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1.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CIÊNCIA CONTÁBIL

1.1.Pessoa Física e Pessoa Jurídica

Pessoa Física é o ser humano considerado singularmente como sujeito de direitos e obrigações.

Pessoa Jurídica é a unidade jurídica resultante de um agrupamento humano organizado, estável,


objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõem,
capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações. A maioria das Pessoas Jurídicas são
classificadas como sociedades empresárias, ou simplesmente empresas.

1.2. Definição de Contabilidade

Segundo Hilário Franco, Contabilidade é a ciência que se destina a estudar, controlar e interpretar os
fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, com objetivo de fornecer informações sobre seu
estado e suas variações

1.3. Objetivo, Objeto e Campo de aplicação da Contabilidade

Conforme disposto no item anterior, podemos observar que o objetivo da contabilidade é fornecer
informações completas e precisas aos usuários sobre o patrimônio (objeto) das entidades.

1.4. Usuários da Contabilidade

Os usuários da Contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na avaliação da
situação patrimonial da entidade. Dividem-se em dois grupos: usuários internos (pessoas que fazem
parte da empresa) e usuários externos.

Como usuários internos podemos citar os sócios ou acionistas, os diretores, gerentes, etc. Já como
usuários externos podemos destacar o fisco, instituições financeiras, fornecedores, investidores,
auditores externos, etc.

1.5. Integração de outros setores com a Contabilidade

Para fornecer informações precisas aos usuários, a contabilidade funciona como um grande “banco de
dados”, onde todas os fatos contábeis/administrativos ocorridos em uma entidade são registrados para
uma posterior interpretação e análise, afim de propiciar uma correta tomada de decisão. Assim, podemos
exemplificar a integração da Contabilidade com os diversos setores de uma entidade com o diagrama a
seguir:

1.6. Subdivisão da Contabilidade

A Contabilidade, conforme visto acima, abrange todas as operações realizadas por uma entidade.
Todavia, com a evolução dos controles internos e externos, surgiu a necessidade de informações mais
específicas para algumas atividades ou setores. Assim, podemos destacar alguns dos principais campos
de aplicação da Contabilidade:
Contabilidade Geral ou Financeira
Contabilidade de Custos
Contabilidade Pública
Contabilidade Bancária
Contabilidade Hospitalar
Contabilidade Agropecuária
Contabilidade Securitária
Em nosso curso vamos nos dedicar aos aspectos da Contabilidade Geral, aplicável as empresas
comerciais, industriais e prestadoras de serviços.

1.7. Definição de Patrimônio e Equação Patrimonial

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica.

Entende-se por bem tudo aquilo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades
humanas, podendo ser classificados como tangíveis e intangíveis.

Direitos podem ser definidos como valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores
de propriedade da entidade que se encontram em posse de terceiros.

Obrigações são dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros,
ou bens de terceiros que se encontram em posse da entidade.

1.7.1. Composição Patrimonial

O Patrimônio é dividido em três partes:


ATIVO – parte positiva, composta de bens e direitos;
PASSIVO EXIGÍVEL – parte negativa, composta das obrigações com terceiros;
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) – diferença entre o Ativo e o Passivo Exigível. O PL representa as
obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas e indica a diferença entre o valor dos bens e
direitos e o valor das obrigações com terceiros. Esta parte diferencial é que vai medir ou avaliar a
situação ou condição da entidade, sendo, portanto, considerado como Passivo Não-Exigível.

1.7.2. Equação Patrimonial

Na maioria das entidades o Ativo (A) supera o Passivo Exigível (PE), ou seja, apresenta um patrimônio
líquido (PL) positivo, podendo ser representada pela equação:
A = PE + PL

Nos casos em que o Passivo Exigível suplanta o Ativo, a entidade apresenta um patrimônio líquido
negativo, também conhecido como passivo a descoberto. Sua representação se dá da seguinte forma:
PE = A + PL

Em raras ocasiões, o Ativo e o Passivo Exigível são iguais, caracterizando uma situação nula ou de
equilíbrio, assim representada:
A = PE

1.8. Princípios Contábeis

Os princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus fins. Vale
dizer, os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui.

A Resolução CFC n.º750/93 dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade, elencando-os


em seu art. 3º e conceituando-os nos seus artigos quarto ao dez. Em síntese, podemos resumir esses
princípios da seguinte forma:

PRINCÍPIO DA ENTIDADE - O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE - A CONTINUIDADE ou não da entidade, bem como sua vida definida
ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
quantitativas e qualitativas. A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos
casos, o valor de vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo
determinado, previsto ou previsível.

PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE - O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este
seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL - Os componentes do patrimônio devem ser


registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na
moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive
quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade.

PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA - Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda


nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal
dos valores dos componentes patrimoniais.

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA - As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do


resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento. O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do
Princípio da Oportunidade.

PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA - O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os


componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

2. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

2.1 Definição

Escrituração é o registro dos fatos contábeis, em livros próprios e segundo os princípios e normas técno-
contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados por
ela obtidos no exercício.

Essa escrituração é realizada em unidades de registro denominadas contas, cuja função é de representar
o Patrimônio ou suas variações.

Até algumas décadas atrás a escrituração fiscal e contábil era realizada de forma manual, através de
livros ou fichas “pré-moldadas”, levando os contabilistas a serem conhecidos como guarda-livros. Com
advento dos recursos tecnológicos, em especial do computador e dos softwares contábeis, a escrituração
passou a ser feita de forma eletrônica, fazendo com que os profissionais da contabilidade ganhassem
agilidade, confiabilidade e qualidade nos relatórios e demonstrativos por eles elaborados.

Todavia, a Ciência Contábil, assim como as demais Ciências Sociais, está em constante evolução e,
recentemente, se viu diante de um novo mecanismo de escrituração: O SPED – Sistema Público de
Escrituração Digital, onde as entidades terão, a partir de agora, que transformar seus registros antes
manuais, depois eletrônicos, em uma escrituração virtual. Falaremos mais um pouco do SPED no
capítulo 4 a seguir.

2.2 Teorias das Contas


Ao longo dos anos, existiram várias escolas que se especializaram nos estudos contábeis, notadamente
na teoria das contas, entre as quais podemos destacar:

TEORIA PERSONALISTA – nesta teoria cada conta assume a configuração de uma pessoa no seu
relacionamento com a empresa ou entidade. Assim, Caixa, Bancos, Fornecedores, Capital, Receitas e
Despesas, representam pessoas com as quais a entidade mantém relacionamento de débito e crédito.

TEORIA MATERIALISTA – as contas representam relações matérias e se classificam em dois grandes


grupos: Contas Integrais, que representam bens, direitos e obrigações e Contas Diferenciais, que
representam as contas do PL e suas variações, inclusive as receitas e despesas.

TEORIA PATRIMONIALISTA – entende que o patrimônio é o objeto a ser administrado; desta forma, esta
teoria separa as contas que representam a situação estática das contas que representam a dinâmica da
situação. Nesta teoria as contas são divididas em dois grupos: Contas Patrimoniais, que representam a
situação estática, ou seja, o patrimônio e Contas de Resultado, que representam a situação dinâmica, ou
seja, as contas que alteram o patrimônio líquido (receitas e despesas).

2.3 Natureza das Contas

Embora pareça difícil, é simples e fácil justificar-se as definições dos saldos quando as comparamos com
os conceitos explanados na Teoria Personalista e com o estudo do patrimônio.

Onde: D – Saldo Devedor; e C – Saldo Credor

Observando atentamente o patrimônio acima, poderíamos chegar às seguintes conclusões:


 Os fornecedores (credores da empresa) têm R$ 400,00 a receber, portanto, seu saldo é credor;
 Os sócios ou acionistas (credores da empresa) tem R$ 1.600,00 a receber (valor do PL), portanto,
seu saldo é credor;
 Os recursos necessários aos pagamentos dos valores acima estão no Ativo, que nessa hipótese,
deve R$ 2.000,00, ou seja, R$ 400,00 para as obrigações com terceiros (PE) e R$ 1.600,00 para
os sócios ou acionistas (PL).

Portanto:
* As contas de Ativo têm saldo Devedor;
* As contas de Passivo Exigível têm saldo Credor;
* As contas de Patrimônio Líquido têm saldo Credor.
Relativamente às receitas e despesas, poderíamos comentar que:
* As Receitas provocam aumento no valor do Patrimônio Líquido (PL) que, normalmente, possui saldo
credor, logo as receitas somente podem ter saldo Credor;
* As Despesas, por sua vez, diminuem o valor do Patrimônio Líquido (PL) que, normalmente, possui saldo
credor, logo as despesas somente podem ter saldo Devedor.

2.4 Elenco de Contas x Plano de Contas

Um elenco de contas consiste numa relação de contas que são utilizadas por uma determinada entidade
em sua escrituração contábil.

