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CONCEITO DE ONDA
Ondas são perturbações regulares que se propagam, mas não transportam matéria. As ondas
apenas transportam energia. A Ondulatória é a parte da física que estuda as ondas e os fenômenos relacionados
a elas.
TIPOS DE ONDAS
As ondas que produzimos ao tocar as cordas de um violão ou as que se propagam em um lago onde
atiramos uma pedra são chamadas de ondas mecânicas. Ondas mecânicas são aquelas que precisam de um
meio material para se propagar. As ondas do mar e as ondas que produzimos numa corda de violão, o som,
são exemplos de ondas mecânicas.
Entretanto, nem todas as ondas precisam de um meio para a sua propagação. A luz, por exemplo, é
uma onda emitida pelo Sol que se propaga até a Terra sem haver um meio material entre eles. Isso também
ocorre com as ondas de rádio, as ondas de raio X e as ondas térmicas. Essas ondas denominadas ondas
eletromagnéticas, propagam-se tanto na matéria quanto no vácuo, ou seja, em lugar sem matéria alguma.
As ondas se classificam em ondas mecânicas - aquelas que necessitam de um meio material para se propagar
– e ondas eletromagnéticas – que não precisam de um meio material para se propagarem.
Uma das características importantes de qualquer onda é a sua frequência, o número de oscilações
por unidade de tempo.
A unidade mais comum usada internacionalmente para expressar a frequência de uma onda é o hertz,
simbolizado por Hz, que equivale a uma oscilação por segundo.
Assim, por exemplo, dizer que a corda de um violino, colocada em vibração pelo músico, emite uma onda
sonora de frequência 440 Hz, significa dizer que essa onda sonora produzida pelo instrumento realiza 440
oscilações a cada segundo.
OUTROS ELEMENTOS DE UMA ONDA
A onda periódica é caracterizada por alguns elementos, que são:
Vamos relacionar a velocidade de propagação das ondas com elementos das ondas que já vimos: frequência e
período.
Já sabemos que, para uma determinada velocidade de propagação constante, ou seja, para uma onda se
propagando sem mudar de meio, temos:
em que: v é a velocidade;
é a distância percorrida;
é o tempo.
Como sabemos, sendo o período o tempo necessário para ser produzido um ciclo completo, e comprimento
de onda a largura de uma crista mais um vale, podemos concluir que a onda percorre um comprimento de
onda em um período.
em que: é o comprimento de onda
T é o período
f é a frequência
Cada região desse espectro corresponde a ondas que apresentam determinada faixa de frequência e possui
aplicações distintas. As ondas de luz, por exemplo, ocupam determinada região desse espectro.
Como frequência e comprimento de onda são grandezas inversamente proporcionais, podemos apresentar o
mesmo espectro eletromagnético indicando o sentido crescente das frequências e o sentido decrescente dos
comprimentos de onda. O meio considerado é o vácuo, em que a velocidade da luz é 300 000 km/s.
Como já vimos, quando essas ondas se propagam no vácuo, elas se propagam com a velocidade de 300 000
Km/s. De acordo com a Teoria de Relatividade, de Einstein, esta é a maior velocidade que pode ser alcançada
na natureza.
As velocidades das ondas eletromagnéticas em outros meios terão um valor distinto de seu valor do
vácuo, e sempre menor que ele.
O SOM
A produção do som está relacionada com as vibrações de materiais: ao falarmos vibramos as nossas cordas
vocais; vibramos as cordas de um violão ao tocá-lo, a “pele” de um tambor é vibrada quando a batucamos,
etc.
Das fontes sonoras até as nossas orelhas as vibrações produzem ondas que se propagam no meio
material: sólido, líquido e gasoso.
O som movimenta as moléculas de ar e estas batem umas nas outras, transferindo, dessa forma, sua energia
para outra molécula. As vibrações transmitidas são chamadas de ondas sonoras.
As ondas sonoras são ondas mecânicas. O som precisa do meio (ar, água, etc.) para ser produzido. Para além
da atmosfera, no espaço, o silêncio é absoluto, porque no vácuo (onde não há matéria) o som não se propaga.
