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Rafael Sayão

Rômulo Vidal

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O
Rio de Janeiro apresenta um individuo que é lançado na árdua dem ser resolvidos por um grupo
dos mais complexos cenários tarefa de penetrar nesses verda- de policiais, de diversos batalhões,
do mundo no que diz respeito deiros clusters da criminalidade? reunidos pela circunstância da si-
à segurança pública e ao combate a A resposta presente no imaginário tuação e nem sempre demandam
organizações criminosas. As com- popular é sempre a mesma: as recursos especiais de polícia. Con-
plexidades do terreno, da socieda- unidades policiais de operações tudo, existem ocorrências, onde
de e da operação ficam evidentes, especiais. Mas se refletirmos que o existe a demanda por uma equipe
quando a força em armas da so- uso da força está presente em toda constituída como um único cor-
ciedade, a polícia, agindo de forma abordagem policial, que o cenário po de ação e emprego da força.
legal e legítima, enfrenta a violência é complexo para a operação poli- Ocorrências que demandam uma
do crime organizado. Todos estes cial em todo o estado do Rio de Ja- divisão exercitada de responsabi-
fatores associados constroem um neiro e que o risco e o perigo estão lidades, um acervo de conteúdos
cenário onde a necessidade de ho- sempre presentes em algum nível e vivências e capacidades com-
mens, equipamentos e táticas se no imaginário e nas práticas poli- plexas de articulação e coesão que
tornam fundamentais para o bom ciais, não podemos concluir que só equipes táticas consolidadas e
cumprimento da missão. toda ação policial é uma operação capazes de atuar de maneira articu-
A desordem urbana e arquite- especial? lada podem cumprir.
tônica de uma favela forma uma O entendimento frágil e incom- A Polícia Militar do Estado do
defesa natural para qualquer indi- pleto, popularmente propagado Rio de Janeiro passou a contar com
viduo delinquente ou organização pela mídia, é que o senso comum policiais aptos a atenderem estas
criminosa que objetiva se defender sobre as práticas de operações es- demandas no ano de 1978, quando
de uma investida, seja da justiça, peciais policiais é associado à ex- foi criado o Núcleo da Companhia
da policia ou de uma facção con- pressão Special Weapons and Tac- de Operações Especiais (NuCOE).
corrente na atividade criminosa. tical (SWAT) do Departamento de O grupo foi composto por policiais
Todas as formas delinquentes de Polícia de Los Angeles ou ao filme militares voluntários e que já pos-
viver vêem nas favelas um refúgio, de sucesso onde figurava o Bata- suíam cursos de especialização das
um ponto de interesse para realizar lhão de Operações Policiais Espe- Forças Armadas como o estágio de
comércio ilegal ou se esconder ciais (BOPE) da Polícia Militar do operações especiais, o curso de
das forças governamentais. Utili- Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), guerra na selva e o curso de contra
zam para este fim, granadas, fuzis o que gerou uma grande distorção guerrilha. Em 1982, o NuCOE pas-
e nenhuma preocupação com as e imprecisão nos conceitos do que sou a integrar o Batalhão de Polícia
consequências de seus atos. são operações especiais policiais. de Choque e recebeu a designação
Observando este contexto, de- Situações complexas e grandes de Companhia de Operações Espe-
vemos nos perguntar: Quem é o confrontos com criminosos po- ciais (COE). No ano de 1984 a uni-

