em diversos
outros estudos, inclusive os nacionais – as enormes disparidades entre as regiões."
Veja abaixo os resultados do Brasil em cada área:

Ciências
A área de ciências foi o foco da prova neste ano. Os alunos foram avaliados de acordo com três
competências científicas: explicar fenômenos cientificamente, avaliar e planejar experimentos científicos
e interpretar dados e evidências cientificamente. De acordo com a OCDE, "um jovem letrado
cientificamente está preparado para participar de discussões fundamentadas sobre questões
relacionadas à Ciência, pois tem a capacidade de usar o conhecimento e a informação de maneira
interativa".
As perguntas variavam entre o nível de dificuldade (baixo, médio e alto), e as respostas podiam ser
dissertativas, de múltipla escolha simples ou múltipla escolha complexa. Os temas de ciências envolvem
os sistemas físicos, vivos e sobre a Terra e o espaço, e foram abordados nos contextos pessoal,
local/nacional e global.
Em ciências, 43,4% dos estudantes obtiveram pelo menos o nível 2 da escala de proficiência, segundo
os dados divulgados nesta sexta. A média do Brasil na área foi de 401 pontos. Desde 2009, o
desempenho do Brasil estava estagnado em 405, e agora recuou quatro pontos.

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Desempenho em CIÊNCIAS:
Média dos países da OCDE: 493 pontos
Média do Brasil: 401 pontos
Brasil – rede federal: 517 pontos*
Brasil – rede privada: 487 pontos*
Brasil – rede estadual: 394 pontos
Brasil – rede municipal: 329 pontos**
*Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é
"estatisticamente diferente"
**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os
estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental

Os estudantes brasileiros que participaram do Pisa em 2015 apresentaram mais facilidade para
interpretar dados e evidências cientificamente e mais dificuldade com a competência de avaliar e planejar
experimentos científicos. As questões que tinham contexto pessoal foram mais fáceis tanto para
brasileiros quanto para alunos de outros países: elas registraram um índice de acertos de 33,8% pelos
estudantes do Brasil. As questões globais, por outro lado, só foram respondidas corretamente por cerca
de 26% dos participantes.
"Apenas para ilustrar, se considerarmos os nossos resultados em ciências, atingimos 401 pontos,
enquanto que os alunos dos países da OCDE obtiveram uma média de 493 pontos", afirmou Mozart
Neves, do Instituto Ayrton Senna. "É uma diferença que equivale a aproximadamente ao aprendizado de
três anos letivos!"
De acordo com o Inep, “representam pontos fortes dos estudantes brasileiros, de modo geral, os itens
da competência explicar fenômenos cientificamente, de conhecimento de conteúdo, de resposta do tipo
múltipla escolha simples. Por outro lado, representam pontos fracos os itens da competência interpretar
dados e evidências cientificamente, de conhecimento procedimental, de resposta do tipo aberta e múltipla
escolha complexa".

Leitura
O Pisa define o "letramento em leitura" como a capacidade de os estudantes entenderem e usarem os
textos escritos, além de serem refletir e desenvolver conhecimentos a partir do contato com o texto escrito,
além de participar da sociedade. A prova do Pisa avalia o domínio dos alunos em três aspectos da leitura:
Localizar e recuperar informação, integrar e interpretar, e refletir e analisar.
Vários tipos de textos aparecem na prova, como os descritivos, narrativos e argumentativos, e há
textos que apresentam situações pessoais, públicas, educacionais e ocupacionais.
No Pisa 2015, 50,99% dos estudantes ficaram abaixo do nível 2 de proficiência. A média de
desempenho foi de 407 pontos. É a segunda queda consecutiva na área de leitura desde 2009.

Desempenho em LEITURA:
Média dos países da OCDE: 493 pontos
Média do Brasil: 407 pontos
Brasil – rede federal: 528 pontos*
Brasil – rede privada: 493 pontos*
Brasil – rede estadual: 402 pontos
Brasil – rede municipal: 325 pontos**
*Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é
"estatisticamente diferente"
**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os
estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental
"Os estudantes brasileiros mostraram melhor desempenho ao lidar com textos representativos de
situação pessoal (por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais, textos literários
e textos informativos) e desempenho inferior ao lidar com textos de situação pública (por exemplo, textos
e documentos oficiais, notas públicas e notícias)", avaliou o Inep, no documento divulgado à imprensa.

Matemática
A área de matemática do Pisa é onde o Brasil tem a pontuação mais baixa nas últimas cinco edições
do programa. Porém, o país vinha registrando uma tendência de crescimento consistente. Na edição de
2012, o governo federal afirmou que o Brasil foi o país que mais evoluiu na pontuação média de
matemática no Pisa. Porém, nesta edição, essa foi a área onde o Brasil teve a queda mais acentuada:

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Desempenho em MATEMÁTICA:
Média dos países da OCDE: 490 pontos
Média do Brasil: 377 pontos
Brasil – rede federal: 488 pontos*
Brasil – rede privada: 463 pontos*
Brasil – rede estadual: 369 pontos
Brasil – rede municipal: 311 pontos**
*Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é
"estatisticamente diferente"
**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os
estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental

"Os resultados do Brasil no Pisa são gravíssimos porque apontam uma estagnação em um patamar
muito baixo. 70% dos alunos do Brasil abaixo do nível 2 em matemática é algo inaceitável. O Pisa é mais
uma evidência do que vemos todos os dias nas escolas", afirmou Denis Mizne, da Fundação Lemann.
Os conteúdos matemáticos avaliados na prova do Pisa são relacionados a quantidade; incerteza e
dados; mudanças e relações; espaço e forma. A OCDE considera como capacidades fundamentais da
matemática atividades como delinear estratégias, raciocinar e argumentar, utilizar linguagem e operações
simbólicas, formais e técnicas e utilizar ferramentas matemáticas. Entre os processos matemáticos, o
Pisa mede a habilidade dos estudantes de formular, empregar, interpretar e avaliar problemas.
De acordo com a avaliação do Inep, os estudantes brasileiros apresentaram "facilidade maior em lidar
com a matemática envolvida diretamente com suas atividades cotidianas, sua família ou seus colegas".
Além disso, "o manuseio com dinheiro ou a vivência com fatos que gerem contas aritméticas ou
proporções é uma realidade mais próxima dos estudantes do que, por exemplo, espaço e forma", diz o
órgão.

Entenda o Pisa
As provas do Pisa duram até duas horas e as questões podem ser de múltipla escolha ou dissertativas.
Nesta edição, em alguns países, incluindo o Brasil, todos os estudantes fizeram provas em computadores.
O exame é aplicado a uma amostra de alunos matriculados na rede pública ou privada de ensino a partir
do 7° ano do ensino fundamental. Além de responderem às questões, os jovens preencheram um
questionário com detalhes sobre sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem.
Do total de alunos da amostra brasileira, 77,7% estavam no ensino médio, 73,8% na rede estadual,
95,4% moravam em área urbana e 76,7% viviam em municípios do interior.
Estudantes de escolas indígenas, escolas rurais da região Norte ou escolas internacionais, além de
alunos de escolas situadas em assentamentos rurais, comunidades quilombolas ou unidades de
conservação sustentável não fizeram parte do estudo do Pisa. Segundo o Ministério da Educação, o
motivo foram as dificuldades logísticas de aplicação da avaliação e o fato de certos grupos populacionais
não terem necessariamente a língua portuguesa como língua de instrução.

