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Apresentação do módulo

O principal objetivo deste curso de formação continuada de professores é ampliar as condições de desenvolvimento do
currículo de Filosofia para o Ensino Médio. Os Cadernos do Aluno e do Professor são instrumentos que traduzem para a sala
de aula uma entre tantas possibilidades de trabalho. Nos Cadernos, você encontra sugestões de atividades e informações que
merecem ser analisadas para uma maior aproximação dos pressupostos que embasam o currículo atual da Rede Estadual de
Ensino.

Neste módulo, refletiremos sobre as possibilidades de utilização do material em sala de aula e trabalharemos alguns conteúdos
de Filosofia direcionados aos temas de raciocínio lógico e intelecto.

Desse modo, citaremos dois importantes autores: Aristóteles e Descartes. Primeiramente, a partir de Aristóteles, discutiremos
os conceitos de causa formal, causa material, causa eficiente e causa final. Depois, num segundo momento, analisaremos o
conceito de intelecto em Descartes.

Os temas tratados neste módulo são, em sua grande maioria, trabalhados nos cadernos da 1ª e 2ª séries, referentes ao
volume 1 do 1º bimestre de cada série.

Como usar o Caderno do Aluno


• Lembre-se que todo texto expressa limitações, por ser oriundo de um autor ou equipe de autores, podendo
apresentar divergências em termos de interpretações que você possa elaborar. Quando isso ocorrer, é importante que
você não deixe de analisar a importância dos temas propostos para a formação dos estudantes do Ensino Médio.
Para leitura dos Cadernos
Como é vasta a contribuição da Filosofia para o tema deste módulo, é importante verificar a necessidade de complementar o
panorama oferecido pelos cadernos com pesquisas em outras fontes, tais como consultar livros didáticos, assistir a videoaulas
e ler as obras dos filósofos.

Filosofando: introdução à filosofia. Maria Lúcia de Arruda Aranha; Maria Helena Pires Martins. São Paulo: Editora Moderna
Convite à Filosofia. Marilena Chauí. São Paulo: Ática, 2003

Utilizando a ficção

Maria Tereza é nossa professora de Filosofia que acaba de realizar a leitura dos cadernos. Ela leciona há dez anos e
participou de movimentos que reivindicaram a volta da disciplina para a Educação Básica.
As primeiras reflexões de Maria Tereza sobre os cadernos

Maria Tereza dedicou 4 horas para ler os dois Cadernos do Professor, e mais 4 para ler os Cadernos do Aluno, referentes ao
volume 1 da 1ª e 2ª séries. Sua leitura atenta permitiu que ela formulasse as seguintes questões:

Pensando sobre o Currículo do Estado


Na Proposta Curricular de Filosofia, encontramos algumas observações que coadunam com a ideia de se repensar sempre as
necessidades de adaptações e mudanças constantes da prática docente. Vejamos:

(...) Além disso, é preciso considerar que a formação oferecida nos cursos superiores de Filosofia, públicos ou privados, é
orientada, em geral, para especializações rigorosas, pouco ou nada voltadas para o ensino. A solução para superar as
consequências desse perfil de formação consiste na adoção, pelo docente, de um compromisso com a pesquisa constante.
Cabe a ele, principalmente, a responsabilidade de procurar seus próprios caminhos, aplicando a seu modo as sugestões
contidas nestes cadernos. Contudo, deve ser dito que, seja qual for o percurso adotado pelo docente, os resultados
dependerão, sempre, da prática cotidiana da leitura. Muitas vezes, o docente desanima ao constatar que ‘os alunos não leem'.
Como utilizar as atividades dos cadernos
Vemos que uma das questões de Maria Tereza refere-se ao procedimento de adequação das atividades propostas, tendo em
vista sua avaliação do perfil dos estudantes. Essa preocupação é muito interessante, pois as sugestões recebidas via sistema
de ensino, e que foram produzidas externamente aos contextos específicos de cada sala de aula, exigem adequações.

