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UNIDADES DE PROCESSO
CALDEIRAS
Nada é tão urgente e necessário que não possa ser feito com
segurança.
Normatização:
• Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no
Trabalho
• Norma Regulamentadora 13 - NR 13
Noções de grandezas físicas e unidades:
• Medidas físicas.
• Metrologia.
• Algarismos significativos.
• Notação científica.
• Sistemas de medidas.
• Sistema Internacional de Medidas.
Fluídos:
• Conceituação de fluidos.
• Condições padrões.
• Propriedades dos fluídos.
Pressão:
• Pressão atmosférica.
• Pressão manométrica e pressão absoluta.
• Pressão interna de um vaso.
• Unidades de pressão.
• Teorema de Stevin.
• Princípio de Pa9scal.
• Teorema de Arquimedes: Empuxo.
Calor e temperatura
• Definições.
• Termômetros e escalas termométricas.
• Modos de transferência de calor.
• Transferência de calor a temperatura constante.
• Calor latente calor sensível.
• Sistemas de geração de vapor.
• Vapor saturado e superaquecido.
• Tabela de vapor (steam table)
Caldeiras - considerações gerais:
• Tipos de caldeiras e suas utilizações
• Partes de uma caldeira
Caldeiras flamotubulares
Caldeiras aquotubulares
Caldeiras elétricas
Caldeiras a combustíveis sólidos
Caldeiras a combustíveis líquidos
Caldeiras a gás
Queimadores
• Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
Dispositivo de alimentação
Visor de nível
Sistema de controle de nível
Indicadores de pressão
Dispositivos de segurança
Dispositivos auxiliares
Válvulas e tubulações
Tiragem de fumaça
Operação de caldeiras
• Partida e parada
• Regulagem e controle
de temperatura
de pressão
de fornecimento de energia
do nível de água
de poluentes
• Falhas de operação, causas e providências
• Roteiro de vistoria diária
• Operação de um sistema de várias caldeiras
• Procedimentos em situações de emergência
Tratamento de água e manutenção de caldeiras
Impurezas da água e suas conseqüências
Tratamento de água
Manutenção de caldeiras
Prevenção contra explosões e outros riscos
Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde
Riscos de explosão
Normas aplicáveis
Normas brasileiras:
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1990, “Caldeira Estacionária
Aquotubular e Flamotubular a Vapor: NBR 11096”.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1976, “Amostragem de águas
em caldeiras: NB00584”.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1989, “Caldeira Auxiliar a Óleo
para Uso Naval: NBR 10794”.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1989, “Caldeira Auxiliar a Óleo
para Uso Naval – Ensaios: NBR 10795”.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1992 ,“Inspeção de Segurança
de Caldeiras Estacionárias Aquotubular e Flamotubular a Vapor: NBR
12177”.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1994, “Inspeção de Segurança
de Caldeiras Estacionárias Elétricas a Vapor: NBR 13203”.
Legislação sobre segurança no trabalho
Normas Regulamentadoras
• Medidas Físicas.
• Unidades Naturais.
São aquelas unidades que não podem ser subdivididas; as medidas feitas
com estas unidades resultam um valor exato.
Exemplo 01 : quantos alunos há em uma sala de aula ?
• Unidades Arbitrárias.
São aquelas unidades que podem ser subdivididas; as medidas feitas com
estas unidades nem sempre (raramente ) resultam um valor exato.
Exemplo 02 : medidas de grandezas físicas em geral comprimento,
tempo, força , velocidade, etc.
• Metrologia
•Alguns conceitos.
Medição: conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor
de uma grandeza; pode ser manual ou automática, analógica ou digital.
Metrologia: ciência da medição; trata dos conceitos básicos, dos métodos,
dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na
quantificação de grandezas físicas, e abrange todos os aspectos técnicos
e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em
quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
Medir: procedimento pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza
física é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade
estabelecida como padrão.
Medida: valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir
no instante da leitura, expressa por um número acompanhado da unidade
da grandeza a medir.
Instrumentação: conjunto de técnicas e instrumentos usados para
observar, medir e registrar fenômenos físicos; preocupa-se com o estudo,
o desenvolvimento, a aplicação e a operação dos instrumentos.
Resultado: valor de uma grandeza obtido por medição; uma expressão
completa do resultado de uma medição compreende também a incerteza
de medição e os valores de referência das grandezas que influem sobre o
valor da grandeza a medir ou sobre o instrumento de medir.
Indicação: valor de uma grandeza a ser medida fornecido por um
instrumento de medir e é expressa em unidades da grandeza medida.
Indicação: valor de uma grandeza a ser medida fornecido por um
instrumento de medir e é expressa em unidades da grandeza medida.
Medida: grau de concordância entre o resultado da medição e o valor
verdadeiro convencional da grandeza medida; o uso do termo precisão no
lugar de exatidão deve ser evitado.
Mensurando: objeto da medição, a grandeza submetida à medição.
Grandeza de influência: grandeza que não é o mensurando, mas que afeta
o resultado da medição deste.
Principio de medição: base científica de uma medição.
Método de medição: seqüência lógica de operações, descritas
genericamente, usadas na execução das medições.
Procedimento de medição: conjunto de operações, descritas
especificamente, usadas na execução de medições particulares, de acordo
com um dado método.
Histórico
Processo de medição
• Erros de medições.
Quando realizamos uma medida precisamos estabelecer a confiança que o
valor encontrado para a medida representa.
Medir é um ato de comparar e esta comparação envolve erros dos
instrumentos, do operador, do processo de medida e outros.
Podemos ter erros sistemáticos que ocorrem quando há falhas no método
empregado, defeito dos instrumentos, etc...
...erros acidentais (aleatórios) que ocorrem quando há imperícia do
operador, erro de leitura em uma escala, erro que se comete na avaliação
da menor divisão da escala utilizada etc.
Em qualquer situação deve-se adotar um valor que melhor represente a
grandeza e uma margem de erro dentro da qual deve estar compreendido
o valor real.
Incerteza: estimativa caracterizando a faixa de valores dentro da qual se
encontra o valor verdadeiro da grandeza medida; compreende, em geral,
muitos componentes.
Erro absoluto: Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro
convencional da grandeza medida.
Erro relativo: quociente do erro absoluto da medição pelo valor verdadeiro
convencional da grandeza medida.
Erro aleatório: componente do erro de medição que varia de uma forma
imprevisível quando se efetuam várias medições da mesma grandeza.
Erro sistemático: componente do erro que se mantém constante ou varia
de forma previsível quando se efetuam várias medições de uma mesma
grandeza; os erros sistemáticos e suas causas podem ser conhecidos ou
desconhecidos.
Fontes de erro: sistema de medição
• variação da temperatura ambiente;
• instabilidade dos sistemas elétricos de medição.
operador
Correção: valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de
uma medição para compensar um erro sistemático.
Quando você realiza medidas com a régua milimetrada em um espaço S,
você colocou duas casas decimais. é correto o que você fez?
Sim, porque você considerou os algarismos significativos.
O que são os algarismos significativos?
Quando você mediu o valor de S = 5,81 cm com a régua milimetrada você
teve certeza sobre os algarismos 5 e 8, que são os algarismos corretos
(divisões inteiras da régua), sendo o algarismo 1 avaliado denominado
duvidoso.
