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Resposta 3: “Concluída essa etapa [de apresentação e aprovação da BNCC], o País terá
diante de si a tarefa de implementação, ou seja, de construir currículos subnacionais
(estaduais, distrital e municipais), com base nas aprendizagens essenciais estabelecidas
na BNCC, passando, assim, do plano normativo propositivo para o plano da ação e
da gestão curricular que envolve todo o conjunto de decisões e ações definidoras do
currículo e de sua dinâmica” (p. 14).
“cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas
esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas
pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em
escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora” (p.
13).
“Embora a implementação seja prerrogativa dos sistemas e das redes de ensino, a
dimensão e complexidade da tarefa vai exigir que União, Estados, Distrito Federal e
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Resposta 4: “[…] o uso de numeração sequencial para identificar as habilidades de cada
ano ou bloco de anos não representa uma ordem esperada das aprendizagens no âmbito
daquele ano ou bloco de anos. A progressão das aprendizagens, que se explicita na
comparação entre os quadros relativos a cada ano (ou bloco de anos), pode tanto estar
relacionada aos processos cognitivos em jogo – sendo expressa por verbos que indicam
processos cada vez mais ativos ou exigentes – quanto aos objetos de conhecimento –
que podem apresentar crescente sofisticação ou complexidade –, ou, ainda, aos
modificadores – que, por exemplo, podem fazer referência a contextos mais familiares aos
alunos e, aos poucos, expandir-se para contextos mais amplos.” (p. 29).
“Também é preciso enfatizar que os critérios de organização das habilidades descritos na
BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do
agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um arranjo possível
(dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como
modelo obrigatório para o desenho dos currículos. A forma de apresentação adotada na
BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera
que todos os alunos aprendam na Educação Básica, fornecendo orientações para a
elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos.” (p. 29)
Questão 5: Para qual período de tempo do Ensino Fundamental a BNCC sugere
dedicação da ação pedagógica à alfabetização dos alunos?
Resposta 5: “Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve
ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos
se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao seu envolvimento em
práticas diversificadas de letramento.” (p. 55).
Questão 6: Qual o posicionamento da BNCC quanto aos gêneros digitais? Qual deve ser
o papel da escola com relação à presença das tecnologias de informação e comunicação
no cotidiano dos alunos?
Resposta 6: “Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel
em relação à formação das novas gerações. É importante que a instituição escolar
preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua
para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à
multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é imprescindível que a
escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de
funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de
manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma
participação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação
do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a
interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes.” (p. 57).
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Questão 7: Como a BNCC justifica a articulação entre manifestações artísticas, corporais
e linguísticas (Componentes Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Educação Física e
Artes) na área de Linguagens?
Questão 8: Como a BNCC concebe a relação específica entre as dimensões “oral” e
“escrito” da língua?
Resposta 8: “A língua tem duas dimensões: é oral e escrita. Assim, sua aprendizagem
considera o contínuo entre oralidade e escrita: na alfabetização, em que o oral é
representado por notações (letras e outros signos), nos usos sociais da língua oral e nos
usos sociais da leitura e da escrita – nas práticas de letramento. A meta do trabalho com
a Língua Portuguesa, ao longo do Ensino Fundamental, é a de que crianças,
adolescentes, jovens e adultos aprendam a ler e desenvolvam a escuta, construindo
sentidos coerentes para textos orais e escritos; a escrever e a falar, produzindo textos
adequados a situações de interação diversas; a apropriar-se de conhecimentos e
recursos linguísticos – textuais, discursivos, expressivos e estéticos – que contribuam
para o uso adequado da língua oral e da língua escrita na diversidade das situações
comunicativas de que participam.” (p. 63).
Questão 9: Qual é o centro das práticas de linguagem e, portanto, o centro da BNCC
para Língua Portuguesa?
Questão 10: No eixo Oralidade (um dos cinco eixos organizadores da Língua Portuguesa
no EF), o que a BNCC estabelece como objetivos quanto às variedades linguísticas?
Resposta 10: “o eixo Oralidade inclui conhecimentos sobre as diferenças entre língua oral
e língua escrita e os usos adequados da oralidade em interações formais e
convencionais. Além disso, considerando que a língua oral não é uniforme, pois varia em
função de diferenças de registros – formais ou informais –, de diferenças regionais
(relativamente numerosas na vastidão do território nacional), de diferenças sociais
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(determinadas pelo pertencimento a esta ou àquela camada social) –, esse eixo inclui
também conhecer as variedades linguísticas da língua oral e assumir atitude de
respeito a essas variedades, o que é fundamental para que se evitem preconceitos
linguísticos.” (p. 64).
Questão 11: Nos eixos Leitura e Escrita (dois dos eixos organizadores da Língua
Portuguesa no EF), a BNCC fala em “gêneros textuais”. Leia os trechos e proponha uma
reflexão sobre a concepção de gênero que ela apresenta:
“O eixo Leitura compreende a aprendizagem da decodificação de palavras e textos (o
domínio do sistema alfabético de escrita), o desenvolvimento de habilidades de
compreensão e interpretação de textos verbais e multimodais e, ainda, a identificação de
gêneros textuais, que esclarecem a contextualização dos textos na situação comunicativa,
o que é essencial para compreendê-los.” (p. 64)
“O eixo Escrita, por sua vez, compreende as práticas de produção de textos verbais,
verbo-visuais e multimodais, de diferentes gêneros textuais, considerando a situação
comunicativa, os objetivos visados e os destinatários do texto. (p. 64)
Resposta 11: Não há foco, nesses trechos, para uma abordagem formal dos gêneros,
mas eles são entendidos como uma entidade que serve à comunicação, que só existe em
situação comunicativa. É o texto, em suas várias formas, no contexto de
produção/recepção. Observa-se, ainda, a opção pela expressão “gêneros textuais”.
