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Testes de laboratório são utilizados para indicar o grau de finura que é necessário
para propiciar uma boa queima no interior do forno sem exceder demasiadamente o
consumo de energia elétrica do moinho de crú.
Bogue definiu queimabilidade como a facilidade de combinação dos componentes
de misturas cruas para cimento Portland. Esta facilidade varia amplamente dentro de cada
mistura individual, de acordo com a sua composição química, sua finura e sua mineralogia.
O índice de queimabilidade é normalmente estipulado como a quantidade de cal
livre não combinada e remanescente em uma amostra de farinha queimada após um
procedimento específico de laboratório de compactação e aquecimento.
No teste deve-se trabalhar tanto com uma temperatura determinada bem como com
um período de queima específico, através dos quais deve ser obtida uma ampla simulação
do processo em um forno industrial típico.
O aquecimento não deve ser tão intenso que o consumo de cal encaminhe-se para
sua extinção total como acontece na prática com a maioria das amostras de farinhas. Cerca
de 50g de farinha crua, ajustada com a quantidade de cinzas, se o objetivo for a queima de
carvão, é misturada com água (na forma de uma “lama”com 25% de água), pelotizada
manualmente e seca ao ar ambiente.
Os nódulos são então rapidamente aquecidos a 1000ºC, mantidos nesta temperatura
por 30 minutos e depois rapidamente resfriados ao ar. Alguns destes nódulos calcinados são
então analisados quanto ao conteúdo de cal livre, enquanto os restantes são divididos em
três porções, aquecidos a 1400ºC, 1450ºC e 1500ºC, respectivamente, por 30 minutos. Após
resfriamento, os nódulos são também analisados quanto ao conteúdo de cal livre.
Não é necessário ser um operador experiente de forno para perceber que nosso
procedimento de laboratório, embora tenha semelhanças com o processo de uma planta,
difere em vários detalhes. O aquecimento gradual de um forno é negligenciado e o efeito de
tombamento da carga é ignorado apenas para mencionar alguns dos pontos de crítica. Qual
é, pois, a razão para escolher estas condições de laboratório?
Existem muitas respostas a esta questão. Em primeiro lugar, investigamos a
propriedade de reatividade da farinha, ou seja, uma propriedade similar a de uma farinha
standard e deste modo é importante que se use sempre o mesmo procedimento, mas não é
fundamental que certos detalhes deste procedimento sejam completamente semelhantes ao
processo industrial.
Em segundo lugar, a escolha de um procedimento simples fornece resultados mais
reprodutíveis do que qualquer simulação complicada do processo que por nós fosse
escolhida.
Em terceiro lugar, durante o longo tempo utilizado com este procedimento, foi
acumulado um amplo banco de dados referentes a queimabilidade e com a introdução de
novas modificações colocaríamos em risco a utilidade deste banco de referência.
É bem conhecido o fato de que farinhas com mesma composição química e finura
mostram, entretanto queimabilidades muito diferentes o pode ser julgado pela cal livre
residual no clínquer produzido a uma dada temperatura e determinado período de queima.
Evidentemente tais diferenças têm confundido os químicos que trabalham nos laboratórios,
porque são confrontados com diferenças marcantes de planta a planta.
FINURA CaO1400C
PLANTA DATA FSC Ms SiO2 CaCO3 C2S
90 LABORAT.
Secagem separada
Secadores flash
Britadores secadores.
Secadores rotativos.
A moagem de pasta ou via úmida é um antigo processo que tanto atualmente como
no futuro não deverá mais ser instalado provendo-se que condições muito especiais sejam
prevalecentes. Moinhos típicos para moagem de pasta são os moinhos de bolas e de barras.
O material cru é alimentado através de uma bica de alimentação ao moinho tubular
com adição de água. O produto que deixa o moinho é uma pasta ou lama que é bombeada
para uma bacia de homogeneização de pasta. Posteriormente, a pasta homogeneizada é
transportada diretamente para um forno via úmida ou tratada em um filtro prensa.
Neste último caso, a torta do filtro é tanto granulada e alimentada a uma cadeia
transportadora para um secador antes de ser alimentada a um forno de processo semi-seco.
Pastas têm umidades típicas de 28 a 42% enquanto o conteúdo normal de uma total extraída
de um filtro prensa é de aproximadamente 15% a 18% de H2O.
Devido ao alto conteúdo de umidade no interior do moinho, resultam altas taxas de
desgaste por corrosão nos revestimentos e nos corpos moedores. Assim, estes moinhos
requerem uma reposição da carga moedora com freqüência maior que moinhos via seca.
Moinhos de pasta são operados tanto em sistemas de circuito aberto como em
circuito fechado. No último caso, são utilizadas tanto peneiras curvas, centrífugas ou
vibratórias bem como hidrociclones para a separação das frações finas e grossas.
O consumo de energia elétrica em um moinho de pasta é muito baixo, pois, a adição
de água ao moinho favorece o processo de moagem. Contudo, mais energia térmica é
necessária para a secagem do alto conteúdo de umidade presente na pasta.
Moinhos de Barras
Há muitos anos tem sido prática normal na indústria de mineração o uso de moinhos
de barras para a moagem primária. Durante os anos 50 também se tornou comum utilizar
tais moinhos para a moagem de pasta.