Consideramos algarismos significativos de uma medida os algarismos
corretos mais o primeiro duvidoso.
Algarismos significativos = alg.’s corretos + 1º alg. duvidoso
5,81 5,8 1
Sempre que apresentamos o resultado de uma medida, este será
representado pelos algarismos significativos.
Veja que as medidas 5,81 e 5,83cm não são fundamentalmente diferentes,
porque diferem apenas no algarismo duvidoso.
Os zeros à esquerda não são considerados algarismos significativos como
no exemplo:
0,000123 contém apenas três algarismos significativos
Área A L2
Geometria
Volume V L3
Velocidade U LT-1
Velocidade angular ω T-1
Cinemática
Vazão Q L3 T-1
Fluxo de massa ṁ MT-1
Força F M LT-2
Torque T M L2 T-2
Conceituação de fluídos.
Denominamos fluido toda substância
que pode fluir, isto é, escoar facilmente.
Ou , ainda substância que submetida a
uma força deforma-se continuamente.
Tudo aquilo que escoa os líquidos e
os gases.
A teoria cinética molecular define fluido da seguinte maneira:
Fluidos são corpos onde as moléculas trocam de posição continuamente,
ao passo que, sólidos são corpos onde as moléculas oscilam em torno de
posições fixas.
Nos líquidos há uma força de atração intermolecular que impede que haja
grandes variações de volume numa mesma condição ambiental, mas
estas forças não são suficientes para manter as moléculas em posições
fixas; assim, os líquidos assumem a forma dos recipientes que os contêm.
Nos gases essas forças de atração intramolecular são fracas, permitindo
que haja variações de forma e volume; assim, os gases ocupam todo o
volume dos recipientes que os contêm, assumindo, em conseqüência,
suas formas.
Conceitos fundamentais.
Sistema: objeto de análise identificado para estudo das interações (trocas
de energia e/ou matéria) com o meio externo.
A composição da matéria dentro do sistema pode ser fixa ou variável.
A forma ou o volume do sistema não é necessariamente constante.
Vizinhança: tudo externo ao sistema.
Fronteira: separa o sistema do meio externo ou vizinhança. Pode estar em
repouso ou movimento.
Tipos de sistemas.
a) Isolados: não trocam matéria ou energia com o meio externo.
b) Fechados: Não trocam matéria, mas podem permutar energia.
c)Abertos: Podem trocar matéria e energia com sistemas vizinhos.
Propriedades dos fluídos.
Propriedades extensivas dependem do tamanho (extensão) do
sistema massa, volume, energia.
Propriedades intensivas não dependem do tamanho (extensão) do
sistema temperatura e pressão.
Estado as condições às quais o sistema está submetido e que
determinam uma posição de equilíbrio que chamamos de estado
termodinâmico e é caracterizado por suas propriedades (T, P, energia,
etc...)
Processo é a transformação de um estado a outro; a variação no valor
de uma propriedade entre dois estados independe do processo.
Exemplo: ∆T = T2-T1
Processos em que uma propriedade se mantém constante:
Ciclo seqüência de processos, que começam e terminam no mesmo
estado.
Grau Baumé: uma escala para densidade de soluções criada pelo químico
francês Antoine Baumé (1728-1804). Ele usou água pura e soluções de
cloreto de sódio para definir os pontos da escala e a relação entre grau
Baumé(ºBé) e densidade (d) ficou:
Para soluções mais leves que a água ºBé = (140 / d) − 130
Para soluções mais pesadas que a água ºBé = 145 − (145 / d)
A temperatura de referência é 60F (≈ 15,6ºC).
Viscosidade dinâmica (µ): propriedade dos fluidos responsável pela
resistência ao deslocamento (deformação); em conseqüência dos atritos
e, principalmente, da viscosidade, o escoamento de fluidos nas tubulações
somente se verifica com perda de energia, designada por perda de
carga.
µ] = ML-1T-1
Equação dimensional: [µ
Variação da viscosidade absoluta com a temperatura:
• Nos líquidos a viscosidade é diretamente proporcional à força de atração
entre as moléculas, portanto a viscosidade diminui com o aumento da
temperatura.
• Nos gases a viscosidade é diretamente proporcional a energia cinética das
moléculas, portanto a viscosidade aumenta com o aumento da
temperatura.
Viscosidade cinemática – ν: quociente entre a viscosidade absoluta e a
massa específica do fluido.
ν] = L2T-1
Equação dimensional: [ν
Coesão: uma pequena força de atração entre as moléculas do próprio
líquido (atração eletroquímica); essa propriedade é que permite às
moléculas fluídas resistirem a pequenos esforços de tensão - a formação da
gota d’água é devida à coesão.
Adesão: quando um líquido está em contato com um sólido, a atração
exercida pelas moléculas do sólido pode ser maior que a atração existente
entre as moléculas do próprio líquido; ocorre então a adesão
Módulo da Elasticidade Volumétrico - (β): razão entre uma variação de
pressão e a correspondente variação de volume por unidade de volume.
− ∆p
β=
∆V
Equação dimensional: [ββ] = FL-2 V
Considerando as pressões p1 e p2 e a
área S, teremos:
e
p = p atm + ρ gh
A pressão que o fluido exerce em um
determinado ponto, é denominada pressão
hidrostática ou pressão efetiva, dada por:
p h = ρgh
Princípio de Pascal.
A forma do recipiente não afeta a pressão que o líquido, contido nele,
exerce no fundo do recipiente. Se a pressão existente na superfície do
líquido for aumentada de uma maneira qualquer - por um pistão agindo na
superfície superior, por exemplo - a pressão p em qualquer profundidade
deve sofrer um aumento exatamente da mesma quantidade. Este fato foi
enunciado pelo cientista francês Blaise Pascal (1623-1662), em 1653, e é
conhecido como "Lei de Pascal", freqüentemente enunciada da seguinte
maneira:
"A pressão aplicada a um fluido contido num recipiente é transmitida
sem redução a todas as porções do fluido e as paredes do recipiente
que o contém."
Podemos também dizer que:
“O acréscimo de pressão produzido num líquido em equilíbrio
transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido."
Lei de Pascal: a pressão
transmitida a um fluido se
dá de maneira idêntica em
todas as direções.
Conseqüência 1: um
acréscimo de pressão é
sentido em todas as
paredes do reservatório da
mesma forma.
Conseqüência 2: Vasos
comunicantes. Colunas de
um mesmo fluido e com a
mesma altura possuem a
mesma pressão.
Aplicações do princípio de Pascal
Princípio de Arquimedes – equilíbrio de
corpos submersos e flutuantes
1. Todo corpo submerso em um
líquido, desloca desse liquido
uma quantidade determinada,
cujo volume é exatamente igual
ao volume do corpo submerso.
2. O corpo submerso no
líquido "perde" de seu peso
uma quantidade igual ao
peso do volume de líquido
igual ao volume submerso do
corpo
Empuxo
Peso
Equilíbrio entre empuxo e peso.
