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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA

PROJETO DE
ESTRUTURAS DE
FUNDAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS


ESCOLA DE ENGENHARIA DA UFMG

PROFESSOR: RONALDO AZEVEDO CHAVES


Rev. B
Tubulões

ÍNDICE

ÍNDICE ............................................................................................................. 2
1 TUBULÕES ................................................................................................ 3
1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3

1.2 TIPOS USUAIS ................................................................................................................................... 3

1.2.1 TUBULÕES NÃO REVESTIDOS ........................................................................................................... 3

1.2.2 TUBULÕES REVESTIDOS .................................................................................................................... 3

1.3 CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES E DESLOCAMENTOS DO FUSTE .............................................. 4

1.3.1 TUBULÕES SOMENTE COM CARGAS VERTICAIS ............................................................................ 4

1.3.2 TUBULÕES COM CARGAS HORIZONTAIS E MOMENTOS SOLICITAÇÕES ADOTANDO O


PROCESSO DE VIGA EM MEIO ELÁSTICO ...................................................................................................... 8

1.3.3 SOLICITAÇÕES NOS FUSTES ENCAMISADOS DEVIDO ÀS PRESSÕES INTERNAS E EXTERNAS 10

1.4 DIMENSIONAMENTO ........................................................................................................................ 11

1.4.1 PRESCRIÇÕES NORMATIVAS ............................................................................................................ 11

1.4.2 BASES ALARGADAS ............................................................................................................................ 12

1.4.3 FUSTES ................................................................................................................................................. 13

1.5 DETALHAMENTOS TÍPICOS ............................................................................................................ 19

1.6 EXEMPLOS ........................................................................................................................................ 21

1.6.1 EXEMPLO 1 ........................................................................................................................................... 21

1.6.2 EXEMPLO 2 ........................................................................................................................................... 24

2 ANEXO ....................................................................................................... 30

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Professor: Ronaldo Azevedo Chaves


Tubulões

1 TUBULÕES
1.1 Introdução
Tubulões são fundações profundas, normalmente verticais,
empregadas para transmitir ao solo cargas de médio a grande valor.
Geralmente tem suas seções transversais circulares, mas isso não é
obrigatório, podendo ser ovaladas por exemplo.
Essas fundações podem ser de concreto simples ou armado, em
função dos esforços solicitantes a que estão submetidas.
As bases dos tubulões podem ser alargadas para distribuírem a carga
com pressões compatíveis com as tensões admissíveis dos solos na cota de
assentamento.

1.2 Tipos usuais


Os tubulões podem ser classificados como não revestidos e revestidos.

1.2.1 Tubulões não revestidos

Eles podem ser escavados mecanicamente ou manualmente em


terrenos sem problemas de desmoronamento, sendo que em situações
especiais pode-se utilizar escoramento provisório para a estabilização do
solo durante a perfuração.
Naturalmente que essas escavações só podem ser realizadas acima
do lençol freático em solos permeáveis.
No caso de solo de baixa permeabilidade podemos escavar abaixo
desta cota, porém tendo-se o cuidado de assegurar a estabilidade das
paredes da escavação submetidas aos empuxos do solo e da água.
Esses tubulões caracterizam-se pela facilidade e simplicidade de
execução.
Os tubulões não revestidos também podem ser executados com
equipamentos mecânicos. E, no caso de perfurações abaixo do lençol
d’água, utiliza-se lama bentonítica para garantir a estabilidade das paredes.

