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Seguridade Social

Origem e Evolução Legislativa no Brasil


A Seguridade Social surgiu como
uma tentativa de resolução aos chamados
riscos sociais.
sociais
Os riscos sociais mais evidentes e
protegidos pela Legislação Previdenciária
vigente hoje são:
=> A incapacidade laboral;
=> A invalidez;
=> A morte;
=> A velhice;
=> O Tempo de Trabalho (aqui
entendido como uma redução da
capacidade laboral pelo tempo de
serviço); e
=> A proteção do Trabalhador contra
agentes nocivos à saúde presentes em
seu ambiente de trabalho. (aposentadoria
especial).
Enfim, os Riscos sociais são
entendidos como eventos FUTUROS e
INCERTOS (exceto a MORTE, considerada
como único evento certo, embora
indeterminado).
O modelo jurídico adotado ao longo
da história para essa resolução dos riscos
sociais é o modelo de SEGURO, que vem
do conceito do Direito Privado e para a
Seguridade Social, restou adequado /
adaptado ao Direito Público.
Daí a origem do nome SEGURIDADE,
que vem de Seguro.
No Brasil temos normas protetivas à
sociedade desde a Constituição de 1824,
que assegurava socorros públicos
(assistência à população carente), em seu
art. 179.
A primeira vez que o instituto
APOSENTADORIA apareceu na legislação
brasileira, foi na constituição de 1891 –
apenas para os servidores públicos que
ficassem inválidos por prestação de
serviços à Nação ou em defesa desta.
Podemos, didaticamente, separar a
história da evolução legislativa da
proteção social no Brasil em 05 períodos:

1º) PERÍODO DE IMPLANTAÇÃO: ÃO Lei


Eloy Chaves, Decreto Legislativo nº 4.682,
de 24/01/1923, que criou uma Caixa de
Aposentadorias e Pensões para cada
Empresa de Estrada de ferro. Embora
estejamos diante de um marco legislativo,
a Lei Eloy Chaves não atingia a toda a
população, mas foi a 1ª a atingir toda uma
classe e a prever benefícios.
2º) PERÍODO DE EXPANÇÃO: ÃO de
1933 a 1959.
Com o exemplo da legislação
protetiva dos ferroviários, várias
categorias profissionais passaram a se
organizar para busca de proteção aos
riscos sociais, com a criação dos
Institutos de Aposentadorias e Pensões.

3º) PERÍODO DE UNIFICAÇÃO:


ÃO de
1960 a 1977.
Com a Criação da LOPS, Lei nº
3.807/60.
Foi a responsável pela Criação do
Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), foi a primeira lei que atingiu a
todas as categorias profissionais de
maneira única e genérica, excetuados
apenas os trabalhadores rurais, que foram
protegidos apenas em 1963 com a
instituição do FUNRURAL (Fundo de
Assistência e Previdência do Trabalhador
Rural).
Temos ainda em 1966 a criação do
INPS – Instituto Nacional de Previdência
Social que fundiu os fundos gestores dos
Institutos de Aposentadorias e Pensões
em uma única instituição Federal.

Por fim, ainda podemos citar a Lei nº


5.316 de 1967 que estatizou o Seguro
contra acidentes de Trabalho (SAT).
4º) PERÍODO DE REESTRUTURAÇÃO: ÃO
Marcou a reestruturação da
Previdência Social com a edição em 1977
da Lei nº 6.439 que instituiu o SINPAS
(Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social – que dividia a atuação
por área de atividade e não mais por
clientela.
O IAPAS - da Assistência Social;
O INPS - da Previdência Social; e
O INAMPS - da Assist. Médica e
Saúde.
5º) PERÍODO DE SEGURIDADE SOCIAL:
SOCIAL

A partir da Promulgação da
Constituição Federal em 04/10/1988 – que
criou o Sistema de seguridade Social,
formado por gestão Quadripartite, entre o
GATE (Governo, aposentados,
Trabalhadores e Empresas) e uniu Saúde,
Assistência e Previdência em uma só
organização.
Fontes
São fontes da Legislação Previdenciária:
=> A Constituição Federal;
=> As Emendas Constitucionais;
=> As Lei Complementares;
=> A Legislação Ordinária (Leis – Leis
Delegadas – Decretos Legislativos –
Medidas Provisórias e Resoluções do
Senado Federal;
=> A Legislação Subsidiária
(Regulamentos – Portarias – Instruções
Normativas);
=> A Jurisprudência.
Seguridade Social
Fontes Legislativas
A principal fonte legislativa da
Seguridade Social é a Constituição
Federal de 1988.
Ainda devemos destacar as
seguintes Leis:

=> Lei nº 8.212/91 – Trata do Plano


de Custeio da Previdência Social;

=> Lei nº 8.213/91 – Trata do Plano


de Benefícios da Previdência Social;
=> Lei nº 8.029/1990 – Criou o INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social),
Autarquia Federal que uniu: IAPAS e INPS;

=> Lei 8.080/1990 – Criou o SUS


(Sistema Único de Saúde), contudo o
INAMPS só foi extinto em 1993 com a
edição da lei nº 8.689.
8.689

=> Lei nº 8.742/1993 – LOAS (Lei


Orgânica da Assistência Social) –
Regulamentou as prestações e atuações
da Assistência Social.
Da Legislação Previdenciária
Conteúdo
São conteúdos da Legislação
previdenciária, os participantes, os
benefícios (comuns e acidentários), os
serviços e a forma de custeio, tanto do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
quanto dos Regimes Próprios de
Previdência Social (RPPS), referentes aos
Servidores Públicos.
Seguridade Social

Competência Legislativa Concorrente

Nos termos do art. 24, XII da CF/88,


compete concorrentemente à União, aos
Estados e ao Distrito Federal Legislar
sobre previdência Social, proteção e
defesa da saúde.
Seguridade Social

Conceito Constitucional da Seguridade


Social
Instituído pelo art. 194, caput, da
CF/88: está descrito como sendo um
conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da Sociedade,
destinadas a assegurar os direitos
relativos à Saúde, à Previdência Social e à
Assistência Social.
ORGANIZAÇÃO da Seguridade Social
Está baseado no tripé Saúde,
Previdência e Assistência.
Assistência Na Esfera
Estatal (latu sensu) a Seguridade social
está organizada em Ministérios, a saber:
=> Saúde – Ministério da Saúde;
=> Previdência – Ministério da
Previdência Social; (excetuando-se o
Seguro-Desemprego que é de
responsabilidade do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE);
=> Assistência – Ministério do
Desenvolvimento e Combate a Fome;
Já a Gestão dos recursos cabe aos
legalmente criados Conselhos Nacionais
da Saúde, de Previdência Social e de
Assistência Social.
Social

Todos com a permissão legal de


participação da sociedade em geral,
através de entidades representativas de
classe, além dos representantes públicos
de cada área de atuação.
O Conselho Nacional de Seguridade
Social (CNSS), foi extinto pela MP 2,143-36
de 2001, pois o Art. 2º da Emenda
Constitucional nº 32, de 11/09/2001,
estabelece que medidas editadas em data
anterior à Promulgação dessa emenda,
continuam em vigor até que medida
provisória ulterior as revogue
explicitamente ou até deliberação
definitiva do Congresso Nacional, ou seja
a MP acima que extinguiu o CNSS passou
a ter prazo de validade indefinido.
Da Previdência na Seguridade
Social

Dos Regimes de Previdência

De acordo com as disposições


Constitucionais o Sistema Previdenciário
Brasileiro, como parte integrante da
Seguridade Social é dividido em 03 (três)
tipos de Regimes. São eles os Regimes:
GERAL, PRÓPRIO e COMPLEMENTAR.
Do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS)

Analisando o Regime Geral de


Previdência social, nos termos dos art. 201
da CF/88, ele é caracterizado pela filiação
obrigatória e o caráter contributivo,
devendo ainda observar critérios que
preservem o seu equilíbrio financeiro e
atuarial.

TODOS OS PRINCÍPIOS DA
SEGURIDADE SÃO APLICADOS AO RGPS.
Do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS)
São ainda características do RGPS:
=> Cobertura dos riscos sociais:
Maternidade, doença, invalidez morte e
idade avançada;
=> A concessão de salário-família, auxílio-
reclusão, para os segurados de baixa renda
e da pensão por morte aos dependentes do
segurado falecido;
=>A proibição de adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria;
Do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS)
=> A Proibição de concessão de benefício
substituto de renda em valor mensal
inferior a um salário-mínimo;

=> A devida aplicação do reajustamento do


valor monetário dos salários-de-
contribuição que serão considerados no
cálculo concessório dos benefícios;

=> A Gratificação Natalina (13º Salário) aos


Aposentados e pensionistas;
Princípios constitucionais da
Seguridade Social

=> universalidade da cobertura e do


atendimento:
atendimento

Abranger a todas as contingências


sociais que necessitem de amparo ou
proteção social, tais como, a maternidade, a
velhice, a invalidez, a morte, etc... E atender
a toda a população sem distinção de classe
social, cor, religião, sexo, etc;
=> uniformidade e equivalência dos
benefícios e serviços às populações
urbanas e rurais:
rurais
Não pode haver, no âmbito da
Seguridade Social, qualquer distinção de
cobertura entre a população urbana e a
rural, ou em outras palavras, não se podem
criar benefícios diferenciados para
trabalhadores urbanos e rurais e os
existentes devem ter o mesmo valor
econômico e os serviços devem ser da
mesma qualidade;
=> seletividade e distributividade na
prestação dos benefícios e serviços:
os
Significa que benefícios e serviços
devem ser divididos de maneira desigual
para equilibrar as diferenças entre as
diversas camadas de poder econômico da
população. Por exemplo: os benefícios de
auxílio-reclusão e salário-família e são
devidos apenas aos segurados de baixa-
renda, assim determinados na Lei e a
própria assistência social que concede
benefícios sem a necessária contra partida
financeira do beneficiário;
=> irredutibilidade do valor dos benefícios:

Obediência aos ditames do art. 201 da


CF/88 que garante não só a proteção ao
valor dos benefícios, como também o seu
reajustamento periódico para garantir a
manutenção de seu valor real frente à
inflação;
=> eqüidade na forma de participação no
custeio:
custeio
Entenda aqui que por equidade de
participação teremos uma participação
respeite a capacidade contributiva do
segurado, como exemplo, os ditames do
art. 198 do Decreto nº 3.048/99, que
determina a contribuição escalonada dos
segurados de acordo com uma faixa salarial
determinada por portarias Ministeriais,
variando de 8, 9 ou 11%. Resumindo, quem
pode contribuir mais, paga mais, quem
pode contribuir menos paga menos;
=> diversidade da base de financiamento:
financiamento

Significa que toda a sociedade


participa do financiamento da Seguridade
Social, o Governo em todas as suas esferas
(União, Estados, Municípios, Autarquias e
Fundações), os Empregados, as Empresas
e até fonte oriunda das loterias;
=> caráter democrático e descentralizado
da gestão administrativa com a participação
da comunidade, em especial de
trabalhadores, empresários e aposentados:

Garante a participação da Sociedade


Civil na Gestão da Seguridade Social,
através de representantes indicados para
ocupar cargos, por exemplo, no Conselho
Nacional de Previdência Social (CNPS).
Princípios constitucionais específicos
da Previdência Social

=> Solidariedade:

Descrito no caput, do art. 195, da


CF/88, determina a participação obrigatória
de todos os membros da Sociedade, de
forma direta (através de contribuições
sociais) e de forma indireta (através dos
tributos) e também fala da solidariedade
entre as gerações.
Quem está inativo hoje (por
ocorrência de algum dos riscos sociais
vistos no começo da aula, tem benefício
mantido por quem trabalha hoje.
E o trabalhador de hoje, quando vier a
se deparar no futuro com algum dos riscos
sociais e vier a ficar inativo, terá seu
benefício mantido por quem estiver
trabalhando (ativo).
Em resumo, os inativos são mantidos
pelo ativos e quando um ativo se torna
inativo seu benefício será mantido pelos
ativos.
=> Contrapartida:

Explicito no art. 195, §5º, da CF/88,


determina que nenhum benefício da
previdência social pode ser criado,
majorado ou estendido sem a respectiva
fonte de custeio.

Desta forma, todo benefício necessita


ter a devida fonte de custeio, ou então não
pode existir, ser majorado ou estendido.
=> Anterioridade Nonagesimal:
Descrito no art. 195, §6º, da CF/88,
determina que contribuições sociais
instituídas ou modificadas por lei, só
poderão ser exigidas 90 (noventa) dias após
a publicação desta lei.
Sendo assim, as contribuições da
Seguridade Social não estão sujeitas ao
princípio da anterioridade do art. 150, III, b,
do CTN.
Este artifício permite à União
arrecadar nova contribuição ou
contribuição majorada no mesmo exercício.
Coberturas obrigatórias da Previdência
Social
=> Eventos doença, invalidez, morte e idade
avançada;
=> Proteção à maternidade, especialmente à
gestante;
gestante
=> Proteção ao Trabalhador em situação de
desemprego involuntário;
rio (Aqui não
estamos falando de Seguro Desemprego,
mas de Habilitação e Reabilitação
Profissional, Serviço do RGPS destinado
aos Beneficiários)
=> Salário-Família e Auxílio-Reclusão para
os dependentes dos Segurados de Baixa
Renda, assim determinados em lei;
lei
Coberturas obrigatórias da Previdência
Social
=> Pensão por morte do Segurado(a) ao
cônjuge, companheiro e/ou dependentes;
dependentes

=> É proibida a adoção de critérios e


requisitos diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos beneficiários do
RGPS, ressalvados os casos de atividade
especial (exercício sob condições
prejudiciais à saúde e/ou integridade física)
ou se tratar de segurado portador de
deficiência, nos termos definidos em lei
complementar (LC nº 142/2013);
142/2013)
Coberturas obrigatórias da Previdência
Social
=> Nenhum benefício substitutivo do
salário-de-contribuição ou do rendimento
do trabalho do Segurado pode ter valor
inferior a 01 (um) salário-mínimo;
nimo

=> Todos os salários-de-contribuição do


Segurado considerados no cálculo da tenda
do benefício serão devidamente atualizados
na forma da Lei (INPC);
(INPC)

=> É assegurado o reajustamento dos


benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real;
real
Coberturas obrigatórias da Previdência
Social
=> Está excluído como participante do
RGPS na condição de Segurado
Facultativo, qualquer pessoa participante
de RPPS;
RPPS
=> Gratificação natalina (13º Salário) aos
aposentados e pensionistas em valor igual
ao dos proventos recebidos no mês de
dezembro de cada ano;
ano
=> Aposentadoria por Tempo de
contribuição para homens após 35 anos e
mulheres, após 30 anos e por idade aos 65
anos para o homem e 60 para mulher,
reduzido o limite em 05 anos para o rural;
rural
Coberturas obrigatórias da Previdência
Social
=> Aposentadoria para o professor que
comprove efetivo exercício do magistério
na educação infantil e/ou no ensino
fundamental e médio, com os limites
reduzidos em 05 anos;
anos
=> Contagem recíproca do tempo de
contribuição nos RPPS, atividade urbana ou
rural, com a devida compensação financeira
entre os regimes;
regimes
=> Cobertura do risco de acidentes de
trabalho atendida pelo RGPS e pelo Setor
Privado;
Privado
=> Ganhos habituais do empregado, a
qualquer título, incorporados ao salário-de-
contribuição e repercussão no valor do
benefício;
cio
=> Benefício no valor de 01 (um) salário-
mínimo para trabalhadores de baixa renda
(família inscrita no CadÚnico e renda
familiar de no máximo 02 S-M), ou sem
renda própria ou que se dediquem ao
trabalho exclusivamente doméstico
conforme disposição em lei, com alíquotas
e carências inferiores às vigentes para os
demais segurados (Lei nº 12.470/2011, criou
a fonte de custeio, mas o benefício ainda
não foi regulamentado);
regulamentado)
DO ORÇAMENTO DA SEGURIDADE
SOCIAL
A proposta de orçamento da
seguridade social será elaborada de forma
integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, previdência social e assistência
social (Conselhos Nacionais), tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias,
assegurada a cada área a gestão de seus
recursos (Art. 195, §2º, da CF/88).
DO FINANCIAMENTO DA
SEGURIDADE SOCIAL

Será financiada por toda a Sociedade


de forma DIRETA E INDIRETA, mediante
recursos provenientes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e de contribuições sociais
(sociedade).
Empresa e Empregador Doméstico

De acordo com o art. 14, da Lei nº


8.213/91, considera-se empresa:

“A firma individual ou sociedade que


assume o risco de atividade econômica
urbana com fins lucrativos ou não, bem
como os órgãos e entidades da
administração pública direta, indireta e
fundacional”.

Ainda, equiparam-se a empresa:


=> O contribuinte individual em
relação a quem lhe presta serviço;

=> A Cooperativa, Associação; ou


entidade de qualquer natureza ou
finalidade, inclusive a missão diplomática e
repartição consular de carreira estrangeira;
=> O operador portuário e o órgão
gestou de mão de obra (OGMO);

=> O proprietário dono de obra de


construção civil, quando física, em relação
ao segurado que lhe presta serviço.
Do Empregador Doméstico
De acordo com o Art. 14, II, da Lei nº
8.213/91, Empregador doméstico é: “a
pessoa física ou a família que admite a seu
serviço, em sua residência, para atividade
sem fins lucrativos, o empregado
doméstico.

A Contribuição social a cargo do


Empregador doméstico NÃO gera sua
filiação/inscrição ao RGPS nem é
aproveitada para a sua pessoa.
Composição das receitas da
Seguridade Social no âmbito Federal:

=> Da União;

=> Das contribuições sociais;

=> De outras fontes.


