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Plágio é crime.
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ABSTRACT: In academic live we have many cases of plagium. To verify the plagium is not enough.
Besides, depending on the form as the institution to treat the case, the plagiarist acquires rights
against her advisor, against the commission, against the institution. With the objective of alerting
advisors and the institutions as for the plagiarist's possibility to come to invert the situation, we
researched the legislation, institutional norms and lawsuits. The conclusion of our research is that the
administrative and juridical consequences of the plagiarism depend on small cares that should be
observed by the advisors and for the institutions.
Introdução
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência [...]. (Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele
só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no
juízo criminal.
Desse texto legislativo chamamos atenção para que além da perda do direito
ao grau de mestre ou doutor, o plagiador também pode vir a arcar com danos morais
ou orientador ou a quem mais se sentir lesado com sua atitude, como os plagiados.
Sobre esse ponto chamamos atenção para a teoria da responsabilidade civil
objetiva (cf. AGUIAR DIAS, 2007: 90-98), quando não cabe se ocupar com a
intenção do autor, com sua culpa. Trata-se da teoria do risco (cf. AGUIAR DIAS,
2007: 55-89; LEOCADIO, 2005: 119-123; (LOPEZ, 2006: 122-132). Assim é porque
ilicitude não se confunde com culpa (LOPEZ, 2006: 115). Quem plagia se arisca às
conseqüências da ação de plagiar ao omitir as informações da autoria das idéias.
Assim, cabe danos morais a quem se sentir ofendido diante do plágio, como o
orientador, o autor plagiado etc., independente de o plagiador ter tido a intenção de
ofendê-lo, de ter-lhe causado o dano. Há ainda a possibilidade de se verificar a
hipótese de em relação ao plágio se poder falar em responsabilidade civil aquiliana,
que é aquela resultante da prática de delito (STOCO, 2007).
Quanto ao direito penal, cabe verificar se a hipótese é de incidência do Art.
185 (violação de direito autoral, do Art. 171, (estelionato), do Art. 298 (fraude), do Art.
299 (falsidade ideológica) ou outras alternativas por mim não localizadas.
Para que o plágio seja enquadrado com um desses crimes, é necessário
verificar algumas peculiaridades do direito penal. A primeira é que, conforme o texto
do Código Penal (Decreto-Lei N.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940):
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
Assim como na esfera civil, para que uma conduta seja considerada um ilícito
penal também deve haver legislação prevendo o ato (ação ou omissão) como ato
criminoso (tipicidade), além da causalidade (relação entre o ato e o resultado) e
previsão de pena. Sobre a causalidade sugerimos leitura do Art. 13, do Código
Penal.
Em relação ao plágio, lembramos que um crime pode ser consumado ou
tentado:
Art. 102. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma
utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação,
sem prejuízo da indenização cabível.
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Daí conclui que: “uma vez constatada que a autoria do referido trabalho
acadêmico é de outrem, ou seja, em se tratando de plágio, sem prejuízo das
sanções civis e penais previstas pela legislação, o trabalho poderá ser
desconsiderado, podendo, inclusive, ser a nota cancelada. Isso quer dizer que o
prejuízo sofrido pelo aluno poderá ser igualmente parcial ou total, ou seja, se o
trabalho acadêmico em questão for requisito fundamental para a obtenção de um
título de licenciado, bacharel, especialista, mestre ou doutor, por exemplo, sua
titulação poderá ser anulada. Se for parcial, poderá ser o aluno reprovado na série
ou disciplina em que a nota do trabalho cancelado for subtraída do cômputo total, e
este não obtiver nota suficiente para promoção ou aprovação" (CARDOSO, 2007:
76).
Nossa questão é que das citações não há como chegar a essa conclusão, por
mais que aceitemos a hipótese de o plágio dever ser um ilícito jurídico. Passemos ao
âmbito administrativo, inclusive porque, como
Na UFPE, por exemplo, há a Resolução 10/2008–CCEPE/UFPE, publicada
no B.O. UFPE, Recife, 43 (39 Especial), p. 01–20, de 17 de julho de 2008,
estabelecendo as normas de pós-graduação. Em relação à previsão da ilicitude que
é o plágio, localizamos o Art. 39, no qual consta previsão de a dissertação ou tese
dever ter “caráter individual e inédito”. Como não há texto adâmico (BAKHTIN, 2003:
274), mas intertextualidade (KRISTEVA, 2005: 71-72), o plágio está na omissão da
intertextualidade, ou seja, no ato de o discente não identificar os autores das idéias
constantes no trabalho acadêmico depositado, o que leva o leitor a atribuir ao
discente a autoria de idéias alheias. Aproveitamos para lembrar que é muito raro
haver um plágio, porém é comum num trabalho acadêmico estarem contidos vários
plágios. Caso esse um plágio não seja todo o texto, mas apenas uma única
passagem, tende-se a considerar que se trata de falha, engano. Não de plágio.