1.2.2 Tubulões revestidos

Existem situações nas quais os tubulões precisam ter um


revestimento. Isto para impedir o desmoronamento das paredes, garantir a
integridade do fuste, ou impedir a invasão do fuste pela água.
Estes revestimentos, ou camisas, podem ser de concreto armado ou
de aço. Eles são introduzidos por gravidade e em módulos, assim que a
escavação avança. No caso de revestimentos metálicos esta cravação da
camisa poderá ser também por gravidade ou então por percussão usando
bate-estaca.
Quando se atinge o lençol freático, injeta-se dentro do revestimento ar
comprimido a pressões que equilibram as subpressões da água, propiciando
assim condições de escavação a seco. Nestes casos a segurança do
trabalho tem especial atenção.
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Tubulões

1.3 Cálculo das solicitações e deslocamentos do fuste

O tubulão pode ser solicitado por esforços que a estrutura nele


descarrega por carregamentos que aparecem durante a sua construção e
por ações de manuseio e transporte no caso de tubulão revestido.
A seguir serão estudados os efeitos que esses carregamentos
introduzem no tubulão.

1.3.1 Tubulões somente com cargas verticais

As solicitações normais nos fustes são uma somatória dos esforços


normais aplicados pela estrutura, pelo peso próprio e pelo atrito lateral
(positivo ou negativo).
Os tubulões poderão estar solicitados por esforços de compressão ou
tração.
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Tubulões

1.3.1.1 Tubulões submetidos à Compressão

A figura ilustra bem as ações e reações que atuam num tubulão


submetido à carga de compressão

.
P = Carga aplicada
Pc = Peso do concreto
fadm = Tensão admissível média de atrito lateral (= f u /(2 ou 3)
s = Tensão no solo
SB = Área da base

Com isso pode-se escrever:

P  Pc   d h1 f adm
 s
SB

Na prática, para tubulões pequenos, é usual não se contar com o atrito


lateral positivo como fator redutor do esforço vertical de compressão ao longo do
fuste.
Em contrapartida não se considera, neste caso, o valor do seu peso próprio
também.
Porém, no caso de haver atrito negativo (PAW), a variação da carga vertical é
considerada. Com esta simplificação tem-se:
P P  PAW
s  ou s 
SB SB

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Tubulões

1.3.1.2 Tubulões submetidos à Tração (Arrancamento)

As propostas para avaliação da carga última de arrancamento dos tubulões


sempre levam em consideração as propriedades dos solos.
Sabe-se, entretanto, que o alargamento de base é um fator muito importante
que incrementa aquela carga.
Pela sua facilidade de cálculo, o processo do “tronco de cone invertido“ é
bastante utilizado (1).
Aqui se considera a capacidade de arrancamento dos tubulões medida pelos
pesos do concreto e do solo conforme a figura.

Pu = Ps + 0,9 Pc

Pu  1,5
P

 geralmente é 60o

O fator 0,9 aplicado a Pc é para considerar que o peso do concreto é um


esforço favorável.

P = Carga de arrancamento

Pu = Carga última de arrancamento

Ps = Peso do solo mobilizado

(1) Outro processo bastante difundido é o método desenvolvido pela Universidade de Grenoble.

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Tubulões
Pc = Peso do Tubulão

Vs = Volume do solo mobilizado


Vc = Volume do concreto

c = Peso específico do concreto

s = Peso específico do solo

Formulário

hB = 0,5 (DB – d) x tg 

Vc = 0,25 x  x d2 x h +  hB (d2 + d.DB + DB2)/12 + 0,25 x  x DB2 x hB

V’c = 0,25 x  x d2 x h

Dc = DB + 2H tg 

Vs = H x (Db2 + Db . Dc + Dc2)/12 - Vc

Pc = ( Vc + V’c) x c

Ps = Vs x s

Pu = Ps + 0,9 Pc

Pu / P  1,5

Recomendam-se os valores da tabela para o ângulo 

SOLO No DE GOLPES (SPT) ÂNGULO 


<2e2-4 14o
Argila e siltes
4 - 15 20o
Argilosos
15 - 30 e > 30 25o
< 4 e 4 - 10 14o
Areias e siltes
10 - 30 20o
Arenosos
30 - 50 e > 50 25o

FIGURA 5

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Tubulões
1.3.2 Tubulões com cargas horizontais e momentos solicitações adotando o
processo de viga em meio elástico

