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APRESENTAÇÃO 4
I - COROINHAS E ACÓLITOS 5
2.1. SACRAMENTO 8
2.2. SACRIFÍCIO 10
2.3. BANQUETE PASCAL 13
VI - OS SANTOS LUGARES 39
11.1. OFERTÓRIO 79
11.2. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS 80
11.3. PREFÁCIO 80
11.4. SANCTUS 81
11.5. ORAÇÃO EUCARÍSTICA 81
11.6. RITO DA COMUNHÃO 85
11.7. RITOS DE CONCLUSÃO 90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 93
Que todos possam tomar a consciência de que a liturgia é para ser servida e não
para ser manipulada, pois somente o serviço é o único uso legítimo da liturgia.
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Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
I Encontro
Coroinhas e acólitos
O coroinha e o acólito é:
• À Igreja Católica
Em segundo lugar, o coroinha serve a Igreja Católica, em retribuição do
amor que esta Santa Igreja nos dá, por meio dos sacramentos que nos oferece como
único meio de salvação. Somente por meio da Igreja é possível chegar ao céu, pois os
sacramentos são a porta do paraíso.
Servir a Igreja Católica é o também servir a Jesus, pois ela foi fundada por
ele mesmo (Mateus 16, 16-18) sobre o apóstolo Pedro e
seus sucessores, os Papas. A Igreja nos dá a Eucaristia
que é o próprio Senhor, por isso não podemos deixar de
amá-la.
• Ao Sacerdote
Em terceiro lugar, o coroinha serve com amor
ao sacerdote, que deve ser como um pai e um grande
amigo. É necessário ter o sacerdote como um amigo muito
amado, pois ele pode nos dar, através do poder da Igreja,
os sacramentos, em especial a Eucaristia, o maior tesouro
que podemos receber.
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• Buscando a santidade
Para servir a Jesus no altar é necessário ter uma vida reta e um sincero
compromisso de buscar a santidade, rezando sempre, obedecendo os
mandamentos, sendo um exemplo para os outros.
• Respeita os compromissos
O coroinha é uma criança, um jovem, mas tem muita responsabilidade. É um
jovem que cumpre com seus compromissos. O compromisso que fez a Jesus de
servir a Ele sempre com amor, de estar presente nas formações, nos encontros, nas
Missas mesmo se não estiver servindo.
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
• Vive a Missa
O coroinha, sabendo o que é a Missa, deve viver ela como deve ser vivida,
ou seja, com profundo amor! Em espírito de oração! Em espírito de adoração! Em
espírito de louvor devoto! Em espírito de agradecimento! A total concentração no que
acontece é muito importante! A vida do coroinha tem que ser a Santa Missa!
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II Encontro
Aspectos da Santa Missa
A Eucaristia é:
• Sacrifício: Esta é a primeira, essencial e mais importante característica. O
Sacrifício da Eucaristia na Missa é substancialmente o mesmo da Cruz.
• Sacramento: É por este meio que o Sacrifício da cruz pode ocorrer todas as
vezes na Santa Missa, e assim recolhemos as graças dele.
• Banquete pascal: Embora esta característica já esteja incluída na palavra
sacramento, ela é vivamente importante e singular. É a comunhão de Cristo,
nossa Páscoa.
2.1. SACRAMENTO
2) Está na Eucaristia o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra,
da Santíssima Virgem?
Sim, na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e
que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.
9) O que é a consagração?
A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus
Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue
adorável, por estas palavras: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.
11) Depois da consagração não fica ainda alguma coisa do pão e do vinho?
Depois da consagração ficam só as espécies (cor, cheiro, gosto...) do pão e do vinho.
13) Atrás das espécies de pão está só o Corpo de Jesus Cristo, e debaixo das
espécies de vinho está só o seu Sangue?
Tanto debaixo das espécies de pão, corno debaixo das espécies de vinho, está Jesus
Cristo vivo e todo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Ou seja, comungar
apenas a espécie de pão é o mesmo que comungar Jesus todo, em Corpo, Sangue,
Alma e Divindade, e se comungarmos somente bebendo do cálice estaremos
comungando Jesus todo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
14) Pode me dizer por que tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo
inteiro?
Tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo inteiro, porque Ele está na
Eucaristia vivo e imortal assim como no céu; por isso onde está o seu Corpo, está
também o seu Sangue, sua Alma e sua Divindade; e onde está seu Sangue está também
seu Corpo, sua Alma e sua Divindade, pois tudo isto é inseparável em Jesus Cristo.
17) Está Jesus Cristo tanto numa hóstia grande como numa partícula pequenina de
uma hóstia?
Tanto numa hóstia grande, como na partícula (pedacinho) de uma hóstia, está
sempre o mesmo Jesus Cristo.
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Nota:
Todas as coisas possuem 'substância' e 'acidente' (também chamada de
'aparência' ou 'espécie' para o caso da Eucaristia). Normalmente com o
passar do tempo a aparência (espécie) vai mudando, mas a substância
permanece sempre a mesma, por exemplo, uma pessoa tem substância
e uma aparência, com o passar do tempo a aparência muda, mas a
substância não, pois continua sendo a mesma pessoa desde que era
criança. A diferença está na aparência apenas. No caso da Eucaristia
ocorre algo semelhante, mas o contrário. O que muda é a substância e
a aparência permanece. Depois da consagração a hóstia é Jesus Cristo,
mesmo parecendo pão, cheirando pão e tendo gosto de pão, pois isso
tudo é apenas a aparência (espécie); e o mesmo ocorre com o vinho.
2.2. SACRIFÍCIO
"O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o
Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo
decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua
esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade,
sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a
alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura."
(Extraído do Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, n.47,, linguagem adaptada)
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sacramento, recebendo o corpo de Jesus Cristo, oferecido por todos ao Pai Eterno.
Que as crianças e jovens se aproximem dos altares para oferecer ao Redentor divino
Jesus Cristo a sua inocência e o seu entusiasmo.
(Extraído da encíclica Mediator Dei, n. 100-6, linguagem adaptada)
III Encontro
Efeitos da Santa Missa e como participar dela
São Leonardo nos explica que o principal fruto da Santa Missa são as
graças espirituais, ou seja, aquelas que irão nos ajudar na nossa salvação, como
o arrependimento dos nossos pecados, o livramento das tentações, etc. Ela nos
preserva da maldade e nos ajuda a caminhar na santidade. Nas nossas fraquezas
será a nossa força, na escuridão será a luz a iluminar o caminho, na queda será o
braço amigo a nos levantar e nos momentos de desespero será o porto-seguro.
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graça da perseverança e penitência final, de que depende a nossa salvação
eterna...
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.29, linguagem adaptada)
Além disso, a Santa Missa nos obtém todos os bens temporais, contanto
que concorram à salvação da alma, por exemplo, a saúde, a abundância, a paz, e
nos livra dos males, por exemplo: epidemias, terremotos, guerras, fomes,
perseguições, processos, inimizades, miséria, calúnias, injustiças, etc.
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.29, linguagem adaptada)
Não duvide desta verdade, amigo meu. Por acaso não foi o próprio Deus
que nos disse que quem oferecer um copo d'água, em seu nome, terá sua
recompensa? Um simples copo d'água oferecido! E nós, o que fazemos na Santa
Missa? Oferecemos, através do sacerdote, o próprio Jesus Cristo, Hóstia pura
e imaculada. Que maior oferecimento poderia ser feito à Deus que o próprio Deus,
em sacrifício? Ele certamente irá nos recompensar por esse infinito oferecimento
(oblação)!
Você já parou para pensar em quantos males poderia ter ocorrido com você
e não ocorreram? Hoje, poderia nem estar vivo. Você dormiu e acordou, ligou
aparelhos eletrônicos e não pegou choque, comeu e não passou mal, andou pela
rua e não sofreu acidente, etc. Isso é graça de Deus! Livramento de Deus! Quem
sabe esse livramento não te foi dado por causa da última Missa que participou!
