Metabolismo do nitrogenio - continuação

A redutase do nitrato é regulada em função de fatores ambientais e em função da fotossíntese (quanto

maior a taxa fotossintética, mais nitrato é produzido, para ser incorporado ao esqueleto carbonado, se as
condições são desfavoráveis á fotossíntese, a redução do nitrato precisa ser diminuída para evitar o acúmulo
de nitrito).

- Modelo do dímero da redutase do nitrato, indicando os três domínios de ligação, cujas sequencias são
similares nos eucariotos:

O NADH encontra-se como um dímero, e tem como constituintes de uma PTN, grupos prostéticos,
que aqui são 3: Flavina adenina, HEME (anel tetrapilorico, que no interior tem um átomo de ferro, não o
magnésio como na clorofila), e um complexo molibdênio.
O NADH liga-se ao domínio de ligação do FAD de cada subunidade e indica a transferência de 2
elétrons a partir do grupo carboxila terminal (C), até o grupo amino terminal (N). O nitrato é reduzido no
complexo molibdênio próximo á região amino terminal, formando água e nitrito.
A atividade da redutase do nitrato envolve reduções em sequencia (como uma CTE) até que os
elétrons sejam utilizados para reduzir nitrato a nitrito.
*NADPH Tb pd ser utilizado, depende da célula onde o nitrato está sendo reduzido.

Modelos para a estrutura da redutase do nitrato (NO3-)

Figura. Funciona como um dímero. Cada monômero tem três domínios principais, que ligam um cofator de
molibdênio, um heme e um FAD. Os domínios estão apresentados com a mesma cor, nos dois esquemas,
sendo que o grupo FAD está representado em azul, o grupo heme em roxo, o e o cofator de molibdênio em
preto.
 Existe o acoplamento da PTN 1433, envolvida com a degradação (endereça uma PTN á degradação)
qd ela se associa a um dos anéis a redutase do nitrato é encaminhada á degradação.
Condições que desfavorecem a assimilação do nitrogênio levam a degradação dessa PTN.

- -Modelo da estrutura da redutase do nitrito (NO2-)

(monômero com dois grupos prostéticos: um centro de 4Fe-4S e um siroheme):

Não é uma enzima de regulação, a regulação é sobre a redutase do nitrato, a redutase do nitrito tem
expressão constitutiva. Não há produção de nitrito se não houver nitrato. Havendo mais nitrato, há mais
produção de nitrito, havendo menos nitrato, há menos produção de nitrito.
Possui 2 dominios, 1 contém um sitio de ligação a ferredoxina reduzida, e outro que contém 4 atomos
de enxofre associados a 4 atomos de Fe, e Tb ao Siro heme. O Ferro é o elemento chave no transporte de
elétrons.

A redução do nitrito ocorre dentro do cloroplasto, a enzima se beneficia em ter a luz como forma de
energia, para oxidar a molécula de água, formar um poder redutor (ferredoxina reduzida, produto do FSI). À
medida que tem luz, mais ferredoxina reduzida, e mais transporte de elétrons convertendo o nitrito em amonio
(NH4+). * no esquema esta errado – amônio.
 A cinase da redutase do nitrato é ativada por alguns fatores que levam a alterações na quantidade de
cálcio no citosol, quando algum estresse ocorre a fosforilação da redutase do nitrato é ativada, fazendo com
que um dos anéis seja fosforilado, permitindo que a PTN 14-3-3 seja ativada.
Msm fosforilada a redutase do nitrato é ativa, mas nesse estado ela se torna alvo da PTN 14-3-3, que a
torna inativa, e pd ser destinada a degradação. Esse acoplamento é reversível. Cátions bivalentes podem
alterar a associação com a proteína 14-3-3.
Estresses que limitam a fotossíntese fazem com q a PTN seja fosforilada e posteriormente degrada,
situações inversas estimulam o desacoplamento da PTN 14-33.
Luz inibe a cinase da redutase do nitrato. O que estimula a fotossíntese estimula a redutase do nitrato.
O ambiente influencia a redução do nitrato, e a expressão da redutase do nitrato. Fatores que alteram a
fotossíntese estão relacionados com aumento ou redução da expressão de genes relacionados com a redutase
do nitrato.
Excesso de glutamina: indica que a célula tem quantidades suficientes de N.
Deficiência de N: Falta substrato.
Ritmo circadiano: Durante a noite a transcrição é alta, e durante o dia ela cai, garantindo que durante o dia
hajam mts transcritos para manter a atividade da redutase do nitrato.
Citocinina: Maior crescimento, maior demanda por N.
Sacarose: Mt sacarose indica que há alta atividade fotossintética.
Alto CO2: MT fotossíntese, MT esqueleto carbônico.
Baixo CO2: MT amônio fotorrespiratorio.
Oxigenio: Fotorrespiração.
Anoxia: HIPÓTESE: Em ausência de oxigênio ocorre acumulo de poder redutor, com isso aumenta a
atividade da enzima, que utiliza NADH.
 O nitrogênio é absorvido como nitrato ou amônio.
- Amônio: absorvido por transportadores, e rapidamente convertido em aminoácido (planta praticamente não
transporta amônio pelo xilema, mas transporta nitrato).
- Nitrato: pode ser armazenado no vacúolo. Pode ser convertido a nitrito (pela redutase do nitrato), que é -
importado p o plastídio, e convertido em amônio (redutase do nitrito) que pode ser incorporado em
aminoácidos, no plastídio (glutamina p ex.), ou no citosol. Pode ser transportado para a parte aérea, onde vai
ocorrer basicamente o mesmo, mas a fonte de elétrons é a ferredoxina reduzida. No plastídio de uma raiz a
fonte de elétrons é a oxidação da glicose-6-fosfato desidrogenase pela via oxidativa das pentoses fosfatadas.