Com isso, a exigência legal do “caráter individual” indica que o trabalho
acadêmico deve ser obra de um único autor, o discente, espera-se. A exigência de
individualidade é suficiente para que, no âmbito da UFPE, todo trabalho acadêmico
de pós-graduação não possa conter plágios. Porém, será a individualidade suficiente
para que o plágio seja um ilícito e, portanto, passível de penalidade? Qual a pena no
caso de plágio?
Adiantamos que a pena é a reprovação ou perda do título, todavia, como a
pena dependerá do devido processo legal, uma vez demonstradas as exigências do
princípio da legalidade (haver lei anterior prevendo que o ato é crime e a pena),
passemos ao princípio do devido processo legal, quando verificaremos a questão da
competência para tomadas de decisões e qual o procedimento adequado.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes.
Nosso raciocínio é que o plágio pode ser tomado como critério à reprovação
do trabalho acadêmico. Assim, independente das cominações legais, a autoridade
competente por decidir sobre a aprovação do trabalho acadêmico é quem detém a
competência para afastar do plagiador o direito de obtenção do grau acadêmico.
Havendo previsão legal para o orientador decidir sobre a aprovação do
trabalho acadêmico, essa competência é do orientador. Porém se apenas à
Comissão de Qualificação ou à Comissão Examinadora compete decidir pelas
menções “aprovado”, “reprovado” ou “em exigência”, não cabe ao orientador impedir
a realização das comissões de qualificação. Neste caso, o orientador, ou quem
identificou o plágio, deve apresentar aos demais integrantes da Comissão os
indícios para que se decida se é caso de reprovação do trabalho acadêmico.
No caso de IFES, cabe incluir no debate o texto da Lei 9.784/99 (Lei do
Processo Administrativo). Já no Art. 2º dessa lei lemos:
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
A sentença, da lavra do MM. Juiz Federal, Dr. PAULO MÁRIO CANABARRO TROIS NETO, apreciou
com precisão a lide, merecendo ser mantida pelos seus próprios fundamentos, que adoto como razão
de decidir. Verbis:
"Como a segurança pretendida pela parte impetrante, conforme a inicial, identifica-se com o pedido
de liminar, analiso os tópicos "a" a "d" articulados às fls. 13-4. Faço-o em ordem diversa da exposta
por razões didáticas.
Abertura de processo disciplinar (c2). O mandado de segurança é instrumento inapto a veicular
pretensão de determinação judicial para que a Universidade constitua comissão para investigar
conduta de professores. Primeiro, porque a representação não foi arquivada, mas apenas suspensa
até a apreciação de uma questão prévia: o próprio julgamento do recurso administrativo interposto
pelas alunas. Segundo, e mais importante, porque a ação mandamental não se presta a dar impulso
a procedimentos administrativos em face de pessoas estranhas à relação processual angularizada.
Por isso, não havendo interesse processual nem adequação da via eleita, indefiro a inicial quanto ao
item c2.
Direito à produção de prova testemunhal (d). Não é função do Poder Judiciário, ao analisar a
existência de ilegalidades em procedimento administrativo, dispor sobre os meios probatórios
admissíveis. No caso, o requerimento de produção de prova testemunhal sequer diz respeito ao fato
objeto da apuração contra a qual se insurge à demandante, e sim à redação da ata relativa à sessão
de julgamento. Caracterizaria demasiada interferência na esfera administrativa a definição de qual a
espécie probatória deve servir para a instrução de um incidente que, buscando transformar os
julgadores em réus, pouca ou nenhuma valia deverá ter na apuração do fato que verdadeiramente diz
respeito à situação acadêmica das impetrantes: se existiu ou inexistiu plágio no trabalho por elas
apresentado na disciplina Estágio Supervisionado II.