O COE integra militares do Batalhão de


Choque, do BOPE, do BAc e do GAM.
Alex Lopes/BAC

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SEGURANÇA
PÚBLICA
dade passou a se chamar Núcleo reúne quatro unidades: o Batalhão a fundamental proximidade com
de Companhia Independente de de Operações Policiais Especiais os complexos da Maré, do Alemão
Operações Especiais (NuCIOE), e (BOPE), o Batalhão de Polícia de e do Jacarezinho. Contudo a crise
passou a ser subordinado ao Esta- Choque (BPChq), o Batalhão de financeira do Estado e o descaso
do-Maior Geral da PMERJ. Quatro Ações com Cães (BAC) e o Grupa- com a segurança pública, que im-
anos depois, em 1988, foi criada a mento Aeromóvel (GAM). pediram a construção da base com
Companhia Independente de Ope- O projeto inicial da unidade seus 63.329 m² de área construída,
rações Especiais (CIOE) e, final- previa a unificação geográfica das não foram capazes de impedir a
mente, em 1991, ocorreu à criação unidades e tinha como escopo criar implantação da unidade, seu de-
do Batalhão de Operações Policiais facilidades de logística e treina- senvolvimento doutrinário e sua
Especiais (BOPE). mento. O projeto apresentado com eficiente participação na segurança
Atenta a necessidade de maior pompas pelo governo do Estado pública do Estado e dos grandes
coordenação de suas unidades previa a criação de um moderno eventos ocorridos no Rio de Janei-
capazes de realizar operações po- complexo que seria implantado ro desde sua criação.
liciais especiais e diante da agenda em um terreno de 198.000,00 m², Atualmente a unidade está insta-
de grandes eventos que ocorreram na antiga área do 24° Batalhão de lada no terreno original do projeto,
no Estado, a Secretária de Segu- Infantaria Blindada do Exército, e no bairro de Ramos, possui 100
rança Pública criou no dia 23 de cedido pelo Governo Federal ao militares em seu efetivo e é coman-
fevereiro de 2011, através do Bo- Governo do Estado. A área é es- dada pelo Cel PM Carlos Eduardo
letim da Polícia Militar Nº 036, o tratégica, pois permite o acesso Sarmento da Costa. É desta base
Comando de Operações Especiais terrestre direto aos principais eixos que o comandante do COE e seu
(COE). O objetivo desta nova uni- viários da cidade do Rio de Janeiro Estado-Maior coordenam todas as
dade era coordenar a atividade das (Avenida Brasil, Linha Amarela e ações que demandam o uso dos
unidades subordinadas e assesso- Linha Vermelha), o acesso marí- recursos especiais da corporação.
rar o Estado-Maior da corporação timo direto a baia da Guanabara, Embora as unidades não estejam
em assuntos de alta complexida- o controle aéreo facilitado pela instaladas no mesmo local, como
de. Subordinado diretamente ao proximidade do Aeroporto Inter- previa o projeto inicial, a coorde-
comando da corporação, o COE nacional Antonio Carlos Jobim e nação estabelecida e o treinamento

Os helicópteros do Grupamento
Aeromóvel da Polícia Militar são o vetor
aéreo do COE. Acervo COE

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Recentemente o BOPE adotou a moderna
camuflagem Marpat Woodland. Acervo COE

permitem que todas sejam aciona- BOPE é hoje uma das unidades de paro para os grandes eventos que
das concomitantemente, de forma policia especial mais bem treina- foram realizados no Rio de Janeiro
rápida sem nenhum prejuízo da das e capazes do mundo. Localiza- nos últimos quatro anos, a unidade
missão. Comandando quatro su- do no alto da favela Tavares Bastos, participou de treinamentos com a
bunidades de grande valor para a no bairro de Laranjeiras, o BOPE Polícia Nacional Francesa, com o
corporação, o comandante do COE possui efetivo de 474 militares e é Groupe d’Intervention de la Gen-
é enfático na hora de apontar qual comandado pelo TC PM Alex Be- darmerie Nationale (GIGN) e com
seria a mais versátil: nevuto Santos. os Navy SEALs norte-americanos,
“Todas as unidades do COE pos- Para manter o alto nível do trei- além de constantes treinamentos
suem funções distintas. Nossas namento da unidade uma série de com elementos do Batalhão de
equipes são todas multi-tarefas intercâmbios são realizados junto a Operações Especiais de Fuzileiros
dentro da sua expertise.” – afirmou unidades das Forças Armadas e po- Navais (COMANF), do Comando
o Cel PM Sarmento. lícias de diversos países. Em pre- de Operações Especiais do Exército
Para entendermos melhor a de-
claração do comandante do COE, é
preciso conhecermos mais as uni-
dades que estão subordinadas ao
seu comando.

BOPE
Seja trajando seu tradicional uni-
forme preto ou a recente e moderna
camuflagem Marpat Woodland, o
BOPE é sem dúvida a unidade que
mais chama a atenção da popula-
ção, seja pela complexidade das
ações que desenvolve, seja pelo
sucesso do filme produzido pelo
O Grupo de Atiradores de Precisão (GAP) é formado por
diretor José Padilha. Contudo, para policiais especializados em coleta de informações e
os olhares mais profissionais, o tiros de precisão. Acervo COE

