Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Região Nor
Apontamentos inici
141
Bento, M. A. da S. et al.
convient de noter que les processus énoncés par la société civile sont la
bonne humeur collective, afin de guider la construction d’une éducation
de qualité démocratique collective proposée qui tient compte de la diver-
sité territoriale et humaine, et lutte contre les inégalités.
Mots-clés: formation des enseignants, high school, relations raciale-
ethnique.
que vários dos seus problemas são re- Desenvolvimento da Educação Básica.
sultado de circunstâncias históricas. Quanto a isso, cabe a discussão sobre
Nenhum deles se origina de atavis- como articular uma forma de avaliação
mos ou de questões a eles vinculadas. verdadeiramente “universal” que, ao
E que a caracterização de atraso por mesmo tempo em que reúna elemen-
indicadores como o IDH (Índice de tos que sejam comuns às escolas de
Desenvolvimento Humano) está pau- todo o País, possibilite a inclusão efe-
tada em uma lógica urbanocêntrica que tiva dos saberes locais, das diferentes
ignora que, apesar da falta de condições regiões. Provavelmente, na construção
adequadas de educação formal e saúde, desta outra concepção de avaliação, a
o amazônida de comunidades tradicio- presença dos sujeitos locais tornar-se-á
nais não exibe as fragilidades nutricio- imprescindível. No entanto, conside-
nais observadas em outras partes pou- rando-se o processo de avaliação atual,
co favorecidas do mundo e utiliza os não se pode negar que o baixo desem-
recursos florestais de modo sustentável, penho das escolas na região Norte,
inclusive no trato de enfermidades particularmente no que diz respeito ao
leves, guardando muitas e ricas lições ensino médio, merece atenção. Outras
para a humanidade (Brito 2012). regiões do Brasil padecem da mesma
dificuldade, no sentido da necessidade
Na verdade, o que é considerado “atraso”
de uma avaliação mais articulada com
explicita o resultado das políticas de
as localidades e, ainda assim, vêm con-
desenvolvimento concebidas ou im-
seguindo um desempenho melhor no
plementadas na Amazônia, nas quatro
índice. O que significa esta diferença?
últimas décadas. Podem-se destacar
Que impacto pode ter no futuro escolar e
aqui os projetos agropecuários, hi-
profissional dos jovens oriundos de esco-
drelétricos e de mineração, que se lo-
las desta região? Quando comparamos o
calizam, em grande parte, no Pará e
desempenho no IDEB da região Norte e
determinaram uma infraestrutura tec-
do Pará com o do Brasil no período entre
nológica bem como padrões de ocupa-
2005 e 2011 (Figura 1), observamos uma
ção e colonização centrados somente
melhora gradativa nos índices, mas a
no acesso, uso e controle dos recursos
situação desta região e do Pará com re-
naturais. Este padrão vem gerando ex-
lação ao Brasil é negativa e ainda bastante
clusão social e expulsão da população
significativa (Brito 2012).
rural para as periferias das pequenas e
médias cidades, bem como ocupação Sendo a região mais jovem do Brasil,
de bens públicos, gerando ainda con- possui o maior percentual de crianças
flitos de terra e violência no campo. Os em idade escolar. No entanto, ao se
dados educacionais da região refletem comparar as pessoas matriculadas frente
essa desigualdade. à população já em idade escolar, é pos-
sível observar a carência de creches na
Na região Norte, os índices de desem-
região (Figuras 2 e 3).
penho das escolas são os piores do
Brasil, segundo o IDEB – Índice de De outro lado, no Norte, temos tam-
Figura 1 – Comparação entre Pará, região Norte e Brasil com relação ao desempenho
no IDEB.
bém o maior número de crianças por para que sejam atendidas as necessi-
turma (Tabela 1). dades de suas crianças, numa etapa da
vida considerada crucial para o desen-
A tabela 1 explicita que os números de
volvimento pleno de competências e
crianças por turma na creche e pré-escola
habilidades. Na Amazônia, como em
revelam uma sobrecarga significativa,
todo o País, esta etapa da educação vem
quando comparados à média nacional.