Essa atitude de Maria Tereza deve ser generalizada para todas as atividades, incorrendo em um planejamento dos professores
em diálogo com os Cadernos que apoiam a implementação do currículo.

Interpretando as informações dos cadernos

A segunda questão revela que Maria Tereza confrontou seus conhecimentos com informações apresentadas nos cadernos e
identificou um problema conceitual.

E ela tem toda razão, pois a causa formal, segundo Aristóteles, não pode ser entendida simplesmente como matéria. Para ter
mais certeza do que identificou, nossa professora consultou um livro na biblioteca de sua escola e encontrou a seguinte
passagem na introdução:
Aristóteles sugere que a substância não é a matéria, mas a forma [eidos]: aquilo por meio do que o sujeito é o que é [DA 412 a
8-9]. Pois, é a forma, em poucas palavras, o que permanece constante por trás das mudanças. De fato, assim como é possível
substituir o bronze de uma estátua sem modificar sua figura, da mesma maneira, a forma de um ser vivo mantém-se idêntica,
mesmo sua matéria sendo, ao longo da vida, totalmente substituída pela nutrição...

(ARISTÓTELES. De Anima. Tradução e introdução de Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.)

Mãos a obra
Para que as indagações de Maria Tereza fiquem mais claras, é importante conferirmos a atividade (o quadro completo está no
Caderno do Professor).
Apurando conceitos
Os quatro quadros anteriores estão respondidos conforme as sugestões do gabarito do Caderno do Aluno. Vamos analisar
juntos cada um deles.
Para saber mais

No primeiro parágrafo do livro I da Metafísica, Aristóteles fala da tendência inata do homem pelo saber, o que pode ser a fonte
que alimenta a curiosidade, referida anteriormente. Vejamos uma breve passagem:

Todos os homens, por natureza, tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações. De fato, eles amam as sensações
por si mesmas, independentemente da sua utilidade (...).
JORNAL da USP. Disponível aqui . Acesso em: 14 maio 2010.

Metafísica, de Aristóteles, edição de Giovanni Reale

Metafísica x
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. Volumes I (ensaio introdutório), II (texto
grego com tradução ao lado) e III (sumário e comentários).

Um pouco sobre as ideias de Aristóteles


No gabarito do Caderno do Aluno (vol. 1, 1ª série, p. 14), constam tais objetivos:

Esta atividade sugere o desenvolvimento do raciocínio lógico com base nas quatro causas aristotélicas. Por meio dela, o aluno
terá a oportunidade de compreender raciocínios científicos e seus métodos.
O texto seguinte é atribuído a Aristóteles:

"Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal."

Veja que se trata de um texto tipicamente argumentativo; na verdade, ele se resume a um único argumento.

Aristóteles foi o primeiro filósofo a se dedicar sistematicamente a construir uma “medida”, um “metro” para o discurso lógico,
capaz de guardar e velar pela verdade das inferências que fazemos nas nossas mentes, nas nossas falas, nos nossos textos.
Talvez essa tarefa tenha sido a mais nobre (e também ousada) das tarefas a que um filósofo pode se dedicar.

Sobre silogismos

Repare que é possível representar graficamente o silogismo citado da seguinte


maneira: um círculo delimita o conjunto dos “mortais”; outro círculo delimita o
conjunto dos “homens”; “S” é igual a Sócrates, que pertence aos humanos.
Logo, se os humanos estão inscritos no conjunto dos mortais, Sócrates é
mortal.

Avaliando conhecimento
Veja quais das deduções a seguir são verdadeiras:

O conceito de intelecto é de fundamental importância para entendermos todo esse universo racional-lógico de Aristóteles.
Aliás, não só dele, mas da Filosofia de modo geral, dada a herança deixada pelos filósofos da qual a Filosofia clássica grega é
composta. Para os gregos, desde Anaxágoras, o intelecto (nous) significa o princípio de ordenação do cosmo. Aristóteles, ao
analisar tal princípio, diz ser: "a parte da alma com a qual se conhece e pensa."