Pressão interna de um vaso
1. Vaso contendo apenas gás
Tubo piezométrico
Manômetro de tubo em U
Manômetro de mola tubo de Bourdon
kgf/c
psi kPa pol H2O mm H2O pol Hg mm Hg bar mbar m2 gf/cm2
0,0689
psi 1,0000 6,84970 27,70200 705,15000 2,03600 51,71500 0 68,94700 0,07030 70,3070
0,0100
kPa 0,14500 1,0000 4,02660 102,27420 0,29530 7,50070 0 10,00000 0,01020 10,1972
0,0025
pol H2O 0,03610 0,28430 1,0000 25,42100 0,07340 1,86500 0 2,48640 0,00250 2,5355
0,0001
mm H2O 0,00140 0,00980 0,03940 1,0000 0,00280 0,07340 0 0,09790 0,00001 0,0982
0,0339
pol Hg 0,49120 3,38670 13,62000 345,94000 1,0000 25,40000 0 33,86400 0,03450 34,5320
0,0013
mm Hg 0,01930 0,13310 0,53620 13,62000 0,03940 1,0000 0 1,33320 0,00140 1,35950
0,0010
mbar 0,01450 0,10000 0,40220 10,21500 0,02950 0,75010 0 1,0000 0,00100 1,0197
0,0009
gf/cm2 0,01420 0,09790 0,39440 10,01800 0,02900 0,73560 0 0,98070 0,00100 1,0000
Exercícios
1. Um cilindro é colocado verticalmente sobre uma superfície plana. Qual é a pressão
exercida pelo cilindro na superfície, sabendo que sua base tem uma área de 12 cm²
e sua massa é 18 kg ? ( g = 10m/s² ).
2. A densidade do cobre é 8,9; qual é a massa de um cubo maciço e homogêneo de
cobre, de 20 cm de aresta ?
3. O freio hidráulico de um automóvel é uma aplicação prática do princípio físico
implícito :
a) no princípio de Pascal;
b) na lei de Hooke;
c) na segunda lei de Newton;
d) no princípio de Arquimedes;
e) na experiência de Torricelli.
4. Calcular a pressão que exerce uma determinada quantidade de petróleo sobre o
fundo de um poço, se a altura do petróleo no poço for igual a 10 m e a sua densidade
0,800. (g = 10 m/s²)
5. Um balão cheio de hidrogênio, de peso igual a 600 N, está preso por um fio vertical
e encontra-se em equilíbrio estático ( parado ). Seu volume é igual a 80 m³.
Determine o empuxo sofrido pelo balão. Adote g = 10 m/s² e ρar= 1,25 kg/m³.
6. Sabendo-se que o peso específico do mercúrio (Hg) é de 13600kgf/m3, calcular a
pressão atmosférica para as seguintes colunas hidrostáticas:
a) 760mm
b) 0,38m
c) 1520mm
7. Calcular a pressão, em kgf /cm2 , exercida pelo pistão abaixo; calcular a força
aplicada no pistão quando o manômetro indicar 10 kgf /cm2 .
P=?
Simplificando:
qconv = hA∆T
onde:
q= fluxo de calor por convecção
h= coeficiente de transferência de
calor por convecção ou coefic. de
película.
A= área de transferência de calor
∆T= diferença de temperatura entre
a superfície(Ts) e a do fluido em um
local longe da superfície (T∞ ).
Radiação
A radiação é o processo de transferência de energia por ondas
eletromagnéticas, assim, pode ocorrer também no vácuo; as radiações
infravermelhas, em particular, são chamadas ondas de calor, embora
todas as radiações do espectro eletromagnético transportem energia.
Um meio material pode ser opaco para uma determinada radiação e
transparente para outra; o vidro comum, por exemplo, é transparente à luz
visível e opaco às radiações infravermelhas.
Aqui pode-se compreender a necessidade de diferentes cores nas roupas
de inverno e de verão e como funcionam as estufas, por exemplo.
É um processo predominante em temperaturas mais elevadas (acima de
500ºC); numa caldeira, ocorre transferência por radiação do fogo para a
área irradiada da fornalha.
Lei de Stefan-Boltzmann
Calor Latente
O comportamento das substâncias durante as mudanças de
fases pode ser interpretado por meio dos seguintes fatos:
Para passar da fase líquida para a fase sólida, a água
precisa perder 80cal/g.
Para passar da fase líquida para a fase gasosa, a água
precisa ganhar 540cal/g
Todas substâncias possuem valores fixos de calor/g que
precisa ganhar/perder para mudar de uma fase para outra;
essa quantidade de calor, denominada calor latente, é
indicada pela letra L.
O calor latente provoca unicamente uma mudança de fase do
corpo, sem alterar sua temperatura.
Transferência de calor a temperatura constante – mudanças de estado físico.
Calor deve ser fornecido ou removido para a mudança de estado físico de uma
substância; neste caso, a temperatura permanece constante.
A figura nos dá o diagrama aproximado para uma massa de 1 kg de água, sob
pressão atmosférica normal, considerada constante.
Entre A e B a água está no estado sólido e vale a relação: Q = cs m∆T
Portanto, no intervalo AB não há mudança de estado físico e o fornecimento (ou
.
retirada) de calor implica uma variação de temperatura; o calor trocado nessas
condições é comumente denominado calor sensível
Continuando o fornecimento de
calor após o ponto B, o processo de
fusão tem início e a temperatura se
mantém constante até que toda a
massa de gelo seja transformada
em líquido; a quantidade de calor
por unidade de massa que funde a
substância é denominada calor
latente de fusão (Lf).
Assim, a quantidade de calor para
fundir uma massa m de uma
determinada substância é dada por:
Q = mL F
De C até D a água está líquida e vale a fórmula anterior do calor sensível.
De forma similar ao trecho de fusão, de D até E a temperatura é constante,
significando o fornecimento de calor para vaporizar a água. Essa quantidade de calor
por unidade de massa é chamada calor latente de vaporização (Lv).
E a quantidade de calor para vaporizar uma massa m de uma determinada
substância é dada por:
Q = mLvap
Nos processos inversos (condensação e solidificação) valem os mesmos valores da
vaporização e da fusão, se as demais condições são as mesmas; é claro que o sinal
é contrário, pois há remoção e não fornecimento de calor.
Vapor x Gás
Lei de Boyle
Formulada pelo químico irlandês Robert Boyle (1627-1691) descreve o
comportamento do gás ideal quando se mantém sua temperatura
constante (transformação isotérmica): considere um recipiente com tampa
móvel que contem certa quantidade de gás.
Aplica-se lentamente uma força sobre essa tampa, pois desse modo não
alteraremos a temperatura do gás.
Observaremos um aumento de pressão junto com uma diminuição do
volume do gás, ou seja, quando a temperatura do gás é mantida
constante, pressão e volume são grandezas inversamente proporcionais.
Essa é a lei de Boyle, que pode ser expressa matematicamente do
seguinte modo:
Lei de Charles
Mostra o comportamento de um gás quando é mantida a sua pressão
constante e variam-se as outras duas grandezas: temperatura e volume.
Para entendê-la, considere novamente um gás em um recipiente de
tampa móvel. Dessa vez, nós aqueceremos o gás e deixaremos a tampa
livre, como mostra a figura abaixo:
Ao sofrer esse aquecimento, o gás irá tentar se expandir, mas isso é algo
que não ocorre, pois a tampa está travada. O resultado será o aumento
da pressão do gás sobre as paredes do recipiente.
A lei de Gay-Lussac descreve essa situação, ou seja, em uma
transformação isométrica (volume constante), a pressão e a temperatura
serão grandezas diretamente proporcionais.