sendo negligenciada, particularmente
Comparada com outros níveis de ensi- na etapa de 0 a 3 anos. Estudos (Alves
no, a educação infantil ainda tem baixa 2007) apontam que só a partir de 1987
demanda atendida, segundo o Censo passos iniciais foram dados no sentido
de 2010, com uma média nacional de de investir na formação de professores
29,3 matrículas em escola ou creche e na sua condição profissional e, a par-
na rede municipal e estadual, para cada tir de 1997, novos espaços mais estru-
100 crianças de 0 a 5 anos de idade. A turados são criados em Belém. Souza
demanda atendida é mais baixa em al- (2007) aponta que se pode identificar
guns Estados brasileiros, dentre eles o numa importante iniciativa levada a
Amapá (20,0) e o Amazonas (22,9). O cabo em Belém, a Escola Cabana,
referido censo revela ainda que estes sinais de boas possibilidades de um tra-
níveis educacionais abarcam os mais balho produtivo e eficiente na região,
elevados percentuais de atendimento no campo da educação infantil. Enfim,
pela rede pública de ensino na região o cenário mostra que a educação infan-
Norte. Ou seja, a população da região til e, como veremos adiante, o ensino
Norte depende dos serviços públicos médio, constituem os grandes desafios
Figura 2 – Comparação entre a região Norte e o país com relação à proporção de ma-
triculados nos diferentes níveis escolares.
Figura 3 – Comparação entre a região Norte e o país com relação à proporção de pessoas
em idade escolar.
Tabela 1
Média de alunos por turma
Figura 6 – Proporção de professores com nível superior nos diversos estados da região
Norte (Dados de 2011).
graves no ensino médio, como se pode região Norte era de 50%. Baixa qualifi-
observar no gráfico da figura 7. cação dos professores, instalações pre-
cárias, transporte inadequado e falta de
O percurso de repetências que gera a
material pedagógico relacionado à cultura
chamada distorção idade-série tem sido
local vêm sendo apontados como alguns
considerado uma forte razão para o
dos fatores responsáveis por diminuir o
abandono. A média nacional da taxa de
interesse dos estudantes nas aulas e, con-
distorção entre idade e série em 2010, no
sequentemente, por retê-los ao longo
Ensino Médio era de 34,5%, porém, na
Quadro 1
Indicadores de Rendimento Escolar
Ensino Médio
Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono, segundo a Região Geográfica e a
Unidade da Federação – 2011
Unidade da Ensino Médio – Taxas de Rendimento Escolar
Federação Aprovação Reprovação Abandono
Brasil 77,4 13,1 9,5
Norte 75.4 10,7 13,9
Pará 69,9 12,4 17,7
Fonte: MEC/INEP/Deed.
No que diz respeito às populações ru- baixo que o da população não indígena,
rais, negras e indígenas, as desigualdades especialmente na área rural. O analfabe-
são ainda mais expressivas, revelando tismo chega a 33,4% para os indígenas de
problemas mais complexos relacionados 15 anos ou mais em áreas rurais e, segun-
à gestão educacional, à insuficiência do o censo de 2010, a educação de jovens
e inadequação do transporte escolar, à e adultos tem entre os indígenas 246.793
baixa qualidade da formação dos pro- matrículas (IBGE 2010).
fissionais de educação e à carência de
A questão da educação indígena é com-
estrutura física e de currículo e material
plexa. O que consideramos educação
didático voltado para a cultura da região,
indígena pode ser entendido de duas for-
à baixa observância da Lei de Diretrizes
mas – a educação indígena a ser oferecida
e Bases alterada pela Lei nº 10.639/03 e
aos povos indígenas e o conteúdo de
pela Lei nº 11.645/08 (História e Cultura
História Indígena oferecido para todo
Afro-Brasileira e Indígena), entre outros.
o Brasil, conforme determina a Lei de
Neste sentido, tendo em vista a singu-
Diretrizes e Bases da Educação (Brasil
laridade e a situação mais agravada em
2008). Concentraremo-nos, aqui, no pri-
termos de desigualdades, faremos uma
meiro caso, mas algumas considerações
breve abordagem sobre a educação indí-
sobre o segundo são importantes, uma
gena e a educação quilombola.
vez que ambos estão inter-relacionados.