São Contribuições Sociais para efeito de
composição da receita da Seguridade
Social:
=> Das empresas, incidentes sobre a
remuneração paga ou creditada aos
segurados a seu serviço;
=> A dos empregadores domésticos;
=> A dos trabalhadores, incidentes sobre o
seu SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO;
=> A das empresas, incidentes sobre
faturamento e lucro;
=> As incidentes sobre a receita de
concursos de prognósticos.
Da Contribuição da UNIÃO:
De acordo com os art. 16 a 19 da Lei
nº 8.212/91, a Contribuição da União
destinada ao RGPS é prevista anualmente
na Lei Orçamentária e tem por
responsabilidade a cobertura de eventuais
insuficiências financeiras da Seguridade
Social.
A União pode utilizar-se dos recursos
provenientes da contribuição das Empresas
sobre faturamento e lucro, tanto para os
encargos com a Previdência, quanto para
Saúde e Assistência.
Os recursos arrecadados pela União
com as contribuições sociais só poderão
pagar despesa de pessoal e administração
em geral apenas do INSS, do INAMPS (já
extinto), da LBA (Legião Brasileira de
Assistência) e da Fundação Centro
Brasileira para Infância e Adolescência.
A verba proveniente das
contribuições sociais das empresas,
incidente sobre faturamento e lucro, e a
proveniente da receita dos concursos de
prognósticos (Loterias) será repassada
mensalmente pelo Tesouro Nacional.
Contribuições Sociais das EMPRESAS:
Excluídas as empresas optantes pelo
SIMPLES NACIONAL, de acordo com os
arts. 22 e 23, da Lei nº 8.212/91, as
empresas contribuem da seguinte forma:
=> 20% sobre a folha Salarial dos
Segurados Empregados e dos
Trabalhadores Avulso a seu serviço e sobre
a remuneração paga aos Contribuintes
individuais que lhe prestem serviço, SEM
LIMITE AO TETO;
=> 22,5% se a empresa for uma
Instituição Financeira;
Contribuições Sociais das EMPRESAS:

=> 15% sobre o valor bruto da nota


fiscal ou fatura por serviços prestados
quando contrata cooperativas;
=> 7,6% sobre o Lucro Real OU 3%
sobre o Lucro Presumido a título de
COFINS (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – LC
nº 70/1991);
=> 1,65%, sobre o Faturamento, para
Empresas de Direito Privado, inclusive
instituições Financeiras, a título de PIS.
Contribuições Sociais das EMPRESAS:

=> 1%, 2% ou 3%, a título de SAT


(Seguro de Acidente de Trabalho), sobre a
folha salarial de todos os empregados ou
trabalhadores avulsos a seu serviço;
=> 6%, 9% ou 12%, a título de
adicional de SAT, sobre a remuneração
paga aos segurados empregados ou
trabalhadores avulsos a seu serviço, que
trabalham expostos a agentes nocivos que
lhes permita receber Aposentadoria
Especial;
Contribuições Sociais das EMPRESAS:

=> 15% sobre o lucro real trimestral


ou anual, ou sobre o lucro presumido
mensal, para as empresas de capitalização
e as referidas nos incisos I a VII, IX e X, do
§1º, do Art. 1º da LC nº 105/2001 e 9% sobre
a mesma base de cálculo, para as demais
pessoas jurídicas, a título de CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido), a qual foi criada pela Lei nº
7.689/88, em atenção ao critério do Art. 195,
I, c, da CF/88;
Contribuições Sociais das EMPRESAS
OPTANTES PELO SIMPLES:
As empresas optantes pelo SIMPLES
(LC nº 123/2006) pagam uma cota única
variável de 4% a 17,42%, sobre a Receita
Bruta mensal, de acordo com o Ramo de
Atividade.
De acordo com o art. 3º, §1º, da LC nº
123/2006, considera-se receita bruta, o
produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia.
Contribuições Sociais das EMPRESAS
DE PRODUÇÃO RURAL:
Pelo art .25, o Produtor Rural Pessoa
Jurídica e a Agroindústria contribuem com
2,5%, acrescidos de 0,1% para o SAT.
As contribuições incidem sobre a
receita bruta da comercialização da
Produção Rural e NÃO ISENTAM dos
descontos das contribuições dos
segurados a seu serviço devidas para o
INSS e para a RFB, e devem fazer as
contribuições para outras entidades dos
contribuintes ind. e das cooperativas.
Contribuições Sociais dos Produtores
Rurais:
O Produtor Rural Pessoa Física e o
Segurado Especial contribuem com 2,0%,
acrescidos de 0,1% para o SAT.
As contribuições incidem sobre a
receita bruta da comercialização da
Produção Rural e NÃO ISENTAM dos
descontos das contribuições dos
segurados a seu serviço devidas para o
INSS e para a RFB, e devem fazer as
contribuições para outras entidades dos
contribuintes ind. e das cooperativas.
Contribuições Sociais dos Segurados
Empregados, Empregado Doméstico e
Trabalhadores Avulsos:
De acordo com art. 20, da Lei nº
8.212/91, a contribuição destes Segurados é
escalonada de acordo com a faixa salarial
recebida e atualmente a divisão é a
seguinte:
=> 8% se o salário vai até R$ 1.317,07;
=> 9% se o salário vai de R$ 1.317,08 a
R$ 2.195,12;
=> 11% se o salário vai de R$ 2.195,13
até o teto de R$ 4.390,24.
Contribuições Sociais do Empregador
Doméstico :

De acordo com art. 24, da Lei nº


8.212/91, a contribuição do Empregador
Doméstico é no importe de 12% sobre o
valor do Salário pago ao Empregado
Doméstico.
Há em discussão projeto de Lei que
alterará a contribuição do Empregador
Doméstico em função da nova Lei do
Doméstico, mas até esta aula não há
alteração ao texto do art. 24.
Contribuições Sociais sobre a Receita
concursos de Prognósticos :
De acordo com art. 26, da Lei nº
8.212/91, a contribuição será de:
=> 5% - Sobre o movimento global de
apostas em prado de corridas (hipódromo –
corrida de cavalos) e de sorteios de
números ou de quaisquer modalidades de
símbolos (Loterias);
=> 100% - Sobre a Renda Líquida dos
concursos realizados pelos órgãos do
Poder Público destinada à Seguridade
Social de sua espera de Governo .
Contribuições Sociais sobre eventos
esportivos (clubes):

A Contribuição é de 5% sobre a
Receita Bruta decorrente dos espetáculos
desportivos de que participe a agremiação
ou clube em todo o território nacional, em
qualquer modalidade desportiva, inclusive
jogos internacionais, e de qualquer forma
de patrocínio, licenciamento de uso de
marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos
desportivos .
Contribuições Sociais dos
Contribuintes Individuais:

O art. 21, da Lei nº 8.212/91, determina


que o contribuinte individual deve
contribuir da seguinte forma:

=> 20% sobre a sua renda declarada,


para quem presta serviço por conta própria,
e para quem presta serviço a entidade
beneficente ou de assistência social, sem
fins lucrativos, isenta das contribuições
sociais.
=> 20% sobre a sua renda para quem
presta serviços a outro contribuinte
individual ou a produtor rural ou a missão
diplomática ou repartição consular, sendo
permitida a dedução de até 9% da
contribuição patronal do contratante
efetivamente recolhida ou declarada,
incidente sobre a remuneração que este lhe
tenha pago ou creditado no respectivo mês;
=> 11% sobre sua renda, para aquele
que presta serviços às empresas em geral,
inclusive as optantes pelo SIMPLES;
SEMPRE SÃO LIMITADAS AO TETO!!!
Contribuições Sociais dos
Contribuintes Facultativos:

O art. 21, da Lei nº 8.212/91, determina


que o facultativo contribui com 20% sobre
qualquer valor entre o limite mínimo (R$
724,00) e o máximo (R$ 4.390,24).
Contribuições Sociais Para o Plano
Simplificado de Previdência Social:

Criado pela LC nº 123/2006, determina


que o Segurado Contribuinte Individual e o
Segurado Facultativo pode contribuir,
opcionalmente, com 11% sobre o valor de
um Salário-Mínimo (R$ 724,00).
Contudo, ele perde o direito a
aposentadoria por tempo de contribuição e
só poderá se aposentar por idade e com
renda de um Salário-Mínimo.
Caso o Segurado queira aposentar-se
por tempo de contribuição, deve
complementar o valor de sua contribuição
com o pagamento de 9%, acrescidos dos
juros moratórios de que trata o art. 34 da
Lei nº 8.213/91 e para o período em que
contribuiu com o plano simplificado de
previdência, só podendo contar com o valor
de um Salário-Mínimo como valor de
contribuição neste período.
Do Microempreendedor Individual
(MEI)

A Lei Complementar nº 128/2008,


acrescentou à Lei Complementar nº
123/2006, os arts. 18-A, 18-B e 18-C, criando
a figura do MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL (MEI), com efeitos legais a
partir de 01º de Julho de 2009.
O MEI é definido pela Lei como sendo
o empresário INDIVIDUAL que exerce
profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou circulação
de bens e serviços, conforme conceituação
constante do art. 966 da Lei de Introdução
ao Código Civil e que tenha auferido receita
bruta, no ano-calendário anterior, de até R$
60.000,00 (sessenta mil Reais), que seja
optante pelo SIMPLES, ou que não possua
impedimentos para optar por esta
modalidade tributária.
A apuração do importe de R$
60.000,00 anuais, pode ser proporcional
para o primeiro ano de atividades da
empresa, reduzindo-se limite por uma
proporção R$ 5.000,00 para cada mês de
inatividade da empresa.

Assim, se a empresa iniciou suas


atividades em abril do ano calendário
avaliado, deve-se descontar os meses de
janeiro à março, o que equivaleria a R$
15.000,00. Desta forma o limite para este
caso seria de renda bruta de R$ 45.000,00.
São impedimentos à adoção do
SIMPLES NACIONAL:

=> Possuir mais de um


estabelecimento;

=> Participar de mais de uma empresa


como titular, sócio ou administrador;

=> Contratar empregado;

=> Exercer as atividade de:


- Construtor de imóveis; obras de
engenharia em geral, execução de projetos
de paisagismo e ou decoração de
interiores;

- Serviços de vigilância, limpeza e


conservação;

- Administração e locação de imóveis


de terceiros cumulativamente;

- Academias de dança, yoga, capoeira


e artes marciais;
- Academias de atividades físicas,
desportivas, de natação e escolas de
esportes;

- Elaboração de programas de
computadores, inclusive jogos eletrônicos;

- Licenciamento ou cessão de direito


de uso de programas de computação;

- Planejamento, confecção,
manutenção e atualização de páginas
eletrônicas;
- Empresas montadoras de estandes
de feiras;
- Produção cultural e artística;
- Produção cinematográfica e artes
cênicas (teatro);
- Laboratórios de analises clínicas e
patologias;
- Serviços de tomografia, diagnósticos
médicos por imagem, registros gráficos,
métodos ópticos e ressonância magnética;
- Serviços de próteses em geral.
O Valor da contribuição do MEI é de
5% sobre o salário-mínimo (R$ 724,00).

O MEI NÃO tem direito a


Aposentadoria por Tempo de Contribuição,
Aposentadoria Especial, Salário-Família e
Auxílio-Acidente.

Para Aposentadoria por Tempo de


Contribuição, deve fazer o complemento de
15% da contribuição, corrigida pela
variação da taxa SELIC.
Em regra o MEI não pode ter
empregados, mas se:

=> Possuir um único empregado;


=> O salário deste empregado for igual a
um salário mínimo, ou o piso da categoria
estabelecido em Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT);
=> Recolher a contribuição deste
empregado a seu serviço; e
=> Elaborar GFIP declarando este
empregado.
PODERÁ CONTRATAR O EMPREGADO.
A contribuição patronal é reduzida,
sendo de 3% sobre o valor do salário do
empregado, contudo o desconto do salário
empregado segue a regra dos empregados
normais, ou seja, 8%, 9% ou 11%,
dependendo da sua faixa salarial.
Outras Receitas do RGPS:
De acordo com o art. 27, da Lei nº
8.212/91 são outras fontes do RGPS:

=> Multas, atualização monetária e


os juros moratórios;
=> A Remuneração recebida por
serviços de arrecadação, fiscalização e
cobrança prestadas a terceiros;
=> Proveniente de outros serviços
ou arrendamento de bens;
=> Receitas Patrimoniais, industriais
e financeiras;
Outras Receitas do RGPS: (cont)

=> Doações, legados, subvenções e


outras receitas eventuais;
=> 50% dos valores obtidos e
aplicados na forma do § único do art. 243
da CF/88 (Valor apreendido em
decorrência de tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins);
=> 40% do resultado dos leilões dos
bens apreendidos pelo Departamento de
Receita Federal;
Outras Receitas do RGPS: (cont)

=> 50% do valor total do prêmio


recolhido e destinado ao SUS, para
custeio da assistência Médico-Hospitalar
dos Segurados vitimados em acidentes de
trânsito, pagos pelas companhias
seguradoras que mantêm o Seguro
obrigatório de danos pessoais causados
por veículos automotores de que trata a
Lei nº 6.194/1974;
Arrecadação e Recolhimento das
Contribuições destinadas à Seguridade
Social

=> Obrigações das Empresas:


- Arrecadar as contribuições dos
segurados empregados e trabalhadores
avulsos a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração;
- Recolher todas as contribuições a
seu cargo incidentes sobre as
remunerações pagas, devidas ou
creditadas, a qualquer título, até o dia 20
(vinte) do mês subsequente ao da
competência;
=> Obrigações das Empresas:

(CONTINUAÇÃO)

- Recolher as suas contribuições


devidas sobre faturamento e lucro, na
forma e prazos definidos pela legislação
tributária federal vigente;

- Empresas que integram grupo


econômico de qualquer natureza
respondem entre si, solidariamente, pelas
obrigações decorrentes desta Lei;
=> Obrigações ACESSÓRIAS das
Empresas:

- Preparar folhas-de-pagamento das


remunerações pagas ou creditadas a todos
os segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo
INSS, através de Instruções Normativas
(GFIP);
- Lançar mensalmente em títulos
próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas
as contribuições, o montante das quantias
descontadas, as contribuições da empresa
e os totais recolhidos;
=> Obrigações Acessórias das Empresas:
(CONTINUAÇÃO)
- Declarar à Secretaria da Receita
Federal do Brasil e ao Conselho Curador do
FGTS, na forma, prazo e condições
estabelecidos por esses órgãos, dados
relacionados a fatos geradores, base de
cálculo e valores devidos da contribuição
previdenciária e outras informações de
interesse do INSS ou do Conselho Curador
do FGTS. Essa declaração constitui
instrumento hábil e suficiente para a
exigência do crédito tributário, e suas
informações comporão a base de dados
para fins de cálculo e concessão dos
benefícios previdenciários (CNIS).
=> Obrigações Acessórias das Empresas:
(CONTINUAÇÃO)
- A empresa deverá apresentar a GFIP
mesmo que não ocorram fatos geradores
de contribuição previdenciária, aplicando-
se, quando couber, as seguintes
penalidades:
Ø R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de
10 (dez) informações incorretas ou
omitidas;
Ø 02% (dois por cento) ao mês-calendário
ou fração, incidentes sobre o montante das
contribuições informadas, ainda que
integralmente pagas, no caso de falta de
entrega da declaração ou entrega após o
prazo, limitada a 20% (vinte por cento);
=> Obrigações Acessórias das Empresas:
(CONTINUAÇÃO)
Ø Essas multas serão reduzidas: à metade,
quando a declaração for apresentada após
o prazo, mas antes de qualquer
procedimento de ofício; ou a 75% (setenta e
cinco por cento), se houver apresentação
da declaração no prazo fixado em
intimação.

Ø A multa mínima a ser aplicada será de: R$


200,00 (duzentos reais), tratando-se de
omissão de declaração sem ocorrência de
fatos geradores de contribuição
previdenciária; e/ou R$ 500,00 (quinhentos
reais), nos demais casos.
=> Obrigações Acessórias das Empresas:
(CONTINUAÇÃO)

Ø O descumprimento da obrigação de
apresentação da GFIP, IMPEDE a expedição
da certidão de prova de regularidade fiscal
perante a Fazenda Nacional.

- Comunicar, mensalmente, aos


empregados, por intermédio de documento
a ser definido em Instrução Normativa
(Holerite), os valores recolhidos sobre o
total de sua remuneração ao INSS.
=> Obrigações Acessórias das Empresas:
(CONTINUAÇÃO)

- Em relação aos créditos tributários,


os documentos comprobatórios do
cumprimento destas obrigações, devem
ficar arquivados na empresa até que ocorra
a prescrição relativa aos créditos
decorrentes das operações a que se refiram
(10 Anos – 05 p/ lançar e 05 p/ cobrar).

=> Obrigações dos segurados contribuinte


individual e facultativo:
- recolher sua contribuição por
iniciativa própria, até o dia 15 (quinze) do
mês seguinte ao da competência;
=> Obrigações das empresas adquirente,
consumidora ou consignatária ou da
cooperativa:
- são obrigadas a recolher a
contribuição a seu cargo (art. 25) até o dia
20 (vinte) do mês subsequente ao da
operação de venda ou consignação da
produção, independentemente de essas
operações terem sido realizadas
diretamente com o produtor ou com
intermediário pessoa física, na forma
estabelecida em regulamento;
- A pessoa física, não produtor rural,
que adquire produção para venda no varejo
a consumidor final tem a mesma obrigação;
=> Obrigações das empresas adquirente,
consumidora ou consignatária ou da
cooperativa: (CONTINUAÇÃO)
- ficam, ainda, estas sub-rogadas nas
obrigações do Produtor Rural e do
Segurado Especial pelo recolhimento das
respectivas contribuições destes,
independentemente de as operações de
venda ou consignação terem sido
realizadas diretamente com o produtor ou
com intermediário pessoa física, exceto no
caso de comercializem a sua produção: no
exterior, diretamente, no varejo, ao
consumidor pessoa física, ao produtor rural
ou ao segurado especial;
=> Obrigações do proprietário, do
incorporador, do dono da obra ou
condômino da unidade imobiliária:
- Qualquer que seja a forma de
contratação da construção, reforma ou
acréscimo, são TODOS SOLIDÁRIOS com o
CONSTRUTOR, e estes com a
subempreiteira, pelo cumprimento das
obrigações para com a Seguridade Social,
ressalvado o seu direito regressivo contra o
executor ou contratante da obra e admitida
a retenção de importância a este devida
para garantia do cumprimento dessas
obrigações, não se aplicando, em qualquer
hipótese, o benefício de ordem;
=> Obrigações do proprietário, do
incorporador, do dono da obra ou
condômino da unidade imobiliária:

(CONTINUAÇÃO)

- exclui-se da responsabilidade
solidária perante a Seguridade Social O
ADQUIRENTE DE PRÉDIO OU UNIDADE
IMOBILIÁRIA que realizar a operação com
empresa de comercialização ou
incorporador de imóveis, ficando estes
solidariamente responsáveis com o
construtor;
=> Obrigações do proprietário, do
incorporador, do dono da obra ou
condômino da unidade imobiliária:

(CONTINUAÇÃO)

- nenhuma contribuição à Seguridade


Social é devida se a construção residencial
unifamiliar for destinada ao uso próprio, de
tipo: econômico, sendo executada sem
mão-de-obra assalariada, observadas as
exigências do regulamento (Decreto nº
3.048/99);
=> Obrigações do produtor rural pessoa
física e o segurado especial:
- São obrigados a recolher a
contribuição incidente sobre a receita bruta
proveniente da comercialização: de artigos
de artesanato elaborados com matéria-
prima produzida pelo respectivo grupo
familiar, de artesanato ou do exercício de
atividade artística, de serviços prestados,
de equip. utilizados e de produtos comerc.
no imóvel rural, se em função de atividades
turística e de entretenimento desenvolvidas
no próprio imóvel, inclusive: hospedagem,
alimentação, recepção, recreação e
atividades pedagógicas, bem como taxa de
visitação e serviços especiais;
=> Obrigações do segurado especial:
- Arrecadar a contribuição de
trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la
até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao
da competência;
=> Obrigações do Empregador Doméstico:
- Arrecadar a contribuição do
segurado empregado a seu serviço e a
recolhê-la, assim como a parcela a seu
cargo, até o dia 15 (quinze) do mês
subsequente ao da competência. A parcela
relativa à novembro pode ser paga
juntamente com a contribuição referente ao
13º salário, utilizando-se de um único
documento de arrecadação, até o dia 20 de
dezembro.
=> Disposições Gerais:

- Se não houver expediente bancário


nas datas indicadas para o recolhimento
das contribuições a cargo dos contribuintes
individuais, facultativos e empregador
doméstico, o recolhimento deverá ser
efetuado até o dia útil imediatamente
posterior; nas demais contribuições, o
recolhimento deverá ser efetuado até o dia
útil imediatamente anterior.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Na hipótese de o contribuinte
individual, bem como o cooperado que
prestar serviço a empresa por intermédio
de cooperativa de trabalho; prestarem
serviço a uma ou mais empresas, poderão
deduzir, da sua contribuição mensal,
quarenta e cinco por cento da contribuição
da empresa, efetivamente recolhida ou
declarada, incidente sobre a remuneração
que esta lhes tenha paga ou creditada,
limitada a dedução a nove por cento do
respectivo salário-de-contribuição.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- A empresa ou cooperativa
adquirente, consumidora ou consignatária
da produção fica obrigada a fornecer ao
segurado especial cópia do documento
fiscal de entrada da mercadoria, para fins
de comprovação da operação e da
respectiva contribuição previdenciária.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Quando o grupo familiar a que o


segurado especial estiver vinculado não
tiver obtido, no ano, por qualquer motivo,
receita proveniente de comercialização de
produção deverá comunicar a ocorrência à
Previdência Social.
- Quando o segurado especial tiver
comercializado sua produção do ano
anterior EXCLUSIVAMENTE com empresa
adquirente, consignatária ou cooperativa,
tal fato deverá ser comunicado à
Previdência Social pelo respectivo grupo
familiar.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- A empresa contratante de serviços


executados mediante cessão de mão de
obra, inclusive em regime de trabalho
temporário, deverá reter 11% (onze por
cento) do valor bruto da nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços e recolher,
em nome da empresa cedente da mão de
obra, a importância retida até o dia 20
(vinte) do mês subsequente ao da emissão
da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o
dia útil imediatamente anterior se não
houver expediente bancário naquele dia.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Entende-se como cessão de mão-de-


obra: a colocação à disposição do
contratante, em suas dependências ou nas
de terceiros, de segurados que realizem
serviços contínuos, relacionados ou não
com a atividade-fim da empresa, quaisquer
que sejam a natureza e a forma de
contratação.