A ideia de Aristóteles sobre a alma


No Caderno do Aluno (vol. 1, da 1ª série, p. 5) há uma proposta de leitura e análise de texto que pode nos ajudar a entender
um pouco mais sobre o que Aristóteles diz a respeito da alma e, consequentemente, do intelecto. Vejamos:

Antes da leitura, uma reflexão


Antes de discutirmos o texto, acompanhemos a atividade e a respectiva resposta sugerida no Caderno do Aluno.
No caso deste texto, você deve perceber o grau de produtividade da sua sala de aula e, se for o caso, criar outras questões. A
professora Maria Tereza, por exemplo, percebeu que muitos alunos da sala se interessaram pelo texto, sobretudo ao se
depararem com a palavra alma.

Afinal, o que é alma?

Antes de propor outras questões aos alunos, Maria Tereza faz a seguinte ressalva, que em um primeiro momento parece ser
óbvia, mas que no contexto dos seus alunos se faz necessária:

"Vocês não devem confundir aquilo que é alma para a Filosofia com o que entendem por ‘alma penada’, fantasma... Para a
Filosofia, e mais precisamente para Aristóteles, alma é aquilo que organiza a vida e, no caso humano, constitui o princípio do
pensamento, é aquilo que faz com que todo o ser do homem seja organizado. Uma aproximação menos arriscada seria a de
dizer que essa alma dos gregos está mais próxima do que hoje nós chamamos de inteligência; quer dizer, é aquela capacidade
humana de resolver problemas por meio da razão, do pensamento abstrato, da memória, da analogia e de todos os atributos
mentais que usamos. Nesse caso, podemos dizer que a inteligência se aproxima daquilo que é o principal atributo da
alma: o intelecto. "

Como a valorização do ato de pensar pode ser um elemento definidor do homem e de


suas práticas?

Desenvolva sua reflexão considerando o papel da Filosofia no que diz respeito ao


conhecimento, ao pensar e agir prático no mundo.

Resposta: A razão é que faz o homem existir enquanto um ser consciente de suas práticas.

O intelecto na Modernidade

O tema intelecto foi muito discutido na Filosofia moderna. Muitos filósofos trataram do assunto, mas, sem dúvida o francês
René Descartes (1596-1650) foi um marco no pensamento da modernidade ocidental.

Para saber mais


Leia o Discurso do método, de Descartes. Além de ser um dos mais belos textos da Filosofia moderna, escrito de maneira
lúcida, com extrema coesão lógica, você pode seguir passo a passo os procedimentos metodológicos que levaram o filósofo a
chegar ao argumento do cogito.
Mãos à obra
No Caderno do Aluno, vol. 1, da 2ª série, temos uma atividade que traz um trecho do Discurso do método. Vamos acompanhar
a proposta de leitura e análise de texto. Clique no ícone para ler o texto.

Você também pode ler e indicar aos seus alunos o paradidático ao lado.

Atividade do Caderno do Aluno

A atividade acima refere-se à Lição de Casa da página 6, do Caderno do Aluno. Você deve observar a complexidade do texto
de Descartes e perceber se é melhor seu aluno fazer primeiro a atividade de casa e depois tirar possíveis dúvidas, ou se é
melhor você fazer primeiro uma exposição do texto e depois pedir uma releitura em casa para que os alunos possam
responder às questões. Caso você opte por fazer primeiro a exposição, sugerimos que este seja o procedimento de abertura
do caderno. O caderno traz uma primeira atividade que precede o texto de Descartes. Nela os alunos devem se sentar em trios
e responderem ao questionário. Optar por fazer primeiro uma exposição do texto para depois trabalhar as atividades de sala e
de casa não implica “direcionar” o aluno a tirar respostas prontas do texto; antes disso, a exposição deve objetivar a inserção
do aluno no universo filosófico que se seguirá, pois, para muitos, as indagações do questionário não farão o menor sentido.

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