"Oh! Quantas vezes DEUS não vos livrou da morte, ou, pelo menos, de
numerosos e graves perigos, graças às Santas Missas a que tiverdes assistido!"
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.31, linguagem adaptada)
Sim! Pela Santa Missa poderemos ganhar muito mais graças do que se
fizéssemos as maiores obras.
São Bernardo diz que se ganha mais assistindo a uma única Santa
Missa (se considerar seu valor em si mesma) do que distribuindo a fortuna aos
pobres e peregrinando a todos os santuários mais famosos da Terra. Ó tesouro
incalculável da Santa Missa! Compreendei bem esta verdade: podemos merecer
mais assistindo ou celebrando uma só Santa Missa, se a considerarmos em si
mesma e em todo o seu valor intrínseco, do que se distribuíssemos nossa fortuna
aos pobres, e em seguida partíssemos a percorrer o Mundo como peregrinos,
visitando com a maior das devoções os santuários de Jerusalém, Roma,
Compostela, Loreto, etc.
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.32, linguagem adaptada)
Eu queria subir no alto das montanhas mais altas e de lá gritar: Povo louco,
povo perdido, o que estão fazendo? Por que não correis para as Igrejas para lá
assistir a todas as Santas Missas que puderdes? Por que não imitais os santos
Anjos, que segundo São Crisóstomo, descem do Céu em legiões, quando se
celebra a Santa Missa, e se mantêm diante de nossos altares, velando-se com as
asas em sinal de profundo respeito? Esperam o momento bendito da Santa Missa a
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fim de, com mais sucesso, intercederem por nós, pois sabem muito bem que é essa
a ocasião mais ideia para nos alcançarem as graças celestes.
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.34, linguagem adaptada)
Anda criança ele perdeu o pai e foi levado para a casa de um dos irmãos,
que o tratava com muita desumanidade a ponto de deixá-lo andar descalço, em
trapos e lhe faltando tudo. Aconteceu que um dia o menino achou na rua uma
moeda qualquer. Pense na sua alegria e como pensou que tinha achado um tesouro.
Mas ele ficou pensando em que iria gastar! A pobreza sugeria a ele mil projetos. Por
fim, depois de refletir longamente, decidiu dar o dinheiro a um sacerdote para que
celebrasse uma Santa Missa pelas santas almas do Purgatório. Podeis acreditar:
desde então a fortuna mudou para ele. Ele foi recolhido por outro dos irmãos, mais
bondoso, que o amou como um filho lhe deu boas roupas, o enviou à escola,
ajudando para que ele se tornasse esse grande homem e grande Santo que
conhecemos.
(Extraído do livro as Excelências da Santa Missa, p.36, linguagem adaptada)
A Santa Missa é o maior ato de culto da Igreja, por ser uma ação do próprio
Cristo. É Cristo o ator principal e é por isso que todos devem entrar neste mistério,
nessa ação sagrada. Todo o Povo de Deus deve entrar nesta ação, porque é um
Povo sacerdotal por fazer parte do Corpo místico de Cristo que é sacerdotal; além
disso, esse entrar deve ser ativo, uma participação ativa.
Uma das realidades em que mais se insiste é que a Missa é uma ação
eclesial, o encontro da comunidade cristã com a pessoa e obra redentora de Cristo.
Os fieis exercem seu sacerdócio principalmente na Missa. Sua participação externa
e, sobretudo, interna é uma exigência da Missa. A Missa é o sacrifício de Cristo
total, cabeça e membros.
(Padre Manuel Garrido Bonano, extraído do Curso de liturgia romana, p. 296, linguagem
adaptada)
É importante notar que o Santo Sacrifício da Missa por ser uma ação
eclesial, o respeito pelas normas litúrgicas é fundamental. O culto é regulado para
que possamos entrar, verdadeiramente, dentro de algo maior, daquela liturgia que
nos excede, que não é criação nossa. É uma participação onde o meu "eu" entra
dentro do "nós" da Igreja universal, celebrando o mesmo mistério eucarístico, a
mesma ação sagrada.
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Essa universalidade e abertura fundamental, que é própria de toda a liturgia,
é uma das razões pelas quais essa não se pode ser idealizada ou modificada pela
comunidade individual ou por especialistas, mas deve ser fiel às formas da Igreja
universal.
(Papa Bento XVI, Catequese na Praça São Pedro, 3 de outubro de 2012)
Orai, irmãos, para que o meu e o vosso sacrifício sejam aceitos junto a
Deus-Pai onipotente.
(Oração do ofertório, Missal Romano, p. 403)
A. Participação interna
Quando falamos sobre os frutos da Santa Missa citamos que para que o fiel
possa receber as graças deverá ter uma disposição interior durante a celebração.
Pois bem, a disposição interior poderá ser resumida em: estar em estado de graça
(ausência de pecados mortais) e participação interior durante a celebração.
Através da Igreja, aprenderemos em que consiste esta participação interior.
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celebração válida e lícita, mas também que os fiéis participem nela consciente,
ativa e frutuosamente.
(Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 11)
É necessário que todos os fiéis tenham por seu principal dever e suma
dignidade participar do santo sacrifício eucarístico, não com assistência passiva,
negligente e distraída, mas com tal empenho e fervor que os ponha em contato
íntimo com o sumo sacerdote, como diz o Apóstolo: "Tende em vós os mesmos
sentimentos que Jesus Cristo experimentou", oferecendo com ele e por ele,
santificando-se com ele.
(Papa Pio XII, Mediator Dei, n. 73)
Todos os elementos da
liturgia tendem, pois, a
reproduzir em nossa alma a
imagem do divino Redentor
através do mistério da cruz,
segundo a palavra do apóstolo
das gentes: "Estou cravado com
Cristo na cruz e vivo, não mais
eu, mas é Cristo que vive em
mim". Por isso nos tornamos
hóstia junto com Cristo para a
maior glória do Pai.
(Papa Pio XII, Mediator Dei, 92)
Eis o meio mais adequado para assistir com fruto à Santa Missa: consiste
em irdes à Igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes, diante do
altar, como o faríeis diante do trono de DEUS, em companhia dos Santos Anjos.
(As excelências da Santa Missa, p. 41)
B. Participação externa
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A comunidade cristã está chamada a entrar
na sensibilidade da linguagem dos sinais
sacramentais para cantar o dom da inefável
experiência da salvação. Cada elemento exterior da
ação litúrgica está relacionada com a vitalidade
interior que é realizada no coração de cada fiel e que
se representa nos diferentes gestos, dando-lhes sua
fecundidade para que se convertam em fonte de
crescimento da vida do fiel. A vida teológica que
anima nosso espírito é verdadeira quando se encarna
na caridade em todas suas dimensões: cada gesto é personificação de um inefável
evento de salvação.
(Pe. Antonio Donghi, No entiendo la liturgia, p. 10, linguagem adaptada)
RESUMO
IV Encontro
Introdução à liturgia: natureza, definição e espírito da liturgia e das
rubricas
As ações litúrgicas
são múltiplas; apesar disto
formam conjunto bem
ordenado. Esta unidade
interior em todas as
manifestações e
ramificações do culto tem o
fundamento no objeto a
que se referem e no sujeito
que as põe em prática.
I. O objeto
primário da Liturgia sacra
é o culto a Deus.
Somente a ele
compete adoração, se
oferece o Sacrifício da
Missa. Ora à SS. Trindade,
ora a Deus Pai, ora a Deus
Filho, ora ao Espírito Santo
é que se presta o culto
explicitamente. Este é o
culto latrêutico (de "latria" =
adoração).
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II. Objeto secundário é:
b) o culto dos objetos que têm relação com Jesus Cristo e sua obra de
redenção. Tais são, por exemplo, as relíquias da Santa Cruz, as relíquias e imagens
dos santos. Este é chamado de culto relativo.
A Liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos «mistérios pascais»,
a viverem «unidos no amor»; pede «que sejam fiéis na vida a quanto receberam
pela fé». Da Liturgia, pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de sua
fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a
santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam, como a seu
fim, todas as outras obras da Igreja."
(Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, n.10)
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se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» -
seja, e sobretudo, sob as espécies eucarísticas. Com razão se considera a Liturgia
como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis
significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o
Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público
integral. Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote
e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o
mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.
(Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, n.7)
4.6. SIMBOLISMO
"Pela Liturgia da
terra participamos,
saboreando-a já, na
Liturgia celeste
celebrada na cidade
santa de Jerusalém,
para a qual, como
peregrinos nos dirigimos
e onde Cristo está
sentado à direita de
Deus, ministro do
santuário e do
verdadeiro tabernáculo;
por meio dela cantamos
ao Senhor um hino de
glória com toda a milícia
do exército celestial,
esperamos ter parte e
comunhão com os
Santos cuja memória
veneramos, e
aguardamos o Salvador,
Nosso Senhor Jesus
Cristo, até Ele aparecer
como nossa vida e nós
aparecermos com Ele na
glória."
(Constituição
Conciliar Sacrosanctum
Concilium, n.8)
A liturgia deriva sua grandeza do que ela é, não do que fazemos. Nossa
participação é, obviamente, necessária, mas como meio de nos inserirmos
humildemente no espírito da liturgia e de servimos àquele que é o verdadeiro
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sujeito da liturgia: Jesus Cristo. A liturgia não é uma expressão da consciência
de uma comunidade que, em todo caso, é dispersa e mutante. Ela é revelação
recebida na fé e na oração, e sua medida é consequentemente a fé da Igreja, na
qual se acolhe a revelação.
(Card. Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé,
conferência de 22-24 de junho de 2001)
A liturgia não é um
show, não é um espetáculo
que necessite de diretores
geniais e atores de talento. A
liturgia não vive de surpresas
"simpáticas", de
acontecimentos "atraentes",
mas de repetições solenes.
Não deve expressar a
atualidade, o momento
passageiro, mas o mistério do
Sagrado. Muitos pensaram e
disseram que a liturgia deve
ser "feita" por toda a
comunidade para que seja
verdadeiramente sua. Esta é
uma visão que acabou levando a medir o "resultado" da liturgia em termos de
eficácia espetacular, de entretenimento. Deste modo, se ignorou o ‘proprium
litúrgico’, que não provém do que nós fazemos, mas do fato de que aqui acontece
Algo que todos nós juntos somos incapazes de fazer. Na liturgia opera uma
força, um poder que nem sequer a Igreja inteira pode ter: o que nela se manifesta é
o absolutamente Outro que, através da comunidade (que não é dona, mas serva,
mero instrumento), chega até nós.
A liturgia é o ato no qual cremos que Ele (Deus) entra e que nós o tocamos.
É o ato em que se realiza o autêntico e próprio: entramos em contato com Deus. Ele
vem até nós, e nós somos iluminados por Ele. A liturgia não é algo que nós
fazemos, que mostramos nossa criatividade, ou seja, tudo o que poderíamos
fazer. Justamente, a liturgia não é nenhum show, não é um teatro, um espetáculo,
mas algo que vive desde o Outro. Por isso é tão importante o fato de que a forma
eclesial esteja pré-estabelecida.
(Papa Bento XVI, Luz do mundo)
A liturgia não é algo construído por nós, não é algo inventado por fazer
uma experiência religiosa durante um certo período de tempo. Liturgia é cantar com
o coral das criaturas e entrar na realidade cósmica.
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V Encontro
Os santos sinais: atitudes e elementos materiais
As explicações que se seguem são dadas por Pe. J.B. Reus (Curso de
Liturgia Romana, p. 61-77), Abbé A. Durand (O Culto Católico, 67 p.),
Romano Guardini (Os sinais sagrados, 138 p.) e Pe. A. Donghi (Não entendo
a liturgia, 126 p.).
5.1.1. De pé
5.1.2. Genuflexão
5.1.4. Prostração
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5.1.6. Estar em silêncio
5.1.7. Inclinação
5.1.8. Olhos
Levantar os olhos é recorrer a Deus que está nas alturas, confiar n'Ele: "À
vós que estais no céu, levantei os olhos" (Sl 122, 1). Baixar os olhos é sinal de
humildade: "o publicano não ousava levantar os olhos" (Lc 18, 13).
Faça bem este ato. Não um toquezinho leve na roupa com as polpas dos
dedos, mas com punho meio serrado deve-se bater no peito. Não viu, porventura,
em algum quadro antigo São Jerônimo no deserto, de joelhos, a golpear-se com
uma pedra? Pois é assim que deve ser: não uma mera cerimônia, mas verdadeiro
golpe! Então entenderemos o que significa o golpe no peito. O fiel refletindo, percebe
que infringiu os mandamentos e descuidou dos deveres "por sua culpa, sua culpa,
sua máxima culta". Ele então conforma seu sentir com o de Deus e odeia seus
pecados, descarregando a mão contra o peito. Reflexão que causa arrependimento
e mudança de vida.
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É um símbolo de fé na SS. Trindade e na redenção. Quando é feita sobre
as espécies do Pão e do Vinho depois de consagrados, serve como recordação de
que a Missa é a renovação do Sacrifício da cruz; não tem significado de benzer
Nosso Senhor na santa hóstia. Quando feita sobre o Evangeliário, significa que a
fonte do evangelho é o Cristo crucificado.
Este sinal lembra o cristão de sua vocação: "Aquele que quer vir depois de
mim, deve carregar sua cruz todos os dias“ (Lc 9, 23). Que sua vida deve ser
oferecida a Deus Pai em oblação e sacrifício.
"O sinal da cruz é como um troféu que o cristão carrega sobre a fronte,
troféu que lembra ao demônio sua derrota vergonhosa no Calvário, e é
por isso, que à sua vista, ele treme e foge”. (Santo Inácio)
Quando fizeres o sinal da Cruz, procura fazer bem-feita. Não tão rápida e
retraída, que ninguém consiga interpretar. Faça uma verdadeira cruz, pausada,
ampla, da fronte ao peito, do ombro esquerdo ao direito. Não sentes como te abraça
por inteiro? Faz para recolher-te, concentra nela os teus pensamentos e teu coração,
enquanto vai traçando da fronte ao peito e os ombros, e verá que te envolve o corpo
e a alma, de ti se apodera, te consagra e santifica.
E por quê? Porque é sinal de totalidade e sinal de redenção. Na Cruz o
Senhor nos redimiu e pela Cruz santifica até a última fibra do ser humano.
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5.2.1. A água
5.2.2. O pão
O pão representa:
a) Toda a vida humana: a vida corporal por ser alimento principal e a vida espiritual
por ser o produto da inteligência e da vontade.
b) A união do fiel com Jesus Cristo e dos fiéis entre si, por ser confeccionado de
muitos grãos moídos, que todos formam um único pão.
O pão deve ser ázimo, ou seja, sem fermento, e ser composto apenas de
farinha de trigo para que a matéria seja válida, conforme estabelece a regra aqui no
Ocidente.
"Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja sempre utilizou pão e vinho com água
para celebrar o banquete do Senhor. O pão para a celebração da Eucaristia
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deve ser de trigo sem mistura, recém-feito e ázimo conforme antiga tradição
da Igreja latina."
(Instrução Geral do Missal Romano, n.319-320)
5.2.3. O vinho
O vinho já era estimado por todas as nações cultas como alimento, remédio
e matéria de sacrifício. Na parábola do bom samaritano, o vinho misturado com óleo
é o remédio para as chagas e contusões do infeliz viajante. O rei Melquisedeque
ofereceu no seu sacrifício, além do pão, o vinho.
