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Direito Tributário - Cláudio Borba

Direito Tributário Teoria e Questões

LIVRO SEGUNDO DO CTN

TÍTULO II
OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA

TIPOS DE OBRIGAÇÃO - Art. 113, CTN

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Art. 113,
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.

FATO GERADOR

Art. 114 – Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
Art. 115 – Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

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JURISPRUDÊNCIA

STF
“A EC nº 03/93, ao introduzir no art. 150 da CF/88 o § 7º, aperfeiçoou o instituto do fato gerador
presumido.
A lei complementar, por igual, definiu o aspecto temporal do fato gerador presumido como sendo a
saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte substituto”.
(ADI nº 1.851/AL – Alagoas – Rel.: Min. Ilmar Galvão – Julgamento: 08/05/2002).

CUIDADO COM O
“SALVO DISPOSIÇÃO DE LEI EM CONTRÁRIO ” ! ! !

EFEITOS DO FATO GERADOR

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais
necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos
termos de direito aplicável.

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FATO GERADOR SOB CONDIÇÃO

Art. 117 – Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou
negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.

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RECORDANDO O ART. 105, CTN

Art. 105, CTN – A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos
termos do Art. 116.

Na remessa de um produto para um parque de exposições, o FG do IPI ocorre sob condição suspensiva

NORMA ANTI-ELISÃO

Art. 116…
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos
em lei ordinária.

JURISPRUDÊNCIA

“A Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administrativa e da


indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a personalidade jurídica de sociedade
constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que facultado ao administrado o contraditório e a
ampla defesa em processo administrativo regular.”
(RMS nº 15.166/BA – Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 2002/0094.265-7 – Ministro Castro
Meira – DJ 08/09/2003).

PRINCÍPIO DO “NON OLET”

Art. 118 - A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

“Drogas: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A
exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso – antes de ser corolário do princípio
da moralidade – constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética.

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(STF - HC nº 77.530/RS – Rio Grande do Sul – Habeas Corpus – Relator(a): Min. Sepúlveda Pertence –
Julgamento: 25/08/1998).

FATO GERADOR: ASPECTOS

No âmbito doutrinário, o fato gerador é estratificado nos seguintes aspectos:


a) material;
b) temporal;
c) espacial;
d) pessoal; e
e) quantitativo.

SUJEITO ATIVO

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para
exigir o seu cumprimento.

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JURISPRUDÊNCIA

STJ
Súmula 396
A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical
rural.
“O INSS e o FNDE possuem legitimidade ad causam para figurar no pólo passivo das demandas em que
se discute a contribuição ao salário-educação, e não a União”.
(REsp nº 358.097/RS – Recurso Especial nº 2001/0122.150-1 – Ministro João Otávio de Noronha – DJ
23/05/2006, p. 135.)

SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Constituição Federal

Art. 18....
§ 3º. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

SUJEITO PASSIVO

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
Art. 121, Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
(...)

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II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei.

Art. 121, CTN

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JURISPRUDÊNCIA
STJ
“O locatário é parte ativa ilegítima para impugnar lançamento de IPTU, pois não se enquadra na
sujeição passiva como contribuinte nem como responsável tributário. “O ‘possuidor a qualquer título’
citado como contribuinte no CTN refere-se, tão-somente, para situações em que ocorre posse ad
usucapionem, não inserida nesta seara a posse indireta exercida pelo locatário”.
(STJ - REsp nº 818.618/RJ – Recurso Especial nº 2006/0025.263-0 – Rel. Ministro José Delgado)

SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu
objeto.
Art. 123 – Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal
do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
STJ
“O contrato de locação, com cláusula determinando a responsabilidade do inquilino pela liquidação do
IPTU, não pode ser oponível à certidão de pagamento de imposto.”
(REsp nº 818.618/RJ – Recurso Especial nº 2006/0025.263-0 – Rel. Ministro José Delgado – DJ 02/05/2006,
p. 273.)

TIPOS DE SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

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BENEFÍCIO DE ORDEM

Código Civil

Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide,
que sejam primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear
bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o
débito.