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O crime organizado vêem nas favelas um refúgio, um
ponto de interesse para realizar comércio ilegal ou se O BOPE é hoje uma das unidades de policia especial
esconder das forças governamentais. Acervo COE mais bem treinadas e capazes do mundo. Acervo COE

e com times táticos de operações trens que estejam sob o controle de viaturas pesadas e explosivistas.
especiais das Forças Armadas, da terroristas ou outros criminosos. A São eles também que garantem
Polícia Federal, da Força Nacional UIT trabalha também com um Nú- a montagem dos equipamentos
de Segurança Pública e de Polícias cleo Cinófilo (NuCi) integrado por desdobrados no terreno de difícil
Militares e Civis de diversos esta- policiais do Batalhão de Ações com acesso e que servem de base avan-
dos brasileiros. Cães, unidade também subordina- çada para as unidades que estão
Para cumprir suas missões no da ao COE, e que garante o apoio operando no local. Os integrantes
cenário fluminense e atuar com dos cães nas operações da UIT. da UEDT operam a variada gama
eficiência neste complexo terreno A Unidade de Engenharia, De- de viaturas da unidade. Além dos
a unidade dispõe de duas frações molição e Transporte (UEDT) é pesados “Transformers Caveiras”,
importantes: a Unidade de Inter- responsável, principalmente, pela trator-esteira, retro escavadeira
venção Tática (UIT) e a Unidade de desobstrução dos acessos das com martelo hidráulico e munck
Engenharia, Demolição e Transpor- comunidades para a entrada das com capacidade para 17 toneladas,
te (UEDT). viaturas durante as operações po- fundamentais para a missão fim da
A UIT é a fração que atua no res- liciais, já que uma das principais unidade, a unidade utiliza também
gate de reféns e contraterrorismo estratégias dos traficantes é a ins- viaturas Nissan Frontier D40 com
e se subdivide em três grupos. O talação de barricadas para impedir a caçamba adaptada para transpor-
Grupo de Negociação e Análi- o acesso da polícia e a criação de tar militares armados e equipados,
se (GNA) atua no gerenciamento “bunkers” que garantem privile- viaturas Iveco Daily para trans-
de crise e na negociação. Com o giada posição defensiva nas co- porte tático e viaturas blindadas
apoio de uma psicóloga, o treina- munidades. A unidade é composta Ford Cargo 815 para transporte de
mento desta equipe é baseado no por polícias especializados em pessoal. Os famosos “caveirões”,
estudo de casos e simulações. apelido dado ao Maverick da em-
Já o Grupo de Atiradores de Pre- presa sul-africana Paramount e
cisão (GAP) é formado por poli- com capacidade para transportar
ciais especializados em coleta de 12 policiais (incluindo motorista
informações e tiros de precisão. e navegador), possuem a missão
Dotados dos fuzis alemães PSG1, de conduzir em segurança os ele-
MSG90, G3SG1 e do americano mentos do BOPE para locais es-
M24, os atiradores do GAP pos- pecíficos, rompendo as barreiras
suem um treinamento diário de 4 físicas utilizadas pelo narcotrá-
horas o que garante o histórico de fico. Fundamental para locomo-
sucesso do BOPE em ocorrências ção nas vielas da comunidade, a
onde o disparo de precisão é ne- unidade conta também com mo-
cessário. O Grupo de Retomada e tos Yamaha XT 660R e um qua-
Resgate (GRR) é o último recurso driciclo utilizado na realização de
empregado pelo comando da uni- resgates, reboque e desobstrução
dade, após as outras táticas não de vias, possibilitando o acesso a
terem solucionado a crise. O gru- diversos tipos de terrenos.
po é altamente treinado para en- Por ocasião da Intervenção Fe-
tradas táticas em edificações, ôni- deral no Rio de Janeiro, o Exér-
Acervo COE