Esclarecimento de aspectos formais da documentação (c3). Quanto ao pedido para que a
Universidade informe quem imprimiu e fez anotações manuscritas nos impressos extraídos da
internet que foram anexados ao relatório, também o desacolho. As impetrantes não demonstraram a
relevância da diligência probatória para instrução do procedimento administrativo que tinha por objeto
a verificação da existência ou inexistência de plágio no trabalho apresentado pelas autoras na
disciplina Estágio Supervisionado II. Não há dúvida de que cabe à autoridade administrativa evitar
que a apuração se desvie da finalidade para a qual foi estabelecida. Para tanto, pode e deve indeferir
diligências inúteis.
Por tais razões, não se constata a existência de direito líquido e certo à admissibilidade da prova
requerida, devendo a segurança ser denegada também neste tópico.
Fornecimento do certificado de conclusão de curso (c1). A certificação da conclusão do curso
não pode ocorrer sem o cumprimento integral de todas as etapas do processo de titulação, sob pena
de possível inculcação de prejuízos a terceiros de boa-fé.
Deveras, ainda que superados os argumentos expostos em relação ao item "a", o reconhecimento da
conclusão do ensino universitário pode determinar a concessão, em favor das impetrantes, de uma
injustificada vantagem no mercado de trabalho. A habilitação das demandantes à inscrição no
Conselho Regional de Administração poderia acarretar a demissão de um profissional empregado ou
o prolongamento do desemprego de outro, por isso tal medida não pode ser feita de modo provisório.
Não se olvide, ainda, que a medida as tornaria aptas a se inscrever em concursos públicos e, se
aprovadas, a tomar posse em cargos de nível superior. Assim, na hipótese de serem empossadas, a
(alegada) reversibilidade da certificação da conclusão do curso poderia causar sérios transtornos à
continuidade do serviço público.
Asseguração de prerrogativa profissional (b). Em relação ao pedido para que o juízo assegure o
direito ao uso da palavra na próxima reunião do CONSEPE, merece transcrição a manifestação do
órgão ministerial (fl. 159-v):
Por derradeiro, quanto ao pedido (b), de assegurar o direito ao advogado das impetrantes de fazer o
uso da palavra na futura reunião do CONSEPE, também merece ser indeferido. Nesse ponto,
verifica-se que o Colegiado não deixou de assegurar ás impetrantes o exercício do contraditório e da
ampla defesa, princípios insculpidos como direitos fundamentais no inciso LV, do art. 5º da
Constituição Federal de 1988, e aplicáveis indistintamente aos processos judiciais e administrativos,
porquanto assegurou a defesa escrita nos limites de decisão judicial, possibilitando a mais ampla
discussão sobre os fato que deu causa à decisão que está impugnada por recurso ao Conselho.
Ademais, cumpre registrar que novamente o pedido de defesa oral por advogado não está alicerçado
em nenhum dispositivo legal específico do regimento interno da Universidade ou em qualquer outra
norma que disponha sobre o procedimento administrativo no seio da instituição de ensino. Em que
pese a possibilidade, em tese, de se pleitar tal garantia com suporte em princípios como os ora
invocados, o que se vê, na hipótese dos autos, é que o contraditório e a ampla defesa foram
oportunizados no limite da decisão judicial, de sorte que a defesa oral pretendida se mostra uma
faculdade e não direito líquido e certo das impetrantes.
De acordo com a decisão administrativa, o trabalho das impetrantes foi cotejado textos publicados na
internet, tendo sido constatada identidade plena de vários trechos, sem indicação da fonte. Se esta
fundamentação está correta ou incorreta, trata-se de questão a ser decidida no recurso pendente de
apreciação no CONSEPE. O que releva, para o desfecho do presente processo, é a inexistência de
causa que torne absolutamente imprestável a decisão administrativa."
(fl. 163/168)
Por fim, transcrevo excerto do parecer do ministério Público Federal, da lavra do Exmo. Procurador
Regional da República, Dr. Domingos Sávio Dresch da Silveira:
"Analisando-se os autos, verifica-se que o devido processo legal foi observado pela comissão da
Unicruz para a apuração de denúncia de plágio. Sabe-se que a aplicação de punição sem oportunizar
ao sancionado o direito ao devido processo legal, viola a garantia constitucional, a qual, diga-se de
passagem, deve ser assegurada de forma ampla e incondicionada. A esse respeito, comentando o
disposto constitucional, afirmou CELSO RIBEIRO BASTOS:
"É por isto que a defesa ganha um caráter necessariamente contraditório. Nada poderá ter valor
inquestionável ou irrebatível. A tudo terá de ser assegurado o direito do réu de contraditar, contradizer,
contraproduzir e até mesmo de contra-agir processualmente" (in: Comentários à Constituição do
Brasil , 2º volume, p. 266)."