EFEITOS DA SOLIDARIEDADE

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a
um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

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JURISPRUDÊNCIA

STJ
“A prescrição, quando interrompida em desfavor da pessoa jurídica, também atinge os responsáveis
solidários, não se podendo falar que apenas quando citado o sócio é que se conta a prescrição –
interpretação dos arts. 125, III, 135, III, e 174 do CTN.”
(REsp nº 505.638/PR – Recurso Especial nº 2003/0033.515-5 – Rel. Ministra Eliana Calmon – DJ
05/09/2005, p. 341.)

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA

Art. 126 – A capacidade tributária passiva independe:


I) da capacidade civil das pessoas naturais;
II) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício das
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
Art. 126 – A capacidade tributária passiva independe:
III) de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO DO SUJEITO PASSIVO

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da
legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade
tributante.

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DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Art. 127......
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-
se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

JURISPRUDÊNCIA

STJ
Súmula 435
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar defuncionar no seu domicílio fiscal, sem
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-
gerente.
“I. O sujeito ativo tributante, enfrentando dificuldades para arrecadar ou localizar o domicílio tributário
do contribuinte, poderá fixá-lo nos limites estabelecidos por lei (art. 127, § 2º, do CTN).
II. Esse princípio não afeta direito subjetivo do contribuinte.”
(1ª T., unânime, REsp nº 437.383/MG, Rel. Min. José Delgado, agosto/2002.)

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RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
Autorizada pelo art. 128, CTN

Art. 128 – Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

SUBSTITUIÇÃO PARA OPERAÇÕES SUBSEQUENTES,


OU PARA FRENTE, OU PROGRESSIVA

SUBSTITUIÇÃO PARA OPERAÇÕES POSTERIORES

Art. 150, § 7º, CF – A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o
fato gerador presumido.

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JURISPRUDÊNCIA

“Pacificou-se, nesta Corte, a partir do julgamento pelo STF da ADIn nº 1.851-4/AL, a adoção da orientação
traçada pelo STF, no sentido de ser devida a restituição do ICMS apenas nas hipóteses de não-
ocorrência do fato gerador; não, portanto, nos casos em que a comercialização se dá em valor inferior
ao utilizado como base de cálculo do imposto.”
(STJ - RMS nº 20.263/RJ – Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 2005/0104.487-8 – Rel. Min.
Teori Albino Zavascki).

STF
“A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da CF/1988 restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer
o fato gerador presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a menor por parte do
contribuinte substituído.”
(RE 389.250-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 9-11-2004, Segunda Turma, DJ de 26-11-2004.)

SUBSTITUIÇÃO PARA OPERAÇÕES ANTERIORES OU PARA TRÁS OU REGRESSIVA OU DIFERIMENTO

SUBSTITUIÇÃO PARA OPERAÇÕES CONCOMITANTES

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RESPONSABILIDADES POR TRANSFERÊNCIA

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos
ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos
mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

JURISPRUDÊNCIA

“(...) Nada obstante os art. 132 e 133 apenas refiram-se aos tributos devidos pelo sucedido, o art. 129
dispõe que o disposto na Seção II do CTN aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição, compreendendo o crédito tributário não apenas as dívidas
decorrentes de tributos, mas também de penalidades pecuniárias (art. 129 c/c § 1º do art. 113 do CTN)”.
(STJ - REsp 1017186/SC; Recurso Especial 2007/0303974-3 – Min. Castro Meira - 11/03/2008).

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de
que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

