Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1 Generalidades
A melhoria genética se processa com base na escolha correta daqueles que participam, ou
melhor, daqueles aos quais é dada a possibilidade de participar, do processo de constituição
da geração seguinte. Isso vale para a escolha dos indivíduos que produzirão filhos, ou
mesmo, para escolha de raças.
O melhoramento animal tem por finalidade aperfeiçoar a produção dos animais que
apresentam interesse para o homem. Sabe-se que o fenótipo de um indivíduo nada mais é que
o produto da interação genótipo e meio ambiente. Sendo assim, pode-se elevar a produção
dos animais domésticos através de dois tipos diferentes de melhoramento, pois, se a produção
depende do patrimônio genético do indivíduo e do ambiente, está claro que se for
aperfeiçoado o meio, a produção sofrerá um acréscimo relativo aquela modificação. Este tipo
de trabalho recebe a denominação de melhoramento ambiental. Por outro lado, se levado em
conta o aprimoramento do genótipo do animal (através de seleção), a melhoria genética é
observada. Em ambos os casos, os benefícios são de excelente aproveitamento e o ideal é que
se aplicasse em maior escala em todo o mundo.
É importante ressaltar que os erros na tomada de decisão serão penalizados, ficando o lucro
muito reduzido ou mesmo nulo.
Deve estar baseado em metas muito bem definidas, coerentes com o mercado vigente e
condimentes com o ambiente;
O objetivo-fim de um programa em melhoramento genético é a combinação de características
presentes no animal, a qual se procura melhorar. Portanto, essa mudança deve ocorrer para
que possa suprir o mercado, atendendo a demanda do mundo capitalista. Só assim haverá
retorno para tal investimento;
Deve-se adotar um critério de seleção - característica a ser medida, a partir de qual será feita
a escolha do indivíduo. Esse critério de seleção pode ser a combinação de várias
características, resultando, assim, num índice final de seleção.
Seleção processo decisório que indica quais animais de uma geração tornar-se-ão pais da
próxima, e quantos filhos lhes serão permitido deixar. Em outras palavras, pode-se entender
seleção como sendo a decisão de permitir que os melhores indivíduos de uma geração sejam
pais da geração subseqüente. Objetiva-se a melhoria e/ou fixação de alguma característica de
importância. Isso quer dizer que ela tem por finalidade aumentar, na população, a freqüência
de alelos favoráveis.
Acasalamento é um termo amplo que para animais domésticos, criados com fins
comercias, é importante quando resulta em concepção, gestação e nascimento de filhos.
Dessa forma, é um elemento complementar fundamental no processo de seleção;
Avaliar a qualidade genética estimar o seu valor genético aditivo, isso é, aquela parte dos
componentes genéticos cuja transmissão se consegue prever e dessa forma avaliar o impacto
na composição genética das gerações futuras;
O fenótipo (desempenho dos animais) resultado do patrimônio genético que aquele animal
possui, o chamado genótipo, somado aos efeitos de meio ambiente, existindo ainda uma
interação entre os efeitos de genótipo e de meio ambiente;
Alguns animais podem ser superiores a outros em alguns ambientes, mas podem se tornar
inferiores àqueles em ambientes diferentes. Se simbolizarmos o fenótipo com a letra F, o
genótipo com a letra G, o meio ambiente com a letra A e a interação entre o genótipo e o
ambiente com as letras GA, o desempenho dos nossos animais, seja qual for a característica
estudada (peso à desmama, peso a 1 ano, produção de leite, circunferência escrotal, etc.)
poderá ser colocado numa equação muito simples:
F = G + A + GA
Esta equação nos mostra que, infelizmente, o fenótipo que medimos nos animais não demonstra diretamente sua
qualidade ou potencialidade genética. Esse fenótipo, essa produção ou essa medida estarão sempre influenciado pelo
meio ambiente A e pela interação genótipo-ambiente GA, que podem assumir valores positivos ou negativos e que
alteram o valor genético dos animais, G. Como não se pode conhecer com exatidão o valor genético dos animais, lança-
se mão de técnicas de estimação desses valores. Pela análise da equação acima pode-se verificar portanto a necessidade
de estimar-se o valor genético dos animais sem a interferência dos efeitos de meio ambiente e da interação genótipo-
ambiente.
número de informações : quanto maior este número, melhor a estimativa do valor genético;
grau de semelhança fenotípica entre o animal avaliado e as fontes de informação: uma forma
de avaliar os efeitos de ambiente que são comuns a diferentes fontes de informação, os chamados
efeitos permanentes de ambiente.