bus, embarcações, aeronaves e cito Brasileiro doou ao COE três

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viaturas blindadas de transporte
de pessoal 6x6 Engesa EE-11 Uru-
tu M6, que foram repassados ao
BOPE. Embora não sejam viaturas
projetadas para segurança pública
e para o terreno encontrado nas
comunidades fluminenses, o Uru-
tu já foi muito empregado, como
veículo de uso policial em diversos
países, muitos ainda operacionais,
inclusive em situações de conflitos
reais. No BOPE os EE-11 garanti-
rão maior mobilidade e segurança
as unidades. A UCD é responsável pela intervenção nos casos onde ocorra o
grave comprometimento da ordem. Alexandre Garritano/BPChq
CHOQUE
que lhe são delegadas pelo co- tervindo de forma proporcional e
Detentor de um efetivo de 892 mando do COE, o Cel PM Mauro seletiva, contra a ação violenta de
policiais militares e possuidor de Fliess de Castro, comandante do grupos radicais em situações de
uma polivalência tática única, o Ba- Batalhão, possui três companhias vandalismo; a desobstrução das
talhão é hoje uma peça fundamen- operacionais, a Unidade de Con- vias de circulação; e a garantia da
tal nas ações de restabelecimento trole de Distúrbios, o Grupamento integridade do patrimônio público
da ordem, bem como, o combate Tático de Ações Rápidas e o Gru- e privado. Os distúrbios geralmen-
ao crime organizado no Estado do pamento Tático de Motociclistas. te são formados por um grupo de
Rio de Janeiro, operando nos prin- Todas Companhias de Choque, são pessoas em uma situação de deso-
cipais teatros de operações estabe- composta por policiais militares, bediência a ordem pública contra
lecidos pela Secretaria de Seguran- selecionados por meios de curso autoridades do poder constituído
ça Pública (SSP). Para executar as de especialização, da própria uni- e pode rapidamente dar origem a
missões dade e trabalham de forma integra- uma violenta turba, uma multidão
da, de maneira tática e eficiente em em completo estado de desordem e
qualquer teatro de operações. agitação que muitas vezes torna-se
A Unidade de Controle de Distúr- agressiva e predatória. Além dessa
bios (UCD) é responsável pela in- atividade, a UCD é responsável por
tervenção nos casos onde ocorra o executar as ações de reintegração
grave comprometimento da ordem, de posse em ambiente rural ou
por meio de operações de controle urbano, intervenção em estabe-
distúrbios, principal atividade do lecimento prisional, assim como
Batalhão de Choque, in- segurança de instalações estraté-
Cb Saturno/BPChq
gica, retomada de instalações invadidas,
resolução de incidentes críticos em gran-
des eventos e praças desportivas. Contra
estas ameaças, os militares da UCD uti-
lizam escudos e capacetes, traje antitu-
multo; balaclava antichamas, tecnologias
de menor potencial ofensivo, bastões
policiais; munições de impacto contro-
lado, munições explosivas e de emissão
lacrimogênea; e Viaturas Blindadas de
Transporte de Tropa, de remoção de obs-
táculos e veículos lançadores de água de
última geração.
O Grupamento Tático de Ações Rápi-
das (GTAR) tem como missão principal o
patrulhamento tático e a intervenção em
areas conflagradas, com qualificação es-
pecífica, para também desenvolver ações
táticas de choque rápido, em distúrbios
de menor intensidade e dispersão de
pequenos grupos, que impõe eficiência,
versatilidade e agilidade no cumpri-
mento das missões. O
GTAR também pode
realizar o policia-
mento ostensivo já
realizado por outras
unidades policiais em locais
estratégicos para a corporação e onde os
índices de criminalidade são mais evi-
dentes, agindo em dias, horários e locais
previamente planejados. Composto por
dez militares, cada Grupo Tático de Ações
Rápidas, é dividido em duas viaturas do
tipo caminhonete, onde levam consigo
armamento letal e armamento de menor
potencial ofensivo, escudos, coletes ba-
lísticos e equipamentos antitumulto.
O Grupamento Tático de Motociclista
é a unidade especializada responsável
pela execução de policiamento táti-
co motorizado em motocicletas em
áreas de grande incidência criminal.
A companhia se subdivide em: GE-
TEM, Pelotão de Escolta e Escolta de
Valores. O Grupo Especial Tático em
Motopatrulhamento (GETEM), utiliza as
características do motopatrulhamento,
auxiliado pela versatilidade, agilidade,
velocidade e dinamismo, sem perda da
segurança, oferecendo à PMERJ uma
das mais eficientes formas de combate
à criminalidade, sobretudo aos roubos
a pedestre e roubo de veículos. Já o
pelotão de escolta é o responsável pelo
planejamento e execução das mais di-
versas escoltas, que vão desde a ecolta
de autoridades como o presidente da
república, personalidades internacio-

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O Grupamento Tático de Ações Rápidas (GTAR) tem como
missão principal o patrulhamento tático e a intervenção em O pelotão de escoltas e é considerado referência nacional e
areas conflagradas. Cb Saturno/BPChq internacional neste tipo de missão. Alexandre Garritano/BPChq