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JURISPRUDÊNCIA

STJ
“A dissolução irregular da pessoa jurídica é causa que, permite a responsabilização solidária do sócio
pelos débitos da sociedade por cotas de responsabilidade limitada.”
“Todavia, se a retirada do sócio ocorre em data anterior ao encerramento irregular da sociedade, tal
fator não se presta a fazê-lo suportar as dívidas fiscais assumidas, ainda que contraídas no período em
que participava da administração da empresa.”
(STJ - REsp nº 728.461/SP – Recurso Especial nº 2005/0031.793-8 – Rel. Ministro Teori Albino Zavascki – DJ
19/12/2005, p. 251.)
“No caso de liquidação de sociedade de pessoas, os sócios são ‘solidariamente’ responsáveis nos atos
em que intervieram ou pelas omissões que lhes forem atribuídas.”
“Em se tratando de responsabilidade subjetiva, é mister que lhe seja imputada a autoria do ato ilegal, o
que se mostra inviável quando o sócio sequer era administrador da sociedade à época do fato gerador.”
(- REsp nº 722.998/MT – Recurso Especial nº 2004/0140.261-1 – Rel. Ministro Luiz Fux – DJ 28/04/2006, p.
272.)

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
Art. 134 ........
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

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RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

JURISPRUDÊNCIA

STF
“O sócio não responde, em se tratando de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, pelas
obrigações fiscais da sociedade, quando não se lhe impute conduta dolosa ou culposa, com violação da
lei ou do contrato.”
(RE nº 108.728/SP – Recurso Extraordinário – Rel.: Min. Néri da Silveira – Julgamento: 03/02/1989).

STJ
Súmula 430
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade
solidária do sócio-gerente.

STJ
“A solidariedade do sócio pela dívida da sociedade só se manifesta quando comprovado que, no
exercício de sua administração, praticou os atos elencados na forma do art. 135, caput, do CTN.
“Não se pode, pois, atribuir tal responsabilidade substitutiva quando sequer estava investido das
funções diretivas da sociedade.”
(STJ - Agravo Regimental no Agravo de Instrumento no 2005/00116.91-3 – Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki – DJ 01/08/2005, p. 331).

“É assente na Corte que o redirecionamento da execução fiscal, e seus consectários legais, para o sócio-
gerente da empresa, somente é cabível quando reste demonstrado que este agiu com excesso de
poderes, infração à lei ou contra o estatuto, ou na hipótese de dissolução irregular da empresa”.
(STJ - REsp nº 722.998/MT – Recurso Especial nº 2004/0140.261-1 – Rel. Ministro Luiz Fux – DJ 28/04/2006,
p. 272).

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO Art. 136, CTN

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato.

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JURISPRUDÊNCIA
“Apesar de prever o art. 136 do CTN que a responsabilidade do contribuinte ao cometer um ilícito é
objetiva, admitem-se temperamentos na sua interpretação, diante da possibilidade de aplicação da
eqüidade e do princípio da lei tributária in dubio pro contribuinte – arts. 108, IV, e 112.”
(STJ - REsp nº 278.324/SC – Recurso Especial nº 2000/0095.368-7 – Ministro João Otávio de Noronha – DJ
13/03/2006, p. 239.)

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:


I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no
exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem
expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.

JURISPRUDÊNCIA

STJ
“Na adulteração de guias de recolhimento pelos vendedores, não cabe imputação de fraude aos
compradores a pretexto de aplicação da regra objetiva do art. 136 do CTN.
Tratando-se de ilícito praticado por terceiro, sem o concilium fraudis do adquirente, contribuinte,
impõe-se eximi-lo dos consectários da infração à luz do art. 137 c/c art. 112 do CTN. “Deveras, exigindo a
lei elemento subjetivo consistente no ‘dolo específico’, o adquirente que, mercê de contribuinte,
recolhe com base em guias falsificadas por terceiro, não pode ser apenado tributariamente, devido
adimplir a obrigação a qual deve ser acrescida, apenas, de juros de mora e correção monetária.”
(STJ - REsp nº 457.745/RS – Recurso Especial nº 2002/0095.288-1 – Rel. Ministro Luiz Fux).
“A responsabilidade pela prática de infração tributária, malgrado o disposto no art. 136 do CTN, deve ser
analisada com temperamentos, sobretudo quando não resta comprovado que a conduta do vendedor
encontrava-se inquinada de má-fé. Em hipóteses como tais, tem emprego o disposto no art. 137 do CTN,
que consagra a responsabilidade subjetiva.”
(STJ - REsp nº 267.546/MG – Recurso Especial nº 2000/0071.847-5 – Rel. Ministro João Otávio de Noronha
– DJ 01/02/2006, p. 473).
BENEFÍCIO DA ESPONTANEIDADE

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o
caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada
pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

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JURISPRUDÊNCIA

STJ
SÚMULA 360
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo.
“O pedido de parcelamento do débito não configura denúncia espontânea para fins de exclusão da
multa moratória, sendo certo que o advento da Lei Complementar no 104/2001, que acrescentou ao CTN
o art. 155-A, somente reforçou o referido posicionamento.”
(REsp nº 284.189/SP).