Herdabilidade
A primeira definição envolve uma razão entre variância genética total e variância total, h 2 = sg2/
(sg2 + se2). A segunda é representada pela razão entre a variância genética aditiva e a variância total,
h2 = sa2/(sg2 + se2), onde sg2 = sa2 + sd2, sendo sa2 e sd2 as variâncias genética aditiva e de dominância,
respectivamente.
Repetibilidade
Correlação genética
A importância do estudo de correlações está no fato de que a seleção para uma determinada
característica pode causar resposta em outra geneticamente relacionada. Ex: Perímetro Escrotal nos
machos x Idade ao 1º parto nas fêmeas.
A correlação genética entre duas características é a correlação entre efeitos dos genes que as
influenciam. Pode ser definida como correlação entre valores genéticos de um indivíduo para as
características em consideração
6 Variabilidade genética
Ao se promover seleção, além de ser importante ter-se uma idéia do que se espera com o
processo, ou seja, a predição do resultado da seleção, é importante ter-se uma estimativa da
segurança que se terá ao se adotar determinado procedimento. Esta segurança é definida pela
acurácia da seleção;
A Acurácia (do inglês accuracy, também conhecida como repetibilidade da avaliação) de
uma estimativa é uma medida da correlação entre o valor estimado e os valores das fontes
de informação, ou seja, mede o quanto a estimativa que obtivemos é relacionada com o
"valor real" do parâmetro. Ela nos informa o quanto o valor estimado é "bom", ou seja,
quanto o valor estimado é "próximo" do valor real e nos dá a "confiabilidade" daquela
estimativa ou valor. Se estimarmos o valor genético apenas pelo desempenho do próprio
animal (em peso aos 365 dias, por exemplo), o valor da acurácia será de 0,50 (para
herdabilidade de 0,25), mas se a estimativa for baseada em 18 filhos (progênie) de um touro
com uma amostra aleatória (tirada ao acaso) de vacas, a acurácia subirá para 0,74. Quanto
mais informações tivermos a respeito de um touro, mais acurada, mais "confiável" é a
estimativa.
Ela não depende somente do número de filhos de um reprodutor que foram medidos, mas,
principalmente do número de parentes medidos que esse reprodutor teve. Assim, é comum
touros com menor número de filhos do que outros terem acurácias maiores, devido à
contribuição de maior número de parentes na estimação de seu valor genético. Este conceito
de acurácia é muito importante para as decisões de um criador, pois indica o "risco" da
decisão. Se o criador tiver um pequeno rebanho de alto valor genético, fica muito difícil
utilizar-se um reprodutor cujo valor genético (DEP ou TA) tenha baixa acurácia, pois o valor
estimado não é muito "confiável" e quando aumentarem as informações a respeito daquele
reprodutor, por exemplo, na próxima avaliação ou no próximo ano, aquele valor genético
previsto poderá diminuir e o pequeno criador terá à venda então filhos de um touro inferior
ao que ele achava que teria. Mas aquele valor poderá também subir e então o criador terá
filhos de um bom touro. A acurácia nos informa em última análise a "segurança" que temos
de que aquele valor estimado vá mudar ou não.
Mas se o criador tem um porte maior e gosta de correr riscos (e talvez ter maiores lucros), ele poderá
investir adquirindo tourinhos (ou sêmen) com altos valores genéticos estimados e baixa acurácia, que
em geral são mais baratos, e usar este material genético em uma parte de seu rebanho. Se o tourinho
confirmar seu alto potencial e tiver maior acurácia na próxima avaliação, esse criador terá feito um
bom negócio, mas se tiver um pior desempenho, só parte dos seus produtos será originária de touros
"inferiores". Mas altas acurácias só são conseguidas a partir de muitas informações a respeito do
animal que está sendo testado, em geral obtidas a partir de muitos filhos e filhas do touro e isto
significa mais tempo entre o nascimento desse reprodutor e seu uso no rebanho, o que aumenta o
intervalo entre gerações e diminui o ganho genético por ano. Assim, usarem-se animais jovens, com
baixa acurácia, pode aumentar o risco, mas se a avaliação estiver sendo bem feita, o mérito genético
do rebanho como um todo cresce mais rapidamente do que se utilizar touros "provados", com altas
acurácias. A decisão é estritamente técnica e deve ser tomada caso a caso.
9 Intensidade de seleção