- Enquadram-se nesta situação, além


de outros estabelecidos em regulamento,
os seguintes serviços:
=> Disposições Gerais:

(CONTINUAÇÃO)

ØI - limpeza, conservação e zeladoria;

ØII - vigilância e segurança;

ØIII - empreitada de mão-de-obra;

ØIV - contratação de trabalho temporário na


forma da Lei nº 6.019/74.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)
- O valor retido pela empresa
contratante de serviços executados
mediante cessão de mão-de-obra, inclusive
em regime de trabalho temporário, que
deverá ser destacado na nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços (11% do
valor bruto), poderá ser compensado por
qualquer estabelecimento da empresa
cedente da mão de obra, por ocasião do
recolhimento das contribuições destinadas
à Seguridade Social devidas sobre a folha
de pagamento dos seus segurados.
Havendo compensação PARCIAL, o saldo
remanescente será objeto de restituição.
=> Disposições Gerais:

(CONTINUAÇÃO)

- O cedente da mão-de-obra deverá


elaborar folhas de pagamento distintas para
cada contratante.

- Em se tratando de retenção e
recolhimento, em nome de consórcio,
aplicam-se as mesmas regras acima (como
se fosse situação de cessão de mão-de-
obra), observando-se a participação de
cada uma das empresas consorciadas, na
forma do respectivo ato constitutivo.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Os administradores de autarquias e
fundações públicas, criadas e mantidas
pelo Poder Público, de empresas públicas e
de sociedades de economia mista sujeitas
ao controle da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios, que se
encontrarem em mora, por mais de 30
(trinta) dias, no recolhimento das
contribuições previstas nesta Lei, tornam-
se solidariamente responsáveis pelo
respectivo pagamento, ficando ainda
sujeitos:
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

Ø Às seguintes proibições:

I - pagar honorário, gratificação,


pro labore ou qualquer outro tipo de
retribuição ou retirada a seus diretores,
sócios, gerentes ou titulares da firma
individual;
II - distribuir quaisquer lucros,
bonificações, dividendos ou interesses a
seus sócios, titulares, acionistas, ou
membros de órgãos dirigentes, fiscais ou
consultivos;
III - ser dissolvida.
ÞDisposições Gerais:

(CONTINUAÇÃO)

Ø E, às seguintes sanções:

I - pena de detenção de 01 (um)


mês a 01 (um) ano; e

II - multa variável de 10 (dez) a


50% (cinqüenta por cento) do débito.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Nas ações trabalhistas de que


resultar o pagamento de direitos sujeitos à
incidência de contribuição previdenciária, o
juiz, sob pena de responsabilidade,
determinará o imediato recolhimento das
importâncias devidas à Seguridade Social.
- Quando não houver discriminação
das parcelas legais relativas às
contribuições sociais, nas sentenças
judiciais ou nos acordos homologados, a
incidência será, então, sobre o valor total
apurado em liquidação de sentença ou
sobre o valor do acordo homologado.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- Considera-se ocorrido o fato gerador


das contribuições sociais na data da
prestação do serviço.

- As contribuições sociais serão


apuradas mês a mês, com referência ao
período da prestação de serviços, mediante
a aplicação de alíquotas, limites máximos
do salário-de-contribuição e acréscimos
legais moratórios vigentes relativamente a
cada uma das competências abrangidas.
Þ Disposições Gerais:

(CONTINUAÇÃO)

- O recolhimento deve ser efetuado no


mesmo prazo em que devem ser pagos os
créditos encontrados em liquidação de
sentença ou em acordo homologado, sendo
que nesse último caso (acordo), o
recolhimento será feito em tantas parcelas
quantas as previstas no acordo, nas
mesmas datas em que sejam exigíveis e
proporcionalmente a cada uma delas.
=> Disposições Gerais: (CONTINUAÇÃO)

- No caso de reconhecimento judicial


da prestação de serviços em condições que
permitam a aposentadoria especial, serão
devidos os acréscimos de contribuição (6, 9
ou 12%);
- Na hipótese de acordo celebrado
após ter sido proferida decisão de mérito, a
contribuição será calculada com base no
valor do acordo.
- Aplicam-se as regras acima aos
valores devidos ou pagos nas Comissões
de Conciliação Prévia.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

=> O contribuinte individual que pretenda


contar como tempo de contribuição, para
fins de obtenção de benefício no Regime
Geral de Previdência Social ou de contagem
recíproca do tempo de contribuição,
período de atividade remunerada alcançada
pela decadência deverá indenizar o INSS.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária
=> O valor desta indenização,
corresponderá a 20% (vinte por cento):
– da média aritmética simples
correspondente aos 80% (oitenta por cento)
maiores salários-de-contribuição corrigidos
e apurados em todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de
1994; ou
– da remuneração sobre a qual
incidem as contribuições para o regime
próprio de previdência social a que estiver
filiado o interessado, no caso de
indenização para fins da contagem
recíproca, respeitado o TETO.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária
=> Sobre os valores apurados, desta forma,
incidirão juros moratórios de 0,5% (meio
por cento) ao mês, capitalizados
anualmente, limitados ao percentual
máximo de 50% (cinqüenta por cento), e
multa de 10% (dez por cento) simples, mas
aplicável a cada parcela.
=> Não se exige indenização nos casos de
contribuições em atraso não alcançadas
pela decadência do direito de a Previdência
constituir o respectivo crédito,
obedecendo-se, em relação a elas, as
disposições aplicadas às empresas em
geral.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária
=> Os débitos com a União decorrentes das
contribuições sociais:
- Das empresas, incidentes sobre a
Folha Salarial;
- Dos empregadores domésticos;
- Dos trabalhadores, incidentes sobre
o seu salário-de-contribuição; e
- Das contribuições instituídas a título
de substituição e das contribuições devidas
a terceiros, assim entendidas outras
entidades e fundos;
Que não forem pagas nos prazos previstos
(art. 30), serão acrescidos de multa e de
juros de mora, apurados da seguinte forma:
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

- Multa,
Multa calculada à taxa de 0,33%
(trinta e três centésimos por cento), por dia
de atraso, a partir do primeiro dia
subseqüente ao do vencimento do prazo
previsto para o pagamento da contribuição
até o dia em que ocorrer o seu pagamento.
O percentual de multa a ser aplicado fica
limitado a vinte por cento, independente da
quantidade de dias de atraso.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

- Juros de mora,
mora calculados de forma
equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (SELIC),
a partir do primeiro dia do segundo mês
subseqüente ao do encerramento do
período de apuração até o último dia do
mês anterior ao do pagamento, acrescidos
de 01% (um por cento) no mês do
pagamento.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

=> Nos casos de lançamento de ofício


relativos às contribuições anteriormente
citadas, aplicam-se as seguintes multas:

- 75% (setenta e cinco por cento)


sobre a totalidade ou diferença da
contribuição nos casos de falta de
pagamento ou recolhimento, de falta de
declaração e nos de declaração inexata;
- 50% (cinqüenta por cento), exigida
isoladamente, sobre o valor do pagamento
mensal:
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

1) Ainda que não tenha sido apurado


imposto a pagar na declaração de ajuste, no
caso de pessoa física;

2) Ainda que tenha sido apurado


prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa
para a contribuição social sobre o lucro
líquido, no ano-calendário correspondente,
no caso de pessoa jurídica.
Indenizações, Multas, Juros e
Atualização Monetária

- O percentual de multa de 75% será


duplicado (150%) nos casos Sonegação
Fraude e Conluio, com o intuito de lesar a
Autoridade Fazendária, independentemente
de outras penalidades administrativas ou
criminais cabíveis.

- Ainda, este percentual será


aumentado de metade, nos casos de não
atendimento pelo sujeito passivo, no prazo
marcado, de intimação para:
1) prestar esclarecimentos ao Agente
Fazendário (RFB);
2) apresentar os arquivos ou sistemas
de contabilidade da Empresa;
3) apresentar a documentação
técnica-contábil.
- As multas acima podem ser
reduzidas de 50% a 20% dependendo da
data do pagamento pelo sujeito passivo do
tributo lançado.
- Estas disposições aplicam-se,
inclusive, aos contribuintes que derem
causa a ressarcimento indevido de
contribuição decorrente de qualquer
incentivo ou benefício fiscal.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> Planejar, executar, acompanhar e


avaliar as atividades relativas à tributação,
à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e
ao recolhimento das contribuições sociais,
das contribuições incidentes a título de
substituição e das devidas a outras
entidades e fundos.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> É prerrogativa da Secretaria da Receita


Federal do Brasil, por intermédio dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal do
Brasil, o exame da contabilidade das
empresas, ficando obrigados a prestar
todos os esclarecimentos e informações
solicitados o segurado e os terceiros
responsáveis pelo recolhimento das
contribuições previdenciárias e das
contribuições devidas a outras entidades e
fundos.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> A empresa, o segurado da Previdência


Social, o serventuário da Justiça, o síndico
ou seu representante, o comissário e o
liquidante de empresa em liquidação
judicial ou extrajudicial são obrigados a
exibir todos os documentos e livros
relacionados com as contribuições
previstas nesta Lei.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> Ocorrendo recusa ou sonegação de


qualquer documento ou informação, ou sua
apresentação deficiente, a Secretaria da
Receita Federal do Brasil pode, sem
prejuízo da penalidade cabível, lançar de
ofício a importância devida
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> Na falta de prova regular e formalizada


pelo sujeito passivo, o montante dos
salários pagos pela execução de obra de
construção civil pode ser obtido mediante
cálculo da mão de obra empregada,
proporcional à área construída, de acordo
com critérios estabelecidos pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil, cabendo ao
proprietário, dono da obra, condômino da
unidade imobiliária ou empresa co-
responsável o ônus da prova em contrário.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> O desconto de contribuição e de


consignação legalmente autorizadas
sempre se presume feito oportuna e
regularmente pela empresa a isso obrigada,
não lhe sendo lícito alegar omissão para se
eximir do recolhimento, ficando diretamente
responsável pela importância que deixou de
receber ou arrecadou em desacordo com o
disposto nesta Lei.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> Se, no exame da escrituração contábil e


de qualquer outro documento da empresa,
a fiscalização constatar que a contabilidade
não registra o movimento real de
remuneração dos segurados a seu serviço,
do faturamento e do lucro, serão apuradas,
por aferição indireta, as contribuições
efetivamente devidas, cabendo à empresa o
ônus da prova em contrário.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> O crédito da seguridade social é


constituído por meio de notificação de
lançamento, de auto de infração e de
confissão de valores devidos e não
recolhidos pelo contribuinte.

=> Aplicam-se às contribuições sociais


mencionadas neste artigo as presunções
legais de omissão de receita.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil
=> Constatado o não-recolhimento total ou
parcial das contribuições tratadas nesta
Lei, não declaradas na forma do art. 32
desta Lei, a falta de pagamento de benefício
reembolsado ou o descumprimento de
obrigação acessória, será lavrado auto de
infração ou notificação de lançamento.
=> O débito original e seus acréscimos
legais, bem como outras multas previstas
em lei, constituem dívida ativa da União,
promovendo-se a inscrição em livro próprio
daquela.
Competência do INSS e da Secretaria
da Receita Federal do Brasil

=> É facultado aos órgãos competentes,


antes de ajuizar a cobrança da dívida ativa
de que trata o caput deste artigo, promover
o protesto de título dado em garantia, que
será recebido pro solvendo.

=> Serão inscritas como dívida ativa da


União as contribuições que não tenham
sido recolhidas ou parceladas resultantes
das informações prestadas na GFIP.
Salário-de-Contribuição

É a base de cálculo das


contribuições devidas pelos trabalhadores
e segurados facultativos ao RGPS. É um
conceito mais restrito que o conceito de
Remuneração do Direito do Trabalho,
portanto, nem todas as parcelas que
integram a remuneração do Trabalhador
são componentes do salário-de-
contribuição.
Parcelas Integrantes
-> 13º salário;
-> os abonos de férias excedentes aos
limites da legislação trabalhista;
-> valor total das diárias pagas, quando
excedentes a 50% da remuneração mensal;
-> Os ganhos habituais sob forma de
utilidades (salários in natura ou “por fora”)
e os adiantamentos decorrentes de reajuste
salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços;
-> O valor mensal do auxílio-acidente;
-> As gorjetas;
-> O aviso prévio indenizado;
-> os adicionais pelo exercício das atividades
em condições adversas (adicional noturno,
horas extras, adicional de insalubridade, de
periculosidade, e de penosidade, de
transferência de local de serviço e por tempo
de serviço – anuênio, biênio, qüinqüênio, etc)
-> remuneração indireta (isenção de taxa de
condomínio para o síndico);
Parcelas NÃO-Integrantes
-> Benefícios Previdenciários (exceto
salário-maternidade e auxílio-acidente);
-> Indenizações de qualquer natureza;
-> Férias indenizadas;
-> Dobra de férias;
-> Incentivo a demissão;
-> Abono de férias;
-> Ganhos eventuais (gratificações por
resultado, por exemplo) desde que não
habituais;
-> Auxílio/ajuda de Alimentação;
-> Auxílio/ajuda de Transporte;
-> Ajudas de custo
-> diárias de viagens que NÃO excedam
50% da remuneração mensal;
-> Seguro de vida;
-> Assistência Médica (plano de saúde ou
odontológico);
-> Auxílio/ajuda na Educação;
-> Previdência Privada;
-> Complementação de Auxílio-Doença;
-> Auxílio/ajuda em vestuário;
-> Reembolsos;
-> Participação nos lucros;
-> Direitos Autorais;
-> Remuneração de estágio (estagiário pode
ser segurado facultativo);
-> Remuneração de ministro de confissão
Religiosa (Padres, pastores, etc);

Em resumo, tudo o que é


indenizatório, ou ressarcimento ou para o
exercício da Profissão NÃO É SALÁRIO-DE-
CONTRIBUIÇÃO.
Se a origem do valor é pelo exercício
da atividade laboral, então a verba é salário-
de-contribuição.
LIMITES (para o ano de 2014):

=> Máximo:
ximo Atualmente é de R$ 4.390,24;

=> Mínimo:
nimo Atualmente é de R$ 724,00.
Da proporcionalidade do salário-de-
contribuição

O salário-de-contribuição pode ser


proporcional na medida em que o Segurado
não trabalhe o mês inteiro.
Como exemplo simples e rápido para
entendermos, um Segurado contratado ou
dispensado no meio do mês, tem como
salário-de-contribuição para este mês,
metade de sua contribuição.
Neste caso, o salário-de-contribuição
pode ser INFERIOR a um salário-mínimo.
O menor aprendiz que trabalhe em
desacordo com a legislação é equiparado
para fins previdenciários ao Segurado
Empregado,
Empregado contudo, pode ter salário-de-
contribuição inferior a um salário-mínimo.
Do reajustamento do salário-de-
contribuição
Como a lei determina que para a
apuração do salário-de-benefício utilizemos
contribuições referentes a meses anteriores
ao requerimento do benefício, os salários-
de-contribuição devem ser devidamente
corrigidos/reajustados, pois o valor
contribuído a alguns anos atrás não pode
ser usado sem a devida atualização.
O art. 29-B, da lei nº 8.213/91,
determinou que a correção deve ser feita
pela variação do INPC do período.
Como apurar o valor do Benefício:

O valor do benefício é apurado


através do cálculo do salário-de-benefício
(art. 29, Lei nº 8.213/91).
Por sua vez, o salário-de-benefício
utiliza os salários-de-contribuição do
Segurado para ser calculado.
Sendo assim, para chegar ao valor da
renda do benefício o último passo é
multiplicar o resultado do salário-de-
benefício pelo coeficiente típico de cada
benefício.
Do Cálculo dos Benefícios do RGPS:
Para se apurar o valor do benefício que
cada Beneficiário tem direito, a Lei
estabeleceu como parâmetro (base de
cálculo) o chamado SALÁRIO-DE-
BENEFÍCIO (art. 29), ou seja, qualquer
benefício, necessita do cálculo do Salário-
de-benefício para ter seu valor apurado.
Contudo, tomem cuidado que os benefícios
de Salário-Família e Salário-Maternidade
NÃO usam o salário-de-benefício como
base de cálculo.
Sendo assim, o Salário-de-benefício é
apurado da seguinte forma:
=> Para os benefícios de Auxílio-Doença,
Aposentadoria por Invalidez, Aposentadoria
Especial e Auxílio-Acidente é igual a média
aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a 80% de
todo o período contributivo.
Período contributivo é equivalente a todas
as competências mensais em que há
contribuição compreendida entre 07/1994 e
o mês imediatamente anterior ao início do
benefício.
Por sua vez, para os benefícios de
Aposentadoria por Tempo de Contribuição
e Aposentadoria por Idade, o conceito é o
mesmo, contudo, à média deve-se
multiplicar o valor do FATOR
PREVIDENCIÁRIO, fórmula aritmética
instituída pela Lei nº 9.876/99, que
compreende a idade do Segurado, seu
tempo de contribuição e a expectativa de
sobrevida e transforma estes dados em um
número.
O Valor do Salário-de-benefício, NUNCA
será inferior a um salário-mínimo, nem
superior ao do limite máximo de
contribuição na data de início do benefício.