nais, escoltas de presos, transporte e Colt M4 5,56, equipamentos de Para oferecer mobilidade à tropa
de órgãos para transplante e qual- dotação da PMERJ, o BP Choque o Batalhão de Choque conta com
quer outro tipo de escolta determi- utiliza a pistola Taurus PT-840 .40, uma gama bem variada de viaturas.
nada pelo comando da corporação. o fuzil Imbel MD2 5,56, os tradi- As motocicletas Yamaha XT 660,
O pelotão de escoltas em virtude cionais fuzis 7,62 M964 (FAL) e Yahama XJ6 e Harley Davidson
de sua alta capacidade técnica é M964A1 (PARAFAL), a espingarda Police Road King de 1200cc dão
considerada referência nacional e PUMP CBC 12, os multilançadores agilidade e versatilidade aos deslo-
internacional neste tipo de missão. da Condor AM- 600 cal. 37/38mm camentos do batalhão. As pick-ups
A equipe de escolta de valores é a e AM-640 cal. 40mm, a carabina 4X4 Nissam Frontier e Amarok
equipe responsável pela execução de ar comprimido FN-303, a pis- são essenciais nas atividades dos
das escolta de valores do Banco tola de pulso eletromagnético TA- GTAR, assim como as GM Blazer,
Central. SER, além de granadas explosivas Renault Logan, Fiat Ducato (trans-
Detentor da maior reserva de ar- in e outdoor (efeito moral, luz e porte de tropa) e caminhões Merce-
mamentos da Polícia Militar, o Ba- som, sinalização, pimenta e CS), des Benz garantem a logística das
talhão possui um inventário varia- granadas de emissão de agente la- atividades. As viaturas blindadas
do de armamentos. Além da pistola crimogêneo, munições de impacto de transporte de tropa, conhecida
Taurus PT-100 .40, do fuzil AR-10, controlado (borracha e espuma) e no Rio de Janeiro como “caveirão”,
MD97LM 5,56 produzido pela Im- espargidores de agente lacrimogê- garantem o deslocamento da tropa
bel e das carabinas Taurus CTT40C neo (CS). em área conflagrada.

Alexandre Garritano/BPChq

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BAC Desde a criação do BAC já foram retiradas mais de 35
toneladas de drogas das ruas do Estado. Alex Lopes/BAC
O Batalhão de Ações com Cães
(BAC), nos moldes como apre-
sentado hoje, foi criado no dia
18 de outubro de 2011, através
da resolução nº 506 da Secretaria
de Segurança do Rio de Janeiro.
Comandado pelo TC PM Rubens
Castro Peixoto Junior, o BAC tem
como finalidade principal a execu-
ção do policiamento preventivo e
repressivo com emprego de cães,
atuando de forma isolada ou em
apoio a outras organizações po-
liciais. Atualmente ocupando as
dependências do 16º Batalhão de
Polícia Militar, localizado no bair- áreas urbanas. vezes por dia: manhã e tarde. Dia-
ro de Olaria, zona norte do Rio de O plantel da unidade é composto riamente, os cães são submetidos
Janeiro, o BAC é detentor de um por animais das raças Pastor Ale- à higiene e avaliações veterinárias
efetivo de 227 policiais militares e mão, Pastor Belga de Malinois, realizadas pela equipe de cinco
aproximadamente 80 cães. A uni- Pastor Holandês, Labrador e Rott- oficiais veterinários da unidade.
dade é hoje uma peça fundamental weiler. Os filhotes da unidade são O departamento veterinário conta
do COE no combate ao crime orga- observados desde seus primeiros com centro cirúrgico, farmácia e
nizado no estado do Rio de Janeiro dias de vida. Seu temperamento, uma equipe médica de prontidão
e uma rápida leitura dos jornais e nível de caráter e virtudes o enca- 24 horas para atender os cães que
revistas do estado são suficientes minharão para as atividades que se ferem em operações policiais. A
para perceber a presença do BAC eles irão exercer como cães poli- equipe é composta por médicos,
nas ações da PMERJ, principal- ciais. Basicamente, os Labradores enfermeiros e auxiliares que, em
mente no que diz respeito a gran- e os Pastores Belga de Malinois alguns casos, deslocam-se para as
des apreensões. Desde a criação são empregados como farejado- operações para prover um atendi-
do BAC já foram retiradas mais de res, os Pastores Holandeses em mento mais rápido aos cães.
35 toneladas de drogas das ruas do busca e captura de homiziados e Buscando aumentar o nível de

Alex Lopes/BAC
Estado. É através do emprego dos os Pastores Alemães e Rottweilers adestramento dos militares do BAC,
cães, que o Batalhão vem obtendo em ações de choque e controle de policiais da unidade são frequente-
estes resultados elevados com um distúrbios. mente mandados para treinamen-
baixo índice de letalidade. O cão No dia a dia os cães são sub- tos e cursos nas Forças Armadas,
proporciona um impacto psicoló- metidos a treinamento físico e a em forças policiais de outros
gico na força adversa, pois como adestramentos específicos. Estes estados e até mesmo de outros
uma arma não letal, o cão policial treinamentos são intensos, porém países. Recentemente a uni-
proporciona um aumento do po- não comprometem a integridade dade enviou policiais
der de combate, principalmente física dos animais. A alimentação, para inter-
em ações desenvolvidas em uma dieta balanceada para cada
animal, é feita duas

