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Dia Mundial da Alimentação: fome no

Brasil pode retomar os patamares do


século passado?
“...e haverá fomes,” Mateus 24:7
16 de outubro de 2018.

Desde 1981, o Dia Mundial da Alimentação é comemorado em 16 de outubro. A data é


marcada pela fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO, na sigla em inglês). A Sputnik Brasil aproveita a ocasião para
discutir o cenário brasileiro e mostrar quem é mais afetado pela falta de alimentos.

O Brasil deixou o Mapa da Fome em 2014. O levantamento da FAO indica quais países
têm 5% ou mais de sua população consumindo menos calorias do que o indicado. Com
a crise econômica e política, contudo, o Brasil corre o risco de voltar ao Mapa da Fome.

A situação indica uma falta de "vontade política", segundo Daniel Balaban, diretor do
Centro de Excelência contra a Fome — uma parceria entre a ONU e o governo
brasileiro.

"O Brasil conseguiu atingir números impressionantes no combate à desnutrição desde o


início do século, mas agora a fome pode retomar os patamares do século passado. Isso
acontece por falta de investimento em certas políticas, que acabam sendo
descontinuadas ou por conta da crise econômica recebem menos atenção."
Para Balaban, o combate à fome precisa ser uma política de Estado, e não flutuar de
acordo com os dirigentes da ocasião. Ele ressalta que o Programa Fome Zero, criado em
2003 pelo então presidente Lula, tornou-se um modelo para agências internacionais que
lutam contra a falta de alimentos.

O Programa Fome Zero é constituído pelo Bolsa Família, a construção de cisternas em


regiões afetadas pela seca, concessão de crédito, entre outras medidas.

"Hoje a estratégia Fome Zero que o Brasil desenvolveu serviu de paradigma que a
própria ONU está incentivando em vários países do mundo. Hoje entre 40 a 50 países
têm uma estratégia chamada 'Fome Zero'."

Cenário internacional

A fome não atinge todos de maneira igual. Segundo a ONU, 821 milhões de pessoas no
mundo todo sofrem com ela. 60% destas vítimas da fome, contudo, são mulheres. A
situação tem um efeito perverso na saúde de crianças: 45% da mortalidade infantil estão
relacionados à desnutrição.

"Os mais afetados são os que vivem em áreas de conflito, principalmente conflito
armado — e as mulheres são as maiores vítimas. Os jovens acabam indo para
as milícias e participam dos conflitos. Enquanto isso, as mulheres e crianças ficam
desassistidas nessas regiões", afirma Balaban.

O especialista ressalta que regiões de conflitos não costumam produzir alimentos e


acabam precisando trazê-los de outro lugar. "Frutas, verduras e legumes acabam
estragando porque precisam vir de locais mais distantes. Esses alimentos nutritivos
acabam não chegando. Chegam apenas os alimentos que possam durar mais e que nem
sempre são os mais nutritivos."

Um dos exemplos do impacto de conflitos na alimentação é o Iêmen. Em guerra civil, o


país do Oriente Médio tem 1,8 milhão de crianças com desnutrição grave. O Iêmen
conta 17,8 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Os dados são da
FAO.

Fonte: Sputnik

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