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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

LINGUAGEM E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Letramento e alfabetização: conceituação e


contribuições na família e na escola

Profa. Ma. Bianca Pimentel

Santa Maria
2018
Por que lemos e escrevemos?
ESCRITA

Memória extrassomática

Arte rupestre – 50.000 anos


ESCRITA

“Embora nosso comportamento seja ainda bastante controlado


pela herança genética, temos, através de nosso cérebro, uma
oportunidade muito mais rica de trilhar novos caminhos
comportamentais e culturais em pequena escala de tempo.
Fizemos uma espécie de barganha com a natureza: nossos filhos
serão difíceis de criar, mas, em compensação, sua capacidade de
adquirir novo aprendizado aumentará sobremaneira as
probabilidades de sobrevivência da espécie humana. Os seres
humanos descobriram não apenas o conhecimento extragenético,
mas também o extrassomático: informação armazenada fora de
nossos corpos, da qual a escrita é o exemplo mais notável.”
(Sagan, 1980)

Sociedade letrada X Não letrada


ESCRITA

Evolução cultural:
Escrita → acúmulo de memória extrassomática → facilidade de
acesso


Séculos anteriores: acesso limitado
à língua escrita

Textos: importância vital à história
humana

Escrita → revela a natureza das rela-
ções sociais

Texto → leitura de símbolos + passado social e cultural
partilhado
Saber “ler” não significa “saber ler.”
ESCRITA


Acúmulo de conhecimento → ascensão
(político-cultural) e queda de impérios

Biblioteca de Alexandria
Egito século II AC
ESCRITA


Práticas diárias de comunicação

Base do conhecimento social

“Saber ler e escrever é, para o indivíduo, uma


garantia de existência política e cultural num país, que, por
sua vez, se pretenda letrado e, assim, desenvolvido.”
(Lia Scholze, Tania M. K. Rösing, 2007)
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


Alfabetização: é o processo de aprendizagem onde se
desenvolve a habilidade de ler e escrever;

Letramento: desenvolve o uso competente da leitura e da
escrita nas práticas sociais.

“A literacia tem que ver, acima de tudo, com a linguagem e o


conhecimento da forma como é usada, e só secundariamente com
os sistemas da escrita”
(Kern, 2000)
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Discurso Discursos
primário secundários

Família
Comunidade Instituições sociais
Cultura Escola
Trabalho

Ideológico
Poder e hierarquia social


Ruptura entre discursos → aprendizagem superficial das letras
→ situações de rejeição → resistência à alfabetização
ALFABETIZAÇÃO x LETRAMENTO


Uma das diferenças está na qualidade do domínio sobre a
leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe
codificar e decodificar o sistema de escrita, o sujeito
letrado vai além, sendo capaz de dominar a língua no seu
cotidiano, nos mais distintos contextos.
Alfabetização Letramento
É o desenvolvimento do uso
É o processo de aprendizado da
Conceito competente da leitura e escrita nas
leitura e da escrita.
práticas sociais.

Uso Uso individual da leitura e escrita. Uso social da leitura e escrita.

Letrado é o sujeito que sabe usar a


Alfabetizado é o sujeito que sabe
Indivíduo leitura e a escrita de acordo com as
ler e escrever.
demandas sociais.

Atividades Codificar e decodificar a escrita e Organizar discursos, interpretação e


envolvidas os números. compreensão de textos, reflexão.

Deixa o sujeito apto a desenvolver


Habilita o sujeito a utilizar a escrita e
Ensino os mais diversos métodos de
a leitura nos mais diversos contextos.
aprendizado da língua.
ALFABETIZAÇÃO

Pensamento Narrativa
Fala
ALFABETIZAÇÃO

Criança: está preparada?
Atenção, memória, experiências sensório-motoras,
desenvolvimento psíquico, emocional. (Schwartzman, 1992)

Contexto familiar → sentido amplo de educação e de
aprendizagem. (Miranda, 1992)

Relações da família com a
escola diante da alfabetização
da criança:

Envolvimento
Acompanhamento

Herança genética X cultural
ALFABETIZAÇÃO

Pais conscientes Aprendizagem


Instrumentos e
do processo de da leitura e
condições
alfabetização da escrita

(Heath, 1982; Anderson e Teale, 1987;


Wood 1987 apud Pereira e Albuquerque,
1994)
ALFABETIZAÇÃO


Cotidiano
ALFABETIZAÇÃO 6-8 ANOS

Teoria psicogenética

Desvenda os mecanismos pelos quais as crianças
aprendem a ler e escrever

Não propõe um método pedagógico, mas revela os
processos de aquisição e elaboração de
conhecimento pela criança, ou seja, de que modo ela
aprende.