Todo corpo capaz de oscilar ou vibrar tem a sua frequência natural de vibração. Isso acontece porque o corpo
é constituído por moléculas que vibram. Essas moléculas vibrando em conjunto determinam uma frequência
natural de vibração do corpo.
Uma vara de bambu, um copo, uma ponte. Todos os corpos têm a sua frequência natural de vibração.
Agora, imagine o que acontecerá se, próximo a esses corpos, for emitido um som exatamente na frequência
natural de vibração do corpo? A amplitude de vibração das moléculas vai aumentando, aumentando,
aumentando... E temos a ressonância.
O que acontece com o corpo ao entrar em ressonância? Se for uma estrutura rígida vai acabar rachando!
A ressonância é responsável pela sintonia das estações de rádio e pelo aquecimento dos alimentos no forno de
microondas: as moléculas do alimento entram em ressonância com as microondas, aumentando a sua agitação
térmica e, portanto, sua temperatura.
VELOCIDADE DO SOM
A propagação do som não é instantânea. Podemos verificar esse fato durante as tempestades: o trovão chega
aos nossos ouvidos segundos depois do relâmpago, embora ambos os fenômenos (relâmpago e trovão) se
formem ao mesmo tempo.
A propagação da luz, neste caso o relâmpago, também não é instantânea, embora sua velocidade seja superior
à do som.
Assim, o som leva algum tempo para percorrer determinada distância. Além disso, a velocidade de sua
propagação depende do meio em que ele se propaga e da temperatura em que esse meio se encontra.
No ar, a temperatura de 15ºC a velocidade do som é de cerca de 340m/s. Essa Velocidade varia em 55cm/s
para cada grau de temperatura acima de zero. A 20ºC, a Velocidade do som é 342m/s, a 0ºC, é de 331m/s.
Na água a 20ºC, a velocidade do som é de aproximadamente 1130m/s. Nos sólidos, a velocidade depende da
natureza das substâncias.
A todo instante distinguimos os mais diferentes sons. Essas diferenças que nossos ouvidos percebem se devem
às qualidades fisiológicas do som: altura, intensidade e timbre.
Altura – mesmo sem conhecer música, é fácil distinguir o som agudo (ou fino) de um violino do som grave
(ou grosso) de um violoncelo. Essa qualidade que permite distinguir um som grave de um som agudo se chama
altura.
Assim, costuma-se dizer que o som do violino é alto e o do violoncelo é baixo. A altura de um som depende
da frequência, isto é, do número de vibrações por segundo. Quanto maior a frequência mais agudo é o som e
vice versa. Por sua vez, a frequência depende do comprimento do corpo que vibra e de sua elasticidade. Quanto
maior a atração e mais curta for uma corda de violão, por exemplo, mais agudo será o som por ela emitido.
Intensidade – é a qualidade que permite distinguir um som forte de um som fraco. Ela depende da amplitude
de vibração: quanto maior a amplitude mais forte é o som e vice versa.
Na prática não se usa unidades de intensidade sonora, mas de nível de intensidade sonora, uma grandeza
relacionada à intensidade sonora e à forma como o nosso ouvido reage a essa intensidade. Essas unidades são
o bel e o seu submúltiplo o decibel (dB), que vale 1 décimo do bel.
O ouvido humano é capaz de suportar sons de até 120dB, como é o da buzina estridente de um carro. O ruído
produzido por um motor de avião a jato a poucos metros do observador produz um som de cerca de 140dB,
capaz de causar estímulos dolorosos ao ouvido humano.
A agitação das grandes cidades provoca a chamada poluição sonora composta dos mais variados ruídos:
motores e buzinas de automóveis, martelos de ar comprimido, rádios, televisores e etc. Já foi comprovado que
uma exposição prolongada a níveis maiores que 80dB pode causar dano permanente ao ouvido. A intensidade
diminui à medida que o som se propaga, ou seja, quanto mais distante da fonte, menos intenso é o som.