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AVALIAÇÃO FINAL DE FILOSOFIA DO DIREITO

Profa. Dra. Karine Salgado


Turma A

QUESTÃO 1 - [13 pontos]


Considere o excerto:
“Toda forma de justiça, comutativa ou distributiva, enquanto virtude instituidora do meio-termo na
partição de bens, envolve quatro termos: duas pessoas (entre as quais se dá a repartição dos bens) e
duas coisas (partilhadas). A igualdade consiste na proporção adequada entre as coisas e as pessoas.
Aristóteles é muito lúcido acerca da origem dos conflitos capazes de desestabilizar o governo da
polis e assim ameaçar a continuidade da associação política, com a qual tem preocupação prioritária.
É do fato de pessoas não iguais não receberem partes iguais (uma consequência importantíssima da
sua concepção fundamental de justiça como igualdade) que decorrem os conflitos. Dizer a justiça
como igualdade não resolve o problema da concreta definição do meio-termo e assim do acesso de
cada um aos bens repartidos: ao contrário, isto pode e é causador de tensões e conflitos decorrentes
do fato de os homens, por serem desiguais, não receberem coisas em partes iguais.”

(COELHO, Nuno Manoel Morgadinho dos Santos. Sensatez como modelo e desafio do pensamento jurídico
em Aristóteles. São Paulo: Rideel, 2012.)

No Livro V da Ética a Nicômaco, Aristóteles considera a justiça como virtude, e coloca a questão dos
diferentes tipos de justiça que agem na partição de bens presentes na cidade. Com base nisso,
explique como, para Aristóteles, a justiça pode ser considerada uma virtude, e faça a diferenciação
entre justiça distributiva e justiça comutativa.

QUESTÃO 2 - [13 pontos]


"Se a Patrística foi o momento cultural mais significativo da primeira fase da Idade Média
Ocidental, a Escolástica representou o ápice da produção intelectual, filosófica e teológica da Europa
cristã nos séculos XII e XIII. (...) Santo Tomás de Aquino foi não só o nome mais expressivo da
Escolástica, como, sobretudo, um dos mais importantes pensadores do Ocidente Medieval."

(WOLKMER, Antônio Carlos. O pensamento político medieval: Santo Agostinho e Santo Tomás
de Aquino. Revista Crítica Jurídica. Revista Latinoamericana de Política, Filosofía y Derecho,
Curitiba, n. 19, p. 22, jul.-dez./2001.)

A partir das aulas e dos textos indicados, explique de que modo a Escolástica procura conciliar razão
e verdade divina, filosofia e teologia.
QUESTÃO 3 - 14 pontos

"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em
conseqüência disso fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida, e adotados para a
concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. Quem trilha por
esta senda, se tem gênio, é Praxíteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Rembrandt na Holanda, é
Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Alemanha, é Iorn na Suécia, é Rodin na
França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento vai engrossar a plêiade de satélites que
gravitam em torno daqueles sóis imorredouros. A outra espécie é formada pelos que vêem
anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos de cansaço e
do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos de fins de estação, bichados ao
nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz de escândalo, e
somem-se logo nas trevas do esquecimento."
(LOBATO, MONTEIRO. Paranóia ou Mistificação? - A propósito da Exposição Malfatti.
Disponível em http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/educativo/paranoia.htm)
É conhecida a crítica de Monteiro Lobato ao movimento embrionário da Semana de Arte Moderna
de 1922, imortalizada em ensaio publicado no jornal O Estado de São Paulo, de onde retiramos o
excerto acima. A crítica de Lobato visava não apenas expor uma visão externa ao movimento
modernista, mas efetivamente disputar seus rumos e sentidos, colocando-os apartados das
concepções dos modernos de 22. Com isso, Monteiro Lobato queria não apenas ser crítico, mas
também autor do movimento, na medida em que esboçava uma concepção própria a respeito do
que é uma boa obra.

Considerando os debates realizados em sala de aula e os textos indicados, pergunta-se:

• A separação categórica entre crítico e autor é considerada equivocada por Ronald Dworkin
em suas considerações a respeito da semelhança entre Direito e Literatura. Como a
aproximação entre autor e crítico pode ser pensada, segundo Dworkin, no âmbito das artes e
do Direito?

• Como a metáfora do romance em cadeia contribui para que Dworkin esboce uma teoria da
interpretação que pudesse se distinguir tanto do pensamento positivista quanto do
pensamento realista?

AVALIAÇÃO FINAL DE FILOSOFIA DO DIREITO


Profa. Dra. Karine Salgado
Turma B

QUESTÃO 1 - [14 pontos]


Leia o texto a seguir:
“Diferentemente do Carnaval, quando quem dá o tom são aristocratas como o Rei Momo e as
rainhas das baterias das escolas de samba, nos tempos sem folia o Brasil é uma república. A forma
de governo criada pelos romanos deve garantir que os interesses da comunidade prevaleçam sobre
os individuais. Concretamente, isso significa acabar com o nepotismo e elaborar processos políticos
de decisão de forma transparente e respeitando o bem comum. Os romanos chamavam isso de Res
Publica, ou "coisa pública" – ou, melhor ainda, "bem público". Quando cheguei ao Brasil, há 20
anos, ficou claro rapidamente que, por aqui, o conceito de "coisa pública" é entendido de outra
forma. Se alguma coisa é "pública", as pessoas podem fazer o que quiserem com ela. Locais
públicos, como parques, ruas e praias, podem ser usados como cada um bem entende, sonorizados
com música no último volume ou servir de lixão para os próprios detritos. (...) O princípio de que
todos são iguais perante a lei se dissolve diante de tais privilégios. Enquanto 40% dos detentos nas
prisões brasileiras esperam por seus processos, os poderosos e influentes escapam de suas
perseguições e penas. Normalmente, privilégios não combinam com uma república. Quando são
usados para desviar a lei, eles matam o espírito republicano. (...) No Carnaval, pelo menos, as coisas
são claramente organizadas. Todos sabem que quem manda é o Rei Momo e que tudo e todos são
subordinados a ele. O problema começa quando, na Quarta-Feira de Cinzas, ele devolve as chaves
da cidade.” (MILZ, Thomas. República sem republicanos. In: Deutsche Welle, 07/02/2018.
Disponível em https://www.dw.com/pt-br/rep%C3%BAblica-sem-republicanos/a-42490574.
Acesso 03 jul. 2018.)
Explique a relação entre a melhor constituição e a ideia de justiça na concepção de Platão. A partir
dessa resposta e do texto acima, faça uma reflexão sobre a configuração política brasileira atual e os
seus rumos à luz do pensamento platônico estudado.

QUESTÃO 2 - [13 pontos]


O princípio da dignidade humana, consolidado a partir dos novos parâmetros de interpretação do
homem inaugurados pela Ilustração, tem repercussões fundamentais para o direito no mundo
contemporâneo. Para o desenvolvimento teórico do tema, Kant é um dos pensadores
indispensáveis. A partir do trecho acima e das aulas e textos indicados, responda: qual a ligação entre
razão, liberdade e dignidade em Kant?
QUESTÃO 3
Leia o seguinte artigo do novo Código de Processo Civil:
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da
ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as
premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em
conformidade com o princípio da boa-fé.”
Considerando o dispositivo legal citado, aponte as novas relações entre validade e justificação da
decisão judicial segundo a teoria da argumentação jurídica contemporânea e como essa perspectiva
se coaduna com a perspectiva democrática da proposta comunicativa de Habermas.

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