Para o Segurado Especial o conceito muda,


sendo feito o cálculo da seguinte forma:
=> substitui-se o conceito de salários-
de-contribuição por valores sobre os quais
incidiu a contribuição anual, e divida-a por
13, multiplicando pelo Fator Previdenciário
apenas nos benefícios anteriormente
determinados
A expectativa de sobrevida é apurada
anualmente pelo IBGE e será expressa em
uma tábua completa de mortalidade,
considerando-se a média nacional única
para ambos os sexos.

Ainda, assim como existem permissões


legais para que segurados diferentes
tenham regras diferentes de tempo de
contribuição necessário para ter direito a
aposentadoria por Tempo de contribuição,
estas diferenças devem ser contempladas
no cálculo do fator previdenciário.
Assim temos:

Que para a mulher que se aposenta 05


(cinco) anos antes do homem, o tempo de
serviço apurado na Data de Início do
Benefício deve ser acrescido de 05 (cinco)
anos no cálculo do Fator Previdenciário,
assim como o tempo de contribuição do
professor que comprova efetivo exercício
do magistério na educação infantil e nos
ensinos fundamental e médio. A professora
nestas mesmas condições tem direito a
acrescer 10 (dez) anos ao seu tempo.
O Art. 29-A, legaliza o CNIS (Cadastro
Nacional de Informações Sociais) e
determina que o cálculo do Salário-de-
benefício utilizará as informações contidas
neste cadastro, no que se refere a
remuneração do Segurado.

O Art. 29-B, determina que os valores dos


salários-de-contribuição do segurado
devem ser atualizados de acordo com a
variação do INPC, apurado pelo IBGE.
Da Filiação e Inscrição dos Segurados
Da Inscrição:

É o ato de natureza administrativa


através do qual se opera o registro do
Segurado junto ao INSS.
Da Filiação:
É o momento em que o segurado
passa a integrar o Regime Geral de
Previdência Social (RGPS). É o vínculo
estabelecido entre o Segurado e o Sistema.
Da Inscrição do Segurado Obrigatório

A Inscrição do Segurado Obrigatório


se dá em um momento distinto para cada
categoria. Vejamos:
=> Empregado: Pelo preenchimento
de documento que o habilite para o
exercício da atividade, como o contrato de
trabalho por exemplo. A Inscrição é feita
pela Empresa.
=> Trabalhador Avulso: Pelo Registro
junto ao Sindicato ou OGMO. Estes fazem a
inscrição do trabalhador.
=> Doméstico: Por qualquer
documento que comprove a relação de
emprego.
=> Contribuinte Individual: Pela
apresentação de documento que
caracterize a condição de Autônomo.
=> Segurado Especial: Por documento
que demonstre a condição de Trabalhador
Rural ou Pescador.

A Inscrição destes 03 (três) é Feita


pelo INSS, mediante a apresentação do NIT
ou do PIS.
Da Filiação do Segurado Obrigatório

A Filiação do Segurado Obrigatório se


dá de forma automática a partir do
momento em que comprova o exercício de
atividade que o vincula ao RGPS.
De acordo com art. 19, do Decreto nº
3.048/99, os dados constantes do CNIS
(Cadastro Nacional de Informações
Sociais), servem de prova de filiação do
Segurado ao RGPS, embora outras provas
sejam admitidas, como anotação em CTPS,
Holerites, etc...
O exercício de mais de uma atividade
remunerada enquadrada dentro do RGPS,
impõe ao trabalhador tantas inscrições
quantas forem essas atividades, embora o
número de cadastro (inscrição – NIT ou
PIS), deva ser preservado.
Da Inscrição e Filiação do Segurado
Facultativo
A Inscrição do Segurado Facultativo é
feita pelo INSS e requer a apresentação de
dois documentos.
=> O Documento de Identidade; e
=> Uma declaração de que não exerce
atividade remunerada que o enquadre como
segurado obrigatório.
A Filiação se dá a partir do momento
da inscrição e com a formalização da
primeira contribuição sem atraso e será
mantida por vontade do Segurado.
Da Qualidade de Segurado:
Todo aquele que mantém vínculo com
a Previdência social por meio de filiação
(seja ela facultativa ou obrigatória) possui
qualidade de segurado.
A Lei nº 8.213/91 e o Decreto nº
3.048/99, trazem situações em que o
Segurado mantém a qualidade de segurado
e com isso mantém o direito aos benefícios
da Previdência Social, mesmo quando ele
não está vinculado à Previdência Social. É o
chamado PERÍODO DE GRAÇA.
O período de graça é em regra geral
de 12 meses, mas pode ser enlastecido em
até 36 meses de acordo com a situação em
que se encontra o Segurado.
Vejamos:
=> A qualidade de segurado é mantida
por PRAZO INDETERMINADO para quem
está em gozo de benefício da previdência
social.
=> Até 12 meses após cessar a
segregação daquele acometido por doença
de segregação compulsória.
=> É mantida por 12 meses para
qualquer segurado após a cessação das
contribuições ou do fim de gozo de
benefício da previdência social, que pode
ser acrescido de mais 12 meses, somando
24 meses, se o segurado tiver pago mais de
120 contribuições mensais sem interrupção
que acarrete perda da qualidade de
segurado e que pode ser acrescida de mais
12 meses se comprovada situação de
desemprego do segurado, somando um
total de 36 meses;
=> Até 12 meses após o livramento
condicional do segurado retido ou recluso.
=> Até 03 meses após o licenciamento
do segurado incorporado às forças
armadas para prestar serviço militar;
=> Até 06 meses após cessar as
contribuições do segurado facultativo;
Em todos estes casos a perda da
qualidade de segurado ocorrerá no dia
seguinte ao do término do prazo fixado para
recolhimento da contribuição referente ao
mês imediatamente posterior ao do final
dos prazos acima;
Da Carência:
É o período mínimo de contribuições
exigidos pela lei para que o Segurado tenha
acesso ao benefício que pretende.
A Lei nº 8.213/91, fixa os seguintes
prazos de carência:
=> Para os benefícios de Auxílio-
Doença e Aposentadoria por Invalidez, 12
contribuições mensais;
=> Para as Aposentadorias por Idade,
por Tempo de Contribuição e Especial, 180
contribuições mensais; e
=> Para o salário-maternidade 10
contribuições mensais para as seguradas
contribuinte individual, segurada especial
(sendo aqui necessária a comprovação do
efetivo exercício das atividades de
enquadramento da Segurada Especial pelo
período acima) e facultativa.

Não se exige CARÊNCIA para as


demais seguradas (Empregada, Empregada
Doméstica e Trabalhadora Avulsa) e sendo
reduzido proporcionalmente em caso de
parto antecipado.
Independem de carência os benefícios
de Pensão por Morte, auxílio-reclusão,
salário-família e auxílio-acidente.

Em caso de Acidente de trabalho ou


de doença ocupacional do trabalho, ou de
doença descrita no rol taxativo do art. 151
da Lei nº 8.213/91, o segurado fica
dispensado da carência.
Em caso de interrupção das
contribuições que acarretem a perda da
qualidade se segurado, o Segurado retoma
direito aos benefícios se ao retomar sua
filiação ao RGPS cumpra com um terço (1/3)
da carência exigida para o benefício
pretendido.
O §1º, do art. 102, da Lei nº 8.213/91,
determina que a perda da qualidade de
segurado não prejudica a concessão de
benefício de aposentadoria para o qual o
Segurado haja cumprido com os requisitos
legais, ou seja, respeita o direito adquirido.
Regime Geral de Previdência Social

Dos Beneficiários
Quem são os beneficiários da
Previdência Social?

Temos os Segurados e os
Dependentes.

Os Segurados são sub-divididos em:


Obrigatórios e facultativos;
Os Segurados obrigatórios são:

=> Os Empregados;
=> O Empregado Doméstico;
=> O Contribuinte Individual;
=> O Trabalhador Avulso; e
=> O Segurado Especial.
DEPENDENTES

Os Dependentes são estabelecidos


em ordem hierárquica excludente, ou seja,
os da classe menor excluem o direito ao
benefício dos dependentes da classe
posterior.

Os Dependentes estão divididos em


03 (três) classes, de acordo com os incisos
do art. 16, da Lei nº 8.213/91.
Temos na 1ª Classe de dependentes:
=> O Cônjuge,
Cônjuge
=> O Companheiro(a),
Companheiro(a)
=> O Filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente qualquer que seja a idade,
desde que a incapacidade seja anterior ao
direito ao benefício. O enteado é
equiparado ao filho, para efeitos da Lei.
Devemos destacar aqui uma
pegadinha que passou a existir após a
vigência do novo código civil em 2002, com
a diminuição da maioridade civil de 21 para
18 anos:

Primeiro, a maioridade civil não


emancipa o cidadão, portanto, ao completar
18 anos o filho continua dependente do
segurado para efeitos de concessão de
benefício previdenciário até que complete
21 anos de idade.
Contudo, o casamento é um instituto
que leva à emancipação, portanto, se um
filho (ou alguém a ele equiparado, como o
enteado por exemplo), maior de 18 anos e
menor 21 anos, contrai núpcias, ele se
emancipa para efeitos previdenciários, com
isso deixa de ser dependente para esta
finalidade, perdendo direito aos benefícios
dos dependentes que são a Pensão por
Morte e o Auxílio-Reclusão, bem como,
perde acesso aos serviços do RGPS
(Serviço Social e Habilitação profissional).
Temos na 2ª Classe: Os Pais

Temos na 3ª Classe: Os irmãos não


emancipados, de qualquer condição,
menores de 21 (vinte e um) anos ou
inválidos ou que tenham deficiência
intelectual ou mental que os tornem
absoluta ou relativamente incapazes, assim
declarados judicialmente qualquer que seja
a idade, desde que a incapacidade seja
anterior ao direito ao benefício, valendo
aqui a mesma pegadinha.
Lembrem-se que a existência de um
dependente de uma classe superior exclui o
direto do dependente da classe
imediatamente subseqüente, assim, como
exemplo, podemos dizer que os pais só têm
direito ao benefício se NÃO existirem
dependentes incluídos na 1ª classe.
Mais um detalhe é que os
dependentes da 2ª e 3ª classe devem
comprovar dependência econômica para
com o Segurado, já os dependentes da 1ª
classe tem a sua dependência econômica
presumida, EXCETO O ENTEADO.
Na regra original pode ser facultativo
qualquer pessoa que não se enquadre nas
definições de obrigatório e devem ter no
mínimo 14 (quatorze) anos de idade.

Contudo, o inciso XXXIII do Art. 7º da


Constituição Federal, após as alterações
introduzidas pela Emenda Constitucional nº
20/98, estabelece 16 (dezesseis) anos como
a idade mínima para o trabalho do menor.
Dos Segurados Obrigatórios
Do Empregado
Conceito amplo, mais extenso que o
do Direito do Trabalho, pois para o Direito
Previdenciário, por exemplo, o exercente de
cargo eletivo sem vinculação a regime
próprio de previdência é considerado
empregado, mesmo que neste caso não
exista vínculo empregatício.

Vejamos as categorias:
=> O prestador de serviço de natureza
urbana ou rural à empresa, com
caracterização de vínculo empregatício.
(subordinação, pessoalidade, habitualidade
e onerosidade).

=> Trabalhador temporário;

=> Brasileiro ou Estrangeiro, contratado no


Brasil para trabalhar no exterior.
=> Brasileiro contratado pela União, para
trabalhar no exterior junto a organismos
oficiais brasileiros (embaixadas e
consulados, por exemplo) ou internacionais
dos quais o Brasil seja membro (ONU, por
exemplo), salvo se já segurado na forma da
legislação vigente do país do domicílio.
=> Brasileiro ou estrangeiro que trabalha no
Brasil para missão diplomática ou para
repartição consular e a órgãos a ela
subordinados (funcionário de embaixada ou
de consulado, por exemplo).

Aqui EXCLUI-SE o estrangeiro sem


residência permanente no Brasil e o
Brasileiro que seja amparado pela
Legislação previdenciária do país para
quem está trabalhando.
=> Empregado de Organismo Oficial
internacional em funcionamento no Brasil,
excluído se coberto pela Legislação
previdenciária do país para quem está
trabalhando. Por exemplo, o funcionário da
ONU que trabalhe em escritório localizado
no Brasil, se não for amparado por regime
de previdência do país de origem do
contrato.

=> Servidor público ocupante de cargo em


comissão, de livre nomeação e livre
exoneração, para o Estado (latu sensu).
=> O Servidor Público, ocupante de cargo
efetivo (concursado), desde que nesta
condição não esteja amparado por Regime
Próprio de Previdência.

=> O exercente de Cargo Eletivo no Estado


(latu sensu – o Político, por exemplo),
desde que nesta condição não esteja
amparado por Regime Próprio de
Previdência, é muito comum aos
Vereadores.
=> O Bolsista e o Estagiário que prestam
serviços a empresa em desacordo com a
legislação (Lei nº 6.494/1977).

É uma proteção ao
Estagiário/Bolsista, que se de fato estivar
exercendo sua atividade em desacordo com
as diretrizes da Lei de Estágio, é
equiparado ao empregado comum para fins
previdenciários.
Detalhe, se o serviço é prestado de
acordo com a legislação especial (Lei de
Estágio) o Bolsista/Estagiário pode se filiar
ao RGPS na condição de Facultativo e sua
contribuição poderá ser inferior a 01 (um)
salário-mínimo, desde que sua
remuneração assim o seja.
=> o Escrevente e o Auxiliar, contratados
por serviços notariais e de registro a partir
de 21 de novembro de 1994, ou aquele que
em conformidade com a Lei nº 8.935/94,
embora contratado antes de sua vigência
tenha feito a opção por filiar-se ao RGPS.
Do Empregado Doméstico
Mesmo conceito do Direito do
Trabalho, é aquele que presta serviço
contínuo a uma pessoa ou família, em
âmbito residencial, em atividade sem fins
lucrativos, por exemplo, a Governanta. A
Diarista é enquadrada como contribuinte
individual, sendo que a quantificação do
conceito de serviço contínuo cabe à
jurisprudência, que atualmente tem o
entendimento de que a repetição por mais
de 03 (três) dias da semana caracterizam a
empregada doméstica.
Dos Contribuintes Individuais
Esta categoria foi criada pela Lei nº
9.876/99, ao reunir os antigos segurados:
Empresários, autônomos e equiparados
numa única categoria.
Temos as seguintes sub-categorias:
=> Aquele que exerce atividade
agropecuária ou pesqueira, com auxílio de
empregados. Extensivo ao cônjuge ou
companheiro(a) que participe junto com o
segurado da atividade, nos termos do §12,
do art. 12, desta lei.
=> Aquele que explora atividade de
extração mineral ou garimpo, independente
de possuir funcionários.

=> O ministro de confissão religiosa e o


membro de instituto de vida consagrada, de
congregação ou de ordem religiosa (o
pastor e o padre, por exemplo).
=> O brasileiro que trabalha no exterior para
organismo oficial internacional do qual o
Brasil é membro (ONU, por exemplo),
excluindo-o se coberto por regime Próprio
de Previdência.

DESTAQUE-SE aqui o contratante é o


Organismo internacional e não a União, se
o empregador fosse a União, ele seria
enquadrado como EMPREGADO.
=> O sócio que trabalha na empresa (ou
seja, aufere remuneração) e o síndico de
condomínio (este mesmo que a
remuneração seja indireta, ou seja, através
de isenção da taxa condominial).

=> Quem presta serviço de natureza urbana


(autônomo) ou rural (bóia-fria), em caráter
eventual, a uma ou mais empresas, sem
vínculo de emprego.
=> Prestador de serviço, a uma ou mais
empresas (sem vínculo empregatício, o
contador, por exemplo), e aquele que
exerce por conta própria atividade
econômica de natureza urbana com fins
lucrativos ou não (o médico, o advogado,
por exemplo. E a expressão “ou não”,
refere-se ao diarista).

O Art. 9º, §5º, do Decreto nº 3.048/99


traz um rol exemplificativo das atividades
sujeitas a filiação obrigatório como
contribuinte individual.
Dos Trabalhadores Avulsos

Prestador de serviços à diversas


empresas sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do Órgão Gestor
de Mão de Obra (OGMO), portuários, por
exemplo, ou do sindicato da categoria.
Dos Segurados Especiais

Pessoa física residente no imóvel


rural ou em aglomerado urbano ou rural
próximo a ele que, individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com
o auxílio eventual de terceiros a título de
mútua colaboração, na condição de:
- produtor, seja proprietário, usufrutuário,
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário
rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro)


módulos fiscais; ou

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que


exerça suas atividades nos termos do
inciso XII do caput do art. 2º da Lei no
9.985/2000, e faça dessas atividades o
principal meio de vida;
- pescador artesanal ou a este
assemelhado, que faça da pesca profissão
habitual ou principal meio de vida; e

- cônjuge ou companheiro, bem como filho


maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, dos segurados
anteriormente descrita, que trabalhem com
o grupo familiar respectivo.
A Jurisprudência aceita o serviço a
partir dos 12 (doze) anos de idade, para
período anterior a vigência da Lei nº
8.212/91, 14 (quatorze) anos da vigência da
Lei nº 8.212/91 até a Lei nº 11.718/2008 e 16
(dezesseis) a partir de então, e de acordo
com o texto do §7º deste mesmo artigo,
para serem considerados como segurados
especiais devem comprovar a efetiva
participação na atividade rural.
A utilização pelo grupo familiar de
empregados contratados por prazo
determinado ou trabalhador (contribuinte
individual ou bóia-fria), em épocas de safra,
à razão de no máximo 120 (cento e vinte)
pessoas/dia no ano civil, em períodos
corridos ou intercalados ou, ainda, por
tempo equivalente em horas de trabalho,
não descaracteriza o regime de economia
familiar.
Dos Segurados Facultativos
É todo aquele que não se enquadra
nas hipóteses de segurado obrigatório (o
estudante ou a dona de casa, por exemplo),
que seja maior de 16 anos, que não seja
vinculado a regime próprio de previdência e
que voluntariamente contribua para o
RGPS.
O art. 11, do Decreto nº 3.048/99, traz
um rol exemplificativo das atividades que
permitem a filiação como Segurado
facultativo ao RGPS.
Trabalhadores EXCLUÍDOS do RGPS

De acordo com o art. 13, da Lei nº


8.212/91 e art. 201, §5º, da CF/88,
determinam que o participante de Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS –
Servidores Públicos) são impedidos de
participar do RGPS, a não ser que exerçam
concomitantemente atividade que o
enquadre como segurado obrigatório.
Benefícios do RGPS – arts. 42 a 86
Aposentadoria por Invalidez
É o benefício devido ao Segurado
que for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência.
=> RMI: é igual a 100% do salário-de-
benefício.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> Carência de 12 (doze)
contribuições mensais.
=> Durante os primeiros 15 dias de
afastamento do segurado empregado, o
pagamento do Segurado fica a cargo da
empresa.
=> Os demais segurados receberão o
benefício a partir do início da incapacidade,
ou no dia do requerimento se este se der
mais de 30 dias após o início da
incapacidade.
=> O Valor do benefício pode ser acrescido
de 25%, caso o Segurado necessite de
assistência permanente de outra pessoa,
ainda que o valor final seja superior ao teto.
=> Recuperado o Segurado dentro dos
primeiros 05 (cinco) anos em que recebeu o
benefício, este cessará:
- imediatamente, para o
empregado que tiver direito a retornar à
função que desempenhava na empresa
quando se aposentou;
- após tantos meses quantos
forem os anos de duração do benefício por
incapacidade, para os demais segurados.
=> Recuperado PARCIALEMENTE o
Segurado, ou após 05 anos ou reabilitado a
aposentadoria será mantida junto ao salário
- No valor integral, durante os primeiros 06
(seis) meses contados da data em que
verificada a recuperação da capacidade;

- Com redução de 50%, nos 06 (seis) meses


seguintes.