Ao se agregar função e funcionamento a essas contas que compõem o elenco, teremos um Plano de
Contas, que representa uma relação lógica e ordenada dos títulos das contas que compõem a
escrituração contábil de uma entidade.

A função de uma conta é a sua ação, para que serve, qual o papel que desempenha na escrituração,
explicação do objeto da conta, ou, ainda, a expressão descritiva da natureza dos fatos registráveis.

O funcionamento da conta é um relacionamento de uma conta com outras demais, evidenciando como se
comporta diante de seu objetivo. Demonstra como se debita a conta, como se credita, qual é a natureza
do saldo.

As contas de natureza devedora são debitadas quando aumentam e creditadas quando diminuem.

As contas de natureza credora são creditadas quando aumentam e debitadas quando diminuem.

De forma simplificada, podemos demonstrar o funcionamento das contas com o esquema abaixo:

Além da classificação das contas em virtude da sua natureza (Devedora ou Credora), em um Plano de
Contas as unidades de registro dividem-se em contas sintéticas e contas analíticas.

Contas analíticas são as contas em seu último nível, ou seja, são elas que recebem os lançamentos
contábeis. Contas sintéticas, também chamadas de “contas mãe”, representam agrupamentos de contas
analíticas ou de outras contas sintéticas.

Por exemplo: A conta “Bancos” apresentada abaixo é uma conta sintética, haja vista que ela
abrange/consolida todos os saldos da entidade existentes em bancos.

Assim teríamos:
Ativo (Conta Sintética)
Circulante (Conta Sintética)
Disponibilidades (Conta Sintética)
Bancos (Conta Sintética)
Banco “X” (Conta Analítica)

A seguir temos um modelo básico de plano voltado para empresas comerciais, industriais e prestadoras
de serviço, já adaptado às mudanças recentes na legislação e ao Sistema Público de Escrituração Digital
– SPED.

Um modelo completo de plano de contas pode ser encontrado no Apêndice II deste material, cabendo
ressaltar que as entidades sem fins lucrativos e as empresas de atividade rural devem utilizar planos de
contas diferenciados, a fim de atender suas especificidades.

2.5 O método das partidas dobradas

O método de escrituração universalmente adotado é o método das partidas dobradas, cujo princípio
fundamental afirma: não há devedor sem credor, correspondendo a cada débito um crédito de igual valor.

2.6 Lançamentos Contábeis

Lançamento é o registro de um fato contábil. Nesse registro serão observados, no mínimo, a data,
conta(s) devedora(s), conta(s) credora(s), histórico e valor. Os lançamentos podem ser de quatro
diferentes fórmulas, a saber:
1ª Fórmula: Apenas uma conta debitada e uma creditada
2ª Fórmula: Uma conta debitada e mais de uma creditada
3ª Fórmula: Mais de uma conta debita e apenas uma creditada
4ª Fórmula: Mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada
2.7 Modalidades de Lançamentos

Os lançamentos contábeis podem assumir duas formas de apresentação: lançamentos de Diário e


lançamentos de Razão. O primeiro consiste em realizar os registros por cada fato contábil apenas de
forma cronológica, enquanto o segundo registra os fatos contábeis agrupando os valores movimentados
por contas. Didaticamente, usa-se o seguinte formato para um lançamento na modalidade de diário:

Para os lançamentos na modalidade de razão usa-se um símbolo denominado razonete, ou razão em


forma de “T”, onde os valores debitados serão transcritos para o lado esquerdo do “T” e os valores
creditados serão alocados no lado direito do “T”.

Com advento dos recursos tecnológicos, em especial dos softwares de escrituração contábil, o razonete
deixou de ser utilizado há muitos anos, porém ainda é uma excelente ferramenta para se aprender a
lógica da escrituração contábil.

2.8 Balancete de Verificação

O balancete de verificação é um demonstrativo contábil preliminar à elaboração das demonstrações


financeiras; ele irá conter todas as contas com saldo e as que tiveram movimentação no período, o que
nos possibilitará verificar possíveis erros existentes a partir da aplicação de um dos fundamentos da
digrafia: a soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores.

A NBC T 2.7, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC estabeleceu os seguintes aspectos para um
balancete:
O balancete de verificação do razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos
registros contábeis em determinada data.
O grau de detalhamento do balancete deverá ser consentâneo com sua finalidade.
Os elementos mínimos que devem constar do balancete são:
a) identificação da Entidade;
b) data a que se refere;
c) abrangência;
d) identificação das contas e respectivos grupos;
e) saldos das contas, indicando se devedores ou credores;
f) soma dos saldos devedores e credores.
O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista
responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC.
O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.