Matematicamente, a lei de Gay-Lussac é expressa da seguinte forma:
Equação de Clapeyron.
Vimos através das três leis anteriores como um gás perfeito se comporta
quando mantemos uma variável constante e variamos as outras duas. A
equação de Clapeyron pode ser entendida como uma síntese dessas três
leis, relacionando pressão, temperatura e volume.
Em uma transformação isotérmica, pressão e volume são inversamente
proporcionais e em uma transformação isométrica, pressão e
temperatura são diretamente proporcionais; dessas observações, podemos
concluir que a pressão é diretamente proporcional à temperatura e
inversamente proporcional ao volume.
É importante também salientar que o número de moléculas influencia na
pressão exercida pelo gás, ou seja, a pressão também depende
diretamente da massa do gás.
Considerando esses resultados, Paul Emile Clapeyron (1799-1844)
estabeleceu uma relação entre as variáveis de estado com a seguinte
expressão matemática:
Onde n é o número de mols e R é a constante universal dos gases
perfeitos; essa constante pode assumir, entre outros, os seguintes valores:
Valores de R
Valor Unidades Valor Unidades
8,314472 J/(K * mol) 62,3637 (l * mmHg)/(K * mol)
8,314472 (l * kPa)/(K * mol) 62,3637 (l * Torr)/ (K * mol)
0,08205746 (l * atm)/ (K * mol) 83,14472 (l * mbar)/ (K * mol)
8,2057459*10-5 (m3 * atm)/ (K * mol) 10,7316 (ft3 * psi)/(ºR * lbmol)
1,987 cal/(K * mol)
Observe que as três equações dão o mesmo resultado, o que significa que
elas são iguais; então, podemos obter a seguinte equação final:
Gases reais
pV
z=
RT
Observando-se experimentalmente o comportamento de um gás real
através da medição de p, V e T, para um n conhecido, obtém-se, para a
função Z = f(p), gráficos como aqueles apresentados na gráfico z = f(p)
para o hélio e o oxigênio, em que T e n são constantes.
Nota-se, por este gráfico, uma tendência para Z aproximar-se de 1, à
medida que a pressão diminui.
O prolongamento do gráfico corta o eixo das ordenadas no ponto em que Z =
1; ou seja, o comportamento dos gases reais aproxima-se da condição de
obediência às leis dos gases à medida em que a pressão tende a zero (é
importante perceber que nestas condições os três fatores limitantes, acima
enunciados, tornam-se desprezíveis)
mg mg
x= =
m g +m f mt
Se acrescentarmos mais energia a esse vapor ele terá sua temperatura
aumentada (calor sensível) e teremos, então, vapor superaquecido, em
um determinado grau de superaquecimento; por exemplo, se ao vapor
saturado seco @ 1,03kgf/cm2 e 100ºC for cedido calor de modo a aumentar
sua temperatura para 140ºC, o grau de superaquecimento resultante é de
40ºC.
Existem basicamente dois tipos de vapor:
• Vapor saturado: é um vapor “úmido”, contendo pequenas gotículas de água,
sendo obtido da vaporização direta da mesma; quando este tipo de vapor se
condensa, cede calor latente, e é usado para aquecimento direto ou indireto.
• Vapor superaquecido: é obtido através do aquecimento conveniente do
vapor saturado, resultando em um vapor seco. É usado para transferência de
energia cinética, ou seja, para geração de trabalho mecânico (turbinas).
Para as aplicações de engenharia utiliza-se diagramas e tabelas para a
estimativa das propriedades termodinâmicas das fase líquida e vapor, tais
como título (X), entalpia (H) e entropia (S) além de p, V e T; desses
diagramas o mais importante é o de Mollier por ser o mais completo e não
só apresentar as propriedades termodinâmicas como também auxiliar na
visualização dos processos pelo quais uma substância pode passar.
Algo tem que mudar
para que tudo
continue como antes.
(Lampadosa)
Caldeiras
Introdução.
A água ferve normalmente a 100º C, ao nível do mar e num recipiente
aberto. Qualquer que seja o tempo que a água demore para ferver nessas
condições, a temperatura continuará a mesma.
Se você mantiver alta a chama de gás, depois que a água já estiver
fervendo, estará apenas desperdiçando gás.
O que estiver dentro da água levará o mesmo tempo para cozinhar. O
excesso de calor produzirá apenas a evaporação mais rápida da água.
É possível, entretanto, tornar a água mais quente que 100ºC, aumentando a
pressão.
Caldeiras (geradores de vapor) são equipamentos destinados a
produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando
qualquer fonte de energia, excetuando-se os referverdores e equipamentos
similares utilizados em unidades de processo
.
Caldeira aquatubular
Classificação das caldeiras:
As caldeiras podem ser classificadas de acordo com:
1. a pressão de trabalho -
segundo a NR-13
Θ categoria A: caldeira cuja pressão de operação é superior a
1960 kPa (19, 98kgf/cm2);
Θ categoria C: caldeiras com pressão de operação igual ou
inferior a 588 kPa (5,99kgf/cm2) e volume interno igual ou inferior
a 100 litros;
Θ categoria B: caldeiras que não se enquadram nas categorias
anteriores.
segundo a prática industrial:
2. o fluido que passa pelos tubos:
@ caldeiras flamotubulares
@ caldeiras aquotubulares
3. o grau de automação:
∞ caldeiras manuais;
∞ caldeiras semi-automáticas;
∞ caldeiras automáticas.
4. a fonte de energia:
¤ caldeiras elétricas;
¤ caldeiras com câmara de combustão;
¤ caldeiras de fluido térmico;
¤ caldeiras de recuperação.
5. a movimentação da água nos tubos:
caldeiras de circulação natural
caldeiras de circulação forçada
6. a pressão da câmara de combustão:
Ω caldeiras de pressão positiva;
Ω caldeiras de pressão negativa
7. a tiragem:
€ caldeiras de tiragem natural
€ caldeiras de tiragem induzida
€ caldeiras de tiragem balanceada.
8. o tipo de combustível :
¤ caldeiras a combustível sólido;
¤ caldeiras a combustível liquido;
¤ caldeiras a combustível gasoso.
O quadro a seguir apresenta uma distribuição das caldeiras levando em
conta suas capacidades e pressões:
Caldeiras Elétricas
Isto significa que para cada volume (cada mol) de propano são necessários 5
volumes de oxigênio e, conseqüentemente:
Exemplo 2:
Determinar a razão estequiométrica de ar/ combustível para o combustível com a
seguinte composição centesimal (%p/p):
C H O N S
72,0 14,0 8,0 2,8 3,2
Massa molecular
(kg/kmol) 12 1 16 14 32
Moles totais
(kmol) 6 14 0,5 0,2 0,1
Reação de combustão:
6C+4H+0,5O+0,2N+0,1S+ x. (O2+3,76N2) →6CO2 +7H2O + 0,1SO2 + yN2
Fazendo o balanço para o oxigênio temos:
5. Dispositivos de segurança.
fusível térmico - ou “fusível tampão, consiste em um
parafuso com um orifício central preenchido por uma liga de
bpf: quando a temperatura aumenta o material funde
provocando escape de vapor com intenso ruído.
válvulas de segurança (PSV) – são aquelas destinadas a
impedir que a pressão ultrapasse ao valor de segurança
estabelecido pelo projeto (pela NR 13: igual ou inferior à
PMTA/PMTP).