- Com redução de 75%, por mais 06 (seis)


meses na seqüência, quando então será
encerrado definitivamente
Aposentadoria por Idade
É o benefício devido ao Segurado
que completar 65 anos de idade, se
homem e 60 anos de idade, se mulher.
=> RMI: é igual a 70% do salário-de-
benefício acrescido de 01%, para cada
grupo de 12 (doze) contribuições mensais,
até o limite de 100%.
=> NÃO Necessita qualidade de
Segurado.
=> Carência de 180 (cento e oitenta)
contribuições mensais.
=> Os limites de idade são reduzidos em 05
(cinco) anos para os Segurados Especiais;
=> O Segurado Especial deve comprovar o
efetivo exercício da atividade rural, AINDA
QUE DE FORMA DESCONTÍNUA, no
período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, por tempo igual
ao número de meses de contribuição
correspondente à carência.
=> O Segurado empregado tem direito ao
benefício, desde a data do desligamento, se
requereu o benefício em até 90 dias após
esta data.
=> Se o pedido for feito após o período de
90 dias do desligamento, será devido o
benefício a partir da data do requerimento.
=> Para todos os demais segurados, o
benefício será devida a partir da data do
requerimento.
=> A Aposentadoria pode ser requerida pela
empresa desde que o segurado tenha
cumprido o período de carência e
completado 70 (setenta) anos de idade, se
homem e 65 (sessenta e cinco), se mulher.
É a aposentadoria compulsória, descrita no
art. 51, da Lei nº 8.213/91.
Aposentadoria por Tempo de
Contribuição
É o benefício devido ao Segurado
que completar 25 anos de serviço, se
mulher e 30 anos de serviço, se homem.
=> RMI: é igual a 70% do salário-de-
benefício acrescido de 05%, para cada
novo ano de atividade completo após o
pedágio legalmente exigido.
=> NÃO Necessita qualidade de
Segurado.
=> Carência de 180 (cento e oitenta)
contribuições mensais.
=> Será de 100% do salário-de-benefício a
RMI para o Homem que completa 35 anos
de tempo de serviço e para a mulher aos 30.
=> Pedágio é o período de tempo exigido
pela lei para que o Segurado complete
trabalhando, a fim de poder se aposentar
proporcionalmente.
É definido como sendo 40% do
período que faltava para que o Segurado
tivesse direito a se aposentar
proporcionalmente na data e publicação da
EC nº 20/98.
=> O Início do Benefício é definido da
mesma forma que a Aposentadoria por
Idade.
=> É considerado tempo de serviço:
- O serviço militar, inclusive o militar;
- O tempo de serviço, INTERCALADO,
em que o Segurado esteve em gozo de
Auxílio-Doença ou Aposentadoria por
Invalidez;
- O tempo de contribuição como
segurado facultativo;
- O tempo de exercício de mandato
eletivo (federal, estadual ou municipal);
Aposentadoria Especial

É o benefício devido ao Segurado


que completar 15, 20 ou 25 anos de
trabalho sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade
física.
=> RMI: é igual a 100% do salário-de-
benefício.
=> NÃO Necessita qualidade de
Segurado.
=> Carência de 180 (cento e oitenta)
contribuições mensais.
=> A data de início do benefício será fixada
da mesma forma que a da aposentadoria
por idade;
=> O aposentado de forma especial não
poderá manter-se no exercício da atividade
especial que deu motivo a sua
aposentadoria;
=> A exposição ao agente nocivo deverá
ocorrer de maneira habitual e permanente.
=> Se não trabalhar todo o tempo exigido
pela lei em atividade nociva, o Segurado
pode converter o tempo trabalhado em
tempo comum, por conversão matemática.
Auxílio-Doença
É o benefício devido ao Segurado
que for considerado incapaz de forma
TEMPORÁRIA por período superior a 15
dias para o exercício de sua atividade
habitual.
=> RMI: é igual a 91% do salário-de-
benefício.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> Carência de 12 (doze)
contribuições mensais.
=> O Segurado que ingressar ao RGPS já
portador de doença NÃO poderá requerer
benefício em função desta doença, a não
ser que haja agravamento ou progressão da
doença.
=> O Início do Benefício segue as mesmas
regras da Aposentadoria por Invalidez;
=> O Segurado insusceptível de
recuperação para a sua atividade habitual,
DEVERÁ submeter-se ao processo de
reabilitação profissional, sob pena de
cessação do benefício, mantendo o Auxílio
até que seja dado como recuperado/apsnt.
=> Aquele que estiver em gozo de Auxílio-
Doença deve ser considerado licenciado
pela empresa, portanto, o contrato de
trabalho estará suspenso e este não pode
ser demitido.

=> Empresa que garanta licença


remunerada ao Segurado, deverá cobrir
eventual diferença entre o valor desta
licença e o valor do Auxílio-Doença, durante
o período de vigência deste.
Salário-Família
É o benefício devido ao Segurado
Empregado e Trabalhador Avulso, de
baixa renda (renda bruta até R$ 971,78)
que tiver filho, ou equiparado a este,
menor de 14 anos, ou maior inválido.
=> RM: é de R$ 33,16 por
dependente, para o segurado que recebe
até R$ 646,55 e de R$ 23,36, para quem
tem renda superior a R$ 646,55 e igual ou
inferior a R$ 971,78.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> NÃO necessita de Carência.
=> O Segurado aposentado por invalidez ou
por Idade, e os demais aposentados que
tenham 65 anos de idade, se homem e 60
anos, se mulher, terão direito ao salário-
família, pago juntamente com a
aposentadoria, pelo INSS.
=> O Empregado Doméstico NÃO tem
direito ao salário-família;
=> O Salário-Família será pago pela
Empresa junto com o salário e será
compensado com as contribuições
previdenciárias da empresa, na forma do
regulamento (Dec. nº 3.048/99).
=> O salário-família do trabalhador avulso
será recebido pelo sindicato da classe que
ficará responsável pela sua distribuição.
=> A cota do salário-família NÃO será
incorporada para qualquer efeito
previdenciário;
=> O Salário-Família fica condicionado a
apresentação de documentos que liguem o
menor ao segurado (certidão de
nascimento, etc), à apresentação anual de
atestado de vacinação e de comprovação
de frequência deste menor à escola.
Salário-Maternidade
É o benefício devido à Segurada,
durante 120 dias, com início no período de
28 dias antes do parto e a data de
ocorrência deste.
=> RMI: Para a Empregada ou trabalhadora
avulsa é igual a 100% de sua remun., para
as domésticas é igual ao último salário-de-
contribuição, para a Segurada Especial é
igual a um salário-mínimo e para as
demais igual a 1/12 dos 12 últimos
salários-de-contribuição apurados em
período não superior a 15 dias.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> Necessita de Carência de 10
meses para a contribuinte individual ou
facultativa e para a segurada especial (que
deve comprovar o efetivo exercício da
atividade rural, em regime de economia
familiar, nos 10 meses anteriores ao parto.
As demais seguradas (empregada,
inclusive doméstica, e avulsa) NÃO HÁ
CARÊNCIA.
=> O salário-maternidade da Empregada
ou trabalhadora avulsa, não tem limitação
ao teto.
=> Ao SEGURADO ou SEGURADA do
RGPS que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança é
devido salário-maternidade pelo período
de 120 (cento e vinte) dias.
=> Ressalvado o pagamento do salário-
maternidade à mãe biológica e os casos
de falecimento, NÃO poderá ser concedido
o benefício a mais de um segurado,
decorrente do mesmo processo de adoção
ou guarda, ainda que os cônjuges ou
companheiros estejam submetidos a
RPPS.
=> No caso de falecimento da segurada ou
segurado que fizer jus ao recebimento do
salário-maternidade, o benefício será
pago, por todo o período ou pelo tempo
restante a que teria direito, ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente que tenha a
qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono.

=> O pagamento do benefício nestes


moldes deverá ser requerido até o último
dia do prazo previsto para o término do
salário-maternidade originário.
=> A percepção do salário-maternidade,
está condicionada ao afastamento do
segurado do trabalho ou da atividade
desempenhada, sob pena de suspensão
do benefício

=> Em todos estes casos o salário-


maternidade será pago pela Previdência
Social;

=> Para as seguradas Empregadas a


empresa pagará o Salário-maternidade.
=> Quando a empresa pagar o salário-
maternidade às empregadas gestantes
sob sua responsabilidade, poderá
compensar o valor pago a este título com
as contribuições incidentes sobre a folha
de salários e demais rendimentos pagos
ou creditados a qualquer título a pessoa
física que lhe preste serviço;

=> Para todas as demais seguradas o


benefício será pago pela previdência
social;
Pensão por Morte
É o benefício devido aos
Dependentes do Segurado que falecer.
=> RMI: é igual a 100% do salário-de-
benefício a que teria direito se fosse
aposentado por invalidez na data do óbito
ou a 100% do valor da aposentadoria
recebida pelo Segurado Instituidor se já
fosse aposentado na data do óbito.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> NÃO necessita de Carência.
=> O benefício terá início a partir do óbito
quando requerida até 30 dias depois
deste, da data do requerimento, quando
pedida após os 30 dias iniciais ou da data
da decisão judicial, em caso de morte
presumida.

=> Caso o dependente seja menor de 16


anos, não emancipado, ou incapaz de
qualquer idade, o benefício retroagirá a
data do óbito independentemente da data
do requerimento.
=> A falta de habilitação de outros
dependentes não prejudica ou retarda a
concessão do benefício àquele que se
habilita para tal;
=> A habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependentes só
produzirá efeitos a contar da data desta
habilitação;
=> A ausência de Cônjuge não exclui o
direito a pensão por morte do
companheiro(a), que só fará jus a partir de
sua habilitação e mediante a comprovação
de dependência econômica.
=> O Cônjuge separado judicialmente ou
divorciado que RECEBA PENSÃO
ALIMENTÍCIA, concorrerá em igualdade
com os demais dependentes de 1ª classe;
=> Havendo mais de 01 dependente o
valor do benefício será partilhado em
igualdade entre todos e a cada exclusão
de dependente, a sua quota parte integrará
à quota dos demais;
=> A quota parte se extingue:
- para qualquer dependente pela sua
morte;
- para o filho(a), a pessoa a ele
equiparada ou o irmão(ã), pela
emancipação ou ao completar 21 anos,
salvo se incapaz;
- para o pensionista inválido, pela
cessação da invalidez.
=> Entende-se por morte presumida do
segurado, aquela declarada pela
Autoridade Judicial, depois de 06 meses
de ausência e a pensão será provisória.
=> Quando a ausência se der por acidente,
desastre ou catástrofe, a pensão será
concedida independente destes requisitos .
Auxílio-Reclusão
É o benefício devido aos
Dependentes do Segurado de baixa renda,
que for recolhido à prisão, sem
remuneração e que não estiver em gozo
de auxílio-doença, aposentadoria ou
abono.
=> RMI: é igual a 100% do salário-de-
benefício a que teria direito se fosse
aposentado por invalidez na data da
prisão.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> NÃO necessita de Carência.
=> De acordo com ao Decreto nº 3.048/99,
o exercício de atividade remunerada pelo
segurado recluso em regime semi-aberto
ou fechado, não impede o pagamento do
benefício de auxílio-reclusão aos
dependentes;
=> Para a instrução do requerimento é
necessária a apresentação de certidão de
recolhimento à prisão, devendo ser
apresentada regularmente a declaração de
permanência na condição de presidiário;
=> Falecendo o segurado, o auxílio será
convertido em pensão por morte.
=> O benefício será devido ainda que se
trate de prisão civil do segurado;
=> O segurado recluso só terá direito a
auxílio-doença e aposentadoria durante a
percepção, pelos dependentes de auxílio-
reclusão, se manifestada a opção, também
pelos dependentes, pelo benefício mais
vantajoso.
=> Em caso de fuga do segurado, o
benefício será suspenso, só restabelecido
se o mesmo for recapturado e se durante a
fuga não ocorrer a perda da qualidade de
segurado.
Auxílio-Acidente

É o benefício devido aos Segurados,


como forma de indenização, quando após
a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza resultem
seqüelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho.
=> RMI: é igual a 50% do salário-de-
benefício que originou o auxílio-doença
precedente, devidamente corrigido.
=> Necessita qualidade de Segurado.
=> NÃO necessita de Carência.
=> Será devido a contar do dia seguinte à
cessação do Auxílio-Doença precedente e
será mantido até a morte do Segurado ou
até a concessão de aposentadoria.
=> O seu valor nominal pode ser
acumulado com a remuneração normal do
segurado e será somado a esta para fins
de apuração do valor de futura
aposentadoria.
=> Pode ser acumulado com qualquer
outro benefício, desde que não seja uma
aposentadoria.
Da acumulação de benefícios

Salvo Direito adquirido não pode


haver o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios:
=> Aposentadoria e Auxílio-Doença;
=> Mais de uma Aposentadoria;
=> Aposentadoria e Abono de
permanência em serviço;
=> Salário-Maternidade e Auxílio-
Doença;
=> Mais de um Auxílio-Acidente;
=> Mais de uma pensão de cônjuge ou
companheiro, salvo a opção pela mais
vantajosa.
O benefício de Seguro-desemprego
não pode ser acumulado com nenhum
outro benefício do RGPS, exceto a Pensão
por Morte e o Auxílio-Acidente.
Todas as demais combinações são
permitidas.
O Auxílio-Acidente pode ser
percebido em conjunto com qualquer
benefício, menos com as aposentadorias.
Da contagem recíproca de tempo
Ocorre quando o Segurado do RGPS
exerce funções tanto como filiado
obrigatório do RGPS, como de um RPPS
(Servidor Público).
É garantida a contagem de tempo de
serviço em ambos os regimes para lhe
garantir o alcance de um benefício em
qualquer um destes regimes.
Entretanto, deve haver a mesma
possibilidade no RPPS correspondente e
os Sistemas se compensarão
financeiramente, para tanto.
A compensação financeira será feita
no sistema em que o interessado estiver
vinculado ao requerer o benefício.
Caso o Segurado ao RGPS esteja
contribuindo pelo plano simplificado de
Previdência (11% de um salário-mínimo,
para se aposentar por idade e com um
salário-mínimo) este tempo só poderá ser
contado em outro Regime de Previdência se
o interessado fizer a complementação da
contribuição, ou seja, pagar com juros e
correção monetária os 9% faltantes para
esta contribuição equiparar-se à normal.
Para o Segurado do RGPS poder
contar neste Regime os períodos de
trabalho prestado à Administração Pública
Federal, deverá ter uma carência de 36
(trinta e seis) contribuições mensais ao
RGPS.
Com relação ao período de serviço
prestado a Administração Pública, estadual,
do DF e Municipal, basta que nestes
regimes seja garantida a mesma opção.
Contudo, este artigo (95) está com a
eficácia suspensa, por força da MP 2.187-
13/2001.
Para a contagem do Tempo deve-se
observar os seguintes limites:
=> Não se pode contar em dobro o
tempo, ou em outras condições especiais;
=> A atividade pública e a privada, não
podem ser contadas quando forem
concomitantes;
=> Não pode ser contado em um
sistema o tempo de serviço utilizado para
aposentadoria em outro;
=> O tempo de serviço anterior ou
posterior a filiação obrigatória ao RGPS só
será contado se indenizado;
A Aposentadoria requerida nestes
moldes de contagem de tempo será
concedida da mesma forma que a
determinada na Lei 8.213, ou seja, a mulher
tem direito a partir de 25 anos até 30 anos
de tempo de serviço e para o homem a
partir de 30 anos e até 35 anos de tempo de
serviço, e caso a soma dos tempos
ultrapasse os limites, o excesso não será
considerado para qualquer efeito.
O Benefício será pago pelo sistema
em que foi requerido de acordo com a
legislação própria.
Da Prescrição e da Decadência
O Art. 103, da Lei nº 8.213/91 teve
sua redação alterada com a edição da Lei
nº 9.528/97, criando uma distinção entre
os conceitos de Prescrição e Decadência
em matéria de Direito Previdenciário.
A Redação original trazia apenas o
conceito de prescrição, determinando que
o segurado poderia requerer em até 05
(cinco) anos os valores das prestação não
pagas, sem determinar qualquer prazo
para o pedido de revisão dos benefícios.
Da Prescrição e da Decadência
Com a alteração da redação, foi
incluído o prazo decadencial apenas para
a revisão do atos concessórios dos
benefícios, que ficou estabelecido em 10
(dez) anos.

Sendo mantido no Parágrafo Único o


prazo prescricional de 05 (cinco) anos,
para a cobrança dos valores não
recebidos, incluído os valores oriundos de
revisão.
Da Prescrição e da Decadência

Portanto, para revisar os atos


concessórios do benefício o segurado
possui o prazo de 10 anos e 05 anos para
cobrar qualquer valor oriundo de revisão.
Acidentes de Trabalho
Arts. 19 a 23 da Lei 8.213/91
O Conceito de Acidente de trabalho,
pode ser didaticamente dividido em duas
espécies: Típico e Equiparado.
Entende-se por Acidente Típico o
conceituado pelo art. 19, da Lei nº
8.213/91, que assim disciplina: “É aquele
que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, ou pelo exercício da
atividade de Segurado Especial, que cause
lesão, incapacidade laboral ou morte.”
Quanto a incapacidade laboral, esta
pode ser entendida quando a lesão causar:
“perda ou redução, permanente ou
temporária” da capacidade.