Estes moinhos também são fornecidos às vezes como moinhos combinados de duas
câmaras, ou seja, um compartimento de moagem primária com barras seguido por outro
compartimento de moagem fina com bolinhas ou cylpebs.
Moinhos de barras são muito semelhantes aos moinhos de bolas, exceto que
utilizam longas barras de aço como corpos moedores. As barras moem as matérias cruas
pela ação de impacto do mesmo modo que as bolas de aço em um moinho tubular.
Para prevenir condições que levem a carga de barras à torções, a razão
comprimento/diâmetro é mantida entre 1,4 e 1,6. Moinhos de barras aceitam uma
alimentação de até 50 mm e produzem material moído na faixa de 3000 a 270 μm.
A ação de moagem é realizada na linha de contato entre as barras que se estendem
ao longo do comprimento do moinho. As barras tombam e giram em um alinhamento
aproximadamente paralelo simulando uma série de britadores de rolos. Isto resulta em uma
moagem preferencialmente grossa do material e minimiza a produção de grumos.
A carga de barras tem que ser mantida em boas condições. Barras quebradas ou
tortas devem ser removidas. Normalmente os moinhos de barras requerem maior atenção
que os moinhos comuns de bolas.
É importante que as barras permaneçam essencialmente paralelas entre si.
Tornando-se desalinhadas, a ação de moagem ficará perdida e, o que é mais importante,
pode ocorrer torções das barras.
O tamanho máximo das barras é limitado a 6,1 m o que também limita o
comprimento, diâmetro e capacidade dos moinhos de barras. A ação das barras sobre o
revestimento e levantadores é muito pesada resultando em grande desgaste sobre os
mesmos.
A experiência de moinhos de barras comparada com moinhos comuns de bolas de
três compartimentos para a moagem de pasta pode ser assim resumida:
a. há uma eficiência entre 10 e 15% melhor quando os materiais são mais grossos
ou duros de moer.
b. há a mesma eficiência de moagem para a maioria dos materiais quando são
apropriadamente moídos.
c. moinhos de barras são mais caros.
Moinho Semi-Varrido a Ar
Este tipo de moinho é especialmente adequado quando as matérias primas têm um
baixo conteúdo de umidade ou quando os materiais são pré-secados. A capacidade de
secagem é limitada pela velocidade máxima admissível dos gases sobre a carga moedora (<
2,0 m ∕s) no interior do moinho. O compartimento de secagem tanto pode ser incorporado
ao corpo do moinho como pode separado e instalado a frente do mesmo.
Em alguns casos o material com baixo conteúdo de umidade, 1,0 a 1,5%, é seco
apenas com o calor gerado pela moagem, sem uso de gases quentes. Quando a secagem é
efetuada no próprio compartimento de moagem deve se tomar um cuidado especial para
evitar um aquecimento excessivo das placas do revestimento e dos corpos moedores.
Conteúdos de umidade até cerca de 5% devem ser retirados com gases quentes. O
ponto crítico consiste em evitar o entupimento das fendas do diafragma intermediário com
material muito úmido. Se necessário, os gases do forno podem complementados com gases
gerados em uma fornalha auxiliar, aumentando a capacidade de secagem.
Consumo de Energia
- de modo geral pode se afirmar que os menores consumos específicos de energia
são obtidos com sistemas que empregam moinhos verticais de rolos e prensas de rolos,
baseados em seus princípios mais eficientes de moagem; a experiência também demonstra
que sistemas equipados com três ventiladores tem aproximadamente o mesmo consumo que
sistemas com apenas dois ventiladores;
- entre os sistemas dotados de moinho tubulares, o moinho de pasta geralmente tem
o menor consumo de energia, devido a adição de água, enquanto os moinho de descarga
central tem o maior consumo porque são adequados a materiais de difícil moabilidade.
Conteúdo de Umidade
- o conteúdo de umidade do material cru é o critério pré-dominante para o
desempenho do sistema de moagem de matérias cruas; a capacidade de secagem é limitada
pela velocidade máxima admissível no interior do conjunto secador ∕moinho, pelo volume
de gases no compartimento de secagem e a pela temperatura dos gases quentes;
- moinhos de rolos podem ser usados para conteúdos de umidade de até 15 a 20%
desde que as matérias cruas não sejam muito abrasivas. No caso de conteúdos de umidade
menores que 3 a 6% (que são os maiores admissíveis para pequenas plantas de moagem) os
moinhos de rolos não devem levar a qualquer economia de energia ou custos menores de
instalação comparados aos moinhos de bolas;
- moinhos de bolas são adequados para conteúdos baixos e médios de umidade e
devem ser usados sempre que as matérias cruas sejam altamente abrasivas. A capacidade de
secagem pode ser aumentada através da instalação de um secador flash na entrada do
moinho ou pela pré-secagem em um britador de martelos com secagem;
- as várias capacidades de secagem de diferentes tipos de moinhos são vistas no
gráfico anexo. O diagrama mostra os conteúdos máximos de umidade na alimentação do
moinho em relação à produção de clínquer do correspondente forno de cimento; os cálculos
foram feitos utilizando-se gases quentes do forno para a secagem, aplicando-se uma
fornalha auxiliar apenas quando o conteúdo de umidade na alimentação era superior a 8%.