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CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – SPRINKLERS
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Introdução
 
   Imprensa Quando  se  analisa  um  sistema  de  proteção  contra  incêndio,  deve­se  considerar  uma  série  de  importantes
   Perguntas mais frequentes fatores, tais como:  

Perdas econômicas;
Redução ou paralisação total das atividades comerciais e/ou industriais;
Perdas de vidas humanas;

Projetar um sistema de combate ao fogo significa, em última instância, entender os riscos de perdas a que
uma edificação possa estar sujeita, sejam elas humanas ou econômicas. A partir dessa compreensão, um
sistema inteligente minimizará ao máximo esses riscos.

Desde sua invenção e correta aplicação, os sprinklers (chuveiros automáticos) tem  demonstrado ser o
melhor equipamento disponível, e que obteve maior êxito no combate ao incêndios em edificações.
Contudo, é sempre bom lembrar que um sistema de sprinklers tem como função central realizar o primeiro
combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extinguí­lo ou então controlá­lo até a chegada do Corpo de
Bombeiros.

Uma pesquisa realizada ao longo da década de 80 nos EUA (Solomon, 1996) apresentou os seguintes
resultados:

8% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 1(um) sprinkler;
48% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 2(dois) sprinkler;
89% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por até 15(quinze) sprinkler;

Adicionalmente, ainda nos apresenta mais duas informações interessantes:

Os danos materiais causados por incêndios em hotéis foram 78% menores nos hotéis que possuíam
um sistema correto de sprinklers;
Não se tem registro de mais do que 2(duas) vítimas fatais em edificações protegidas por sistemas
de sprinklers corretamente projetados e operados;
Projeto, Instalação e Manutenção

Ter um sistema de sprinklers instalado em uma edificação pode não ser uma garantia de sucesso no
combate ao incêndio. Assim como em qualquer sistema de engenharia, o comprador, contratante ou gestor
técnico de uma edificação deverá estar atento aos seguintes tópicos:

Projetos: devem ser executados por profissionais competentes e que, de fato, entendam os riscos
de sua edificação;
Devem ser especificados sprinklers com Certificação de produto, em nosso caso, pela própria ABNT;
Mudanças na forma de ocupação, atividades e/ou lay­outs internos: devem ser comunicadas ao
projetista e ao instalador para as devidas adaptações;
Cuidados na instalação e manutenção;

Os fundamentos da proteção contra incêndios das edificações com sprinklers estão baseados no princípio da
descarga automática de água, com densidade suficiente para controlar ou extinguir os focos iniciais de
incêndio. Quando se deseja elaborar um projeto de sistema de sprinklers que cumpra com esse objetivo é
essencial que seja adotado um tipo  adequado ao risco que se deseja proteger. De uma forma mais
específica, o sistema de chuveiros automáticos deve ser projetado para atender às seguintes condições:

A distribuição dos sprinklers deve ser por toda a área protegida;
A área máxima por sprinkler, de acordo com o risco a proteger, não deve ser excedida;
A interferência à descarga de água por obstruções deve ser mínima, de acordo com as normas;
A escolha da localização em relação ao teto ou ao telhado deve ser bem estudada para se obter
uma sensibilidade adequada para o acionamento, em função de acúmulo mais rápido de calor junto
ao sprinkler;

O dimensionamento das tubulações, por tabela ou cálculo hidráulico, deve ser de acordo com a precisão
requerida pelo risco a proteger, recomendada pelas normas;

A partir de um bom projeto, os responsáveis pela edificação deverão ter as seguintes preocupações na hora
de instalar e manter o sistema de chuveiros automáticos:

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Verificar a qualidade, procedência e garantias oferecidas pelo fornecedor de sprinkler;
Exigir a certificação do produto por órgão certificador competente (ABNT), que garante tanto a
conformidade às normas ABNT NBR 6125 e 6135 como também que a empresa fornecedora tem
uma estrutura produtiva e de atendimento eficaz, lembrando que, apenas um relatório de ensaios
não substitui esta certificação, visto que, abrange apenas a amostra ensaiada;
Somente instalar os sprinklers com  ferramentas específicas para a função, evitando desta forma
danos ao equipamento;
Não pintar e nem pendurar objetos nos sprinklers;
Realizar periodicamente checagem visual para verificar a integridade dos sprinklers ;
Verificar e testar os componentes do sistema (bombas, válvulas, tubulações, ...) e a pressurização
do sistema como um todo;
Manter na edificação, em local adequado, uma pequena reserva de sprinklers para que, no momento
em que a troca de uma ou mais peças forem necessárias, não haja necessidade de realizar uma
busca urgente no mercado;

Chuveiros Automáticos ­ Sprinklers
Os chuveiros automáticos são dispositivos com elemento termo­sensível projetados para serem acionados
em temperaturas pré­determinadas, lançando automaticamente água sob a forma de aspersão sobre
determinada área, com vazão e pressão especificados, para controlar ou extinguir um foco de incêndio.

