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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


FACULDADE DE FARMÁCIA

Projeto do Hospital Oncológico Jacob Kligerman

BELÉM-PA
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE FARMÁCIA

Docente: Maria Lúcia Souza Siqueira

Discentes:
Amarilúcia Pequeno da Siva
Ana Tereza Carvalho
Érica dos Santos Sarges
Fernanda Gomes de Souza
Leandro Cordovil
Rafael Martins Boaventura
Thaís Luíza de A. C. Lima
Zilanda Reis

BELÉM-PA
2014
Introdução

O câncer é definido como uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada


pelo crescimento descontrolado das células. Sua prevenção tem tomado uma dimensão
importante no campo da ciência, uma vez que recentemente foi apontada como a
primeira causa de mortalidade no mundo. (Garófolo, Adriana Et al.)
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o número estimado para
2014/2015 é de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer no Brasil, incluindo os
casos de pele não melanoma, que é o tipo mais incidente para ambos os sexos (182 mil
casos novos), seguido de próstata (69 mil), mama feminina (75 mil), cólon e reto (33
mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). (11-resenha). Sem
considerar os casos de câncer de pele não melanoma estima-se 395 mil casos novos de
câncer, 204 mil para o sexo masculino e 190 mil para sexo feminino.
Segundos dados do INCA os tipos de câncer mais incidentes no Estado do Pará
entre os homens é o câncer de próstata, de estômago, do pulmão, do cólon/reto e das
leucemias e para as mulheres câncer do colo do útero, de mama, do estômago, do
cólon/reto e do pulmão.
O papel da prevenção do câncer nos níveis primário (promoção da saúde) e
secundário (detecção do surgimento da doença nos estágios iniciais) é fundamental para
que os índices de incidência e mortalidade por câncer no Brasil possam ser reduzidos. A
detecção precoce se baseia na seguinte premissa: quanto mais cedo diagnosticado o
câncer, maiores as chances de cura, a sobrevida e a qualidade de vida do paciente, além
de mais favoráveis a relação efetividade/custo. O objetivo é a detecção de lesões pré-
cancerígenas ou do câncer quando ainda localizado no órgão de origem, sem invasão de
tecidos vizinhos ou outras estruturas. (INCA)

O Hospital Regional Jacob Kligerman é referência no combate de câncer no


Norte do país, atendendo pacientes oriundos de diversos municípios do Pará e região. O
paciente com câncer recebe tratamento multiprofissional, bem como apoio aos
familiares e acompanhamento médico após a internação. Além disso, o HRJK
desenvolve programas de prevenção do câncer, envolvendo os funcionários, familiares e
acompanhantes de pacientes. São medidas que estão constantemente buscando
aperfeiçoar os serviços médicos com compromisso social e humanização.
Objetivo
Oferecer atendimento médico humanizado através de excelência em tratamento
dos 5 tipos de câncer com maior incidência em homens e mulheres no Estado do Pará,
entre outros serviços. Além disso, o HRJK executa um trabalho de ensino, pesquisa e
extensão como forma de qualificar profissionais e estabelecer apoio e incentivo à
pesquisa e produção científica no hospital.

Justificativa
O Estado do Pará conta com dois hospitais que prestam serviço oncológico, um
na cidade de Belém (Hospital Ofir Loyola) e outro em Santarém (Hospital Regional do
Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna). No entanto, a oferta de serviço especializado
em oncologia não acompanha a demanda do mesmo, visto que estudos apontam um
crescimento de 576 mil novos casos no Brasil em 2014. Portanto, faz-se necessário a
ampliação desse serviço com o objetivo de suprir essa demanda.

Localização: Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco, 1807– Guamá,


Belém-Pa, 66063-223.
Contatos: (91) 3232-5008 / 3567-6387

Organização do Hospital

O Hospital Oncológico Jacob Kligerman é referência no tratamento do câncer na


região Norte. Atendendo portadores da doença no âmbito do Sistema Único de Saúde e
convênios particulares. O hospital atua na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da
patologia, além de desenvolver pesquisa e informação epidemiológica. Seu corpo
clínico é altamente especializado e com profundo conhecimento científico. O Centro
possui uma estrutura totalmente planejada e equipada, além de avançadas tecnologias e
técnicas para o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Abaixo estão descritos a
disposição e organização dos serviços oncológicos disponíveis no Hospital.

 Quimioterapia:
O Serviço
É o tratamento realizado com a utilização de medicamentos cuja função é atuar
nas células dos tumores, destruindo-as e impedindo o seu crescimento e multiplicação.
Os medicamentos, em sua maioria, são aplicados via endovenosa, podendo também ser
administrado por via subcutânea, intramuscular, intravesical (dentro da bexiga),
intratecal, intracavitária (intrapleural e intraperitonial), via oral (comprimidos). A
indicação do tratamento vai depender do tipo de tumor, localização e estágio da doença.
Para cada tipo de tumor são usados protocolos ou combinações de drogas que podem ser
aplicadas semanal, quinzenal, mensal, por um período de tempo. Esta freqüência e
tempo de tratamento irão depender do tipo de câncer, dos objetivos do tratamento, das
drogas a serem usadas e como o organismo do paciente responde a elas.

A estrutura física
O Ambulatório de quimioterapia possui 3 salas de aplicação, perfazendo um
total de 25 poltronas confortáveis e reclináveis. Quarto com dois leitos e uma maca para
realização de procedimentos e quimioterapia quando o paciente necessita ficar deitado.
Quarto com 2 leitos para pacientes em cuidados paliativos e/ou que aguardam consulta
médica. 1 Quarto particular com um leito. 1 Sala de curativos. 1 Consultório de
enfermagem para ambulatório de consultas (pacientes novos que ingressam em
quimioterapia e pré-cirúrgicos Oncológicos) e ostomizados (Ostomia é a abertura de um
órgão por meio de ato cirúrgico, formando uma boca que passa a ter contato com o meio
externo para eliminações de dejetos, secreções, fezes e / ou urina. Pacientes portadores
de traqueostomia e os que usam catéters ou sondas, também são considerados
ostomizados) . 1 Consultório de enfermagem com aparelho de eletrocardiograma para
registro e atendimento de enfermagem aos pacientes de pesquisa clínica. Área restrita
para acesso interno, ou seja, somente médicos, colaboradores do setor e os pacientes que
serão tratados. Caso algum paciente necessitar de acompanhante nas salas de aplicação,
a enfermagem solicita na recepção do HRJK e este é encaminhado para a sala de
quimioterapia.

Equipe
A equipe de Quimioterapia é composta por 4 Médicos Oncologistas Clínicos, 2
Hematologistas, 1 Enfermeira especialista em enfermagem Cardiologia e Oncologia, 1
Enfermeira especialista em urgência e emergência, 1 Enfermeira especialista em terapia
intensiva e Oncologia, 1 Enfermeira especialista em docência para Técnicos e
Tecnólogo, 1 Enfermeira responsável pelo ambulatório consultas pré-operatório,
curativos pós-cirúrgicos, orientação do tratamento de quimioterapia e ambulatório de
ostomizados e 9 Técnicos de Enfermagem, 3 higienizadoras.

 Radioterapia:

O Serviço
A Radioterapia é um tratamento no qual se utilizam aplicações de radiações
ionizantes para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. Neste tratamento
é utilizado o Acelerador Linear de Elétrons (pele) e Fótons (interno) de 6MV. O
Tratamento é realizado de forma ambulatorial e a dose total programada para cada
patologia é fracionada em aplicações diárias.