Na Liturgia do novo
testamento foi introduzido pelo
próprio divino Redentor, Jesus
Cristo. É matéria essencial do
sacrifício eucarístico e antigamente
era levado pelos fiéis (por isso,
existe a procissão dos dons).
Tem a mesma significação
que o pão, representando toda a
vida humana e a união dos fiéis com
Jesus Cristo e entre si, por ser
composto de sumo de muitos
bagos.
Não é permitido celebrar Missa sem velas. Deve ter no mínimo 2, mas poderá
ter 4 ou 6, e até mesmo 7 se o bispo estiver celebrando.
5.2.5. Incenso
“Faça que minha oração se eleve até vós, ó meu Deus, como o incenso
queimado em vosso santuário.” (Salmo 141)
5.2.6. Óleo
Distinguem-se três espécies de óleos santos: o óleo dos enfermos, óleo dos
catecúmenos e o do crisma.
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5.2.7. A Cinza
5.2.8. O Sal
O sal, tipo da estabilidade (Lv 2, 13), impede que a comida estrague e ainda
lhe dá sabor. Por isso fazia parte dos sacrifícios como expressão do desejo de
agradar a Deus. Nos sacrifícios mosaicos o sal era muitas vezes empregado. O
profeta Eliseu (4 Rs 2, 19) tornou potável a água ruim pelo sal que nela deitou e
conferiu fertilidade para a terra, onde foi posto.
VI Encontro
Os santos lugares
O que não for citado pode ser encontrado em Pe. J.B. Reus (Curso
de Liturgia Romana), Dom António Coelho (Curso de Liturgia
Romana), Abbé A. Durand (O Culto Católico) e Pe. Alfonso
Gubianas (Noções Elementais de Liturgia).
O primeiro lugar santo nem foi o suntuoso templo de Jerusalém nem alguma
das 400 sinagogas daquela cidade, mas uma casa privada, o cenáculo. O próprio
Deus feito homem o santificou pela sua presença e pelo seu sacrifício, que ali
instituiu e ofereceu.
6.2. O TEMPLO
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• Capela é o diminutivo de capa = manto pequeno. Designava
especialmente a capa pequena de São Martinho de Tours,
considerada como a mais preciosa relíquia e conservada num oratório
pequeno. Por isto este oratório foi chamado de capela. O nome
passou para outros oratórios. Atualmente, em alguns lugares, o
Tabernáculo do Santíssimo Sacramento fica na Capela.
É através desta
consagração que a Casa
de Deus fica exorcizada,
purificada e consagrada.
O príncipe das trevas é
dela expulso afim de
deixar a nova morada ao
domínio do Príncipe da
Luz, Jesus Cristo. Jacó,
sabendo que dormia em
lugar consagrado a Deus,
exclamou tremendo:
"Quão extraordinário é
este lugar! Só pode ser a casa de Deus e a porta do céu!" (Gn 28, 17)
“Hoje, cada um de nós pode interrogar-se: como vivo na Igreja? Quando vou
à igreja, é como se fosse ao estádio, a um jogo de futebol? É como se fosse ao
cinema? Não, é diferente.
O Templo é o local onde a comunidade vai rezar, louvar o Senhor, dar graças,
mas sobretudo adorar: no Templo se adora o Senhor. E este é o ponto mais
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Palmas, Tocantins.
Está escrito: a minha casa será casa de oração (...) não de outra coisa. O
templo é um lugar sagrado. E devemos entrar nele, na sacralidade que nos leva à
adoração. Nada mais.
1. O presbitério
No presbitério se encontra:
a) A credência (credentia,
abacus) – é uma pequena
mesa destinada a receber os
objetos necessários ao serviço
do mesmo. Deve ser coberta
com uma toalha branca, a qual
deve descer até ao chão,
envolvendo-a completamente.
b) Os assentos – necessários
para os sacerdotes e os
ministros auxiliares. O trono do
celebrante é sempre mais
Observe uma espécie de grade com genuflexório, é a
adornado. Na celebração
balaustrada.
"Versus populum" ("de frente
para o povo") as cadeiras ficam
atrás do altar, mas quando o sacrário está no altar ou quando a celebração é
"Versus Deum" ("De frente para Deus") as cadeiras deverão ficar do lado do
altar.
c) O ambão
d) O altar, do qual falaremos detalhadamente mais abaixo.
41
2. A Nave
3. O Altar
O altar é símbolo:
a) De Jesus Cristo. O altar da Santa Igreja é Cristo mesmo. Atesta isto São João,
dizendo no seu Apocalipse, ter visto um altar de ouro erigido diante do trono, no
qual e pelo qual as ofertas dos fiéis são consagradas a Deus Pai."
b) Do coração humano. "Pelo altar entende-se o nosso coração, que está no meio
do corpo como o altar está no meio da igreja. A respeito deste altar manda o
Senhor: Sobre o meu altar arderá sempre o fogo. O fogo é a caridade e esta
sempre arderá em nosso coração. “
A. Localização e orientação
43
B. A Crucifixo
O Santo Sacrifício da Missa não pode ser celebrado sem uma imagem de
Cristo crucificado. O Crucifixo constitui um dos mais importantes requisitos para a
celebração da Santa Missa. Seu simbolismo consiste em identificar a relação que
existe entre o sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz, que é o mesmo atualizado.
Embora as rubricas permitam que a cruz possa ser colocada ao lado do altar,
convém dizer que não há nenhum lugar mais apropriado do que o altar para se
colocar o Crucifixo, pois é sobre o altar que se renova o Sacrifício da Cruz.
O Papa Bento XIV (não confundir com o Papa Bento XVI) recorda que "são
violadas as leis da Igreja se se coloca somente uma pequena imagem do
Crucificado, menor do que o quadro ou estátua de um santo".
(Padre Alfonso Gubianas, extraído de Noções Elementais de Liturgia, p. 243-244)
O Papa Bento XVI (agora sim, o Papa, hoje emérito) também nos recordou
esse ensinamento.
C. O Sacrário
Depois do altar não existe, no templo, lugar mais sagrado do que o sacrário.
Está destinado unicamente a conservação da Sagrada Eucaristia. O sacrário deve
ter uma lâmpada que ilumine constantemente dia e noite, e que seja como um tributo
de veneração e de adoração por parte dos fiéis, e como símbolo de que Jesus Cristo,
a quem adoramos vivente na Sagrada Eucaristia, é a verdadeira luz do mundo das
almas.
(Padre Alfonso Gubianas, Noções Elementais de Liturgia, p. 245-246)
sempre viva, é sempre mais do que um simples edifício de pedra: nela está sempre
o Senhor que me espera, que me chama, que quer fazer de mim uma pessoa
"eucarística".
A presença eucarística no tabernáculo não cria outro conceito de eucaristia
paralelo ou em oposição à celebração eucarística, mas, pelo contrário, constitui a
sua plena realização.
(Joseph Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia, p. 112-113)
45
VII Encontro
Tempo Sagrado e vestes sagradas
São dois os fins que se propõe realizar o Ano Litúrgico, como aliás a Liturgia
em geral: glorificar a Deus e santificar as almas. O Ano Litúrgico atinge este duplo
fim, renovando a economia da Redenção pela comemoração dos acontecimentos
que a preparam, efetuaram e perpetuaram através dos séculos, e celebrando essa
falange dos Santos em que Deus se revela admirável. Assim, dá glória a Deus,
cantando a sua obra de regeneração, mais maravilhosa que a da criação; e santifica
os homens, fazendo-os reviver os Mistérios de Jesus e contemplar os exemplos do
Salvador, de Maria e dos Santos.
(Dom António Coelho, Curso de Liturgia Romana, Vol I, P. 648)
7.2.2. O domingo
47
7.2.3. As solenidades, festas e memórias
7.2.7. Quaresma
Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-
se a imposição das cinzas.