Ferreiro e Teberosky (1986); e Piaget: crianças tem
um papel ativo no aprendizado
ALFABETIZAÇÃO 6-8 ANOS


Piaget: cada salto cognitivo
depende de uma assimilação
e uma reacomodação dos
esquemas internos, que ne-
cessariamente levam tempo.

É imprescindível que o alfabetizador descubra o que a
criança sabe sobre o sistema de escrita. Isso permite
que as intervenções sejam adequadas à diversidade
de saberes da criança.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

HIPÓTESES DE ESCRITA: orientam a construção da escrita na


criança.

Pré-silábica Silábica Silábico-


Alfabética
alfabética
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Pré-silábica

Os alunos não percebem a escrita como uma representação da
língua falada.

Não há uma hipótese de correspondência entre a massa fônica
e o número de letras.

Pode haver confusão entre desenho e escrita, entre fala e
escrita.

Também é possível uma estratégia de etiquetamento para a
leitura com imagem (o que se lê é o que se vê na imagem).
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Pré-silábica – Nível 1


Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Pré-silábica – Nível 1


Usam desenhos, garatujas e
rabiscos para escrever


Realismo nominal → Supõem que a
escrita representa os objetivos e não
seus nomes – buscam
crrespondência entre tamanho do
objeto e num de letras
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Pré-silábica – Nível 2


Começam a desvincular a escrita das imagens e
números das letras

Utilizam letras aleatórias, geralmente presentes
em seus próprios nomes

Constroem dois princípios organizadores básicos
1º É preciso uma quantidade mínima de letras
para que algo esteja escrito (em torno de três)
2º É necessário que haja uma variedade de
caracteres para que se possa ler
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Hipótese silábica

Hipótese de uma letra para cada sílaba. Isso demanda
consciência de sílaba (em testes de consciência fonológica
deve acertar algumas ou até todas as tarefas silábicas).

O conhecimento do valor fônico das vogais permite o
surgimento do silábico sonoro em que há o uso das vogais
para fazer a sílaba correspondente.

Em frases, pode escrever uma sílaba para cada palavra.

Podemos imaginar que a criança nesse momento possa
fazer uso de uma estratégia logográfica ou lexical para ler.
Talvez algumas já identifiquem algumas sílabas que lhes
dão índices para recuperar palavras no léxico ao tentar ler.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Hipótese silábica – Nível 1 (sem valor sonoro)


Representam cada sílaba por uma única letra
qualquer


O que escrevem ainda não
tem correspondência com o
som convencional daquela
sílaba
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Hipótese silábica – nível 2 (com valor sonoro)



Cada sílaba é representada por uma vogal ou
consoante que expressa o seu som correspondente

Em geral, representada
pela vogal, mas não
exclusivamente.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Silábico-Alfabética


Corresponde a um período de transição

A cça trabalha simultaneamente com as hipóteses
silábica e alfabética
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Hipótese alfabética

A criança se dá conta da correpondência entre
grafema e fonema, atribuindo uma letra para cada
som.


Domina ou não as
convenções ortográficas.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

Hipótese alfabética

Há um avanço na consciência fonológica de fonema,
não sendo esta um requisito para a formulação da
hipótese alfabética. Pode haver uma interação
costante da cosciência fonológica do fonema e
conhecimento alfabético, em que este pode até
preceder aquele.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA


Cabe ressaltar que a consciência fonêmica
avança em tratamentos de fala, o que pode
facilitar o processo de alfabetização e que cçs
com melhor consciência fonológica avançam
mais raidamente na utillização da rota
fonológica de leitura.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA


A passagem de uma hipótese a outra prevê
uma certa gradiência (não se dá de uma hora
para outra) e um período de conflito no qual o
adulto (e ou uma cça mais adiantada) é o
mediador para a passagem.

Ao comparar as suas produções com as
convencionais a cça vai avançando em suas
hipóteses.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA

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