A estrutura física
A estrutura física está composta por uma sala onde está instalado o Acelerador
Linear, uma sala para o comando do Acelerador Linear, de onde os técnicos de
radioterapia comandam o aparelho na aplicação de radiação nos pacientes; uma sala do
físico-médico e dosimetria, uma sala de procedimentos de enfermagem, um consultório
médico, um consultório de enfermagem, uma sala com a oficina para confecção de
acessórios de chumbo. Àrea restrita para acesso interno, ou seja, somente médicos,
colaboradores com dosímetro e o paciente que será tratado poderão circular.

Equipe
A equipe de Radioterapia é composta por 2 Médicos Radioterapêutas, 1 físico-
Médico, 1 Enfermeira Especialista em Oncologia, 2 Técnicos de Enfermagem, 1
Auxiliar de Enfermagem, 2 Recepcionistas, 8 Técnicos de Radioterapia, 1
Higienizadora.

 Pesquisa clínica:
O Serviço

O principal objetivo da Pesquisa Clínica em Oncologia é avaliar a segurança e a


eficácia das novas medicações que estão sendo estudadas para o tratamento do câncer.
Ou seja, busca encontrar o melhor caminho de tratar o câncer e, consequentemente,
ajudar as pessoas doentes. O grande diferencial para o paciente é poder utilizar uma
medicação "de ponta", de qualidade e que está amplamente monitorada.

A estrutura física
1 consultório médico, 1 sala para Coord. Estudos Clínicos, 1 sala para os
gerenciadores de dados, 1 sala de arquivo burocrático e estoque de kit´s para
laboratórios Centrais, 3 sala de monitoria técnica, 1 sala de recepção.

Equipe
A Equipe é composta por 1 Médico investigador principal, 5 Médicos sub-
investigadores, 2 Coordenadoras de Estudo 3 Gerenciadores de dados, 2 Auxiliares de
pesquisa clínica, 1 Higienizadora.

 Equipe multidisciplinar:

O Serviço

A equipe multidisciplinar do HRJK é formada por profissionais especializados


de diferentes áreas de atuação, que trabalham visando um objetivo comum em prol do
benefício ao paciente. Cada profissional atua em sua área específica com autonomia e
de forma integrada para a melhor assistência ao paciente que se encontra em tratamento
oncológico.

A Estrutura Física
O HRJK possui 05 consultórios exclusivos para atendimento multidisciplinar e
dispõe de uma clínica de fisioterapia equipada conforme normas de regulamentação
apropriadas para o atendimento do paciente oncológico.

Equipe
A equipe Multidissiplinar é composta por 1 Nutricionista(9h), 2 Assistente
Social (6h), 2 Fisioterapeutas(8h), 1 Psicóloga(8h), 2 Enfermeiras (9h), 4 Enfermeira
(6h) e 3 Farmacêuticas (9h).

 Ambulatório:

O Serviço

O ambulatório de consultas Oncológicas tem como finalidade atender a


demandas de primeira consulta para ingresso de pacientes novos com diagnóstico
definitivo, ambulatório de Especialidade Médicas (2005, portaria 741) para diagnóstico
investigativo e consultas follow-up (de acompanhamento) dos pacientes que se
encontram em tratamento Oncológico.

A estrutura física
Contamos com 5 consultórios médicos para atendimento das consultas
Oncológicas, com dias e horários específicos por especialidades médicas.

Equipe
Contamos com as seguintes especialidades médicas: 1 Médico Radioterapeuta, 1
Neurologista, 2 Hematologistas, 4 Oncologistas Clínicos,1 proctologista, 2 Cirurgiões
Gerais, 2 Ginecologistas, 1 Clínico geral, 1 Urologista, 2 Mastologistas 4
Traumatologistas, 1 Oftalmologista, 1 Pneumologista, 1 Médico Especialista da Dor, 1
Cirurgião Cabeça e Pescoço e 1 Cirurgião Plástico para cirurgia de reparadora, bem
como com 5 Auxiliares de Escritório Recepcionistas, 1 Encarregado Administrativo, 1
Coordenadora Administrativa, 1 Mensageiro, 1 Registrador oncológico, 2 Faturistas e 2
Higienizadoras.
 Farmácia:

O Serviço

A farmácia da Quimioterapia destina-se a receber, armazenar, dispensar e


preparar os farmácos quimioterápicos.
A farmácia da Pesquisa Clínica destina-se a armazenar os produtos
investigacionais, controlar seu fluxo, calcular as doses dos medicamentos, manipular,
dispensar aos pacientes e orientá-los sobre a medicação.

A Estrutura Física

1 Sala de diluição de quimioterápicos, 1 sala de higienização e 1 sala de


vestiário, 1 sala de armazenagem e dispensação de quimioterápicos

Equipe:

A equipa da Farmácia da Quimioterapia conta com 3 Farmacêuticas, 5


Auxiliares de Farmácia, sendo 1 Farmacêutica exclusiva para a pesquisa clínica.

Farmácia da Quimioterapia: Nesta farmácia é realizado o recebimento de


medicamentos e materiais de enfermagem de uso da Quimioterapia, Radioterapia, Sala
de Curativos, Cuidados Paliativos e Ambulatório de ostomias (Ostomia é a abertura de
um órgão por meio de ato cirúrgico, formando uma boca que passa a ter contato com o
meio externo para eliminações de dejetos, secreções, fezes e / ou urina. Pacientes
portadores de traqueostomia e os que usam catéters ou sondas, também são
considerados ostomizados). Os pacientes que fazem uso de medicação via oral recebem
sua medicação e orientações junto a farmácia da quimioterapia, e os pacientes que
fazem infusão de medicamentos quimioterápicos esses são preparados na central de
diluição (capela de fluxo laminar) de quimioterápicos junto à farmácia de quimioterapia
e encaminhados para enfermagem administrar.

Farmácia da Pesquisa Clínica: Os pacientes que fazem uso de medicação via oral
recebem sua medicação e orientações junto a farmácia, e os pacientes que fazem infusão
de medicamentos são orientados no momento da aplicação da medicação.
Preferencialmente, destina-se o turno da manhã para os recebimentos de medicação e
cálculo das doses, e o turno da tarde para manipulação e dispensação de medicamentos.
Todos os processos devem ser descritos pelas farmacêuticas nas pastas dos estudos e
nos prontuários dos pacientes.

COMISSÕES

Além dos serviços aos pacientes o HRJK conta com comissões institucionais
que executam um trabalho de ensino, pesquisa e extensão como forma de qualificar
profissionais e estabelecer apoio e incentivo à pesquisa e produção científica no
hospital.

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

Esta comissão terá a responsabilidade de promover ações para o uso racional de


antimicrobianos através de uma revisão da padronização do elenco de medicamentos da
categoria; elaborar protocolos clínicos para o tratamento de infecções; produzir
relatórios com o perfil de utilização, da demanda e custo dos tratamentos;
monitoramento de pacientes em uso de antibióticos (fichas de controle); e definição de
critérios para a seleção e aquisição de desinfetantes, antissépticos, saneantes, produtos
para saúde e medicamentos.