PARANÁ

Governador185
O governador Beto Richa nasceu em Londrina, em 29 de julho de 1965. É filho do ex-governador José
Richa e de dona Arlete Richa. Graduou-se em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná. Casado com Fernanda Bernardi Vieira Richa, tem três filhos: Marcelo, André e Rodrigo. Iniciou
a vida pública em 1994, elegendo-se deputado estadual pelo PSDB, sendo reeleito quatro anos depois.
Como deputado, aprovou projetos de grande repercussão social e econômica. É de sua autoria a lei que
estabelece indenizações às famílias de ex-presos políticos. A criação do Fundo Estadual de Prevenção
ao Uso de Drogas também foi proposta por Beto Richa. Em 2000, foi eleito vice-prefeito de Curitiba e, no
primeiro ano de mandato, também exerceu as funções de secretário municipal de Obras.
Em 2004, Beto Richa foi eleito prefeito de Curitiba. Seu plano de governo foi registrado em cartório e
suas metas foram inteiramente cumpridas. Richa foi reeleito prefeito de Curitiba em 2008 com quase 80%
dos votos, votação recorde na história da cidade.
No período de cinco anos e três meses como prefeito, até renunciar ao cargo em 30 de março de 2010
para concorrer às funções de governador, Beto Richa direcionou 70% das receitas orçamentárias para
os bairros da cidade com os menores indicadores de desenvolvimento humano. Sua administração

185 http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=205

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priorizou as áreas sociais (educação, saúde, moradia popular, transporte público, proteção social e
infraestrutura urbana) nos investimentos municipais. Sua gestão realizou mais de sete mil obras.
Beto estreitou o diálogo com a população e promoveu mais de 300 audiências públicas – realizadas
em todos os 75 bairros da cidade –, nas quais as comunidades participaram diretamente da definição do
orçamento, indicando obras e programas prioritários.
Richa foi eleito dez vezes o melhor prefeito do Brasil: oito vezes no ranking Datafolha, do jornal Folha
de S. Paulo, e duas vezes em pesquisa do Instituto Brasmarket (em parceria do jornal DCI, de São Paulo,
e o portal IG).
Em 2008, foi eleito pela revista Época uma das cem personalidades mais influentes do País. Recebeu
da Abrinq/Unicef o prêmio Amigo da Criança. Por duas vezes, em sua administração, o ensino
fundamental de Curitiba foi avaliado pelo MEC/Ideb como o melhor entre as capitais do País. Ao longo da
gestão, seu governo teve aprovação média de mais de 80% dos curitibanos.
Foi eleito governador em primeiro turno em 2010 e reeleito, também no primeiro turno, em 2014. Em
2013, cumpriu a meta de ser o primeiro governador da história do Paraná a visitar todos os 399 municípios
do Estado.

Desafio do Estado e municípios é superar crise econômica e atender a população186


O grande desafio que o Governo do Estado e os municípios têm é a superação da crise econômica
que atinge o país. A declaração foi feita pelo governador Beto Richa aos prefeitos da Amunop (Associação
dos Municípios do Norte do Paraná) e da Cisnop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte do Paraná),
durante encontro na noite de terça-feira (17), em Cornélio Procópio. O governador participou da posse
dos novos dirigentes das duas entidades, para o biênio 2017-2018.
“A crise sem precedentes faz com que as arrecadações caiam, dificultando o dever dos gestores
públicos de cumprir com sua obrigação de prover as necessidades da população. Hoje temos a melhor
situação financeira e fiscal do Brasil para continuar garantindo investimentos aos municípios”, disse Richa.
Ele reafirmou o compromisso com os municípios paranaenses. O prefeito de Cornélio Procópio, Amin
Hannouche, assumiu a presidência da Amumop. O prefeito de Santa Cecília do Pavão, Edimar Santos,
foi empossado como presidente da Cisnop. O evento contou com a presença de 22 prefeitos da região.
“Nosso governo tem caráter municipalista, que tem acolhido e apoiado as prefeituras de forma decisiva,
com bastante recursos e investimentos”, afirmou o governador, ao lembrar do repasse de recursos feito
na segunda-feira no Palácio Iguaçu, em Curitiba. “Liberamos R$ 430 mi em cota extra de ICMS para todos
os municípios, além de outros investimentos em diversas áreas da administração”, completou.

Qualidade no fornecimento de energia no Litoral melhora 32%187


Os investimentos da Copel em novas tecnologias nas redes de energia e nas subestações do Litoral
do Paraná já estão dando bons resultados. A duração média de interrupção de energia por consumidor
caiu 32% na comparação de 2016 com 2015.
Conhecido como DEC, este é um dos indicadores estabelecidos pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) para acompanhar a qualidade do serviço das concessionárias de energia elétrica. Na
prática, ele contabiliza quantas horas médias os consumidores de cada município ficaram sem luz. O
número de vezes que faltou luz no Litoral também teve queda: este índice, chamado de FEC, caiu 27%
na comparação dos dois anos.
A Copel atende, atualmente, pouco mais de 163 mil unidades consumidoras nas sete cidades
litorâneas do Paraná. Ao longo de 2016, a Copel investiu cerca de R$ 8 milhões em melhorias e expansão
na rede elétrica do Litoral. Além da população, estas melhorias beneficiam também os turistas que vão
para as praias na temporada de verão – a população nas cidades litorâneas chega a 1,5 milhão de
pessoas durante o verão.
Paranaguá e Pontal do Paraná foram as cidades que apresentaram maior queda nas horas e
frequências de desligamentos. Na primeira, houve redução de metade das horas médias que os
consumidores ficaram sem luz – de 20 passou para 10 horas – e a frequência caiu de nove para seis
vezes na comparação do ano passado com 2015, uma diminuição de quase 37%. Já Pontal do Sul
também apresentou uma queda de 50% no DEC – de 12 horas sem luz passou para seis em 2016 – e o
mesmo percentual de queda no FEC – de 10 vezes em 2015 passou para cinco no ano passado.