São válvulas especiais, cuja função é proteger elementos da
caldeira que estão submetidos a pressão de vapor: são
calibradas de modo a obedecerem uma determinada
seqüência de funcionamento, de tal modo que uma válvula
garanta a eliminação da situação de emergência, em caso de
falha mecânica ou insuficiência da que operou ou deveria
operar em primeiro lugar, e além disto devem ser
permanentemente observadas e testadas periodicamente,
para que não falhem em demanda.
No caso de caldeiras com duas válvulas (com superfície de
aquecimento < 47m2), devem ser instaladas: uma no tubulão
e outra na saída de vapor, abrindo numa seqüência inversa à
do fluxo de vapor evitando falta de fluxo no superaquecedor,
o que causaria danos às tubulações (a norma permite, neste
caso, uma sobrepressão de, no máximo 6% da PMTA).
intertravamento – são dispositivos destinados a proteger a caldeira na ocorrência de
alguma anormalidade, atuam normalmente apagando a caldeira, isto é, levando o
equipamento para a condição segura (utilizam sensores, relés, solenóides, VFRs*);
entre outra as seguintes anormalidades acionam o sistema de intertravamento:
nível baixo;
pressão baixa de combustível;
baixa vazão de ar de combustão;
alta temperatura do vapor na entrada do superaquecedor;
falha de chama;
parada dos ventiladores.
* [VFRs operadas por intertravemento são mantidas abertas ou fechadas, quando
determinadas condições são satisfeitas; falhando uma desta condições um sinal elétrico
comanda a abertura/fechamento (na falta de energia a válvula vai para a condição segura
– falha segura).]
detectores de chama – são dispositivos sensibilizados pela emissão luminosa da
chama do queimador: quando esta se apaga o detector desencadeia uma série de
operações visando a segurança operacional da caldeira (fechar a válvula de
combustível, é amais usual); existem três tipos de detectores:
Purgador termostático de
expansão líquida
Purgador termostático de
pressão balanceada
Purgador mecânico
de bóia
Purgador mecânico
de balde invertido
Purgador termodinâmico
Filtros – acessórios destinados a reter quaisquer tipos de impurezas presentes no
vapor; seu uso evita o entupimento de purgadores.
1. Partida e parada.
Partida da caldeira.
Inspeção – consiste basicamente em verificar se:
• mancais, caixas de redução, e válvulas estão limpos e lubrificados;
• os internos do tubulão estão fixados corretamente, e os tubos desobstruídos;
• ventiladores e bombas estão livres de detritos (estopas, ferramentas, EPIs,
pedaços de madeira, etc.), e em boas condições operacionais;
• drenos e vents estão abrindo e fechando adequadamente e aptas a fazer as
descargas necessárias;
• dampers e controladores de circulação de gases abrem e fecham
corretamente e as marcações de aberto/fechado correspondem à realidade;
• se o fluxo de água de refrigeração dos mancais de bombas está adequado;
• alarmes estão a funcionar quando acionados;
• os instrumentos estão conectados e operacionais;
• os controles, remotos e locais, estão em boas condições de operação;
• as juntas das portinholas estão com boa vedação.
Teste pneumático – consiste basicamente em detectar vazamentos no circuito
ar-gás de combustão, tanto internos quanto externos; é executado com todos
ventiladores ligados e utilizando-se uma espuma qualquer (de sabão, inclusive).
Enchimento – deve ser feito com água de qualidade o mais próxima possível da
água de alimentação normal; o diferencial de temperatura água-tubulões não
deve ser alta para evitar tensões.
Teste hidrostático – serve para detectar vazamentos no lado água - vapor e
deve ser feito antes da primeira partida, após eventuais reparos e a intervalos
especificados pela norma; antes do teste, deve-se bloquear e grampear as PSVs,
abrir os vents, encher completamente a caldeira, e, à medida que sair água pelo
vents, bloqueá-los.
Estando a caldeira completamente cheia, eleva-se a pressão através da bomba
de alimentação até a pressão de teste, e procede-se o exame detalhado quanto a
vazamentos e se o teste for negativo (nenhum vazamento), dá-se inicio ao
condicionamento da caldeira para acendimento:
drena-se a água das partes não destinadas a contê-la (superaquecedor);
removem-se os grampos das PSVs;
drena-se o tubulão até o nível normal de operação.
Secagem do refratário – para caldeiras novas ou que tenham passado por
reparos na fornalha, faz-se a secagem de refratários e isolantes, elevando-se,
lenta e gradualmente, a temperatura da fornalha, primeiro com ar aquecido e,
após, com o equipamento de combustão e os vents devem permanecer abertos;
o período de secagem varia e é determinado após exame da unidade.
Cuidados na partida – para se ter uma partida sem problemas alguns cuidados
devem ser observados:
• procurar usar um combustível BTE (gás natural, p. ex.) para evitar a formação
de ácidos, caso a temperatura fique abaixo do ponto de orvalho;
• regular o nível do tubulão no nível normal de operação, ou um pouco abaixo;
• não deixar o superaquecedor sem fluxo para evitar o aquecimento excessivo
de sua tubulação (em alguns casos, partir cheios d’água até atingir uma
pressão que garanta o fluxo);
• adotar um rodízio dos queimadores a fim de garantir um aquecimento lento e
uniforme;
• seguir rigorosamente o gradiente de pressão estabelecido para a caldeira,
através do controle da queima e do fluxo através das válvulas de partida e/ou
vents;
• evitar reposição de água enquanto a temperatura do tubulão não for igual ou
superior à da alimentação para depressões e tensões térmicas; atingida esta
temperatura, pode-se alinhar a LCV para reposição.
Teste das PSVs – deve ser efetuado antes de colocar a caldeira em linha, para
se garantir suas aberturas às pressões determinadas; como, geralmente a PSV
do superaquecedor é regulada para abrir antes da válvula do tubulão (para
manter fluxo contínuo e evitar danos), é preciso grampear aquela para que a
PSV do tubulão possa ser testada.
Colocação da caldeira em linha –
• se existir outra caldeira operando, os coletores de saída da caldeira devem ser
previamente drenados e aquecidos;
• o acendimento dos queimadores que irão operar deverá ser providenciado;
• abrir a válvula de saída da caldeira (se motorizada), ao mesmo tempo que se
fecha a válvula de partida do superaquecedor; se a válvula for de redenção, ela
se abrirá automaticamente à medida que a pressão a montante em função do
fechamento da válvula de partida;
• a partir deste ponto, os LCs, TCs e controladores de combustão podem ser
postos em automático.
Parada da caldeira.
A caldeira deve ser retirada de operação a intervalos regulares para inspeção,
limpeza e eventuais reparos, antes da parada algumas providências devem ser
tomadas:
deve ser feita uma ramonagem para eliminar depósitos de fuligem;
a carga da caldeira deve ser reduzida gradativamente até a pressão mínima de
combustível e apagada – se estiver queimando um óleo pesado as linhas de óleo
e maçaricos devem ser lavados com um combustível mais leve, e depois com
vapor;
a caldeira deve ser abafada (ventiladores parados e dampers fechados) de forma
a permitir que esfrie o mais devagar e uniformemente possível;
não acelerar a despressurização através de drenos e vents para evitar tensões
desnecessárias;
pelo mesmo motivo não acelerar o resfriamento pela passagem de grandes
quantidade de ar frio;
fechar a válvula de saída,e, quando a pressão estiver em torno de 2kgf/cm2 abrir
os vents do tubulão para evitar a formação de vácuo na caldeira devido à
condensação total do vapor;
não abrir a caldeira até que a temperatura na fornalha permita a entrada e
permanência de um homem no seu interior;
se a caldeira tiver que ser liberada para manutenção, remover os maçaricos,
bloquear e raquetear as linhas e abrir as bocas de visita.