Comissão de Ética e Pesquisa Clínica (CEP)

Esta comissão avaliará a pesquisa clínica e a aprovação de inclusão de projetos


de pesquisa no hospital. A estrutura da Comissão adequara-se às Diretrizes e Normas de
Pesquisa em Seres Humanos do Conselho Nacional de Saúde (item VII da Resolução
196/96) e nas diretrizes do CONEP (Comitê Nacional de Ensino e Pesquisa). A sua
composição deverá ser multiprofissional, contando com médicos, enfermeiros,
farmacêuticos, epidemiologista, advogado, atuando de forma transdisciplinar. A
Comissão reunira-se mensalmente.
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)

Esta deverá padronizar medicamentos, observando os fatores interferentes


ligados à pesquisa de novos fármacos, política de aquisição de medicamentos e
incorporação de novas tecnologias, etc. A equipe multidisciplinar realizará o
acompanhamento do uso destes produtos, avaliará estudos clínicos realizados, executará
análise de amostras utilizando parâmetros diversos, verificação de laboratório.

Organograma

Número de leitos: O Hospital Regional Jacob Kligerman dispõe de um total de 180


leitos, distribuídos em Cirúrgicos e Clínicos, nas seguintes especialidades:

Cirurgia cardíaca e Torácica Ginecologia

Clínica cirúrgica Hematologia

Clínica médica Coloproctologista


Cirurgia reparadora Pneumologistas clínicos

Cuidados paliativos oncológico Urologia

Mastologia

Área física da farmácia:

Organização da Farmácia Hospitalar


A farmácia na Estrutura Organizacional Hospitalar:

A Farmácia Hospitalar e de serviços de saúde é caracterizada como uma unidade


clínica e administrativa devendo ser contemplada no organograma, subordinada
diretamente à diretoria clinica ou geral da instituição. (SBRAFH, 2008).

Estrutura Física - Farmácia de manipulação de antineoplásico.

De acordo com as exigências da RDC220/04 a sala de preparo dos


antineoplásicos do HRJK contém:
 Área destinada à paramentação: provida de lavatório para
higienização das mãos;
 Sala exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com
área mínima de 5 (cinco) m2 por cabine de segurança biológica;
 Cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2;
 Área de armazenamento exclusiva para medicamentos da TA.
 Sala de paramentação com câmaras fechadas, preferencialmente
com dois ambientes (barreira sujo/ limpo) para troca de roupa;
 Sala para limpeza e higienização de medicamentos classe ISO 8
(100.000 partículas/ pé cúbico de ar) contígua à sala de manipulação;
 Sala destinada à manipulação, independente e exclusiva, em área
ISO Classe 7 e cabine de segurança biológica ISO Classe 5.
 Pressão negativa em relação às salas adjacentes.

Farmacovigilância Hospitalar:

Estabelecendo um programa de Farmacovigilância no Hospital “HRJ”.

O farmacêutico hospitalar tem o principal papel de desenvolver atividades que


favorecem a sua participação ativa nos programas de farmacovilângia, podendo,
apresentasse como responsável pela sua implementação no hospital, a equipe pode ser
formada por médicos, enfermeiros e principalmente pelo farmacêutico. Um comitê
assessor com especialistas de várias aéreas pode ser necessário para auxiliar a avaliação
e interpretação dos casos suspeitos, neste contexto, a participação deste na área de
famacovigilância, tem colaborado muito com a detecção em identificação de reações
adversas, de fatores de riscos para o desenvolvimento destas, além dele propor medidas
de intervenção e prevenção, visto que a reações adversas a medicamentos são algumas
das causas de internação, onerando os custos da intuição.
A estrutura interna de operação de um serviço de farmacovigilância é simples e
pouco onerosa, segundo Sbrafh (2007), recomenda que se tenha, no mínimo, uma área
de 6m². Nessa área, do HRJK estão organizados os arquivos, livros para consulta,
computador com impressora e mesa de apoio. Uma linha telefônica para os contatos.

9- Farmacêutico Oncológico:

Conforme Andrade (2009), suas atribuições excedem a simples dispensação


da prescrição médica, ou ainda a manipulação propriamente dita, uma vez que, sua
atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica, inclusive sua
participação em diversas comissões (Terapêutica, Infecção Hospitalar e Biossegurança),
na qual formada por uma equipe multiprofissional, constituída além de farmacêutico,
por médicos, enfermeiros, psicólogos, que se reúnem para tomar as melhores decisões
possíveis, para melhorar e garantir assistência ao paciente oncológico.
Ele é responsável pela análise técnica da prescrição médica. É
responsabilidade de o farmacêutico intervir e alertar o médico quanto às interações de
drogas, dosagens, alterações de exames laboratoriais, além de alinhar com o enfermeiro
o melhor horário de administração, se necessário, garantindo a segurança do paciente.
Além disso, o profissional da farmácia também faz a orientação de alta, tirando dúvidas
que o paciente pode ter em relação aos medicamentos e como devem ser utilizados em
casa.
Para Gomes e Reis (2001), o farmacêutico, ao receber uma prescrição médica
para a preparação de medicamentos antineoplásicos, deve se certificar de que todas as
informações estão claras e de acordo com a superfície corporal do paciente, devendo
assim, as doses serem cuidadosamente avaliadas devido às características citotóxicas
destes fármacos.
A manipulação dos fármacos também é algo importante, na qual se deve
prestar muita atenção, pois interferem na saúde de todos os profissionais que entram em
contato com estas, desde o manipulador até o pessoal responsável pela coleta dos
resíduos (BALEIRA et al, 2014). A eliminação deve ser realizada em containeres e
sacos especiais de cor diferentes com o logotipo que indica perigo, material de risco. O
projeto propõe que sejam realizadas licitações com no mínimo três empresas
terceirizadas, que realizem esse tipo de serviço.

Padronização de medicamentos

Medicamentos são cruciais na assistência a saúde sendo considerados


ferramentas onde os profissionais da saúde tem capacidade de modificar o curso natural
da doença, prevenir ou diagnosticá-la. Logo, é evidente que medicamentos também são
uma das principais formas de avaliação da conduta dos profissionais de saúde
relacionado às habilidades, conhecimentos e valores éticos. (FONSÊCA, 2014)
Dados da ANVISA do ano de 2009 estipularam que no mercado brasileiro
existiam cerca de 2.034 medicamentos de referência sendo comercializados. É um
desafio enorme realizar a gerencia na farmácia hospitalar levando em conta uma gama
de produtos disponíveis aos profissionais médicos, tendo como meta reduzir custos e
promover uma assistência à saúde de qualidade. Com esse preceito surge a Comissão de
Farmácia e Terapêutica (FONSÊCA, 2014; GONÇALVES, Antonio; NOVAES, Mario;
SIMONETTI, Vera, 2006)
A Comissão de Farmácia e Terapêutica tem como objetivos a elaboração da
padronização de medicamentos disponíveis para uso no hospital, e avaliação das
solicitações de medicamentos não padronizados para uso esporádico, inclusões e
exclusões de medicamentos relacionados a padronização tomando como critérios pré-
estabelecidos; promoção do uso racional de medicamentos; controlar e gerenciar o
estoque, evitando faltas de medicamentos essenciais; evitar o assédio da indústria
farmacêutica que, altera um simples radical na estrutura do fármaco, sem aumento da
eficácia terapêutica, mudando o nome do medicamento e elevando o preço; avaliar
custo/benefício. (CFT/HRD, 2012)
Os estoques são considerados vitais quando o objetivo é a redução de custos, em
virtude a sua relevância no ciclo operacional das organizações. O que rege os estoques
são as demandas e ressuprimentos, com flutuações significativas e alto grau de
incertezas. Isso proporciona um grande impacto nas finanças do hospital, já que
medicamentos e materiais são itens que representam financeiramente alto percentuais do
que se consome em um hospital. É observado que variáveis como a quantidade de
medicamentos armazenados e o tempo de permanência nos estoques estão entre os
responsáveis diretos pelo aumento de custo dos produtos abrigados nas farmácias
hospitalares (GONÇALVES, Antonio; NOVAES, Mario; SIMONETTI, Vera, 2006)
A seleção é o primeiro passo para estabelecer a padronização de medicamentos e
a atividade mais importante da Assistência Farmacêutica. Esta seleção é baseada em
critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos estabelecido pela Comissão de
Farmácia e Terapêutica, envolvendo uma participação multiprofissional de
especialidades médicas, farmacêuticos e enfermeiros. (FONSÊCA, 2014)
Segundo a International Organization for Standardization (ISO) racionalizar
custos com medicamentos implica em seguir normalizações técnicas que regulamentam
o processo de formulação e aplicação de regras para o tratamento ordenado de uma
atividade específica. A partir deste preceito que a padronização de medicamentos
mostra-se importante para a viabilidade de uma instituição de saúde, padronizar
significa escolher, dentre uma relação de produtos e de acordo com determinadas
especificações, aqueles que atendem às necessidades de cobertura terapêutica da
população-alvo que se deseja tratar. Os objetivos dessa padronização são a redução dos
custos de aquisição de medicamentos, facilitação dos processos de compras, melhorar as
interações com os fornecedores dos medicamentos, diminuição dos custos de
manutenção dos produtos em estoques (evitando perdas por prazo expirado e
acumulação), facilidade dos procedimentos de armazenagem/manuseio dos
medicamentos e estabelecer uma conduta terapêutica adequada aos prescritores.
(GONÇALVES, Antonio; NOVAES, Mario; SIMONETTI, Vera, 2006)

