UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Centro Sócio-Econômico
Departamento de Economia e Relações Internacionais
Disciplina: CNM 7135 - Economia Matemática

Paulo Victor da Fonseca (paulo.fonseca@posgrad.ufsc.br)

Docente Responsável: Helberte João França Almeida

1ª Lista de Exercícios de Cálculo Integral

1. Suponha que 𝑓, 𝑔, ℎ são funções contínuas. Assinale V(erdadeiro) ou F(also).

Caso a proposição seja F(alsa), apresente um contra-exemplo:
∫︀ ∫︀ ∫︀
( ) [𝑎 + 𝑏]𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑎 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 + 𝑏 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥, sendo 𝑎, 𝑏 ∈ R.
∫︀ ∫︀ ∫︀
( ) [𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 𝑔(𝑥)𝑑𝑥.
∫︀ 𝑏
( ) Se 𝑓 (𝑥) ≥ 0 para 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, então 𝑎 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 ≥ 0.
∫︀
( ) 𝑎𝑑𝑥 = 𝑎 + 𝐶, sendo 𝑎 ∈ R.
∫︀ ∫︀ ∫︀ ∫︀
( ) [𝑓 (𝑥) + 𝑔(𝑥) + ℎ(𝑥)]𝑑𝑥 = 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 + 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 + ℎ(𝑥)𝑑𝑥.
∫︀ 𝑏 ∫︀ 𝑏
( ) 𝑎 𝑥𝑓 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑥 𝑎 𝑓 (𝑥)𝑑𝑥.

2. Calcule as seguintes integrais:

∫︀ 5
(a) 2 (4 − 2𝑥)𝑑𝑥.
∫︀ 0
(b) −2 (𝑥2 + 𝑥)𝑑𝑥.
∫︀ 1
(c) 0 (𝑥3 − 3𝑥2 )𝑑𝑥.
∫︀ 1
(d) 4 (𝑥2 − 4𝑥 + 2)𝑑𝑥.
∫︀ 2
(e) 0 (2𝑥 − 𝑥3 )𝑑𝑥.
∫︀ 3 √
(f) 1 3 𝑥𝑑𝑥.
∫︀ 2 (︀
(g) 4 𝑥2 13 𝑥3 + 1 𝑑𝑥.
)︀
∫︀ 2
(h) 1 𝑒−2𝑥 𝑑𝑥.
∫︀ 𝑒−2 𝑑𝑥
(i) −1 𝑥+2 .
∫︀ 3 2𝑥
(j) 2 (𝑒 + 𝑒𝑥 )𝑑𝑥.

3. Calcule a forma geral das seguintes integrais indefinidas:

∫︀ √4
(a) 𝑥5 𝑑𝑥.
5 + 23 𝑥2 + 34 𝑥3 𝑑𝑥.
∫︀ (︀ )︀
(b)

1
 2
∫︀ (︀ )︀
(c) 𝑢6 − 2𝑢5 − 𝑢3 + 7
𝑑𝑢.
∫︀
(d) (𝑢 + 4)(2𝑢 + 1)𝑑𝑢.
∫︀ √ 2
(e) 𝑡(𝑡 + 3𝑡 + 2)𝑑𝑡.
∫︀ −2𝑥
(f) 2𝑒 𝑑𝑥.
∫︀ 4𝑥
(g) 𝑥2 +1
𝑑𝑥.
∫︀
(h) (2𝑎𝑥 + 𝑏)(𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥)7 𝑑𝑥.