Por conta deste conceito, temos que


APENAS o Segurado Empregado, o
Trabalhador Avulso e o Segurado Especial
podem sofrer acidente de trabalho, pois o
conceito diz: “pelo exercício de trabalho a
serviço de empresa, ou pelo exercício de
atividade rural ou pesqueira”.
Ainda analisando o art. 19, temos que
a empresa é responsável pela adoção e uso
de medidas coletivas e individuais (EPI) de
proteção e segurança da saúde do
trabalhador, ou seja, é responsabilidade da
empresa cumprir com as determinações
das NR’s, com vistas a evitar o Acidente de
Trabalho, sob pena de inquérito penal, por
contravenção, punível com multa.
Também é responsabilidade da
empresa prestar informação detalhada ao
Trabalhador dos riscos da atividade e dos
equipamentos e dos produtos a manipular.
Temos também a classe dos
Acidentes Equiparados. Seu conceito está
entabulado no art. 20, da Lei nº 8.213/91 e
há uma subdivisão:

=> Doença Profissional:


Profissional “Aquela
desencadeada ou produzida PELO
exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade”.

=> Doença do Trabalho:


Trabalho “Aquela
adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais de trabalho”.
=> Ligado ao Trabalho:
Trabalho “Aquela que
embora não seja a causa única, tenha
contribuído diretamente com a morte, a
lesão ou a incapacidade laboral do
Segurado”.
=> Sofrido no LOCAL e HORÁRIO de
Trabalho:
Trabalho “por agressão, sabotagem ou
terrorismo; por ofensa física intencional;
por negligência, imprudência ou imperícia,
todos se praticados por terceiro ou
companheiro de trabalho; por ato de
pessoa privada em uso da razão e por
casos fortuitos e de força maior”.
=> Contaminação Acidental:
Acidental “Aquela
que pelo exercício da atividade, provoca
incapacidade”.

=> Sofrido FORA do local e horário


de Trabalho:
Trabalho “quando: na execução de
ordem ou realização de serviço sob ordem
da empresa; prestando serviço direto a
empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito; em viagem a
serviço da empresa, mesmo que em
veículo próprio do segurado; no traslado
casa-trabalho-casa”.
É considerado horário de trabalho
inclusive aquele em que o Segurado
estiver em: “refeição, descanso, ou para
satisfação de outras necessidades
fisiológicas, NO LOCAL DE TRABALHO,
ou durante a realização do trabalho”.

Não são consideradas como doenças do


Trabalho:
=> Doença Degenerativa;
=> Inerente a Grupo Etário;
=> A que NÃO produza incapacidade
Laboral;
=> Doença Endêmica incidente em
região da habitação do Segurado, salvo se
comprovado que é resultante de
exposição forçada pela natureza da
atividade.

NÃO se considera agravamento do


Acidente de trabalho quando há lesão
resultante de acidente de outra origem,
que se associe ou se superponha ao
acidente de trabalho.
Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT)
É um formulário obrigatório através
do qual a empresa comunica o acidente de
trabalho ao INSS.
A Empresa é obrigada a emitir a CAT
no primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência, e em caso de morte, de
imediato.
Caso a empresa não cumpra os
prazos acima, ela pode sofrer uma multa
entre o limite mínimo e o máximo do
salário de contribuição.
A CAT deve ter cópias encaminhadas
ao Segurado ou aos seus dependentes,
bem como, ao sindicato da categoria.
As equiparações legais também
ensejam a obrigatoriedade de emissão de
CAT, sob pena de multa.
A CAT pode ser formalizada pelo
próprio acidentado, seus dependentes, a
entidade sindical, o médico que o assistiu
ou qualquer autoridade pública.
Como dia do acidente, considera-se,
nos casos de doenças equiparadas a
acidente, a data do início da incapacidade.
Do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP)
O art. 21-A, da Lei nº 8.213/91,
determinou a criação do NTEP, como
sendo: “A relação entre a doença
incapacitante e a atividade da empresa,
aplicável automaticamente pela perícia
médica do INSS, mesmo que não tenha
ocorrido a emissão de CAT (Comunicação
de Acidente de Trabalho)”.
Trabalho)
Ou seja, o INSS pode conceder
caráter acidentário a um benefício por
incapacidade, mesmo que não exista CAT.
A empresa será comunicada da
ocorrência do acidente de trabalho em
processo administrativo próprio, e terá
prazo para apresentar defesa e negar a
ocorrência do NTEP.

Da decisão cabe recurso ao CRPS,


tanto pelo segurado, como pela Empresa.

A Aplicação do NTEP não gera a multa


à empresa pela falta de emissão da CAT,
prevista no §5º, do art. 22, da Lei nº 8.213/91
Do Serviço Social

É uma atividade auxiliar do Seguro


Social e visa esclarecer junto aos
beneficiários os seus direitos sociais e os
meios de exercê-los.
Visa ainda melhorar a relação dos
beneficiários com a Previdência Social.
Dá prioridade de atendimento aos
segurados em gozo de benefício por
incapacidade temporária (Auxílio-Doença)
e uma atenção especial aos aposentados e
pensionistas.
Como forma de garantia do efetivo
atendimento, os beneficiários terão a seu
dispor: => Intervenção Técnica;
=> Assistência de natureza jurídica;
=> Ajuda Material;
=> Recursos Sociais;
=> Intercâmbio com Empresas; e
=> Pesquisa Social.
É uma diretriz do Serviço Social a
participação do Beneficiário na implantação
e no fortalecimento da política previd.
através de entidades de classe e
associações.
É atribuição do Serviço Social prestar
assessoramento técnico aos Estados,
Distrito Federal e Municípios na elaboração
e implantação de suas propostas de
trabalho.
Da habilitação e reabilitação
profissional

É um serviço do RGPS que tem por


objetivo proporcionar ao Beneficiário
incapacitado parcial ou totalmente para o
trabalho e às pessoas portadoras de
deficiência os meios para a (re)educação e
(re)adaptação profissional e social, para
habilitá-los a participar do mercado de
trabalho do local onde vive.
O processo de habilitação e
reabilitação profissional do beneficiário
será desenvolvido por meio das funções
básicas de:
=> Avaliação do potencial laborativo;
=> Orientação e acompanhamento da
programação profissional;
=> Articulação com a comunidade,
com vistas ao reingresso do reabilitando
no mercado de trabalho.
=> Avaliação e pesquisa da fixação no
mercado de trabalho do reabilitando, para
comprovar a eficácia do serviço.
A prestação destes serviços se dará,
preferencialmente, por trabalho de equipe
multidisciplinar especializada em Medicina,
Serviço Social, Psicologia, Sociologia,
Fisioterapia, Terapia Ocupacional e
qualquer outra que tenha ligação com
aquele processo de reabilitação, e sempre
que possível na localidade do domicílio do
beneficiário.
O processo de reabilitação profissional
se desenvolverá através de cursos e
treinamentos mediante convênios com
instituições e empresas púb. e privadas.
A reabilitação compreende:
=> O fornecimento de aparelhos de
próteses, órteses e instrumentos de auxílio
para locomoção, com vistas a atenuar a
perda ou redução da capacidade laboral;
=> O fornecimento dos equipamentos
necessários à (re)habilitação social e
profissional;
=> A reparação ou substituição destes
aparelhos, caso ocorra desgaste de uso
normal ou por defeito alheio a vontade do
beneficiário;
=> O transporte do acidentado do trabalho.
São deveres do INSS através do
serviço de (re)habilitação Social:
=> Comunicar à Perícia Médica, situações
de agravamento de acidente de trabalho.
Por agravamento entende-se: “aquele
sofrido pelo acidentado, quando estiver na
reabilitação profissional”;
=> Realizar os convênios com a
comunidade, iniciativa privada, associações
etc, necessários à prestação do serviço;
=> Arcar com os custos de deslocamento
do beneficiário, quando este se der por sua
ordem (fazer o serviço em outra unidade).
Quando o Treinamento do
Reabilitando ocorrer em empresa, não
estabelecerá qualquer vínculo
empregatício ou funcional deste com a
empresa, bem como de ambos (empresa e
reabilitando) para com a Previdência
Social.
É obrigação do Reabilitando, além de
arcar e cumprir com as normas dos
contratos, acordos e convênios, pautar-se
no regulamento das empresas.
Concluído o processo de
(re)habilitação o INSS emitirá um certificado
individual, onde identificará a FUNÇÃO para
a qual o (re)habilitando foi capacitado
profissionalmente, sem prejuízo do
exercício de outra para a qual se julgue
capacitado.

NÃO é obrigação do INSS a


manutenção do Beneficiário no mesmo
emprego ou a sua colocação em outro para
o qual foi (re)habilitado.
Contudo, é OBRIGAÇÃO das
empresas com mais de 100 empregados ter
de 2% a 5% de seus cargos ocupados por
beneficiários (re)habilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, na seguinte
proporção:

=> de 100 a 200: 2%;


=> de 201 a 500: 3%;
=> de 501 a 1000: 4%; e
=> mais de 1001: 5%.
A dispensa imotivada de empregado
contratado na condição de (re)habilitado ou
deficiente, quando se tratar de contrato
superior a 90 dias, só poderá ocorrer após a
contratação de substituto em condições
semelhantes.
O Valor da diária paga pelo INSS para
o (re)habilitando que por sua ordem deve se
deslocar para outra localidade para realizar
o serviço de (re)habilitação profissional, é
ajustado anualmente por portarias do
Ministério da Previdência Social e para o
ano de 2013, é no importe de R$ 69,51.
Justificação Administrativa
Procedimento administrativo utilizado
para suprir a falta ou insuficiência de
documento ou produzir prova de fato ou
circunstância de interesse dos
beneficiários, perante a Previdência Social
(art. 142, do Decreto nº 3.048/99).
Não pode ser feita Justificação
Administrativa para a comprovação de fato
que exija registro público, como
casamento, idade, óbito ou atos jurídicos
para os quais a lei determine forma
específica
Forma da Justificação Administrativa
De acordo com o art. 145, do Decreto
nº 3.048/99, o interessado deve apresentar
requerimento expondo, clara e
minuciosamente, os pontos que pretende
justificar, indicando testemunhas idôneas,
em número, em número não inferior a 03
(três) e não superior a (seis), cujos
depoimentos possam levar à convicção da
veracidade do que se pretende comprovar.
A Justificação será homologada, ou
não, por agente administrativo designado.
Em caso de prova de tempo de
contribuição, dependência econômica,
identidade e de relação de parentesco,
somente produzirá efeito quando baseada
em início de prova material, não sendo
admitida prova exclusivamente
testemunhal.
Porém em caso fortuito, ou força
maior, é admitida a prova exclusivamente
testemunhal para a comprovação de tempo
de contribuição.
Em casos de incêndio, inundação ou
desmoronamento que atinja a empresa.
A Justificação Administrativa, não é
um processo autônomo, portanto ela é
complemento de procedimento
administrativo precedente, como por
exemplo, o pedido de concessão de um
benefício de Aposentadoria por Tempo de
Contribuição com reconhecimento de
tempo de exercício Rural.
Não cabe recurso da decisão que
homologa ou não o procedimento de
Justificação Administrativa.
Do Conselho de Recursos da
Previdência Social

O Conselho de Recursos da
Previdência Social (CRPS), é um órgão
colegiado integrante da estrutura do
Ministério da Previdência Social (MPS), de
controle jurisdicional das decisões do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
nos processos de interesse dos beneficiários
e das empresas nos casos previstos na
Legislação Previdenciária.
Da Composição do Conselho de
Recursos da Previdência Social

É composto por 29 (vinte e nove)


Juntas de Recursos – JR/CRPS – e 4
Câmaras de Julgamento – CAJ/CRPS,
também denominadas de órgãos julgadores.
Da Interposição de recurso
administrativo

Podem interpor recurso ordinário às


Juntas de Recursos os beneficiários do
RGPS, os interessados em benefícios
assistenciais de prestação continuada
(amparo social ao idoso e amparo social ao
portador de deficiência) e nos casos
previstos na legislação, os contribuintes do
Regime Geral de Previdência Social.
Contra as decisões proferidas pelas
Juntas de Recursos caberá recurso especial
às Câmaras de Julgamento, exceto nos
casos de decisões colegiadas:
a) Fundamentada exclusivamente em matéria
médica, quando os laudos ou pareceres
emitidos pela Assessoria Técnico-Médica da
Junta de Recursos e pelos Médicos Peritos
do INSS apresentarem resultados
convergentes; e
b) Proferida sobre reajustamento de
benefício em manutenção, em consonância
com os índices estabelecidos em lei, exceto
quando a diferença na Renda Mensal Atual
(RMA) decorrer de alteração da Renda
Mensal Inicial (RMI);

O prazo para a interposição do Recurso


é de 30 (trinta) dias contados da data da
ciência da decisão. Deve ser protocolado
diretamente nas agências da Previdência
Social, preferencialmente na mesma agência
que proferiu a decisão sobre o benefício.
Assim como qualquer procedimento
administrativo não há a necessidade de
constituição de advogado para realizar a
interposição do Recurso, contudo é
permitida a constituição de PROCURADOR
(qualquer que seja a formação deste) para a
representação dos interesses do
Beneficiário.
O pedido de recurso deverá estar
acompanhado dos documentos que
comprovem as alegações feitas no recurso,
inclusive sendo permitida
(CONTINUA)
a juntada de novos elementos (provas) para
esta finalidade, o que pode ocorrer até a
sessão de julgamento do recurso, casos em
que antes do agendamento do julgamento o
processo é devolvido ao INSS, para
conhecimento e manifestação a respeitos
destes novos documentos.

O INSS terá o prazo de 30 dias para


proceder à instrução do processo, com
posterior remessa do recurso à Junta ou
Câmara de recursos, conforme o caso.
Dentro deste prazo, pode o INSS
reconhecer o Direito reclamado pelo
Beneficiário, desde que não tenha ocorrido a
decadência do direito.
O interessado pode desistir do recurso
a qualquer momento, desde que a manifeste
de maneira expressa, por petição ou termo
firmado nos autos do processo.
A propositura de ação judicial que
tenha objeto idêntico ao pedido do processo
administrativo importa em renúncia tácita ao
direito de recorrer na esfera administrativa
e/ou desistência do recurso interposto.
Os documentos originais apresentados
para instrução do processo, quando de
natureza pessoal das partes, devem ser
restituídos e substituídos por cópias cuja
autenticidade seja declarada pelo servidor
público, devendo ser retida a documentação
original, APENAS quando houver INDÍCIOS
DE FRAUDE.
As Carteiras de Trabalho e Previdência
Social – CTPS e os Carnês de Contribuição
serão extratados pelo servidor do INSS
responsável pela instrução do processo, que
fará anexar aos autos simulação autenticada
do tempo de contribuição apurado, inclusive
dos dados existentes no Cadastro Nacional
de Informações Sociais – CNIS e de outras
informações.
Tramitação interna do processo no
órgão julgador
Após ser recebido no órgão julgador, o
processo é distribuído a um relator que tem a
responsabilidade de analisar e relatar o
processo. Após a inclusão em pauta, os
autos serão julgados pelo colegiado, que é
formado por 01 (um) representante do
governo, 01 (um) representante das
empresas e (01) um representante dos
trabalhadores, presidido pelo representante
do governo que ocupa o cargo de Presidente
do órgão julgador.
Após o julgamento, o processo é
devolvido ao INSS.
No caso de processos que envolvem
matéria médica, são analisados, também,
pela assessoria técnica médica do CRPS
(Chamada "JUNTA MÉDICA").
As pautas de julgamento são
divulgadas no site da Previdência Social e
afixadas nas dependências do órgão
julgador, em local visível e de fácil acesso ao
público, com antecedência mínima de três
dias úteis à sessão em que o processo será
julgado.
O tempo de permanência do processo
no órgão julgador não deve ultrapassar 85
dias, contados da data do recebimento até o
encaminhamento do processo à origem, já
julgado!
Decorrido o prazo de 85 dias, há a
opção de cadastrar, pela internet, no site
www.previdencia.gov.br uma reclamação na
Ouvidoria Geral da Previdência Social ou
ligar na Central de Atendimento da
Previdência Social – 135 e registrar a
reclamação ou ligar para a Coordenação de
Gestão Técnica do CRPS, em Brasília.
O órgão julgador tem o prazo máximo
de 20 dias, após a data do julgamento do
recurso para devolver o processo ao INSS,
para que as decisões sejam acatadas, se
julgadas em última instância, ou recorridas
quando cabível novo recurso.
O julgamento é aberto ao público e há
duas formas de participação:
1ª) com solicitação prévia: solicitar a
“Sustentação Oral” no próprio form. de rec.
ao protocolá-lo na agência da Previdência
Social ou apresentar o pedido no órgão
julgador para que seja juntado ao processo.
Dessa forma receberá uma
comunicação com informação da data,
horário e local do julgamento, onde poderá
somente assistir ou realizar sustentação oral
(defender oralmente o recurso) ou apresentar
alegações finais em forma de memoriais
(escritas);

2ª) sem solicitação prévia: não receberá


carta informativa, devendo informar-se sobre
a data, horário e local e comparecer, mesmo
que deseje apenas assistir ao julgamento.
Só não é permitida a participação do
público se o objeto do julgamento for matéria
protegida por sigilo, quando somente as
partes e seus representantes (Procuradores)
poderão permanecer presentes.

O segurado poderá fazer sustentação


oral na presença do relator e demais
membros do Colegiado, por ocasião do
julgamento do recurso Não é uma conversa,
o Beneficiário tem um tempo para expor suas
alegações e após ouve o voto do relator e
dos demais membros do colegiado.
Da Redistribuição de processos para
outro Estado
Quando um órgão julgador está com
um volume de processos muito acima da
capacidade de suas composições de
julgamento, o Presidente do CRPS, por meio
de provimento, redistribui processos de um
órgão julgador para outro que possua um
quantitativo menor e que possa garantir o
julgamento de forma mais rápida. Portanto,
possibilitando o cumprimento dos prazos e
uma resposta mais célere ao pedido feito.
Nestes casos, os Princípios do
Contraditório e da Ampla Defesa também
serão respeitados.
Após o julgamento as decisões /
acórdãos são disponibilizados na Internet. O
interessado, de posse do número do
benefício ou número do protocolo, poderá
acessar a página http://www1.previdencia.
gov.br/crps/benefício.asp e imprimir o
acórdão ou ligar na Central de Atendimento
da Previdência Social, telefone 135 para
saber qual foi a decisão.
O INSS também deve, após o
recebimento do processo, encaminhar
comunicação ao segurado com cópia do
acórdão.