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O BAC é hoje uma peça fundamental do
COE no combate ao crime organizado no O departamento veterinário do BAC conta com centro cirúrgico,
Rio de Janeiro. Alex Lopes/BAC farmácia e uma equipe médica de prontidão 24 horas. Alex Lopes/BAC

câmbios na França, Suíça, Portu- policiais militares e dois cães, atua A unidade possui um inventá-
gal, Equador, Colômbia e Estados integrado ao Grupo de Resgate rio variado de armamentos. Além
Unidos. e Retomada (GRR) do Batalhão das pistolas Taurus PT-100.40 e
Esta formação apurada preconi- de Operações Policiais Especiais PT92 9×19mm Parabellum, do fuzil
zada pela unidade busca garantir as (BOPE) da Polícia Militar em mis- MD97LM 5,56 produzido pela Im-
condições necessárias para que o sões de intervenções táticas. Ou- bel e das carabinas Taurus CTT40C
BAC atue em todas as possibilida- tra possibilidade operacional de e Colt M4 5,56, equipamentos de
des operacionais e modalidades de emprego da unidade é através do dotação da PMERJ, o BAC utiliza
emprego. Dentre as possibilidades Grupamento de Choque com Cães a espingarda PUMP CBC 12, os
possíveis, três merecem destaque: (GC/Cães), composto por dez poli- multilançadores da AM-600 cal.
As equipes de faro, compostas por ciais militares e seis cães de Cho- 37/38mm e AM-640 cal. 40mm,
nove policiais, são responsáveis que, em ações de controle de dis- a carabina de ar comprimido FN-
por conduzir ações de buscas a fim túrbio civil (via pública e estádios) 303, além de granadas explosivas
de localizar armas, munições, dro- e em grandes eventos. Dentro deste in e outdoor (efeito moral, luz e
gas e explosivos. Em caso de bus- contexto de elevado nível operacio- som, sinalização, pimenta e CS),
cas em áreas de risco a equipe de nal, é preciso destacar que o BAC é granadas de emissão de agente la-
faro terá seu efetivo aumentado e a única unidade de cães do país a crimogêneo, munições de impacto
passará a ser uma patrulha de faro. atuar em área vermelha, com uma controlado (borracha e espuma) e
Já o Núcleo Cinófilo da Unidade patrulha plena que se auto provê espargidores de agente lacrimo-
de Intervenção Tática (NuCin/UIT), segurança e, com frequência, entra gêneo (CS). Para oferecer mobi-
composto por no mínimo quatro em combate real. lidade à tropa e conforto aos cães

O BAC tem como finalidade principal a execução do policiamento


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preventivo e repressivo com emprego de cães. Rafael Sayão
da unidade utiliza viaturas Renault
Duster e viaturas Renault Master,
todas com climatização integrada
ao sistema de ar condicionado,
pois é muito importante que o cão
seja transportado de forma confor-
tável para que chegue na missão
em suas plenas capacidades e com
baixo nível de stress.

GAM
O Grupamento Aeromóvel da
Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, conhecido pelos policias
e pela população como GAM, é a
unidade responsável por garantir o
emprego do poder aéreo do COE.
nos moldes como conhecemos
hoje, o Grupamento Aeromóvel foi Para manter o nível de operacionalidade elevado
criado em 21 de março de 2002, o GAM, requer equipamentos adequados e uma
sob a designação de Grupamento formação profissional eficiente. Acervo GAM
Aéreo e Marítimo.
Localizado na cidade de Niterói, composto por 209 policias milita- ciona nas dependências do GAM e
a unidade comandada pelo Ten Cel res, sendo 29 pilotos já operacio- é responsável pela formação, espe-
PM Rogério Cosendey Perlingeiro, nais, 04 pilotos em formação, 70 cialização e atualização dos pilotos
figura hoje como uma das unida- tripulantes operacionais, 20 mecâ- da PMERJ.
des de asas rotativas do Brasil com nicos especializados e 49 militares Em agosto de 2017 a PMERJ
maior experiência em combate ur- que atuam em funções administra- lançou um projeto piloto de Radio-
bano através do policiamento os- tivas inerentes ao expediente da patrulhamento pelas aeronaves do
tensivo, com mais de 20.000 horas unidade. Grupamento Aeromóvel (GAM) na
de voo. Entre as atividades poli- A estrutura é enxuta e composta Área do 3º CPA (Baixada Fluminen-
ciais mais comuns está o apoio aé- pelas seções administrativas, pelo se), publicado em Bol PM nº143 de
reo para os batalhões operacionais Núcleo de Instrução Especializada 03 de agosto de 2017. A aeronave
da PMERJ, a escolta e transporte (NIEsp) que é responsável pela fica à disposição do radiopatru-
de presos e o radiopatrulhamento Seção de Resgate e Transporte Ae- lheiro do 3º CPA, para auxiliar no
aéreo propriamente dito. romédico. Existe também a Escola atendimento às ocorrências despa-
Considerado o mais valioso de de Aviação Civil da Polícia Militar chadas pelo CECOPOM.
seus recursos, o efetivo do GAM é (ESAv), criada em 2006 que fun- O foco do trabalho em conjunto