186 18/01/2017 – Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=92386&tit=Desafio-do-Estado-e-municipios-e-


superar-crise-economica-e-atender-a-populacao-&ordem=50
187
18/01/2017 – Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=92395&tit=Qualidade-no-fornecimento-de-energia-no-
Litoral-melhora-32&ordem=40

. 165
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Paraná terá política para florestas plantadas188
Um grupo de trabalho formado pela Emater, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal
(Apre), ra Embrapa Florestas, universidades e outras entidades do setor produtivo organizou uma
proposta do Plano Estadual de Cultivos Florestais.
O documento servirá de subsidio para a fomulação de um projeto de Lei para regulamentar a atividade
no Paraná.
O trabalho é uma consequência de uma audiência pública realizada no início de abril proposta pelo
Bloco Parlamentar Agropecuário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Depois de 60 dias de
estudos e reuniões, a comissão especial apresentou, no início de julho, um relatório com as principais
informações levantadas. O próximo passo do grupo será revisar o plano e apresentar, num prazo de 90
dias, um anteprojeto de Lei sobre Cultivo Florestal aos deputados estaduais.
No modelo proposto pelo grupo de trabalho, a expansão da base florestal produtiva vai enfatizar as
pequenas áreas de produção nas propriedades rurais, o que vai configurar uma grande área florestal
dividida em um grande número de propriedades rurais – o chamado Mosaico Florestal Produtivo na
Paisagem. Segundo o coordenador do GT, este conceito reduz os impactos ambientais e contribui para
a conservação dos solos e produção e manutenção de água, além de dividir os benefícios econômicos
da atividade. Num horizonte de 50 anos, a proposta do grupo é ampliar a base florestal estadual para
dois milhões de hectares, o que vai garantir, a médio prazo, o suprimento da demanda existente por
produtos de origem florestal e com qualidade superior à média do mercado brasileiro. Além disso, a
comissão que escreveu o Plano Estadual para Cultivos Florestais destacou que é possível gerar mais de
1,6 milhão de novos postos de trabalho, a um custo médio de R$ 2.536,22 por emprego gerado, o que
vai contribuir para o incremento do índice de População Economicamente Ativa (PEA) no Estado.

Formulação do Plano Estadual de Cultivos Florestais


A comissão formada para produzir o relatório, o plano estadual e, posteriormente, o anteprojeto de Lei,
organizou até o momento oito reuniões de trabalho para levantamento de dados e informações. O grupo
trabalhou em todas as cadeias produtivas, focando na sustentabilidade, e levou em conta as diferentes
realidades presentes no Paraná. Para justificar a importância desta política pública, Amauri Ferreira
Pinto cita alguns dados: o setor florestal é responsável por 38% das exportações brasileiras de madeira
plantada; tem o segundo maior polo moveleiro do país, na cidade de Arapongas, que gera mais de nove
mil empregos diretos; detém 5,6% do Valor Bruto da Produção (VBP), sendo 86% de produtos madeireiros
e 14% não madeireiros; representa 13,7% das exportações do agronegócio paranaense e 15,05% das
exportações de produtos florestais do Brasil; gera 76 mil empregos diretos e 158 mil indiretos na cadeia
produtiva; tem 1,2 milhão de hectares em cultivos florestais; e consome 51 milhões de metros cúbicos de
madeira por ano. Sobre este último dado, ele ressalta, no entanto, que a produção total do Paraná é de
47 milhões de metros cúbicos. O restante – quatro milhões – vem de outros Estados e países.

Cresce fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas do Paraná 189


O crescimento de 2,3% do fluxo total de veículos pelas estradas pedagiadas em julho,
comparativamente a junho, descontados os efeitos sazonais, foi determinado pelas expansões de 2,8%
nas passagens de veículos pelas praças de pedágios nas estradas paranaenses e de 2,7% nas estradas
paulistas.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 10/08/2016, pela Associação Brasileira de
Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada.
O aumento do movimento nas estradas do Paraná no mês passado, segundo a ABCR, foi determinado
pelo crescimento de 6,2% no fluxo dos veículos leves. No caso dos pesados, houve queda de 1,5%. Os
dados estão livres dos efeitos sazonais. Na comparação de julho com o mesmo mês no ano passado, o
índice total do Estado do Paraná aumentou 0,7%. O fluxo de veículos leves cresceu 4,4%, enquanto o
fluxo de pesados registrou queda de 5,8%.

Avião que caiu no Paraná por pouco não atingiu igreja, diz empresário190
O dono da empresa Excellence Transportes, atingida por um avião de pequeno porte no início da noite
de domingo (31/07/2016) em Cambé, no norte do Paraná, Sérgio Tupo da Silva, disse que por pouco a

188 11/08/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/36851-politica-para-florestas-plantadas


189 10/08/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/36808-cresce-fluxo-de-veiculos-nas-
rodovias
190 01/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2016/08/aviao-que-caiu-no-parana-por-pouco-nao-atingiu-igreja-diz-
empresario.html

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
tragédia, que matou oito pessoas, não foi maior. "Cerca de 20 metros de distância dali estava tendo um
culto em uma igreja. Acho que tinham umas 300 pessoas mais ou menos", relatou o empresário.
O avião caiu no barracão da transportadora e atingiu um caminhão, que explodiu na sequência. No
local, não foram registradas vítimas. Todos os ocupantes da aeronave, sendo duas crianças e o piloto e
o copiloto, morreram na hora. As vítimas são parentes do presidente da Federação Nacional dos
Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas do Brasil (Fenatracoop), Mauri Viana.

Paraná registrou 202 mortes pelo vírus H1N1 neste ano191


Desde o início do ano foram registrados 1019 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves
(SRAG) que resultaram em 202 mortes.
Entre os casos confirmados, a maior parte é referente ao vírus H1N1. Do total de notificações de
SRAG, 946 casos e 183 mortes estão relacionados ao H1N1. De acordo a chefe do Centro estadual de
Epidemiologia, Júlia Cordellini, esse é o vírus que está em maior circulação no Estado.
“Já tivemos notificações nas 22 Regionais de Saúde do Paraná este ano. Foz do Iguaçu, por exemplo,
é município com maior número de mortes por gripe. Até agora, já foram registrados 48 casos e 24 óbitos,
todos referentes ao H1N1”, diz Júlia.

Campanha
Para evitar que esses números aumentem, o Governo do Estado lançou a campanha ‘Não espalhe a
gripe. Espalhe essas dicas’ como mais uma estratégia de enfrentamento da gripe. Além de vídeos nas
redes sociais, a Secretaria da Saúde disponibiliza cartazes e panfletos para divulgação dos cuidados
necessários para evitar o contágio pela doença. A campanha dá orientações como lavar as mãos, evitar
o contato com quem estiver com a doença, cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável
ao tossir ou espirrar, beber muito líquido e manter uma alimentação saudável.

Foz do Iguaçu e Curitiba estão entre as cidades turísticas mais importantes do país192
Em um ano, o Paraná reduziu de 261 para 224 o número de municípios que fazem parte das 14 regiões
turísticas do estado – entre elas, a “Corredores das Águas”, “Ecoaventuras, Histórias e Sabores”, “Entre
Rios & Lagos” e “Rotas do Pinhão”.
Entre todas as cidades paranaenses, duas foram avaliadas e classificadas na categoria A, onde se
encontram as principais cidades turísticas do país: Foz do Iguaçu e Curitiba.
O levantamento foi divulgado pelo Ministério do Turismo. Em todo o país, foram identificados 2.175
municípios em 291 regiões turísticas.

