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DIREITO À CONVIVÊNCIA

FAMILIAR E COMUNITÁRIA

 Aspectos gerais da convivência familiar.


 A Família e a convivência comunitária.
 Poder familiar.
 Colocação em família substituta: guarda e tutela.

Este material é inteiramente baseado na obra “Direito da Criança e do Adolescente: uma proposta interdisciplinar”, de Tânia Pereira da Silva, Editora
Renovar, 2008.
ASPECTOS GERAIS DA CONVIVÊNCIA
FAMILIAR
ECA - Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
CF/88 - Art. 226.A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão
em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por
qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos
igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas
relações.
ASPECTOS GERAIS DA CONVIVÊNCIA
FAMILIAR
 O ECA procurou ressaltar a importância da vida em família como ambiente natural
para o desenvolvimento daqueles que ainda não atingiram a vida adulta, valorizando
esta convivência, quer na família natural, quer na família substituta

 A família constrói sua realidade através da história compartilhada de seus


membros e caberá ao Direito, diante das novas realidades alternativas, criar
mecanismos de proteção visando especialmente às pessoas em fase de
desenvolvimento

 O ECA identifica como “FAMÍLIA NATURAL” a relação pai, mãe, filho; outros
ascendentes acolherão na condição “FAMÍLIA SUBSTITUTA”, sob a forma de
guarda ou tutela. A adoção é, sem dúvida, a mais completa forma de colocação
familiar. (Arts. 25 e 26 do ECA)

 Em 88, a CF consagrou a proteção à família, fundada no casamento ou união


estável e também na família formada por qualquer dos pais e seus filhos. Houve a
equiparação dos filhos em deveres e direitos. Igualdade entre os
cônjuges no casamento, que detêm em conjunto o poder familiar em
relação aos filhos. O “cuidado” passou a compor os direitos e deveres das
pessoas nas relações familiares como valor primordial, sobretudo quando se busca
a proteção da criança, do adolescente e do idoso.
ASPECTOS GERAIS DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR

 A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989),


preocupada na caracterização da família, considerou-a “grupo
fundamental da sociedade e ambiente natural para o
crescimento e bem-estar de todos os seus membros, e em
particular das crianças, devendo receber a proteção e a
assistência necessárias a fim de poder assumir plenamente suas
responsabilidades dentro da comunidade”;

 Desta família, fazem parte as crianças e adolescentes, que representam,


hoje, mais de 40% da população brasileira, o que nos faz compreender a
definição de “prioridade absoluta constitucional”. Titulares de direitos
fundamentais, a proteção à infanto-adolescência passou a ser
dever da família, do Estado e da comunidade (art. 227 CF). O
direito de ser criança e adolescente, a possibilidade de ter um espaço
próprio para o seu desenvolvimento dentro de um contexto comunitário
tem sido objetos de permanente revisão, e, sobremaneira, de determinação
de primazia nas propostas políticas da atualidade.
A FAMÍLIA E A CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA
Ao determinar a convivência comunitária como prioridade absoluta
para a criança, para o jovem e para a família, quis o legislador
estatutário reforçar alguns aspectos especiais no que concerne à
proteção integral.

É a convivência familiar e comunitária a expressão máxima


de implementação da Doutrina Jurídica da Proteção Integral
onde a escola exerce também papel significativo de inclusão
social. Crianças e adolescentes são titulares de direitos que
não se concretizarão se não se vincularem a um sistema
integrado de atendimento e prevenção ditado pelas primazias
identificadas no parágrafo único do art. 4º ECA, onde se destacam,
especialmente, a precedência de atendimento nos serviços públicos
ou de relevância pública e a destinação privilegiada de recursos
públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e juventude.
A FAMÍLIA E A CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA

 A família e a criança vivem na comunidade, no município, e é neste grupo social


que deverão ser reforçados os projetos, programas e iniciativas de proteção
desta parcela considerável da população. É no município que crianças e jovens se
desenvolvem, é lá que eles se tornam cidadãos. O ser humano é ele e suas
circunstancias. Nesta perspectiva, caberá à sociedade repensar a condição de
seus membros e o papel que ela desempenha.

 A municipalização passou a compor as diretrizes da política do


atendimento como desdobramento dos arts. 203 e 204 da CF. O art.
203 estabelece que a assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente da contribuição à seguridade social, objetivando “a proteção
à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice”.
A FAMÍLIA E A CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA
 O Município ocupa uma posição de destaque na condução das
ações necessárias, através de seus dirigentes, entidades e órgãos,
para que a família possa desempenhar bem a sua função.
“Reconhecidamente é no Município a instância mais visível e próxima da
população, onde as relações políticas se dão com maior intensidade” (Pedro
Caetano de Carvalho). As medidas aplicáveis aos pais ou responsável previstas
no art. 129 ECA serão viáveis e possíveis na medida em que a rede de
serviços permita o encaminhamento imediato dos responsáveis; dependem,
por conseguinte, de políticas públicas que impeçam o círculo vicioso das
situações de risco, descuido, omissão, negligência e exploração.