2. Regulagem e controle.
Temperatura do vapor - manter a temperatura do vapor constante na saída da
caldeira; os fatores operacionais que afetam o grau de superaquecimento do
vapor são:
excesso de ar – quanto maior o excesso de ar maior a temperatura do vapor nos
superaquecedores de convecção e menor nos superaquecedores de radiação ;
temperatura da água de alimentação – o seu aumento diminui o grau de
superaquecimento;
tipo de combustível – nos superaquecedores de radiação quanto maior a
queima de gás menor a temperatura do vapor; o contrário ocorre nos superaq. de
convecção;
posição dos maçaricos – mudando-se a posição dos maçaricos em relação ao
superaq. consegue-se variar o grau de superaquecimento;
fuligem na superfície do superaq. – dificulta a troca térmica baixando a
temperatura do vapor.
O controle da temperatura pode ser feito pelo lado dos gases através de fornalhas
geminadas, da posição dos maçaricos ou pela circulação/desvios dos gases.
Ou pelo lado do vapor pela injeção de água/vapor saturado, ou pelo by pass de parte
ou de todo o vapor em trocadores (dessuperaquecedor ou atemperador); em ambos
os casos não há adição de contaminantes (sílica) ao vapor.
Pressão na fornalha – controla a pressão na fornalha (na entrada de ar ou na
saída de gases) e o fluxo de gases através dos elementos de troca de calor da
caldeira.
Fornecimento de energia - da energia para a geração de vapor mediante a
dosagem de combustível em sintonia com a injeção de ar para melhoria da
combustão; um PC ajusta a queima de modo a manter constante a pressão na
saída da caldeira, regulando pressão e vazão de combustível e/ou ar de
combustão.
Controle de nível de água - pode se de um elemento para caldeiras de
pequeno porte e de dois ou três elementos para maiores; o controle de três
elementos considera o nível no tubulão, a vazão de vapor e a vazão de água, o
que permite um controle de nível por antecipação.
Controle de poluentes - os principais poluentes originados da queima de
combustíveis orgânicos são:
material particulado – fumaça, fuligem, cinzas;
óxidos de enxofre – SO2 e SO3;
óxidos de carbono – CO e CO2;
óxidos de nitrogênio- NO, NO2, NOx
As quantidades desses poluentes dependerão dos, combustíveis usados, dos
modelos, do estado de conservação e das condições operacionais dos equipamentos
de queima.
temperatura dos gases na saída da chaminé – deve ser a mais baixa possível
visando um melhor rendimento da caldeira e menor impacto no efeito estufa.
resfriamento da purga – a água devolvida ao esgoto deve ter a temperatura
próxima da temperatura ambiente do ponto de descarte.
drenagem das linhas de combustível – não deve ser lançada diretamente em
esgoto pluvial
3. Falhas de operação, causas e providências.
As caldeiras, em geral, possuem uma grande quantidade de equipamentos e
instrumentos, e quando eles apresentam algum tipo de defeito, nem sempre sua
correção é fácil e simples.
As prováveis falhas de operação dependem muito da instalação: em unidades
de pequeno porte é provável que falhas em equipamentos críticos (bombas de
alimentação de água/combustível, ventiladores, compressor de ar de
instrumentação, etc.) provocará, apenas, o apagamento da caldeira e a falta de
vapor para os consumidores, sem maiores conseqüências, devendo o operador
sanar o problema e reacender a caldeira; em unidades de maior porte
(refinarias, p.ex.) deve-se atuar no sentido de evitar falhas em demanda –
equipamentos críticos redundantes, acionamento de diferen tes fontes,
geradores de emergência, banco de baterias, VC’s com operação
remota/local/utilização de by-pass, monitoramento da fornalha e das condições
de queima, de modo que o técnico possa perceber de imediato qualquer
anormalidade antecipando uma ação corretiva ( isto não significa que a
caldeira possa operar a todo custo, sem conformidade com a segurança).
Em qualquer situação, no entanto, o técnico deverá aplicar rigorosamente as
normas e procedimentos de segurança indicados no manual de operação
fornecido pelo fabricante do equipamento.
Os principais itens que podem apresentar defeitos em operação são:
- sistema de alimentação de combustível;
- sistema de alimentação de água;
- controle de nível;
- controle de combustão;
- controle de pressão.
Mostraremos, a seguir, alguns tipos de falhas, suas causas, e, as
providências a serem tomadas pelos técnicos de operação e/ou de
manutenção.
Sistema de alimentação de combustível:
falha : bomba de combustível não parte.
causas prováveis: falha no sistema elétrico, falha mecânica.
providências: consultar manual de operação, consultar instruções de manutenção,
checar comandos e circuito elétrico, acionar manutenção (elétrica/mecânica).
falha : bomba com pressão de descarga baixa/muito baixa.
causas prováveis: falha no circuito de combustível (alinhamento/vazamento, etc.) ,
falha mecânica, instrumento inoperante/bloqueado, descalibrado.
providências: checar circuito de combustível (vazamentos/alinhamento incorreto),
checar instrumentos (alinhamento, calibração), acionar manutenção (MI/MM/MC).
falha : temperatura do combustível muito alta.
causas prováveis: set point da TC do óleo mal ajustado, falha da válvula de
controle.
providências: corrigir set point, acionar MI.
falha : temperatura do combustível muito baixa.
causas prováveis: set point da TC do óleo mal ajustado, válvula manual de vapor
parcial/totalmente fechada, falha no purgador.
providências: corrigir set point, verificar alinhamento do vapor (abrir válvula manual),
verificar/trocar purgador, acionar instrumentação/caldeiraria.
falha : aquecimento a vapor inoperante
causas prováveis: válvula de vapor fechada, purgador inoperante, termostato/sole_
nóide do aquecedor de combustível desregulada/danificada.
providências: verificar alinhamento do vapor (abrir válvula manual), verificar/trocar
purgador, verificar/trocar termostato/solenóide, acionar instrumentação/caldeiraria.
falha : aquecimento elétrico inoperante.
causas prováveis:termostato desregulado/danificado, bobina da chave eletro
magnética desenergizada/queimada, fusíveis/resistências queimados.
providências: verificar/regular/substituir partes em falha, acionar ME.
É necessário que cada caldeira possa ser isolada das demais, por isso se
instala a válvula de retenção na saída de vapor; além disso a pressão do
sistema é controlada pela PV do manifold.
Num sistema de várias caldeiras a carga total é distribuída entre elas, e o
vapor em três ou mais níveis de pressão (40, 60, 80, 120kgf/cm2:
• o vapor de alta pressão é produzido nas caldeiras;
• o de média pressão é produzido por extração no TGs e exausto de turbinas e
estações redutoras;
• o de baixa pressão é produzido pelo exausto de turbinas auxiliares e estações
redutoras.