Categorias
Os 224 municípios do Paraná presentes no Mapa do Turismo se dividem em cinco categorias, de
acordo com a Categorização dos municípios das Regiões Turísticas do Mapa do Turismo Brasileiro. O
instrumento, elaborado pelo MTur, identifica o desempenho da economia do turismo para tornar mais fácil
a identificação e apoio a cada um. Dentro da metodologia, as cidades contempladas nas categorias A,
B e C contam com 95% dos empregos formais em meios de hospedagem 87% dos estabelecimentos
formais de meios de hospedagem, 93% do fluxo doméstico e têm fluxo internacional. Nesta faixa estão
concentrados destinos turísticos como Porto Seguro (BA), Campos do Jordão (SP), Balneário Camboriú
(SC), Foz do Iguaçu (PR) e Gramado (RS). O conjunto de municípios dos grupos D e E, reúnem
características de apoio às cidades geradoras de fluxo turístico. Muitas vezes são aquelas que fornecem
mão de obra ou insumos necessários para atendimento aos turistas.

Paranaense considerada a mulher mais velha do mundo morreu nesta quarta aos 120 anos193
Faleceu na manhã desta quarta dia 13/07/2016, em Rio Brando do Ivaí, no Paraná (PR), Jesuína dos
Santos Cardoso, de 120 anos, considerada a pessoa mais velha do mundo.
A idosa morreu por volta das 8h na sua residência, deitada em sua cama e na companhia de familiares.
Apesar da morte ser anunciada com grande pesar, amigos próximos afirmaram que em decorrência da
saúde enfraquecida, o falecimento não os pegou de surpresa. Dona Jesuína andava bastante debilitada
e pouco saía do quarto.

191 20/07/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/36056-parana-registrou-183-mortes-pelo-virus-h1n1


192 18/07/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/35958-foz-do-iguacu-e-curitiba-estao-entre-as-cidades-
turisticas-mais-importates
193 13/07/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/35801-mulher-mais-velha-do-mundo-morreu-nesta-
quarta-aos-120-anos

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Porém, mesmo com todas dificuldades, em maio deste ano, a idosa teve que deslocar cerca de 200
km para reaver seu benefício do INSS. O serviço tinha bloqueado a aposentadoria da senhora por
acreditar que ela já havia morrido.
A comunidade da região recebeu a notícia com grande tristeza. A idosa era tida com muito carinho e
respeito pela cidade, que a viu construir uma família com a qual viveu até a quinta geração.

Revista Exame destaca o Sicredi entre as Melhores & Maiores 2016194


Pelo 5º ano consecutivo, ranking que reúne as 1.000 maiores empresas do Brasil traz a instituição
financeira cooperativa em diversas categorias como a 3ª posição em Crédito Rural e, pela 1ª vez, 6ª
posição em Crédito para Médias Empresas
O Sicredi instituição financeira cooperativa com mais de 3,2 milhões de associados foi incluído em 12
categorias da edição especial da revista Exame Melhores & Maiores 2016.

Para chegar ao resultado, a equipe técnica da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras (FIPECAFI), ligada ao Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), avaliou balanços de 3.000
empresas e 80.000 indicadores financeiros.
Na edição 2016, a SicrediPar, holding que controla o Banco Cooperativo Sicredi e coordena as
decisões estratégicas do Sistema, figurou na 63ª posição, um salto de cinco posições na comparação
com o ano anterior. Para o presidente da SicrediPar, Manfred Alfonso Dasenbrock, o crescimento da
SicrediPar no ranking, que nos últimos dois anos cresceu 15 posições, demonstra o porte e a solidez do
conjunto de entidades que formam o Sicredi, no qual uma estrutura apoia a outra exercendo funções
específicas para promover o crescimento do Sistema e o desenvolvimento dos associados e das regiões.
Além do ranking completo das 500 maiores empresas do País, a publicação destaca as que
apresentaram maior eficiência e melhor estratégia em tempos difíceis e incertos da economia. O Banco
Cooperativo Sicredi está entre os 100 maiores bancos da América Latina por patrimônio e, novamente,
os 50 maiores bancos por patrimônio, na 38ª posição, duas acima do anterior e, pelo quinto ano
consecutivo, manteve sua posição na categoria Crédito Rural, no terceiro lugar do ranking.
Estar entre as principais empresas do País é mais do que um orgulho, é sinal de que estamos no
caminho certo em direção à criação de valor para os associados, o nosso principal ativo, afirma Edson
Georges Nassar, CEO do Banco Cooperativo Sicredi. O cooperativismo de crédito ganha relevância a
cada dia, o que é extremamente positivo para o País no cenário atual, pois nosso principal foco é fomentar
a economia local e a geração de riquezas. O associado investe na cooperativa ciente de que está
contribuindo com a comunidade da qual faz parte, completa Nassar.

Rodovias federais do Paraná registram dez mortes por semana195


Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a cada semana dez pessoas morrem em
acidentes nas nas BRs que passam pelo Paraná. Entre julho de 2014 e junho de 2015, foram registradas
13.399 acidentes (média de 37 por dia ou 259 por semana) no Estado, com 518 mortes.
Fica no Paraná, inclusive, um dos trechos mais fatais das rodovias brasileiras. É a BR-116, que possui
taxa de 4,8 mortes a cada 10 quilômetros de extensão. No período analisado com os dados nacionais da
PRF, foram 2.007 ocorrências e 74 mortes. Apenas a BR-40, no Distrito Federal, e a BR-381, em São
Paulo, possuem taxas maiores — 9,5 e 6,9, respectivamente.
Outro trecho com alta taxa de mortes é justamente a BR-277, 15ª colocada no ranking nacional. Entre
julho de 2014 e junho de 2015 foram 3.706 acidentes e 174 fatalidades, o que deixa a rodovia com taxa
de 2,9 — a rodovia corta o Paraná mortes por 10 Km de Leste a Oeste, desde o porto de Paranaguá, até
Foz do Iguaçu, numa extensão de mais de 730 mortes. Logo atrás aparece a BR-376, com 3.980
ocorrências e 127 mortos, o que dá um índice de 2,3. A partir daí as taxas de mortes em estradas
federais do Paraná passam a cair, mas ainda assim em três das outras 13 rodovias que cortam o estado
as taxas são superiores à média nacional, de uma morte a cada 10 quilômetros. A BR-369, por exemplo,
possui taxa de 1,7 (foram 71 mortes em 1.604 acidentes no período). Já na BR-476, o índice é de 1,4
(1.455 ocorrências e 46 mortes entre julho de 2014 e junho de 2015). Mais que a taxa de mortes e o
número de acidentes nas rodovias federais que cortam o Paraná, o que chama a atenção é a gravidade
dos acidentes no Estado. Enquanto em todas as rodovias federais do país cerca de 43% dos acidentes
terminam com pessoas mortas ou feridas, no Paraná esse porcentual chega a 48,2%. Ou seja,

194 08/07/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/35678-sicredi-entre-as-melhores-maiores-2016


195 05/07/2016 – Fonte: http://portalcantu.com.br/noticias/noticias-do-parana/item/35591-rodovias-federais-do-parana-registram-dez-
mortes-por-semana

. 168
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
praticamente metade dos acidentes registrados nas BRs que passam pelo Paraná terminam com alguém
ferido ou morto.