 Não se pode falar, portanto, em convivência comunitária e municipalização do


atendimento sem parceria dos órgãos municipais de governo e das entidades
da sociedade civil. É imprescindível uma rede de serviços que permita,
por exemplo, ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, e ao
Magistrado e à comunidade recorrerem-se a programas que
atendam às situações de risco social que envolvam a família.
ENTREGA DE FILHO PARA ADOÇÃO
 Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo
após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)
§ 1o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que apresentará
relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal.
§ 2o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, mediante sua
expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento especializado.
§ 3o A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo
máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período.
§ 4o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto a receber a
guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança
sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar
ou institucional.
5o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve
ser manifestada na audiência a que se refere o § 1o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.
§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para confirmar a
intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a criança será
colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la.
§ 7o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à
data do término do estágio de convivência.

§ 8o Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a equipe interprofissional - da entrega
da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da
Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.
APADRINHAMENTO
 Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou
familiar poderão participar de programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei
nº 13.509, de 2017)
§ 1o O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente
vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com
o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e
financeiro.
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas
nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.
§ 3o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o seu
desenvolvimento.
§ 4o O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada
programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota
possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.
§ 5o Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude
poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil.
§ 6o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos
serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente.
PODER FAMILIAR
 ECA - Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação
civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância,
recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da
divergência.

 ECA - Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e


educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

CF/88 - Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e


educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever
de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.
 Um dos fatores determinantes na convivência familiar, dentro ou fora
do casamento, é a figura jurídica do Poder Familiar. Esta relação de
caráter puramente familiar tem sido objeto de preocupação da
Doutrina nacional e internacional, transferindo sua conceituação para
uma relação de “Pátrio Dever”. Esta concepção já aparece no art. 22
ECA ao fixar os seus atributos no “dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores”.
PODER FAMILIAR

 Coube à CF estabelecer, no art. 226, §5º, a igualdade de direitos e


deveres dos cônjuges referentes à sociedade conjugal. Da mesma
forma, a equiparação dos filhos desvinculada do tipo de relação de
conjugalidade dos pais – se do matrimônio ou da relação de fato
entre os genitores – trouxe novas diretrizes ao exercício de
deveres paternos. Não existe qualquer incompatibilidade entre os
princípios do ECA e o CC/02, no que concerne ao Poder Familiar.

 Luiz Edson Fachin alerta no sentido de que não se trata de


“poder”, nem de “função”. Não há relação de “subordinação”. É
mais que um direito-dever. E explica: “inexiste aí poder, há função
de autoridade parental, exercida igualmente pelo homem e pela
mulher, sob o comando constitucional do §5º do art. 226”.
PODER FAMILIAR
Perda e suspensão do poder familiar:

 Permanece inalterado o poder familiar na dissolução da sociedade conjugal


(pela separação ou pelo divórcio dos pais) ou da extinção da união estável,
salvo o direito de ter os filhos sob a guarda, estabelecendo-se entre os
genitores as condições de convivência, preferencialmente homologadas pela
autoridade judicial.

 Portanto, na separação do casal, quando cabe a um deles a custódia


dos filhos, esta não representa prejuízo do outro cônjuge do
exercício do Poder Familiar. Da mesma forma, a criança ou
adolescente pode ser confiado, excepcionalmente, à guarda de
terceira pessoa, sem que se concretize nesta hipótese a perda do
Poder Familiar. O legislador referiu-se destacadamente aos atributos da
educação e criação, dando a entender que se trata de assuntos que envolvem
conceitos diferentes. A ideia de criar os filhos visa a atender às necessidades
físicas e materiais do ser humano, e educa-los é levar em conta o intelecto, o
processo de aprendizagem, seu desenvolvimento social, sua personalidade e
seu caráter.
PODER FAMILIAR
Perda e suspensão do poder familiar:

ECA - Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui


motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.
§ 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da
medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a
qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de proteção
apoio e promoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do
poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito
à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha. (Incluído pela Lei nº
12.962, de 2014)

ECA - Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas


judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na
legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos
deveres e obrigações a que alude o art. 22.
PODER FAMILIAR
Perda e suspensão do poder familiar

CC/02 - Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:


I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do art. 5ª, parágrafo único;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.

CC/02 - Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde,
quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer
interferência do novo cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que
casarem ou estabelecerem união estável.

CC/02 - Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes
ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar
a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder
familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados
por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

CC/02 - Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

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