Em todos os níveis de pressão existem PSVs para segurança do sistema e todo o
sistema é operado de forma a evitar a abertura das válvulas redutoras pois estas não
produzem trabalho e a essa operação dá-se o nome de equilíbrio térmico.
6. Procedimentos em situações de emergência.
Todas as ocorrências de emergências devem ser atendidas de acordo com
o indicado no manual de operação da caldeira; entre estas emergências
pode-se citar:
• nível baixo de água – com o calor da fornalha agindo sobre os tubos secos
provocará deformações no invólucro, danos ao refratário, danos aos tubos e
vazamento de água.
causas – falha no controle de nível, check valve da linha de água dando
passagem, falha do sistema/falta de água de alimentação, falha de operação
(CO).
prevenção – rotina de revisão do controle de nível, sistema de alimentação de
água : atenção constante/ manutenção preventiva, máxima atenção ao nível nas
descargas de fundo.
ações – cortar ar/combustível, fechar saída de vapor/vent do superaquecedor,
confirmar nível real da caldeira, se o nível estiver visível alimentar a caldeira e
proceder acendimento da caldeira, se o nível não estiver visível, não repor água
e proceder resfriamento lento e gradual da caldeira.
• nível alto de água – possibilidade de arraste de água para o coletor geral de vapor
(atuação do alarme de HL).
causas – falha no controle de nível/controle no “manual”, falha do sistema, falha
de operação (CO).
prevenção – rotina de revisão do controle de nível, sistema de alimentação de
água : atenção constante/ manutenção preventiva.
ações – cortar alimentação de água, confirmar nível real da caldeira/efetuar
descarga contínua/descarga de fundo.
• pressão do vapor acima do limite normal – pode ocorrer em duas situações: a PSV
não abre ou a PSV abre mas a pressão contínua a subir.
causas – sede da PSV emperrada, PSV descalibrada/subdimensionada, ontrole
da caldeira no “manual”.
prevenção – testar regularmente a PSV, ao se alterar o valor de calibração da
PSV registrar o novo valor no Registro de Segurança da caldeira, substituir PSV
por uma corretamente dimensionada.
ações – cortar combustível e acompanhar evolução da pressão, providenciar
abertura de PSV, onde houver, para caldeiras de combustível sólido parar
ventiladores e fechar entradas/saídas de ar.
• rompimento de tubos – sempre que ocorre ruptura de tubos ou que há um grande
vazamento de vapor, é necessária uma ação imediata para evitar danos às pessoas,
reduzir efeitos materiais, de modo que a instalação seja impactada o menos possível.
causas – erosão/deposição de coque/superaquecimento em tubos, etc...
prevenção – tratamento adequado da água de alimentação, manter uma boa
freqüência de sopragem de fuligem, evitar umidade no vapor de sopragem,
regular os queimadores de modo a evitar incidência direta de chama nos tubos.
ações – cortar combustível, isolar caldeira avariada (caso haja mais de uma
caldeira operando), manter o nível de água o o tempo que for possível, manter
ventiladores operando, abrir PSVs, se não for possível manter o nível, cortar
alimentação de água, após despressurização, parar ventiladores e efetuar
resfriamento natural da caldeira.
• explosão na fornalha – deve-se à ignição de gases que se acumulam na fornalha.
causas – vazamento de combustível com acúmulo de resíduos no interior da
fornalha, falha dos ventiladores, formação de coque incandescente na fornalha,
obstrução da chaminé, falha de ignição, atomização deficiente, procedimento de
acendimento incorreto, abertura brusca da boca de visita da fornalha.
prevenção – evitar acúmulo de combustível no interior da fornalha, manutenção
preventiva de ventiladores/ignitores, manter as válvulas dos queimadores em
boas condições de vedação, limpeza freqüente de bicos atomizadores, manter
atenção na qualidade da chama.
ações – cortar o combustível, não acender a caldeira sem purgar os gases
remanescentes na fornalha nem fazer mais que duas tentativas de acendimento
sem purga, não acender um queimador com a chama de outro, nunca abrir a
boca de visita de forma brusca.
Tratamento de água e manutenção de caldeiras
Manutenção de caldeiras.
As caldeiras são projetadas de acordo com normas técnicas rigorosas que
garantem a segurança destes equipamentos; além das normas de
fabricação existem as normas técnicas que devem ser obedecidas após a
instalação e durante toda a vida útil das caldeiras- o atendimento destas
normas garante a segurança destes equipamentos.
Todas as caldeiras estão sujeitas a diversos mecanismos de deterioração e
avarias associados a corrosão, modificações das características
metalúrgicas dos materiais e avarias mecânicas.
Secagem do refratário – quando se trata de caldeira nova, ou que foi
submetida a manutenção na fornalha, é preciso proceder a secagem dos
tijolos refratários pelo seu aquecimento lento e gradativo; o tempo de
secagem depende da quantidade de tijolos substituídos, espessura de tijolo
e da qualidade do concreto empregado.
Limpeza química – remove óleos, graxas e materiais estranhos das
superfícies internas, e é feita com adição de produtos alcalinos e um
aquecimento à patm, e depois a p> patm; os produtos usados são: NaOH,
Na2CO3, NA3PO4, Na2SO3.
Sopragem – todas as linhas novas de vapor da caldeira, incluindo tubulões
e superaquecedores, devem passar por um procedimento de sopragem
antes de sua operação normal, pela passagem de vapor à alta velocidade
de modo a remover o material que possa estar no seu interior; o vapor será
descarregado para atmosfera até as tubulações sejam consideradas limpas.
Hibernação – quando a caldeira tiver que ser mantida fora de operação por
um longo tempo medidas para evitar corrosão; são dois os métodos a
serem empregados: a pressurização com H2, e o enchimento da caldeira
com água tratada com hidrazina (200ppm); pelo lado dos gases, isola-se a
caldeira para impedir a entrada de ar, e distribui-se sílica-gel ou cal virgem e
lâmpadas.
Manutenção preventiva e inspeções – o funcionamento eficiente e a
durabilidade dos equipamentos depende de cuidados específicos tanto para
as caldeiras quanto para seus periféricos; as inspeções devem ser feitas a
intervalos preconizados pela NR-13, para cada classe de caldeira, e os
programas de manutenção serão elaborados a partir dos relatórios de
inspeção e dos procedimentos inclusos nos manuais de operação.
Soldagem e alívio de tensões – as diversas partes das caldeiras são de
diferentes materiais, quanto mais alto o teor de C, mais difícil a soldagem;
após a soldagem, o resfriamento e a contração da zona soldada causam o
aparecimento de tensões que precisam ser aliviadas, e isto é feito
aquecendo se a peça até 600ºC, mantendo-a nessa temperatura por um
determinado período.
Mandrilamento – método de fixação dos tubos nos tubulões, que consiste
na expansão do diâmetro da tubulação no local de fixação por meio da
ação mecânica de roletes, calçados internamente nos tubos, provocando a
fixação por interferência.
Válvulas de segurança – devem ser inspecionadas e reguladas anualmente,
avaliando se o estado da mola, do corpo e da sede.
Queimadores – precisam de manutenção constante e adequada, pois são
fundamentais para a operação da caldeira; oxidação, abrasão e desgastes
são avarias constantes provocadas pela limpeza inadequadas dos bicos.