Questões

01. (INSTITUTO CIDADES – Auditor – CONFERE/2016) Ex-executivo de alto escalão da Petrobras,


Nestor Cerveró foi identificado como o autor de um relatório que levou a empresa a adquirir, em 2006,
uma determinada refinaria, negócio que, anos depois, mostrar-se-ia prejudicial à companhia. Segundo
relato do comitê de auditoria da Petrobras, concluído em 24 de outubro de 2014, Nestor Cerveró teria
omitido informações relevantes em apresentações à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração
da empresa, que resultaram em "substanciais perdas financeiras para a Petrobras". Em 2015, tornar-se-
ia nacionalmente conhecido por seu envolvimento no denominado "Escândalo do Petrolão". A referida
refinaria citada no texto, fica localizada na cidade de:
(A) Buenos Aires, na Argentina.
(B) Pasadena, nos Estados Unidos.
(C) De Santiago, no Chile.
(D) De Toronto, no Canadá.

02. (Prefeitura de Florianópolis – FEPESPE/2015) O Brasil vive hoje uma importante crise
econômica. Entre seus reflexos estão a queda na produção e o aumento do desemprego.
Assinale a alternativa que identifica uma das causas desta crise.
(A) O fim das relações comerciais com a China.
(B) A queda na produção de alimentos.
(C) O aumento das exportações
(D) O desequilíbrio das contas públicas.
(E) Os empréstimos feitos a outros países como a Índia, o Chile, a Bolívia e a Venezuela.

03. (Prefeitura de Florianópolis – FEPESPE/2015) O noticiário faz frequentes referências a uma


operação da Polícia Federal conhecida como “Lava Jato”.
Identifique o objetivo desta operação.
(A) Impedir a evasão de divisas.
(B) Apurar um esquema de corrupção em uma empresa estatal brasileira.
(C) Apurar as denúncias de corrupção na Fundação de Amparo ao Meio Ambiente
(D) Prender os responsáveis pela falsificação de medicamentos distribuídos nas Farmácias Populares
do Brasil.
(E) Impedir a tentativa de venda dos ativos da PETROBRAS e a transferência das suas ações para a
iniciativa privada.

04. (MPE-SP – Oficial de Promotoria – VUNESP/2016) Em julho, EUA e Cuba retomaram suas
relações diplomáticas e abriram embaixadas nos respectivos territórios depois de vários meses de
negociações que puseram ponto final a mais de meio século de ruptura.
(http://glo.bo/1NyuLEg)

Apesar da reabertura das relações diplomáticas,

(A) os Estados Unidos ainda mantêm o embargo econômico a Cuba.


(B) os dois países não se decidiram sobre a necessidade de vistos para viajantes.
(C) Cuba recusa-se a devolver as instalações da prisão de Guantánamo.
(D) os cubanos residentes em Miami têm negados os vistos de permanência.
(E) o governo cubano dificulta a presença de turistas estadunidenses no país.

05. (MPE-SP – Oficial de Promotoria – VUNESP/2016) O Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ)
de São Paulo determinou a suspensão do fornecimento da substância fosfoetalonamina, nesta quarta-
feira (11.11.2015).
Mais de duas mil liminares já tinham pedido a droga, que era distribuída pela USP São Carlos. A
USP recorreu, afirmando que não tinha condições de produzir o remédio em larga escala e que, além
disso, não há pesquisas que atestem a eficácia da droga.
(http://goo.gl/R8iSzt. Adaptado)
Supostamente, a droga teria efeito

. 169
1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
(A) na prevenção do diabetes.
(B) no combate ao câncer.
(C) na cura de meningite viral.
(D) no retardamento das consequências da osteoporose.
(E) contra a hepatite tipo C.

06. (CODAR – EXATUS/2016) Ministro do Supremo Tribunal Federal que foi designado como relator
do processo da Operação Lava-Jato:
(A) Dias Toffoli.
(B) Edson Fachin.
(C) Roberto Barroso.
(D) Teori Zavascki.

07. (Prefeitura de Nova Ponte – Advogado – IBEG/2016) No mês de novembro de 2015 o Supremo
Tribunal Federal mandou prender o senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, acusado
de obstruir as investigações da “Operação Lava Jato”. É a primeira vez desde a redemocratização
brasileira, em 1985, que um senador é preso no exercício de seu mandato. Sobre esse fato analise as
afirmativas a seguir.
I. A prisão de Delcídio é preventiva sem data para ser relaxada.
II. O esquema que envolvia a fuga de Cerveró para a Espanha, via Paraguai foi revelado a partir de
uma gravação.
III. O advogado Edson Ribeiro, por participar, também teve sua prisão decretada.
IV. Delcídio, estando preso não manterá seu mandato como senador e seu suplente assumirá.
V. O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki foi quem autorizou a prisão.
Estão CORRETAS as afirmativas.
(A) I, II, III e V apenas.
(B) I, II, III e IV apenas.
(C) I, II e III apenas.
(D) I, II, III, IV e V.

08. (Prefeitura de Amontada – CE – Agente Administrativo – UECE-CEV/2016)


O filme longa-metragem brasileiro que foi indicado ao Oscar 2016 na categoria “Melhor Animação” é
intitulado
(A) O Menino Que Tinha Sonhos Dourados.
(B) O Menino e o Mundo.
(C) Doce Esperança.
(D) Os Sonhos Possuem Asas.

09. (CRO – RJ - Analista Tecnologia da Informação - INAZ do Pará/2016) Historicamente a política


partidária no Brasil sempre esteve envolvida em escândalos, são desvios de verbas da educação,
merenda escolar, saúde e obras públicas. O processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff
teve início em 2 de dezembro de 2015, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a
partir de denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio
Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. Marque a alternativa abaixo que
apresenta as razões para o Impeachment da presidente.
(A) Enriquecimento ilícito devido ao acúmulo capital em conta bancária pessoal.
(B) O Impeachment de Dilma enquadra-se nas leis orçamentária e de improbidade administrativa.
(C) A acusação se dá unicamente devido ao seu envolvimento em atos de corrupção na Petrobrás.
(D) Foi descoberto desvio de verba para a campanha política, oriundo de empresa particular não
declarada.
(E) Desde o início do processo a presidente Dilma vem sendo acusada de crime de peculato.

10. CRO – RJ - Analista Tecnologia da Informação - INAZ do Pará/2016) A crise política pela qual
passa o Brasil já dura bastante tempo. A política de juros e pagamento de impostos no Brasil vem
causando descontentamento na população de trabalhadores desse país, porque reduz a capacidade de
compra dos mesmos. Os escândalos políticos e os desvios de dinheiro público têm causados uma revolta
ainda maior, sobretudo em época de recessão e aumento do preço da cesta básica do brasileiro. O feijão
é um dos produtos da cesta básica que mais tem subido de preço.