Os Domingos deste Tempo são 1º,2º,3º,4º e 5º Domingos da Quaresma. O
6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e
da Paixão do Senhor”. A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua
entrada messiânica em Jerusalém.
Pela manhã da Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa
concelebrada com seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma.
7.2.8. Natal
7.2.9. Advento
49
no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como
um Tempo de piedosa e alegre expectativa.
Inicia-se após o último Domingo do Tempo comum (Solenidade de Cristo Rei)
e termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). São chamados
1º,2º,3º e 4º Domingos do Advento. Os dias de semana dos dias 17 a 24 de
dezembro inclusive visam de modo direto a preparação do Natal do Senhor.
7.2.10. Comum
Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual trinta
e três ou trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial
do mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos Domingos. Este período é chamado Tempo Comum.
O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue ao Domingo depois
do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma inclusive;
recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e termina antes das
primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.
A mesma ordem é observada na série de formulários que se encontram tanto
na Liturgia das Horas (vol. III-IV) como no Missal para os Domingos e dias de
semana deste Tempo.
51
Estola - A estola é um dos paramentos mais ricos de
significado no Rito Romano, consiste de uma faixa estreita de
tecido de acordo com a cor da liturgia do dia decorada,
geralmente com bordado. Usado pelos clérigos sobre a alva
ou vestes corais. Os diáconos a usam a tiracolo, os sacerdotes
ao redor do pescoço e caindo sobre o peito. É usado na
celebração da missa, dos sacramentos e dos sacramentais. "Ó
Senhor, restaurai em mim a estola da imortalidade, que perdi
pela desobediência de meus primeiros pais, indigno como sou
de me aproximar de vossos sagrados mistérios, possa eu
alcançar a alegria eterna." (Oração de paramentação)
"Ó Senhor, que dissestes: 'Meu jugo é suave e meu peso é leve', fazei que
eu seja capaz de levar esta vestimenta dignamente para alcançar a vossa Graça."
(Oração de paramentação)
No formato, é
um pouco parecida
com a casula
romana, mas possui
manga (a meio
Diácono usando dalmática vermelha. tamanho) e gola
normalmente redonda.
53
Sobrepeliz - Paramento
branco, curto e com mangas
largas usados pelos acólitos ao
servir a missa ou nas vestes
corais de alguns clérigos ou
ainda pelo sacerdote ao
administrar algum sacramento
fora da Missa.
Roquete - Paramento
branco parecido com a
sobrepeliz, mas distingue-se dela
principalmente pelas mangas
mais estreitas. É veste coral,
usada normalmente somente por
À esquerda o Papa usa uma roquete e à direita um acólito usando bispos. Não pode substituir a
uma sobrepeliz. sobrepeliz.
55
Gremial - Paramento
quadrado usado na altura da
cintura pelos Bispos. Na forma
ordinária, apenas para unções,
imposição das cinzas e
algumas outras ocasiões.
• Insígnias episcopais
“Dentro do seu território, o Bispo usa o báculo, como sinal do seu múnus
pastoral. Aliás, qualquer Bispo que celebre solenemente o pode usar, com o
consentimento do Bispo do lugar. Quando estiverem vários Bispos presentes na
mesma celebração, só o Bispo que preside usa o báculo. Com a parte recurvada
voltada para o povo, ou seja, para a frente, o Bispo usa habitualmente o báculo na
procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia, para receber os votos,
as promessas ou a profissão da fé; e finalmente para abençoar as pessoas, salvo
se tiver de fazer a imposição das mãos.” (Cerimonial dos bispos, n. 59)
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
57
VIII Encontro
Objetos sagrados
Cálice
Cibório ou píxide - Vaso sagrado
semelhante ao cálice. Possui copa mais
larga e tampa. Porta o santíssimo Corpo
de Nosso Senhor para a comunhão dos
fiéis.
A Santíssima Eucaristia conserva-
se dentro deste vaso. No decorrer dos
Cibório simples séculos o seu formato variou muito,
desde a forma de pomba que pendia
primitivamente do dossel até o vaso bojudo com pé, como se
tem hoje em dia. Quando contiver o Santíssimo Sacramento, a
píxide deve estar coberta com um véu branco ornado e
guardada no sacrário. Cibório ornado
O material deve ser de prata, ouro ou outro que não
oxide ou absorva líquidos.
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
Teca - Pequeno vaso sagrado com tampa, usado para guardar hóstias
consagradas no sacrário e, mormente, levá-las como viático
aos enfermos.
59
Turíbulo - O vaso sagrado, munido de uma parte inferior,
onde se colocam as brasas incandescentes e se queima o
incenso; uma parte intermédia móvel, chamada opérculo, e uma
parte superior onde se predem as correstes de sustentação e a
que suspende o opérculo.
Enquanto os ouvidos se embalam e a alma se eleva aos
céus com as suaves melodias do canto, confundem os olhos e o
olfato as nuvens espiraladas que sobem do turíbulo ao alto e
enchem a igreja toda.
Como o discípulo predileto, João, narra em sua visão de
Turíbulo Patmos, contemplamos no céu os turíbulos de ouro, movidos
pelos Anjos, junto ao trono do Cordeiro. Estes turíbulos estavam
cheios de perfumes, narra o apóstolo, e revela-nos também que eles não eram outra
coisa que as orações dos Santos. O incenso, portanto, segundo São João em seu
Apocalipse, simboliza também a oração; e quando se eleva ao céu, relembra-nos
como há de ser a nossa prece, isto é, pura, ardente, aromatizante com o perfume
das nossas virtudes.
Naveta
Hissopo
Lavabo
Matraca
Cruz do altar – O
crucifixo é a imagem na qual
está representado Nosso
Senhor crucificado. Na
liturgia, deve-se tê-lo sempre
junto ou sobre o altar. O papa
Bento XVI insistiu bastante
para que o crucifixo seja
colocado sobre o altar, no
centro do altar voltado para o
sacerdote e não ao lado do
altar.
Cruz processional
61
Pálio - Objeto constituído
de um tecido decorado, sob o
qual se transporta o Santíssimo
de forma solene, com o
Ostensório. Possui quatro ou
mais hastes em que ministros
seguram para sustentar o pálio.
Normalmente é usado na
solenidade de Corpus Christi.
Umbela
Genuflexório – É um
objeto em que se ajoelha.
Normalmente o sacerdote faz
uso quando há adoração ao
Santíssimo Sacramento.
Também pode ser utilizado
durante a distribuição da
comunhão para que os fiéis se
ajoelhem para comungar o
Senhor.
8.2. ALFAIAS
Corporal
Algumas bolsas
Manustérgio
Sanguíneo
63
Pala - Objeto rígido, encapado com tecido
utilizado para cobrir o cálice. Geralmente de forma
quadrangular e bordadas. Suas cores podem
variar com o tempo litúrgico, mas o preto é
proibido à pala, já que o preto é símbolo de morte.
Pontifical - Livro que reúne os textos das celebrações presididas pelo bispo
como crisma, ordenações, etc.
65
IX Encontro
Rito romano: Introdução as formas e partes do rito
O Rito também é aquilo que marca a identidade, ou seja, ele expressa algo
específico, a fé. O Rito católico expressa a fé católica, a fé da Igreja do mundo
inteiro. Através da celebração do rito a Igreja dá testemunho de sua unidade, da sua
universalidade, mesmo se existem casos particulares. Essencialmente, o rito é a
expressão da fé. A forma como oramos expressa o que nós cremos ("lex orandi lex
credendi").
Neste último ponto, ignorar as normas do rito é, de certa forma, mutilar essa
identidade. A comunidade que não segue o rito já não aparece como uma PARTE
de um TODO, mas apenas uma parte separada do todo. A comunidade que inventa
suas normas litúrgicas, desobedece às normas estabelecidas pela Igreja, se separa
desta identidade. Não está mais ligada nem no espaço (não celebra como a Igreja
do mundo todo celebra) nem no tempo (não celebra como a Igreja sempre celebrou).