Ainda que os livros didáticos distribuí-
P OLÍTICAS PÚBLICAS COM dos a partir do Programa Nacional do
RECONHECIMENTO DE IDENTIDADES Livro Didático incluam algum conteúdo
– EDUCAÇÃO INDÍGENA E relativo à História dos Povos Indígenas,
EDUCAÇÃO QUILOMBOLA duas questões devem ser objeto de re-
flexão e atenção: em primeiro lugar, os
livros didáticos distribuídos por aquele
EDUCAÇÃO INDÍGENA programa ainda restringem a abordagem
A região Norte contempla o maior con- sobre a experiência indígena ao passado
tingente populacional de povos indígenas colonial, desconsiderando a participação
do Brasil: a terra com maior população in- indígena nos processos históricos ocor-
dígena é Yanomami, no Amazonas e em ridos desde a Independência; em se-
Roraima, com 25,7 mil indígenas. O Censo gundo lugar, os cursos de formação de
de 2010 registrou no Brasil 896,9 mil professores frequentemente minimizam
indígenas, em 505 territórios que repre- o conteúdo relacionado à temática in-
sentam 12,5% do território brasileiro. dígena e, amiúde, assumem uma pos-
Foram encontradas 305 etnias que falam tura paternalista diante da questão,
274 línguas indígenas (IBGE 2010). comprometendo as atitudes dos fu-
turos professores diante do tema e,
Mesmo com uma taxa de alfabetização consequentemente, diante dos futuros
mais alta que em 2000, a população in- alunos (Coelho 2010a, 2010b).
dígena ainda tem nível educacional mais
No que tange à educação indígena
(oferecida aos povos indígenas), encon- docentes indígenas têm apenas o ensino
tramos situações diversas na região: em fundamental incompleto, o que evidencia
alguns Estados, como Amazonas e Ro- a necessidade contínua de investimentos
raima, há políticas educacionais voltadas específicos na área.16
para os povos indígenas que contam com
De qualquer forma, não se encontrou
sua participação na formulação e imple-
registros de política educacional voltada para
mentação; nos demais Estados, a política
os povos indígenas junto à Secretaria de
é desigual, por razões diversas, e a aplica-
Educação do Pará.17
ção é significativamente menos bem con-
duzida que naqueles dois primeiros. Cabe comentar, no entanto, que vêm sen-
do oferecidos cursos de licenciatura para
No Amazonas e em Roraima contam-
jovens indígenas em 20 universidades
se mais de mil escolas, considerando-se
federais. Cerca de 2 mil docentes já foram
que em toda a região há 1.469 escolas.15
formados e 3 mil estão na universidade.
Naqueles dois Estados, parte dos profes-
A pretensão é formar 12 mil professo-
sores e dos agentes escolares é indígena
res indígenas no prazo de seis anos. No
e oferece uma educação bilíngue e dire-
currículo, há oito disciplinas: matemática,
cionada a partir das políticas educacio-
português, geografia, língua kuikuro,
nais indígenas (Melia 1999; Silva 1999,
história, ciência, arte e educação física
2000; Weigel 2003; Cunha 2008; Baines
(exercícios da cultura do povo kuikuro)
2012). Nos demais Estados, os dados
(Unicef 2011:89).
disponíveis são limitados. O contato com
professores da rede municipal de diversas Está em discussão atualmente, no
regiões do Estado do Pará nos permite MEC, a organização da educação indí-
afirmar que, nesse Estado nem todas as gena por territórios etnoeducacionais,
escolas indígenas oferecem uma educa- conforme critérios sociais e históricos
ção bilíngue. Aliás, alguns dos alunos dos dos povos. Uma Comissão Gestora já
cursos de formação de professores atu- foi formada e discute essa divisão jun-
avam em aldeias indígenas sem qualquer to com os indígenas.
