Sunteți pe pagina 1din 9

Sebenta Português 12 Ano

Fernando Pessoa Ortónimo – Nostalgia da Infância

Um piano na minha rua

Um piano na minha rua…


Crianças a brincar…
O sol de domingo e a sua
Alegria a doirar…

A mágoa que me convida


A amar todo o indefinido…
Eu tive pouco na vida
Mas dói-me tê-lo perdido.

Mas já a vida vai alta


Em muitas mudanças!
Um piano que me falta
E eu não ser as crianças

1. Explicita o tema do poema.


1.1. Demonstra como ele é desenvolvido ao longo do poema.
2. De que forma é evocada a infância.
3. Evidencia o estado de espírito do sujeito poético ao longo do poema,
comprovando com excertos textuais.
4. Refira o efeito de sentido produzido pelas reticências ao longo do
poema e dos pontos de exclamação na última estrofe.
5. Indique a função expressiva da metáfora em «alegria a doirar».
6. A infância é um tempo dourado e à medida que nos afastamos dela,
essa cor torna-se mais opaca. Porém, cabe-nos a nós voltar a dar-lhe
sentido e cor. Liliana Vieira Conde

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um


máximo de trezentas palavras, defenda um ponto de vista pessoal
sobre a ideia exposta no excerto transcrito.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois


argumentos e ilustre cada um deles com pelo menos, um exemplo
significativo.

LILIANA VIEIRA CONDE 1


Sebenta Português 12 Ano

1. Depois de leres uma primeira vez, faz o teu esquema, mapa mental ou
história mental deste texto de José Saramago, retirado do exame de
Português, 1ª fase 2016– para te ajudar tens o Mapa mental/ esquema
e história mental na secção Métodos de Estudo.

LILIANA VIEIRA CONDE 2


Sebenta Português 12 Ano

7. Classifica as orações seguintes, que se encontram sublinhadas:


7.1. O grande alimento das cidades é a terra, que, tomada no seu
imediato sentido de superfície limitada, ganha o nome de
terreno…
7.2. Houve um tempo em que esta cidade cresceu devagar.
7.3. Se lhe davam folga, o cardo cobria de verde-cinzento a
paisagem
7.4. Hoje a cidade cresce tão rapidamente que deixa para trás, sem
remédio, as infâncias.
8. Indica o sujeito da expressão «era as terras». (linha 10)
9. Indica qual é o sujeito na seguinte frase: «A sua grande vegetação,
o seu grande triunfo de flora, era o cardo».

LILIANA VIEIRA CONDE 3


Sebenta Português 12 Ano

Resolução
Fernando Pessoa Ortónimo – Nostalgia da Infância

Um piano na minha rua


2. Explicita o tema do poema.
O tema do poema é a nostalgia da infância.
2.1. Demonstra como ele é desenvolvido ao longo do poema.
O título sugere desde logo a presença da música (“Um piano na minha
rua…”), que aliada às “crianças a brincar…”, ao “sol de domingo” e à
“Alegria” permitem ao sujeito poético recordar a sua infância.

Na segunda estrofe, o sujeito lírico afirma não ter tido muito essa
alegria, a inocência das crianças (“todo o indefinido”), mas o pouco
que teve custou-lhe tê-lo perdido e agora vive com mágoa que o
convida a recordar essa infância, essa indefinição.

Na última estrofe, o sujeito poético anuncia que a sua vida já está


muito longe da infância e sofreu muitas mudanças. Não consegue
voltar atrás no tempo. No momento presente, já não tem esse piano,
essas sensações, que lhe permitem recordar o passado e tem pena,
deixando mesmo a sugestão que gostaria de ser “as crianças”, ou seja,
viver sem mágoa, viver e “amar todo o indefinido”.

Em suma, o sujeito poético começa o seu poema referindo o piano e o


som das crianças a brincar que provocaram a sua recordação,
apresenta, depois, a sua vida atual como sendo uma vida de mágoa e
termina o poema anunciando o seu desejo de ser uma criança que
ama “todo o indefinido”.

Repara como fiz a introdução dos exemplos do texto, para comprovar


o que vou dizendo. Se não faz sentido à frase eu coloco entre
parêntesis. Se fizer sentido sintático e semântico, eu coloco, apenas
destacando a citação com aspas.

Nota como fui desenvolvendo de uma forma rápida e sistemática:


título, estrofe a estrofe e conclusão.

LILIANA VIEIRA CONDE 4


Sebenta Português 12 Ano

3. De que forma é evocada a infância.


A infância é evocada pelo som do piano e pelo som das crianças que
brincam (“Um piano na rua…/Crianças a brincar…”).
Gosto sempre de retirar excertos do texto para reforçar tudo o que vou
dizendo.

4. Evidencia o estado de espírito do sujeito poético ao longo do poema,


comprovando com excertos textuais.
O sujeito poético começa o poema de uma forma nostálgica,
recordando a infância. As próprias reticências remetem para essa
recordação saudosa (“Um piano na rua e as crianças a brincar”). Na
segunda estrofe ele afirma sofrer com a mágoa por não ter vivido muito
a inocência da infância. Por fim, na última estrofe denota-se um certo
desânimo e uma certa ansiedade, por ser aquelas crianças (“Um piano
que me falta/ E eu não ser as crianças), por desejar reviver o passado,
sobretudo aquele que não teve na íntegra.