67
Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale
Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma
ruptura. Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e
grande também para nós...
(Papa Bento XVI, Carta que acompanha o Summorum Pontificum)
Algumas pessoas,
ainda que bem-intencionadas,
por falta de conhecimento
acabam fazendo distinção das
duas formas do Rito Romano
de forma errada. Dizem que a
Missa celebrada na forma
ordinária é “voltada para o
povo” e em vernáculo (idioma
do local), enquanto que a
Missa celebrada na forma
extraordinária é “de costas
para o povo” e em latim. São
dois grandes erros!
Comecemos
esclarecendo que não existe
esse termo “de costas para o
povo”. Em tais celebrações o
sacerdote não fica de costas
para o povo, mas “de frente
para Deus”, pois todos estão
voltados para a mesma
direção, os fiéis e o sacerdote
estão de frente para a cruz,
voltados para a cruz. O altar
pode tanto estar afastado da Papa celebrando a forma ordinária de frente
parede quanto junto da parede, pois o para Deus.
que importa é que todos estejam
virados para a mesma direção, todos
no mesmo sentido, todos em direção
à Deus.
Tendo desmentido este termo, isto é, acabado com esse mito, convém dizer
que a orientação litúrgica não é algo que possa distinguir a forma do Rito. Pois as
duas formas do Rito podem ser celebradas “de frente para Deus” (versus Deum).
Em encontros anteriores pudemos ver que a forma ordinária também pode ser
celebrada voltada para a cruz, como os próprios Papas Bento XVI e Francisco
fizeram.
69
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
X Encontro
Rito romano: Da entrada à liturgia Eucarística
71
Instruções
Ou então:
C. O Senhor esteja convosco
R. Ele está no meio de nós.
Instruções
• No sinal da cruz faça o sinal sem dizer nada, apenas o sacerdote deve
pronunciar as palavras. Ao fiel cabe responder o Amém.
• Faça o sinal prestando atenção no gesto e não por mero mecanicismo. Tenha
em mente que este gesto vai demonstrar que você está ali presente em nome
da Trindade e que este mesmo gesto é um sinal de proteção contra o inimigo
que irá fazer de tudo para que você se distraia.
1. FÓRMULA
Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, atos e omissões (batendo no peito) por minha culpa,
minha tão grande culpa. (E continuam) E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos,
e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
2. FÓRMULA
73
C. Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.
R. E dai-nos a vossa salvação.
3. FÓRMULA
Esta terceira fórmula possui várias opções para os diversos tempos litúrgicos.
Também podem ser formuladas outras fórmulas, desde que com a mesma estrutura
de tropos (“invocação").
Instruções
• Este é o momento em que você deve pensar em todas as vezes que você
ofendeu a Deus por causa dos seus pecados. Recorde esses momentos e
peça perdão a Deus por ter sido tantas vezes infiel ao seu amor divino.
• Se a missa for celebrada “de frente para o povo”, nada de ficar olhando para
as pessoas. Abaixe um pouco os olhos ou então olhe para a cruz.
• Durante o canto você poderá escolher: cantar ou ficar em silêncio. Mas nas
duas opções o importante é que aquele texto seja vivido, porque caso
contrário torna-se um texto morto. Viva o momento da liturgia, o tempo de
Deus.
10.4. ABSOLVIÇÃO
10.6. GLÓRIA
Instruções
Instruções
75
10.8. LITURGIA DA PALAVRA
A Liturgia da Palavra tem seu centro nas sagradas leituras e sua conclusão
com a homilia, a profissão de fé e a oração universal (dos fiéis). Este é o momento
de silenciar e colocar-se à escuta da Palavra do Senhor para aprender dele o
ensinamento divino.
As leituras serão feitas do ambão se houver presença do povo. Tais leituras
não podem ser substituídas por textos não-bíblicos.
O ministro das leituras é o Leitor, do salmo o Salmista e do Evangelho é o
diácono. Na ausência destes ministros, o sacerdote poderá ler tudo.
Instruções
• As leituras não é momento para ficar com conversinhas, por isso, todos
devem prestar atenção.
• O turiferário deve estar atento, observando se o turíbulo está aceso e, se
necessário, sair discretamente quando iniciar o salmo para colocar mais
carvão.
• Quando estiver no final do salmo, os coroinhas ceroferários e o naveteiro
devem ir discretamente até a sacristia buscar as velas e a Naveta para
entrarem no momento do Evangelho.
Silêncio
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal forma que ajude na meditação,
por isso, deve ser evitada toda e qualquer tipo de pressa que impeça o recolhimento
dos presentes. Recomenda-se que após cada leitura e da homilia haja um breve
instante de silêncio para aprofundamento e interiorização da palavra sob ação do
Espírito Santo.
Primeira leitura
O leitor dirige-se para o ambão para proferir a primeira leitura, que todos
ouvem sentados.
Salmo
Segunda leitura
Aclamação ao Evangelho
quaresma. O que poucas pessoas sabem é que o texto para ser cantado não é
qualquer texto, mas o que vem no lecionário (ou no Gradual).
Instruções
Evangelho
10.9. HOMILIA
Instruções
• Toda a atenção deve estar voltada para a homilia. Este não é momento para
sair, beber água, mas de ficar sentado, em silêncio, ouvindo o sacerdote
explicar as leituras.
77
10.11. ORAÇÃO UNIVERSAL
XI Encontro
Rito romano: Da Liturgia Eucarística à benção final
11.1. OFERTÓRIO
79
• Com turíbulo: Os coroinhas apresentam o turíbulo e a naveta ao
sacerdote que impõe o incenso sobre os carvões em brasa. Se for
conveniente o diácono poderá segurar a naveta enquanto o sacerdote
impõe incenso no turíbulo, mas devolvendo em seguida ao naveteiro.
Em seguida o sacerdote, precedido pelo primeiro diácono e seguido
do cerimoniário, segurando sua casula, e do segundo diácono,
incensará a cruz, o altar e as oblatas tão somente. Feito isto, o diácono
tomará o turíbulo e incensará o sacerdote celebrante (e se houver
concelebrantes, todos os concelebrantes juntos), depois os fiéis
presentes, entregando o turíbulo, ao final, para o turiferário, que se
retirará. Enquanto o diácono incensa os fiéis, o sacerdote lavará as
mãos e tudo o mais descrito acima.
As oblatas são os dons que são oferecidos, ou seja, o pão e o vinho. Este
nome vem de oblação que quer dizer oferecimento.
Instruções
• A partir deste momento se dará início uma série de orações, por isso, o coroinha
deve estar atento às orações, realizando os gestos prescritos, mas sem
descuidar de seus ofícios.
• Mantenha silêncio total, nada de conversas. Falar apenas para responder as
invocações do sacerdote, quando for o caso.
11.3. PREFÁCIO
salvação ou então por um dos seus aspectos, de acordo com o dia, a festividade ou
o tempo litúrgico.
Há dezenas de prefácios que devem ser usados conforme a memória que se
celebra, mas há também aqueles que estão juntos com as Orações Eucarísticas que
podem ser usados sempre que não houver prefácio próprio para o dia, desde que
se observe as diretrizes quanto à escolha da Oração Eucarística.
Instruções
11.4. SANCTUS
Todo o povo santo de Deus, unindo-se aos santos e anjos dos céus, canta
ou se une ao coro para entoar o hino do Sanctus (Santo). É a partir deste momento
que se realiza de forma mais clara a união das duas liturgias: a liturgia terrestre, da
Igreja peregrina, e a liturgia celeste, da qual fazem parte os espíritos celestes.
(Português) (Latim)
Santo, Santo, Santo Sanctus, Sanctus, Sanctus
Senhor, Deus do universo! Dóminus Deus Sábaoth!