É desnecessário dizer que muitos são os processos propostos para o cálculo


dos esforços em peças carregadas lateralmente.
O prof. José de Miranda Tepedino apresentou um processo numérico que,
aliado a parâmetros do solo correlacionados por ele, mostra-se extremamente
vantajoso sobre qualquer outro processo.
Isto é devido à sua grande flexibilidade quanto a receber qualquer tipo de
carregamento.
Nele pode-se levar em consideração qualquer condição de contorno da
peça, e também a estratificação, a natureza e a consistência ou compacidade do
solo.
Além dessas vantagens que tornam esse processo o mais geral possível, ele
permite o fornecimento dos esforços solicitantes e dos deslocamentos em qualquer
ponto da peça.
Como princípio básico o processo considera que a tensão no solo é
proporcional ao deslocamento da peça naquele ponto.

 = Cr . y

Onde:
Cr = Coeficiente de recalque do solo

y = Deformação apresentada pela peça

 = Tensão que a peça provoca no solo

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Tubulões
Como parâmetros do solo, o processo propõe que os coeficientes de
recalque vertical possam ser avaliados por:

- 5N para areia ou silte arenoso

- 3N para argila ou silte argiloso

Onde N é o número de golpes (SPT) do solo, e o resultado é dado em Newton por


centímetro cúbico (N/cm3).
Para o caso em estudo é necessário o coeficiente de recalque horizontal, o
qual se iguala ao vertical a partir de certa profundidade.
Com o intuito de se considerar isto e eliminar as reações horizontais grandes
no nível do terreno, o processo recomenda uma variação linear de zero, no nível do
terreno, até o valor indicado na profundidade l1 que é tomada igual a:

4EI
l1 = 4
bCr
Onde

E – Módulo de elasticidade da peça

I – Momento de inércia da peça

b – Largura da peça na direção do carregamento

Cr – Coeficiente de recalque horizontal do terreno à profundidade l 1

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Tubulões
1.3.3 Solicitações nos fustes encamisados devido às pressões internas e
externas

Nos tubulões encamisados a pressão interna uniforme, devida ao ar comprimido,


solicita a camisa como um anel de parede fina.

Recomenda-se tomar para a pressão interna o valor de 1,3 vezes a pressão


de trabalho prevista.
Assim pode-se escrever:

T = 1,3 pi r ou

T’d = 1,82 pi r (T’d = 1,4 T)

Por razões de limites do comportamento humano e condições de trabalho


sob ar comprimido, o valor de pi deverá ser no máximo 0,36 MPa, mesmo sob
rigorosa assistência médica e disponibilidade de câmara de recompressão.
Essa pressão equivale a um trabalho da ordem de 36 m abaixo do nível
d’água.
Para o dimensionamento da parede sob pressão interna, desprezam-se as
pressões externas devidas aos empuxos da terra e da água.
As paredes devem apresentar estanqueidade e, no caso de camisas de
concreto, isto deverá ser feito observando-se o limite da abertura das fissuras (W k 
0,1 mm), mas lembrando-se tratar de uma verificação no estado limite de utilização
(f = 1 e T = pi x r).
Quanto aos esforços nas camisas devidos às pressões externas,
normalmente não são relevantes, uma vez que são tensões de compressão e as
camisas funcionam como arco.
Atenção especial deverá ser dada às camisas metálicas por serem muito
finas e por isso estão sujeitas à flambagem local, o que caracteriza uma situação
de estado limite último.

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Tubulões
1.4 Dimensionamento

Após a avaliação dos esforços solicitantes, procede-se ao dimensionamento


das seções.
A seguir, serão vistos os processos usuais e normativos para tal
procedimento.