5. Refira o efeito de sentido produzido pelas reticências ao longo do


poema e dos pontos de exclamação na última estrofe.
As reticências sugerem a evocação da infância, pois as memórias do
passado não são reais, apenas recordações distantes que não podem
regressar, tal e qual como o “indefinido”.

Por sua vez, os pontos de exclamação acentuam a inexorabilidade e a


fluidez da vida. Porém, a última exclamação revela o desejo em ser
aquelas crianças, acentuando-se, assim, um estado de desânimo.

6. Indique a função expressiva da metáfora em «alegria a doirar».


A metáfora permite reforçar a ideia da alegria, da vida daquele
domingo e das crianças, como se ambos se fundissem num clarão
brilhante de ouro.

LILIANA VIEIRA CONDE 5


Sebenta Português 12 Ano

7. A infância é um tempo dourado e à medida que nos afastamos dela,


essa cor torna-se mais opaca. Porém, cabe-nos a nós voltar a dar-lhe
sentido e cor. Liliana Vieira Conde

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um


máximo de trezentas palavras, defenda um ponto de vista pessoal
sobre a ideia exposta no excerto transcrito.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois


argumentos e ilustre cada um deles com pelo menos, um exemplo
significativo.

Esta resposta é de índole pessoal e deve obedece à estrutura do texto


de opinião presente na secção de Métodos de Estudo.

8. Depois de leres uma primeira vez, faz o teu esquema, mapa mental ou
história mental deste texto de José Saramago, retirado do exame de
Português, 1ª fase 2016– para te ajudar tens o Mapa mental/ esquema
e história mental na secção Métodos de Estudo.
Esquema num esquema podes utilizar cores variadas
1. Hoje - cidades = seres vivos em crescimento;
= alimentam-se de terra / terrenos;
= o terreno dá lugar ao imóvel muito rapidamente.

2. Antigamente – cidade = crescia devagar;


= havia ao seu lado quintas, campos, baldios;
= havia ruínas.

3. Antigamente – cidade = as terras não se cultivavam


= o cardo circundava a cidade
= vista uniforme e melancólica
= as terras eram também “o paraíso das
crianças suburbanas”; aí faziam descobertas e
invenções.
= “o que custava era quando um rapaz mudava
de bairro”
4. Hoje - cidade = cresce tão rapidamente que deixa para trás as
infâncias;
= “áspera e ameaçadora”
= cada um por si

LILIANA VIEIRA CONDE 6


Sebenta Português 12 Ano

Mapa mental
Este é apenas um exemplo de um possível mapa mental

cresce tão
crescia devagar;
rapidamente que
havia ao seu lado deixa para trás as
quintas, campos, infâncias;
baldios; “áspera e
havia ruínas. ameaçadora”

antigamente
cidade hoje

. as terras não se cultivavam


• o cardo circundava a cidade
• vista uniforme e melancólica
= cada um por si
• as terras eram também “o paraíso
das crianças suburbanas”; aí faziam
descobertas e invenções.
• “o que custava era quando um rapaz
mudava de bairro”

LILIANA VIEIRA CONDE 7


Sebenta Português 12 Ano

História mental

O meu exemplo seria mais ou menos assim, esquematizado

Parto do princípio que sou a cidade

1. Hoje = sou um ser vivo em crescimento;


= alimento-me de terra / terrenos;
= transformo rapidamente o terreno em imóvel

2. Antigamente =crescia devagar;


= havia ao seu lado quintas, campos, baldios à minha
volta;
= via ruínas.

3. Antigamente = as terras à minha volta não se cultivavam e o cardo


envolvia-me; a vista era melancólica e uniforme.
= à minha volta as terras eram também “o paraíso das
crianças suburbanas”, que aí faziam descobertas e invenções.
= “o que custava era quando um rapaz mudava de bairro”
Porém,

4. Hoje = cresço tão rapidamente que deixo para trás as infâncias; sou
“áspera e ameaçadora”
Em mim é cada um por si

LILIANA VIEIRA CONDE 8


Sebenta Português 12 Ano

5. Classifica as orações seguintes, que se encontram sublinhadas:


5.1. O grande alimento das cidades é a terra, que, tomada no seu
imediato sentido de superfície limitada, ganha o nome de
terreno…
Oração subordinada adjetiva relativa explicativa
5.2. Houve um tempo em que esta cidade cresceu devagar.
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
5.3. Se lhe davam folga, o cardo cobria de verde-cinzento a
paisagem
Oração subordinada adverbial condicional
5.4. Hoje a cidade cresce tão rapidamente que deixa para trás, sem
remédio, as infâncias.
Oração subordinada adverbial consecutiva

6. Indica o sujeito da expressão «era as terras». (linha 10) o sujeito é


«as terras».
7. Indica qual é o sujeito na seguinte frase: «A sua grande vegetação,
o seu grande triunfo de flora, era o cardo». O sujeito é «o cardo».

Se tiveres dúvidas em relação a estas classificações do sujeito, relê as


fichas referentes à sintaxe. Atenta em quem pratica a ação.

 Esse país era as terras ou dizer Essas terras eram esse país
é a mesma coisa.
 A sua grande vegetação era o cardo ou dizer O cardo era a
sua grande vegetação é a mesma coisa.

LILIANA VIEIRA CONDE 9

S-ar putea să vă placă și