Segundo Bezerra (2017, p. 29)*: “os usuários da terminologia “gênero textual”
aparentemente se mostram mais flexíveis quanto à designação a ser utilizada, podendo
inclusive mesclá-la com “gêneros discursivos”, até porque não negam a importância da
perspectiva bakhtiniana para a teorização sobre gêneros, como verificamos, por exemplo,
no trabalho de Marcuschi (2002a, 2002b)”.
*BEZERRA, Benedito Gomes. Gêneros discursivos ou textuais? In: ______. Gêneros no
contexto brasileiro. São Paulo: Parábola, 2017, p. 18-32.
Questão 13: No eixo Educação literária, a BNCC propõe o ensino de literatura? Como
esse ensino é apresentado?
Resposta 13: “no eixo Educação literária predomina a formação para conhecer e apreciar
textos literários orais e escritos, de autores de língua portuguesa e de traduções de
autores de clássicos da literatura internacional. Não se trata, pois, no eixo Educação
literária, de ensinar literatura, mas de promover o contato com a literatura para a
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Questão 14: Qual afirmação da seguinte lista não está adequada como competência
específica de língua portuguesa para o ensino fundamental segundo a BNCC?
1) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequado à
situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual.
2) Reconhecer o texto como lugar de manifestação de valores e ideologias.
3) Selecionar textos e livros para leitura de fragmentos, de acordo com objetivos e
interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
4) Ler textos que circulam no contexto escolar e no meio social com compreensão,
autonomia, fluência e criticidade.
Resposta 14: 3) Selecionar textos e livros para leitura de fragmentos, de acordo com
objetivos e interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa,
trabalho etc.).
O adequado é: “Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos e
interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).”
(p. 66)
Questão 16: Leia a lista de “estratégias durante a produção do texto”, conforme definida
pela BNCC. Qual recorrência podemos identificar nela quanto a orientações para trabalho
com a produção escrita e o que destoa em alguns anos?
1ºEF - Textos de gêneros textuais diversos. Texto injuntivo: instrucional e procedimental.
(p. 72)
2ºEF - Lista. Mensagem pessoal. Mensagem instantânea. Relato informativo. Texto
argumentativo e/ou persuasivo (p. 78).
3ºEF - Texto argumentativo. Texto expositivo-informativo. Texto injuntivo: instrucional e
procedimental. (p. 88)
4ºEF - Texto expositivo-informativo. Texto argumentativo. (p. 98)
5ºEF – Formulário. Texto argumentativo. Texto expositivo-informativo. (p. 108)
6ºEF - Carta, e-mail e post. Relato pessoal. Notícia. (p. 120)
7ºEF - Texto argumentativo ou de reivindicação. Texto publicitário. Quadro, tabela e
gráfico. (p. 130)
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Resposta 16: em geral a BNCC indica tipos de textos, mas em alguns casos, apresenta
diretamente alguns gêneros a serem trabalhos. Uma das consequências possíveis é que
essa orientação ao mesmo tempo em que exemplifica, pode criar a ideia de que os
gêneros citados são mais importantes ou necessários, por serem explicitados. Se não se
quer indicar conteúdos, o mais coerente seria indicar os tipos textuais ou gêneros por
esferas de atividade humana, ou ainda deixar claro os gêneros citados apenas como
exemplos.
Questão 18: Como podemos entender a ênfase dada à seguinte habilidade na BNCC,
repetida em três páginas, em diferentes anos do EF?
“Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação
comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o
propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o
portador do texto); a linguagem, organização, estrutura; o tema e assunto do texto.” (1º
ano: p. 73, 2º ano: p. 79, 3º ano: p. 89).
Resposta 18: Essa posição marca uma ruptura com o trabalho artificial com textos em
sala de aula. Desde os PCNs, podemos já notar o foco nas situações de produção de
textos: “levando-se em conta os parâmetros da situação comunicativa (o espaço, o tempo,
os interlocutores e seu lugar social, os objetivos, o gênero) e, simultaneamente,
levando-se em conta as reações do interlocutor, ajustando a fala no próprio momento de
produção.” (BRASIL, 1998, p. 74). Apresentar aos alunos todos os elementos da situação
de comunicação em que circula o gênero passa a ser importante para que nele, no
gênero, se concretizem todos os elementos necessários para sua constituição.
Questão 19: Como o professor pode fazer a mediação entre o que a BNCC propõe como
habilidade em cada ano e as necessidades dos alunos em uma sua sala de aula “real”?
Resposta 19: Possenti (2012, p. 37)* propõe uma questão: “Como se montaria um
programa de português para um ano qualquer, digamos do sexto ano? Analisando os
alunos do quinto, verificando o que eles ainda não sabem, ou ainda erram, em relação ao
padrão. Selecionam-se alguns tópicos importantes, trabalha-se com eles mais do que
com outros”.
A BNCC é uma proposta ideal e o que propõe para um determinado ano pode não ser
totalmente viável para o professor desenvolver na turma que encontra. Para que ela seja
viável, é preciso um período de transição e depende muito de uma ação progressiva
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Questão 20: Na BNCC as habilidades estão agrupadas por eixos organizadores e por
ano no EF. Essa afirmação está de acordo com a proposta da BNCC? Explique.