Quando a matéria é de única decisão,


no caso, alçada das Juntas de Recursos, não
cabe recurso especial às Câmaras de
Julgamento. É matéria de única decisão: a de
reajustamento e as fundamentadas em
parecer médico convergente, ou seja, com a
mesma decisão.
No caso de decisão de negar
provimento, além da comunicação da
decisão ao interessado, a Agência da
Previdência de origem informará abertura de
prazo para interposição de recurso especial
em última instância, se couber. Sendo a
decisão de conversão em diligência, o
interessado será informado sobre as
exigências solicitadas pelo órgão julgador,
para complementação da instrução
probatória ou outras medidas que visem o
esclarecimento de questões controvertidas.
O processo será remetido à Seção de
Revisão de Direitos/INSS quando a decisão
for favorável ao recorrente total ou
parcialmente.
Nestes casos, o INSS poderá interpor
recurso especial às Câmaras de Julgamento,
caso não concorde com a decisão do recurso
ordinário, no prazo de trinta dias da ciência
da decisão, abrindo prazo para contrarrazões
ao interessado.
Se concordar, o INSS, com a decisão,
remete o processo a agência de origem para
cumprimento da decisão.
De acordo com o Regimento Interno do
CRPS o prazo para cumprimento das
decisões é de 30 (trinta) dias, contados da
data do recebimento do processo na origem
sob a pena de responsabilização funcional
do servidor que der causa ao retardamento.
A decisão da instância recursal
excepcionalmente poderá deixar de ser
cumprida no prazo de 30 (trinta) dias se após
o julgamento pela Junta ou Câmara, for
demonstrado pelo INSS, por meio de
comparativo de cálculo dos benefícios, que
ao beneficiário foi deferido outro benefício
mais vantajoso, desde que haja opção
expressa do interessado, dando-se ciência
ao órgão julgador com o encaminhamento
dos autos.
Neste caso, se o beneficiário não
comparecer ou não manifestar
expressamente sua opção após ter sido
devidamente cientificado, o INSS deve
manter o benefício que vem sendo pago
administrativamente, eximindo-se do
cumprimento da decisão do CRPS, desde
que esta situação esteja devidamente
comprovada nos autos e que seja dada
ciência ao órgão julgador por meio do
encaminhamento dos autos.
Havendo obscuridade, ambigüidade ou
contradição entre a decisão e seus
fundamentos ou quando for omitido ponto
sobre o qual deveria ter se pronunciado o
relator, as partes poderão opor embargos de
declaração, mediante petição expondo a
ocorrência e os fundamentos, no prazo de 30
(trinta) dias contados da ciência do acórdão.
LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE
MAIO DE 2013

Regulamenta a concessão de
aposentadoria da pessoa com deficiência
segurada do Regime Geral de Previdência
Social - RGPS de que trata o § 1º, do art. 201,
da Constituição Federal.
Considera-se pessoa com deficiência:
"aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais
pessoas".
Será assegurada a concessão de
aposentadoria pelo RGPS ao segurado com
deficiência, observadas as seguintes
condições:
a) Com 25 (vinte e cinco) anos de tempo de
contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se
mulher, no caso de segurado com deficiência
grave;
b) Com 29 (vinte e nove) anos de tempo de
contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro)
anos, se mulher, no caso de segurado com
deficiência moderada;
c) Com 33 (trinta e três) anos de tempo de
contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito)
anos, se mulher, no caso de segurado com
deficiência leve; ou
d) Com 60 (sessenta) anos de idade, se
homem, e 55 (cinqüenta e cinco) anos de
idade, se mulher, independentemente do
grau de deficiência, desde que cumprido
tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze)
anos e comprovada a existência de
deficiência durante igual período
(Aposentadoria por Idade com redução de 05
anos no critério etário).
Regulamento do Poder Executivo
definirá as deficiências grave, moderada e
leve para os fins desta Lei Complementar.
DETALHE!!! O Regulamento ainda não
foi editado, por hora, qualquer situação deve
ser dirimida pela avaliação pericial do INSS
que deve ser médica e funcional, portando
multiprofissional, envolvendo, por exemplo,
avaliação social.

A contagem de tempo de contribuição


na condição de segurado com deficiência
será objeto de comprovação, devendo seguir
os seguintes critérios:
a) A existência de deficiência anterior à data
da vigência desta Lei Complementar deverá
ser certificada, inclusive quanto ao seu grau,
por ocasião da primeira avaliação, sendo
obrigatória a fixação da data provável do
início da deficiência.

b) A comprovação de tempo de contribuição


na condição de segurado com deficiência em
período anterior à entrada em vigor desta Lei
Complementar não será admitida por meio de
prova exclusivamente testemunhal.
Se o segurado, após a filiação ao
RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou
tiver seu grau de deficiência alterado, os
parâmetros mencionados no art. 3º serão
proporcionalmente ajustados, considerando-
se o número de anos em que o segurado
exerceu atividade laboral sem deficiência e
com deficiência, observado o grau de
deficiência correspondente, nos termos do
regulamento a que se refere o parágrafo
único do art. 3º desta Lei Complementar.
Aqui deverá ocorrer uma
proporcionalidade tal qual nos casos de
aposentadoria por tempo de contribuição em
que houve exercício de atividade especial
incapaz de cumprir com os requisitos para a
concessão da aposentadoria especial.
A renda mensal da aposentadoria
devida ao segurado com deficiência será
calculada aplicando-se sobre o salário de
benefício, apurado em conformidade com o
disposto no art. 29, da Lei no 8.213, de 24 de
julho de 1991 (com fator previdenciário
facultativo), os seguintes percentuais:

a) 100% (cem por cento), no caso da


aposentadoria de que tratam os incisos I, II e
III do art. 3º; ou
b) 70% (setenta por cento) mais 1% (um por
cento) do salário de benefício por grupo de
12 (doze) contribuições mensais até o
máximo de 30% (trinta por cento), no caso de
aposentadoria por idade.

Aplicam-se à pessoa com deficiência


de que trata esta Lei Complementar:

a) O fator previdenciário nas aposentadorias,


se resultar em renda mensal de valor mais
elevado;
b) A contagem recíproca do tempo de
contribuição na condição de segurado com
deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao
regime próprio de previdência do servidor
público ou a regime de previdência militar,
devendo os regimes compensar-se
financeiramente;
c) As regras de pagamento e de recolhimento
das contribuições previdenciárias contidas
na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;
d) As demais normas relativas aos benefícios
do RGPS;
e) A percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria estabelecida na Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais
vantajosa do que as opções apresentadas
nesta Lei Complementar.
A redução do tempo de contribuição
prevista nesta Lei Complementar não poderá
ser acumulada, no tocante ao mesmo
período contributivo, com a redução
assegurada aos casos de atividades
exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Detalhe, não houve determinação para
compensar a redução de tempo de
contribuição no cálculo do Fator
Previdenciário. Portanto, o cálculo do fator
previdenciário deve ser realizado com o
tempo de contribuição do segurado e
excluído da conta se for menor que 01 (um).

Esta Lei Complementar entrou em vigor em


novembro de 2013.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 72, DE 2
DE ABRIL DE 2013
Alterou a Redação do Parágrafo único
do art. 7º da Constituição Federal, que
passou a vigorar com a seguinte redação:
Parágrafo Único - São assegurados à
categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos ...

IV - Salário-Mínimo
VI - Irredutibilidade do salário - salvo
disposição em CCT;
VII - Garantia de salário nunca inferior ao
mínimo para quem tem renda variável;
VIII - 13º com base na remuneração ou na
aposentadoria;
X - Proteção do Salário, sendo proibida sua
retenção dolosa;
XIII - limitação à duração da jornada de
trabalho diária, permitida a compensação de
horários e a redução da jornada, mediante
ACT ou CCT;
XV - repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos;
XVI - horas extras remuneradas a no mínimo
50% do valor da hora normal;
XVII - Férias anuais remuneradas com
acréscimo de 1/3;
XVIII - licença gestante, com estabilidade
empregatícia e duração de 120 dias;
XIX - licença paternidade;
XXI - Aviso prévio;
XXII - Redução dos riscos inerentes ao
trabalho, respeitando as NR's;
XXIV - Aposentadoria;
XXVI - reconhecimento das convenções e
acordos coletivos de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de
exercício de funções e de critério de
admissão por qualquer motivo;

XXXI - proibição de qualquer discriminação


no tocante a salário e critérios de admissão
do trabalhador portador de deficiência; e

XXXIII - proibição de trabalho noturno,


perigoso ou insalubre a menores de dezoito
e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;
... e, atendidas as condições estabelecidas
em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias,
principais e acessórias, decorrentes da
relação de trabalho e suas peculiaridades, os
previstos nos incisos

I - Proteção contra a despedida arbitrária,


com previsão de indenização;
II - Seguro desemprego, em caso de
desemprego involuntário;
III - FGTS;
IX - Remuneração do trabalho noturno
superior ao diurno;
XII - salário-família pago em razão do
dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
XXV - assistência gratuita aos filhos e
dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-
escolas; e
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho
(SAT), a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa;
Bem como a sua integração à
previdência social.

Direitos não unificados:

V - piso salarial proporcional à extensão e à


complexidade do trabalho;

XI - participação nos lucros, ou resultados,


desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da
empresa, conforme definido em lei;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;

XX - proteção do mercado de trabalho da


mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;

XXIII - adicional de remuneração para as


atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XXVII - proteção em face da automação, na
forma da lei;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes


das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o


trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
Crimes contra a Previdência Social
Os crimes previdenciários eram
disciplinados na Lei nº 8.212/9, no seu art. 95.
Com a entrada em vigor da Lei nº 9.983/2000,
em 15/10/2000, foram acrescentados os arts.
168-A; 313-A; 313-B e 337-A, ao Código
Penal, além do acréscimo dos §§3º e 4º ao já
existente art. 297, também do Código Penal,
o que revogou o texto do art. 95, com
exceção de seu §2º, que continua vigente e
dispondo sobre as sanções administrativas
das empresas que transgridem as regras
estabelecidas no regulamento do RGPS.
A Lei nº 9.983/2000 veio socorrer a Lei
nº 8.213/91, pois o art. 95 era precário e
pecava por sua má redação e omissão em
alguns pontos, além de não prever qualquer
tipo de sanção para os delitos previstos.

As sanções administrativas a que as


empresas continuam submetidas pela
redação do §2º, do art. 95, da Lei nº 8.212/91
são:
=> Suspensão de empréstimos e
financiamentos, por instituições financeiras
oficiais;
=> Revisão de incentivos fiscais de
tratamento tributário especial;
=> Inabilitação para licitar e contratar com
qualquer órgão ou entidade da administração
pública direta ou indireta federal, estadual,
do Distrito Federal ou Municipal;
=> Interdição para o exercício do comércio,
se for sociedade mercantil ou comerciante
individual;
=> Desqualificação para impetrar concordata;
=> Cassação de autorização para funcionar
no país, quando for o caso.
Já os crimes tipificados pelos
acréscimos dos arts. 168-A; 313-A; 313-B e
337-A, e dos §§3º e 4º ao art. 297, ao Código
Penal, e que serão objeto de nosso estudo,
são:

=> Apropriação indébita previdenciária;

=> Inserção de dados falsos em sistemas de


informações;
=> Modificação ou alteração não autorizada
em sistemas de Informações;
=> Sonegação de contrib. previdenciária;
=> Falsificação de documentos em prejuízo
da Previdência Social.
Com relação aos crimes de inserção de
dados falsos em sistemas de informações e
de modificação ou alteração não autorizada
em sistemas de Informações é certo de que
eles não são restritos ao âmbito
previdenciário, possuem abrangência mais
ampla, sendo aplicadas a toda a esfera
administrativa governamental.
Do Crime de Apropriação Indébita
Previdenciária
É um tipo penal referente a conduta do
responsável tributário, aquele que deve
realizar o recolhimento do tributo, no caso as
contribuições sociais destinadas a
Seguridade Social.

As condutas tipificadas como crime de


apropriação indébita, bem como a pena
cominada são as seguintes:
=> Deixar de repassar ao RGPS as
contribuições recolhidas dos contribuintes,
no prazo e na forma legal ou convencional;
=> Deixar de recolher, no prazo legal,
contribuição ou outra importância destinada
ao RGPS que tenha sido descontada do
pagamento efetuada a seguros, a terceiros
ou arrecadada do público;
=> Deixar de recolher contribuições devidas
ao RGPS que tenham integrado despesas
contábeis ou custos relativos à venda de
produtos ou à prestação de serviços;
=> Deixar de pagar benefício devido a
segurado, quando as respectivas cotas ou
valores já tiverem sido reembolsados à
empresa pelo RGPS.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 05 anos E MULTA.

Este tipo penal não exige dolo


específico, ou seja, não é necessário
comprovar que o agente tinha a intenção de
ter para si a coisa apropriada indevidamente.
Cabe a extinção da punibilidade caso o
agente, espontaneamente, declara, confessa
e efetua o pagamento dos tributos
indevidamente apropriados, antes do início
da ação fiscal.

O governo institui de tempos em


tempos, programas de incentivos visando a
regularização de dívidas com o RGPS, como
o Refis e o Paes, onde se permite a inclusão
de períodos e o parcelamento do montante
total devido.
Durante o pagamento pelo agente dos
valores da dívida a punibilidade fica
suspensa em respeito aos ditames do art.
151, do CTN, sendo extinta após a quitação.
O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou
aplicar apenas a de Multa se o agente for
primário e de bons antecedentes, desde que
o valor das contribuições devidas, inclusive
os acessórios (multa, juros e correção
monetária) seja igual ou inferior àquele
estabelecido pelo RGPS como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.
Do Crime de Inserção de dados falsos
em sistemas de Informações

É um conduta típica do funcionário da


Administração Pública que, através de sua
facilidade em acessar os sistemas de
informações computadorizadas do Poder
Público, insere, altera, ou exclui dados, a fim
de obter vantagem ilícita para si ou para
outrem ou causar dano.
A tipificação do crime admite a
participação de terceira pessoa, um
particular não servidor público, pois não
abrange apenas a ação de inserir os dados,
mas também o ato de facilitar o acesso aos
sistemas informatizados da Administração
Pública para a inserção, alteração ou
exclusão de dados.

A conduta tipificada deste crime, bem


como a pena cominada é a seguinte:
=> Inserir ou facilitar, o funcionário
autorizado a inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados corretos nos
sistemas informatizados ou bancos de dados
da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou
para causar dano.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 12 anos E MULTA.

É um crime que exige a configuração


do dolo específico e não comporta a figura
da extinção da punibilidade.
Do Crime de Modificação ou alteração
não autorizada em sistemas de
Informações
É um conduta típica do funcionário da
Administração Pública também.
A conduta tipificada deste crime, bem
como a pena cominada é a seguinte:

=> Modificar ou alterar, o funcionário,


sistema de informações ou programa de
informática sem autorização ou solicitação
de autorização à autoridade competente.
Pena: RECLUSÃO de 03 meses a 02 anos E
MULTA.

Neste caso não se exige a configuração


de dolo específico, basta o agente, que é um
funcionário público, alterar ou modificar
deliberadamente algum sistema de
informação, até mesmo que não cause dano
algum à Administração Pública e nem
benefício ou dano a outrem.
Entretanto, no caso de ocorrer dano à
Administração Pública ou para o
Administrado, as penas serão aumentadas
de um terço até a metade.
Do Crime de Sonegação de Contribuição
Previdenciária

As condutas tipificadas deste crime,


bem como a pena cominada são as
seguintes:

=> Suprimir ou reduzir contribuição social


previdenciária e qualquer acessório,
mediante as seguintes condutas:
- Omitir de folha de pagamento da empresa
ou de documento de informações previsto
pela legislação previdenciária, segurado
empregado, empresário, trabalhador avulso,
ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços;

- deixar de lançar mensalmente nos títulos


próprios da contabilidade da empresa as
quantias descontadas dos segurados ou as
devidas pelo empregador ou pelo tomador de
serviços;
- omitir, total ou parcialmente, receitas ou
lucros auferidos, remunerações pagas ou
creditadas e demais fatos geradores de
contribuições previdenciários.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 05 anos E MULTA.

O Agente é o responsável pelas


informações ao RGPS.

Basicamente a ação principal é omitir


da folha de pagamento, contabilidade, (...)
(...)GFIP ou qualquer outro documento fatos
geradores de contribuição previdenciária, na
tentativa de suprimir ou reduzir o pagamento
do referido tributo, configurando, portanto,
fraude.

As condutas são omissivas, entretanto,


existe o dolo específico, pois existe a
intenção em omitir com o fim de obter a
vantagem ilícita de reduzir ou mesmo não
pagar o tributo, ou seja, caracterizam ações
fraudulentas.
Aqui cabe a extinção da punibilidade,
se o agente espontaneamente, declara, e
confessa as contribuições, importâncias ou
valores e presta informações devidas ao
RGPS, antes do início da ação fiscal, mesmo
que independente do pagamento da
contribuição devida, para que ocorra a
extinção da punibilidade basta que haja a
confissão.

O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou


aplicar apenas a de Multa se o agente for
primário e de bons antecedentes, desde que:
- Tenha promovido, após o início da ação
fiscal e antes de oferecida a denúncia, o
pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios;

- O valor das contribuições devidas, inclusive


os acessórios (multa, juros e correção
monetária) seja igual ou inferior àquele
estabelecido pelo RGPS como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.
Se o empregador não é pessoa jurídica
e sua folha de pagamento mensal não
ultrapassa R$ 3.231,35 (para o ano de 2014),
o juiz poderá reduzir a pena de reclusão de
um terço até a metade ou aplicar a de multa
apenas.
Do Crime de Falsificação de documento
público
As condutas tipificadas deste crime,
bem como a pena cominada são as
seguintes:

=> Falsificar no todo ou em parte, documento


público, ou alterar documento público
verdadeiro. Inserir ou fazer inserir:

- Na folha de pagamento ou em documento


de informações que seja destinado a fazer
prova perante o RGPS;
- Na CTPS do empregado ou em documento
que deva produzir efeito perante o RGPS,
declaração falsa ou diversa da que deveria
ter sido escrita;

- Em documento contábil ou em qualquer


outro documento relacionado com as
obrigações da empresa perante o RGPS,
declaração falsa ou diversa da que deveria
ter constado;
=> Omitir nos documentos acima
mencionados nome de segurado, bem como,
seus dados pessoais, a remuneração, a
vigência do Contrato de Trabalho ou de
prestação de serviços.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 06 anos E MULTA.