Indicadores estabelecidos para o Hospital Oncológico Jacob Kligerman referência


em câncer

A padronização de medicamentos necessita de critérios para sua seleção, estes


podem ser estabelecidos por indicadores. A reformulação da padronização do Hospital
Oncológico Jacob Kligerman é realizada a cada ano, usam-se indicadores estatísticos
do período estipulado. Podem ser utilizados os seguintes indicadores no processo de
seleção da padronização desta instituição:
1. Indicadores de custo: relacionam os custos de medicamentos abrigados na farmácia
representam no orçamento do hospital.

1.1. Nível de estoque: representam o número de itens depositados em estoque.


Geralmente, após o estabelecimento de uma padronização criteriosa a tendência é a
diminuição de itens em até 30%.

1.2. Valor do estoque: indica o valor dos produtos em estoque, sendo representado pelo
valor unitário de cada produto multiplicado pelo número de unidades da mesma espécie.
É esperada uma redução significativa no valor total de até 50%. Em consequência, o
valor poupado pode ser direcionado e investido a outros setores do hospital, melhorando
a assistência à saúde.

2. Indicadores de qualidade:

2.1. Taxa de atendimentos: é o número de prescrições corretamente atendidas pela


farmácia. A elevação deste indicador significa que estão sendo atendidas as
necessidades de cobertura terapêutica da população-alvo.

2.2. Tempo de inventário: é o tempo de trabalho direcionado para fazer o inventário dos
produtos em estoque. O período pré-padronização de 21 horas dispendidas para
realização do inventário, poderá sofrer uma queda em até 50% na realização desta
atividade.

2.3. Número de reações adversas a medicamento: são os números de reações adversas


relatadas na terapêutica dos pacientes por cada medicamento do estoque. Uma melhor
seleção de medicamentos com menor ocorrência de RAM’s e comprovadamente mais
seguros garante maior segurança ao paciente e menor custo ao hospital em controlar
estas reações indesejadas.

2.4. Número de perdas por prazo de validade vencido: relacionado com o indicador de
nível de estoque, é um indicador essencial capaz de revelar quais medicamentos não
estão sendo prescritos pelos médicos e os custos que estas perdas refletem no orçamento
do hospital. O ideal é reduzir em até 80% as perdas por prazo de validade.

Esses indicadores precisam estar disponíveis a Comissão de Farmácia e


Terapêutica do hospital para analise trimestral para avaliação da evolução administrativa
oriunda da lista padronizada de medicamentos.
Métodos de análise qualitativa devem ser empregados na seleção objetivando
demonstrar e comparar características farmacológicas e terapêuticas dos medicamentos,
alguns critérios abaixo devem ser aplicados de maneira hierarquizada (MARIN, 2003):
1. Eficácia e segurança comprovadas, registradas em literatura científica fidedigna, onde
tenham sido realizados ensaios clínicos controlados com adequado delineamento
experimental e relevância clínica, dentro do paradigma da prática baseada em
evidências

2. Menor custo por tratamento

3. Farmacocinética mais favorável

4. Facilidade de administração e maior comodidade para o paciente

5. Disponibilidade no mercado

6. Indicação para mais de uma enfermidade

7. Maior estabilidade e facilidade de armazenagem


8. Medicamentos com um único princípio ativo (monofármacos), exceto quando a
análise de custo-efetividade indicar uma significativa superioridade da associação sobre
o uso dos fármacos isolados.

Inclusão ou exclusão de medicamentos na lista padronizada do hospital

Os profissionais do corpo clínico do hospital poderão pleitear a inclusão ou


exclusão de medicamentos desde que encaminhem solicitação A Comissão de Farmácia
e Terapêutica do hospital por escrito, obedecendo aos critérios abaixo (CFT/HAJ, 2012):
Em caso de inclusão de medicamentos;
1. Nome do princípio ativo.

2. Apresentação, dosagem, indicação e posologia.

3. Consideração sobre ação terapêutica e uso clínico.

4. Justificativa do motivo da escolha do princípio ativo sugerido em relação a outro


similar ou substituto, Já incluído na padronização.

5. Previsão de consumo para um período determinado.

6. Custo do produto.

7. Data, assinatura e carimbo do responsável pela solicitação.

Em caso de exclusão de medicamentos:

1. Nome do medicamento padronizado pelo Hospital, recomendado para exclusão.

2. Justificava da solicitação (Ex.: toxicidade e ineficácia).

3. Nome do medicamento recomendado para substituição e justificativa de sua


recomendação

4. Data, assinatura e carimbo do responsável pela solicitação.

- Após, atender os seguintes critérios de inclusão ou exclusão, é necessário protocolar a


solicitação na Secretaria de Comissões.