conhecimento das línguas indígenas ou
qualquer qualificação para o exercício da
profissão junto àqueles grupos – tratava- EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
se de professores leigos, sem a formação No que se refere à educação quilombola,
mínima exigida por lei para a atuação a região Norte conta com 442 áreas re-
como educadores em qualquer sistema conhecidas como de antigos quilombos.18
de ensino. Vale salientar que é expressivo Em geral, as terras quilombolas estão em
o contingente de professores indígenas, territórios de difícil acesso, onde vive uma
10% do total, em atuação nessas escolas, população com histórico de resistência à
os quais não só não concluíram o ensino dominação. A Constituição Federal, a
fundamental como nunca receberam ne- Convenção 169 da Organização Interna-
nhuma formação para atuar como pro- cional do Trabalho, o Decreto nº 4887, de
fessores. Na região Norte, 18,4% dos 2003, e a LDB garantem a essas comu-
nidades, além da posse e propriedade co- 57,5% das crianças e dos adolescentes
letiva da terra, o direito a serviços como quilombolas do País pertencem a famí-
saúde, educação e saneamento básico. O lias da classe E.
primeiro Censo Escolar que incluiu as
Nas comunidades remanescentes de
comunidades quilombolas foi realizado
quilombos da Amazônia, 15% dos do-
apenas em 2004. Por si só, este dado
centes tinham ensino superior, sendo que
revela uma relevante razão para a carên-
73% concluíram apenas o ensino médio,
cia de dados que se observa na região. De
segundo o Censo. O índice distancia-se
qualquer forma, segundo o Censo Esco-
de maneira alarmante, quando compara-
lar, 50,9% das 1.253 escolas em comu-
do ao das escolas não quilombolas da
nidades remanescentes de quilombos no
região – de 54% e 45%, respectivamente
Brasil estavam nos Estados da Amazônia
(Unicef 2011: 89).
Legal (Unicef 2011:92).
A condição precária das escolas, nas mes-
Nos sites do MEC e do INEP, não se en-
mas comunidades, salta aos olhos: 77%
contram dados atualizados sobre a edu-
das instituições não tinham rede de es-
cação quilombola, mas até 2007 houve
goto; 74% não contavam com energia
um crescimento significativo no número
elétrica e 12% não disponibilizavam água
de matrículas em todos os níveis, com
filtrada para os alunos. Em sete escolas, o
destaque para a pré-escola (282%) e o en-
abastecimento de água nem sequer acon-
sino fundamental (166%). O menor au-
tecia (mesmo por meio de poços, rios ou
mento ocorreu no ensino médio (18%).
cisternas) (op. cit.).
Somente 148 alunos cursavam o en-
Outra dificuldade dos alunos quilombo-
sino médio em escolas quilombolas na
las é estabelecer vínculos entre os conteú-
Amazônia, o que mostra a dificuldade
dos aprendidos na escola com a vida no
dos meninos e das meninas dessas comu-
dia a dia da comunidade. O artigo 26 da
nidades em concluir os estudos no campo
LDB obriga que os currículos dos ensi-
(op. cit.). A educação de jovens e adultos,
nos fundamental e médio tenham uma
no entanto, tem dentre os quilombolas
base nacional comum, “a ser comple-
210.485 estudantes matriculados, segun-
mentada, em cada sistema de ensino e
do censo de 2010.
estabelecimento escolar, por uma parte
Os dados relativos à quantidade de es- diversificada, exigida pelas características
colas algumas vezes são desencontrados. regionais e locais da sociedade, da cultura,
De todo modo, oferecemos o que con- da economia e da clientela”, e a LDB al-
sideramos ser mais confiável diante do terada pela Lei nº 10.639, obriga o ensino
quadro geral que se apresenta. da história e da cultura afro-brasileiras.
