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O artigo de Afonso Murad intitulado como “O Núcleo da Ecoteologia e a Unidade da Experiência

Salvífica”, tem como objetivo apresentar um balanço acerca de uma teologia ecológica. Dessa
forma, no início do seu texto, o autor diz que para se explorar o potencial da dessa opção
teológica e seus desdobramentos reais no ecossistema, não basta somente fazer uma bela
reflexão sobre os relatos de Gênesis 1 e 2, afirmando que o ser humano é o jardineiro da criação
e não o seu dominador. Muito menos dizer que o centro da criação não é o homem, como a
mentalidade antroprocentrica nos levou a crer, e sim um repouso sabático. Murad diz que tudo
isso é necessário, uma vez que os consideramos como componentes na elaboração da
Ecoteologia. No entanto, a questão para o autor é mais profunda. Sua hipótese defende que o
eixo temático da ecologia precisa lançar suas preocupações em compreender a relação entre a
criação, graça, pecado, encarnação, redenção e consumação. O objetivo final dessa equação
teológica, nos impulsionaria a proclamar que todos os seres participam do projeto salvífico de
Deus.

A premissa que Deus enviou seu único filho para redimir não só o pecador, mas também
reestabelecer o cosmos, ou seja, trazer redenção a criação, foi posta de lado na história da igreja,
mediante a ênfase do pecado original que indiretamente, ofuscou a mensagem positiva da
teologia da criação. O fato do texto bíblico repetir diversas vezes, de maneira colorida e poética,
que “Deus viu que tudo que havia feito era bom” (Gn 1,10.12.18), é inibido mediante a teologia
tradicional que carrega consigo os tons cinzentos da premissa: “esta é um sonho que acabou,
pois o ser humano foi expulso do paraíso”. Em linhas gerais, após o erro de Adão e Eva,
considerados como personagens históricas, toda a humanidade está marcada pela fragilidade e
a tendência ao mal, dominada pela concupiscência do mundo.

A virada hermenêutica da teologia necessária para a mudança de paradigma que gerou


condições de possibilidades para a Ecoteologia, é fruto de importantes reflexões de teólogos
contemporâneos. Como por exemplo Congar, De Lubac e Chenú que deixaram como legado a
redescoberta de Jesus e do Espírito Santo, a revisão da eclesiologia e a visão unificadora da Graça
Divina. Outro teólogo fundamental para se compreender o surgimento da ecoteologia foi J.
Moltmann com a sua Teologia da Esperança, deslocando o eixo da escatologia cristã, ou seja, da
projeção ao além morte para a promessa futura. Culmann por sua vez, criou um conceito
chamado “Tensão Escatológica”, ao afirmar que a salvação já se encontra realizada em Jesus, ao
mesmo em que ainda não se consumou. Culmann e outros autores contribuem assim para a
teologia da história da salvação, em relação com a história humana, centrada em Cristo.

No contexto latino-americano, a Teologia da Libertação - legítima expressão da


teologia contemporânea em diálogo com o mundo – foi principal responsável pela consolidação
dessa metodologia teológica. Partindo do pressuposto que a TdL estabelece uma relação
dialética de continuidade e ruptura, como herdeira, a Ecoteologia assume e transforma o que
recebeu da teologia tradicional.

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