- Depois de protocolado, a comissão terá um prazo de 30 dias para iniciar o julgamento


da solicitação
Em caso de evento esporádico onde o médico prescritor necessitar prescrever
algum medicamento não padronizado, deverá fazer à solicitação da compra a farmácia,
utilizando impresso próprio com a justificativa da necessidade e impossibilidade de
substituí-lo por outro já padronizado. Por fim, o pedido deverá ser assinado pelo médico
prescritor e encaminhado a Comissão de Farmácia e Terapêutica. (CFT/HAJ, 2012)
Lista de medicamentos padronizados do hospital jacob kligerman referência em
oncologia

ABREVIATURAS

AMP. – AMPOLA

CAPS. – CÁPSULA

COMP. – COMPRIMIDO

DRAG. – DRÁGEA

F/A – FRASCO/AMPOLA

FR. – FRASCO

IM – INTRAMUSCULAR

EV – ENDOVENOSO

Sl. – SUBLINGUAL

SOL – SOLUÇÃO

SOL. INJ. – SOLUÇÃO INJETÁVEL

SUP. – SUPOSITÓRIO

SUSP. – SUSPENSÃO

XPE. – XAROPE

CLASSIFICAÇÃO TERAPÊUTICA

29.28 Dactinomicina Inj. F/A – 500 mg


29.29 Daunorrubicina Inj. F/A – 20 mg

29.30 Docetaxel Inj. F/A – 20 mg

29.31 Docetaxel Inj. F/A – 80 mg

29.32 Doxorrubicina Inj. F/A – 50 mg

29.33 Epirrubicina Inj. F/A – 50 mg

29.34 Etoposido Inj. F/A – 100 mg

29.35 Etoposido Caps. – 50 mg

29.36 Exemestano Comp. – 25 mg

29.37 Fludarabina Inj. F/A – 50 mg

29.38 Flourouracil Inj. Amp. – 250 mg

29.39 Flourouracil Inj. Amp. – 500 mg

29.40 Flutamida Comp. – 250 mg

29.41 Fulvestranto Inj. IM Amp. – 500 mg

29.42 Gemcitabina Inj. F/A – 1g

29.43 Gemcitabina Inj. F/A – 200 mg

29.44 Goserelina Inj. Amp. – 10,8 mg

29.45 Goserelina Inj. Amp. – 3,6 mg

29.46 Hidroxiuréia Caps. – 500 mg

29.47 Ifosfamida Inj. F/A – 1 g

29.48 Ifosfamida Inj. F/A – 2 g

29.49 Ifosfamida Inj. F/A – 500 mg

29.50 Irinotecano Inj. F/A – 100 mg

29.51 Irinotecano Inj. F/A – 40 mg

29.52 L-asparaginase Inj. F/A – 10.000 UI

29.53 Letrozol Comp. – 2,5 mg

29.54 Lomustina Caps. – 40 mg

29.55 Megestrol Comp. – 160 mg

29.56 Melfalano Comp. – 2 mg


29.57 Melfalano Inj. F/A – 50 mg

29.58 Mercaptopurina Comp – 50 mg

29.59 Mesilato de imatinibe Comp – 400 mg

29.60 Mesilato de imatinibe Comp – 100 mg

29.61 Mesna Comp – 400 mg

29.62 Mesna Inj. F/A – 400 mg

29.63 Metotrexate Comp. – 2,5 mg

29.64 Metotrexate Inj. F/A – 50 mg

29.65 Metotrexate Inj. Pó p/ inalação - F/A –


50 mg

29.66 Metotrexate Inj. F/A – 500 mg

29.67 Metotrexate Inj. F/A – 1 g

29.68 Mitomicina C Inj. F/A – 5 mg

29.69 Mitotano Comp. – 500 mg

29.70 Mitoxantrona Inj. F/A – 20 mg

29.71 Nilotinibe Caps. – 200 mg

29.72 Oxaliplatina Inj. F/A – 50 mg

29.73 Oxaliplatina Inj. F/A – 100 mg

29.74 Pactitaxel Inj. F/A – 100 mg

29.75 Pactitaxel Inj. F/A – 150 mg

29.76 Pactitaxel Inj. F/A – 30 mg

29.77 Pactitaxel Inj. F/A – 300 mg

29.78 Pamidronato dissódico Inj. F/A – 30 mg

29.79 Pamidronato dissódico Inj. F/A – 60 mg

29.80 Pamidronato dissódico Inj. F/A – 90 mg

29.81 Procarbazina Caps. – 50 mg

29.82 Raltitrexato Pó Inj. F/A – 2 mg

29.83 Tamoxifeno Comp. – 20 mg


29.84 Temozolomida Caps. – 100 mg

29.85 Temozolomida Caps. – 20 mg

29.86 Temozolomida Caps. – 250 mg

29.87 Teniposido Inj. F/A – 50 mg

29.88 Tioguanina Comp. – 40 mg

29.89 Topotecano Inj. F/A – 4 mg

29.90 Vimblastina Inj. F/A – 10 mg

29.91 Vincristina Inj. F/A – 1 mg

29.92 Vinorelbina Inj. F/A – 50 mg

29.93 Vinorelbina Inj. F/A – 20 mg

29.94 Vinorelbina Inj. F/A – 30 mg

GRUPO: 30 ANTIPARASITÁRIOS

30.1 Albendazol Comp. – 400 mg

30.2 Albendazol Susp. Oral Fr – 40 mg/ml

30.3 Metronidazol Comp. – 250 mg

30.4 Metronidazol Susp. Oral Fr. – 40 mg/ml

GRUPO: 31 ANTIRREUMÁTICOS

31.1 Alopurinol Comp. – 100 mg

31.2 Alopurinol Comp. – 300 mg

GRUPO: 32 ANTITUSSÍGENOS

32.1 Fendizoato de cloperastina Xpe. Fr. – 3.54mg/ml

GRUPO: 33 BRONCODILATADORES/MUCOLÍTICOS

33.1 Aminofilina Comp. – 100 mg


33.2 Aminofilina Inj. – 240 mg

33.3 Brometo de ipratrópio Aerossol oral – 0,02


mg/dose

33.4 Fenoterol Aerossol, Fr. – 100


mcg/dose

33.5 Salbutamol Sol. Inalante – 6 mg/mL

33.6 Bromexina Xpe. Fr. – 4 mg/ 5ml

GRUPO: 34 CARDIOTÔNICOS

34.1 Digoxina Comp. – 0,25 mg

34.2 Digoxina Sol. Oral Fr. – 0,05 mg/ml

GRUPO: 35 DIURÉTICOS

35.1 Espironolactona Comp. – 100 mg

35.2 Furosemida Comp. – 40 mg

35.3 Furosemida Sol. Inj. – 10 mg/ml

GRUPO: 36 ESTIMULANTES HEMATOPOIÉTICOS

36.1 Filgrastina Inj. F/A – 300 mg

GRUPO: 37 EXPANSORES DO VOLUME SANGUINEO

37.1 Albumina humana F/A – 20%

GRUPO: 38 HIPNÓTICOS E SEDATIVOS

38.1 Etomidato Inj. – 20 mg

38.2 Midazolam Comp. – 15 mg

38.3 Midazolam Inj. – 15 mg


38.4 Midazolam Inj. – 5 mg

38.5 Midazolam Inj. – 50 mg

GRUPO: 39 HORMÔNIOS CORTICOSTERÓIDES

39.1 Dexametasona Inj. F/A – 10 mg

39.2 Dexametasona Comp. 4 mg

39.3 Hidrocortisona Inj. F/A 500 mg

39.4 Metilpredinisona Inj. F/A 500 mg

39.5 Prednisona Comp. 20 mg

GRUPO: 40 IMUNOTERÁPICOS, VACINAS, IMUNOSSUPRESSORES

40.1 Ciclosporina Inj. – 50 mg/ml

40.2 Interferon Inj. – 10 milhões UI

40.3 Interferon Inj. – 3 milhões UI

40.4 Interferon Inj. – 5 milhões UI

40.5 Vacina onco BCG liofilizada Inj. 40 mg

GRUPO: 41 LAXANTES, ANTIFISÉTICOS

41.1 Dimeticona Sol. Oral Fr. – 75 mg/ml

41.2 Glicerina 2,68g Sup. Adulto 2,92g

41.3 Glicerina 1,44g Sup. Infantil 1,57g

41.4 Lactulose Xpe. – 667 mg/ml

41.5 Óleo mineral Oral Fr. 100 ml

GRUPO: 42 NEUROLÉPTICOS

Clorpromazina Comp. – 25 mg
Clorpromazina Inj. – 5 mg/ml

Clorpromazina Sol. Oral – 40 mg/ml

Haloperidol Comp. – 5 mg

Haloperidol Inj. – 5 mg/ml

Haloperidol Sol. Oral – 2 mg/ml

Levomepromazina Sol. Oral Fr. – 40 mg/ml

GRUPO: 43 OFTALMOLÓGICOS TÓPICOS

43.1 Cloranfenicol Colírio Fr. 5 ml – 4 mg/ml

43.2 Dexametasona Colírio Fr. 5 ml – 0,1%

43.3 Proximetacaína Colírio Fr. – 0,5%

43.4 Vitamina A + aminoácidos + Pomada


cloranfenicol

GRUPO: 44 PROTETOR HEPÁTICO

44.1 Ácido ursodesoxicólico Comp. 150 mg

GRUPO: 45 RELAXANTES MUSCULAR PERIFÉRICOS

45.1 Atracurium Inj. – 50 mg