1.4.1 Prescrições normativas

São válidas todas as prescrições da NBR-6118 para dimensionamento e


verificações pertinentes às peças de concreto armado. No que ali é omisso
seguem-se as orientações da norma, Projeto e Execução de Fundações da ABNT
NBR-6122.
Nos tubulões encamisados com chapas de aço, este revestimento poderá
fazer parte resistente como armadura longitudinal do fuste.
Pata isto, recomendam-se os seguintes valores dos coeficientes de
majoração e de minoração na verificação do Estado Limite Último:

f = 1,4

s = 1,15

c = 1,5

No Estado Limite de Utilização recomendam-se:

f = 1,0

c =1,3

Além disso, deverão descontados 1,5 mm na espessura dos revestimentos


metálicos a título de perda por corrosão.
Nos tubulões sem revestimento algum a NBR 6122 recomenda c = 1,8 para
levar em consideração as más condições de concretagem.
Acrescenta-se ainda que essa mesma norma dispensa a verificação da
flambagem de tubulão totalmente enterrado. E, no caso do semi-enterrado, verifica-
se sua esbeltez como se faz em pilares(1).

(1) Deseja-se ressaltar aqui mais uma vantagem do processo proposto pelo Prof. Tepedino: poder analisar,
também, esses tubulões. A parte fora do terreno é estudada como parte da viga em meio elástico, onde se
considera o coeficiente de recalque nulo.

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Tubulões
1.4.2 Bases alargadas

As bases alargadas dos tubulões devem ser dimensionadas utilizando-se a


fórmula:

tg s + 1
 t

A qual também é utilizada no cálculo de blocos de fundação

s – Tensão no solo

t – Tensão de projeto do concreto à tração (na prática adota-se fck/20 ou fck/25)

 – Ângulo conforme figura 9


4P
DB =
 s

A norma orienta que não é necessária a armadura da base quando se adota


  60º (1,047 rd) independentemente da taxa que a base descarrega no solo.
A geometria dos projetos quase sempre obedece ao ângulo de 60º. Desta
maneira pode-se escrever:

hB = 0,866 (DB – d) – 10 cm (a – 20 cm)

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Tubulões
É recomendado que não se projete (hB+hB) maior que dois metros, a não
ser que seja assegurado o não desmoronamento do solo.
Havendo possibilidade da interferência de bases alargadas circulares de
tubulões com divisas de terreno ou mesmo outras, lança-se mão das bases em
falsa elipse.
Elas são formadas por um retângulo e dois semicírculos conforme a figura:

Em tubulões assentes em rocha de superfície inclinada, recomenda-se que


se evite o deslizamento da fundação. Isto poderá ser feiro através de
escalonamento da base em planos horizontais.
Quanto à armadura de ligação da base com o fuste, quando necessária, ela
deverá ser projetada de modo que as malhas formadas pelas barras verticais e os
estribos tenham dimensões em torno de 20 x 20, a fim de facilitar a concretagem
da base.

1.4.3 Fustes
Os fustes são normalmente solicitados pelos seguintes esforços:

- Compressão simples
- Flexo-compressão
- Flexo-tração
- Esforço cortante
- Esforços de manuseio e/ou transporte (fustes encamisados)
- Esforços de fendilhamento no topo

A seguir serão vistos cada um desses esforços.

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Tubulões

1.4.3.1 Compressão simples

Os tubulões carregados somente com cargas normais poderão ser de


concreto simples ou armado.
A NBR 6122 permite que se utilize tubulões sem armadura (Concreto
Simples) somente quando a tensão média atuante seja abaixo, ou igual, a 5,0 MPa.
Naturalmente deve-se verificar, mesmo assim, se não há necessidade de armar o
Tubulão.

f P  0,85 fck . Ac , onde 0,85 fck ≤ 5,0 MPa


c c

Onde:
P – Carga de compressão aplicada no fuste
fck – Resistência característica do concreto
f – Coeficiente de majoração das forças (geralmente tomado igual a 1,4)
c – Coeficiente de minoração do concreto (c = 1,8)
Ac – Seção geométrica do fuste

Normalmente adota-se fck = 20,0 MPa para tubulões de concreto simples.