A garantia constitucional não permite que se transforme o devido processo legal administrativo e a
ampla defesa nele garantido em qualquer defesa. Deve, como previsto na Lei Maior, ser a mais
ampla possível, em tudo semelhante à garantia assegurada no processo judicial.
Nunca é demais lembrar a lição de J.J. GOMES CANOTILHO:
"A intereconexão dinâmica entre direitos fundamentais e procedimento foi salientada quando se
analisou o problema da conformação de direitos. Resta acrescentar que o sentido garantístico do
procedimento pode ter outras dimensões relevantes para o particular, por exemplo, o direito de
participação no procedimento administrativo, o direito de ser ouvido (CRP, artigos 267, nº 4 e 268,
nº1)."
Desse modo, fica evidenciada que não houve violação ao princípio do devido processo legal no
procedimento administrativo que puniu as impetrantes com a reprovação na disciplina de Estágio
Supervisionado II. As apelantes foram, durante todo o curso do referido procedimento, assistidas por
advogado, oferecendo defesa e atuando ativamente em todas as fases. Além disso, ao procurador
não foi negado vista dos autos do processo administrativo, tendo acesso aos documentos nesse
acostados.
[...]
A alegação de existência de atos criminosos no curso do procedimento administrativo não cabe ser
apreciado em sede de mandado de segurança, por demandar dilação probatória. Essa maneira, não
merecem prosperar os pedidos de reconhecimento da existência de tais crimes."
(fls. 258/258-verso)
Art. 40 A Dissertação ou Tese será encaminhada ao Colegiado do Programa, após ser considerada
pelo orientador em condições de ser examinada, para designação de comissão examinadora.
§ 1º Havendo parecer contrário do orientador, o discente poderá requerer ao Colegiado o exame de
seu trabalho.
§ 2º O Colegiado designará relator ou comissão para opinar sobre problemas metodológicos ou éticos
da Dissertação ou Tese.
3. Conclusão
O plágio em trabalhos acadêmicos é crime. Não merece acolhida alegações
do plagiador como desconhecimento das normas jurídicas, nem mesmo
desconhecimento da obrigatoriedade de fazer citações diretas e indiretas em
trabalhos acadêmicos. Também não faz sentido acatar a idéia que só é plágio
quando o trabalho acadêmico for publicado. Não é assim que a legislação trata o
plágio. Não por isso, o plagiador não tem o direito de ser ouvido quando da
acusação de que seu trabalho contém plágios.
Quanto às exigências de previsão legal para a tipicidade e para a penalidade,
constatamos que: 1º) na esfera administrativa, a penalidade é a não obtenção do
grau acadêmico a que faz jus caso não tivesse praticado o plágio; 2º) na esfera
cível, cabe danos morais a quem se sentir prejudicado moralmente com o plágio; 3º)
na esfera penal, há que se verificar qual dos crimes podem concorrer o plagiador.
Quanto às questões processuais, é fundamental que, seja qual for a decisão,
monocrática ou colegiada, ela deve ser prolatada por autoridade competente, bem
como resultante de devido processo legal, ou seja, que tenham sido cumpridas
todas as etapas de um processo administrativo, civil e/ou penal.
O indispensável é cautela nas providências a serem tomadas. Quem sabe,
não é melhor constituir a Comissão de Qualificação ou mesmo a Comissão
Examinadora e reprovar o trabalho considerando o plágio como critério de
avaliação? Isso evitaria uma infinidade de problemas jurídicos, bem como ações
judiciais e processos administrativos duradouros e cansativos para todos.
REFERÊNCIAS
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BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003 [1979].
BARBOSA, Carlos Cézar. Responsabilidade civil do Estado e das instituições privadas nas
relações de ensino. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
CARDOSO, João Augusto. Direitos autorais no trabalho acadêmico. Revista Jurídica. Brasília:
Presidência da República, v. 9, n. 86, p.58-86, ago./set., 2007.
NETTO LÔBO, Paulo Luiz. Teoria geral das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2005.
SIRRIO, POSSENTE. O dado dado e o dado dado. Os limites do discurso. Ensaios sobre discurso
e sujeito. Curitiba: Criar, p. 27-36, 2004.
TOLOMEI, Carlos Young. A noção de ato ilícito e a teoria do risco na perspectiva do novo código civil.
TEPEDINO, Gustavo (Coord.). A parte geral do novo código civil. Rio de Janeiro/São Paulo/Recife:
Renovar, 2007.