Amônio não pode acumular dentro da célula, porque desfaz o gradiente eletroquímico de prótons:

Ocorre perda na capacidade de produzir ATP porque desfaz o gradiente eletroquimico da célula.
Assimilação do amônio:

Incorporação do N em um esqueleto carbônico.

Complexo GS/GOGAT (sintetase da glutamina/ sintase do glutamato): Primeira enzima que atua na
incorporação do amônio:
amônio + glutamato = glutamina, reação catalisada pela GS, há gasto de ATP.
glutamina + 2- oxoglutarato são metabolizados pela GOGAT formando 2 glutamatos, utilizando NADH.

*Função da GS no citosol: auxilia na incorporação do amônio fotorrespiratorio, e do proveniente da

degradação de ptns.
Processos de produção do amônio: Fotorrespiração, redução do nitrato, degradação de ptns.
*GOGAT: encontrado basicamente em plastídios.

Incorpora o amônio ao 2-oxoglutarato, utilizando o poder redutor na forma de NADPH. Atua na

assimilação do amônio, provavelmente relacionado com a fotorrespiração, para auxiliar no sistema
GS/GOGAT, e Tb pode degradar o glutamato (sentido inverso), gerando 2-oxoglutarato que pd ser utilizado
no CAC.

Em plantas com baixa taxa fotossintética, o aminoácido produzido é o aspartato, que gasta menos
carbono por nitrogênio, em situações de alta taxa fotossintética, o metabolismo pd gastar mais C para cada N.
A sintetase da asparagina utiliza glutamina + aspartato, com gasto de ATP, produzindo asparagina +
glutamato.
A forma mais econômica de guardar N é na forma de asparagina, pq a relação C/N é baixa. Ocorre
durante noite, pois há menos gasto de C/N.
 Esses genes são predominantemente expressos, e as ptns tem maior atividade durante o dia,
produzindo glutamina (gasta mais C/N), e durante a noite, ocorre aumento da expressao a sintetase da
asparagina (ASN1) converte, que converte glutamina e glutamato em asparagina (forma mais econômica de
C/N), sendo uma forma de armazenamento de N (forma inerte de aminoácido).
Durante a noite a GDH (glutamato desidrogenase) está envolvida no catabolismo do glutamato,
envolvida na produção do amônio e de alfa-cetoglutarato (ciclo de krebs, que é mais alta durante a noite).
Durante o dia a GDH atua no sentido contrario, auxilia na assimilação do amônio, formando glutamato.

A sacarose atua da mesma forma que a luz, aumenta a expressão da redutase do nitrato e do nitrito, e
do gene que codifica para a GS, e diminui a expressão de genes que codificam para a asparagina. Pq durante o
dia há fotossíntese, e é mais favorável produzir a glutamina que possui maior C/N.
Se houver acumulo do glutamato ou glutamina, há inibição da GS e aumento na expressão da sintetase
da asparagina, pq se esta acumulando glutamato ou glutamina, significando que os processos que utiilizam
glutamato e glutamina estão mais lentos que sua produção, sinalizando que o metabolismo deve armazenar N,
e uma forma de armazenamento é a produção de aminoácido inerte (asparagina).

Porque uma planta deficiente em GOGAT tem problemas para sobreviver em ambiente natural?
Baixo CO2: alta taxa respiratória, alta produção de amônio, mas sem a GOGAT o amônio acumula, e é toxico,
elas tem dificuldades para incorporar o amônio fotorrespiratorio, com alto CO2, há inibição de
fotorrespiração, produção baixa de amônio, e não ocorrem problemas causados pelo amônio.
Precursores dos aminoácidos: piruvato, alfa-cetoglutarato, oxaloacetato, eritrose 4- P, ribose- 5P e
fosfoglicolato (fotorrespiração).
A partir dos aminoácidos formados, são produzidas ptns, ácidos nucleicos, produção de energia (catabolismo
de aminoácidos), etc..
Principais aminoácidos formados, a partir da fixação inicial: Glutamina, glutamato, asparagina e aspartato.

 Influencia do ambiente na redução e assimilação do nitrogênio.