No caso da inequação anterior não for verificada, deve-se armar o fuste


como se fosse um pilar curto. Logo, pode-se lançar mão da seguinte expressão:

f P = 0,85 fck . (Ac - As) + f’yk . As


c s

Nesta expressão despreza-se a parcela (0,85 fck. As/c) por ser pequena, e
fora esta simplificação é escrita a expressão seguinte:

f P = 0,85 fck . Ac + f’yk . As Onde s = 1,15(1)


c s
ou

Pd = 0,85 fcd . Ac + f’yd . As


(1)
Nas obras onde não haja controle de recebimento do aço este valor deverá ser de 1,25.

VALORES DE f’yd

Aço CA-25 CA-50


f’yd (MPa) 217 420

FIGURA 11

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Tubulões

1.4.3.2 Flexo-Compressão e Flexo-Tração

Quando os tubulões estão submetidos a cargas horizontais e momentos


fletores, tem-se na realidade os fustes submetidos à flexo-compressão ou flexo-
tração.
Isto porque eles normalmente estão solicitados a forças normais. Esses
tubulões deverão ser de concreto armado, e não de concreto simples.
O dimensionamento é feito tomando-se as seções críticas, e observando
que normalmente é tomada a força normal aplicada constante ao longo de todo
fuste.
E para cálculo da armadura usam-se programas automáticos, planilhas, ou
então ábacos que não são facilmente encontrados na biblioteca técnica.
No anexo tem alguns desses ábacos lembrando que sd - 0,002 será tomado
igual aos valores da figura 11.

1.4.3.3 Esforço cortante

Para o dimensionamento dos fustes ao cisalhamento deve-se seguir as


prescrições da NBR-6118.
Como as seções transversais dos tubulões são circulares, ou anelares,
recorre-se à orientação do CEB, que indica como “transformar“ esses tipos de
seções em “seções retangulares equivalentes“.
Após estas indicações a marcha de cálculo segue normalmente como o
dimensionamento de uma viga fictícia de largura be, de altura útil de.

1º Caso – Seções cheias com armaduras uniformemente distribuídas

be = 0,9D
de = 0,13D + 0,64d

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Tubulões

2º Caso – Seções anelares

Essas seções podem ser substituídas por seções caixões como na figura.

be = 2t
de = 0,785 Dm + 0,5t

A seguir é dado o formulário do cálculo da armadura transversal A 90


(combatendo só com estribos) para uma viga retangular.

Observar que se devem tomar as seções fictícias equivalentes com


seguintes valores:

bw = be
d = de

Vd = 1,4 V

wd = Vd .
be . d e
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Tubulões

wd2 = VRd2 = 0,27. V2 . fcd (V2 = 1 – fck / 250)


be . d e

wd ≤ wd2

c0 = 0,09 . fck (2/3)

(Elementos tracionados com a LN situando fora da seção  c0 = 0)

w = 100 . (wd - c0) / 39,15

Asw = w . be

w,mín = 0,012 . fck (2/3) p/ fck ≤ 50 MPa

Asw,mín = w,mín . be

Espaçamento máximo dos estribos:


- Para wd ≤ 0,67. wd2 → smáx. = 0,6.d ≤ 30 cm
- Para wd > 0,67. wd2 → smáx. = 0,3.d ≤ 20 cm

Espaçamento máximo dos estribos para peças com barras comprimidas:


- s = 20cm;
- s = b;
- s = 12.l (Para CA-50) (l – diâmetro da barra longitudinal)

1.4.3.4 Paredes sob pressões internas

Como visto anteriormente, o dimensionamento da parede sob pressão


interna deverá ser feito como tubo de parede fina, ou seja, como tirante de concreto
armado.