3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira,
o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número
de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.

Conforme determina o artigo 176 da Lei 6.404/76, ao fim de cada exercício social a diretoria fará elaborar,
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - Balanço Patrimonial (BP);
II - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
III - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
IV – Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
V – se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

As demonstrações contábeis também englobam notas explicativas, quadros suplementares e outras


informações. Por exemplo, podem conter informações adicionais que sejam relevantes às necessidades
dos usuários sobre itens constantes do balanço patrimonial e da demonstração do resultado. Podem
incluir divulgações sobre os riscos e incertezas que afetem a entidade e quaisquer recursos e/ou
obrigações para os quais não exista obrigatoriedade de serem reconhecidos no balanço patrimonial (tais
como reservas minerais). Informações sobre segmentos industriais ou geográficos e o efeito de
mudanças de preços sobre a entidade podem também ser fornecidos sob a forma de informações
suplementares.

3.1. Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a representação padronizada dos saldos de todas as Contas Patrimoniais, ou


seja, as que representam elementos que compõem o Patrimônio de uma empresa, num determinado
momento.

No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e


agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas
registrados, nos seguintes grupos:
a) ativo circulante;
b) ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível.

As contas serão classificadas do seguinte modo:


I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente
e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim
como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
V – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Vale ressaltar que, na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:


a) passivo circulante;
b) passivo não-circulante;
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante,


serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-
circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observando que, na companhia em que o ciclo
operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo
prazo terá por base o prazo desse ciclo.

As contas do Patrimônio Líquido serão assim classificadas:


A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão
das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do
exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos
casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na
competência conferida pelo § 3o do art. 177 da Lei 6.404/76.

Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da
companhia. As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

3.2. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:


I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo
inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo
ao fim do período.

Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança
de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não
possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do
capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e
publicada pela companhia.

3.3. Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Vale ressaltar que na determinação do resultado do exercício serão computados:


a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos.

3.4. Notas Explicativas

Obedecendo ao que dispõem o parágrafo 5º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as Notas Explicativas devem:
I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam
apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e
IV - indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos
de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o);
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito
relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

4. A CONTABILIDADE E O SPED

4.1. O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED

O Sistema Público de Escrituração Digital - SPED é mais um avanço na informatização da relação fisco-
contribuinte, instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Consiste na modernização da
sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às
administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de
assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica apenas na sua forma digital.
É composto por três grandes subprojetos:
Escrituração Contábil Digital;
Escrituração Fiscal Digital; e
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
O Sped Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas
governamentais: federal, estadual e municipal, mantendo parceria com mais de 20 instituições, entre
órgãos públicos, conselho de classe, associações e entidades civis, na construção conjunta do projeto.
O SPED apresenta os seguintes benefícios:
Redução de custos com a dispensa de emissão e para o armazenamento de documentos em papel;
Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;
Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;
Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio
exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);
Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as
administrações tributárias;
Rapidez no acesso às informações;
Eliminação do papel;
Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
Redução de custos administrativos;
Melhoria da qualidade da informação;
Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;
Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel.

4.2. A Contabilidade com o surgimento do SPED

De maneira bastante simplificada podemos definir o SPED Contábil como a substituição dos livros da
escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.

A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera um arquivo digital no formato especificado pela
Legislação contendo toda movimentação contábil do período. Ou seja, a partir do SPED, o fisco terá
todas as informações contábeis e fiscais disponíveis para cruzamentos e verificações, não sendo mais
necessária a vistoria do Livro Diário in loco.

Devido às peculiaridades das diversas legislações que tratam da matéria, este arquivo pode ser tratado
pelos sinônimos: Livro Diário Digital, Escrituração Contábil Digital – ECD, ou Escrituração Contábil em
forma eletrônica. Este arquivo é submetido ao Programa Validador e Assinador – PVA fornecido pelo
SPED.

Ao receber a ECD, o SPED extrai um resumo (requerimento, Termo de Abertura e Termo de


Encerramento) e o envia para a Junta Comercial competente.
O PVA tem ainda as funcionalidades de visualização da escrituração e de geração recuperação de
backup.

A partir de 1° de janeiro de 2009, ficam obrigadas a adotar a ECD as pessoas jurídicas sujeitas à
tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.

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