Os chuveiros automáticos que possuem a Marca de Conformidade ABNT à norma ABNT NBR 6135 tem sua
qualidade assegurada por um processo de certificação independente e de supervisão contínua.

Os chuveiros automáticos ou sprinklers são compostos basicamente pelos seguintes componentes:

Corpo: parte do chuveiro automático que contém rosca, para fixação na tubulação, braços e orifícios de
descarga, e serve como suporte dos demais componentes;

Defletor: componente destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água, segundo padrões
estabelecidos nas normas brasileiras;

Obturador: componente destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros automáticos e que
também atua como base para o elemento termo­sensível tipo bulbo de vidro;

Elemento Termo­Sensível: componente destinado a liberar o obturador por efeito da elevação da
temperatura de operação e com isso fazer a água fluir contra o foco de incêndio. Os elementos termo­
sensíveis podem ser do tipo ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica;

POSIÇÕES

Os chuveiros automáticos podem ser instalados em várias posições, e para cada uma delas tem um formato
de defletor adequado. As posições mais encontradas nas instalações podem ser classificadas em:

Pendente (Pendent): quando o chuveiro é projetado para uma posição na qual o jato é dirigido para baixo
para atingir o defletor e espalhar o jato;

Para Cima (UpRight): normalmente utilizada em instalações onde as canalizações são expostas (ex:
garagem), esse modelo faz com que o jato suba verticalmente até encontrar o defletor, que de uma certa
forma “reflete” o jato na direção oposta, ou seja, para baixo;

Lateral (Sidewall):  modelo projetado com defletor especial para descarregar a maior parte da água para
frente e para os lados, em forma de um quarto de esfera, e uma parte mínima para trás, contra a parede.

TEMPERATURAS

Os chuveiros automáticos são aprovados em graus nominais de temperatura para seus acionamentos,
variando de 57˚C a 343˚C, determinados pelas temperaturas máximas permitidas nos ambientes, já
considerando uma margem mínima de acionamento de no mínimo 20˚C acima.

Para que o acionamento dos chuveiros automáticos fique dentro do tempo estimado previsto pelos
fabricantes, vários fatores podem influenciar, sendo os principais:

A altura do pé­direito: quanto maior a altura, maior o tempo de acionamento;

O afastamento chuveiro em relação ao teto: quanto maior a distância, maior o tempo de acionamento

As temperaturas de acionamento determinadas na NBR6135, e que seguem o padrão internacional, são
identificadas da seguinte forma:

Temperatura Nominal (˚C ) Coloração do Líquido
57 Laranja
68 Vermelha
79 Amarela
93 Verde
141 Azul
182 Roxa
183 a 260 Preta

VAZÃO
 
A  vazão  de  água  através  de  um  chuveiro  automático  depende  da  característica  mecânica  do  mesmo,
representada  pelo  seu  fator  de  vazão  K,  e  da  pressão  da  água  imposta  na  rede  hidráulica.  De  forma
simplificada a equação abaixo exprime bem essa relação:
 
Vazão (l/min) = K (l/min.(KPa)­1/2) x Pressão(Kpa)1/2
 
De  posse  dos  valores  do  K  para  uma  gama  de  sprinkler,  o  projetista  do  sistema  de  proteção  e  combate  ao
incêndio,  que  de  antemão  já  calculou  o  risco  para  um  certo  ambiente  e  a  necessidade  de  vazão  (ou  vazão
por  m2)  para  o  local,  poderá  determinar,  facilmente,  a  quantidade  e  o  tipo  de  sprinkler  a  ser  aplicado  na
instalação.
 
 

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IDENTIFICAÇÃO
As  normas  ABNT  NBR  6135  e  6125  definem  que  os  sprinklers  devem  apresentar  no  mínimo,  no  corpo  e/ou
no defletor, as seguintes marcações:
Marca do fabricante e modelo do sprinkler
Temperatura nominal de operação
Ano de fabricação
Diâmetro nominal do orifício
Letra código da posição
Cores corretas dos elementos termo­sensíveis
 
Adicionalmente  a  estas  identificações,  deve  ser  estampada  a  Marca  de  Conformidade  ABNT,  no  caso  do
produto  possuir  esta  certificação,  o  que  também  implica  ter  o  processo  produtivo  do  sprinkler  qualificado  e
certificado.
 

     
 

Autor: Engenheiro Jonas Roter  

     

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