4. Calcule as seguintes integrais:

∫︀
(a) 𝑥(2𝑥2 + 3)4 𝑑𝑥.
∫︀ √
(b) 𝑥2 𝑥3 + 1𝑑𝑥.
3
(c) (𝑥4𝑥−5)2 𝑑𝑥.
∫︀
∫︀ √
(d) 2𝑡 + 1𝑑𝑡.
∫︀ √
(e) 𝑥 1 − 𝑥2 𝑑𝑥.
(f) 3𝑒−(2𝑥+7) 𝑑𝑥.
∫︀
∫︀ 2
(g) 4𝑥𝑒𝑥 +3 𝑑𝑥.
∫︀ 2
(h) 𝑥𝑒𝑥 +9 𝑑𝑥.
∫︀
(i) 𝑥𝑒2𝑥 𝑑𝑥.
∫︀ √
(j) 𝑥 ln 𝑥𝑑𝑥.
∫︀ √𝑥
(k) 𝑒 𝑑𝑥.
∫︀
(l) 𝑥 ln(1 + 𝑥)𝑑𝑥.
(m) 𝑥3 𝑑𝑥, sendo 𝑥 ̸= 0.
∫︀
∫︀ 𝑑𝑥
(n) 𝑥−2 , sendo 𝑥 ̸= 2.
∫︀ 2𝑥
(o) 𝑥2 +3 𝑑𝑥.

5. Quais das seguintes integrais são impróprias e por quê? Além disso, calcule as
integrais.
∫︀ ∞
(a) 0 𝑒−𝑟𝑡 𝑑𝑡.
∫︀ 3
(b) 2 𝑥4 𝑑𝑥.
∫︀ 1
(c) 0 𝑥−2/3 𝑑𝑥.
∫︀ 0
(d) −∞ 𝑒𝑟𝑡 𝑑𝑡.
∫︀ 5 𝑑𝑥
(e) 1 𝑥−2 .
∫︀ 4
(f) −3 6𝑑𝑥.

2
6. Em muitos fenômenos naturais, as quantitades crescem ou decaem a uma taxa
proporcional ao seu tamanho. Por exemplo, se 𝑦 = 𝑓 (𝑡) é o número de indiví-
duos em uma população no período 𝑡, então, é razoável esperarmos que a taxa
de crescimento 𝑓 ′ (𝑡) = 𝑑𝑦
𝑑𝑡
é proporcional ao tamanho da população 𝑦 = 𝑓 (𝑡).
Dito de outra maneira,
𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑡) = 𝑘𝑓 (𝑡) = 𝑘𝑦, (1)
𝑑𝑡
para uma constante 𝑘.
O modelo matemático dado pela equação (1) é usado em várias áreas do conhe-
cimento, por exemplo: (i) para modelar a taxa de crescimento de uma popula-
ção; (ii) em física nuclear, onde a massa de uma substância radioativa decai a
uma taxa proporcional a essa massa; (iii) em finanças, o valor de uma conta-
poupança com juros compostos contínuos aumenta a uma taxa proporcional a
este valor.
A equação (1) é conhecida como lei do crescimento exponencial (se 𝑘 > 0)
ou lei do decaimento exponencial (se 𝑘 < 0). Além disso, é uma equação
diferencial pois relaciona uma função desconhecida 𝑦 com sua derivada 𝑑𝑦/𝑑𝑡.
𝑑𝑦
(a) Seja 𝑦 ′ (𝑡) = 𝑑𝑡
, mostre que a equação:

𝑦(𝑡) = 𝐶𝑒𝑘𝑡 (2)

é uma solução para a equação (1).

𝑦 ′ (𝑡)
(Dica: reescreva a equação (1) como: 𝑦(𝑡)
= 𝑘 e integre os dois lados desta
nova equação com relação à 𝑡).
(b) Suponha que o tamanho da população seja conhecido no período 0 e seja
igual a 𝑦(0). Calcule o valor da constante de integração 𝐶 na equação (2)
e mostre que:
𝑦(𝑡) = 𝑦(0)𝑒𝑘𝑡 .
(c) A constante 𝑘 é igual à taxa de crescimento da população dividida pelo
tamanho da população e é chamada de taxa de crescimento relativa.
Suponha que a população mundial era 6.707 milhões em 2008 e que a
taxa de crescimento relativa da população é de 1, 39% ao ano (ou seja,
𝑘 = 0, 0139). Use o modelo para estimar a população mundial em 2010 e
2012 e para prever a população mundial no ano de 2050.
(Compare seus resultados com as estimativas da seguinte Tabela:
https://en.wikipedia.org/wiki/World_population#Population_growth_
by_region)