O Agente é o responsável pelas


informações ao RGPS.
Não é cabível a extinção da
punibilidade por confissão ou pagamento da
dívida, porque este crime gera prejuízos ao
Erário Público, seja pela falta de
arrecadação, caso em que ocorrerá concurso
de crimes com o crime de sonegação, ou por
concessão indevida de benefício, caso em
que ocorrerá concurso de crime com o crime
de apropriação indébita previdenciária.
Da Assistência Social
Definição da Assistência Social
É um direito do cidadão e dever do
Estado, é Política de Seguridade Social
NÃO CONTRIBUTIVA, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa
pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.
Da Assistência Social
Limites da Assistência Social
Os limites de atuação da Assistência
Social como: proteção à família, à
maternidade, à infância, à adolescência, à
velhice e à pessoa portadora de deficiência.
deficiência

A principal diferença entre


Assistência Social e Previdência que é a
independência de contribuições
pecuniárias à Seguridade Social para a
Assistência.
Princípios da Assistência Social

=> descentralização político-administrativa:


administrativa

Permite que a coordenação e


execução dos respectivos programas
assistenciais sejam regionalizados
(Estados, Municípios, Entidades
Beneficentes e de Assistência Social),
embora a coordenação Geral e elaboração
de normas gerais pertençam à esfera
Federal;
Princípios da Assistência Social

=> participação da população na


formulação e controle das ações em todos
os níveis:
veis

Por meio de organizações


representativas.
Definição da Assistência Social

É um direito do cidadão e dever do


Estado, é Política de Seguridade Social
NÃO CONTRIBUTIVA, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa
pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.
Objetivos da Assistência Social
São objetivos da Assistência Social:

- A proteção social, que visa à


garantia da vida, à redução de danos e à
prevenção da incidência de riscos,
especialmente:

=> a proteção à família, à maternidade, à


infância, à adolescência e à velhice;

=> o amparo às crianças e aos


adolescentes carentes;
Objetivos da Assistência Social
=> a promoção da integração ao mercado
de trabalho;

=> a habilitação e reabilitação das pessoas


com deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária; e

=> a garantia de 1 (um) salário-mínimo de


benefício mensal à pessoa com deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover a própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família;
Objetivos da Assistência Social

- a vigilância socioassistencial, que


visa a analisar territorialmente a capacidade
protetiva das famílias e nela a ocorrência de
vulnerabilidades, de ameaças, de
vitimizações e danos

- a defesa de direitos, que vise


garantir o pleno acesso aos direitos no
conjunto das provisões socioassistenciais.
Entidades de Assistência Social

Consideram-se entidades e
organizações de assistência social aquelas
SEM FINS LUCRATIVOS que, isolada ou
cumulativamente, prestam atendimento e
assessoramento aos beneficiários
abrangidos por esta Lei, bem como as que
atuam na defesa e garantia de direitos.
Entidades de Assistência Social

São de atendimento aquelas


entidades que, de forma continuada,
permanente e planejada, prestam serviços,
executam programas ou projetos e
concedem benefícios de prestação social
básica ou especial, dirigidos às famílias e
indivíduos em situações de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal, como as casa de
apoio.
Entidades de Assistência Social

São de assessoramento aquelas que,


de forma continuada, permanente e
planejada, prestam serviços e executam
programas ou projetos voltados
prioritariamente para o fortalecimento dos
movimentos sociais e das organizações de
usuários, formação e capacitação de
lideranças, dirigidos ao público da política
de assistência social.
Entidades de Assistência Social
São de defesa e garantia de direitos
aquelas que, de forma continuada,
permanente e planejada, prestam serviços e
executam programas e projetos voltados
prioritariamente para a defesa e efetivação
dos direitos socioassistenciais, construção
de novos direitos, promoção da cidadania,
enfrentamento das desigualdades sociais,
articulação com órgãos públicos de defesa
de direitos, dirigidos ao público da política
de assistência social.
Da Organização e da Gestão

A gestão das ações na área de


assistência social fica organizada sob a
forma de sistema descentralizado e
participativo, denominado Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), com os
seguintes objetivos:
=> consolidar a gestão compartilhada, o
cofinanciamento e a cooperação técnica
entre os entes federativos que, de modo
articulado, operam a proteção social não
contributiva
Da Organização e da Gestão
=> integrar a rede pública e privada de
serviços, programas, projetos e benefícios
de assistência social;
=> estabelecer as responsabilidades dos
entes federativos na organização,
regulação, manutenção e expansão das
ações de assistência social;
=> definir os níveis de gestão, respeitadas
as diversidades regionais e municipais;
=> implementar a gestão do trabalho e a
educação permanente na assistência
social;
Da Organização e da Gestão
=> estabelecer a gestão integrada de
serviços e benefícios; e

=> afiançar a vigilância socioassistencial e


a garantia de direitos.

As ações ofertadas no âmbito do


SUAS têm por objetivo a proteção à família,
à maternidade, à infância, à adolescência e
à velhice e, como base de organização, o
território.
Da Organização e da Gestão

O SUAS é integrado pelos entes


federativos, pelos respectivos conselhos de
assistência social e pelas entidades e
organizações de assistência social.
Tipos de proteção da assistência social

=> Proteção Social Básica:


sica conjunto de
serviços, programas, projetos e benefícios
da assistência social que visa a prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social
por meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários;
Tipos de proteção da assistência social

=> Proteção Social Especial:


Especial conjunto de
serviços, programas e projetos que tem por
objetivo contribuir para a reconstrução de
vínculos familiares e comunitários, a defesa
de direito, o fortalecimento das
potencialidades e aquisições e a proteção
de famílias e indivíduos para o
enfrentamento das situações de violação de
direitos.
Tipos de proteção da assistência social
A vigilância socioassistencial é um
dos instrumentos das proteções da
assistência social que identifica e previne
as situações de risco e vulnerabilidade
social e seus agravos no território.
As proteções sociais básica e
especial serão ofertadas pela rede
socioassistencial, de forma integrada,
diretamente pelos entes públicos e/ou pelas
entidades e organizações de assistência
social vinculadas ao SUAS, respeitadas as
especificidades de cada ação.
Estruturas da Assistência Social

As proteções sociais, básica e


especial, serão ofertadas precipuamente no
Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) e no Centro de Referência
Especializado de Assistência Social
(CREAS), respectivamente, e pelas
entidades sem fins lucrativos de
assistência social integrantes do SUAS.
Estruturas da Assistência Social

O CRAS é a unidade pública


municipal, de base territorial, localizada em
áreas com maiores índices de
vulnerabilidade e risco social, destinada à
articulação dos serviços socioassistenciais
no seu território de abrangência e à
prestação de serviços, programas e
projetos socioassistenciais de proteção
social básica às famílias.
Estruturas da Assistência Social

O CREAS é a unidade pública de


abrangência e gestão municipal, estadual
ou regional, destinada à prestação de
serviços a indivíduos e famílias que se
encontram em situação de risco pessoal ou
social, por violação de direitos ou
contingência, que demandam intervenções
especializadas da proteção social especial.
Estruturas da Assistência Social

Os CRAS e os CREAS são unidades


públicas estatais instituídas no âmbito do
SUAS, que possuem interface com as
demais políticas públicas e articulam,
coordenam e ofertam os serviços,
programas, projetos e benefícios da
assistência social.
Estruturas da Assistência Social

As instalações dos CRAS e dos


CREAS devem ser compatíveis com os
serviços neles ofertados, com espaços para
trabalhos em grupo e ambientes
específicos para recepção e atendimento
reservado das famílias e indivíduos,
assegurada a acessibilidade às pessoas
idosas e com deficiência.
Estruturas da Assistência Social
Cada Ente Federativo possui
autonomia para, observados os princípios e
diretrizes estabelecidos nesta lei, fixar suas
respectivas Políticas de Assistência Social.

Os entes Federativos podem celebrar


convênios com entidades e organizações
de assistência social, em conformidade
com os Planos aprovados pelos
respectivos Conselhos.
Competências da União
A União deve:

=> responder pela concessão e manutenção


dos benefícios de prestação continuada
definidos no art. 203, da CF/88 (Benefício de
01 salário-mínimo às pessoas portadoras
de deficiência e aos idosos, que
comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou tê-la provida por
sua família);
Competências da União
=> cofinanciar, por meio de transferência
automática, o aprimoramento da gestão, os
serviços, os programas e os projetos de
assistência social em âmbito nacional;
=> atender, em conjunto com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, às ações
assistenciais de caráter de emergência.
=> o monitoramento e a avaliação da
política de assistência social e assessorar
Estados, Distrito Federal e Municípios para
seu desenvolvimento.
Competências dos Estados
Os Estados devem:

=> destinar recursos financeiros aos


Municípios, a título de participação no
custeio do pagamento dos benefícios,
mediante critérios estabelecidos pelos
Conselhos Estaduais de Assistência Social;
=> cofinanciar, por meio de transferência
automática, o aprimoramento da gestão, os
serviços, os programas e os projetos de
assistência social em âmbito regional/local;
Competências dos Estados
=> atender, em conjunto com os
Municípios, às ações assistenciais de
caráter de emergência;
=> estimular e apoiar técnica e
financeiramente as associações e
consórcios municipais na prestação de
serviços de assistência social;
=> prestar os serviços assist. cujos custos
ou ausência de demanda municipal
justifiquem uma rede regional de serviços,
desconc., no âmbito do respectivo Estado.
Competências dos Estados

=> realizar o monitoramento e a avaliação


da política de assistência social e
assessorar os Municípios para seu
desenvolvimento.
Competências dos Municípios
Os Municípios devem:
=> destinar recursos financeiros para
custeio do pagamento dos benefícios
eventuais de que trata o art. 22, mediante
critérios estabelecidos pelos Conselhos
Municipais de Assistência Social
=> efetuar o pagamento dos auxílios
natalidade e funeral;
=> executar os projetos de enfrentamento
da pobreza, incluindo a parceria com
organizações da sociedade civil;
Competências dos Municípios
=> atender às ações assistenciais de
caráter de emergência;

=> prestar os serviços assistenciais;

=> cofinanciar o aprimoramento da gestão,


os serviços, os programas e os projetos de
assistência social em âmbito local;

=> realizar o monitoramento e a avaliação


da política de assistência social em seu
âmbito.
Estrutura do SUAS
As instâncias deliberativas do SUAS,
de caráter permanente e composição
paritária entre governo e sociedade civil,
são:

=> o Conselho Nacional de Assistência


Social (órgão superior de deliberação
colegiada, vinculado à estrutura do órgão
da Administração Pública Federal
responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social, (continua)
Estrutura do SUAS
(continua) cujos membros, nomeados
pelo Presidente da República, têm mandato
de 2 (dois) anos, permitida uma única
recondução por igual período. É composto
por 18 (dezoito) membros, sendo 9 (nove)
representantes governamentais, incluindo 1
(um) representante dos Estados e 1 (um)
dos Municípios e 9 (nove) representantes
da sociedade civil, dentre representantes
dos usuários ou de organizações de
usuários, (continua)
Estrutura do SUAS
(continua) das entidades e organizações de
assistência social e dos trabalhadores do
setor, escolhidos em foro próprio sob
fiscalização do Ministério Público Federal);
=> os Conselhos Estaduais de Assistência
Social;
=> o Conselho de Assistência Social do
Distrito Federal;
=> os Conselhos Municipais de Assistência
Social.
As competências do CNAS estão no
art. 18, da Lei nº 8.742/1993.
Do Benefício de Prestação Continuada

O benefício de prestação continuada é


a garantia de um salário-mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que
comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção nem de tê-la provida
por sua família.
Do Benefício de Prestação Continuada

A família é composta pelo requerente,


o cônjuge ou companheiro, os pais e, na
ausência de um deles, a madrasta ou o
padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e
enteados solteiros e os menores tutelados,
desde que vivam sob o mesmo teto.
Do Benefício de Prestação Continuada
Para efeito de concessão deste
benefício, considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimentos
de longo prazo (assim entendidos aqueles
que produzam efeitos pelo prazo mínimo de
02 (dois) anos) de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com
as demais pessoas.
Do Benefício de Prestação Continuada

Considera-se incapaz de prover a


manutenção da pessoa com deficiência ou
idosa a família cuja renda mensal per capita
seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-
mínimo. A remuneração da pessoa com
deficiência na condição de aprendiz não
será considerada para fins do cálculo da
renda mensal per capita.
Do Benefício de Prestação Continuada
O benefício de que trata este artigo
não pode ser acumulado pelo beneficiário
com qualquer outro no âmbito da
seguridade social ou de outro regime, salvo
os da assistência médica e da pensão
especial de natureza indenizatória.
A condição de acolhimento em
instituições de longa permanência (Asilos)
não prejudica o direito do idoso ou da
pessoa com deficiência ao benefício de
prestação continuada.
Do Benefício de Prestação Continuada
A concessão do benefício ficará
sujeita à avaliação da deficiência e do grau
de impedimento, tanto da área médica,
quanto de avaliação social, a serem
realizadas por médicos peritos e por
assistentes sociais do Instituto Nacional de
Seguro Social - INSS, respectivamente.

O benefício de prestação continuada


deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para
avaliação da continuidade das condições
que lhe deram origem.
Do Benefício de Prestação Continuada

O pagamento do benefício cessa no


momento em que forem superadas as
condições de concessão, ou em caso de
morte do beneficiário. Será cancelado
quando se constatar irregularidade na sua
concessão ou utilização.
Do Benefício de Prestação Continuada

O desenvolvimento das capacidades


cognitivas, motoras ou educacionais e a
realização de atividades não remuneradas
de habilitação e reabilitação, entre outras,
não constituem motivo de suspensão ou
cessação do benefício da pessoa com
deficiência.
Do Benefício de Prestação Continuada

A contratação de pessoa com


deficiência como aprendiz não acarreta a
suspensão do benefício de prestação
continuada, limitado a 02 (dois) anos o
recebimento concomitante da remuneração
e do benefício.
Dos Benefícios Eventuais

Entendem-se por benefícios eventuais


as provisões suplementares e provisórias
que integram organicamente as garantias
do SUAS e são prestadas aos cidadãos e às
famílias em virtude de nascimento, morte,
situações de vulnerabilidade temporária e
de calamidade pública (aluguel social, por
exemplo).
Dos Benefícios Eventuais

A concessão e o valor dos benefícios


acima referidos, serão definidos pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios e
previstos nas respectivas leis
orçamentárias anuais, com base em
critérios e prazos definidos pelos
respectivos Conselhos de Assistência
Social.
Dos Benefícios Eventuais

O CNAS, ouvidas as respectivas


representações de Estados e Municípios
dele participantes, poderá propor, na
medida das disponibilidades orçamentárias
das 3 (três) esferas de governo, a
instituição de benefícios subsidiários no
valor de até 25% (vinte e cinco por cento)
do salário-mínimo para cada criança de até
6 (seis) anos de idade.
Dos Serviços da Assistência Social

Entendem-se por serviços


socioassistenciais as atividades
continuadas que visem à melhoria de vida
da população e cujas ações, voltadas para
as necessidades básicas, observem os
objetivos, princípios e diretrizes
estabelecidos nesta Lei.
Dos Serviços da Assistência Social

Na organização dos serviços da


assistência social serão criados programas
de amparo, entre outros:

=> às crianças e adolescentes em situação


de risco pessoal e social;

=> às pessoas que vivem em situação de


rua.
Dos Programas de Assistência Social

Os programas de assistência social


compreendem ações integradas e
complementares com objetivos, tempo e
área de abrangência definidos para
qualificar, incentivar e melhorar os
benefícios e os serviços assistenciais.
Dos Programas de Assistência Social
=> PAIF - Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família, que integra
a proteção social básica e consiste na
oferta de ações e serviços
socioassistenciais de prestação
continuada, nos CRAS, por meio do
trabalho social com famílias em situação de
vulnerabilidade social, com o objetivo de
prevenir o rompimento dos vínculos
familiares e a violência no âmbito de suas
relações, garantindo o direito à convivência
familiar e comunitária.
Dos Programas de Assistência Social

=> PAEFI - Serviço de Proteção e


Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos, que integra a proteção social
especial e consiste no apoio, orientação e
acompanhamento a famílias e indivíduos
em situação de ameaça ou violação de
direitos, articulando os serviços
socioassistenciais com as diversas
políticas públicas e com órgãos do sistema
de garantia de direitos
Dos Programas de Assistência Social

=> PETI - Programa de Erradicação do


Trabalho Infantil, de caráter intersetorial,
integrante da Política Nacional de
Assistência Social, que, no âmbito do
SUAS, compreende transferências de
renda, trabalho social com famílias e oferta
de serviços socioeducativos para crianças
e adolescentes que se encontrem em
situação de trabalho.
Dos Projetos de enfrentamento da pobreza

Os projetos de enfrentamento da
pobreza compreendem a instituição de
investimento econômico-social nos grupos
populares, buscando subsidiar, financeira e
tecnicamente, iniciativas que lhes garantam
meios, capacidade produtiva e de gestão
para melhoria das condições gerais de
subsistência, elevação do padrão da
qualidade de vida, a preservação do meio-
ambiente e sua organização social.
Do Financiamento da Assistência Social

O Fundo Nacional de Ação


Comunitária (FUNAC), instituído pelo
Decreto nº 91.970/85, foi, transformado no
Fundo Nacional de Assistência Social
(FNAS).
Do Financiamento da Assistência Social

O financiamento dos benefícios,


serviços, programas e projetos
estabelecidos nesta lei far-se-á com os
recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, DAS DEMAIS
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVISTAS NO
ART. 195 da CF/88, além daqueles que
compõem o Fundo Nacional de Assistência
Social (FNAS).
Do Financiamento da Assistência Social

O financiamento da assistência social


no SUAS deve ser efetuado mediante
cofinanciamento dos 3 (três) entes
federados, devendo os recursos alocados
nos fundos de assistência social ser
voltados à operacionalização, prestação,
aprimoramento e viabilização dos serviços,
programas, projetos e benefícios desta
política.
Do Financiamento da Assistência Social
Constitui receita do Fundo Nacional
de Assistência Social, o produto da
alienação dos bens imóveis da extinta
Fundação Legião Brasileira de Assistência.

Os recursos de responsabilidade da
União destinados à assistência social serão
automaticamente repassados ao Fundo
Nacional de Assistência Social (FNAS), à
medida que se forem realizando as receitas.
Do Financiamento da Assistência Social

Os recursos de responsabilidade da
União destinados ao financiamento dos
benefícios de prestação continuada,
previstos no art. 20, poderão ser
repassados pelo Ministério da Previdência e
Assistência Social diretamente ao INSS,
órgão responsável pela sua execução e
manutenção.
Do Financiamento da Assistência Social
O cofinanciamento dos serviços,
programas, projetos e benefícios eventuais,
no que couber, e o aprimoramento da
gestão da política de assistência social no
SUAS se efetuam por meio de
transferências automáticas entre os fundos
de assistência social e mediante alocação
de recursos próprios nesses fundos nas 3
(três) esferas de governo.
Das Disposições Gerais e Transitórias

As entidades e organizações de
assistência social que incorrerem em
irregularidades na aplicação dos recursos
que lhes foram repassados pelos poderes
públicos terão a sua vinculação ao SUAS
cancelada, e ainda serão responsabilizados
civil e criminalmente.
Das Disposições Gerais e Transitórias
O benefício de prestação continuada
será devido após o cumprimento, pelo
requerente, de todos os requisitos legais e
regulamentares exigidos para a sua
concessão, inclusive apresentação da
documentação necessária, devendo o seu
pagamento ser efetuado em até quarenta e
cinco dias após cumpridas as exigências de
que trata este artigo.
Das Disposições Gerais e Transitórias

No caso de o primeiro pagamento ser


feito após o prazo previsto no caput,
aplicar-se-á na sua atualização o mesmo
critério adotado pelo INSS na atualização
do primeiro pagamento de benefício
previdenciário em atraso (ou seja, correção
monetária pela variação do INPC).

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