45.2 Cloridrato de clonidina Inj.- 150 mcg

45.3 Pancurônio Inj. – 4 mg

45.4 Succinilcolina Inj. F/A – 100 mg

GRUPO: 46 REP. HIDROELETROLÍTICOS E VITAMINAS

46.1 Água bidestilada Inj. – 10 ml

46.2 Aminoácidos 10% - 1000 ml

46.3 Bolsa com água bidestilada 500 ml

46.4 Frasco com água bidestilada 1000 ml


46.5 Bicarbonato de sódio Inj. – 8,4% 10 ml

46.6 Bicarbonato de sódio Fr. 250 ml

46.7 Bolsa de água estéril 3000 ml

46.8 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 100 ml

46.9 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 1000 ml

46.10 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 250 ml

46.11 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 50 ml

46.12 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 500 ml

46.13 Bolsa sol. Fisiológica flexível 0,9% - 500 ml


Soluflex

46.14 Bolsa sol. Glicosada flexível 10% - 500 ml

46.15 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 100 ml

46.16 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 1000 ml

46.17 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 250 ml

46.18 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 50 ml

46.19 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 500 ml

46.20 Bolsa sol. Glicosada flexível 5% - 1000 ml

46.21 Bolsa ringer lactato 500 ml

46.22 Bolsa ringer simples 500 ml

46.23 Cloreto de potássio Inj. 10 ml – 15%

46.24 Cloreto de potássio Sol. Oral Fr. – 6%

46.25 Cloreto de sódio Inj. 10 ml – 20%

46.26 Dieta Parenteral Inj. 1000 ml

46.27 Fosfato ácido potássio Inj. 10 ml – 2 meq/ml

46.28 Glicose Inj. 10 ml – 25%

46.29 Glicose Inj. 20 ml – 50%

46.30 Gluconato de cálcio Inj. – 10%

46.31 Lipídios Inj. – 10%


46.32 Oligoelementos Inj. Amp – 4 ml

46.33 Solução fisiológica 0,9% Amp. - 20 ml

46.34 Polivitamínico Frutovitan 10 ml

46.35 Solução para diálise peritoneal 1000 ml – 1,5%

46.36 Sulfato de magnésio Inj. Amp. 10 ml – 10%

46.37 Vitamina C com complexo B + frutose Inj. Amp. – 10 ml

46.38 Vitamina C Inj. Amp. – 5 ml

GRUPO: 47 VASOCONSTRITORES, HIPERTENSORES

Adrenalina Inj. – 1 mg

Dobutamina Inj. – 250 mg

Dopamina Inj. – 50 mg

Efedrina Inj. – 50 mg/ml

Etilefedrina Inj. – 10 mg/ml

Noradrenalina Inj. – 4 mg

Fonte: Guia Farmacoterapêutico CFT/HAJ – Associação de Combate ao Câncer em


Goiás (Modificado)

11- Implantação e desenvolvimentos de centro de informação sobre medicamentos


no Hospital HRJK, como estratégia para melhorar a Farmacoterapia:

Cento de Informações sobre Medicamentos - CIM

Para Gomes e Reis (2011) o amplo emprego dos medicamentos, os altos custos
que estes representam na assistência à saúde e principalmente a elevada incidência de
morbimortalidade atribuída aos medicamentos, a possibilidade de que boa parte possa
ser prevenida ou amenizada a partir da difusão e do uso de informação e de uma
assistência farmacêutica de qualidade, dessa forma se torna cada vez mais desafiante
praticar o uso racional de medicamentos na saúde pública, ainda mais quando se leva
em consideração que no hospital de referência para no combate ao câncer de mama, se
faz necessário a utilização de medicamentos capazes de curar e dar melhor qualidade de
vida para os que precisam, mas sobretudo, ele inevitavelmente são responsáveis por
uma gama de reações adversas e efeitos adversos que se não forem tomados os cuidados
necessários, poderão causar muito mais problemas ao paciente do que ser uma
alternativa de tratamento para a doença.

É nesse sentido que, o uso racional de medicamentos e a aplicação dos


conhecimentos adquiridos através de décadas de pesquisas sobre medicamentos se
tornam cada vez mais indispensáveis no combate às doenças pelas quais o Hospital de
referência tem obrigação de tratar. Logo, mesmo com um acúmulo de conhecimento, se
este não for bem escolhido e difundido com eficiência, tais conhecimentos não ajudarão
os profissionais de saúde (principalmente o médico e o farmacêutico) a pregar o uso
racional de medicamentos (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

São muitos os problemas e deficiências que podem existir no hospital de


referência, problemas estes que vão desde sistemas de distribuição e administração de
medicamentos; preparação inadequada do produto pelo uso indevido da informação
correta, informação inadequada do médico prescritor, desconhecimento sobre a
farmacocinética do fármaco e por fim falta de interesse e preocupação no que se refere
ao conhecimento e à notificação de reações adversas aos medicamentos. É importante
ressaltar que não é a falta de informações, mas a dificuldade de acesso e de uso da
mesma. No Brasil isso é ainda mais grave, pois as informações adequadas não se
encontram disponíveis assim tão facilmente, pois são altos os custos que envolvem a
aquisição e a manutenção da mesma (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Para evitar a ocorrência de erros dos mais simples aos mais graves no ambiente
hospitalar, se faz necessária a formação de farmacêuticos clinicamente treinados como
disseminadores de informação sobre medicamentos. E para de fato proporcionar um
acesso de qualidade e aprendizado atualizado sobre os principais conhecimentos dos
medicamentos (em suma os farmacêuticos obtêm a formação mais abrangente) para que
de fato a partir daí possam corrigir os erros citados acima e proporcionar o uso racional
dos medicamentos, é de extrema importância a implantação de um centro de informação
sobre medicamentos (CIM). Pois este é uma alternativa para facilitar o acesso e a
disponibilidade da informação, diminuindo os custos hospitalares. Atualmente, se
considera imperioso que tanto a equipe de saúde quanto os pacientes de um hospital
devam contar com informação objetiva e independente sobre medicamentos, o que pode
ser feito através de um Centro de Informação sobre Medicamento (GOMES; REIS,
2011, p.311-321).