O céu e a terra proclamam a vossa glória Pleni sunt caeli et terra glória tua
Hosana nas alturas! Hosánna in excélsis!
Bendito o que vem Benedíctus qui venit
em nome do Senhor! in nómine Dómini!
Hosana nas alturas! Hosánna in excelsis!
Te igitur
81
Comunicantes
Hanc Igitur
Instruções
Narrativa e consagração
Este é o momento em que ocorrerá de forma sacramental e incruenta a
renovação do Sacrifício de Cristo. As espécies do pão e do vinho irão se tornar no
Corpo e no Sangue de Jesus Cristo.
Qui, prídie quam paterétur, accépit Na véspera da sua paixão, Ele tomou
panem in sanctas ac venerábiles o pão em suas santas e adoráveis
manus suas, et elevátis óculis in mãos, e, levantando os olhos ao céu,
cælum ad te Deum Patrem suum para Vós, Deus seu Pai todo-
omnipoténtem, tibi grátias agens poderoso, dando graças, abençoou-
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
Símili modo, postquam cenátum est, De igual modo, no fim da Ceia, tomou
accípiens et hunc præclárum cálicem este sagrado cálice em suas santas e
in sanctas ac venerábiles manus adoráveis mãos e, dando graças,
suas, item tibi grátias agens abençoou- o e deu-o aos seus
benedíxit, dedítque discípulis suis, discípulos, dizendo:
dicens:
83
Quanto a nós, meu irmão, que recebemos tantas vezes, talvez todos os
dias, o Senhor Sacramentado em nossos corações, quão limpos, castos
e puros devemos ser! O que será de nós se não recebermos o Senhor o
melhor que pudermos? E depois não esqueçamos que somos templos
de Deus.
Instruções
Unde et memores
Per ipsum
Instruções
• Aqueles que quiserem podem permanecer ajoelhados até o fim desta oração.
PATER NOSTER, qui es in cælis: PAI NOSSO que estais nos céus:
sanctificétur nomen tuum; santificado seja o vosso nome;
advéniat regnum tuum; fiat venha a nós o vosso reino; seja
volúntas tua, sicut in cælo, et feita a vossa vontade, assim
in terra. Panem nostrum cotidiánum na terra como no céu. O pão nosso
da nobis hódie; et dimítte nobis de cada dia nos dai hoje; perdoai-
débita nos as
nostra, sicut et nos dimíttimus nossas ofensas, assim como nós
debitóribus perdoamos
nostris; et ne nos indúcas in a quem nos tem ofendido; e não
tentatiónem; nos deixeis cair em tentação, mas
sed líbera nos a malo. livrai- nos do mal.
85
advéntum Salvatóris nostri Iesu a vinda gloriosa de Jesus Cristo
Christi. nosso Salvador.
E o povo responde:
E o povo responde:
R. Quia tuum est regnum, et
potéstas, et glória in sǽcula. R. Vosso é o reino, poder e a glória
para sempre.
Instruções
• O Pai Nosso é recitado por todos, mas somente o sacerdote ergue as mãos
durante a oração, pois faz as vezes do próprio Cristo.
• Não se diz amém após o término da oração, pois o sacerdote continua
rezando.
Instruções
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
Instruções
Comunhão do sacerdote
87
Depois o sacerdote toma a patena ou a píxide e aproxima-se das pessoas da
assembleia que comungam. Erguendo a Hóstia dirá "Corpus Christi" ou "O Corpo
de Cristo" e ao que recebe responde "Amem". Enquanto ocorre a comunhão, o coral
canta a Antífona da Comunhão ou outro canto adequado.
Instruções
Outras normas
d. "A bandeja para a Comunhão dos fiéis se deve manter, para evitar o
perigo de que caia a hóstia sagrada ou algum fragmento."
(Redemptionis Sacramentum, n. 93)
89
e. "Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no
cálice, nem receber na mão a hóstia molhada." (Redemptionis
Sacramentum, n. 104)
Instruções
• O coroinha deve apresentar a galheta com a água logo após de haver sido
recolhidas as Hóstias consagradas que restarem.
• O sacerdote ou o diácono deverá tomar o que restar do Preciosíssimo
Sangue no cálice. Em seguida purifica-lo com abundante água.
• Haverá ao menos dois coroinhas para ajudarem a remover os vasos
purificados e leva-los até a credência. Não se deve esquecer de fazer a
reverência ao aproximar-se do altar ao deixa-lo.
Esta benção poderá ser enriquecida com uma benção solene, proposta pelo
Missal para várias ocasiões.
91
MENSAGEM FINAL
PAPA SÃO JOÃO PAULO II
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEGISLAÇÃO OFICIAL
DOCUMENTOS DO MAGISTÉRIO
BENTO XVI, Papa. Discurso do Papa aos membros do Instituto Litúrgico Santo
Anselmo, 2011.
BENTO XVI, Papa. Exortação Apostólica Verbum Domini: sobre a Palavra de Deus
na vida e missão da Igreja.
93
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos sacramentos. Instrução
Redemptionis Sacramentum: sobre algumas coisas que se devem observar e evitar
acerta da Santíssima Eucaristia.
JOÃO PAULO II, Papa. Encíclica Ecclesia de Eucharistia: sobre a Eucaristia na sua
relação com a Igreja.
PAULO VI, Papa. Exortação Apostólica Sacrificium Laudis: sobre a língua latina a
ser usada no Ofício Litúrgico coral por parte dos religiosos obrigados ao coro.
PIO XI, Papa. Constituição Apostólica Divini Cultus Sanctitatem: sobre a liturgia,
canto gregoriano e música sacra.
PIO XII, Papa. Encíclica Musicae Sacre Disciplina: sobre a Música Sacra.
PIO XII, Papa. Encíclica Mystici Corporis: o Corpo Místico de Jesus Cristo e nossa
união nele com Cristo.
LIVROS
BONAÑO, Manuel Garrigo. Curso de Liturgia Romana. BAC: Madri (Espanha), 1961.
COELHO, Dom António. Curso de Liturgia Romana: Liturgia sacrifical. Vol. 2. PAX:
Braga (Portugal), 1943.
95
MORAES, Francisco Lafayette. O Santo Sacrifício da Missa: pelas origens da Santa
Missa. Rio de Janeiro, 1992.
RATZINGER, Joseph A. Informe sobre la Fe. 2ª ed. BAC: Madri (Espanha), 1985.
REUS, Padre João Batista. Curso de Liturgia. 2ª ed. Vozes: Petrópolis, 1944.
ROC, Jesús Mestre. Curso de introduccion a la Liturgia. Stat Veritas: Buenos Aires
(Argentina), 2009.
TRINDADE, Dom Frei Henrique G. A Missa das queridas crianças. 6ª ed. Vozes:
Petrópolis, 1957.
Curso de Liturgia Romana – Grupo de Acólitos e Coroinhas da Paróquia Mãe Rainha.
Palmas, Tocantins.
VASCONCELOS, Dom Bernardo. A missa e a vida interior. 2ª ed. Opus Dei: Braga
(Portugal), 1936. Disponibilização: Alexandria Católica.
APOSTILAS
Manual dos acólitos. 2ª ed. Arquidiocese de Niteroi: Paróquia Santa Ana de Itaúna.
SITES
Aos agradeço de forma muito especial pelo
trabalho esplêndido disponibilizado na
internet. Por diversas vezes utilizei
explicações ou informações de forma direta,
sem, no entanto, explicitar a fonte para não
poluir o texto, mas saibam todos da imensa
contribuição dos sites oferecida a presente
apostila.
Direto da Sacristia
Manual do Coroinha
Salvem a Liturgia
Presbíteros
97
ANEXO I
Cerimoniários e diáconos
2. INTRODUÇÃO: O CERIMONIÁRIO
3. NORMAS PRÉVIAS
99
Assim como o mestre de cerimônias, o diácono deve ser um perfeito
conhecedor das normas litúrgicas, em especial dos gestos e posições do corpo:
43. [...] Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma
celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro
leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido no Missal.