Condições socioeconômicas desfa- No entanto, apenas 11% das escolas
voráveis e baixa escolaridade dos pais e quilombolas da Amazônia utilizavam
professores podem dificultar a aprendiza- material didático relacionado ao contexto
gem de meninas e meninos quilombolas. e cultura negra. Entende-se que deste
Neste sentido, importa observar que cenário pode decorrer a perda de in-
A dificuldade em reunir elementos infor- que esta região não vem contando, como
mativos é uma das questões relevantes a deveria, com a obrigatória presença do
serem destacadas. Para a elaboração deste poder público, auxiliando na concepção
texto foram consultadas as páginas das e implantação de políticas, formuladas a
secretarias de educação dos Estados e partir da realidade e dos saberes locais.
acionados auxiliares para a coleta de da-
De qualquer forma, tendo como ponto
dos, junto à Secretaria de Educação do
de partida o IDEB (Índice de Desenvolvi-
Estado do Pará. Em relação à maioria
mento da Educação Básica), podemos
das secretarias, deparou-se com limitação
constatar as consequências que o sistema
na oferta de dados sistematizados, bem
educacional acarreta ao ser constituído
como no fornecimento de informações
por professores leigos, sem a qualificação
mais precisas por parte dos responsáveis.
necessária, muitos deles com dificuldades
No caso da SEDUC/PA, foram ofereci-
básicas, herdadas de uma alfabetização
dos (Brito, 2012) diversos diagnósticos
precária. Deste modo, o quadro da edu-
que possibilitaram as diferentes análises
cação indígena e da educação quilom-
referentes ao Estado do Pará.
bola apresenta dificuldades mais agudas,
A dificuldade na obtenção dos dados é frente ao quadro geral da educação na
indicativa do quadro geral da educação região. Ele possui especificidades, em
na região, especialmente nos dois maio- função das comunidades atendidas: falta
res Estados que a constituem: políticas e de qualificação, falta de políticas e pro-
programas conduzidos muitas vezes de gramas continuados, falta de respeito a
forma pontual, sem continuidade e por pressupostos mínimos como conheci-
pessoal que nem sempre possui a quali- mento das línguas indígenas, da memória
ficação devida. Isto não se dá, que fique e da trajetória das comunidades a que se
claro, por falta de pessoal ou de recursos. destinam os programas educacionais for-
As universidades dos dois maiores Es- mulados, entre outros entraves.
tados contam com programas de pós-
Vale destacar, dentre os exemplos
graduação, os quais formam pesquisa-
positivos, a oferta de educação indí-
dores com a qualificação necessária para
gena nos Estados do Amazonas e de
a formulação e condução de estratégias.
Roraima. Talvez neles resida um bom
Vale salientar, no entanto, que uma leitura parâmetro para o início da superação
na robusta publicação27 das sínteses dos das dificuldades.
principais estudos produzidos pelo INEP
Este trabalho reiterou a compreensão de
(Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-
que os sistemas educacionais da região
sas Educacionais Anísio Teixeira) revela
Norte requerem análises circunstancia-
que ao longo de sua existência a região
das sobre as suas diversas dimensões.
Norte foi objeto de diminuta atenção.
Elas podem indicar os entraves e os
Considerando que a função do INEP
caminhos possíveis para a melhora da
é produzir diagnósticos que orientem a
oferta de educação na região Norte.
formulação de políticas educacionais pe-
Há que se salientar, no entanto, que os
los órgãos responsáveis, pode-se deduzir
processos que vêm sendo articulados
org/ter rit%C3%B3rios-de-ocupa% 27
Estatísticas sobre Educação Escolar Indí-
C3%A7%C3%A3o-tradicional/ gena no Brasil. INEP, 2007.
territ%C3%B3rios-remanescentes-de-
quilombos>.