O GAM é considerado uma das unidades de asas


rotativas do Brasil com maior experiência em combate
38 urbano, com mais de 20.000 horas de voo. Acervo GAM
é auxiliar o policial em solo com
informações privilegiadas em tem-
po real com as imagens transmiti-
das pelas câmeras FLIR (Forward
Looking Infra Red) otimizando o
atendimento, principalmente em
casos onde há policiais feridos em
serviço, roubo de veículos, roubo
de cargas, cerco a criminosos em
fuga, sequestro, roubos a estabe-
lecimentos financeiros, bem como
apoio nas vias expressas.
A aeronave também pode reali-
zar patrulhamento preventivo nos
horários de maior incidência na
mancha criminal.
Em setembro de 2017 foi criado
Ten Cel PM Rogério Cosendey Perlingeiro, o Núcleo de Aeronaves Remota-
comandante do GAM. Acervo GAM mente Pilotadas - NuARP - Tendo
a finalidade de assessorar o Estado
Maior Geral nas operações a que
Na foto aos três modelos de aeronaves operacionais
utilizadas pela GAM: Esquilo AS350, Huey II e o EC-145. forem designados, capacitar os
Acervo GAM policiais militares para operarem
as Aeronaves Remotamente Pi-
lotadas nas operações policiais e
em grandes eventos e fiscalizar os
protocolos de utilização de tal tec-
nologia. Seu primeiro estudo técni-
co foi realizado no Rock in Rio de
2017, onde foram monitorados os
principais acessos, além de fazer o
mapeamento e geoprocessamento
em 3D de toda área do evento, para
melhor alocar o policiamento.
Em dezesseis anos de operações
aéreas já foram mais de 20 mil
horas voadas, em apoio a ppera-
ções policiais, ações aeromédicas,
transporte de tropa, defesa civil,
resgate e salvamento em altura e na
água, bem como apoio aos órgãos
O efetivo do GAM é composto por 209 polícias
militares, sendo 33 pilotos e 70 tripulantes ambientais.
operacionais. Acervo GAM Atualmente o GAM conta com
uma frota de 07 helicópteros, sen-
do 04 Esquilos AS350, 01 HUEY
II (blindado), um SCHWEIZER
CB300, 01 EC-145 (bimotor) e a
Fênix 10 em processo final de en-
trega, em ressarcimento ao sinistro
da Fênix 04.
Manter este nível de operaciona-
lidade elevado, capaz de enfrentar
situações de guerra, requer equipa-
mentos adequados, uma formação
profissional eficiente e uma estru-
tura funcional. Todos os Esquilos
e o EC145 são preparados para
receberem os imageadores tér-
micos do tipo “Foward Looking

39
SEGURANÇA
PÚBLICA
Infra Red”, modelo Star Safire 380HD, da FLIR
Systems, que permitem à tripulação da aeronave
enxergar em ambiente de baixa visibilidade. An-
tes acostumados a contar com a penumbra como
aliada, os marginais do Rio de Janeiro passaram
a ser vistos em qualquer circunstância pelas tri-
pulações do GAM.
As tripulações do Grupamento Aeromóvel uti-
lizam como armamento de dotação os fuzis 7,62
M964 (FAL), M9654A1 (PARAFAL) e M16A2
5,56 mm, equipados com pró-point e defletor,
além das pistolas PT 92 9mm e PT-100 .40
S&W. Além de armados, os tripulantes operam
sempre com capacete de vôo e colete balístico Treinamento realizado no COE por ocasião
Nível IIIA com placa. do recebimento das novas Carabina Tática
Taurus CTT40C. Acervo COE
A carência de meios aéreos nas esferas go-
vernamentais do estado levam o GAM a desem-
penhar uma variada gama de atividades que não
são características da operação policial. Muitas
vezes as aeronaves da unidade são empregadas
em transporte aeromédico, transporte de órgãos,
assistência aérea em caso de calamidades, apoio
ao IBAMA, salvamento em áreas marítimas e ter-
restres e combate a incêndio. Tais atribuições,
ainda pouco divulgadas para a população, tor-
nam o Grupamento muito mais importante ope-
racionalmente para o Estado.

