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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CENTRO DE APRENDIZAGEM EM REDE


CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

AO03 - BASES LINGUÍSTICAS DA ALFABETIZAÇÃO

Aluna: Jéssica Lorrane Souza Silva


Professor: Márcio Bessa
Tutora a Distância: Sandra Regina da Silva
Tutora Presencial: Fernanda Rosa de Amorim
Turma: B

03/2018
Ceres, GO
1. PAPER

Muito se debate, hoje em dia sobre o processo de alfabetização e qual o


método mais adequado, visto a dificuldade de nossas crianças em aprender a
ler e a escrever. Conforme Mortatti (2006) por quase um século, desde a
implantação do modelo de escola republicano, observam-se repetidos esforços
de mudança para combater o chamado “fracasso escolar na alfabetização”.
Esforços esses que se concentraram, sistemática e oficialmente, na questão dos
métodos de ensino da leitura e escrita, e muitos foram os debates entre os que
se consideravam portadores de um novo e revolucionário método de
alfabetização e aqueles que continuavam a defender os métodos tradicionais.
Apesar de muito se falar em métodos de alfabetização, os autores que
abordam o tema apresentam definições diferentes para o que possam ser essas
metodologias. De maneira geral, Frade (2005, p. 16) entende que os termos
metodologias da alfabetização se referem a um conjunto amplo de decisões
relacionadas ao como fazer. E ainda enfatiza que o professor alfabetizador
necessita de domínio dos métodos clássicos de alfabetização, todavia também
uma série de outros procedimentos relacionados à organização do tempo e
espaço na sala de aula, à adequação dos materiais e situações de ensino, à
definição de conteúdo e do ambiente de uso da cultura escrita na sala de aula.
Em virtude dos fatos mencionados esse estudo tem como objetivo refletir
sobre os diferentes métodos de alfabetização, os recuos e os avanços quanto à
compreensão dos processos de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita,
abordando de que maneira o espaço físico contribui com o processo de
alfabetização da criança.
Considerando historicamente os métodos de alfabetização agrupam-se
em métodos sintéticos e métodos analíticos (FRADE, 2005; RIBEIRO, 2013):
Nos métodos sintéticos, temos a escolha de princípios organizativos
distintos, que privilegiam as correspondências fonográficas, ou seja, insiste
fundamentalmente numa relação entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia.
A disputa sobre qual unidade de análise a ser considerada – a letra, o fonema
ou a sílaba –, é que deu o tom das diferenciações em torno das
correspondências fonográficas, o sistema de ensino parte das partes para um
todo. Para esse conjunto de métodos denominados sintéticos, propõe-se um
distanciamento da situação de uso e do significado, para a promoção de
estratégias de análise do sistema de escrita. Nesse aspecto, a autonomia do
aluno não é promovida, impede que ele pensa e aja por si próprio. Exemplos:
método alfabético; método fônico; método silábico.
Em contraponto, os métodos analíticos partem do todo para as partes e
procuram romper radicalmente com o princípio da decifração. Tem por objetivo,
fazer com que as crianças compreendam o sentido de um texto, não ensina a
leitura através da silabação. Está presente nesse movimento metodológico a
defesa do trabalho com sentido, na alfabetização. Assim, esses métodos buscam
atuar na compreensão, por entenderem que a linguagem escrita deve ser
ensinada à criança respeitando-se sua percepção global dos fenômenos e da
própria língua. São tomados como unidade de análise a palavra, a frase e o texto.
Exemplos: método palavração; método global de contos ou de historietas;
método natural.
Ainda considerando as teorias, podemos citar a teoria construtivista,
apresentada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky na década de 1980, e que deve
ser considerada, particularmente, como uma teoria psicolinguística que vem a
contribuir no processo de alfabetização. De acordo com Teberosky e Colomer
(2003), citado por Frade (2005, p. 41), “o enfoque construtivista compartilha com
a linguagem integral o objetivo de fazer com que as crianças entrem no mundo
do texto escrito e da cultura escrita.” Trabalhando com o conhecimento que a
criança traz para escola, faz a união da língua falada, escrita e a leitura em um
único processo.
Refletindo nos métodos descritos e nos problemas abordados, chegamos
à conclusão que não existe um método de alfabetização único que seja
adequado para chegar ao resultado que é estar alfabetizado. Magda Soares
explica que a aprendizagem da leitura e da escrita é um processo que se faz por
meio de duas vias, uma técnica e outra que diz respeito ao uso social. É
imprescindível o domínio da tecnologia da escrita, por outro lado, o aprendizado
da técnica só fará sentido se ele se fizer em situações sociais que propiciem
práticas de uso. Sendo assim, é relevante ter conhecimento e domínio sobre os
métodos de alfabetização para compreender o processo de aquisição da
linguagem escrita e falada, contudo, é essencial enfatizar que “as metodologias
não são suficientes para assegurar resultados positivos, pois dependem sempre
do professor, de sua sensibilidade para interpretar as necessidades dos alunos”
(BATISTA et al, 2003, apud, MORAIS, ALBUQUERQUE & LEAL, 2005, p. 15).
Levando em consideração todos esses aspectos, denota-se ainda a
importância dos espaços destinados ao desenvolvimento da criança, uma vez
que podem contribuir ou não para o processo de aquisição da linguagem escrita
e falada. Vygotsky defende a importância do espaço para o desenvolvimento
sociocultural da criança, posto que a linguagem tem papel fundamental nesse
processo, sendo assim uma “ferramenta cultural”.
Durante a visita técnica ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI)
Valdete Cândida de Jesus Moraes em Ceres – GO, foram observadas três
turmas do turno vespertino de Jardim II e Jardim III. O CMEI busca garantir que
o processo de alfabetização e letramento das crianças seja eficaz, para isso
todas as professoras são capacitadas pelo Pacto Nacional de Alfabetização na
Idade Certa (PNAIC). Salienta-se que alfabetização e letramento são dois
processos distintos, em suma, ser alfabetizado é saber compreender a
tecnologia da escrita. Já, ser letrado é saber responder adequadamente às
demandas sociais da leitura e da escrita de forma que as habilidades de
interpretação dos mais variados gêneros textuais sejam desenvolvidas. Dentre
as atividades destinadas ao processo de alfabetização e letramento identifiquei
a contação de história, música e atividade escrita, que também auxilia no
processo de formação motora fina e identificação dos signos. No horário da
contação de história, a professora estava lendo um livro e mostrando-o às
crianças que olhavam e ouviam com atenção, esse momento é importante no
processo de letramento, pois auxilia aos alunos conhecerem novas palavras. A
música foi cantada pela professora e os alunos acompanhavam, cantando e
fazendo os gestos, o que auxilia na formação motora do corpo e expressividade.
Mesmo as crianças ainda não possuindo domínio da escrita as professoras
buscam efetuar o processo de letramento ao ler histórias, cantar e permitir que
possam tentar escrever.
Santos e Mendonça (2007) consideram que o alfabetizar letrando é:

