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CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
Santa Maria
2018
Por que lemos e escrevemos?
ESCRITA
Memória extrassomática
Evolução cultural:
Escrita → acúmulo de memória extrassomática → facilidade de
acesso
●
Séculos anteriores: acesso limitado
à língua escrita
●
Textos: importância vital à história
humana
●
Escrita → revela a natureza das rela-
ções sociais
●
Texto → leitura de símbolos + passado social e cultural
partilhado
Saber “ler” não significa “saber ler.”
ESCRITA
●
Acúmulo de conhecimento → ascensão
(político-cultural) e queda de impérios
Biblioteca de Alexandria
Egito século II AC
ESCRITA
●
Práticas diárias de comunicação
●
Base do conhecimento social
●
Alfabetização: é o processo de aprendizagem onde se
desenvolve a habilidade de ler e escrever;
●
Letramento: desenvolve o uso competente da leitura e da
escrita nas práticas sociais.
Discurso Discursos
primário secundários
Família
Comunidade Instituições sociais
Cultura Escola
Trabalho
Ideológico
Poder e hierarquia social
●
Ruptura entre discursos → aprendizagem superficial das letras
→ situações de rejeição → resistência à alfabetização
ALFABETIZAÇÃO x LETRAMENTO
●
Uma das diferenças está na qualidade do domínio sobre a
leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe
codificar e decodificar o sistema de escrita, o sujeito
letrado vai além, sendo capaz de dominar a língua no seu
cotidiano, nos mais distintos contextos.
Alfabetização Letramento
É o desenvolvimento do uso
É o processo de aprendizado da
Conceito competente da leitura e escrita nas
leitura e da escrita.
práticas sociais.
Pensamento Narrativa
Fala
ALFABETIZAÇÃO
●
Criança: está preparada?
Atenção, memória, experiências sensório-motoras,
desenvolvimento psíquico, emocional. (Schwartzman, 1992)
●
Contexto familiar → sentido amplo de educação e de
aprendizagem. (Miranda, 1992)
●
Relações da família com a
escola diante da alfabetização
da criança:
Envolvimento
Acompanhamento
●
Herança genética X cultural
ALFABETIZAÇÃO
●
Cotidiano
ALFABETIZAÇÃO 6-8 ANOS
Teoria psicogenética
●
Desvenda os mecanismos pelos quais as crianças
aprendem a ler e escrever
●
Não propõe um método pedagógico, mas revela os
processos de aquisição e elaboração de
conhecimento pela criança, ou seja, de que modo ela
aprende.
●
Ferreiro e Teberosky (1986); e Piaget: crianças tem
um papel ativo no aprendizado
ALFABETIZAÇÃO 6-8 ANOS
●
Piaget: cada salto cognitivo
depende de uma assimilação
e uma reacomodação dos
esquemas internos, que ne-
cessariamente levam tempo.
●
É imprescindível que o alfabetizador descubra o que a
criança sabe sobre o sistema de escrita. Isso permite
que as intervenções sejam adequadas à diversidade
de saberes da criança.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Pré-silábica
●
Os alunos não percebem a escrita como uma representação da
língua falada.
●
Não há uma hipótese de correspondência entre a massa fônica
e o número de letras.
●
Pode haver confusão entre desenho e escrita, entre fala e
escrita.
●
Também é possível uma estratégia de etiquetamento para a
leitura com imagem (o que se lê é o que se vê na imagem).
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Pré-silábica – Nível 1
●
Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Pré-silábica – Nível 1
●
Usam desenhos, garatujas e
rabiscos para escrever
●
Realismo nominal → Supõem que a
escrita representa os objetivos e não
seus nomes – buscam
crrespondência entre tamanho do
objeto e num de letras
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Pré-silábica – Nível 2
●
Começam a desvincular a escrita das imagens e
números das letras
●
Utilizam letras aleatórias, geralmente presentes
em seus próprios nomes
●
Constroem dois princípios organizadores básicos
1º É preciso uma quantidade mínima de letras
para que algo esteja escrito (em torno de três)
2º É necessário que haja uma variedade de
caracteres para que se possa ler
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Hipótese silábica
●
Hipótese de uma letra para cada sílaba. Isso demanda
consciência de sílaba (em testes de consciência fonológica
deve acertar algumas ou até todas as tarefas silábicas).
●
O conhecimento do valor fônico das vogais permite o
surgimento do silábico sonoro em que há o uso das vogais
para fazer a sílaba correspondente.
●
Em frases, pode escrever uma sílaba para cada palavra.
●
Podemos imaginar que a criança nesse momento possa
fazer uso de uma estratégia logográfica ou lexical para ler.
Talvez algumas já identifiquem algumas sílabas que lhes
dão índices para recuperar palavras no léxico ao tentar ler.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
●
Representam cada sílaba por uma única letra
qualquer
●
O que escrevem ainda não
tem correspondência com o
som convencional daquela
sílaba
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Silábico-Alfabética
●
Corresponde a um período de transição
●
A cça trabalha simultaneamente com as hipóteses
silábica e alfabética
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Hipótese alfabética
●
A criança se dá conta da correpondência entre
grafema e fonema, atribuindo uma letra para cada
som.
●
Domina ou não as
convenções ortográficas.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
Hipótese alfabética
●
Há um avanço na consciência fonológica de fonema,
não sendo esta um requisito para a formulação da
hipótese alfabética. Pode haver uma interação
costante da cosciência fonológica do fonema e
conhecimento alfabético, em que este pode até
preceder aquele.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
●
Cabe ressaltar que a consciência fonêmica
avança em tratamentos de fala, o que pode
facilitar o processo de alfabetização e que cçs
com melhor consciência fonológica avançam
mais raidamente na utillização da rota
fonológica de leitura.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA
●
A passagem de uma hipótese a outra prevê
uma certa gradiência (não se dá de uma hora
para outra) e um período de conflito no qual o
adulto (e ou uma cça mais adiantada) é o
mediador para a passagem.
●
Ao comparar as suas produções com as
convencionais a cça vai avançando em suas
hipóteses.
ESCRITA: TEORIA PSICOGENÉTICA