O fogo é muito mais
antigo do que a fogueira!!!
Prevenção contra explosões e outros riscos
Riscos de explosão.
A utilização de caldeiras implica a existência de riscos de natureza variada;
deve-se, entretanto, destacar a importância do ris0co de explosões pelos
motivos que se seguem:
por se encontrar presente durante todo tempo de operação em
unidades de grande porte (refinarias, planta petroquímicas,
siderúrgicas, industrias de celulose...);
em razão da violência com que ocorrem as explosões;
por envolver pessoas (operadores, manutenção, comunidade, etc.)
porque sua prevenção deve ser consideradas em todas as fases de
vida da unidade: projeto, fabricação, instalação, operação, inspeção
manutenção).
A utilização de caldeiras implica a existência de riscos de natureza variada;
deve-se, entretanto, destacar a importância do ris0co de explosões pelos
motivos que se seguem:
por se encontrar presente durante todo tempo de operação em
unidades de grande porte (refinarias, planta petroquímicas,
siderúrgicas, industrias de celulose...);
em razão da violência com que ocorrem as explosões;
por envolver pessoas (operadores, manutenção, comunidade, etc.)
porque sua prevenção deve ser consideradas em todas as fases de
vida da unidade: projeto, fabricação, instalação, operação, inspeção
manutenção).
O risco de explosões do lado água está presente em todas as caldeiras,
uma vez que a pressão nesse lado é sempre superior à atmosférica.
Qualquer quantidade de um fluido compressível, não importa qual, quando
comprimida a uma pressão de 10 atm (p/ ex.), estará ocupando um espaço
10 vezes menor do que ocuparia se estivesse submetida à pressão
atmosférica; outro fator importante a ser considerado para avaliarem-se as
conseqüências de uma explosão é a quantidade de calor encerrada no
processo de vaporização da água, daí a necessidade do emprego de
espessuras calculadas em função de resistência do material e das
características de operação.
O risco de explosão pode, portanto, ser originado pela combinação de três
causas:
diminuição de resistência do material, que pode ser decorrente do
superaquecimento ou da modificação da estrutura do material ;
diminuição da espessura, que pode advir da corrosão ou da erosão;
aumento da pressão, que pode ser decorrente de falhas diversas,
operacionais ou não.
Causas de explosões – lado água :
superaquecimento – exposição do aço a temperaturas superiores à
admissível, e pode ser causado por material inadequado/defeituoso,
dimensionamento incorreto, queimadores mal posicionados, incrustações,
operação em marcha forçada, falta de água nas regiões de troca térmica
(circulação deficiente/CO);
choques térmicos – provocam fadiga no material e ocorrem devido a
freqüentes paradas/partidas de queimadores;
defeitos de mandrilagem – causam vazamentos/trincas em
tubos/espelhos;
falhas em juntas soldadas – representam áreas de menor resistência,
potencializando o risco de explosões;
mudança da estrutura metálica – altas pressões e demanda de vapor
provocam decomposição da H2O, o H2 liberado, pode alterar a estrutura do
aço, o tornando frágil;
corrosão – causa a redução na espessura de parede das partes sujeitas à
pressão, e pode ocorrer interna (oxidação generalizada do ferro, corrosão
galvânica, oxigenação diferencial, fragilidade cáustica, corrosão salina ou
por gases dissolvidos) ou externamente (teor de S do combustível,
temperatura dos gases de combustão) aos tubos;
elevação da pressão – a falha de qualquer um dos sistema de controle da
pressão – modulação da chama, intertravamento, PSV, operação manual –
pode causar a elevação da a níveis extremos com conseqüente explosão.
Causas de explosões – lado gases:
As explosões no lado dos gases de combustão acontecem na condição em
que a fornalha está inundada com a mistura combustível/ comburente; falta
de limpeza dos queimadores/carbonização do óleo no queimador, presença
de água no combustível ou falha no sistema de ar de combustão, pode
causar a perda de chama, o que tornará a atmosfera na fornalha rica e a
explosão será deflagrada pelo sistema de ignição, partes incandescentes
da fornalha ou ainda a chama de um queimador que tenha permanecido
aceso.
Conclusões e medidas de segurança para o controle dos riscos
O risco de acidentes na operação de caldeiras é caracterizado por grande
quantidade de variáveis, não só de operação, como também de fabricação
e de conservação do equipamento.
De fato, a segurança da operação, independentemente do tamanho ou do
modelo da caldeira, começa no projeto de sua construção. O controle dos
riscos é intrinsecamente considerado em normas técnicas especificas sobre
materiais, procedimentos de fabricação, métodos de controle da qualidade,
etc..
Essas normas, usualmente denominadas “códigos”, são internacionalmente
reconhecidas, tais como o código ASME (American Society of Mechanical
Engineers), as “British Standards”, as normas AFNOR (Association
Française de Normalization), o CODAP (Code d´Appareils à Pression),
alemãs (DIN), japonesas e outras; no Brasil, a ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas), elaborou e edita, entre outras, a NB 227 – Código
para projeto e construção de caldeiras estacionarias.
A construção das partes de uma caldeira e a sua montagem devem ser
realizadas com atenção especial, visando a garantia da qualidade do
equipamento. Dessa forma, cada série de operações de fabricação deve
ser sucedida de inspeções de controle de qualidade, que variam desde o
exame visual até a radiografia das juntas soldadas.
A instrumentação deve ter características funcionais e qualidade adequada
para que sejam fornecidas informações corretas aos sistemas de controle, e
estes, devem ser devidamente dimensionados para que atuem com
precisão sobre as variáveis de funcionamento da caldeira.
Os dispositivos de segurança requerem fabricação rigorosamente dentro
das normas de controle de qualidade. È prática comum que as válvulas de
segurança sejam fabricadas sob controle de qualidade não só se seu
fabricante, como também dos consumidores, sendo igualmente
aconselhável o envolvimento de entidades neutras como participantes
desse sistema de “Garantia da Qualidade”.
Quando não aplicados corretamente os princípios de manutenção
preventiva e corretiva das caldeiras, e não seguem os mesmos rigores das
normas de construção, os riscos de acidentes de operação são fortemente
agravados.
O tratamento da água é de fundamental importância para a operação
segura das caldeiras; é certo e seguro que a água, como é encontrada na
natureza ou como é fornecida em redes urbanas de abastecimento, ainda
que “potável”, não é normalmente, adequada para a alimentação de
caldeiras.
Para finalizar, é necessário ressaltar a importância do elemento humano na
segurança de operações de caldeiras, não só como responsável pelo
projeto, pelas especificações de materiais na construção de caldeira, pela
escolha de instrumentos, mas também na condução do equipamento, ou
seja, na operação propriamente dita.
É fundamental que os operadores e supervisores sejam treinados ( por
força da própria NR-13) para desenvolvimento de suas atividades rotineiras,
porém a habilidade, a pratica, a harmonia Homem-Máquina tem sido
considerados como os fatores mais importantes nessa questão.
Os riscos de acidentes na operação de caldeiras, portanto, são controláveis
pela pratica da técnica correta em todas essas fases: projeto, construção,
controle de qualidade, operação, manutenção e inspeção.
Mas ninguém disse que
iria ser fácil...
(Minha Mãe)
Acabou!!!!!!