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil
ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo
quando conste do título a prova de sua quitação.

RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO IMOBILIÁRIA

Art. 130...
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo
preço.

JURISPRUDÊNCIA

STJ
“O adquirente sub-roga-se nos direitos e obrigações relativos ao imóvel quando, no ato translatício,
foram-lhe passados todos os direitos e ações relacionados ao bem adquirido “Entretanto, não sendo
repassado ao adquirente, no referido ato, todos os direitos e ações relacionados ao bem adquirido, não
há como conferir-lhe o direito à repetição das quantias indevidamente recolhidas a título de IPTU.”
(STJ - REsp nº 778.162/SP – Recurso Especial nº 2005/0144.894-1 – Rel. Ministro João Otávio de Noronha –
DJ 19/04/2006, p. 127.)

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STJ
“Na hipótese de arrematação em hasta pública, a sub-rogação do crédito tributário, ocorre sobre o
respectivo preço, que por eles responde, recebendo o adquirente o imóvel desonerado dos ônus
tributários devidos até a data da realização da hasta. “Se o preço alcançado na arrematação em hasta
pública não for suficiente para cobrir o débito tributário, não fica o arrematante responsável pelo
eventual saldo devedor.”
(STJ - REsp nº 166.975/SP – Recurso Especial no 1998/0017.548-2 – Rel. Ministro Sálvio de Figueiredo
Teixeira – DJ 04/10/1999)

RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO EMPRESARIAL

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito
privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

SUCESSÃO EMPRESARIAL

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.

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EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO EMPRESARIAL

Art. 133....
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou
em recuperação judicial;
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido
ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva
isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano,
contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos
extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO PESSOAL

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da
meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

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Responsabilidade solidária pelos tributos devidos após a morte, até a partilha ou adjudicação
Art. 134, IV, CTN

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JURISPRUDÊNCIA

STJ
“Execução fiscal. Multa moratória. Responsabilidade do sucessor.
O sucessor tributário é responsável pela multa moratória, aplicada antes da sucessão.”
(REsp nº 3.097/RS – Recurso Especial nº 1990/0004.503-7 – Rel. Ministro Garcia Vieira – DJ 19/11/1990, p.
13.245)
“A execução voltada contra o responsável tributário prescinde de que conste seu nome na Certidão da
Dívida Ativa - CDA respectiva, porquanto a responsabilidade é ex lege. (art. 131 do Código Tributário
Nacional).”
(Ag.Rg. no REsp nº 461.114/GO – Agravo Regimental no Recurso Especial nº 2002/0113.238-7 – Rel.
Ministro Luiz Fux – DJ 23/06/2003, p. 252).
“O sujeito ativo tributário não está obrigado a substituir a certidão da dívida para continuar a execução
contra o espólio.”
“Ocorrendo a morte do devedor, o representante do espólio é chamado ao processo como sucessor da
parte passiva, dando continuidade, com a sua presença, pela via da citação, à relação jurídico-
processual.”
(STJ - REsp nº 295.222/SP – Recurso Especial nº 2000/0138.986-6 – Rel. Ministro José Delgado – DJ
10/09/2001, p. 277).

“O sucessor, na condição de responsável tributário e, portanto, sujeito passivo da obrigação tributária


principal, ostenta legitimidade ativa para impugnar o crédito tributário. Inteligência dos arts. 121,
parágrafo único, e 130, do CTN.”
(REsp 783414 / SP - RECURSO ESPECIAL 2005/0158072-6 - Ministro LUIZ FUX - DJ 02/04/2007 p. 240).

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