19
A Lei n° 10.639/03, que altera a Lei n° REFERÊNCIAS
9.394/96, estabelece a obrigatoriedade do Agra, K.O. 2009. Buscando caminhos à educação
ensino da "História e Cultura Africana e inclusiva na Amazônia brasileira. Porto Velho:
Afro-Brasileira" na educação básica. A Lei Recensio.
n°11.645/2008 acrescentou a obrigatorie-
dade do ensino da história e cultura indígenas. ___. 2010. A educação inclusiva na Amazônia
brasileira: um caminho a ser percorrido. Acta.
<http://por tal.mec.g ov.br/index.
20
Sei. Human. Soe. Sei. 32(1): 31-38.
php?option=com_content&view=article&id
=12398<emid=688>. Alves, L. M. S. A. 2007. Educação Infantil e Es-
tudos da Infância na Amazônia. Belém: Edufpa.
21
Cf. discussão sobre a Lei n° 10.639/2003
na Região Amazônica, em Coelho (2010), ARAÚJO. R. M. L. 2003. O trabalho infantil
Magalhães (2010); outro trabalho relevante no Estado do Pará: uma visão panorâmica.
sobre Educação no campo na Amazônia: Revista ver a Educação 9(1): 31-50.
Oliveira (2010). Baines, S.G. 2012. O movimento político in-
22
Consultar o seguinte endereço eletrônico: dígena em Roraima: identidades indígenas e
<http://www.agenciapara.com.br/noticia. nacionais na fronteira Brasil-Guiana. Caderno
asp?id_ver=106951 >. CRH 25 (64): 33-44.
23
Consultar o seguinte endereço eletrônico: Barros, O. F. 2006. Trabalho popular em co-
<http://www.rondonia.ro.gov.br/noticias. munidades ribeirinhas e a educação popular
asp?id=12097&tipo=Mais%20Noticias>. na Amazônia, in Anais do Seminário de Educa-
ção e Movimentos Sociais, 4, pp. 7-24. Paraíba:
24
Consultar o seguinte endereço eletrônico: PPGE/UFPB.
<http://www2.seduc.to.gov.br/seduc/in-
dex.php?option=com_content&view=article Brasil. 1996. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro
&id=4962:diretoria-de-diversidade-da-seduc- de 1996. Brasília: Diário Oficial [da] República
promove-o-mes-da-consciencia-negra-no- Federativa do Brasil. 20 dez. 1996.
estado&catid=38:destaques>. ___. 2003. Lei nº 10.639, de 20 de dezembro
Atualmente, esta coordenadoria adota outro
25 de 2003, altera a Lei nº 9.394/96. Diário Ofi-
nome, a saber: Coordenadoria da Educação cial [da] República Federativa do Brasil. Brasí-
do Campo, das Águas e das Florestas – CE- lia, Distrito Federal, DF. 10 de jan., 2003.
CAF, pelo fato de, atualmente, algumas co- ___. 2008. Lei n° 11.645 de 10 de março de
munidades ribeirinhas e extrativistas não se 2008. Diário Oficial da União, 11 mar. 2008.
considerarem como sendo do campo e sim
das águas ou das florestas. Brito, L. P. 2012. SEDUC-PA. Seminário:
Desafios da Educação na Amazônia (dados do
26
Oriundo do relatório do “I Seminário de INEP). São Paulo: Canal Futura.
Elaboração de Políticas Públicas para a Edu-
cação do Campo do Estado do Pará”: por Chaves, V.L.J.; & R.N. Lima. 2006. Educação
uma educação do campo paraense, ocorrido superior brasileira – Pará. Brasília: Instituto Na-
em 2008, no Pará. cional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira.
Educação 22:5-13.
Wolochen, M. B; J. E. Souza-Lima, S. M.
Maciel-Lima. 2009. A casa familiar rural e
a pedagogia da alternância: Evidências de
uma educação alternativa para o campo.
Revista Científica Internacional 2(10): 1-22. Dis-
ponível em: http://www.researchgate.net/
publication/236342321_a_casa_familiar_
rural_e_a_pedagogia_da_alternncia_evidn-
cias_de_uma_educao_alternativa_para_o_
campo.
Recebido em 10/01/2013.
Aprovado em 10/03/2013.