oportunizar situações de aprendizagem da língua escrita nas quais o


aprendiz tenha acesso aos textos e a situações sociais de uso deles,
mas que seja levado a construir a compreensão acerca do
funcionamento do sistema de escrita alfabético. [...] Se o conhecimento
que esses têm da escrita ainda não é suficiente para que leiam ou
produzam textos extensos, pode-se levá-los a ler textos memorizados,
tais como cantigas, quadrinhas, assim como tentar escrevê-los na
íntegra ou parte deles.

Dado o exposto, conclui-se que os métodos tradicionais são necessários


para que se tenha objetividade no processo de alfabetização, porém para que
tenha significação deve ser realizado em situações sociais que propiciem
práticas de uso. Considerando sempre uma série de outros procedimentos
relacionados à organização do tempo e espaço na sala de aula, à adequação
dos materiais e situações de ensino, à definição de conteúdo e do ambiente de
uso da cultura escrita na sala de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRADE, I. C. A. S.. Métodos e didáticas de alfabetização: história,


características e modos de fazer de professores: caderno do professor. Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.

MORAIS, A. G.; ALBUQUERQUE, E. B. C. & LEAL, T. F. (org.). Alfabetização:


apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

MORTATTI, M. R. L.. História dos Métodos de Alfabetização no Brasil.


Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da
Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Brasília, 27/04/2006.

RIBEIRO, M. L. M.. Alfabetização e Seus Métodos. 6 de abril de 2013.


Disponível em: <https://pedagogiaaopedaletra.com/alfabetizacao-e-seus-
metodos/>. Acesso em: 07/03/2018.

SANTOS, C. F. & MENDONÇA, M. (org.). Alfabetização e letramento: conceitos


e relações. 1ed., 1reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2007. 152 p.

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