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(COELHO, Nuno Manoel Morgadinho dos Santos. Sensatez como modelo e desafio do pensamento jurídico
em Aristóteles. São Paulo: Rideel, 2012.)
No Livro V da Ética a Nicômaco, Aristóteles considera a justiça como virtude, e coloca a questão dos
diferentes tipos de justiça que agem na partição de bens presentes na cidade. Com base nisso,
explique como, para Aristóteles, a justiça pode ser considerada uma virtude, e faça a diferenciação
entre justiça distributiva e justiça comutativa.
(WOLKMER, Antônio Carlos. O pensamento político medieval: Santo Agostinho e Santo Tomás
de Aquino. Revista Crítica Jurídica. Revista Latinoamericana de Política, Filosofía y Derecho,
Curitiba, n. 19, p. 22, jul.-dez./2001.)
A partir das aulas e dos textos indicados, explique de que modo a Escolástica procura conciliar razão
e verdade divina, filosofia e teologia.
QUESTÃO 3 - 14 pontos
"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em
conseqüência disso fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida, e adotados para a
concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. Quem trilha por
esta senda, se tem gênio, é Praxíteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Rembrandt na Holanda, é
Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Alemanha, é Iorn na Suécia, é Rodin na
França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento vai engrossar a plêiade de satélites que
gravitam em torno daqueles sóis imorredouros. A outra espécie é formada pelos que vêem
anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos de cansaço e
do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos de fins de estação, bichados ao
nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz de escândalo, e
somem-se logo nas trevas do esquecimento."
(LOBATO, MONTEIRO. Paranóia ou Mistificação? - A propósito da Exposição Malfatti.
Disponível em http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/educativo/paranoia.htm)
É conhecida a crítica de Monteiro Lobato ao movimento embrionário da Semana de Arte Moderna
de 1922, imortalizada em ensaio publicado no jornal O Estado de São Paulo, de onde retiramos o
excerto acima. A crítica de Lobato visava não apenas expor uma visão externa ao movimento
modernista, mas efetivamente disputar seus rumos e sentidos, colocando-os apartados das
concepções dos modernos de 22. Com isso, Monteiro Lobato queria não apenas ser crítico, mas
também autor do movimento, na medida em que esboçava uma concepção própria a respeito do
que é uma boa obra.
• A separação categórica entre crítico e autor é considerada equivocada por Ronald Dworkin
em suas considerações a respeito da semelhança entre Direito e Literatura. Como a
aproximação entre autor e crítico pode ser pensada, segundo Dworkin, no âmbito das artes e
do Direito?
• Como a metáfora do romance em cadeia contribui para que Dworkin esboce uma teoria da
interpretação que pudesse se distinguir tanto do pensamento positivista quanto do
pensamento realista?