Td = 1,82 pi . r (Ver Página 10)


Asw = Td / fyd

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Tubulões
Como a camisa deverá ser estanque, deve-se verificar a fissuração da
parede como tirante limitando a abertura das fissuras em wk = 0,1 mm.
Para tal deve-se lembrar de que esta verificação é no Estado Limite de
Utilização e que f = 1,0 neste caso.
Ressalta-se que esta armadura transversal poderá ser utilizada para
combater o esforço cortante na fase de execução do tubulão.
Melhor dizendo, a armadura transversal final a ser colocada na camisa
deverá ser a que for maior das seguintes: a aqui vista ou a de combate ao esforço
cortante vista anteriormente.

1.4.3.5 Fendilhamento no topo

Quando as cargas introduzidas pelos pilares, ou aparelhos de apoio, se


redistribuem nos fustes dos tubulões, tem-se o efeito de fendilhamento. A figura
ilustra este fenômeno:

O valor de h (região de regularização das tensões) é tomado como mínimo o


valor de d. Na prática toma-se h  1,2d ou o comprimento das esperas dos pilares
(lb), o maior deles.
O dimensionamento é feito como bloco sobre uma estaca.

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Tubulões
1.5 Detalhamentos Típicos

FIGURA 17

Observação: É praxe adotar uma armadura de ligação nesta junta, embora a norma
dispense tal cuidado quando só há compressão. Essa armadura é da ordem de
1 cm2 de aço para cada 400 cm2 de área de concreto.

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Tubulões

FIGURA 19

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Tubulões
1.6 Exemplos
1.6.1 Exemplo 1
Propor a geometria final para o tubulão da figura, sabendo-se que ele recebe ora uma
carga de compressão de 62 tf (620 kN), ora de tração de 12 tf (120 kN). Ao lado tem-
se a sondagem do terreno.

16

19 ARGILA

19

20

1a Parte – Compressão
Será adotado um fuste mínimo de 60 cm (d = 60cm) (Ver observação abaixo)
Seja a taxa no terreno igual a
_
qadm = N + 0,1 D (D = embutimento)
4

VERIFICAÇÃO DA TENSÃO NO SOLO – BULBO DE TENSÃO

Observação: O MTE 644, alterou a NR18, indicando que o diâmetro mínimo dos tubulões
seja 0,80m. E que, no caso de justificativa técnica do Engenheiro responsável pela
fundação, o diâmetro poderá ser executado com 0,70m.
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Tubulões
_
N = (16 x 1,0 + 19 x 0,30)/1,30 = 16,7

qadm = 16,7/4 + 0,1 x 6,0 = 4,8 kgf/cm2

Desprezando o atrito lateral e o peso do tubulão:

P  SB . s

62.000 =  . DB2 . 4,8


4

DB =128  130 cm

h B + 20 = (130 - 60) . tg 60
2
hB

h B = 41  40 cm
60

20

130

Vc =  x 0,602 x (5,40 + 0,10)/4 +  x 0,40 x (0,602 + 0,60 x 1,30 + 1,302)/12 +


 x 1,302 x 0,20/4 = 2,12 m3

Pc = 2,12 x 2.400 = 5.088 kgf

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Tubulões
2a Parte – Tração
Partindo do tubulão com alargamento de base e seguindo o roteiro de cálculo
para tubulões à tração tem-se:

Dc = 1,30 + 2 x 6,0 tg 14o = 4,29 m

Vs =  x 6,0 x (1,302 + 1,30 x 4,29 + 4,292)/12 – (2,12 -  x 0,62 x 0,10/4) = 38,143 m3

Ps = 38,143 x 1,3 = 49,7 tf (497 kN)

Pu = 49,7 + 0,9 x 5,09 = 54,2 tf (542 kN)

Pu = 54,2 = 4,52 >> 1,5 OK


P 12,0

concreto = 2,40 tf/m³

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Tubulões
1.6.2 Exemplo 2
Dimensionar o tubulão da figura usando fck = 20 MPa e CA-50. Sabe-se que todo o
carregamento é permanente.