Genuflexão e inclinação
Incensação
distância de si, à altura dos olhos - esta elevação chama-se ductos – e balança para
cima e para frente - este movimento chama-se ictus.
4. RITO DA MISSA
Procissão de entrada
A ordem da procissão (cf. CB, n. 128) variará conforme o número e tipos de ministros
ordenados, mas segue-se o esquema:
1 - Cerimoniário (auxiliar)
2 - Turiferário e Naveteiro
3 - Cruciferário
4 - Ceroferários
5 - Demais acólitos e coroinhas
6 - O Evangeliário, se houver
7 - Demais diáconos
8 - Concelebrantes, se houver
9 - O sacerdote celebrante, ao centro
10 - Mestre de cerimônias, ao canto
Chegada ao altar
101
preferência sobre o altar, com o sacerdote venera o altar com um
ósculo.
• 49. Chegando ao
presbitério, o sacerdote, o
diácono e os ministros
saúdam o altar com uma
inclinação profunda. Em
seguida, em sinal de
veneração o sacerdote e o
diácono beijam o altar; e o
sacerdote, se for oportuno,
incensa a cruz e o altar.
Ato penitencial
O cerimoniário, se for
necessário, deverá
preparar o hissopo e a
caldeirinha, sobretudo no
tempo pascal, onde se
pode substituir o ato
penitencial pela aspersão.
Quando se utilizar a 3ª
fórmula do ato penitencial,
se não for cantado, o
diácono poderá proferir as
invocações. (CB, n. 132)
Glória a Deus
Leituras
103
Se o sacerdote
celebrante for bispo, o
diácono poderá levar o
Evangeliário para que ele
possa abençoar o povo
traçando o sinal da cruz
com o livro.
O cerimoniário
auxiliar poderá acompanhar
os leitores, fazendo com
eles a inclinação profunda
ao altar antes de subir ao
presbitério. Deverá também
passar a página do
lecionário se a próxima
leitura estiver em página
seguinte. O primeiro
cerimoniário (mestre)
deverá atentar para a Proclamação do Evangelho pelo diácono
entrada do turíbulo e das velas
para a proclamação do Evangelho, enquanto que o auxiliar deverá recolher o
lecionário do ambão.
Homilia e Profissão de fé
Oração Universal
105
O cerimoniário poderá acompanhar a procissão, se for necessário.
• 178. Quando se usa incenso, [o diácono] serve o sacerdote na
incensação das oferendas, da cruz e do altar, e depois ele mesmo ou
o acólito incensa o sacerdote e o povo.
Oração Eucarística
O cerimoniário
deverá permanecer
próximo ao altar para
poder passar as
páginas do Missal e,
remover o microfone,
se este for usado
sobre o altar. No
entanto, não deve
colocar-se de forma a
impedir que os
concelebrantes se
aproximem do altar.
Deverá colocar-se
um pouco atrás. No momento da consagração todos estão ajoelhados, exceto o Papa
e os concelebrantes. O cerimoniário somente está em pé por
necessidade, o que não é o caso de nossa paróquia
Oração Dominical
107
Rito da paz
A frase do diácono, acima citada, poderá ser alterada por uma frase
semelhante (cf. Ordinário da Missa)
Benção final
109
ANEXO II
Uso do Turíbulo e da Naveta
1. MODO DE MANUSEAR
Proclamação do Evangelho
Ofertório
Consagração
111
ANEXO III
Uso da Mitra e do Báculo
1. RITOS INICIAIS
Procissão de entrada
Saudação do altar
Ao chegar frente ao presbitério faz-se a vênia. (idem, 130). (obs.: idem quer
dizer que é a mesma referência anterior)
Já no presbitério o bispo entrega o báculo e retira a mitra, entregando ao
baculífero e ao mitrífero, respectivamente. (idem, 131)
Então o bispo, presbíteros e diáconos fazem inclinação profunda e beijam o
altar. (idem, 131)
O bispo ainda sem a mitra e sem o báculo incensa o altar. Em seguida todos
se benzem com o sinal da cruz.
Ato penitencial
Sem mitra e sem báculo, o bispo convida os fieis para o ato penitencial e
por fim dá a absolvição.
Kyrie, eleison
Sem mitra e sem báculo, diz-se então o ‘Senhor, tende piedade de nós’,
exceto se ele foi incluído no ato penitencial. (cf. Instrução Geral do Missal Romano,
58).
Glória in excelsis
Oração colecta
2. LITURGIA DA PALAVRA
Primeira leitura
Salmo
Segunda Leitura
Aleluia/Aclamação ao Evangelho
Homilia
Profissão de fé
Oração universal
Sem mitra e sem báculo, o bispo convida os fieis para a oração universal.
3. LITURGIA EUCARÍSTICA
Se a preparação demorar bispo senta-se com a mitra até que o altar esteja
preparado com os dons. (idem, 145) Caso contrário, senta-se sem mitra. (idem, 60)
Após estar preparado o bispo vai até o altar, retira a mitra e profere as
formulas prescritas. (idem, 146)
Oração Eucarística
Sem mitra, sem báculo e sem solidéu o bispo recita a Oração Eucarística.
Rito de comunhão
113
Oração dominical
Rito da paz
Comunhão
Sem mitra, sem báculo e com solidéu o bispo recita a oração. (idem, 167)
4. RITOS FINAIS
Avisos se necessários
Sem mitra, sem báculo e com solidéu (idem, 168). Alguns bispos preferem
receber a mitra assim que se sentam.
Bênção
Saudação ao altar
ANEXO IV
Cerimonial da Semana Santa
1. DOMINGO DE RAMOS
115
2. MISSA DA CEIA DO SENHOR
Observe que até a homilia a única diferença é a presença dos sinos durante
o Glória. Em seguida, procede-se com a execução do lava-pés, no qual o sacerdote
celebrante lava, enxuga e beija dos pés de 12 pessoas.
O Lava-pés é um gesto que expressa a caridade que todos devem ter para
com os outros, pois se o Mestre nos lavou os pés, cabe a todos nós lavar os pés
uns dos outros, ajudar o irmão.
Prossegue-se assim:
• O sacerdote de pé na frente do altar impõe o incenso.
• O sacerdote ajoelhado na frente do altar incensa o Santíssimo
Sacramento.
• O sacerdote toma o cibório, fecha-o e o leva em procissão.
117
3. CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR
Na sexta-feira, dia em que "Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Cor
4, 7), a Igreja, com a meditação da paixão do seu Senhor e Esposo e adorando a
cruz, comemora o seu nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz, e
intercede pela salvação do mundo todo. (Paschalis Sollemnitatis, n. 58,
Congregação para o Culto Divino)
Neste dia não se celebra o Santo Sacrifício da Missa, mas a Eucaristia é
distribuída aos fiéis durante a celebração da paixão do Senhor, que ocorre depois
do meio-dia, especialmente pelas três horas da tarde. Este dia é dia de penitência,
sendo obrigatória a observação da abstinência e do jejum.
É proibido celebrar qualquer sacramento, exceto os da Penitência e da Unção
dos Enfermos. (Paschalis Sollemnitatis, n. 59, Congregação para o Culto Divino)
Antes da celebração o altar está desnudado, isto é, sem toalha, velas e cruz.
4. VÍGILIA PASCAL
Antes da Missa o altar estar coberto com a toalha e tendo sobre si as velas
e a cruz. As imagens devem estar descobertas.
Toda a Vigília seja celebrada à noite, de modo que comece depois do
escurecer e termine antes da aurora de domingo.
A liturgia se realiza em quatro partes: a liturgia da luz, liturgia da Palavra,
liturgia batismal e a liturgia Eucarística. Os paramentos desta Missa são da cor
branca.
5. DOMINGO DE PÁSCOA
(Missa do Dia)
121