ACADÊMICA: ANDRIELE FABIANE PEREIRA DOS SANTOS, DANIEL
BORGES, GIOVANA VERONESE MEZZOMO, LEONORA MARIA DA LUZ GREZZANA, RAKEL MAZETTO KANNENBERG
Idade Adulta (40 - 65 anos)
Ao decorrer da vida jovem adulta, surgem rotinas e responsabilidades
que ocupam muito tempo de nossas vidas, como cuidar do lar, manter e conquistar bens, proteger a família, administrar negócios e carreira, porém passando para a idade adulta algumas coisas começam a mudar, gerando conflitos, novos hábitos físicos e reflexões interiores.
Cognitivo
O desenvolvimento cognitivo é irregular durante a idade adulta,
envolvendo ganhos e perdas nas diversas habilidades e em épocas diferentes. Mas há um desempenho máximo, em quatro habilidades, principalmente em mulheres, raciocínio indutivo, orientação espacial, vocabulário e memória verbal. Pesquisas também distinguiram dois tipos de inteligência que é a Inteligência Fluída que é a capacidade de aplicar as faculdades mentais a novos problemas, que existem pouco ou nenhum conhecimento prévio e a Inteligência Centralizada que é a capacidade de recordar e utilizar informações adquiridas durante toda uma vida, ela mantêm e ate se aperfeiçoa com a idade. Embora pessoas de meia idade levem um pouco mais de tempo para processar informações, elas mais que compensam resolvendo problemas em suas áreas com julgamento, desenvolvidas a partir da experiência, denominadas Pensamento Pós Formal, é um pensamento subjetivo e relativista, utilizando a experiência concreta.
Pessoas de meia idade tendem a ter grande capacidade para resolver
problemas práticos. Se a função da inteligência é lidar com problemas da vida real, as virtudes do pensamento maduro na meia idade são evidentes. Pessoas altamente criativas têm iniciativa própria, forte senso de propósito e de direção. Elas examinam um problema com mais profundidade e encontram soluções que não nos ocorram outros.
Pessoas encontram o ápice de suas realizações de produtividade criativa
na meia idade. Criatividade e idade, a curva de idade varia conforme o campo. Perda de produtividade pode ser compensada por ganhos em qualidade; maturidade muda o tom e o conteúdo do trabalho criativo.
Transição da menopausa: a crise da meia-idade
A partir do final dos anos noventa o silêncio sobre a menopausa
começou a ser quebrado e as publicações sobre esse tema aumentaram consideravelmente. Para as feministas, a menopausa é uma fase natural, que muito além do aspecto puramente biológico, sofre influência de variáveis psicossociais que ainda precisam ser estabelecidas e estudadas.
Profissão da Idade Adulta
A profissão nessa fase da vida é muito importante tanto para o homem
quanto para mulher, continuarem se sentindo úteis. Como isso vem o estresse pela não valorização do profissional adequadamente (achando que merece ganhar mais pela idade atingida, pela experiência...). E assim também vêm as perguntas: Será que vou dar conta de sustentar até o fim da vida? Será que nessa idade mereço trabalhar tanto? Será que já não trabalhei o suficiente? São questionamentos que ficam na cabeça das pessoas nessa faixa etária. Assim vem o colapso: “O colapso costuma ser uma resposta ao estresse contínuo mais do que a uma crise imediata”. O estresse pode levar a esgotamento emocional, podendo se sentir incapaz de realizar algum ato a pessoa fica se sentindo “inválida” o que leva a depressão, e causando alguns sintomas clínicos também.
Atualmente com a crise que estamos vivendo, estamos sofrendo
bastante com o desemprego para pessoas nessa faixa etária, pois elas se tornam mais “caras” para as empresas que precisam valorizar melhor, sendo assim eles acabam demitindo as pessoas mais antigas e colocando no lugar pessoas mais novas que dizem ter melhores habilidades. “Entre 190 profissionais desempregados, aqueles que acreditavam que tinham alguma influência sobre as circunstâncias ficavam menos ansiosos e deprimidos, tinham menos sintomas físicos e melhor autoestima e satisfação na vida do que os que acreditavam que forças externas estavam controlando.”
Desenvolvimento de identidade
O adulto dá-se conta que sua juventude vai-se indo rapidamente e
começa a reconhecer sua mortalidade. É um momento em que reavaliamos nosso passado, e pela superação de crises, visamos o futuro. Essa crise a qual se passa, é inevitável à medida que as pessoas lutam pela necessidade de reestruturar suas vidas, seus papéis, e relacionamentos. É uma fase de transformação e desenvolvimento inclusive de identidade. O adulto sofre adaptações de prioridades e valores, e com um estilo equilibrado reconhecem as mudanças que estão ocorrendo de forma realista, procurando controlar o que pode ser controlado e aceitar o que não pode. Uma característica bastante comum dessa fase é a geratividade, ou seja, interesse em orientar a próxima geração.
O educar e cuidar na Meia-idade
Muitas pessoas de meia-idade encontram-se hoje mais ocupadas e mais
envolvidas do que nunca - algumas ainda criando os filhos enquanto outras redefinem seus papéis como pais de adolescentes e de jovens adultos e, muitas vezes, como cuidadores de pais idosos. A qualidade das amizades na meia-idade costuma compensar o que elas carecem em quantidade de tempo despendido. Especialmente durante uma crise, como o divórcio ou um problema com pais idosos, os adultos recorrem aos amigos em busca de apoio emocional, de orientação prática, de conforto, de companhia e de conversa.
A síndrome do Ninho Vazio
É comum que na primeira parte da meia-idade os pais precisam
enfrentar o fato de viverem com filhos que logo deixarão o ninho. O ninho vazio não indica o fim da paternidade e da maternidade. Ele é uma transição para uma nova etapa: o relacionamento entre pais e filhos adultos. Os pais agora podem perseguir seus próprios interesses enquanto usufruem das realizações dos filhos crescidos. De fato é uma adaptação difícil tanto para homens quanto para mulheres, mas se torna muito mais quando os filhos deixam o lar, mas voltam por n motivos. É chamada Síndrome da porta giratória. Um número cada vez maior de filhos adultos retorna ao "ninho" ou nem sequer deixam-no. Essa situação não normativa pode criar estresse para pais na meia-idade, especialmente quando ela não é temporária. A transição do ninho vazio pode ser vista como um processo mais prolongado de separação, muitas vezes, durando vários anos.
Referências
PAPALIA, Diane Papalia. Desenvolvimento humano. Ed. Artmed, 8ª edição.