_
qadm = N/4 + 0,10 D
_
N = (24 x 1,0 + 28 x 0,3)/1,30  25

qadm = 25/4 + 0,10 x 7 = 6,95 kgf/cm² = 0,0695 kN/cm²

1.6.2.1 Verificação da carga aplicada

Desprezando o atrito lateral e o peso próprio do Tubulão:

P  SB x qadm

900 kN  (. DB² / 4) x 0,0695

DB = 128 cm  130 cm (1,30m)

hB + 0,20 = (1,30 – 0,70) / 2 x tg 60º  hB = 0,32 m  0,35 m

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Tubulões
1.6.2.2 Cálculo dos esforços no fuste

O tubulão será calculado como viga em base elástica com os seguintes


parâmetros:
_
N = (5 + 6 + 5 + 7 + 9)/5 = 6,4

Argila  Cr = 3N = 3 x 6,4 = 19,2 N/cm3 = 1.920 tf/m3

- Características da “ viga em base elástica “

I1 a I13 =  x 4/64 =  x 0,704/64 = 0,011786 m4

I14 =  x 1,204/64 = 0,1018 m4

Eci = E x 5.600 x fck (E =1,0 – Agregado de Granito ou Gnaisse)


Eci = 1,0 x 5.600 x 20,0 = 25.044 MPa = 2,5044 x 106 tf/m2

Ecs = i x Eci = (0,8 + 0,2 x fck / 80) x Eci = 0,8 + 0,2 x 20 / 80) x 25.044
Ecs = 21.287 MPa = 2,1287 x 106 tf/m2

4EI 4 x 2,1287 x106 x1,1786 x10 2


l1  4 = 4 = 2,94  3,00 m
b.C r 0,70 x1.920

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Tubulões
VIGA EM BASE ELÁSTICA

CARACTERÍSTICAS E CARREGAMENTO DA VIGA

SEGM. E I b Cr DL q Me F
1 2,1287x106 0,011786 0,70 175 0,50 0,0 0,0 0,0
2 2,1287x106 0,011786 0,70 525 0,50 0,0 0,0 0,0
3 2,1287x106 0,011786 0,70 875 0,50 0,0 0,0 0,0
4 2,1287x106 0,011786 0,70 1.225 0,50 0,0 0,0 0,0
5 2,1287x106 0,011786 0,70 1.577 0,50 0,0 0,0 0,0
6 2,1287x106 0,011786 0,70 1.925 0,50 0,0 0,0 0,0
7 2,1287x106 0,011786 0,70 2.100 0,50 0,0 0,0 0,0
8 2,1287x106 0,011786 0,70 2.100 0,50 0,0 0,0 0,0
9 2,1287x106 0,011786 0,70 2.700 0,50 0,0 0,0 0,0
10 2,1287x106 0,011786 0,70 2.700 0,50 0,0 0,0 0,0
11 2,1287x106 0,011786 0,70 4.500 0,50 0,0 0,0 0,0
12 2,1287x106 0,011786 0,70 4.500 0,50 0,0 0,0 0,0
13 2,1287x106 0,011786 0,70 6.000 0,50 0,0 0,0 0,0
14 2,1287x106 0,101800 1,20 6.000 0,50 0,0 0,0 0,0

CONDIÇÕES DE EXTREMIDADES

M0 = 15,75

V0 = 8

Mn = 0

Vn = 0

DESLOCAMENTOS E ESFORÇOS SOLICITANTES NAS SEÇÕES


x Flecha (x 0,01) Rotação (x 0,001) Momento Cortante
[m] [m] [rad] [tf.m] [tf]
0,00 1,357 4,932 15,75 8,00
0,50 1,119 4,579 19,56 7,24
1,00 0,900 4,156 22,72 5,39
1,50 0,704 3,681 24,81 2,95
2,00 0,532 3,176 25,62 0,31
2,50 0,386 2,668 25,15 -2,20
3,00 0,265 2,182 23,50 -4,38
3,50 0,167 1,738 20,92 -5,95
4,00 0,090 1,352 17,71 -6,88
4,50 0,031 1,034 14,14 -7,43
5,00 -0,014 0,790 10,40 -7,50
5,50 -0,049 0,619 6,78 -6,98
6,00 -0,077 0,517 3,52 -5,98
6,50 -0,102 0,473 1,02 -4,09
7,00 -0,125 0,472 0,00 0,00