A organização Mundial de Saúde (OMS) propôs a adoção de política Nacional


de Medicamentos e, nela, o papel da informação sobre medicamentos como componente
fundamental para promoção do seu uso racional. Assim, surge a Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME) e a publicação de um Formulário Terapêutico
Nacional (FTN), que contempla os medicamentos listados na Rename, é um
instrumento importante para a orientação da prescrição e dispensação de medicamentos
essenciais (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Através das medidas adotadas acima, contribuiu-se para a melhor estruturação


do CIM, pois as informações sobre medicamentos atual, imparcial e imune de pressões
políticas e econômicas, fornece aos profissionais da saúde subsídio seguro para que
possam realizar uma avaliação crítica durante a escolha, prescrição, dispensação e
administração dos medicamentos. Um medicamento deve ser acompanhado da
informação apropriada. A qualidade desta é tão importante quanto a qualidade do
produto farmacêutico pois, assim como a promoção dos medicamentos, pode influenciar
em grande medida a forma como em que os mesmos são utilizados. O monitoramento e
o controle destas atividades são partes essenciais de uma política nacional de
medicamentos (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Em um meio hospitalar, a estruturação de um CIM deve apoiar as práticas


clínicas dos profissionais de saúde relativas à farmacoterapia. O CIM deve estar
integrado aos serviços clínicos e adequadamente estruturado em termos de capacitação
do pessoal, instalações e recursos financeiros e materiais. O CIM e uma alternativa para
facilitar o acesso e a disponibilidade da informação, diminuindo os custos hospitalares
pela racionalização do uso dos medicamentos, por exemplo, por evitar o prolongamento
de internações devido a RAM e erros de medicação. Estudo norte-americano concluiu
que a redução de custos pelo uso de informação apropriada, provida por CIM hospitalar
e utilizada pelos profissionais, supera os custos de manutenção do CIM, de 3 a 13 vezes
(GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

O uso da informação sobre medicamentos em hospitais e bastante alto, podendo


ser estimado pela quantidade de consultas recebidas pelo Cebrim/CFF - um CIM não
hospitalar - que, em 2009, foi de cerca de 27%. As consultas foram, principalmente,
sobre interações medicamentosas e reações adversas a medicamentos, com cerca de
14% e 12%, respectivamente. Esse tipo de questionamento pode ter relação, também,
com a avaliação hospitalar já que estas são duas das áreas de atuação da assistência
farmacêutica hospitalar que constam no Manual Brasileiro de Acreditação de
Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde, adotado pela ANVISA, por meio da
Resolução RDC no93/2006 (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) e o local que reúne, analisa,


avalia e fornece informação sobre medicamentos, visando o seu uso racional.
Principalmente, o CIM apoia a pratica clínica de profissionais da saúde na terapêutica
medicamentosa de um paciente especifico. Para isso, deve prover informações claras,
precisas, imparciais, em tempo hábil e aplicáveis sobre medicamentos, de modo a
promover seu uso racional. Para alcançar este objetivo, utiliza informação técnico-
científica objetiva, atualizada e pertinente, devidamente processada e avaliada
criticamente (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

As atividades praticadas em um CIM são:

 Responder perguntas relacionadas ao uso de medicamentos (informação reativa).


 Participação efetiva em comissões, tais como de Farmácia e Terapêutica e de
Infecção Hospitalar.
 Publicação de material educativo / informativo, como boletins, alertas, colunas
em jornais, etc.
 Educação: estagio, cursos sobre temas específicos da farmacoterapia.
 Revisão do uso de medicamentos.
 Atividades de pesquisa sobre o uso de medicamentos.
 Coordenação de programas de farmacovigilância.
É importante notar que a primeira atividade, responder perguntas, e a principal
delas, ou seja, a maior parte do tempo e dedicada a mesma. Por exemplo, nos EUA,
considerando 68 CIM, o tempo dedicado a esta atividade é de cerca de 35% e, em
segundo lugar, com 14% do tempo dedicado, esta a participação em Comissões de
Farmácia e Terapêutica. A estruturação de um CIM deve contemplar dois aspectos
essenciais: (a) contar com um farmacêutico especialista em informação sobre
medicamentos, com treinamento, experiência clinica e competências e habilidades
(GOMES; REIS, 2011, p.311-321).
São elas:

 Habilidade e competência para a seleção, utilização e avaliação critica da


literatura.
 Habilidade e competência para apresentação da máxima informação
relevante com um mínimo de documentação de suporte.
 Conhecimento de disponibilidade de literatura, assim como de bibliotecas,
centros de documentação, etc.
 Capacidade para comunicar-se sobre farmacoterapia nas formas verbal e
escrita.
 Destreza no processamento eletrônico dos dados.
 Habilidade e competência para participar em Comissão de Farmácia e
Terapêutica.

Destacando aquela relativa à seleção, utilização e avaliação crítica da literatura,


e participação nas Comissões de Farmácia e Terapêutica; e (b) ter bibliografia sobre
medicamentos, reconhecida internacionalmente, e a mais atualizada possível. Deve-se
notar, entretanto, que a maturidade do Centro só poderá ser alcançada com trabalho
multiprofissional efetivo e a execução de atividades de garantia de qualidade, em
beneficio do paciente (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Requisitos para a implantação de um Centro de Informação sobre Medicamentos


incluem:

1. Pessoal: pelo menos um farmacêutico com treinamento específico. É


recomendável que este profissional tenha as habilidades descritas acima;

2. Área física: deve estar de acordo com as atividades propostas. Sugere-se uma área
mínima de cerca de 30 m2;

3. Equipamento e mobiliário: microcomputador, impressora, telefone, fax, acesso


Internet, fotocopiadora (ou acesso), mobiliário de escritório (mesas, cadeiras, armários,
estantes, arquivos, etc.).

4. Bibliografia: as fontes de informação indicadas para o funcionamento de um CIM


devem ser respeitadas internacionalmente. São elas: As fontes de informação podem ser
classificadas em primárias, secundárias e terciárias:
 As fontes primárias - são constituídas por artigos científicos que relatam,
principalmente, ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte, estudos de
caso-controle referentes a pesquisas publicados em revistas biomédicas, ou
seja, onde geralmente surge pela primeira vez na literatura qualquer
informação científica nova. Por isto, são utilizadas para a fundamentação de
outros tipos de fontes de informação sobre medicamentos. Como exemplos,
podemos citar os artigos científicos publicados no Journal of American
Medical Association (JAMA) (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

 As fontes secundárias consistem em serviços de indexação e resumo da


literatura primaria e servem como orientadores na busca destas últimas. O
Medline (Index Medicus on- line) e um exemplo e é uma das fontes
secundárias mais utilizadas em CIM. Pode ser acessado, gratuitamente, por
meio do sitio da Biblioteca Regional de Medicina (Bireme), www.bireme.br
(GOMES; REIS, 2011, p.311-321).
 As fontes terciárias apresentam informação documentada no formato
condensado. São livros-texto (p.ex., Goodman e Gilman: As Bases
Farmacológicas da Terapêutica), livros de monografias (p.ex., o American
Hospital Formulary Service – AHFS Drug Information) e bases de dados
eletrônicas (p.ex., o Drugdex R/Micromedex). Além destas, os artigos de
revisão e meta-análise também são considerados literatura terciária
(GOMES; REIS, 2011, p.311-321).
Analisando esses três tipos de fontes bibliográficas, as primárias tem a vantagem
de serem mais atualizadas, pois são onde, de modo geral, surge o conhecimento. Porém
requerem leitura mais cuidadosa e critica e são publicadas em grande quantidade - 1.800
entradas diárias, no Medline, o que dificulta a seleção, aquisição, leitura e utilização da
informação (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Por outro lado, as fontes terciárias são mais condensadas, apresentando, em


geral, informações de consenso e são em numero muito menor. Não obstante, tem a
desvantagem de não serem constantemente atualizadas, pois sua periodicidade varia, em
media, de dois a cinco anos. Por isso, e recomendável que o CIM tenha disponibilidade
de fontes terciarias essenciais e acesso a fontes secundarias que permitam busca na
literatura primaria e solicitação de copias de artigos originais, quando necessário
(GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Uma das bases de dados mais difundida mundialmente, que contem monografias
extensas sobre medicamentos, e o Drugdex R (Micromedex). Ela e acessível por meio
da Internet, mediante assinatura. No Brasil, as universidades públicas tem acesso
gratuito ao mesmo por meio do sitio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – CAPES, em http://www.periodicos.capes.gov.br/ (GOMES; REIS,
2011, p.311-321).