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1286151 E-book gerado especialmente para GUILHERME AOYAMA
Disponível em http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/06/preco-do-feijao-sobe-33-em-2016.html .
Acesso em: 20 agosto 2016.
(A) A causa do aumento de preço do feijão está no campo, devido a condições climáticas como frio,
chuva, estiagem e o custo de produção.
(B) A causa do aumento de preço do feijão está na política de preços do governo que não compra a
safra dos produtores.
(C) A causa pode estar relacionada à escassez de mão de obra para a colheita do feijão e à falta de
incentivo do governo federal.
(D) A causa do aumento de preço do feijão é unicamente devido ao custo para escoá-lo. O transporte
rodoviário é muito caro no Brasil.
(E) A causa está relacionada exclusivamente ao aumento de preço dos produtos químicos utilizados
na produção do feijão.

11. (Prefeitura de Lages – SC – Procurador – FEPESE/2016) Jurista brasileiro que ganhou projeção
nacional por sua atuação na Operação Lava Jato.
(A) Celso de Mello
(B) Eduardo Cunha
(C) Gilmar Mendes
(D) Sergio Moro
(E) Rodrigo Janot

12. (Prefeitura de Lages – SC - Agente Administrativo – FEPESE/2016) A chamada “Lei da Ficha


Limpa” atrapalhou os planos de muitos políticos que pretendiam concorrer às eleições deste ano e que
tiveram seus registros de candidatura impugnados.
Assinale a alternativa que indica um motivo que pode tornar um candidato “ficha suja”, segundo a
referida lei.
(A) A rejeição de contas relativas ao cargo ou função pública.
(B) Notícia de conhecimento público de cometimento de crime de corrupção.
(C) Ser ateu ou professar religião não cristã.
(D) Acusação de atentado ao pudor, mesmo que não comprovada.
(E) Condenação em primeira instância por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, peculato ou
abuso de poder econômico.

13. (SEJUS-PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2016) Em plebiscito histórico, os britânicos


decidem deixar a União Europeia, abrindo um período de incertezas para o país e para o maior bloco
econômico do planeta. O resultado final foi apertado, com uma diferença de menos de 4% em favor do
Brexit, uma contração das palavras “Britain” e “exit”, algo como “saída britânica” em inglês. Sobre a
conjuntura atual da União Europeia e a saída britânica do bloco é CORRETO afirmar que:
(A) A saída de um país membro do bloco não é um fato inédito, já tendo ocorrido com a Sérvia em um
processo de ruptura que durou dois anos.
(B) Com a saída britânica o bloco passará a contar com 27 países, dos quais 8 compondo a zona do
Euro, ou seja, compartilhando a moeda única.
(C) Para os partidários da saída do Reino Unido os imigrantes representam uma concorrência em um
mercado de trabalho saturado.
(D) Os eurocéticos, composto basicamente por líderes sindicais e demais movimentos sociais,
configuraram o principal grupo de oposição ao Brexit.
(E) O Brexit não afetará os acordos comerciais unilaterais do Reino Unido com o bloco, nem as
exportações e empregos gerados pela cadeia produtiva.

14. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) Técnico Legislativo


“Responsável por conduzir o julgamento de mérito do impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff, _______________, defendeu nesta quinta-feira que acusações diferentes das pedaladas
fiscais e da maquiagem nas contas públicas não sejam levadas em consideração nas etapas seguintes
do processo que pode levar à perda definitiva do mandato da petista e à inelegibilidade de oito anos”.
(Fonte: veja.abril.com.br, 12/08/2016)
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) o juiz Sérgio Moro
(B) o Presidente da Comissão Especial do impeachment, senador Raimundo Lira
(C) o Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros

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(D) o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski

15. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) “Diante da


resistência do Congresso em aprovar medidas de ajuste fiscal, o presidente do Banco Central
_____________ afirma que interesses coletivos precisam prevalecer sobre os individuais para o Brasil
voltar a crescer”.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br, 14/08/2016)
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) Ilan Goldfajn
(B) Henrique Meirelles
(C) Alexandre Tombini
(D) Joaquim Levy

16. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) Neste ano de 2016


teremos novamente eleições municipais. Assinale a alternativa que indica um cargo que NÃO será objeto
de escolha dos eleitores no dia 02 de outubro:
(Fonte: http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016)
(A) Prefeito
(B) Vice-Prefeito
(C) Vereador
(D) Presidente da Câmara Municipal

17. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) “Uma tentativa de


golpe de Estado na Turquia ocorreu em 15 de julho de 2016, porém fracassou. A investida foi
supostamente orquestrada por uma facção pertencente às Forças Armadas Turcas. Entretanto, ainda não
estão claros os motivos da ofensiva militar nem seus principais líderes”. Qual a capital da Turquia?
(A) Istambul
(B) Damasco
(C) Ancara
(D) Bagdá

18. (IF-PA - Assistente em Administração – FUNRIO/2016) Observe atentamente as seguintes


informações:
I – Parte da ciclovia Tim Maia desaba no Rio de Janeiro.
II – Teatro chora a morte da atriz Tereza Rachel.
III – Novela “Dez Mandamentos” repete no cinema o sucesso que fez na tevê.
IV – CBF aumenta número de participantes na série A de 2016.
Quantas dessas quatro frases correspondem a fatos efetivamente ocorridos em 2016?
(A) Apenas as duas primeiras.
(B) Apenas as três primeiras.
(C) Apenas as três últimas
(D) Apenas as duas últimas.
(E) As quatro estão corretas.

19. (CASSEMS – MS - Assistente Administrativo - MS CONCURSOS/2016) Leia o texto a seguir, a


atribua V (verdadeiro) ou F (falso) aos itens e assinale a alternativa correta. O Aedes aegypti é um
mosquito doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por
pessoas, tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao
amanhecer e ao entardecer. O Aedes aegypti é transmissor
( ) da febre maculosa.
( ) da febre por vírus Zika.
( ) da febre de chikungunya.
( ) da Influenza A/H1N1.

(A) V, V, V, V.
(B) F, V, V, V
(C) V, V, F, V.
(D) F, V, V, F

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20. (CASSEMS – MS - Assistente Administrativo - MS CONCURSOS/2016) O governo da
presidenta Dilma Rousseff está sendo acusado de praticar manobra contábil para cumprir as metas
fiscais, fazendo parecer que há equilíbrio entre gastos e despesas nas contas públicas. Qual o apelido
dado à manobra?
(A) Superávit primário
(B) Ajuste fiscal
(C) Pedalada fiscal
(D) Manobra orçamentária

21. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016)


Justiça homologa acordo de leniência com Andrade Gutierrez
O juiz federal Sérgio Moro homologou o acordo de leniência entre a empreiteira Andrade Gutierrez e
o Ministério Público Federal.
(G1, 08.05.2016.)
Nos termos do acordo, em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a
empresa
(A) decidiu não mais financiar campanhas de candidatos e partidos políticos, assim como se
comprometeu a desmontar o seu escritório de lobby em Brasília.
(B) firmou que os seus executivos devem se manifestar apenas no que for estabelecido
expressamente pelos contratos firmados, para evitar práticas de suborno e corrupção.
(C) resolveu submeter todos os seus contratos a auditorias externas e, a título de transparência,
repatriou os seus recursos depositados em paraísos fiscais.
(D) aceitou pagar R$ 1 bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações
de corrupção em que possa estar envolvida.
(E) estabeleceu limites para o valor das obras públicas das quais participará de agora em diante,
evitando os projetos mais custosos e com maior risco de corrupção.

22. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016) A Procuradoria-Geral da


República ofereceu nesta sexta- -feira (6 de maio) denúncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra
o governador pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade de documento particular. A
acusação tem como base desdobramentos da Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema
de financiamento ilegal de campanhas políticas.
(Folha de S.Paulo, 06.05.2016. Adaptado)
O governador denunciado foi
(A) Geraldo Alckmin, de São Paulo.
(B) Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
(C) Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro.
(D) Beto Richa, do Paraná.
(E) Flávio Dino, do Maranhão.

23. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016) Depois de diminuir de cinco
para quatro os dias úteis do serviço público, o presidente anunciou nesta quinta-feira (14 de abril) que
mudará o fuso horário do país para economizar energia. O horário de verão é mais uma medida do
governo para tentar resolver a crise energética. Nos últimos meses, a seca provocada pelo El Niño
diminuiu ainda mais a geração de energia, já afetada pela falta de infraestrutura.
(Folha de S.Paulo, 14.04.2016. Adaptado)
A notícia trata da situação energética
(A) na Venezuela.
(B) na Bolivia.
(C) no Paraguai.
(D) no Peru.
(E) no Equador

24. (ELETROBRAS-ELETROSUL - Técnico de Segurança do Trabalho – FCC/2016) As agências


Standard & Poor's, Moody's e Fitch tornaram-se mais conhecidas dos brasileiros a partir do ano de 2015
e ainda são notícia neste ano de 2016 porque
(A) indicam a venda do pré-sal como medida de saneamento econômico da Petrobras e mantêm a
recomendação para que os juros continuem elevados.

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(B) defendem amplas reformas políticas, sobretudo no poder executivo e recomendam novas medidas
econômicas, dentre as quais a reinstalação da CPMF.
(C) sustentam a perspectiva de deterioração da economia brasileira e continuam mantendo o
rebaixamento do grau de investimento do país.
(D) são porta-vozes do governo estadunidense que pretende a adesão do Brasil ao bloco
Transpacífico e aconselham o governo a ampliar as reservas cambiais.
(E) contestam legalmente o afastamento da Presidente e defendem a redução da carga tributária que
onera os produtos destinados à exportação.

25. (Prefeitura de Guarulhos – SP - Agente Escolar – VUNESP/2016) O governo e a guerrilha das


Farc firmaram histórico acordo que pretendia por fim a mais de meio século de conflito armado. O governo
e as Farc chegaram ao acordo de paz depois de quase quatro anos de negociações. O pacto só se
tornaria efetivo se fosse aprovado pela população em um referendo ocorrido em 2 de outubro.
O acordo, rejeitado pela população no referendo, referia-se
(A) à Bolívia.
(B) à Colômbia.
(C) ao Panamá.
(D) ao Chile.
(E) ao Equador.

26. (Prefeitura de Guarulhos – SP - Agente Escolar – VUNESP/2016) O candidato republicano à


Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ao México para se reunir com o presidente Enrique
Peña Nieto, um encontro duramente criticado pelos mexicanos que desaprovam o discurso do magnata
nova-iorquino.
(G1, 31.08.2016. Disponível em: <http://goo.gl/XslVgV>. Adaptado)
Uma das críticas dos mexicanos a Trump deve-se
(A) à sua proposta de construir um muro na fronteira entre os dois países.
(B) ao seu projeto de criação de uma área de livre comércio na América do Norte.
(C) à sua intenção de expulsar todos os mexicanos residentes nos EUA, legais ou ilegais.
(D) à sua tentativa de intervir na política interna do país, apoiando alguns políticos e não outros.
(E) à sua defesa da entrada da polícia dos EUA no país vizinho com o objetivo de lutar contra o tráfico.

27. (Prefeitura de Piedade – SP - Técnico Legislativo – PUBLICONSULT/2016)


“__________________ foi o responsável por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos
do Rio-2016, nesta sexta-feira (5/08/2016), no Maracanã. Ocupou o lugar de Pelé, que era a primeira
opção da organização. Porém, o ex-jogador de futebol recusou o convite alegando problemas físicos que
o impossibilitariam de participar do evento”.
(Fonte: olimpiadas.uol.com.br, 06/08/2016)
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) A ex-jogadora de basquetebol Hortência Marcari
(B) O tenista tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten
(C) O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima
(D) O ex-jogador de basquetebol, Oscar Schmidt

28. (Prefeitura de Cipotânea – MG – Enfermeiro - REIS & REIS/2016) “Apontada como um


mecanismo importante de financiamento cultural no Brasil, a ________________ é constantemente alvo
de críticas e voltou ao debate nacional por causa da extinção – agora revertida – do Ministério da Cultura
na gestão interina de Michel Temer. Esta Lei foi criada em 1991, durante o governo Collor, e permite que
produtores e instituições captem, junto a pessoas físicas e jurídicas, recursos para financiar projetos
culturais. O valor destinado a esses projetos pode ser deduzido integralmente do Imposto de Renda a
pagar.”
Marque a alternativa que completa corretamente o enunciado acima:
(A) Lei Collor.
(B) Lei Rouanet.
(C) Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
(D) Lei Echer.

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29. (Prefeitura de Portão – RS - Agente Admnistrativo - LEGALLE Concursos/2016) Como se
chama a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no país, que começou investigando uma
rede de doleiros que atuavam em vários Estados e descobriu a existência de um vasto esquema de
corrupção na Petrobrás?
(A) Operação Mala Preta.
(B) Operação Aguas Profundas.
(C) Operação 13 de maio.
(D) Operação Lava Jato.
(E) Operação Jaguatirica.

30. (Prefeitura de Portão – RS - Agente Admnistrativo - LEGALLE Concursos/2016) O Ministério


da Saúde (BRASIL, 2016) confirmou recentemente a relação entre o vírus Zika e _______________. As
investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente,
a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a
gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Preenche adequadamente a lacuna no fragmento acima:
(A) O surto de microcefalia na região Nordeste.
(B) O surto de encefalopatia na região Sul.
(C) A febre chikungunya na região Sudeste.
(D) A dengue hemorrágica na região Norte.
(E) A macrocefalia na região Sul.