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1.6.2.3 Dimensionamento do fuste à flexo–compressão

N = 90,0 tf  Nd = 1,4 x 90,0 = 126,0 tf

M = 25,62 tf.m  Md = 1,4 x 25,62 = 35,87 tf.m

Entrando no ábaco do Anexo com as unidades kgf e cm tem-se:

sd–0,002 = 4.200 kgf/cm2

Ac =  d2/4 =  x 702/4 = 3.848 cm2

fcd = fck/c = 200/1,8 = 111 kgf/cm2

= Nd = 126000 = 0,290
Ac x fcd 3848 x 111

= Md = 35,87 x 105 = 0,120  = 0,22


Ac x h x fcd 3848 x 70 x 111

Atot =  . Ac x fcd = 0,22 x 3848 x 111 = 22,37 cm2


sd–0,002 4.200

As min = 0,5% Ac

As min. = 0,005 x 3848 = 19,24 cm2 < Atot

(Verificando como pilar curto)

1.6.2.4 Verificação da fissuração

(Adotando  12,5 e estribos  8,0)

k = 0,20 mm

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fctm = 0,3 x (fck)2/3 = 0,3 x (20)2/3 = 2,21 MPa

Área do tirante fictício

Acr =  x d2 – (2x)2/4 =  x 702 – (2 x 20,2)2/4 = 2.566,55 cm2

r cal = As/Acr = 22,37 / 2.566,55 = 0,0087

. fyd 1,25.4.350
aw  
12,5. f .1 . Es .k 12,5.1,4 . 2,25. 2,1.10 6 . 0,020

aw = 0,00329

(f = 1,4 pois as solicitações são 100% permanentes)

 As = 1,18 x 22,37 = 26,40 cm²  24  12,5

Como o espaçamento entre barras ficará pequeno (~ 8 cm), pode-se colocar


2 camadas ou feixes de barras.

1.6.2.5 Dimensionamento do fuste ao cisalhamento

Da figura 12 tem-se:

be = 0,9D = 0,9 x 70 = 63 cm
de = 0,13D + 0,64d = 0,13 x 70 + 0,64 x 64,6 = 50 cm

Vd = 1,4 H = 1,4 x 8.000 = 11.200 kgf (112,00 kN)

Logo

bw = be = 63
d = de = 50

Seguindo o roteiro para o dimensionamento ao cisalhamento temos:

wd = 112,00 = 0,0355 kN/cm2


63 x 50

wd2 = [0,27 x (1- 20/250) x (20 / 1,4)] / 10 = 0,3549 kN/cm2 >> wd

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c0 = 0,09 x (20)2/3 / 10 = 0,0663 kN/cm²

w = 100 x (0,0355 – 0,0663) / 39,15 = - 0,0787 < 0

As = 0 x 63 = 0 cm2/m

w,mín = 0,012 x (20)2/3 = 0,0884

As min = 0,0884 x be = 0,0884 x 63 = 5,57 cm2/m

Para estribos com  8 e 2 hastes

2 x 0,501 = 5,57  s = 18 cm
s 100

Como se tem barras comprimidas deve-se verificar este espaçamento como para barras
comprimidas.

O espaçamento máximo é obtido a partir do menor valor entre os seguintes:


- S = 20 cm
- b = 63cm
- 12 = 12 x 1,25 = 15 cm

Serão adotados  8,0 c/15

A base alargada não precisará ser dimensionada porque seu ângulo é:

 = arc tg 2 x 55 = 61,39º > 60º


(130 – 70)

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2 ANEXO

Fonte: Curso de Concreto Armado – Volume II – José Carlos Süssekind

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