FORMAÇÃO CONTINUADA
Uma das principais atividades do COE hoje é o
desenvolvimento de capacitações continuadas e
o combate a vitimização policial. Neste contexto
um dos principais produtos é o E.A.T (Estágio de Policiais da Coordenadoria de Polícia Pacificadora
participam do estágio de Aplicações Táticas, um dos
Aplicações Táticas). O Estágio é um treinamento principais produtos de instrução do COE. Acervo COE
constituído por matérias de interesse tático onde
o policial é instruído por cinco dias consecuti-
vos sobre patrulha, tiro, resgate de feridos, to-
mada de decisão, gerenciamento do erro entre
outras. Todo o treinamento foi desenvolvido
por uma equipe multidisciplinar que criou uma
pedagogia eficiente e que vem gerando núme-
ros expressivos. Dos 4000 policiais formados
no E.A.T, apenas um foi vitimado. Há um fato
emblemático neste triste momento de perda. A
equipe que estava com o policial vitimado tinha
concluído o E.A.T há pouco e relataram a utili-
zação das técnicas de resgate de feridos para a
extração do policial, sem as quais, outros poli-
ciais certamente teriam sido vitimados devido a
intensidade do confronto.
Entre os principais “consumidores” do E.A.T
estão os policiais que atuam nas UPPs. Os mi-
litares subordinados a Coordenadoria de Polícia Um lote inicial da CTT40C foi destinado ao Comando de
Pacificadora são os que estão mais próximos Operações Especiais (COE), que desenvolveu a doutrina
de instrução do novo armamento. Acervo COE
de áreas conflagradas, um tipo de serviço sem

40
fuzil

taurusarmasofficial
A aquisição de uma arma depende de registro concedido por autoridade competente. Sua utilização exige treinamento e equilíbrio emocional.
Guarde sua arma em local seguro e fora do alcance de crianças. Armas de calibre restrito: aquisição com autorização do CoLog/DFPC (Exército Brasileiro).
41
SEGURANÇA
PÚBLICA
paralelo para comparação. A for- vos de sua adoção é o de minimizar, possui um calibre muito comum
mação inicial de nenhuma acade- nas ocorrências policiais, os riscos em forças policiais, graças ao seu
mia de polícia do mundo é capaz de eventuais danos colaterais na poder de parada e baixo poder de
de atender, de forma definitiva, uma população civil, mais comuns penetração. É um calibre para ser
demanda com este grau de com- quando são empregadas armas usado em pequenas distancias e
plexidade e o E.A.T complementa longas como o FAL 7,62x51mm e que garante ao policial autonomia
esta formação. Com a intervenção a carabina Colt M16A2 Comman- de tiro, já que possui a letalidade
federal no Estado houve ampliação do 5,56x45mm. A munição .40 necessária para a neutralização do
da capacitação através do EATI. O S&W, empregada na CTT40C, já agressor sem produzir os danos
Estagio de Aplicações Táticas In- amplamente utilizada nas pistolas colaterais de calibres maiores.
tegrado se somou ao já existente semiautomáticas da corporação,
EAT/COE dobrando a capacida-
de de formação e alcançando um
numero ainda maior de policiais
no mesmo período. Além disso, o
suporte logístico fornecido através
de material e pessoal abriu possi-
bilidades de instruções externas
utilizando munição e dependências
do Exército Brasileiro.
A capacitação continuada é uma
condição fundamental para qual-
quer empresa ou instituição que
deseja ser referência em sua área
de atuação e esta é a premissa
quem vem sendo seguida pelo COE
que oferece também, treinamentos
regulares sobre abordagem poli-
cial, atendimento pré-hospitalar
tático, segurança de autoridades,
além de encomendas especificas
do Estado-Maior que necessitem
de um assessoramento especiali-
zado.
Um dos treinamentos recentes
e que ganhou grande visibilidade
na mídia envolveu o recebimento
das novas Carabina Tática Taurus
CTT40C, calibre .40 S&W, uma
versão de funcionamento semiau-
tomático da submetralhadora Tau-
rus SMT40. Um lote inicial foi des-
tinado ao Comando de Operações
Especiais (COE), que desenvolveu
a doutrina de instrução do novo ar-
mamento. Policiais do COE foram
até a sede da empresa gaucha para
receber o treinamento inicial e pas-
saram a treinar outros instrutores,
encarregados de disseminar os co-
nhecimentos para demais integran-
tes da tropa. O treinamento além de
reunir conhecimentos técnicos so-
bre o armamento aborda o seu em-
prego tático, já que um dos objeti-

42
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