Respostas

01. Resposta: B
A compra pela brasileira Petrobras de uma refinaria de petróleo em Pasadena, Texas (EUA), em 2006,
levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação. Em 2006, a Petrobras pagou
US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo
que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela
refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.

02. Resposta: D
Em 2015, o governo federal revisou a meta fiscal para o ano com um déficit primário (despesas maiores
do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 51,8 bilhões.

03. Resposta: B
A Operação Lava começou investigando uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e
descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras (Estatal brasileira de petróleo),
envolvendo políticos de vários partidos e as maiores empreiteiras do país.

04. Resposta: A
O presidente cubano Raúl Castro voltou a pedir nesta o levantamento do embargo econômico imposto
à ilha ao presidente americano Barack Obama durante reunião entre os líderes em Havana, no Palácio
da Revolução, em março de 2016. Apesar das negociações para a retomada de relações entre os dois
países, o embargo, que existe desde a década de 1960 ainda vigora.

05. Respostas: B
A fosforiletanolamina ou fosfoetanolamina é um composto químico orgânico presente naturalmente no
organismo de diversos mamíferos. A fosfoetanolamina ganhou um grande destaque, a nível nacional, no
final de 2015 em função de seu possível potencial de utilização no combate ao câncer.

06. Resposta: D
O ministro Teori Zavascki é o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

07. Resposta: A
Entre os itens destacados, apenas o item IV está incorreto. Durante o tempo em que esteve preso, o
senador continuou com seu mandato. Para que haja a cassação do mandato algum partido precisa entrar
com representação contra o senador por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.

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08. Resposta: B
O filme "O menino e o mundo", do diretor Alê Abreu, foi indicado ao Oscar de melhor animação do ano.
Essa é a primeira vez que o país disputa nesta categoria.

09. Resposta: B
O julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de Dilma por crime
de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos de crédito
suplementar sem autorização do Congresso Nacional.

10. Resposta: A
A causa desse aumento de preços está no campo. No Paraná, onde um quarto do feijão nacional é
produzido, a safra foi complicada. O maior produtor de feijão do país teve problemas no começo, no meio
e no fim da plantação.

11. Resposta: D
Juiz Sérgio Moro é o responsável pela ação penal que investiga esquema de corrupção na Petrobras,
conhecido como operação Lava Jato.

12. Resposta: A
A Lei Ficha Limpa ainda proíbe a candidatura de quem for condenado, em decisão sem a possibilidade
de recurso pelos crimes:
- contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
- contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os que estão previstos na
lei que regula a falência;
- contra o meio ambiente e a saúde pública;
- eleitorais, que estabelece penas que privam a liberdade;
- de abuso de autoridade, quando houver condenação à perda de cargo ou à impossibilidade de
exercer função pública;
- de lavagem ou ocultação de bens, direito e valores;
- de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
- de redução à condição análoga à de escravo;
- contra a vida e a dignidade sexual;
- praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.

13. Resposta: C
Entre diversos motivos, o primordial é a questão da imigração. O argumento central era de que o Reino
Unido não poderia controlar o número de pessoas entrando no país enquanto continuasse no bloco.

14. Resposta: D
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski foi o responsável por conduzir
o julgamento de mérito do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

15. Resposta: A
Ilan Goldfajn, anunciado como presidente do Banco Central (BC) no governo de Michel Temer. Atual
economista-chefe e sócio do banco Itaú, Goldfajn assumiu o BC em um momento delicado: a instituição
enfrenta uma crise de credibilidade por supostos excessos de ingerência política e a alta de preços insinua
estourar a meta oficial pelo segundo ano consecutivo.

16. Resposta: D
O cargo que não será escolhido nas eleições municipais é o de Presidente da Câmara.

17. Resposta: C
Ao contrário do que muitos pensam, Istambul não é a capital da Turquia, Ancara é a sua capital e esta
localizada na Anatólia Central.

18. Resposta: B
I - Um trecho de cerca de 20 metros da Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do
Rio, desabou na manhã do dia 21/04/2016.
II – Morreu, a atriz Tereza Rachel no dia 02/04/2016.

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III – O filme os Dez Mandamentos foi lançado no dia 28/01/2016.

19. Resposta: D
Dentre as alternativas o Aedes aegypti é responsável pela transmissão do vírus Zika e da febre
chikungunya.

20. Resposta: C
O governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi acusado de praticar manobras fiscais, afim de cumprir
as metas, essa manobra ficou conhecida como pedaladas fiscais.

21. Resposta: D
Em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a empresa aceitou pagar R$ 1
bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações de corrupção que possa
estar envolvida.

22. Resposta: B
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou no dia 6 de maio de 2016 ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ) o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, em razão de fatos apurados na Operação Acrônimo. O empresário
Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, também foi denunciado.

23. Resposta: A
A Venezuela reverteu no dia 15 de abril de 2016 uma mudança de fuso horário de meia hora que foi
uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.
Chávez atrasou os relógios do país 30 minutos em 2007 para que as crianças pudessem acordar para
ir à escola com luz do sol.
Mas seu sucessor, Nicolás Maduro, decidiu retomar o sistema anterior, quatro horas atrás do Horário
do Meridiano de Greenwich (GMT, na sigla em inglês), para ter mais luz solar no final da tarde, quando o
consumo de energia chega ao máximo.
Uma seca grave está afetando o reservatório de Guri que gera dois terços do consumo energético da
Venezuela, e a falta de luz e água é frequente.
(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/venezuela-muda-fuso-horario-criado-por-
chavez-para-poupar-energia.html)

24. Resposta: C
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota do Brasil e tirou o grau de investimento –
selo de bom pagador – do país no dia 24 de fevereiro de 2016, o rating, que é usado como referência
para os investidores estrangeiros aplicarem recursos no Brasil, foi cortado em um nível, passando de BB+
para BB, com perspectiva negativa.

25. Resposta: B
Contrariando as expectativas, a população da Colômbia rejeitou o acordo de paz entre o governo e
as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em um plebiscito no domingo (02/10/2016).

26. Resposta: A
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ao México para se
reunir com o presidente Enrique Peña Nieto, um dos temas discutidos foi a construção de um muro na
fronteira entre os dois países, proposta defendida pelo republicano em sua campanha.

27. Resposta: C
O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima foi o responsável por acender a pira olímpica na
cerimônia de abertura dos Jogos do Rio-2016.

28. Resposta: B
Sancionada em 1991, a Lei 8.313, conhecida como Lei Rouanet, instituiu o Programa Nacional de
Apoio à Cultura (Pronac), que estabelece as normativas de como o Governo Federal deve disponibilizar
recursos para fomentar a cultura no Brasil. Para cumprir este objetivo, um dos mecanismos criados foi o
"Incentivo a projetos culturais", também chamado de "Incentivo fiscal".

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29. Resposta: D
A Operação Lava Jato é a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela
começou investigando uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e descobriu a existência de
um vasto esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos e as maiores
empreiteiras do país

30. Resposta: A
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região
Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de
exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas.
Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. (Fonte:
http://portalsaude.saude.gov.br)

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