Para muitos farmacêuticos, e necessário desenvolver habilidades em avaliação


crítica o que o ajudaria no discernimento de quais medicamentos representam avanços
terapêuticos e quais mostram deficiência na melhora do cuidado ao paciente e, talvez,
causem dano. Porém, a avaliação crítica da qualidade da informação que se publica
sobre medicamentos é um imperativo dentre as habilidades do profissional que trabalha
em um CIM (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

As habilidades para busca, análise e julgamento das evidências capazes


de dar fundamento científico as decisões clínicas são essenciais para os profissionais da
saúde. Porém, em especial, para os farmacêuticos que atuam em CIM. Estes devem ser
capazes de discriminar, dentre as informações disponíveis, quais são as que representam
as mais sólidas evidências científicas e, destas, as que são passíveis de serem
incorporadas a prática (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Com o CIM incorporado ao Hospital de Referência serão realizadas as seguintes


atividades:

 Responder questionamentos (também denominada informação reativa ou


passiva) serviço oferecido em resposta à pergunta de um solicitante. O
farmacêutico do CIM espera, passivamente, que o interessado lhe faça a
pergunta. Desencadear a comunicação e iniciativa do solicitante. Esta e
considerada a principal atividade de um CIM (GOMES; REIS, 2011, p.311-
321);
 Informação proativa (também denominada de ativa) – neste grupo de atividades,
a iniciativa da comunicação é do farmacêutico do CIM, o qual analisa que tipo
de informação pode necessitar seus possíveis usuários (p.ex., farmacêuticos,
médicos, enfermeiros, pacientes) e encontra uma via de comunicação para suprir
as necessidades. Também estão incluídas aqui as atividades colaborativas, como
participação em Comissão de Farmácia e Terapêutica. O grupo de atividades
proativas, geralmente, prove mais visibilidade e causa maior impacto junto aos
usuários (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Os CIM podem ser consultados por telefone, pessoalmente, fax,


correspondência, correio eletrônico, ou formulário na Internet. Além de formular o
questionamento, e necessário que o usuário identifique-se e forneça seu endereço,
número de telefone, etc., a fim de estabelecer uma via de comunicação que será
utilizada na resposta, se esta não for imediata, ou caso um novo contato seja necessário.
Quando estiver envolvido um paciente, é de grande importância o fornecimento de
dados relativos ao mesmo, como gênero, idade, peso, doença(s) de base e
medicamento(s) em uso, de tal forma que a resposta seja adequada às necessidades e
características particulares daquela pessoa (GOMES; REIS, 2011, p.311-321).

Perguntas respondidas pelo CIM:

 Identificação de fármacos e medicamentos nacionais e estrangeiros, empregados


na clínica; sua disponibilidade e/ou equivalência no mercado nacional e
internacional;
 Mecanismo de ação, usos clínicos, eficácia, reações adversas e toxicidade;
 Posologia, duração e uso correto dos medicamentos, em especial para pacientes
pediátricos, idosos, diabéticos, cardiopatas, nefropatas, etc;
 Liberação, absorção, distribuição, biotransformação e excreção;
 Possíveis interações dos medicamentos com outros medicamentos, álcool e
alimentos;
 Interferência dos medicamentos nos parâmetros e exames de análises
laboratoriais;
 Uso de medicamentos durante a gravidez e a lactação;
 Conservação dos medicamentos, principalmente quando se requer condições
especiais;
 Compatibilidade de misturas parenterais.

A produção de informação em um CIM obedece ao procedimento que abrange


desde a pesquisa em fontes bibliográficas para responder perguntas até a escolha dos
temas a serem abordados em boletins, formulários, revisão de uso de medicamentos,
farmacovigilância, etc. As respostas a questionamentos deverão ser utilizadas como
“termômetro”, mostrando quais as principais dúvidas dos solicitantes do serviço que
poderão servir de orientação para a elaboração de material informativo escrito – artigos,
boletins, folders, etc. - ou sugestão para programas de aprendizado permanente. Em
síntese, existe estreita relação entre as atividades praticadas no CIM e somente a
experiência acumulada poderá determinar o equilíbrio das mesmas, ou seja, quais serão
executadas e quanto tempo será dedicado a cada uma delas (GOMES; REIS, 2011,
p.311-321).

Garantir a qualidade dos serviços providos é uma tarefa fundamental. É útil


garantir que o desempenho do serviço de informação sobre medicamentos seja
continuamente monitorado e comparado com um padrão de boa qualidade. Na literatura,
são encontrados muitos exemplos de indicadores de garantia de qualidade em CIM
(VIDOTTI; SILVA; HOEFLER, 2010, p.19-20).

As atividades do CIM devem ser cuidadosamente documentadas. Formulários


padrão ou sistemas eletrônicos podem facilitar o registro de perguntas. Um sistema
eficiente de recuperação é essencial para localizar questões anteriores, monitorar a
quantidade de trabalho e categorizar os tipos de questões recebidas. Este pode, também,
facilitar a execução de programas de garantia de qualidade pela análise de solicitações
selecionadas e por prazos não cumpridos (VIDOTTI; SILVA; HOEFLER, 2010, p.19-
20).

O sistema de registro das questões deve garantir segurança, arquivamento de


longo prazo e assegurar a confidencialidade dos solicitantes. Os CIM tem a
responsabilidade de prover o mais alto padrão possível de serviço. Isto inclui a
avaliação dos profissionais, revisão regular das solicitações feitas e das respostas
providas e revisão periódica dos recursos e procedimentos. Este processo deve,
continuamente identificar melhoras potenciais, documentar os progressos até a
implementação e avaliação das mudanças instituídas, a posteriori (VIDOTTI; SILVA;
HOEFLER, 2010, p.19-20).

Conclusão

A incidência de câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico. No


Estado do Pará há uma incidência significativa dessa doença. Dessa forma, o Hospital
Oncológico Jacob Kligerman (HOJK) destaca-se pelo seu comprometimento na oferta
de serviço especializado e um tratamento humanizado dos pacientes com câncer. No
tratamento oncológico é de suma importância o tratamento multidisciplinar, envolvendo
médicos (oncologistas, cirurgiões, radiologistas, radioterapeutas, patologistas),
enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, muitos outros profissionais,
devido à enorme complexidade da doença e suas diferentes abordagens terapêuticas.
Assim o HOJK tem mostrado grande compromisso social, pois possui uma equipe
multidisciplinar forte que atua no combate do câncer de maior incidência na região
Norte.

Referências

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