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DE DUVE, Thierry . La Performance hic et nunc. In : CHANTAL, Pontbriand dir.

Performances text (e)s et documents. Actes du Colloque Performance et

Multidisciplinarité,

Thierry de Duve, em uma conferência de 1981, define a performance como a

arte do aqui e agora, pois implica a co-presença, em espaço e tempo reais do

“performer” e de seu público1. Diante de um fenômeno tão diversificado e de um

conceito tão fluído como os da performance é presunçoso falar algo que seja

geral, no entanto existiriam alguns traços recorrentes. A reunião no espaço-

tempo homogêneo, o aqui e agora, é um traço recorrente da performance: uma

obra de arte que aparentemente cessa de existir uma vez que o performer e seu

público se separam, uma obra dependente do “hic et nunc”, intransportável no

espaço e não reprodutível no tempo. ( X Fleck). O que os junta é um contrato e

um rito. O contrato é trilateral, uma vez que na performance três instâncias estão

reunidas: uma instituição, um performer, um público. Quanto ao ritual, ele

assegura a cada um seu lugar e seu tempo e o elo para fazer existir um objeto

que não pré-existe a seu nome: a prática da performance. As regras de sua

construção são incertas, por demais variadas para serem ditas específicas, ou

dito de outra forma, sem tradição. Não se pretende que uma performance

produza um objeto de arte, mas instaura um rito performativo, seja com gestos,

dança, ato, ou imagem, um conjunto sem regras que foi estabelecido chamar

performance, por isso o fenômeno performance trata-se de uma nominação e

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DUVE, Thierry de. La Performance hic et nunc. In : CHANTAL, Pontbriand dir. Performances text (e)s
et documents. Actes du Colloque Performance et Multidisciplinarité, op.cit, p. 18
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isso é um objeto de arte, tal como o urinol de Duchamp. Não importa que não

estejamos reunidos em torno de um verdadeiro objeto de estudo, mas somente

em torno de uma palavra, visto que nós lhe conferimos um poder de nominação.

Para o autor o aqui e agora, a presença seria então o traço que distinguiria o

fenômeno performance uma vez que ela abrange toda atividade humana cuja

percepção é ela própria suscetível de produzir e de organizar um efeito estético

imediato

- 1o traço: a performance aqui e agora, co-presença, em espaço e tempo real,

do performer e de seu público. Nada é mais suspeito no contexto filosófico atual

que a idéia de presença. A presença é a temporalidade imaginária de uma

civilização que confia no tempo e no espaço como formas a priori da

sensibilidade. Como o espaço e tempo são transcendentais tornam possível a

experiência, o presente é o modo natural de espaço-tempo A atualidade do

cinema denota uma presença de outra natureza: ela é reprodutível por definição,

reatualizada em cada uma de suas cópias e transportável no espaço. O cinema

em tempo real de Warhol renova o início do cinema e retoma análise crítica do

meio, aí onde o cinema comercial havia abandonado, ocultado. A atualidade do

filme se opõe a aura da obra de arte não reprodutível. Como a aura ela é um

modo de presença, um hic et nunc, mais contrariamente a aura totalmente

independente da autenticidade e unicidade da obra.

- tratamento da presença pelo minimalismo engendra as ideias de situação, de

repetição e processo. O interesse dos artistas do minimalismo marca a

transferência de uma concepção de obra enquanto objeto para uma obra


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enquanto “instalação’ implicando o colocar em situação do espectador. Mas o

sujeito-espectador não está somente diante de um objeto, ele é incorporado à

uma situação na qual percebe seu próprio deslocamento, a um devenir

contínuo . A experiência estética que nasce da instalação minimalista requer

como condição um colocar em situação um espaço-tempo real. O minimalismo

é a primeira forma de arte que lida com a queda dos trancendentais kantianos. É

natural procurar na escultura minimalista a ideia de presença que caracteriza a

performance de hoje.

Distingue três tipos de performances; uma primeira que assinala um retorno ao

existencialismo, um tipo de surrealismo neo ou retro, uma retomada das idéias

de Artaud, que seria regressiva. Esse tipo de performance pretende reagir contra

o formalismo da minimal. Um segundo tipo reproduza o formalismo da minimal e

se coloca como estilo. Uma terceira indica uma verdadeira assimilação da

minimal e aponta para novos enigmas. Somente estas devem sobreviver ao

fenômeno performance e resiste a um rótulo de gênero artístico tão fútil quanto

provavelmente efêmero.

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